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REDAÇÃO
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Edital
REDAÇÃO: Redação
BANCA: FCC
CARGO: Técnico Judiciário
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Redação
REDAÇÃO
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INFORMAÇÕES GERAIS – ÚLTIMO EDITAL (FCC)
A avaliação da expressão não será feita de modo estanque ou mecânico, mas sim de acordo com
sua estreita correlação com o conteúdo desenvolvido. A avaliação será feita considerando-se:
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6. Na prova discursiva – redação, a folha para rascunho no Caderno de Provas será de preen-
chimento facultativo. Em hipótese alguma o rascunho elaborado pelo candidato será consi-
derado na correção pela Banca Examinadora.
7. Na prova discursiva – redação deverão ser rigorosamente observados os limites mínimo de
20 (vinte) linhas e máximo de 30 (trinta) linhas, sob pena de perda de pontos a serem atri-
buídos à Redação.
8. A prova discursiva – redação terá caráter classificatório e eliminatório e será avaliada na
escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, considerando-se habilitado o candidato que nela ob-
tiver nota igual ou superior a 60 (sessenta) pontos.
9. O candidato não habilitado na prova discursiva – redação será excluído do concurso.
1. Na FCC, pequenos deslizes gramaticais têm tanto peso quanto o conteúdo; por isso, aten-
ção redobrada: duas acentuações incorretas mais duas ou três vírgulas mal empregadas,
por exemplo, podem significar cinco pontos a menos na avaliação da banca.
2. Procure ocupar quase todas as trinta linhas.
3. A Fundação Carlos Chagas é muito clara ao expor, no edital, os critérios de correção – pa-
râmetros. Na correção propriamente dita, apresenta informações vagas sobre as falhas co-
metidas pelo candidato. Os avaliadores, em alguns casos, apenas comentam brevemente
qual o motivo das punições (de 5 em 5 pontos num total de 100).
4. A proposta de redação da banca examinadora FCC varia de acordo com o cargo almejado.
Basicamente, há dois perfis de redação que podem ser cobrados: uma dissertação- argu-
mentativa, em que o candidato deve apresentar uma reflexão, a partir do enunciado da
proposta, sobre um tema de interesse geral; ou uma redação expositiva, em que o candida-
to deve desenvolver um texto técnico, de acordo com a sua área. Por isso, a leitura do edital
é essencial para saber que tipo de texto será exigido no concurso que você prestará. As
redações de perfil técnico normalmente estão ligadas às vagas do judiciário, por exemplo.
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DÚVIDAS COMUNS
ANOTAÇÃO:
• Linhas: respeite o número de linhas – de 20 a 30 linhas (geral-
mente, ou aquele indicado nas instruções).
• Margens: obedeça às margens direita e esquerda, bem como a
do parágrafo.
• Letra: faça letras de tamanho regular. Diferencie maiúsculas de
minúsculas.
• Retificações: atráz atrás
• Título:
O QUE É DISSERTAÇÃO?
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A proposta de redação das bancas examinadoras varia de acordo com o cargo almejado. Basi-
camente, há dois perfis de redação que podem ser cobrados: uma dissertação argumentativa
ou texto opinativo-argumentativo, em que o candidato deve apresentar uma reflexão, a partir
do enunciado da proposta, sobre um tema de interesse geral, emitindo sua opinião; ou uma
dissertação expositiva, em que o candidato deve desenvolver um texto técnico, de acordo com
a sua área. Por isso, a leitura atenta das instruções (comando) é essencial para saber que tipo
de texto será exigido no concurso que você prestará.
Texto Dissertativo-expositivo
Trata-se do texto cujo autor utiliza dados fartamente noticiados em jornais, revistas, rádio,
televisão, internet... Tais ideias são amplamente conhecidas e, por isso mesmo, inquestionáveis
quanto ao conteúdo. Como o próprio nome diz, expõe fatos, conceitos sobre um assunto de
área específica, mas não apresenta necessariamente uma discussão. Deve permitir que o leitor
identifique, claramente, o tema central do texto. O seu objetivo é o de informar o leitor sobre
o máximo de aspectos relevantes ligados ao tema. O autor deve expor, explicar e interpretar as
ideias, levando o avaliador a considerá-las coerentes e não fazê-lo concordar com elas.
Logo, é um texto de estrutura dissertativa que formula análise de determinado assunto com
base em conhecimentos (teóricos, técnicos, jurídicos) específicos de determinado campo de
saber. Busca comprovar o domínio científico do candidato em sua área de formação ou do car-
go a que concorre.
O autor deve escrever parágrafos de INTRODUÇÃO e CONCLUSÃO; não há um número especí-
fico de parágrafos para o DESENVOLVIMENTO, nem a preocupação com o número de linhas de
cada parágrafo.
O ponto crucial desse texto é mostrar conhecimento profundo, se possível, com detalhes (nem
sempre há linhas suficientes para isso) do assunto, apresentando as etapas que compõem a
situação sempre em ordem lógica. Para isso, imagine-se explicando um assunto específico para
outra pessoa que não conhece nada sobre ele.
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Texto Dissertativo-argumentativo
Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese a partir de coerente
argumentação, exemplos, fatos.
Trata-se da discussão de problemas por meio de um texto argumentativo, o qual deve apresen-
tar Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, adotando-se o padrão de quatro/cinco parágra-
fos. Em cada parágrafo, deve haver um mínimo de dois períodos com, aproximadamente, três
linhas em cada um.
Tal texto deve ser objetivo, veiculando informações consensuais. Sua finalidade não é literária.
Visa a convencer, a persuadir o leitor.
Evite definições e críticas virulentas, bem como manifestação de preconceitos.
EXEMPLIFICANDO
Os presídios brasileiros, habitados por 450.000 sentenciados, têm cheiro de creolina. O pro-
duto químico é usado para disfarçar outro odor, o de esgoto, que sai das celas imundas e im-
pregna corredores e pátios. O exemplo mais repugnante é o Presídio Central de Porto Alegre,
considerado o pior do país — o que, convenhamos, é um feito e tanto.
Em um de seus pavilhões, as celas não têm sequer portas: elas caíram de podres. No extremo
oposto, figura a Penitenciária Industrial de Joinville, em Santa Catarina. Ela não cheira a prisão
brasileira. Os pavilhões são limpos, não há superlotação e o ar é salubre, pois os presos são
proibidos até de fumar. Muitos deles trabalham, e um quarto de seu salário é usado para me-
lhorar as instalações do estabelecimento. Nada que lembre o espetáculo de horrores que se vê
nas outras carceragens, onde a maioria dos presos vive espremida em condições sub-humanas,
boa parte faz o que quer e os chefões continuam a comandar o crime nas ruas a partir de seus
celulares. A penitenciária catarinense é uma das onze unidades terceirizadas existentes no Brasil.
Veja. (com adaptações).
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Considerando que o texto tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acer-
ca do seguinte tema:
A maioria dos sistemas deve ser questionada periodicamente. Afinal, tal conjunto de elemen-
tos interligados tende ao esgarçamento com o passar dos anos. Quando se trata de um sistema
prisional, sobretudo o brasileiro, a discussão torna-se imperiosa. Perguntas acerca da finalidade
das penitenciárias e da punição aos criminosos fazem-se cruciais no momento em que reinserir
socialmente aquele que cometeu ato condenável constitui-se um dos grandes desafios do Estado.
O sistema penitenciário brasileiro coloca-se – historicamente – na contramão de sua função precí-
pua: a reeducação e a readaptação de indivíduos condenados a penas de reclusão e de detenção.
Trata-se de verdadeiras “escolas de crime” – expressão clichê, devido às inúmeras vezes em que
vem sendo empregada para definir o que se vê nos cárceres do País. Como exemplo mais recente
(que dispensa detalhamentos, haja vista a indizível barbárie), citam-se os episódios ocorridos no
Maranhão, no final de 2013. O caminho para a recuperação dos detentos passa a quilômetros
desses locais, da mesma forma que distante se encontra a educação formal que os salvaria.
Indiscutivelmente, crimes devem ser punidos. A Justiça, ao infligir castigo aos transgressores, visa
à exemplaridade. Castigar, conotativamente, significa corrigir, emendar. Assim sendo, trata-se (ou
deveria tratar-se) de ação racional, ditada por leis – que, em nosso país, não são poucas – redigi-
das por aqueles, teoricamente, preparados para tal atividade. No Brasil, assistimos, no que tange
à punição de pretos e pobres – sobretudo –, à aplicação da lei, o que parece ser fácil. Difícil é fazer
justiça. Assim sendo, não há, em muitos casos, imposição de penas, e sim vingança, que é “a jus-
tiça do homem em estado selvagem”, segundo Epicuro. Ao encarcerar o contraventor em locais
como o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o propósito aparente é o de prejudicar o criminoso
como reparação ao dano por ele causado. Trata-se de desforra, de vindita.
Questionar o sistema prisional brasileiro é mais do que necessidade; é obrigação. Rever o con-
ceito de punição e a finalidade dos cárceres é ação que exige coragem. Quando nos deparamos
com um país que investe mais na construção de presídios do que na de escolas, concluímos
que somos uma sociedade doente. Reinserir socialmente o transgressor requer foco na forma-
ção dos cidadãos. A saúde social passa, portanto, pela educação. Pitágoras, há muito, afirmou:
“Educai as crianças e não será preciso punir os homens.”
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Estrutura da dissertação argumentativa
ANOTAÇÃO:
Introdução: (± 4 linhas) Tema + Tese + objetivo do texto
Desenvolvimento 1: (± 7 linhas) 1ª delimitação
Desenvolvimento 2: (± 7 linhas) 2ª delimitação
Desenvolvimento 3: (± 7 linhas) 3ª delimitação
Conclusão: (± 4 linhas) retomada do tema + reforço da tese +
sugestão de medidas e ações efetivas = intervenção na pro-
blemática
OU
OU
Estrutura da Introdução
1º período: tema
2º período: tese + objetivo
3º período: delimitações
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OU
1º período: assunto (palavra mais geral da proposta) + tema ANOTAÇÃO:
2º período: tese
3º período: encaminhamento de eventual problema
Modelos de Introdução
EXEMPLIFICANDO
PROPOSTA
Em uma relação comercial, há sempre duas partes envolvidas: a
empresa e o consumidor. O acordo entre os interesses de cada
uma dessas partes é um desafio a ser superado quando se quer
transformar intenções em realidade.
Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-
-argumentativo, posicionando-se a respeito do seguinte tema:
Conciliar as necessidades dos consumidores aos objetivos da em-
presa
OBS.: como utilizar os textos de apoio.
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_Considerando _______________________________________
______________________________________________________ ANOTAÇÃO:
______________________________________________________
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Estrutura dos Desenvolvimentos
Modelos de Desenvolvimento
EXEMPLIFICANDO
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Dicas de elementos de ligação entre os parágrafos de desenvolvimento
D1
• É preciso, em primeiro lugar, lembrar...
• É preciso, primeiramente, considerar...
• É necessário frisar...
D2 / D3
• Nota-se, por outro lado, que...
• É imprescindível insistir no fato de que...
• Não se pode esquecer
• Além disso, ...
• Outro fator existente...
• Outra preocupação constante...
• Ainda convém lembrar...
Tipos de Argumento
EXEMPLIFICANDO
Segundo Gilberto Freyre, “o desenvolvimento social começa na casa de cada cidadão.” Assim
sendo, confirma-se ser o turismo uma das portas para o progresso. Ao preparar sua cidade – e
as acolhedoras são o lar de um homem – para receber visitantes, o sujeito sente-se partícipe,
contribuindo, dessa forma, para o crescimento do entorno.
Ora, o homem sempre viajou: para sobreviver, para proteger-se, para conquistar, para comer-
ciar, por curiosidade natural, por lazer, enfim. Há registros desde a Pré-História de deslocamen-
tos individuais e em grupo. As movimentações turísticas englobam boa parte da economia de
um país, pois ocasionam a circulação de um número bem maior de pessoas nas regiões visita-
das, o que propicia aumento de postos de emprego, de investimentos na estrutura da cidade,
levando à melhora da qualidade de vida dos cidadãos que ali vivem.
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DICA:
• repita as palavras-chave do tema (sinônimos ou paráfrase) uma
vez a cada parágrafo.
c) Unidade
DICA:
• não abuse de exemplos, pois o excesso quebra a unidade.
d) Coesão e Coerência
DICA:
• fuja de fórmulas vazias (“conscientização urgente do governo,
das pessoas...”) e de falta de progressão textual;
• não use nexo adversativo no início da conclusão;
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• não empregue expressões temporais vagas (“atualmente”, “antigamente”...);
• não apresente solução para tudo (caso a proposta não aponte um problema).
3. CONCLUSÃO
Não confunda conclusão com apreciação do trabalho. É muito comum encontrar dissertações
que apresentam na conclusão uma apreciação do assunto, ou frases do tipo “Eu acho muito
importante .........., por isso ou aquilo...”
Na introdução, anuncia-se o que se vai fazer; na conclusão, confirma-se o que foi feito. Se a in-
trodução pode ser considerada um “trailer” do trabalho, a conclusão é um “replay”.
A despeito de ser um “replay” (tema – tese – solução), admite-se fato novo: ideia ou argumento.
Estrutura da Conclusão
OU
1º período: retomada do tema + reforço da tese
2º período: solução do problema (quem faz? o que faz?)
3º período: como faz? para que faz?
Modelo de Conclusão
EXEMPLIFICANDO
Tema: sustentabilidade
“A percepção de que estamos ameaçados como espécie atribui, portanto, relevância ímpar à
sustentabilidade. O desafio imposto pela crise ambiental requer outras soluções – além da mu-
dança radical do padrão de produção e consumo vigente. É preciso contar, também, com os
avanços tecnológicos, depositando-se na capacidade inventiva do homem a superação anun-
ciada dos limites dos recursos naturais. É preciso, por fim, alterar o padrão civilizatório de que
somos prisioneiros.”
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OBS.:
Observe o parágrafo conclusivo abaixo acerca do tema “Combate à epidemia de DSTs no Brasil”.
O Ministério da Saúde, em parceria com o da Educação, DEVE, portanto, desenvolver cam-
panhas informativas por meio de palestras nas rede privada e pública de ensino, bem como por
intermédio da mídia, a fim de orientar a população – sobretudo os jovens – acerca das diversas
formas de contágio das DST’s e das consequências de tais patologias. Além disso, a tal ação
articulada cabe incentivar o uso efetivo de preservativos, por meio da televisão – haja vista a
abrangência dessa mídia – para que os riscos de contágio sejam minimizados.
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Como elementos coesivos podem auxiliar na construção de uma intervenção
• Uso de um marcador conclusivo para articular o parágrafo ao restante do texto (problema-
tização e tese). No exemplo, foi usado “PORTANTO”, mas poderia ter sido DESSA FORMA,
POR CONSEGUINTE, ASSIM, etc. (busque deslocá-los).
• Uso do verbo “DEVER” articulando o sujeito da oração (QUEM?) ao objeto direto (O QUÊ?).
• Uso do nexo “POR MEIO DE” para introduzir um adjunto adverbial de modo / meio
(COMO?).
• Uso de “A FIM DE” para introduzir um adjunto adverbial de finalidade (PARA QUÊ?).
• Assim, QUEM? (sujeito) deve O QUÊ? (objeto direto) por meio de COMO? (adjunto adver-
bial de modo) a fim de PARA QUÊ? (adjunto adverbial de finalidade).
EXEMPLIFICANDO
Sucata pós-moderna
À já extensa lista de problemas ambientais que enfrentamos adiciona-se um novo item: o lixo
eletrônico. Ignorado pela maioria dos consumidores, o destino final de aparelhos como com-
putadores, telefones celulares e televisores representa grave ameaça à saúde do planeta, pois
eles contêm elementos químicos tóxicos em seus componentes.
O lixo eletrônico é mais um produto da moderna sociedade de consumo, que se firma sobre um
modelo totalmente insustentável. Aparelhos de telefone, produtos de informática, eletrodo-
mésticos, equipamentos médico-hospitalares e até brinquedos são alguns dos novos vilões do
meio ambiente.
A reciclagem desse material pode ser vista de duas maneiras: uma boa, outra ruim. A boa é que
muitos aparelhos têm grande potencial para reciclagem, devido à presença de metais preciosos
em alguns circuitos eletrônicos. A ruim é que esse potencial raramente é explorado, uma vez
que reciclar lixo eletrônico é um desafio.
KUGLER, Henrique. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje. (Adaptado).
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É preciso frisar, que um (grante) grande vilão entre os eletrônicos, é o aparelho celular. Pesquisas
recentes indicam que, no Brasil, existem mais aparelhos celulares do que pessoas. Estes apare-
lhos eletrônicos tem como componente principal uma bateria feita de material nocivo ao meio
ambiente e que não pode ser reciclado, acumulando assim , uma quantidade enorme de lixo.
Além disso, as sacolas plásticas se acumulam no fundo do mar e dos rios, prejudicando o fun-
cionamento do meio-ambiente , (acumu) aumentando cada vez mais a quantidade de lixo acu-
mulada no planeta. Estas sacolas demoram dezenas de anos para desaparecer do nosso pla-
neta. Medidas simples podem ser adotadas, como: a substituição das sacolas de plástico por
sacolas de papel, diminuindo assim, os danos causados ao meio ambiente, pois o papel se
decompõe muito mais rápido do que o plástico.
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Mobilidade urbana é, também, a capacidade de as pessoas se deslocarem de um lugar para
outro para realizar suas atividades de forma confortável, segura e em tempo hábil. É mais do
que meios de transporte e trânsito. Nas grandes cidades, o resgate dos espaços públicos para
os cidadãos se associa à limitação do uso de veículos automotores.
Considerando-se o que está transcrito acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre
o tema abaixo.
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Neste momento, nós, mulheres e homens, enfrentamos muitas novidades, num mundo fas-
cinante, vertiginoso, belo e às vezes cruel. Com tecnologias efêmeras e atordoantes, estamos
condenados à brevidade, à transitoriedade, depois de séculos em que os usos e costumes du-
ravam muitos anos, e qualquer pequena mudança causava um alvoroço. A convivência de ho-
mens e mulheres também mudou. Em muitas empresas as mulheres trabalham ombro a om-
bro com colegas homens e, eventualmente, assumem cargos de comando. Como agimos, como
nos portamos, como nos reinventamos, nós, homens e mulheres?
(Adaptado de Lya Luft. Veja, 19 de dezembro de 2012)
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Considerando o que está escrito acima, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito
do seguinte tema: a conciliação dos sentimentos humanos na vida moderna.
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I
Para além da fidelidade e integridade da informação, problema que se impunha com os veícu-
los tradicionais da mídia, hoje, com a internet, o homem enfrenta um novo desafio: distinguir,
de uma profusão de informações supérfluas, as que lhe importam na formação de um pensa-
mento que garanta sua identidade e papel social.
II
Ponto de vista não é apenas a opinião que desenvolvemos sobre determinado assunto, mas
também o lugar a partir de onde consideramos o mundo e que influencia de maneira cabal nos-
sas percepções e ações.
III
Todos os homens voltam para casa. Estão menos livres mas levam jornais e soletram o mundo,
sabendo que o perdem.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. “A flor e a náusea”)
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As pessoas vão às ruas protestar por vários motivos, exercendo um direito que é
legítimo, mas é preciso considerar alguns limites, sem os quais suas manifestações
perdem a legitimidade.
Escreva um texto dissertativo-argumentativo, no qual você deverá discutir o tema
apresentado.
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PLANEJAMENTO:
ASSUNTO – PROTESTO
TEMA – protestar é um direito legítimo, mas limites devem ser considerados a fim de que tal
ação se mantenha em conformidade com princípios justos.
TESE – concordância.
ENCAMINHAMENTO DE SOLUÇÃO – quais são os limites a serem observados quando de pro-
testos?
INTRODUÇÃO:
1º período = assunto + tema.
2º período = tese.
3º período = encaminhamento de solução.
Em qualquer comunidade, há os que – em desacordo com o status quo – exercem o seu direto
legítimo de protestar. Contudo, manifestar-se de forma contrária ao que é estabelecido legal
ou consensualmente, requer, no mínimo, conhecimento da situação e maturidade, a fim de que
não se perca a legitimidade de tais ações. Talvez, aí esteja o maior desafio: estabelecer os limi-
tes entre uma manifestação pública e o contrassenso.
D1 = 1º período.
• exposição do tema;
• argumento de consenso;
• argumento de prova concreta.
D2 = 2º período
• exposição da tese;
• argumento de autoridade;
• comparação.
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O direito de protestar – conquistado recente e arduamente pela maioria dos povos, de forma
especial pelo latino-americano –, contudo, está diretamente relacionado ao conhecimento da
situação que motiva manifestações a ela contrárias e à maturidade (inclusive, política). A au-
sência de tais requisitos pode transformar a população legitimamente indignada em massa de
manobra daqueles cujo principal interesse é o próprio. Assim, indignada tal qual uma criança
que não sabe bem por que chora, o conjunto dos cidadãos – agora uma turba – manifesta-se
irrefletidamente, ultrapassando os limites do bom senso. Esquece-se, paradoxalmente, de que
há o “direito do mais sábio, mas não o do mais forte”, conforme afirma Joseph Joubert.
LINGUAGEM
A clareza é uma das principais qualidades de uma redação. Consiste em expressar-se da melhor
forma possível, de modo a deixar-se compreender pelo leitor do texto.
Seja natural. Linguagem direta, clara, fluente é mais efetiva do que expressões rebuscadas, às
vezes inadequadas para o contexto. Não seja prolixo ou verborrágico.
• Prolixidade
O mistério insondável, desmedido, incomensurável que rodeia o homem, criatura imperfeita,
minúscula e perplexa, impede-o, muitas vezes, de atuar de forma equilibrada, coerente e sensa-
ta, tornando-o confuso, imprevisível e incoerente. (inadequado)
• Verborragia
Assim, deve-se desejar o desaparecimento dos obnóxios1, viperinos2 e iracundos3 corruptos dos
quadros políticos brasileiros! (inadequado)
1. Obnóxio: desprezível.
2. Relativo à víbora; venenoso; peçonhento.
3. Sujeito propenso à ira; colérico; irascível.
• Ambiguidade
→ Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma boa oportuni-
dade para se livrar das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus maridos.
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Imprecisão
→ A corrupção nacional é uma COISA / ALGO assustador(a), um PROBLEMA quase sem solução.
(A corrupção nacional é assustadora, um problema social quase sem solução).
• Lugar-comum
→ Desde os primórdios da humanidade, o homem tem-se mostrado cruel com seus semelhantes.
→ É preciso lembrar que dinheiro não traz felicidade.
→ Se cada um fizer a sua parte, certamente viveremos num mundo melhor.
→ Ditados: agradar a gregos e troianos, chover no molhado, ficar literalmente arrasado, passar
em brancas nuvens, segurar com unhas e dentes, ter um lugar ao sol...
• Impropriedade de registro
Ex.: Tem uma liquidação ótima no “shopping”. = coloquial. (Há uma liquidação ótima no “shop-
ping” = formal.
→ só que: use mas, porém, etc.
→ diálogo com o examinador: não use VOCÊ / TU. Use “se” (apassivador, indeterminante do
agente). Não se desculpe, dizendo que não escreveu mais porque o tempo foi pouco.
→ mistura de tratamento – eu / nós / se / ele(s) – num mesmo período / parágrafo.
→ excesso de estrangeirismos: se for indispensável, use-os. Nesse caso, coloque-a entre aspas
duplas. Não se esqueça de explicar sempre, entre parênteses, o significado dos estrangeirismos
menos conhecidos. Não empregue no idioma original palavra que já esteja aportuguesada.
• Inadequação Semântica
→ Uso repetitivo de nexos, de palavras ou de expressões.
→ Redundâncias e obviedades.
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Ex.: Há cinco anos atrás, não se ouvia falar em aquecimento global. (Há cinco anos... / Cinco
anos atrás...)
Ex.: Hoje em dia; A cada dia que passa; Eu acho / Eu penso...; Mundo em que vivemos; (no
mundo); um certo...
• Excesso de paráfrases: Num mundo em que nós, SERES HUMANOS, buscamos apenas a
excelência profissional... (desnecessário o aposto);
Aprimorando a linguagem
• Uso do etc.
Não use etc. sem nenhum critério. Só devemos usá-la quando os termos que ela substitui são
facilmente recuperáveis.
Ex.: A notícia foi veiculada pelos principais jornais do país como O Globo, Jornal do Brasil, etc.
Nunca escreva “e etc.”, pois a conjunção “e” já faz parte da abreviatura. Após a abreviatura,
usa-se ponto final: ,etc.
• Pluralização
Se uma “propriedade” refere-se a sujeitos diversos, deve manter-se no singular (partes do
corpo, se unitárias, ou atributos da pessoa).
Exemplos:
→ A insegurança das grandes cidades prejudica nossas vidas. (nossa vida / a vida)
→ Eles concordaram e balançaram as cabeças... (a cabeça)
Expressões comuns
→ Através: = “atravessar”, “passar de um lado para outro”, “passar ao longo de”.
Ex.: A luz do sol, através da vidraça, ilumina o se rosto.
Ex.: O tipo de redação solicitada mudou através dos tempos.
→ NÃO use através no lugar de mediante, por meio de, por intermédio de, graças a ou por.
Ex.: Comuniquei-me com ele por meio do computador.
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TRF-4 – Redação – Profª Maria Tereza
→ Nos demais casos, substitua por ter, desfrutar, apresentar, manifestar, produzir, demons-
trar, gozar, ser dotado de.
Uso do Gerúndio
(-ndo): forma nominal do verbo (≈advérbio), indica ação continuada e simultânea. Logo,
Ex.: Vou ficar esperando por você até às 17h. (correto)
Ex.: Vou estar enviando a proposta até às 17h. (incorreto)
Ex.: Isso acaba provocando ódio. (desnecessário)
Ex.: Isso provoca ódio. (preferível)
Nexos
Pontuação
• Dois-pontos: usados numa relação em que a segunda oração é uma consequência ou uma
explicação da primeira, mas não no início de qualquer série.
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Ex.: No tabuleiro da baiana tem: vatapá, caruru, umbu... (incorreto)
OBS: após dois-pontos, letra minúscula, salvo na transcrição que, originalmente, apresente
maiúscula.
Grafia
→ Minúsculas
• nomes de povos, de suas línguas e gentílicos (O brasileiro é cordial.);
• nomes dos meses e dos dias da semana;
• nomes comuns que acompanham nomes geográficos (Transposição do rio São Francisco);
• nomes de festas pagãs ou festas populares (Em fevereiro, há o carnaval.);
• nomes das estações do ano;
• depois de dois-pontos, quando se trata de uma enumeração ou de uma exemplificação;
• estado = cada uma das divisões político-geográficas de uma nação. (O Amazonas é o maior
estado brasileiro.).
2. Grafia de números
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TRF-4 – Redação – Profª Maria Tereza
→ Por extenso
• os números até noventa, que se constituírem de apenas uma palavra no início da frase
(Dois alunos saíram mais cedo da aula.);
• substantivados (Ela lia as Mil e Uma Noites.);
• dados por aproximação ou estimativa (“Nem por você / Nem por ninguém / Eu me desfaço /
Dos meus planos / Quero saber bem mais / Que os meus vinte / E poucos anos...”);
• números com mais de uma palavra e números a partir de 100 (Nas próximas vinte e quatro
horas saberei o que fazer de minha vida.);
→ Em algarismos
• horas, minutos e tempo em geral (O voo sai às 17h e chega por volta das 19h30min.);
• medidas (Corro 5 km todos os dias.).
→ Em forma mista
• os números de 1 milhão em diante (Esta estrela tem, seguramente, mais de 19 milhões de
anos.)
3. Siglas
E SE...?
Igualdade de gênero.
Racismo.
Liberdade de expressão / liberdade de imprensa.
Obsolescência programada.
Impacto socioeconômico do envelhecimento populacional.
Mídias sociais e discurso de ódio.
Sistema prisional e ressocialização do detento.
Respeito à diversidade cultural.
Doação de órgãos.
Nomofobia e o uso excessivo do celular.
Notícias falsas e suas implicações sociais.
Exposição pública e direito à privacidade.
Inclusão digital.
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Inovações tecnológicas a serviço da cidadania.
Correntes migratórias.
Expansão tecnológica e instabilidade emocional.
Mudanças climáticas.
Preconceito linguístico no Brasil.
O poder transformador da empatia nas relações humanas.
Os efeitos da espetacularização midiática na sociedade contemporânea.
Depressão: o mal do século XXI.
Redução da maioridade penal no Brasil.
Desemprego no Brasil.
Manipulação dos dados do usuário.
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