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PERDAS DE ÁGUA
-Excreção renal, fecal;
-Evaporação;
-Respiração;
-Sudorese.
Exemplo:
- 25 kg leite/dia
- IMS = 20 kg
- 40 g Na/dia
- Temperatura min = 15 graus
- Dieta com 50% MS = 70 kg (Lt) água de beber.
Ingestão de água = (0,90 x 25) + (1,58 x 20) + (0,05 x 40) + (1,20 x 15) + 15,99
Ingestão de água = 22,5 + 31,6 + 2 + 18 + 15,99
Ingestão de água = 90,09 kg/dia
MINERALIZAÇÃO
Importância da Mineralização
Função estrutural importante: cálcio (Ca), fósforo (P) e magnésio (Mg) = constituintes dos ossos
Funções adicionais: Ferro (Fe) = constituinte da hemoglobina, Enxofre (S) = constituinte de
aminoácidos (Ex: cistina, metionina)
Funções vitais: regulação do mecanismo ácido-base sanguíneo (pH), pressão osmótica,
permeabilidade de membranas, transmissão de estímulos nervosos: associadas com estímulos
de cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na), cloro (Cl) e potássio (K).
Essenciais na utilização de proteína, energia e síntese de compostos do organismo; Atividade
enzimática e hormonal: dependem de níveis minerais adequados, biologicamente, disponíveis;
As exigências nutricionais dos animais devem ser supridas pela água, pela forragem e pelos
suplementos.
O consumo de terra por bovinos pode variar de 1% até mais de 10% da ingestão de matéria seca
e é fonte potencial de minerais, tanto benéficos como prejudiciais. Esse consumo pode atingir
entre 180 e 320 kg por bovino anualmente e aumenta quando a disponibilidade de pasto é
pequena.
NO BRASIL – PRINCIPAL NUTRIENTE LIMITANTE (MAIOR DEFICIÊNCIA) - FÓSFORO (P):
Consumo estimado: 30% da necessidade de fósforo/ano:
Equivalente: 490.000 ton fosfato bicálcico/ano
Consumo ideal: 1.500.000 ton fosfato bicálcico/ano
Consumo hoje: aproximadamente 2,8 kg fosfato bicálcico/cab/ano
Equivalente: 7,7 g fosfato bicálcico/cab/dia ou 1,4 g de fósforo/cab/dia
Exemplo demanda: vaca (cria) = 30 g fósforo/dia
MANEJO DA MINERALIZAÇÃO
Ao visitarmos uma propriedade – Questionar o produtor:
Usa sal mineral?
Fornece sal mineral regularmente?
Abastece os saleiros regularmente?
Para todos os parâmetros a resposta quase sempre é: SIM!
ASPECTOS IMPORTANTES:
Pegunta: qual é o espaçamento adequado?
nº de cabeças x m linear de cocho?
Atenção: frequência de alimentação, logo: 4m/100 UA (10% se alimentando constantemente)
Estimativa: 30 a 50 cm/cab
FORMULAÇÃO DE MINERAIS:
Muitas vezes feito sem considerar as exigências nutricionais estabelecidas pelas entidades de
pesquisa;
Fornecimento de minerais:
-Produto Comercial: Núcleo (pronto)
-Produto Formulado: Fábricas (encomendas)
-Propriedades (batidas/misturas)
FORMULAÇÃO DE MINERAIS:
Quando escolhemos comprar produtos comerciais?
Quantidade consumida não for muito grande;
Vantagem: controle de qualidade;
Desvantagens:
Necessidade de investimentos (fábrica de ração/ núcleo);
Necessidade de rígido controle na fabricação dos produtos e melhor qualificação da mão de
obra;
Produto menos “flexível” = possibilidade de falta de determinados minerais ou excesso de
outros.
Mais comum:
% da MS
ppm da dieta (mg mineral/kg MS consumida)
Magnésio (Mg):
Óxido de Magnésio (MgO): 60,3% Mg
Cobre (Cu):
Sulfato de Cobre (CuSO4.5H2O): 25,5% Cu
Zinco (Zn):
Óxido de Zinco (ZnO): 80,3% Zn
Cobalto (Co):
Sulfato de Cobalto (CoSO4.7H2O): 24,8% Co
Iodo (I):
Iodato de Potássio (KIO3): 59% I
Manganês (Mn):
Sulfato de Manganês (MnSO4.H2O): 32,5% Mn
Enxofre (S):
Enxofre em pó (S0): 96% S
Selênio (Se):
Selenito de Sódio (Na2SeO3): 45% Se
Fósforo:
Fosfato bicálcico: 18% de P
1 ppm = 1 mg/kg
500 ppm P (demanda) = 500 mg P/kg MS
500 mg P/kg MS = 5000 mg/10 kg MS
5000 mg/10 kg MS = 5 g P/10 kg MS
= 5 g P/cab/dia
Zinco:
Óxido de zinco: 80,3% de Zn
Cobre:
Sulfato de cobre: 25,5% de Cu
Cobalto:
Sulfato de cobalto: 24,8% de Co
Manganês:
Sulfato de manganês: 32,5%
Enxofre:
Enxofre em pó: 96% de S
Selênio:
Selenito de sódio: 45% de Se
MISTURA MINERAL
Formule um suplemento mineral para um lote de vacas com peso vivo médio de 450 kg e
consumo de MS de 2,2% PV.
Assim no exemplo:
P- 25% de 26 g = 6,5 g
Na- 100% de 10 g = 10,0 g
Zn– 60% de 0,4 g = 0,24 g
I– 200% de 0,005 g = 0,01 g
Co– 60% de 0,001 g = 0,0006 g
MÚLTIPLA OU SAL PROTEINADO DO PERÍODO DA SECA
É uma fórmula de suplemento a ser fornecido para qualquer categoria de ruminantes mantidos a
pasto, cujo objetivo é corrigir as deficiências de proteína, energia e minerais no período da seca.
Fornecimento máximo : 0,1 a 0,2% do peso vivo da mistura. (Padrão: 1 g/kg PV)
DESEMPENHO ANIMAL
CONSUMO DE ALIMENTO = CONSUMO DE MATÉRIA SECA (MS)
Inverno:
Baixa produtividade;
Menor concentração de nutrientes na forragem;
Menor teor proteico e energético;
Principal queda: % de proteína;
Maior acúmulo de material fibroso e menos digestível;
Comprometimento do consumo de MS;
Queda no desempenho animal.
DISPONIBILIDADE DE ALIMENTO (FORRAGEM: PASTAGEM):
DEPENDE MUITO DO MANEJO CORRETO DA PASTAGEM
LOTAÇÃO ADEQUADA PARA CADA SISTEMA
Para calcular quantas UAs tem no pasto basta dividir o peso de todo o rebanho no pasto por 450,
pois uma UA (unidade animal) corresponde a uma vaca seca de 450 kg.
Para saber por hectare divida o total de UAs no piquete pelo tamanho do piquete. Ex: 92 novilhos
de 2-3 anos em 50 ha: 92 x 0,75 = 69 UA em 50 ha ou (69/50) 1,38 UA/ha.
-N é o número de piquetes
-Pd é o período de descanso
-Poc é o tempo de pastejo
-Tem-se, assim: em um pasto onde o pastejo é de 15 dias por 30 de descanso, precisamos de: N=
30/15 +1= 3 piquetes.
Para o exemplo anterior, assumindo perdas totais de 15%, com consumo previsto de 202,5 t de
silagem fresca, será necessário ensilar:
Quantidade a ser consumida: 202,5 de MV
“Quantidade a ser ensilada: 202,5 t /(100 – % perdas)
Assim: 202,5 t/(100-15) = 238 t MV”
. Como exemplo, se for considerada uma pastagem de capim Tanzânia que, após a amostragem
de dez pontos, apresentou peso total de 17,0 kg, ou seja, peso médio por quadrado de 1,7 kg, será
obtido 1,70 kg/m2 e, se esse dado for extrapolado para um hectare, chegar-se-á a uma
disponibilidade de 17,0 toneladas de biomassa/hectare ou 3,4 toneladas de matéria seca (MS), se
for considerada a matéria seca do capim como sendo de 20%.
Período Pós-parto:
Aumento da flora amilolítica;
Queda da flora celulolítica.
PERÍODO DE LACTAÇÃO
Período mais importante – 2 a 3 meses pós-parto
A vaca ao parto deverá ter reserva, em torno de 10% de seu peso a fim de fazer face ao deficit
nutricional comum no início da lactação.
Assim: A produção de um quilo de leite necessita: 0,74 Mcal de energia líquida lactação e 90
gramas de proteínas brutas (PB), No exemplo: Esta vaca tem em “reserva” o equivalente a 405 kg
de leite (base energia), ou seja (60 x 5/0,74) e em torno de 213 kg de leite com base na proteína
(60 x 320/90).
ANORMALIDADES METABÓLICAS
CETOSE E FÍGADO GORDUROSO
Alta demanda de energia e consumo inadequado fazem com que o animal entre num balanço
energético negativo, mobilizando suas reservas de gorduras, predispondo-o à esteatose hepática
e à cetose.
Também chamada de acetonemia, acetonúria e hipoglicemia é uma desordem metabólica
associada ao balanço energético negativo e à carência de carboidratos precursores de glicose,
após o parto de vacas de elevada produção de leite.
Exames sanguíneos realizados por meio de equipamentos específicos podem mensurar os níveis
de betahidroxibutirato no sangue, o que indica presença de corpos cetônicos fora dos parâmetros
normais. Um tratador cuidadoso consegue facilmente detectar mudanças no odor de hálito e
urina.
Valores de BHBA alto (> 1400 µmol/L) na 1ª semana após o parto resultou em perda de 334 kg de
leite para cada animal diagnosticado, considerando 305 dias de lactação.
Sintomas:
flutuação na PL;
Procura por fibra longa (palhas, cama ou esterco);
Fezes sem consistência, diarreia com odor ácido; Vacas magras, com dietas ricas em energia;
Incidência de torção de abomaso, abcessos de fígado e juntas inchadas.
LAMINITE
Inflamação asséptica das camadas dérmicas dentro do casco e é a maior causa de manqueira de
vacas leiteiras, relacionada a acidose ruminal.
HIPOCALCEMIA
A hipocalcemia comumente conhecida como hipocalcemia pós-parto, paresia puerperal, febre
vitular ou febre do leite, é uma doença metabólica que está associada com o parto e o início da
lactação em vacas leiteiras e é caracterizada pelo rápido declínio das concentrações de cálcio no
sangue.
21 Kg de MS ingerido → 3,025 Kg de PB
1Kg de MS ingerida → X
21 Kg de MS ingerido → 0,117 Kg de Ca
1Kg de MS ingerida → X
21 Kg de MS ingerido → 0,075 Kg de P
1Kg de MS ingerida → X
X = 0,0036 Kg PB / Kg de MS ingerida
ou seja X = 0,36 % de P
Para anular a variável V, multiplicam-se todas as variáveis da equação (2) por (V) 1,35 e em
seguida determinam-se as diferenças entre os valores da equação (1) dos valores da equação (2)
para construir a equação (3):
DEFINIÇÃO DA RELAÇÃO VOLUMOSO: CONCENTRADO A SER UTILIZADA
Então eliminando a variável V teremos:
Isolando a variável C:
C = 0,14/ 0,4287
C = 0,326
C = 33%
Então:
Equação (1) 1,69 Mi + 1,94 FS = 12,234
Equação (2) 0,08 Mi + 0,49 FS = 1,475
Para anular a variável Mi, multiplicam-se todas as variáveis da equação (2) por 21,125 (1,69 ÷ 0,08)
e em seguida determinam-se as diferenças entre os valores da equação (1) dos valores da
equação (2) para construir a equação (3): Nova equação (2) 1,69 Mi + 10,35 FS = 31,16
Então:
1 kg de suplemento mineral---------------0,2 kg de P
X kg de suplemento mineral -------------- 0,015 de P
4,64 de milho----------------------88% MS
X ---------------------------------100%
X = 5,27 kg
Feno de Alfafa
39,133 kg --------------------- 100%
7,82 kg ----------------------- X
X = 19,98% de feno de alfafa, ou seja, aproximadamente 20%
Milho Rolão
39,133 kg ---------------------- 100%
5,27 kg ------------------------ X
X = 13,47% de milho rolão
Farelo de Soja
39,133 kg ---------------------- 100%
2,51 kg ------------------------ X
X = 6,41% de farelo de soja
Suplemento Mineralização
39,133 kg ----------------------- 100%
0,083 kg ------------------------ X
X = 0,0212% de suplemento mineral