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TRF-4

REDAÇÃO

Profª Maria Tereza


Redação

Professora Maria Tereza

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Edital

REDAÇÃO: Redação

BANCA: FCC
CARGO: Técnico Judiciário

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Redação

REDAÇÃO

Querido(a) aluno(a) e futuro(a) servidor(a) do TRF-4,


Abaixo, segue a foto de nosso dia a dia daqui pra frente:

Escrever... Escrever... Escrever...

O objetivo desse polígrafo (apostila é o nome de um expediente oficial) é desenvolver de forma


simples, mas detalhada, os aspectos fundamentais para que seja possível redigir uma excelente
prova discursiva.
É claro que ler (peço para você apenas 30 minutos de leitura diária) é fundamental: só não va-
lem livros e polígrafos relativos às disciplinas que você está estudando. Contudo, só se aprende
a escrever... escrevendo. Eu sei que falar é fácil, mas não há nada que determinação e treina-
mento não resolvam.
Deu de conversa, amorume. Tenho certeza de que esse concurso será o seu.

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INFORMAÇÕES GERAIS – ÚLTIMO EDITAL (FCC)

TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA

1. Na prova discursiva – redação, o candidato deverá desenvolver texto dissertativo a partir


de proposta única, sobre assunto de interesse geral.
2. Considerando que o texto é único, os itens discriminados a seguir serão avaliados em es-
treita correlação:

• Conteúdo – até 40 (quarenta) pontos:


a) perspectiva adotada no tratamento do tema;
b) capacidade de análise e senso crítico em relação ao tema proposto;
c) consistência dos argumentos, clareza e coerência no seu encadeamento.

3. A nota será prejudicada, proporcionalmente, caso ocorra abordagem tangencial, parcial ou


diluída em meio a divagações e/ou colagem de textos e de questões apresentados na prova.

• Estrutura – até 30 (trinta) pontos:


a) respeito ao gênero solicitado;
b) progressão textual e encadeamento de ideias;
c) articulação de frases e parágrafos (coesão textual).

• Expressão – até 30 (trinta) pontos:

A avaliação da expressão não será feita de modo estanque ou mecânico, mas sim de acordo com
sua estreita correlação com o conteúdo desenvolvido. A avaliação será feita considerando-se:

a) desempenho linguístico de acordo com o nível de conhecimento exigido para os Cargos/


Áreas/Especialidades;
b) adequação do nível de linguagem adotado à produção proposta e coerência no uso;
c) domínio da norma culta formal, com atenção aos seguintes itens: estrutura sintática de
orações e períodos, elementos coesivos; concordância verbal e nominal; pontuação; re-
gência verbal e nominal; emprego de pronomes; flexão verbal e nominal; uso de tempos e
modos verbais; grafia e acentuação.
4. Na aferição do critério de correção gramatical, por ocasião da avaliação do desempenho
na prova discursiva – redação a que se refere este Capítulo, os candidatos devem usar as
normas ortográficas em vigor a partir de 1 de janeiro de 2016, implementadas pelo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa.

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5. Será atribuída nota ZERO à redação que

a) fugir à modalidade de texto solicitada e/ou ao tema proposto;


b) não atender aos critérios dispostos nos quesitos Conteúdo, Estrutura e Expressão;
c) apresentar texto sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e pa-
lavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento de texto escrito fora do local apropriado;
d) for assinada fora do local apropriado;
e) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato;
f) for escrita a lápis, em parte ou em sua totalidade;
g) estiver em branco;
h) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível.

6. Na prova discursiva – redação, a folha para rascunho no Caderno de Provas será de preen-
chimento facultativo. Em hipótese alguma o rascunho elaborado pelo candidato será consi-
derado na correção pela Banca Examinadora.
7. Na prova discursiva – redação deverão ser rigorosamente observados os limites mínimo de
20 (vinte) linhas e máximo de 30 (trinta) linhas, sob pena de perda de pontos a serem atri-
buídos à Redação.
8. A prova discursiva – redação terá caráter classificatório e eliminatório e será avaliada na
escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, considerando-se habilitado o candidato que nela ob-
tiver nota igual ou superior a 60 (sessenta) pontos.
9. O candidato não habilitado na prova discursiva – redação será excluído do concurso.

OBSERVAÇÕES QUANTO À FCC

1. Na FCC, pequenos deslizes gramaticais têm tanto peso quanto o conteúdo; por isso, aten-
ção redobrada: duas acentuações incorretas mais duas ou três vírgulas mal empregadas,
por exemplo, podem significar cinco pontos a menos na avaliação da banca.
2. Procure ocupar quase todas as trinta linhas.
3. A Fundação Carlos Chagas é muito clara ao expor, no edital, os critérios de correção – pa-
râmetros. Na correção propriamente dita, apresenta informações vagas sobre as falhas co-
metidas pelo candidato. Os avaliadores, em alguns casos, apenas comentam brevemente
qual o motivo das punições (de 5 em 5 pontos num total de 100).
4. A proposta de redação da banca examinadora FCC varia de acordo com o cargo almejado.
Basicamente, há dois perfis de redação que podem ser cobrados: uma dissertação- argu-
mentativa, em que o candidato deve apresentar uma reflexão, a partir do enunciado da
proposta, sobre um tema de interesse geral; ou uma redação expositiva, em que o candida-
to deve desenvolver um texto técnico, de acordo com a sua área. Por isso, a leitura do edital
é essencial para saber que tipo de texto será exigido no concurso que você prestará. As
redações de perfil técnico normalmente estão ligadas às vagas do judiciário, por exemplo.

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DÚVIDAS COMUNS
ANOTAÇÃO:
• Linhas: respeite o número de linhas – de 20 a 30 linhas (geral-
mente, ou aquele indicado nas instruções).
• Margens: obedeça às margens direita e esquerda, bem como a
do parágrafo.
• Letra: faça letras de tamanho regular. Diferencie maiúsculas de
minúsculas.
• Retificações: atráz atrás
• Título:

Expressão, geralmente curta, colocada antes da dissertação. Não se


deve pular linha depois do título. É importante para o texto – agrega
qualidade – e deve corresponder ao âmago da redação.

• com verbo – apenas a primeira letra maiúscula e ponto final;


• com pontuação intermediária – apenas a primeira maiúscula e
ponto final;
• sem verbo e sem pontuação intermediária – letras maiúsculas no
início das palavras (exceto nexos e artigos).

OBS.: a presença de título no texto não é penalizada, a não ser que


haja determinação contrária expressa em comando da prova. A linha
em que o título for exposto é contada como efetivamente escrita.
• Translineação: hífen ao lado direito da palavra translineada.

O QUE É DISSERTAÇÃO?

O Texto Dissertativo é "um estudo teórico, de natureza reflexiva, que


consiste na ordenação de ideias sobre determinado tema" (Salvador,
1980, p.35), "aplicação de uma teoria já existente para analisar de-
terminado problema" (Rehfeldt, 1980, p. 62), ou "trabalho feito nos
moldes da tese, com a peculiaridade de ser ainda uma tese inicial ou
em miniatura" (Salomon, 1972, p. 222). Pode apresentar aspecto ar-
gumentativo ou expositivo e, de acordo com a proposta temática exi-
gida nos certames, reunir elementos descritivos e/ou narrativos.
OBS.: dessa forma, apresente o máximo de conhecimento possível
sobre o assunto, uma vez que é pautado naquele que o examina-
dor irá identificar os pontos-chave que interessam à banca para
atribuir pontuação ao seu texto.

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A proposta de redação das bancas examinadoras varia de acordo com o cargo almejado. Basi-
camente, há dois perfis de redação que podem ser cobrados: uma dissertação argumentativa
ou texto opinativo-argumentativo, em que o candidato deve apresentar uma reflexão, a partir
do enunciado da proposta, sobre um tema de interesse geral, emitindo sua opinião; ou uma
dissertação expositiva, em que o candidato deve desenvolver um texto técnico, de acordo com
a sua área. Por isso, a leitura atenta das instruções (comando) é essencial para saber que tipo
de texto será exigido no concurso que você prestará.

Texto Dissertativo-expositivo

Trata-se do texto cujo autor utiliza dados fartamente noticiados em jornais, revistas, rádio,
televisão, internet... Tais ideias são amplamente conhecidas e, por isso mesmo, inquestionáveis
quanto ao conteúdo. Como o próprio nome diz, expõe fatos, conceitos sobre um assunto de
área específica, mas não apresenta necessariamente uma discussão. Deve permitir que o leitor
identifique, claramente, o tema central do texto. O seu objetivo é o de informar o leitor sobre
o máximo de aspectos relevantes ligados ao tema. O autor deve expor, explicar e interpretar as
ideias, levando o avaliador a considerá-las coerentes e não fazê-lo concordar com elas.
Logo, é um texto de estrutura dissertativa que formula análise de determinado assunto com
base em conhecimentos (teóricos, técnicos, jurídicos) específicos de determinado campo de
saber. Busca comprovar o domínio científico do candidato em sua área de formação ou do car-
go a que concorre.
O autor deve escrever parágrafos de INTRODUÇÃO e CONCLUSÃO; não há um número especí-
fico de parágrafos para o DESENVOLVIMENTO, nem a preocupação com o número de linhas de
cada parágrafo.
O ponto crucial desse texto é mostrar conhecimento profundo, se possível, com detalhes (nem
sempre há linhas suficientes para isso) do assunto, apresentando as etapas que compõem a
situação sempre em ordem lógica. Para isso, imagine-se explicando um assunto específico para
outra pessoa que não conhece nada sobre ele.

Exemplo de proposta do tipo dissertativo-expositivo

Produza um texto dissertativo, acerca do seguinte tema:

A democracia como valor da cultura ocidental

Em sua redação aborde, necessariamente, de modo objetivo, os seguintes aspectos:


1º – os processos de transição democrática nas economias emergentes;
2º – os desafios na construção de um projeto democrático estadista;
3º – os plebiscitos e as demais consultas democráticas.

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Texto Dissertativo-argumentativo

Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese a partir de coerente
argumentação, exemplos, fatos.
Trata-se da discussão de problemas por meio de um texto argumentativo, o qual deve apresen-
tar Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, adotando-se o padrão de quatro/cinco parágra-
fos. Em cada parágrafo, deve haver um mínimo de dois períodos com, aproximadamente, três
linhas em cada um.
Tal texto deve ser objetivo, veiculando informações consensuais. Sua finalidade não é literária.
Visa a convencer, a persuadir o leitor.
Evite definições e críticas virulentas, bem como manifestação de preconceitos.

EXEMPLIFICANDO
Os presídios brasileiros, habitados por 450.000 sentenciados, têm cheiro de creolina. O pro-
duto químico é usado para disfarçar outro odor, o de esgoto, que sai das celas imundas e im-
pregna corredores e pátios. O exemplo mais repugnante é o Presídio Central de Porto Alegre,
considerado o pior do país — o que, convenhamos, é um feito e tanto.
Em um de seus pavilhões, as celas não têm sequer portas: elas caíram de podres. No extremo
oposto, figura a Penitenciária Industrial de Joinville, em Santa Catarina. Ela não cheira a prisão
brasileira. Os pavilhões são limpos, não há superlotação e o ar é salubre, pois os presos são
proibidos até de fumar. Muitos deles trabalham, e um quarto de seu salário é usado para me-
lhorar as instalações do estabelecimento. Nada que lembre o espetáculo de horrores que se vê
nas outras carceragens, onde a maioria dos presos vive espremida em condições sub-humanas,
boa parte faz o que quer e os chefões continuam a comandar o crime nas ruas a partir de seus
celulares. A penitenciária catarinense é uma das onze unidades terceirizadas existentes no Brasil.
Veja. (com adaptações).

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Considerando que o texto tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acer-
ca do seguinte tema:

O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO EM QUESTÃO

Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:


• penitenciárias: fábrica de crime ou caminho para a recuperação;
• crime: a decisão de punir ou vingar;
• reinserção social do presidiário: o grande desafio.

A maioria dos sistemas deve ser questionada periodicamente. Afinal, tal conjunto de elemen-
tos interligados tende ao esgarçamento com o passar dos anos. Quando se trata de um sistema
prisional, sobretudo o brasileiro, a discussão torna-se imperiosa. Perguntas acerca da finalidade
das penitenciárias e da punição aos criminosos fazem-se cruciais no momento em que reinserir
socialmente aquele que cometeu ato condenável constitui-se um dos grandes desafios do Estado.
O sistema penitenciário brasileiro coloca-se – historicamente – na contramão de sua função precí-
pua: a reeducação e a readaptação de indivíduos condenados a penas de reclusão e de detenção.
Trata-se de verdadeiras “escolas de crime” – expressão clichê, devido às inúmeras vezes em que
vem sendo empregada para definir o que se vê nos cárceres do País. Como exemplo mais recente
(que dispensa detalhamentos, haja vista a indizível barbárie), citam-se os episódios ocorridos no
Maranhão, no final de 2013. O caminho para a recuperação dos detentos passa a quilômetros
desses locais, da mesma forma que distante se encontra a educação formal que os salvaria.
Indiscutivelmente, crimes devem ser punidos. A Justiça, ao infligir castigo aos transgressores, visa
à exemplaridade. Castigar, conotativamente, significa corrigir, emendar. Assim sendo, trata-se (ou
deveria tratar-se) de ação racional, ditada por leis – que, em nosso país, não são poucas – redigi-
das por aqueles, teoricamente, preparados para tal atividade. No Brasil, assistimos, no que tange
à punição de pretos e pobres – sobretudo –, à aplicação da lei, o que parece ser fácil. Difícil é fazer
justiça. Assim sendo, não há, em muitos casos, imposição de penas, e sim vingança, que é “a jus-
tiça do homem em estado selvagem”, segundo Epicuro. Ao encarcerar o contraventor em locais
como o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o propósito aparente é o de prejudicar o criminoso
como reparação ao dano por ele causado. Trata-se de desforra, de vindita.
Questionar o sistema prisional brasileiro é mais do que necessidade; é obrigação. Rever o con-
ceito de punição e a finalidade dos cárceres é ação que exige coragem. Quando nos deparamos
com um país que investe mais na construção de presídios do que na de escolas, concluímos
que somos uma sociedade doente. Reinserir socialmente o transgressor requer foco na forma-
ção dos cidadãos. A saúde social passa, portanto, pela educação. Pitágoras, há muito, afirmou:
“Educai as crianças e não será preciso punir os homens.”

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Estrutura da dissertação argumentativa
ANOTAÇÃO:
Introdução: (± 4 linhas) Tema + Tese + objetivo do texto
Desenvolvimento 1: (± 7 linhas) 1ª delimitação
Desenvolvimento 2: (± 7 linhas) 2ª delimitação
Desenvolvimento 3: (± 7 linhas) 3ª delimitação
Conclusão: (± 4 linhas) retomada do tema + reforço da tese +
sugestão de medidas e ações efetivas = intervenção na pro-
blemática

OU

Introdução: (± 5 linhas) Tema + Tese + objetivo do texto


Desenvolvimento 1: (± 10 linhas) 1ª delimitação
Desenvolvimento 2: (± 10 linhas) 2ª delimitação
Conclusão: (± 5 linhas) retomada do tema + reforço da tese +
sugestão de medidas e ações efetivas = intervenção na proble-
mática

OU

Introdução: (± 5 linhas) Assunto + Tema + Tese


Desenvolvimento 1: (± 10 linhas) exposição do assunto / tema
Desenvolvimento 2: (± 10 linhas) explicação da tese + argu-
mentos comprobatórios
Conclusão: (± 5 linhas) retomada do tema + reforço da tese +
sugestão de medidas e ações efetivas = intervenção na proble-
mática

1. INTRODUÇÃO: a principal finalidade da introdução é anunciar


o assunto, definir o tema que vai ser tratado, de maneira clara
e concisa, expor a tese. Na introdução, são requisitos básicos
a definição do assunto e a indicação do caminho que será
seguido para sua apresentação.

Estrutura da Introdução

1º período: tema
2º período: tese + objetivo
3º período: delimitações

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OU
1º período: assunto (palavra mais geral da proposta) + tema ANOTAÇÃO:
2º período: tese
3º período: encaminhamento de eventual problema

OBS.: “dica” para apresentar a “solução”.


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Dicas de expressões introdutórias


→ O (A) ..... é de fundamental importância em ....
→ É de fundamental importância o (a) ....
→ É indiscutível que ... / É inegável que ...
→ Muito se discute a importância de ...
→ Comenta-se, com frequência, a respeito de ...
→ Não raro, toma-se conhecimento, por meio de ..., de ...
→ Apesar de muitos acreditarem que ... (refutação)
→ Ao contrário do que muitos acreditam ... (refutação)
→ Pode-se afirmar que, em razão de ... (devido a, pelo ) ...
→ “Os recentes acontecimentos ..... evidenciaram...”
→ “A questão ..... está novamente em evidência...

Modelos de Introdução

EXEMPLIFICANDO

PROPOSTA
Em uma relação comercial, há sempre duas partes envolvidas: a
empresa e o consumidor. O acordo entre os interesses de cada
uma dessas partes é um desafio a ser superado quando se quer
transformar intenções em realidade.
Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-
-argumentativo, posicionando-se a respeito do seguinte tema:
Conciliar as necessidades dos consumidores aos objetivos da em-
presa
OBS.: como utilizar os textos de apoio.

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_Considerando _______________________________________
______________________________________________________ ANOTAÇÃO:
______________________________________________________

_ A partir do texto de apoio


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______________________________________________________
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• Declaratória – consiste em expor o mesmo que sugere a propos-


ta, usando outras palavras e outra organização. Risco: paráfrase.
Em qualquer relacionamento, há, no mínimo, duas partes compro-
metidas entre si. Não seria diferente no comercial, que aproxima
consumidor e empresa, sendo, pois, necessário harmonizar os in-
teresses de ambos, a fim de remover qualquer obstáculo que se
apresente.
• Perguntas – pode-se iniciar a redação com uma série de per-
guntas. Porém, cuidado! Devem ser perguntas não retóricas,
que levem a questionamentos e reflexões, e não vazias cujas
respostas sejam genéricas. As perguntas devem ser respondi-
das, no desenvolvimento, por meio de argumentos coerentes.
Risco: ausência de posicionamento.
Será possível estabelecer relacionamentos nos quais não se com-
patibilizem os interesses das partes envolvidas? Quando se trata
dos comerciais, como proceder para que consumidor e empresa
sintam-se atendidos quanto a seus interesses? Como superar os
desafios que podem impedir tal desejo de se tornar realidade?
• Histórica – pode-se iniciar a redação por meio de fatos históri-
cos conhecidos e significativos para o desenvolvimento que se
pretende dar ao texto. Risco: mera exposição.
As primeiras atividades comerciais baseavam-se em trocas natu-
rais: as partes estipulavam livremente o que se envolvia em suas
negociações. Com o passar do tempo, tais transações tornaram-se
mais e mais complexas. Assim sendo, é imperioso que se harmoni-
zem os interesses de consumidor e empresa, a fim de impedir que
possíveis obstáculos impeçam a concretização de uma parceria.
• Comparação social, geográfica ou de qualquer outra natureza
– trata-se de apresentar uma analogia entre elementos, sem
buscar no passado a argumentação. Constitui-se na compara-
ção de dois países, dois fatos, de duas personagens, enfim, de
dois elementos, para comprovar a tese. Lembre-se de que se
trata da introdução, portanto a comparação apenas será apre-

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sentada para, no desenvolvimento, ser discutido cada elemen-


to da comparação em um parágrafo. ANOTAÇÃO:
As relações afetivas – ao menos as prazerosas – baseiam-se no co-
nhecimento e no respeito mútuo. O diálogo claro é a melhor arma
contra qualquer obstáculo que se interponha entre os nela envol-
vidos. Não é diferente nos relacionamentos comerciais, os quais
contemplam interesses tanto do consumidor quanto da empresa.
• Citação / Argumento de Autoridade – abre-se esse tipo de
introdução por meio de uma citação pertencente a qualquer
área do conhecimento ou mediante a afirmação de uma au-
toridade no tema em pauta. É preciso ressaltar que tais expe-
dientes não são gratuitos – meros “enfeites” – e que, portanto,
a ideia que veiculam deve ser retomada ao longo do texto ou
na conclusão.
Segundo Pessoa, “Nada revela mais uma incapacidade fundamen-
tal para o exercício do comércio que o hábito de concluir o que os
outros querem sem estudar os outros, fechando-nos no gabinete
da nossa própria cabeça.” É necessário, por conseguinte – a fim de
conciliar necessidades e objetivos de consumidores e empresas –,
dar-se a conhecer. Só assim, eventuais obstáculos a tal relaciona-
mento poderão ser superados.
OBS.: para apresentar a citação.
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• Refutação – após tecer declaração sobre a palavra-chave do


tema, podem-se apresentar ideias que se lhe opõem. Contu-
do, cuidado: isso não significa que é possível contrariar o que
foi proposto pela banca.

Embora seja voz corrente que o consumidor sempre tem razão,


tal afirmação não se sustenta quando se analisa a necessidade de
que a relação entre ele e a empresa seja o mais harmoniosa possí-
vel. Mesmo que tal ligação possa constituir um desafio, é preciso
persegui-la a fim de que a satisfação de ambas as partes redunde
em desenvolvimento social.

2. DESENVOLVIMENTO: é a parte nuclear e a mais extensa da re-


dação. Nela, são apresentados, além da exposição do assunto-
-tema, os argumentos, as ideias principais.

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Estrutura dos Desenvolvimentos

Desenvolvimento 1: (± 7 linhas) 1ª delimitação (exposição + análise)


Desenvolvimento 2: (± 7 linhas) 2ª delimitação (idem)
Desenvolvimento 3: (± 7 linhas) 3ª delimitação (idem)

OBS.: a explicitação da tese deve ser apresentada em todos os desenvolvimentos.


OU
Desenvolvimento 1: (± 10 linhas) exposição do assunto/tema + UM bom exemplo + argumento
de consenso
Desenvolvimento 2: (± 10 linhas) explicitação da tese (por quê?) + argumentos de autoridade
/ causa e consequência...

Modelos de Desenvolvimento

EXEMPLIFICANDO

Tema: intolerância religiosa

• Causas e consequências – é a apresentação dos aspectos que levaram ao problema discu-


tido e das suas decorrências.
“Considerando-se a necessidade de buscarem-se ações que combatam a intolerância religiosa,
cabe analisar que há dificuldade por parte do Estado em ser, na prática, laico, posto que – por
exemplo – existem feriados nacionais com embasamento católico, o que revela um caminho
que influencia a repulsa por outras crenças. Assim, é comum a existência daqueles que, por se
acharem superiores, abusam do direito à crítica e agridem fisicamente outros por não concor-
darem com sua fé, principalmente a de matriz africana. A intolerância religiosa no Brasil é de tal
forma sistemática e recorrente que inúmeras obras literárias abordaram-na: “O Pagador de Pro-
messas”, de Dias Gomes, exemplifica magistralmente esse preconceito.”

Tema: sistema penitenciário brasileiro

• Exemplificação – a exemplificação é a maneira mais fácil de se desenvolver a dissertação,


desde que não seja exclusiva: é preciso analisar os exemplos e relacioná-los ao tema. De-
vem-se apresentar exemplos concretos.
“O sistema penitenciário brasileiro coloca-se – historicamente – na contramão de sua função precí-
pua: a reeducação e a readaptação de indivíduos condenados a penas de reclusão e de detenção.
Trata-se de verdadeiras “escolas de crime” – expressão clichê, devido às inúmeras vezes em que
vem sendo empregada para definir o que se vê nos cárceres do País. Como exemplo mais recente
(que dispensa detalhamentos, haja vista a indizível barbárie), citam-se os episódios ocorridos no
Amazonas, no início de 2017. O caminho para a recuperação dos detentos passa a quilômetros des-
ses locais, da mesma forma que distante se encontra a educação formal que os salvaria.”

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Tema: intolerância religiosa


• Argumento de autoridade – a ideia se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que
pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por
um líder ou um político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade
no assunto abordado.
“Para Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um ‘corpo biológico’, que interage entre si.
Entretanto, fato que impede o funcionamento harmônico desse organismo é a presença de
preconceitos – entre eles o religioso – no País. A despeito de sermos uma população miscige-
nada, criam-se estereótipos relacionados à fé. Todavia, é preciso ressaltar que a Constituição
Federal, em seu Artigo Quinto, determina que todo cidadão é igual perante a lei, podendo, as-
sim, seguir dogmas de acordo com seus preceitos. Dessa forma, os atos ofensivos relacionados
à crença, no Brasil, refutam a Carta Magna, uma vez que a escolha da religião é, muitas vezes,
motivo de discriminação e, até mesmo, de agressão.”

Tema: a violência contra o menor no Brasil


• Levantamento de hipótese – traz a tese que se pretende provar ao longo do(s)
desenvolvimento(s). O principal risco é não ser capaz de realmente comprovar a tese apre-
sentada.
“O Brasil, a despeito de ter alcançado o posto de sétima economia mundial em 2014, permaneceu
apresentando problemas que não se coadunavam com tal status. A violência contra o menor tem
origem na persistência da miséria – talvez a principal responsável pela desagregação familiar.”

Tema: a violência contra o menor no Brasil


• Histórica – traçar uma trajetória histórica é apresentar uma analogia entre elementos do
passado e do presente. Só será usada a trajetória histórica quando houver um fato no pas-
sado que seja comparável, de alguma maneira, a outro no presente.
“No Brasil, às crianças nunca foi dada a importância devida. Em Canudos e em Palmares, não
foram poupadas da violência. Na Candelária ou na Praça da Sé, continuam não sendo.”

Tema: a violência contra o menor no Brasil


• Comparação social, geográfica ou de qualquer outra natureza.
“Zé Pequeno, personagem do filme ‘Cidade de Deus’, exemplifica, de forma magistral, a triste rea-
lidade a que são submetidas muitas crianças brasileiras. Vítimas da violência, fruto da miséria e do
abandono, constroem, diariamente, um país envergonhado – ou que, pelo menos, deveria sê-lo.”

Tema: a violência contra o menor no Brasil


• Comparação por oposição – procura-se mostrar como o tema – ou aspectos dele – opõe-se
a outros.
“Em um mesmo território – que mais parecem dois mundos distintos –, O Brasil, vemos as crianças
que frequentam boas escolas e as que habitam o asfalto das grandes cidades. Enquanto aquelas
constroem – em tese – um futuro, estas (vítimas da violência) edificam a ausência de um amanhã.”
OBS.: alguns modelos de introdução podem ser usados nos desenvolvimentos.

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Dicas de elementos de ligação entre os parágrafos de desenvolvimento

D1
• É preciso, em primeiro lugar, lembrar...
• É preciso, primeiramente, considerar...
• É necessário frisar...

D2 / D3
• Nota-se, por outro lado, que...
• É imprescindível insistir no fato de que...
• Não se pode esquecer
• Além disso, ...
• Outro fator existente...
• Outra preocupação constante...
• Ainda convém lembrar...

Tipos de Argumento

EXEMPLIFICANDO

• Argumento de autoridade – a citação de autores renomados (escritores célebres) e de au-


toridades de certa área do saber (educadores, filósofos, cientistas etc.) ou, ainda, de resul-
tados de estudos (estatísticas, por exemplo) é aconselhável quando se trata de fundamen-
tar uma ideia, uma tese.

Segundo Gilberto Freyre, “o desenvolvimento social começa na casa de cada cidadão.” Assim
sendo, confirma-se ser o turismo uma das portas para o progresso. Ao preparar sua cidade – e
as acolhedoras são o lar de um homem – para receber visitantes, o sujeito sente-se partícipe,
contribuindo, dessa forma, para o crescimento do entorno.

• Argumento baseado no consenso – são proposições evidentes por si mesmas ou univer-


salmente aceitas como verdade – conceitos. Contudo, não se deve confundir argumento
baseado no consenso com lugares comuns carentes de base científica.

Ora, o homem sempre viajou: para sobreviver, para proteger-se, para conquistar, para comer-
ciar, por curiosidade natural, por lazer, enfim. Há registros desde a Pré-História de deslocamen-
tos individuais e em grupo. As movimentações turísticas englobam boa parte da economia de
um país, pois ocasionam a circulação de um número bem maior de pessoas nas regiões visita-
das, o que propicia aumento de postos de emprego, de investimentos na estrutura da cidade,
levando à melhora da qualidade de vida dos cidadãos que ali vivem.

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• Argumento baseado em provas concretas – a argumentação


consiste numa declaração seguida de prova. As provas concretas
constituem-se, principalmente, de fatos, de dados estatísticos, ANOTAÇÃO:
de exemplos, de ilustrações.
Quando Flávio Bicca escreveu “Horizontes” e afirmou que o pôr do
sol de Porto Alegre o traduzia em versos, instalou, provavelmente,
num eventual turista a curiosidade de conhecer essa cidade, que se
caracteriza por um dos mais belos ocasos.
• Argumento de competência linguística – a argumentação ba-
seia-se no pleno uso dos recursos oferecidos pela língua, de for-
ma correta e inovadora.
É essa sistemática – inerente ao ser humano – da eterna busca pelo inu-
sitado, pelo novo, pelo desconhecido que o impede de estagnar e força-o
a romper o escudo acomodatício, o que seria impossível sem as viagens.

OBS.: ÉTICA, JUSTIÇA, EDUCAÇÃO e CIDADANIA são argumentos


válidos para quase todos os temas.

Qualidades Básicas do Texto

a) Articulação e autonomia entre as partes.


DICA:
• não utilize os pronomes esse(a)(s), isso no primeiro período dos
parágrafos.
b) Unidade, coesão e ênfase: fundamentais.

DICA:
• repita as palavras-chave do tema (sinônimos ou paráfrase) uma
vez a cada parágrafo.
c) Unidade

DICA:
• não abuse de exemplos, pois o excesso quebra a unidade.
d) Coesão e Coerência
DICA:
• fuja de fórmulas vazias (“conscientização urgente do governo,
das pessoas...”) e de falta de progressão textual;
• não use nexo adversativo no início da conclusão;

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• não empregue expressões temporais vagas (“atualmente”, “antigamente”...);
• não apresente solução para tudo (caso a proposta não aponte um problema).

3. CONCLUSÃO
Não confunda conclusão com apreciação do trabalho. É muito comum encontrar dissertações
que apresentam na conclusão uma apreciação do assunto, ou frases do tipo “Eu acho muito
importante .........., por isso ou aquilo...”
Na introdução, anuncia-se o que se vai fazer; na conclusão, confirma-se o que foi feito. Se a in-
trodução pode ser considerada um “trailer” do trabalho, a conclusão é um “replay”.
A despeito de ser um “replay” (tema – tese – solução), admite-se fato novo: ideia ou argumento.

Estrutura da Conclusão

1º período: retomada do tema


2º período: reforço da tese
(3º período: ideia nova ou citação)

OU
1º período: retomada do tema + reforço da tese
2º período: solução do problema (quem faz? o que faz?)
3º período: como faz? para que faz?

Modelo de Conclusão

EXEMPLIFICANDO
Tema: sustentabilidade
“A percepção de que estamos ameaçados como espécie atribui, portanto, relevância ímpar à
sustentabilidade. O desafio imposto pela crise ambiental requer outras soluções – além da mu-
dança radical do padrão de produção e consumo vigente. É preciso contar, também, com os
avanços tecnológicos, depositando-se na capacidade inventiva do homem a superação anun-
ciada dos limites dos recursos naturais. É preciso, por fim, alterar o padrão civilizatório de que
somos prisioneiros.”

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OBS.:

• desloque a conjunção conclusiva;


• só cite exemplo se se tratar de retomada;
• NÃO UTILIZE
• fórmulas prontas para iniciar a conclusão (Conclui-se, Concluímos, De acordo com os
argumentos citados anteriormente, Com base na problemática acima enfocada...);
• uma frase de efeito, um clichê, um slogan, um provérbio (A esperança é a última que
morre);
• um apelo a uma entidade milagrosa (É preciso que o governo se conscientize de que...);
• uma conclusão utópica, messiânica (No dia em que o homem perceber que... ele
aprenderá que... / Mas temos certeza de que, dentro de poucos anos, o problema do
menor abandonado estará resolvido.).

Dicas de expressões conclusivas

Modelo de Conclusão = Solução do Problema


A fim de atender aos critérios de alcance social e crítico do texto (exigência comum às propostas
atuais), propõe-se intervenção social para a problemática apresentada pela banca.

Elementos válidos da proposta de intervenção (solução)


QUEM? O QUÊ? COMO? PARA QUÊ?

Observe o parágrafo conclusivo abaixo acerca do tema “Combate à epidemia de DSTs no Brasil”.
O Ministério da Saúde, em parceria com o da Educação, DEVE, portanto, desenvolver cam-
panhas informativas por meio de palestras nas rede privada e pública de ensino, bem como por
intermédio da mídia, a fim de orientar a população – sobretudo os jovens – acerca das diversas
formas de contágio das DST’s e das consequências de tais patologias. Além disso, a tal ação
articulada cabe incentivar o uso efetivo de preservativos, por meio da televisão – haja vista a
abrangência dessa mídia – para que os riscos de contágio sejam minimizados.

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Como elementos coesivos podem auxiliar na construção de uma intervenção
• Uso de um marcador conclusivo para articular o parágrafo ao restante do texto (problema-
tização e tese). No exemplo, foi usado “PORTANTO”, mas poderia ter sido DESSA FORMA,
POR CONSEGUINTE, ASSIM, etc. (busque deslocá-los).
• Uso do verbo “DEVER” articulando o sujeito da oração (QUEM?) ao objeto direto (O QUÊ?).
• Uso do nexo “POR MEIO DE” para introduzir um adjunto adverbial de modo / meio
(COMO?).
• Uso de “A FIM DE” para introduzir um adjunto adverbial de finalidade (PARA QUÊ?).
• Assim, QUEM? (sujeito) deve O QUÊ? (objeto direto) por meio de COMO? (adjunto adver-
bial de modo) a fim de PARA QUÊ? (adjunto adverbial de finalidade).

EXEMPLIFICANDO

Sucata pós-moderna
À já extensa lista de problemas ambientais que enfrentamos adiciona-se um novo item: o lixo
eletrônico. Ignorado pela maioria dos consumidores, o destino final de aparelhos como com-
putadores, telefones celulares e televisores representa grave ameaça à saúde do planeta, pois
eles contêm elementos químicos tóxicos em seus componentes.
O lixo eletrônico é mais um produto da moderna sociedade de consumo, que se firma sobre um
modelo totalmente insustentável. Aparelhos de telefone, produtos de informática, eletrodo-
mésticos, equipamentos médico-hospitalares e até brinquedos são alguns dos novos vilões do
meio ambiente.
A reciclagem desse material pode ser vista de duas maneiras: uma boa, outra ruim. A boa é que
muitos aparelhos têm grande potencial para reciclagem, devido à presença de metais preciosos
em alguns circuitos eletrônicos. A ruim é que esse potencial raramente é explorado, uma vez
que reciclar lixo eletrônico é um desafio.
KUGLER, Henrique. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje. (Adaptado).

O progresso melhorou a vida da humanidade, mas criou muitos problemas. A acumulação do


lixo é inevitável, faz parte do mundo atual e não para de crescer e se multiplicar, com novos e
problemáticos ingredientes. Uma questão do nosso tempo é o que fazer com o espantoso volu-
me de detritos — sacolas plásticas, garrafas pet, placas e teclados de computadores, celulares
etc. — de modo a evitar o prejuízo à saúde humana e ao meio ambiente, além de transformá-
-los em riqueza.
Tomando como ponto de partida essas reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo,
em que se discuta

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A POLÊMICA ENTRE A NECESSIDADE DO PROGRESSO E AS IMPLICAÇÕES DO LIXO NAS


CONDIÇÕES DE VIDA NO PLANETA.
Exemplo de Redação – Bruno Falcão, aluno da Casa do Concurseiro. (7,0)
Muito se discute a respeito da necessidade de crescimento tecnológico, e o impacto ambiental
causado pelo lixo produzido por meio do descarte de aparelhos eletrônicos . O desenvolvimento
de alternativas que diminuam o impacto ao meio ambiente é extremamente necessário.

É preciso frisar, que um (grante) grande vilão entre os eletrônicos, é o aparelho celular. Pesquisas
recentes indicam que, no Brasil, existem mais aparelhos celulares do que pessoas. Estes apare-
lhos eletrônicos tem como componente principal uma bateria feita de material nocivo ao meio
ambiente e que não pode ser reciclado, acumulando assim , uma quantidade enorme de lixo.

Além disso, as sacolas plásticas se acumulam no fundo do mar e dos rios, prejudicando o fun-
cionamento do meio-ambiente , (acumu) aumentando cada vez mais a quantidade de lixo acu-
mulada no planeta. Estas sacolas demoram dezenas de anos para desaparecer do nosso pla-
neta. Medidas simples podem ser adotadas, como: a substituição das sacolas de plástico por
sacolas de papel, diminuindo assim, os danos causados ao meio ambiente, pois o papel se
decompõe muito mais rápido do que o plástico.

Portanto, ao considerar a necessidade de progredir tecnologicamente , é necessário refletir a


respeito dos danos causados ao ecossistema. É fundamental, que não somente os fabricantes,
mas também a população, mude seu cotidiano com o objetivo de proteger o planeta. Só assim,
é possível progredir de verdade.

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Mobilidade urbana é, também, a capacidade de as pessoas se deslocarem de um lugar para
outro para realizar suas atividades de forma confortável, segura e em tempo hábil. É mais do
que meios de transporte e trânsito. Nas grandes cidades, o resgate dos espaços públicos para
os cidadãos se associa à limitação do uso de veículos automotores.
Considerando-se o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre
o tema abaixo.

A mobilidade urbana: aspectos sociais, econômicos e ambientais


Exemplo de Redação – Fernanda Mattos, aluna da Casa do Concurseiro. (10,0)

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Neste momento, nós, mulheres e homens, enfrentamos muitas novidades, num mundo fas-
cinante, vertiginoso, belo e às vezes cruel. Com tecnologias efêmeras e atordoantes, estamos
condenados à brevidade, à transitoriedade, depois de séculos em que os usos e costumes du-
ravam muitos anos, e qualquer pequena mudança causava um alvoroço. A convivência de ho-
mens e mulheres também mudou. Em muitas empresas as mulheres trabalham ombro a om-
bro com colegas homens e, eventualmente, assumem cargos de comando. Como agimos, como
nos portamos, como nos reinventamos, nós, homens e mulheres?
(Adaptado de Lya Luft. Veja, 19 de dezembro de 2012)

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Considerando o que está escrito acima, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito
do seguinte tema: a conciliação dos sentimentos humanos na vida moderna.

Exemplo de Redação – Jefferson Santos Ramalho, aluno da Casa do Concurseiro. (10,0)

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I
Para além da fidelidade e integridade da informação, problema que se impunha com os veícu-
los tradicionais da mídia, hoje, com a internet, o homem enfrenta um novo desafio: distinguir,
de uma profusão de informações supérfluas, as que lhe importam na formação de um pensa-
mento que garanta sua identidade e papel social.
II
Ponto de vista não é apenas a opinião que desenvolvemos sobre determinado assunto, mas
também o lugar a partir de onde consideramos o mundo e que influencia de maneira cabal nos-
sas percepções e ações.
III
Todos os homens voltam para casa. Estão menos livres mas levam jornais e soletram o mundo,
sabendo que o perdem.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. “A flor e a náusea”)

Redija um texto dissertativo-argumentativo a partir do que se afirma em I, II e III.

Exemplo de Redação – Isabela Kalikoski, aluna da Casa do Concurseiro. (76,0)

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As pessoas vão às ruas protestar por vários motivos, exercendo um direito que é
legítimo, mas é preciso considerar alguns limites, sem os quais suas manifestações
perdem a legitimidade.
Escreva um texto dissertativo-argumentativo, no qual você deverá discutir o tema
apresentado.

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PLANEJAMENTO:
ASSUNTO – PROTESTO
TEMA – protestar é um direito legítimo, mas limites devem ser considerados a fim de que tal
ação se mantenha em conformidade com princípios justos.
TESE – concordância.
ENCAMINHAMENTO DE SOLUÇÃO – quais são os limites a serem observados quando de pro-
testos?

INTRODUÇÃO:
1º período = assunto + tema.
2º período = tese.
3º período = encaminhamento de solução.

Em qualquer comunidade, há os que – em desacordo com o status quo – exercem o seu direto
legítimo de protestar. Contudo, manifestar-se de forma contrária ao que é estabelecido legal
ou consensualmente, requer, no mínimo, conhecimento da situação e maturidade, a fim de que
não se perca a legitimidade de tais ações. Talvez, aí esteja o maior desafio: estabelecer os limi-
tes entre uma manifestação pública e o contrassenso.

D1 = 1º período.
• exposição do tema;
• argumento de consenso;
• argumento de prova concreta.

A história prova que o progresso está diretamente relacionado à capacidade de transgressão.


Ao não se acomodar, o homem busca alternativas e soluções para as situações que não o sa-
tisfazem. Assim, rompendo a cadeia acomodatícia, ele ocupa os espaços públicos a fim de pro-
testar – uma prerrogativa legal. Momento recente da história brasileira exemplifica de maneira
modelar tal direito (e dever): notadamente nos meses de junho/julho de 2013, a população
brasileira – impulsionada, inicialmente, pelo aumento do valor do transporte público – saiu às
ruas a fim de expor sua indignação com os rumos político-sociais do País. Legitimava, assim –
mesmo que de forma pouco homogênea –, o seu papel de construtor da sociedade.

D2 = 2º período
• exposição da tese;
• argumento de autoridade;
• comparação.

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O direito de protestar – conquistado recente e arduamente pela maioria dos povos, de forma
especial pelo latino-americano –, contudo, está diretamente relacionado ao conhecimento da
situação que motiva manifestações a ela contrárias e à maturidade (inclusive, política). A au-
sência de tais requisitos pode transformar a população legitimamente indignada em massa de
manobra daqueles cujo principal interesse é o próprio. Assim, indignada tal qual uma criança
que não sabe bem por que chora, o conjunto dos cidadãos – agora uma turba – manifesta-se
irrefletidamente, ultrapassando os limites do bom senso. Esquece-se, paradoxalmente, de que
há o “direito do mais sábio, mas não o do mais forte”, conforme afirma Joseph Joubert.

CONCLUSÃO = retomada do tema + reforço da tese + explicação da solução


Assim sendo, o ato de protestar e de agir (a ação é indispensável), mais do que legítimo, é
ferramenta imprescindível ao exercício da cidadania – a expressão concreta do exercício da
democracia. Todavia, há que se buscar a justa medida aristotélica, que – se menosprezada –
destrói qualquer limite que torne equânimes os propósitos da manifestação, transformando-a
no grito dos que perderam a razão.

LINGUAGEM

A clareza é uma das principais qualidades de uma redação. Consiste em expressar-se da melhor
forma possível, de modo a deixar-se compreender pelo leitor do texto.
Seja natural. Linguagem direta, clara, fluente é mais efetiva do que expressões rebuscadas, às
vezes inadequadas para o contexto. Não seja prolixo ou verborrágico.

O que prejudica seu texto

• Prolixidade
O mistério insondável, desmedido, incomensurável que rodeia o homem, criatura imperfeita,
minúscula e perplexa, impede-o, muitas vezes, de atuar de forma equilibrada, coerente e sensa-
ta, tornando-o confuso, imprevisível e incoerente. (inadequado)
• Verborragia
Assim, deve-se desejar o desaparecimento dos obnóxios1, viperinos2 e iracundos3 corruptos dos
quadros políticos brasileiros! (inadequado)
1. Obnóxio: desprezível.
2. Relativo à víbora; venenoso; peçonhento.
3. Sujeito propenso à ira; colérico; irascível.
• Ambiguidade
→ Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma boa oportuni-
dade para se livrar das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus maridos.

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Imprecisão
→ A corrupção nacional é uma COISA / ALGO assustador(a), um PROBLEMA quase sem solução.
(A corrupção nacional é assustadora, um problema social quase sem solução).
• Lugar-comum
→ Desde os primórdios da humanidade, o homem tem-se mostrado cruel com seus semelhantes.
→ É preciso lembrar que dinheiro não traz felicidade.
→ Se cada um fizer a sua parte, certamente viveremos num mundo melhor.
→ Ditados: agradar a gregos e troianos, chover no molhado, ficar literalmente arrasado, passar
em brancas nuvens, segurar com unhas e dentes, ter um lugar ao sol...
• Impropriedade de registro

Gírias ou expressões informais retiradas da fala cotidiana podem enfraquecer um argumento.


Ex.: Os problemas tipo entre pais e filhos geram estresse.
Assim sendo, evite,
→ fazer com que: Isso faz com que o povo fique desanimado. (Isso FAZ o povo FICAR desanimado).

→ ter no lugar de haver:

Ex.: Tem uma liquidação ótima no “shopping”. = coloquial. (Há uma liquidação ótima no “shop-
ping” = formal.
→ só que: use mas, porém, etc.
→ diálogo com o examinador: não use VOCÊ / TU. Use “se” (apassivador, indeterminante do
agente). Não se desculpe, dizendo que não escreveu mais porque o tempo foi pouco.
→ mistura de tratamento – eu / nós / se / ele(s) – num mesmo período / parágrafo.

→ cacofonia: Já que tinha interesse, ficou atento.

→ excesso de estrangeirismos: se for indispensável, use-os. Nesse caso, coloque-a entre aspas
duplas. Não se esqueça de explicar sempre, entre parênteses, o significado dos estrangeirismos
menos conhecidos. Não empregue no idioma original palavra que já esteja aportuguesada.

Ex.: estresse e não stress.


Quando houver vocábulo equivalente em Português, prefira-o ao estrangeirismo.
Ex.: cardápio e não menu; desempenho e não performance.

• Inadequação Semântica
→ Uso repetitivo de nexos, de palavras ou de expressões.
→ Redundâncias e obviedades.

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Ex.: Há cinco anos atrás, não se ouvia falar em aquecimento global. (Há cinco anos... / Cinco
anos atrás...)
Ex.: Hoje em dia; A cada dia que passa; Eu acho / Eu penso...; Mundo em que vivemos; (no
mundo); um certo...
• Excesso de paráfrases: Num mundo em que nós, SERES HUMANOS, buscamos apenas a
excelência profissional... (desnecessário o aposto);

Aprimorando a linguagem

• Uso do etc.
Não use etc. sem nenhum critério. Só devemos usá-la quando os termos que ela substitui são
facilmente recuperáveis.
Ex.: A notícia foi veiculada pelos principais jornais do país como O Globo, Jornal do Brasil, etc.
Nunca escreva “e etc.”, pois a conjunção “e” já faz parte da abreviatura. Após a abreviatura,
usa-se ponto final: ,etc.
• Pluralização
Se uma “propriedade” refere-se a sujeitos diversos, deve manter-se no singular (partes do
corpo, se unitárias, ou atributos da pessoa).
Exemplos:
→ A insegurança das grandes cidades prejudica nossas vidas. (nossa vida / a vida)
→ Eles concordaram e balançaram as cabeças... (a cabeça)

Expressões comuns
→ Através: = “atravessar”, “passar de um lado para outro”, “passar ao longo de”.
Ex.: A luz do sol, através da vidraça, ilumina o se rosto.
Ex.: O tipo de redação solicitada mudou através dos tempos.

→ NÃO use através no lugar de mediante, por meio de, por intermédio de, graças a ou por.
Ex.: Comuniquei-me com ele por meio do computador.

→ A nível de NÃO existe. Existem em nível de (= no âmbito de; expressão desgastada!) e ao


nível de.
Ex.: A decisão foi tomada em nível de turma. (Melhor: A decisão foi tomada pela turma.)
Ex.: Não chegou ao nível catastrófico, mas seu desempenho deixou a desejar.

→ Possuir, adquirir, obter = posse, propriedade (de um bem material).฀

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Ex.: Ele possui imóveis fora do Brasil.

→ Nos demais casos, substitua por ter, desfrutar, apresentar, manifestar, produzir, demons-
trar, gozar, ser dotado de.

Uso do Gerúndio

(-ndo): forma nominal do verbo (≈advérbio), indica ação continuada e simultânea. Logo,
Ex.: Vou ficar esperando por você até às 17h. (correto)
Ex.: Vou estar enviando a proposta até às 17h. (incorreto)
Ex.: Isso acaba provocando ódio. (desnecessário)
Ex.: Isso provoca ódio. (preferível)

Nexos

→ MESMO(A)(S) = não retomam palavras ou expressões; nessas situações, utilize ELE(A)(S).


Ex.: Ainda tenho os mesmos ideais. Meus amigos, contudo, mudaram. Eles creem que manter
certas convicções é estagnar.

Pontuação

• Aspas: são empregadas adequadamente, em um texto dissertativo, para indicar


→ transcrições textuais;
→ palavras estrangeiras;
→ títulos.

• Dois-pontos: usados numa relação em que a segunda oração é uma consequência ou uma
explicação da primeira, mas não no início de qualquer série.

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Ex.: No tabuleiro da baiana tem: vatapá, caruru, umbu... (incorreto)
OBS: após dois-pontos, letra minúscula, salvo na transcrição que, originalmente, apresente
maiúscula.

Grafia

1. Emprego de maiúsculas e de minúsculas


→ Maiúsculas
• substantivos próprios de qualquer natureza;
• nomes de vias e lugares públicos;
• nomes que designam altos conceitos políticos, religiosos ou nacionais (A Igreja teceu duras
críticas às pesquisas com células-tronco.);
• nomes que designam artes, ciências e disciplinas;
• nomes de estabelecimentos públicos ou particulares e nomes de escolas de qualquer espécie
ou grau de ensino;
• títulos de livros, jornais, revistas, produções artísticas, literárias e científicas;
• pontos cardeais, quando nomeiam regiões (No Sul, desfruta-se de um inverno europeu.);
• nomes de fatos históricos importantes, de atos solenes e de grandes empreendimentos
públicos;
• expressões como fulano, beltrano e sicrano, quando usadas em lugar de nome de pessoas;
• País com letra maiúscula em substituição ao nome próprio da nação (O Brasil ainda é
vítima de problemas terceiro-mundistas. O País precisa, pois, curar-se da síndrome do
“coitadismo”.);
• Estado = o conjunto das instituições (governo, congresso, forças armadas, poder judiciário
etc.) que administram uma nação. (A máquina administrativa do Estado.).

→ Minúsculas
• nomes de povos, de suas línguas e gentílicos (O brasileiro é cordial.);
• nomes dos meses e dos dias da semana;
• nomes comuns que acompanham nomes geográficos (Transposição do rio São Francisco);
• nomes de festas pagãs ou festas populares (Em fevereiro, há o carnaval.);
• nomes das estações do ano;
• depois de dois-pontos, quando se trata de uma enumeração ou de uma exemplificação;
• estado = cada uma das divisões político-geográficas de uma nação. (O Amazonas é o maior
estado brasileiro.).
2. Grafia de números

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→ Por extenso
• os números até noventa, que se constituírem de apenas uma palavra no início da frase
(Dois alunos saíram mais cedo da aula.);
• substantivados (Ela lia as Mil e Uma Noites.);
• dados por aproximação ou estimativa (“Nem por você / Nem por ninguém / Eu me desfaço /
Dos meus planos / Quero saber bem mais / Que os meus vinte / E poucos anos...”);
• números com mais de uma palavra e números a partir de 100 (Nas próximas vinte e quatro
horas saberei o que fazer de minha vida.);

→ Em algarismos

• horas, minutos e tempo em geral (O voo sai às 17h e chega por volta das 19h30min.);
• medidas (Corro 5 km todos os dias.).
→ Em forma mista
• os números de 1 milhão em diante (Esta estrela tem, seguramente, mais de 19 milhões de
anos.)

3. Siglas

→ todas as letras maiúsculas se a sigla tiver até três letras (ONU);


→ todas as letras maiúsculas se todas as letras forem pronunciadas (INSS);
→ se houver mais de três letras, só a inicial maiúscula (Unesco).

E SE...?
Igualdade de gênero.
Racismo.
Liberdade de expressão / liberdade de imprensa.
Obsolescência programada.
Impacto socioeconômico do envelhecimento populacional.
Mídias sociais e discurso de ódio.
Sistema prisional e ressocialização do detento.
Respeito à diversidade cultural.
Doação de órgãos.
Nomofobia e o uso excessivo do celular.
Notícias falsas e suas implicações sociais.
Exposição pública e direito à privacidade.
Inclusão digital.

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Inovações tecnológicas a serviço da cidadania.
Correntes migratórias.
Expansão tecnológica e instabilidade emocional.
Mudanças climáticas.
Preconceito linguístico no Brasil.
O poder transformador da empatia nas relações humanas.
Os efeitos da espetacularização midiática na sociedade contemporânea.
Depressão: o mal do século XXI.
Redução da maioridade penal no Brasil.
Desemprego no Brasil.
Manipulação dos dados do usuário.

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