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Conteúdos Básicos de
Matemática
Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer
Indaial – 2021
2a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer
P581m
Pianezzer, Lúcia Cristiane Moratelli
Metodologia e conteúdos básicos de Matemática. / Lúcia Cristiane
Moratelli Pianezzer. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
196 p.; il.
ISBN 978-65-5663-594-1
ISBN Digital 978-65-5663-593-4
1. Ensino e aprendizagem de Matemática. - Brasil. II. Centro
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 510
Impresso por:
Apresentação
Olá, caro acadêmico!
Então, vamos lá! Falar de matemática é apaixonante, pois ela está em toda
parte e em todos os momentos de nossa vida. O primeiro grande passo é enxer-
gá-la desse jeito, sem medo, sem traumas, sem falsos conceitos ou preconceitos.
Partindo desse pressuposto, este livro didático lhe trará suporte e em-
basamento teórico, bem como dicas que poderão contribuir no seu jeito de
ensinar e aprender matemática, enquanto educador consciente de seu papel.
É isso aí! Esperamos que você se sinta motivado a ir além dos escritos deste
livro didático, participando de todo o seu processo de ensino e aprendizagem, por
meio de nossas ferramentas de apoio e pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA). Além disso, leia toda a trilha de aprendizagem, abra os links com sugestões
de leitura, assista aos vídeos e aos objetos de aprendizagem, deixe seu comentário
nos fóruns e participe de nossas enquetes. Os materiais de apoio sugeridos pode-
rão lhe auxiliar na construção do profissional que você já é ou no que pretende ser.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 101
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 196
UNIDADE 1 —
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 — DA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
3
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
DICAS
4
TÓPICO 1 — DA MATEMÁTICA TRADICIONAL À MATEMÁTICA ATUAL
1929: com base nas ideias do alemão Felix Klein, Euclides Roxo, di-
retordo Colégio Pedro II, propõe a criação da disciplina de Matemática (até
então, aritmética, álgebra e geometria eram ministradas separadamente).
5
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
Tradicional
Formada no início do século XX com métodos clássicos que envolvem a repe-
tição de algoritmos.
Foco: Dominar regras da aritmética, da álgebra e da geometria.
Estratégias de ensino: Aulas expositivas sobre conceitos e fórmulas, com osa-
lunos copiando e fazendo exercícios para a fixação.
Escola Nova
A partir dos anos 1920, atingiu sobretudo as séries iniciais. Foi colocada em
prática principalmente em escolas particulares, com o aluno no centro do pro-
cesso de aprendizagem.
Foco: Trabalhar o conteúdo com base na iniciativa dos estudantes em resolver-
problemas que surgem em um rico ambiente escolar.
Estratégias de ensino: Jogos e modelos para aplicar em situações cotidianas.
Matemática Moderna
Surgiu como um movimento internacional na década de 1960.
Foco: Conhecer a linguagem formal e ter rigor na resolução de problemas. Es-
tratégias de ensino: Séries de questões para usar os fundamentos da teoriados
conjuntos e da álgebra.
Didática da Matemática
Começou nas décadas de 1970 e 1980, com autores como Guy Brousseau e
Gérard Vergnaud.
Foco: Construir conceitos e estratégias para resolver problemas.
Estratégias de ensino: Alunos devem discutir em grupo, justificar escolhas
eregistrar as hipóteses.
Etnomatemática
Surgiu no Brasil em 1975, com os trabalhos de Ubiratan D’Ambrosio.
Foco: Aprender usando questões dos contextos sociais e culturais.
Estratégias de ensino: Mudam conforme o contexto e a realidade em que adis-
ciplina é ensinada.
FONTE: <https://bit.ly/3uAmtWV>. Acesso em: 6 jan. 2016.
4 A MATEMÁTICA TRADICIONAL
Para compreender a matemática atual, você precisa saber como se dava a
matemática tradicional, trazida ao Brasil pelos portugueses.
6
TÓPICO 1 — DA MATEMÁTICA TRADICIONAL À MATEMÁTICA ATUAL
FONTE: A autora
FIGURA 4 – EXERCÍCIOS
8
TÓPICO 1 — DA MATEMÁTICA TRADICIONAL À MATEMÁTICA ATUAL
9
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
FIGURA 6 – PROBLEMAS?
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
11
AUTOATIVIDADE
Matemática tradicional
Professor (apenas 1º nome Justifique sua
ou
para evitar expô-lo) resposta:
moderna/atual:
12
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você poderá conhecer um pouco mais a respeito da Base Na-
cional Comum Curricular (BNCC) – documento norteador da Educação Infantil e
do Ensino Fundamental, a partir de 2017. A BNCC é um importante material de
referência pedagógica, pois auxilia professores de todas as áreas do conhecimen-
to, em suas respectivas disciplinas e níveis de ensino, servindo como um norte,
dando-lhes a direção de qual caminho seguir, ou seja, apontando as aprendiza-
gens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas
e modalidades da educação básica.
E
IMPORTANT
Neste livro, você terá apenas uma síntese do que este importante documento
traz em relação ao ensino da matemática na Educação Infantil e nos Anos Iniciais. Seria
bem interessante você conhecê-lo na íntegra. Faça uma visitinha à biblioteca de seu polo
e leia a BNCC, garantimos que valerá a pena!
13
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
14
TÓPICO 2 — BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC): MATERIAL DE REFERÊNCIA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO
DA MATEMÁTICA
Assim como acontece conosco, também acontece com as crianças, que en-
quanto brincam, mesmo sem se darem conta, realizam uma série de raciocínios
matemáticos, resolvem pequenos problemas, efetuam contagens e formam agru-
pamentos, utilizando muitas vezes o próprio corpo, brinquedos, pedrinhas ou
tampinhas de garrafa PET.
Para tanto, sugerimos atividades que instiguem a curiosidade das crianças, como
culinária, mercadinho, jogos com regras, jogos de encaixe, brinquedos de empilhar ou
ordenar, quebra-cabeças, jogo da memória ou de formas geométricas, num ambiente que
favoreça a interação e o aprendizado, desenvolvendo a lógica e o raciocínio.
15
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
E, para nos ajudar com os anos iniciais, sempre pudemos contar com o
aporte teórico dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Eles foram escritos
no ano 2000 a partir de muito estudo, pesquisa, debate e experiência dos profis-
sionais envolvidos. O PCN para a área de Matemática no Ensino Fundamental foi
pautado nos seguintes princípios (BRASIL, 2000, p. 19-20):
- A seleção e organização dos conteúdos não deve ter como critério único a lógi-
ca interna da Matemática. Deve-se levar em conta sua relevância social e a con-
tribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno. Trata-se de um processo
permanente de construção.
- O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historica-
mente construído e em permanente evolução. O contexto histórico possibilita
ver a Matemática em sua prática filosófica, científica e social e contribui para a
compreensão do lugar que ela tem no mundo.
- Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e
outros materiais têm um papel importante no processo de ensino e aprendiza-
gem. Contudo, eles precisam estar integrados a situações que levem ao exercício
da análise e da reflexão, em última instância, a base da atividade matemática.
- A avaliação é parte do processo de ensino e aprendizagem. Ela incide sobre
uma grande variedade de aspectos relativos ao desempenho dos alunos, como
aquisição de conceitos, domínio de procedimentos e desenvolvimento de ati-
tudes. Mas também devem ser avaliados aspectos como seleção e dimensiona-
mento dos conteúdos, práticas pedagógicas, condições em que se processa o
trabalho escolar e as próprias formas de avaliação.
Observe, caro acadêmico, que se esses princípios forem seguidos na íntegra pelos
professores de matemática, os alunos estarão em excelentes mãos, pois eles contemplam
tudo o que precisa ser levado em consideração quando o assunto é educação com exce-
lência. Eles deveriam servir como uma lista de objetivos a serem alcançados pelos pro-
fissionais ao longo de seu trabalho com as crianças, pois são simplesmente, fantásticos!
O aluno deve ser ouvido, deve ter participação ativa em seu processo de
ensino e aprendizagem, deve ver a matemática com bons olhos e aprender a gostar
dela, pela influência positiva que ela exercerá em sua vida, “como um conhecimen-
to que pode favorecer o desenvolvimento de seu raciocínio, de sua capacidade ex-
pressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação” (BRASIL, 2000, p. 31).
17
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
DICAS
18
TÓPICO 2 — BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC): MATERIAL DE REFERÊNCIA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO
DA MATEMÁTICA
Os temas transversais são cinco, mas de acordo com Brasil (2000, p. 35),
“cada escola pode desenvolver projetos envolvendo outras questões considera-
das de relevância para a comunidade”.
• Ética: a formação de indivíduos éticos pode ser estimulada nas aulas demate-
mática ao direcionar-se o trabalho ao desenvolvimento de atitudes no aluno,
como, por exemplo, a confiança na própria capacidade e na dos outros para
construir conhecimentos matemáticos, o empenho em participar ativamente
das atividades em sala de aula e o respeito à forma de pensar dos colegas. Isso
ocorrerá na medida em que o professor valorizar a troca de experiências entre
os alunos como forma de aprendizagem, respeitar o pensamento e a produ-
ção dos alunos e desenvolver uma matemática para todos.
19
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
FIGURA 13 – ÉTICA
21
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
22
TÓPICO 2 — BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC): MATERIAL DE REFERÊNCIA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO
DA MATEMÁTICA
23
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
24
TÓPICO 2 — BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC): MATERIAL DE REFERÊNCIA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO
DA MATEMÁTICA
25
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
• A alfabetização está prevista para ocorrer até o final do segundo ano do ensi-
no fundamental, incluindo a alfabetização matemática.
27
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O aluno deve ser ouvido e ter valorizado o seu conhecimento prévio, deve
ter participação ativa em seu processo de ensino e aprendizagem, deve ver a
matemática com bons olhos e aprender a gostar dela, pela influência positiva
que ela exercerá em sua vida.
28
• A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da Educação Básica. Ela
possui dois eixos estruturantes denominados: Interações e Brincadeira.
• Para a disciplina de matemática, tanto nos anos iniciais quanto finais, a BNCC
sugere as seguintes unidades temáticas: números, geometria, álgebra, gran-
dezas e medidas e probabilidade e estatística.
29
AUTOATIVIDADE
30
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
O PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
1 INTRODUÇÃO
31
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
Para que o trabalho seja eficaz, faz-se necessário que o aluno estabeleça
relações entre o que aprende em matemática com o que vive em seu cotidiano,
tanto dentro, quanto fora da escola.
Para que o professor seja capaz de ensinar e se fazer compreender pelos alunos,
ele antes precisa aprender de verdade aquele conteúdo, ou seja, internalizar aquele
conceito. Conseguindo se fazer entender pelo aluno, o mesmo terá compreendido o
conteúdo da aula e por consequência, apreendido de verdade o que o professor en-
sinou, não apenas repetido ou decorado fórmulas ou conceitos descontextualizados.
Tradicionalmente, a prática mais frequente no ensino de Matemática
era aquela em que o professor apresentava o conteúdo oralmente, par-
tindo de definições, exemplos, demonstração de propriedades, segui-
dos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, e pressupu-
nha que o aluno aprendia pela reprodução. Considerava-se que uma
reprodução correta era evidência de que ocorrera a aprendizagem.
Essa prática de ensino mostrou-se ineficaz, pois a reprodução correta
poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno aprendeu
a reproduzir, mas não apreendeu o conteúdo (BRASIL, 2000, p. 39).
32
TÓPICO 3 — O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
33
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
Vale lembrar que um professor mais tradicional não muda sua prática por
mudar, ele precisa acreditar na importância dessa mudança de postura, tanto para
ele quanto para seus estudantes. E como ele fará isso? Conhecendo, pesquisando
e deixando de lado velhos paradigmas. É a pesquisa que nos leva a compreender
a interação entre a teoria e a prática em nossas ações pedagógicas.
34
TÓPICO 3 — O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
Diante de tudo isso, devemos nos perguntar também que tipo de sujeito
queremos formar, ou seja, qual o perfil desejável aos alunos de um novo profes-
sor pesquisador. Para um professor pesquisador, nada melhor que alunos curio-
sos, questionadores e desafiadores, não é verdade? Que tal então, uma educação
que valorize a investigação?
35
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
36
TÓPICO 3 — O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
• Perceber que além de buscar a solução para uma situação proposta devem
cooperar para resolvê-la e chegar a um consenso.
• Discutir as dúvidas, assumir que as soluções dos outros fazem sentido e per-
sistir na tentativa de construir suas próprias ideias.
38
TÓPICO 3 — O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
Após essa reflexão, cabe aqui uma provocação: existe algo novo que você
queira aprender e que vem deixando esquecido dentro de você? Por exemplo:
quer aprender música? Quer aprender a tocar algum instrumento? Quer apren-
der teatro? Quer aprender culinária? Quer aprender ainda mais sobre informática
ou sobre a sua futura profissão? Qualquer que seja o seu desejo, vá à luta, pois
pessoas com vontade de aprender transformam o mundo!
O aluno, assim como nós adultos, aprende quando junta aquilo que já
sabia (conhecimento prévio) com algo novo que está aprendendo, sendo capaz de
estabelecer relações entre estes dois aspectos e construindo o próprio conhecimento.
39
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
Ficou interessado neste assunto? Falaremos mais sobre a escolha dos obje-
tos de conhecimento relevantes para a Educação Infantil epara os anosiniciais do
Ensino Fundamental, bem como sobre conhecimento lógico-matemático, planeja-
mento, avaliação e estratégias pedagógicas para favorecer uma aprendizagem sig-
nificativa, por meio da resolução de problemas, nas próximas unidades, aguarde!
40
TÓPICO 3 — O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
41
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
42
TÓPICO 3 — O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
momento é chamado de adidático. É aí que o aluno usa a própria lógica para pro-
duzir. "Assim, começamos a preparar os jovens para pensar de forma autônoma",
destaca Cristiano Muniz. Depois disso, é tarefa do professor retomar o planejado,
para analisar as hipóteses da turma e sistematizar o aprendizado.
43
UNIDADE 1 — REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA
Por que decidiu mudar? Como não me sentia preparada para ensinar,de-
cidi fazer outros cursos, inclusive mestrado, nos quais conheci novos métodos.
Como é feita a avaliação? Minhas provas são momentos nos quais as crian-
çasrefletem sobre o que aprenderam e percebem em que ponto precisam avançar.
Mitos pedagógicos
44
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A matemática aparece na vida das crianças quando elas ainda não têm a me-
nor noção de números ou cálculos. Mesmo assim elas são capazes de reco-
nhecer e resolver problemas, usar o raciocínio lógico e organizar informações.
• Para que o trabalho seja eficaz, faz-se necessário que o aluno estabeleça rela-
ções entre o que aprende em matemática com o que vive em seu cotidiano,
tanto dentro, quanto fora da escola.
• Para que o professor seja capaz de ensinar e se fazer compreender pelos alu-
nos, ele antes precisa aprender de verdade aquele conteúdo, ou seja, interna-
lizar aquele conceito.
• De acordo com os PCN (BRASIL, 2000, p. 41): “Essas aprendizagens só serão pos-
síveis na medida em que o professor proporcionar um ambiente de trabalho que
estimule o aluno a criar, comparar, discutir, rever, perguntar e ampliarideias”.
• Apreender é tomar aquele conhecimento para si; é saber o que fazer com
aquilo que se sabe; é utilizar aquele novo saber, para melhor conviver com as
pessoas e com o mundo a nossa volta; é dar sentido à aprendizagem.
45
• Conforme Moretto (2009, p. 50-52), “se aprender é construir significado, ensi-
nar é mediar esta construção”. Para ele, “oportunizar aos alunos a construção
de conhecimentos não é apenas transmitir-lhes informações e sim organizar o
contexto da apresentação de conhecimentos socialmente construídos de modo
a facilitar ao aluno a aprendizagem significativa de conteúdos relevantes”.
CHAMADA
46
AUTOATIVIDADE
5 Sugira ao(à) tutor(a) externo(a) que forme uma roda e que, sentados no
chão, cada acadêmico compartilhe suas respostas com os demais colegas.
Será um momento de aprendizagem cooperativa, experimente!
47
REFERÊNCIAS
BASSEDAS, E.; HUGUET, T.; SOLÉ, I. Aprender e ensinar na educação infantil.
Trad. Cristina Maria de Oliveira. Porto Alegre: Artmed, 1999.
KAMII, C. A criança e o número. Trad. Regina A. de Assis. 11. ed. Campinas, SP:
Papirus, 1990.
48
UNIDADE 2 —
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
49
50
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO
LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A
EDUCAÇÃO INFANTIL
1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
51
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
Talvez por isso seja tão difícil ensinar algo novo aos pequenos, já que estes
não conseguem aprender conteúdos ouvindo, eles precisam fazer para aprender. Por
exemplo: se a professora chegar à sala e disser que eles farão um bolo, em menos de
um minuto, todos estarão de pé, ao lado da bacia, querendo quebrar os ovos e mexer a
receita com a colher de madeira que se encontra ao lado da bacia. Eles não terão paci-
ência de ouvir toda a parte teórica: receita, modo de preparo, tempo de cozimento etc.
Isso acontece porque eles querem desenvolver habilidades e não acumular conteúdos.
52
TÓPICO 1 — A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL
Para facilitar a sua compreensão, traremos um resumo de cada uma destas habi-
lidades, com sugestões de exploração aos professores, segundo Antunes (2001, p. 24-25):
HABILIDADE: OBSERVAR
53
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
FIGURA 4 – OBSERVAÇÃO
HABILIDADE: CONHECER
HABILIDADE: COMPREENDER
54
TÓPICO 1 — A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL
HABILIDADE: COMPARAR
FIGURA 7 – COMPARANDO...
HABILIDADE: SEPARAR/REUNIR
55
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
HABILIDADE: CONSULTAR/CONFERIR
56
TÓPICO 1 — A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL
HABILIDADE: SERIAR
FIGURA 10 – SERIAÇÃO
Essa habilidade pode ser explorada por meio de atividades que esti-
mulam na criança a percepção de sua própria situação no espaço. Ativida-
des ou jogos que exercitam “esquerda/direita”, “acima/abaixo”, “ao lado de”,
“perto/longe” etc. são verdadeiros “termômetros” dessas percepções. O uso
correto de referências espaciais é essencial para que o aluno se familiarize com
as noções de “esquerda/direita”, “na frente/atrás” em relação ao próprio corpo
e depois possa estendê-las aos pontos cardeais e colaterais.
57
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
HABILIDADE: MEDIR
58
TÓPICO 1 — A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL
HABILIDADE: RELATAR
HABILIDADE: COMBINAR
FIGURA 14 – COMBINAÇÕES
59
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
HABILIDADE: TRANSFERIR
HABILIDADE: DEMONSTRAR
HABILIDADE: CRIAR
60
TÓPICO 1 — A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL
FIGURA 15 – CRIATIVIDADE
3 A INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA
Todos nós, certamente, já ouvimos falar em algum momento de nossas vidas
ou de nossas leituras, que não existe um único tipo de inteligência. Conhecemos, mes-
mo que superficialmente, a teoria das múltiplas inteligências, defendida por Howard
Gardner, certo? Dentre as inteligências, destacamos: linguística, lógico-matemática,
espacial, musical, cinestésico-corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal.
DICAS
Se você ficou interessado em saber mais sobre cada uma destas inteligências e
sua aplicabilidade com as crianças, sugerimos a leitura do livro Jogos para a Estimulação das
Múltiplas Inteligências de Celso Antunes. É uma obra muito interessante, vale à pena conhecer!
Julgamos relevante explanar pelo menos um pouco sobre cada uma destas
inteligências, antes de nos direcionarmos àquela que de fato, neste caderno, nos
interessa, a lógico-matemática.
Prezado acadêmico, vale lembrar que ninguém precisa ser bom em tudo!
62
TÓPICO 1 — A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL
FIGURA 17 – ESTÍMULOS
63
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
Antunes (1998, p. 74-75) nos traz dicas preciosas de como estimular a crian-
ça a pensar. Traremos um resumo dessas sugestões essenciais ao nosso trabalho,
para todas as áreas do conhecimento, não só para a matemática, acompanhe:
Para que isso não aconteça, basta tornar as aulas momentos de aprendiza-
gem, com muita criatividade e imaginação, por meio de jogos, brincadeiras, ati-
vidades concretas, momentos de investigação e resolução de problemas. Enfim,
tornar a matemática viva e atuante na vida destes pequenos pensadores.
A ideia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou trans-
formando o sentido do que se entende por material pedagógico e cada
estudante, independentemente de sua idade, passou a ser um desafio
à competência do professor. Seu interesse passou a ser a força que co-
manda o processo da aprendizagem, suas experiências e descobertas,
o motor de seu progresso e o professor um gerador de situações esti-
muladoras e eficazes. É nesse contexto que o jogo ganha um espaço
como a ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe
estímulo ao interesse do aluno [...] (ANTUNES, 1998, p. 36).
64
TÓPICO 1 — A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL
TUROS
ESTUDOS FU
65
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• De acordo com Antunes (1998, p. 14), “os cinco primeiros anos de vida de um
ser humano são fundamentais para o desenvolvimento de suas inteligências”.
66
AUTOATIVIDADE
67
68
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO
DE NÚMERO
1 INTRODUÇÃO
69
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
FIGURA 20 – CONTANDO
A contagem livre pode até ser memorizada pela criança, muitos professo-
res até incentivam isso, na oralidade, leitura ou escrita, porém, conforme Kamii
(1990, p. 40), “é muito mais importante que ela construa a estrutura mental de
número. Se a criança tiver construído esta estrutura terá maior facilidade em as-
similar os signos a ela”.
Confira:
70
TÓPICO 2 — A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE NÚMERO
Por exemplo:
71
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
3 SENTIDO NUMÉRICO
Os números podem ser apresentados de diferentes formas e em diferentes
contextos, para a criança, de acordo com a informação que trará, ou seja, o mes-
mo número pode nos trazer diferentes informações, por exemplo: “[...] o número
3 pode significar R$3,00 (valor monetário), 3 camisas (quantidade) ou 3 metros
(distância)” (BIGODE; FRANT, 2011, p. 8).
72
TÓPICO 2 — A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE NÚMERO
73
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
TUROS
ESTUDOS FU
74
TÓPICO 2 — A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE NÚMERO
De acordo com Bigode e Frant (2011, p. 16), “as regras do sistema de nu-
meração decimal (SND), como essa de formar agrupamentos de 10 em 10, foram
inventadas pelos indianos e aperfeiçoadas pelos árabes há mais de mil anos”.
As ideias envolvidas no SND, como nomear e escrever os números,
agrupá-los por dezenas e reconhecer o valor relativo de um algarismo
em diferentes posições, são noções que devem ser estudadas ao longo
do Ensino Fundamental. Nos anos iniciais, os alunos que ainda não
dominam o SND confundem os números devido às variações de posi-
ção dos algarismos que os formam. Eles confundem, por exemplo, 23 e
32, o que dificulta a prática das contas (BIGODE; FRANT, 2011, p. 16).
75
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A contagem livre pode até ser memorizada pela criança, muitos professores
até incentivam isso, na oralidade, leitura ou escrita, porém, conforme Kamii
(1990, p. 40), “é muito mais importante que ela construa a estrutura mental de
número. Se a criança tiver construído esta estrutura terá maior facilidade em
assimilar os signos a ela”.
• Além de saber contar até 10, a criança precisa perceber a relação entre cada
número com a quantidade que ele representa, em objetos, por exemplo: se pe-
dirmos para ela buscar cinco objetos, ela deverá buscar corretamente, os cinco.
76
AUTOATIVIDADE
77
78
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
80
TÓPICO 3 — ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
QUADRO 5 – REFLEXÕES
✓ O problema não deve ser tratado como um exercício em que o aluno aplica de
forma quase mecânica um algoritmo, uma regra ou um processo operatório.
82
TÓPICO 3 — ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
✓ Para saber se o aluno aprendeu, deve-se levar em conta que a avaliação eficaz se
faz todos os dias, e não somente uma vez por mês. E isso se obtém observando-
-o e registrando o que ele faz, como ele faz, o que fala e o que está aprendendo
(falaremos mais sobre isso na Unidade 3, aguarde!).
83
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
84
TÓPICO 3 — ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
• Aprender a dar uma resposta correta, que tenha sentido, pode ser
suficiente para que ela seja aceita e até seja convincente, mas não é
garantia de apropriação do conhecimento envolvido. Além disso, é
necessário desenvolver habilidades que permitam pôr à prova os
resultados, testar seus efeitos, comparar diferentes caminhos, para
obter a solução. Nessa forma de trabalho, o valor da resposta corre-
ta cede lugar ao valor do processo de resolução. O fato de um aluno
ser estimulado a questionar sua própria resposta, a questionar o
problema, a transformar um dado problema numa fonte de novos
problemas, evidencia uma concepção de ensino e aprendizagem
não pela mera reprodução de conhecimentos, mas pela via da ação
refletida que constrói conhecimentos (BRASIL, 2000, p. 45).
Vamos a elas!
85
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
86
TÓPICO 3 — ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
87
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
Antes de irmos para nossa última unidade, traremos uma reflexão apon-
tada pelas autoras Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes e Vitória Líbia
Barreto de Faria (organizadoras), na Coleção PROINFANTIL, Módulo IV, Unida-
de 8, Livro de Estudo – vol. 2, acompanhe:
88
TÓPICO 3 — ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Para relembrar:
89
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
- A criança não precisa dos adultos para aprender a brincar com um grupo. Ela
aprende de maneira espontânea enquanto pratica as brincadeiras. Alguns esque-
mas adquiridos em uma brincadeira podem ser transpostos para outra situação.
- O(a) professor(a) que se envolve com brincadeiras propostas por crianças tem boas
condições de descobrir como interferir de maneira positiva nessas brincadeiras.
90
TÓPICO 3 — ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: LOPES, K. R.; MENDES, R. P.; FARIA, V. L. B. de. Livro de estudo: Módulo IV. Brasília:
MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2006. 72 p.
91
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
DICAS
TUROS
ESTUDOS FU
92
TÓPICO 3 — ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
LEITURA COMPLEMENTAR
“Meus alunos não leem o enunciado com atenção. Outros não têm tanta
habilidade de leitura e não conseguem interpretá-lo.” Certamente você já ouviu
frases como essas - ou até mesmo falou isso em algum momento. Mas existe outro
fator que deve ser levado em conta quando o assunto é resolução de problemas:
o domínio dos conteúdos matemáticos.
O primeiro passo é saber que ele deve ser usado para ensinar um conheci-
mento novo – e não propor um treino ou uma repetição de algo já sabido – e que
a resposta do aluno deve mostrar quais conhecimentos ele usa para resolvê-lo,
conforme explica Maria Clara Galvão, professora do 4º ano da Escola da Vila, em
São Paulo, e formadora de educadores na mesma instituição.
O segundo passo é garantir que seja bem escrito, claro e procure não dar
margem a ambiguidades. “E não é uma questão de facilitar a linguagem ou sim-
plificar os conceitos”, explica Leika Watabe, assessora técnica educacional da Se-
cretaria Municipal de Educação de São Paulo.
93
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
As respostas dadas aos problemas devem ser o ponto de partida para no-
vas discussões – em duplas e coletivas – e reflexões individuais, que possam colo-
car em cheque os diferentes procedimentos e a validade deles, conforme ressalta-
do em artigo de Adriana Díaz no livro “Enseñar Matemática en la EscuelaPrimaria”
(Ed. Tinta Fresca, em espanhol). Para que esses momentos sejamvaliosos, é in-
dispensável incluí-los no planejamento, já prevendo possíveis encaminhamentos.
Por fim, fique de olho para reavaliar o enunciado durante as aulas. Se ele
não for bom - ou seja, não promover o aprendizado pretendido –, pode ser neces-
sário refazê-lo ou até mesmo deixá-lo de lado e recomeçar por outro.
Exemplos de enunciados
3º ano
Comentário: Nesse caso, o problema exige operação, mas a resposta não énu-
mérica. Não basta resolver contas: é preciso examinar os números encontrados e ficar
atento quanto à situação descrita. Entre os procedimentos possíveis, a criança pode
ter somado os valores ganhos e depois somado as perdas e subtraído um valor de
outro, ou ter calculado cada partida individualmente para encontrar a resposta.
3º ano
95
UNIDADE 2 — FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
3º ano
O padeiro precisa preparar 360 pães. Se 245 já estão prontos, faltam assar
quantos? Escolham os cálculos que sirvam para resolver esse problema:
a) 360 + 245
b) 360 - 245
c) 245 + 100 + 15
4º ano
Essas duas formas de resolver servem para saber quantas crianças ficaram
em cada quarto?
5º ano
É possível discutir essas quantias, sem fazer a conta, de tal modo que
todos recebam a mesma quantia?
5º ano
97
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
98
• Por meio de problemas é possível perceber a lógica, o caminho e o raciocínio utili-
zado pelo aluno para chegar ao resultado, e todo este processo precisa ser levado
em consideração e avaliado pelo professor, não apenas o resultado. Ao contrário
dos exercícios, em que apenas o resultado final é expresso e interessa ao professor.
CHAMADA
99
AUTOATIVIDADE
100
REFERÊNCIAS
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 9. ed. Pe-
trópolis, RJ: Vozes, 1998.
KAMII, C. A criança e o número. Trad. Regina A. de Assis. 11. ed. Campinas, SP:
Papirus, 1990.
VILA, A.; CALLEJO, M. L. Matemática para aprender a pensar: o papel das cren-
ças na resolução de problemas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
101
102
UNIDADE 3 — A
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
103
104
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Não há como negar que nos últimos anos a Educação Infantil conquistou um
espaço considerável nas discussões de educadores de todo o país, não é verdade?
Tudo isso é muito bom, mas você deve estar se perguntando o que deve
ensinar para favorecer a linguagem matemática na Educação Infantil, não é mes-
mo? Fique tranquilo, pois é sobre isso que falaremos a partir de agora!
Bons estudos!
105
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
Portanto, não estranhe, ele será a única referência bibliográfica para este tópico,
do início ao fim. O documento fala por todos nós, estudiosos, professores e autores.
2.1 OBJETIVOS
QUADRO 1 – OBJETIVOS
106
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
QUADRO 2 – SABERES
107
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
Orientações didáticas
108
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FIGURA 5 – OBSTÁCULOS
109
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
FIGURA 7 – CALENDÁRIO
- Pode-se organizar um painel com pesos e medidas das crianças para que
elas observem suas diferenças. As crianças podem comparar o tamanho de
seus pés e depois olhar os números em seus sapatos.
FIGURA 8 – FOLCLORE
110
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FIGURA 9 – NÚMEROS
Orientações didáticas
111
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
Contagem
FIGURA 10 – CONTAGEM
112
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FIGURA 11 – ESCONDE-ESCONDE
114
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
115
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
mais que o outro?”, “quanto você precisará crescer para ficar do tamanho de
seu amigo?”. É possível também pesquisar a idade dos familiares, da pessoa
mais velha da instituição, da cidade, do país ou do mundo.
Operações
116
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
GRANDEZAS E MEDIDAS
117
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
118
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FIGURA 17 – MEDIDAS
119
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
FIGURA 18 – MERCADINHO
ESPAÇO E FORMA
120
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
FIGURA 19 – GEOMETRIA
121
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
122
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FIGURA 20 – MAQUETES
123
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
O trabalho com o espaço pode ser feito, também, a partir de situações que
permitam o uso de figuras, desenhos, fotos e certos tipos de mapas para a des-
crição e representação de caminhos, itinerários, lugares, localizações etc. Pode-se
aproveitar, por exemplo, passeios pela região próxima à instituição ou a locais
específicos, como a praia, a feira, a praça, o campo, para incentivar a pesquisa de
informações sobre localização, caminhos a serem percorridos etc. Durante esse
trabalho, é possível introduzir nomes de referência da região, como bairros, zonas
ou locais aonde se vai, e procurar localizá-los nos mapas ou guias da cidade.
FONTE: Adaptado de RCNEI (BRASIL, 1998, p. 217-233)
124
TÓPICO 1 — RCNEI E BNCC: DOCUMENTOS QUE ABORDAM A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
125
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cada situação de cálculo constitui-se num problema aberto que pode ser so-
lucionado de formas diversas, pois existem diferentes sentidos da adição e da
subtração, os problemas podem ter estruturas diferentes, o grau de dificulda-
de varia em função dos tipos de perguntas formuladas.
126
• O campo de experiência da BNCC para a Educação Infantil, que aborda a
linguagem científica e matemática, chama-se: ESPAÇOS, TEMPOS, QUAN-
TIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES.
127
AUTOATIVIDADE
1 Diante do que você leu até aqui, construa uma lista de 20 verbos (ações)
que devem aparecer no incentivo à Linguagem Matemática, da Educação
Infantil. Já lhe daremos dois como exemplo.
Pensar
Investigar
2 Escolha um dos verbos de sua lista e crie um acróstico que fale sobre o verbo
escolhido, por exemplo, se você escolhesse o verbo PENSAR, ficaria desse jeito:
P ara uma educação de qualidade e
E excelência, é necessário que utilizemos uma
N ova forma de ensinar, privilegiando o pensar e o construir, por meio de ações que
S ejam desafiadoras e problematizadoras, aos alunos. Desta forma,
A aprendizagem acontece e os
R esultados aparecem!
Agora é sua vez! Não vale utilizar o exemplo anterior, pense e crie o seu acróstico!
128
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
129
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
Com base nos PCN (BRASIL, 2000, p. 70-75), apresentaremos agora os conteú-
dos conceituais, procedimentais e atitudinais para a Matemática do Primeiro Ciclo:
130
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
131
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
Números Naturais
132
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
FIGURA 22 – ESTIMATIVAS
Espaço e forma
133
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
FIGURA 23 – GEOMETRIA
Grandezas e Medidas
• Relação entre unidades de tempo – dia, semana, mês, bimestre, semestre, ano.
134
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
135
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
136
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
137
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
FIGURA 26 – PORCENTAGEM
138
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
139
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
Espaço e Forma
FIGURA 28 – SIMETRIA
140
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
Grandezas e Medidas
141
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
FIGURA 29 – MEDIDAS
Tratamento da Informação
142
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
Caro acadêmico, são estes os conteúdos para os dois ciclos dos anos ini-
ciais do Ensino Fundamental, na disciplina de matemática, apresentados nos Pa-
râmetros Curriculares Nacionais de matemática. A seguir, traremos o que nos diz
a BNCC, continue conosco!
143
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
De acordo com a BNCC (2017, p. 263), espera-se que os alunos “[...] desen-
volvam a capacidade de identificar oportunidades de utilização da matemática
para resolver problemas, aplicando conceitos, procedimentos e resultados para
obter soluções e interpretá-las segundo os contextos das situações”.
A BNCC orienta-se pelo pressuposto de que a aprendizagem em Ma-
temática está intrinsecamente relacionada à compreensão, ou seja, à
apreensão de significados dos objetos matemáticos, sem deixar de
lado suas aplicações. Os significados desses objetos resultam das co-
nexões que os alunos estabelecem entre eles e os demais componen-
tes, entre eles e seu cotidiano e entre os diferentes temas matemáticos.
Desse modo, recursos didáticos como malhas quadriculadas, ábacos,
jogos, livros, vídeos, calculadoras, planilhas eletrônicas e softwares de
geometria dinâmica têm um papel essencial para a compreensão e uti-
lização das noções matemáticas. Entretanto, esses materiais precisam
estar integrados a situações que levem à reflexão e à sistematização,
para que se inicie um processo de formalização (BNCC, 2017, p. 274).
145
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
146
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
Contagem de rotina
Contagem ascendente e Utilizar números naturais como indi-
descendente cador de quantidade ou de ordem em
Reconhecimento de números diferentes situações cotidianas e reco-
no contexto diário: indicação de nhecer situações em que os números
quantidades, indicação de ordem não indicam contagem nem ordem,
ou indicação de código para a mas sim código de identificação.
organização de informações
Contar de maneira exata ou aproxi-
mada, utilizando diferentes estra-
tégias como o pareamento e outros
Quantificação de elementos
agrupamentos.
de uma coleção: estimativas,
Estimar e comparar quantidades de
contagem um a um, pareamen-
objetos de dois conjuntos (em torno de
to ou outros agrupamentos e
20 elementos), por estimativa e/ou por
comparação
correspondência (um a um, dois a dois)
para indicar “tem mais”, “tem menos”
ou “tem a mesma quantidade”.
Contar a quantidade de objetos de
coleções até 100 unidades e apresentar o
resultado por registros verbais e simbóli-
Números Leitura, escrita e comparação cos, em situações de seu interesse, como
de números naturais (até 100) jogos, brincadeiras, materiais da sala de
Reta numérica aula, entre outros.
Comparar números naturais de até duas
ordens em situações cotidianas, com e
sem suporte da reta numérica.
Construir fatos básicos da adição e
Construção de fatos básicos da
utilizá-los em procedimentos de cál-
adição
culo para resolver problemas.
Compor e decompor número de até duas
ordens, por meio de diferentes adições, com
Composição e decomposição de o suporte de material manipulável, contri-
números naturais buindo para a compreensão de caracterís-
ticas do sistema de numeração decimal e o
desenvolvimento de estratégias de cálculo.
Resolver e elaborar problemas de adi-
ção e de subtração, envolvendo núme-
Problemas envolvendo diferen-
ros de até dois algarismos, com os sig-
tes significados da adição e da
nificados de juntar, acrescentar, separar
subtração (juntar, acrescentar,
e retirar, com o suporte de imagens e/
separar, retirar)
ou material manipulável, utilizando es-
tratégias e formas de registro pessoais.
147
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
148
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
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TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
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TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
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TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
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TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
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TÓPICO 2 — DOCUMENTOS QUE NORTEIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA, PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDA-
MENTAL: PCN E BNCC
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
162
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• “O primeiro ciclo tem como característica geral o trabalho com atividades que
aproximem o aluno das operações, dos números, das medidas, das formas e
espaço e da organização de informações, pelo estabelecimento de vínculos
com os conhecimentos com que ele chega à escola. Nesse trabalho, é funda-
mental que o aluno adquira confiança em sua própria capacidade para apren-
der Matemática e explore um bom repertório de problemas que lhe permitam
avançar no processo de formação de conceitos” (BRASIL, 2000, p. 70).
• “O segundo ciclo tem como característica geral o trabalho com atividades que
permitem ao aluno progredir na construção de conceitos e procedimentos
matemáticos. No entanto, esse ciclo não constitui um marco de terminalidade
da aprendizagem desses conteúdos, o que significa que o trabalho com núme-
ros naturais e racionais, operações, medidas, espaço e forma e o tratamento
da informação deverá ter continuidade, para que o aluno alcance novos pata-
mares de conhecimento” (BRASIL, 2000, p. 85).
• De acordo com a BNCC (2017, p. 263), espera-se que os alunos “[...] desenvol-
vam a capacidade de identificar oportunidades de utilização da matemática
para resolver problemas, aplicando conceitos, procedimentos e resultados
para obter soluções e interpretá-las segundo os contextos das situações”.
163
AUTOATIVIDADE
164
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 30 – REFLEXÕES
2 PLANEJAMENTO
Planejar é fundamental, em qualquer área profissional. Não se pode imaginar
uma proposta de trabalho, que atenda todas as nossas expectativas, sem o devido pla-
nejamento. É preciso saber o que se pretende alcançar e por quais caminhos trilhar.
165
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
FIGURA 31 – PLANEJAMENTO
Um bom planejamento não deve ser feito com base nos melhores alunos da
classe, mas em relação à turma toda, ou seja, o que eles sabem e o que precisam
aprender. Desta forma, teremos uma noção real das necessidades de aprendizagem.
preciso prever um tempo das aulas também para os assuntos do dia a dia,
pois os alunos necessitam debater em sala situações cotidianas, em que porven-
tura tenham estabelecido relação com o conteúdo abordado.
Quando o professor planeja, não faz ideia dos rumos que o conteúdo ou aquela
aula tomará com seus alunos, por isso a importância da flexibilidade. Aí entra o conhe-
cimento, o acompanhamento, a mediação e a atenção do professor em realizar os ajustes
necessários, tanto para o avanço quanto para a retomada de um determinado assunto.
Diante disso, sugere-se que o professor, ao final de cada aula, possa sentar, avaliar
e registrar o que aconteceu com seu planejamento, respondendo às seguintes questões:
166
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
FIGURA 32 – PENSAR/AVALIAR/REGISTRAR
Vale ressaltar, caro acadêmico, que não existem fórmulas prontas na hora
de se fazer planejamento. Desde que se saiba quais conteúdos programáticos pre-
cisam ser trabalhados, pode-se seguir vários caminhos em busca dos resultados,
adequando-os à realidade e às necessidades de seus alunos.
167
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
FIGURA 33 – APRENDIZAGEM
3.1 JOGOS
De acordo com a frase de Celso Antunes, cabe-nos uma reflexão bem im-
portante em relação aos jogos, pois nem todo jogo funciona como recurso peda-
gógico, isto é, alguns mantêm caráter apenas lúdico.
FIGURA 34 – JOGOS
168
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
169
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
DICAS
Celso Antunes, em seu livro Jogos para a Estimulação das Múltiplas Inteli-
gências (já sugerido neste caderno anteriormente), apresenta várias ideias de jogos que
favorecem a inteligência lógico-matemática, em todos os níveis de ensino. Vale a pena
conhecer, pois são 57 sugestões de jogos que trabalham as seguintes habilidades:
• Noções de tamanho (grande, pequeno, alto, baixo, maior, menor, fino, grosso, largo,
estreito, pequeno, médio, grande).
• Noções de quantidade.
• Noções de conjunto e formas geométricas.
• Sistemas de numeração e raciocínio lógico.
• Percepção e sistemas de numeração.
• Associação de quantidades.
• Operações e conjuntos.
• Instrumentos de medida.
• Compreensão de números ordinais.
• Compreensão de sinais.
• Operações: adição e subtração.
• Operações: multiplicação.
• Operações: conceito de inteiro e meio.
• Identificação de frações de ½ a 1/10.
• Noção de hora e meia hora.
• Percepção de distâncias lineares.
• Noção de medida linear e representação em escala.
• Operações com medidas lineares.
• Associações lógicas.
Outro livro interessantíssimo para você, acadêmico, conhecer, ler ou ter um exemplar em
sua casa, chama-se Ensinar e Aprender Brincando de Pam Schiller e Joan Rossano, com
tradução de Ronaldo Cataldo Costa. É uma obra que explora todas as linguagens e apre-
senta mais de 750 atividades para a educação infantil e as séries iniciais, utilizando desde a
exploração livre até tabelas e frações. Vale à pena conferir!
170
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Para crianças pequenas, os jogos são as ações que elas repetem sistema-
ticamente, mas que possuem um sentido funcional (jogos de exercício), isto é,
são fonte de significados e, portanto, possibilitam compreensão, geram satisfa-
ção, formam hábitos que se estruturam num sistema. Essa repetição funcional
também deve estar presente na atividade escolar, pois é importante no sentido
de ajudar a criança a perceber regularidades.
Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que
se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jo-
gos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas.
Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de
convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e dar explicações.
171
UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
172
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
3.2 TECNOLOGIAS
As tecnologias também podem ser consideradas recursos de aprendiza-
gem? Com certeza! Desde que, assim como os jogos, tenham objetivos claros, pla-
nejamento cuidadoso quanto a sua utilização, carreguem intenções pedagógicas
e estejam voltadas à aprendizagem.
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UNIDADE 3 — A MATEMÁTICA NA BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL/ANOS INICIAIS
Além disso, ela abre novas possibilidades educativas, como a de levar o alu-
no a perceber a importância do uso dos meios tecnológicos disponíveis na sociedade
contemporânea. A calculadora é também um recurso para verificação de resultados,
correção de erros, podendo ser um valioso instrumento de autoavaliação.
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TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Tudo indica que seu caráter lógico-matemático pode ser um grande alia-
do do desenvolvimento cognitivo dos alunos, principalmente na medida em
que ele permite um trabalho que obedece a distintos ritmos de aprendizagem.
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FIGURA 42 – COMPUTADORES
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TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
4 AVALIAÇÃO
Avaliar nunca foi e nunca será tarefa fácil para a maioria dos professores.
Não é fácil porque envolve diferentes situações de aprendizagem, como já vimos
quando falamos da resolução de problemas, dos trabalhos em equipe, dos jogos
pedagógicos ou mesmo dos recursos tecnológicos. Não é uma questão numérica
apenas, vai muito além disso.
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FIGURA 44 – AVALIAÇÃO
Afinal de contas, como avaliar de forma justa e eficaz? Como agir diante
das potencialidades de alguns alunos e fragilidades de outros? Que critérios ado-
tar de acordo com a atividade realizada?
Estas dúvidas são bem naturais aos professores preocupados com o pro-
cesso de ensino-aprendizagem de seus alunos e devem fazer parte de sua tomada
de consciência em relação ao seu papel de educador contemporâneo.
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TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
FIGURA 46 – ESTIMATIVAS
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TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
• A avaliação é também coleta: se o professor não coleta dados, não pode avaliar.
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DICAS
Vasco Pedro Moretto escreveu um livro com o título Prova: um momento privile-
giado de estudo, não um acerto de contas. Seria bem interessante conhecê-lo pelo enfoque
que o autor dá à avaliação da aprendizagem, como construção de conhecimento. Fica a dica!
FIGURA 51 – PROVA
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TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
CIPRIANO LUCKESI "Proponho que as escolas invistam em uma prática pedagógica construtiva
e paralelamente treinem para o vestibular"
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A maioria das escolas promove exames, que não são uma prática de ava-
liação. O ato de examinar é classificatório e seletivo. A avaliação, ao contrário,
diagnóstica e inclusiva. Hoje aplicamos instrumentos de qualidade duvidosa:
corrigimos provas e contamos os pontos para concluir se o aluno será aprovado
ou reprovado. O processo foi concebido para que alguns estudantes sejam inclu-
ídos e outros, excluídos. Do ponto de vista político-pedagógico, é uma tradição
antidemocrática e autoritária, porque centrada na pessoa do professor e no siste-
ma de ensino, não em quem aprende.
Nós, educadores do início do século 21, somos herdeiros do século 17. O mo-
delo atual foi sistematizado na época da emergência da burguesia e da sociedade
moderna. Se analisarmos documentos daquele tempo, como o RatioStudiorum, dos
padres da ordem dos jesuítas, ou a Didactica Magna, do educadortcheco Comênio,
veremos que o modelo classificatório que praticamos hoje foi concebido ali. Muitos
outros educadores propuseram coisas diferentes desde então, mas nenhuma dessas
pedagogias conseguiu ter a vigência da pedagogia tradicional, que responde a um
modelo seletivo e excludente. Existem também razões psicológicas para a insistência
nos velhos métodos de avaliação: o professor muito examinado durante sua vida de
estudante e, ao se tornar profissional, tende a repetir esse comportamento.
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TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Vestibular não tem a ver com educação, mas com a incapacidade do poder
público de fornecer ensino universitário para quem quer estudar. Agora, todo o
ensino, desde o Fundamental, está comprometido com o vestibular. É por isso
que é tão comum a adoção de testes que não medem o aprendizado, mas treinam
para responder perguntas capciosas. Eu proponho que as escolas invistam em
uma prática pedagógica construtiva e paralelamente treinem para o vestibular,
com simulados como os feitos pelos cursinhos. Já existem escolas no Brasil que
investem na qualidade de ensino e ao mesmo tempo conseguem colocar mais de
90% dos seus estudantes na faculdade, sem necessidade de cursinho.
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Existe uma fantasia de que, quando se fala de uma avaliação eficiente, es-
tamos nos referindo ao atendimento de três ou quatro estudantes por vez. Mas os
instrumentos de coleta de dados ampliam a capacidade de observar do professor.
Se eu aplico uma avaliação para 40 alunos, não há mudança do ponto de vista da
qualidade. Cada um vai manifestar sua aprendizagem por meio do instrumento
escolhido. Avaliação não precisa ser por observação direta, mas por instrumen-
tos como teste, questionário, redação, monografia, participação em uma tarefa,
diálogo. Em uma classe numerosa, não posso usar entrevistas de meia hora para
cada aluno. Vou produzir questionários de perguntas fechadas e trabalhar mais
de perto com quem não tiver um desempenho satisfatório.
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TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Um bom planejamento não deve ser feito com base nos melhores alunos da classe,
mas em relação à turma toda, ou seja, o que eles sabem e o que precisam aprender.
• Quando o professor planeja, não faz ideia dos rumos que o conteúdo ou aque-
la aula tomará com seus alunos, por isso a importância da flexibilidade. Aí
entra o conhecimento, o acompanhamento, a mediação e a atenção do pro-
fessor em realizar os ajustes necessários, tanto para o avanço quanto para a
retomada de um determinado assunto.
• Desde que o professor saiba quais conteúdos programáticos precisam ser tra-
balhados, ele pode planejar vários caminhos em busca dos resultados, ade-
quando-os à realidade e às necessidades de seus alunos.
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• Diante dessas respostas, o professor escolhe o jogo e aproveita a oportunida-
de para observar seus alunos em suas relações pessoais, auxiliar os que têm
mais dificuldade e mediar o processo de ensino e aprendizagem.
• Avaliar nunca foi e nunca será tarefa fácil para a maioria dos professores.
Não fácil porque envolve diferentes situações de aprendizagem, como vimos
quando falamos da resolução de problemas, dos trabalhos em equipe, dos
jogos pedagógicos ou mesmo dos recursos tecnológicos. Não é uma questão
numérica apenas, vai muito além disso.
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• Existem muitos instrumentos de avaliação, ou seja, o professor pode avaliar a
participação do aluno durante as aulas; sua assiduidade; sua pontualidade na
entrega de trabalhos individuais; seu comprometimento na entrega das tare-
fas etc. Além disso, pode fazer testes, provas, trabalhos em grupo, seminários,
debates, pesquisas, entre outros.
CHAMADA
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AUTOATIVIDADE
1 Como o objetivo maior deste livro didático sempre foi estimular o pensa-
mento, sugerimos que você faça uma pesquisa a respeito dos vários tipos de
avaliação, como:
• Qualitativa.
• Somativa.
• Emancipatória.
• Quantitativa.
• Formativa.
• Normativa.
• Diagnóstica.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. J.; FRANCO, M. G. Avaliação para a aprendizagem. São Paulo:
Ática Educadores, 2011.
VILA, Antoni; CALLEJO, María Luz. Matemática para aprender a pensar: opapel
das crenças na resolução de problemas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
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