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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Introdução aos materiais de engenharia aplicados na indústria do petróleo


e gás natural

Professor: Antonio Eduardo Martinelli

Relatório experimental

Aluna: Liandra Kelly Patriota Campelo


20190081006

Natal-RN
10/2013
1. Introdução

A indústria do petróleo é uma indústria diversificada que abrange a


exploração, produção, refino, distribuição e muitos outros aspectos relacionados
ao petróleo e seus derivados. O cimento desempenha um papel importante nessa
indústria de várias maneiras (CAMPOS, 2016).
A cimentação é um processo importante na perfuração de poços de
petróleo. O cimento é usado para vedar o espaço anular entre o revestimento do
poço e a formação rochosa para evitar a migração de fluidos indesejados, como
água subterrânea ou gás, para dentro do poço. Além disso, a cimentação fornece
suporte estrutural ao revestimento.
Cada poço apresenta características reológicas diferentes com a
profundidade o que torna testes na pasta de cimento para poços de petróleo
essenciais para garantir a segurança operacional, a eficiência da produção e a
conformidade regulatória na indústria de petróleo e gás (ASLAN, 2012).
Esse fatos foram vistos durante as aulas, com isso, foi proposto testes
experimentais para duas pastas de cimento com concentração de aditivos
diferentes. A pesquisa realizada neste experimento é de grande importância
devido à sua aplicação prática na indústria do petróleo. Compreender como
diferentes fatores afetam as propriedades da pasta de cimento é crucial para o
desenvolvimento prático (OLIVEIRA et al., 2012).

2. Materiais e metodologia

Inicialmente foi feita a preparação das duas pastas de cimento com os


diferentes aditivos e volume de 600 ml. O cimento usado foi o portland G.

Formulação 1 Massa (g)


Cimento 766,59
Água 348,17
Antiespumante 1,33
Controlador de filtrado 3,07
Dispersante 2,38
Formulação 2 Massa (g)
Cimento 767,44
Água 349,62
Antiespumante 1,34
Controlador de filtrado 0,77
Dispersante 2,38

Tudo foi pesado previamente e misturado com variação de 0,05g para


mais ou para menos, conforme as normas exigem. Posteriormente, foram feitos
4 testes: Reologia, água livre, ensaio de filtrado e resistência à compressão.

No teste de reologia a máquina utilizada está na figura 1.

Figura 1 - imagem tirada durante o experimento.


O teste consiste em uma hélice movimentando a pasta que cria uma
diferença de potencial e é lido na parte superior do equipamento.

Em seguida, o teste feito foi o ensaio de filtrado, conforme mostra a


figura 2.

Figura 2 - imagem tirada durante o experimento.

Nesse teste a pasta foi submetida a pressão e temperatura que simula a do


poço.

A figura 3 mostra o teste seguinte, água livre.

Figura 3 - imagem tirada durante o experimento.


O teste consiste em colocar 250ml da pasta em repouso durante 2 horas.

Por último, o teste de resistência à compressão foi feito como mostra a


figura 4.

Figura 4 - imagem tirada durante o experimento.

Nele, 3 blocos de cada composição da pasta de cimento depois de 24


horas preparados, com tamanho conhecido, são submetidos a uma força até
romper.

3. Resultados

Para o teste de reologia os resultados encontrados para a composição 1


estão na figura 5 e para a composição 2 estão na figura 6.

Figura 5 - imagem obtida após o experimento.


Figura 6 - imagem obtida após o experimento.

O ensaio de filtrado na composição 1, liberou 66ml em 30 minutos. A


composição 2, liberou 55ml em 1 minuto.

No teste de água livre não apresentou água livre em nenhuma das duas
composições após as 2 horas que exige as normas.

No último teste, com auxílio do programa do computador, foi estimado a


força com que o bloco rompe. Na composição 1 apenas o primeiro bloco foi
possível obter resultados, como mostra a figura 7.

figura 7 - imagem obtida após o experimento.

Força máxima de 27.4094 kN, tensão máxima de 10.9135 MPa,


deformação de 1.00218% e energia de 32.4201J.
Já na composição 2, foram obtidos resultados de dois blocos, como visto
nas figuras 8 e 9.

Figura 8 - imagem obtida após o experimento.

Força máxima de 34.0406 kN, tensão máxima de 13.7152 MPa,


deformação de 1.17741% e energia de 45.7668J.

figura 9 - imagem obtida após o experimento.

Força máxima de 35.7500 kN, tensão máxima de 14.4590 MPa,


deformação de 0.92814% e energia de 49.1233J.

4. Conclusão

Comparando as duas formulações no teste de reologia, pode-se concluir


que a formulação 2 foi mais consistente e obteve valores mais próximos do
esperado.
Com o ensaio de filtrado a formulação 2 teve o pior resultado, liberou
muita água em pouco tempo, esse era o resultado esperado já que a formulação
1 tem uma maior quantidade de aditivo de controlador de filtrado. Apesar disso,
nenhuma das pastas estaria apta a ser utilizada em campo.
Nos resultados do teste de resistência é possível perceber que a
formulação 2 é mais resistente à compressão, no entanto, isso não a faz
qualificada para ser utilizada em poço.

5. Referências

CAMPOS, Mateus. Petróleo. Mundo educação, [S. l.], p. 1, 21 jul. 2016. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/petroleo-2.htm. Acesso em: 17 out. 2023.

OLIVEIRA, D; NEVES, G; BEZERRA, U; CHAVES, A; MENDONÇA, A; LIMA, M.


CIMENTO PARA POÇO DE PETRÓLEO DESENVOLVIDO A PARTIR DE CIMENTO
COMUM: CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, QUÍMICA E MINERALÓGICA. 46062725, [S.
l.], p. 1-11, 6 jun. 2012. Disponível em:
https://inis.iaea.org/collection/NCLCollectionStore/_Public/46/062/46062725.pdf. Acesso
em: 17 out. 2023.

ASLAN, Jan Fernandes. Segurança: Aspectos de Segurança na Cimentação de Poços de


Petróleo. Petróleo e energia, [S. l.], p. 1, 23 ago. 2012. Disponível em:
https://www.petroleoenergia.com.br/6041/. Acesso em: 17 out. 2023.

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