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TQE 09/2021

TQE 09 / LINGUAGENS / 2021

LINGUAGENS

LITERATURA

1. cheiro acre de suor humano diluído em urina e alca-


trão. Negros, de boca, roncavam profundamente,
Tarefa contorcendo-se na inconsciência do sono. Viam-se
Morder o fruto amargo e não cuspir torsos nus abraçando o convés, aspectos indecoro-
Mas avisar aos outros quanto é amargo sos que a luz evidenciava cruelmente. (…)
Cumprir o trato injusto e não falhar Bom-Crioulo estava de folga. Seu espírito não sosse-
Mas avisar aos outros quanto é injusto gara toda a tarde, ruminando estratagemas com que
Sofrer o esquema falso e não ceder desse batalha definitiva ao grumete, realizando, por
Mas avisar aos outros quanto é falso fim, o seu forte desejo de macho torturado pela car-
nalidade grega. Por vezes tinha querido sondar o
Dizer também que são coisas mutáveis…
ânimo do grumete, procurando convencê-lo, estimu-
E quando em muitos a não pulsar
lando-lhe o organismo; mas o pequeno fazia-se es-
— do amargo e injusto e falso por mudar — querdo, repelindo brandamente, com jeitos de namo-
então confiar à gente exausta o plano rada, certos carinhos do negro.”
de um mundo novo e muito mais humano. (Adolfo Caminha. Bom Crioulo)
CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
O caráter naturalista nessa obra de Adolfo Caminha
Na organização do poema, os empregos da conjun- oferece, de maneira figurada, um retrato de nosso
ção “mas” articulam, para além de sua função sintá- país, no final do século XIX. No ambiente degradante
tica, de uma corveta da Marinha, o autor expõe um quadro
a) ligação entre verbos semanticamente semelhan- tenso de misérias materiais e humanas. No frag-
tes. mento, há várias outras características do Natura-
b) a oposição entre ações aparentemente inconciliá- lismo, como
veis. a) a retratação da natureza verificada nos poemas
c) a introdução do argumento mais forte de uma se- árcades do século XVIII, dando foco a ambienta-
quência. ções naturais decadentes para provar a animali-
d) o reforço da causa apresentada no enunciado in- zação das personagens e os malefícios da mesti-
trodutório. çagem.
e) a intensidade dos problemas sociais presentes no b) a visão subjetiva dada pelo foco narrativo à com-
mundo. posição das personagens e dos cenários e a pre-
ferência pelos temas passadistas, propiciando um
2. afastamento dos fatos verossímeis e da imparcia-
lidade realista.
“O convés, tanto na coberta como na tolda, apresen- c) a documentação e a dissecação humana e social,
tava o aspecto de um acampamento nômade. A ma- explicitando a influência que o meio pode exercer
rinhagem, entorpecida pelo trabalho, caíra numa so- nos comportamentos tidos como “anormais”, para
nolência profunda, espalhada por ali ao relento, que as narrativas se fundamentem em críticas se-
numa desordem geral de ciganos que não escolhem veras às camadas marginalizadas.
terreno para repousar. Pouco lhe importavam o chão d) o enfoque no aprofundamento psicológico das
úmido, as correntes de ar, as constipações, o beri- personagens, o que fundamenta as narrativas lite-
béri. rárias como teses de demonstração das relações
Embaixo era maior o atravancamento. Mas de lonas introspectivas e subjetivas entre o indivíduo e a
suspensas em varais de ferro, umas sobre outras, sociedade.
encardidas como panos de cozinha, oscilavam à luz e) a preocupação documental e pretensamente cien-
moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o tificista, que cria romances à luz das teorias que
porão de um navio mercante carregado de miséria. atribuem ao Determinismo, por exemplo, o com-
portamento instintivo e involuntário das persona-
No intervalo das peças, na meia escuridão dos re- gens.
côncavos moviam-se corpos seminus, indistintos.
Respirava-se um odor nauseabundo de cárcere, um

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3. A visão de mundo expressa pelo eu lírico, nos versos


de Álvares de Azevedo, revela
a) o desencanto byroniano de um sujeito poético in-
deciso quanto a seus valores e incapaz de amar
uma mulher ou a si próprio.
b) o enaltecimento da vida boêmia e da liberdade,
que proporcionam ao eu lírico a felicidade desvin-
culada a valores materiais.
c) a postura acrítica e alienada do eu lírico quanto à
condição do poeta em suas escolhas subjetivas e
às exigências da sociedade de seu tempo.
d) o pessimismo e o lamento ultrarromântico do po-
eta que leva a vida peregrina e pobre, sem bens
materiais e nenhuma forma de satisfação.
e) a constatação racionalista de que a música é o
único expediente capaz de levá-lo à obtenção de
http://descobrindooprazerdeler.blogspot.com/2012/12/poesia.html recursos materiais e, assim, à felicidade.

5.
Olá! Negro
Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos
e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofre-
dor
tentarão apagar a tua cor!
E as gerações dessas gerações quando apagarem
a tua tatuagem execranda,
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!
Yayoi Kusama’s ‘Dots Obsession - https://play.qagoma.qld.gov.au/lookno-
Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi,
wseeforever/works/dots/ negro-fujão, negro cativo, negro rebelde
Como artistas contemporâneas e experimentalistas, negro cabinda, negro congo, negro iorubá,
a respeito da instalação de Yayoki Kusama e da com- negro que foste para o algodão de USA
posição de Carluce Pereira pode-se inferir que para os canaviais do Brasil,
para o tronco, para o colar de ferro, para a canga
a) não é possível estabelecerem convergência esté- de todos os senhores do mundo;
tica por pertencerem a diferentes expressões ar- eu melhor compreenda agora os teus blues
tísticas. nesta hora triste da raça branca, negro!
b) submetem-se à concepção artística clássica ou Olá, Negro! Olá. Negro!
normativa para que as obras produzam sentidos. A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!
c) expressam perspectivas semelhantes, ainda que LIMA. J, Obras completas: Rio de Janeiro, Aguilar, 1958 (fragmento).
empreguem ou objetivem diferentes recursos.
d) dialogam quanto à temática de que as ações pra- O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz,
ticadas geram imutabilidade, dado o caráter circu- na visão do eu lírico, um contexto social assinalado
lar das obras. por
e) apontam para temas díspares e ilógicos, mesmo a) modernização dos modos de produção e conse-
com a utilização da circunferência por ambas ar- quente enriquecimento dos brancos.
tistas. b) preservação da memória ancestral e resistência
negra à apatia cultural dos brancos.
4. c) superação dos costumes antigos por meio da in-
corporação de valores dos colonizados.
Vagabundo
d) nivelamento social de descendentes de escravos
Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, e de senhores pela condição de pobreza.
Fumando meu cigarro vaporoso; e) antagonismo entre grupos de trabalhadores e la-
Nas noites de verão namoro estrelas; cunas de hereditariedade.
Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso!

Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;


Mas tenho na viola uma riqueza:
Canto à lua de noite serenatas,
E quem vive de amor não tem pobrezas.
(AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000)

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6. b)
A pátria
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás pais nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
Por Henrique Tavares
Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se
c)
com um projeto ideológico em construção na Pri-
meira República. O discurso poético de Olavo Bilac
ecoa esse projeto, na medida em que
a) a paisagem natural ganha contornos surreais,
como o projeto brasileiro de grandeza.
b) a prosperidade individual, como a exuberância da
terra, independe de políticas de governo.
c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser
aplicados também aos ícones nacionais.
d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a Por Pryscila
riqueza que se verifica naquele momento. d)
e) a valorização do trabalhador passa a integrar o
conceito de bem-estar social experimentado.

7.
PRONTO PRA OUTRA
Gravei seu olhar seu andar
sua voz seu sorriso.
você foi embora
e eu vou na papelaria
comprar uma borracha.
(CHACAL. "Drops de abril". 2• ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 87.)

O sintético poema de Chacal traz um eu lírico racio-


nal e pragmático diante da desilusão amorosa, o que
desconstrói, com humor, o típico ideário amoroso de-
fendido pelo Romantismo do século XIX, que se ca-
racterizou por suas idealizações, excessos e es-
capismos. Identifique em qual alternativa o típico
conceito romântico de amor é mantido:
a)
Por Filosofia da arte – Instagram

Por Freud estupefado - Instagram

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e) b) angústia com a solidão em público.


c) valorização da descoberta do “eu” autêntico.
d) percepção da empatia como fator de autoconhe-
cimento.
e) impossibilidade de vivenciar experiências de per-
tencimento.

9.
“Enquanto o romance romântico gira em torno do ca-
samento, ou melhor, dos antecedentes que condu-
zem ao enlace burguês, o romance realista focaliza
a situação criada pelo casamento, não a feliz, su-
posta pelas verdades burguesas, senão a degene-
rescente, encoberta pelo manto diáfano que a classe
média jogava sobre as instituições. E no panorama
“real”, que a instrumentação científica permitia, via-
se, em lugar da bem-aventurança pacóvia, o câncer
do adultério.”
(MOISÉS, Massaud. História da literatura brasileira. Vol. II – Realismo e
Simbolismo. São Paulp: Cotrix, 2001, p.3)

O crítico literário Massaud Moisés, em seu excerto,


levanta uma das muitas distinções temáticas que po-
dem ser observadas entre as narrativas românticas e
realistas, produzidas durante o século XIX. As alter-
nativas a seguir trazem fragmentos de canções que
compõem nosso cancioneiro contemporâneo, assi-
nale aquela que sugira a temática realista focada
pela crítica literária.
a) “A porta do barraco era sem trinco/ Mas a lua, fu-
rando o nosso zinco/ Salpicava de estrelas nosso
Por Rafael Marçal chão/ Tu pisavas os astros, distraída, / Sem saber
8. que a ventura desta vida/ É a cabrocha, o luar e o
Contranarciso violão” (Silvio Caldas e Orestes Barbosa)
em mim b) “Lapidar/ Foi a sua frase/ Proferida de um jeito na-
eu vejo o outro tural/ Registrei esta preciosidade/ Sem alarde/ No
e outro meu livro de memórias conjugais/ -"Tenho asas,
e outro meu amor, preciso abri-las/ Ao seu lado não sou
muito criativa"/ Depois dessa/ Fui em busca do
enfim dezenas meu antidepressivo/ E afundei/ No sofá com meus
trens passando jornais” (Paulinho da Viola)
vagões cheios de gente c) “De tanto não parar a gente chegou lá/ Do outro
centenas lado da montanha/ onde tudo começou/ Quando
o outro sua voz falou:/ Pra onde você quiser eu vou/ Largo
que há em mim tudo/ Se a gente se casar domingo/ Na praia, no
é você sol, no mar/ Ou num navio a navegar/ Num avião
você a decolar/ Indo sem data pra voltar/ Toda de
e você branco no altar/ Quem vai sorrir?/ Quem vai cho-
assim como rar?/ Ave maria, sei que há/ Uma história pra con-
eu estou em você tar” (Marcelo Jeneci)
eu estou nele d) “E a gente canta/ E a gente dança/ E a gente não
em nós se cansa/ De ser criança/ A gente brinca/ Na
e só quando nossa velha infância/ Seus olhos, meu clarão/ Me
estamos em nós guiam dentro da escuridão/ Seus pés me abrem o
estamos em paz caminho/ Eu sigo e nunca me sinto só/ Você é as-
mesmo que estejamos a sós sim/ Um sonho pra mim” (Tribalistas)
Leminsky P. Toda poesia. São Paulo: Cia. das Le-
e) “Mais de uma vez/ Flagrei seus lábios/ Na inten-
tras, 2013. ção do nome/ De outro alguém/ Mas se quiser sa-
A busca pela identidade constitui uma faceta da tra- ber/ O que eles calam/ Você diz: Tudo bem!../ Vão
dição literária, redimensionada pelo olhar contempo- dizer que são tolices/ Que podemos ser felizes/
râneo. No poema, essa nova dimensão revela a Mas tudo que eu sei/ Não dá prá disfarçar/ Dessa
vez/ Doeu demais!/ Amanhã será/ Jamais!” (Ro-
a) ausência de traços identitários. naldo Bastos)

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10. c) em temporalidade insólita, julga com demérito o


afastamento deliberado da narrativa em relação
Pudessem minhas mãos falar às tuas
aos fatos experimentados pelo narrador.
e dizer-lhes: sim, quero-te muito.
d) em espacialidade empírica, critica a inaptidão do
Pudesse eu inundar-te de ternura
leitor para compreender as digressões textuais
e no silêncio ter-te, ampla e desnuda.
criadas pelo narrador-personagem.
Que eu não faria versos sobre mim,
e) em processo digressivo, ironiza a expectativa ro-
nem falaria em rosas, alma, lua.
mântica do leitor em relação à conduta do narra-
Pudesse o meu olhar adormecer-te, dor- personagem diante dos fatos.
colher-te, fresca e firme, a forma viva.
Que coisas não faria nesta vida? 12.
Que coisas não seria? O sertão e o sertanejo
(SOUZA. João Rui de. Líricas Portuguesas. Lisboa, Edições 70. 1983) Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos,
A repetição de estruturas sintáticas é um dos recur- tão diversos pelo matiz das cores, o capim crescido
sos rítmicos do poema “Fome”. O sujeito lírico sonha e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vice-
avançar de um diálogo de mãos e uma posse para jante tapete de relva, quando lavra o incêndio que al-
um colher da própria “forma viva”. Nesse sentido, o gum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia
texto explora um dos mecanismos básicos da língua com uma faúlha do seu isqueiro. Minando à surda na
portuguesa: a variação da forma verbal de acordo touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instan-
com o ser a que o verbo se refere. Baseando-se tes qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se
nessa leitura aprofundada e crítica do poema, con- a língua de fogo esguia e trêmula, como que a con-
clui-se que templar medrosa e vacilante os espaços imensos
que se alongam diante dela. O fogo, detido em pon-
a) o uso do recurso da sonoridade é para enfatizar o
tos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum es-
aspecto rímico do poema.
torvo, vai aos poucos morrendo até se extinguir de
b) existe a marcação de um mesmo aspecto semân-
todo, deixando como sinal da avassaladora passa-
tico demarcado pelas conjugações do verbo po-
gem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velo-
der, no início dos versos.
zes passos. Por toda a parte melancolia; de todos os
c) as formas verbais indicam, nas interrogações fi-
lados tétricas perspectivas. É cair, porém, daí a dias
nais do poema, a exploração de um mecanismo
copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada
para obter ambiguidade.
andou por aqueles sombrios recantos a traçar às
d) as respostas tidas das perguntas são muito mais
pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra
importantes na mensagem filosófica do poema.
tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.
e) as colocações pronominais no texto são reflexo de
(TAUNAY, Visconde de. Inocência.)
uma composição hermética e que revelam um tom
erudito ao poema. O romance romântico teve fundamental importância
na formação da ideia de nação. Considerando o tre-
11. cho acima, é possível reconhecer que uma das prin-
“Não se irrite leitor com esta confusão. Eu bem sei cipais e permanentes contribuições do Romantismo
que, para tilintar-lhe os nervos da fantasia, devia pa- para construção da identidade da nação é a
decer um grande desespero, derramar algumas lágri- a) possibilidade de apresentar uma dimensão desco-
mas, e não almoçar. Seria romanesco; mas não seria nhecida da natureza nacional, marcada pelo sub-
biográfico. A realidade pura é que almocei, como nos desenvolvimento e pela falta de perspectiva de re-
demais dias...” novação.
(MACHADO DE ASSIS. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Ja- b) consciência da exploração da terra pelos coloni-
neiro: Ediouro) zadores e pela classe dominante local, o que coi-
Em sua obra realista inaugural, Machado de Assis biu a exploração desenfreada das riquezas natu-
apresenta um inusitado narrador que, após a morte e rais do país.
em condição tediosa de além, resolve resgatar suas c) construção, em linguagem simples, realista e do-
memórias de quando vivo. Tendo por base a leitura cumental, sem fantasia ou exaltação, de uma ima-
e compreensão do fragmento de Memórias Póstu- gem da terra que revelou o quanto é grandiosa a
mas de Brás Cubas, um dos clássicos da Literatura natureza brasileira.
Brasileira, é possível perceber que a narrativa do “de- d) expansão dos limites geográficos da terra, que
funto-autor” promoveu o sentimento de unidade do território
a) em abordagem intertextual, apresenta o narrador- nacional e deu a conhecer os lugares mais distan-
personagem sucumbido às expectativas roma- tes do Brasil aos brasileiros.
nescas do leitor romântico. e) valorização da vida urbana e do progresso, em de-
b) em momento metalinguístico, ridiculariza o dra- trimento do interior do Brasil, formulando um con-
matismo romanesco que se efetiva na defesa e na ceito de nação centrado nos modelos da nascente
atitude da narrativa da personagem. burguesia brasileira.

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