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Construção
Lógico-Matemática
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Profª. Graciele Alice Carvalho Adriano
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Profª. Graciele Alice Carvalho Adriano
B238p
ISBN 978-65-5663-642-9
ISBN Digital 978-65-5663-641-2
CDD 370
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico! Os estudos que envolvem as intervenções
psicopedagógicas, relacionadas às dificuldades e transtornos de
aprendizagem, sobre os conteúdos lógico-matemáticos, requerem
alguns saberes da área de conhecimento. Dessa forma, o psicopedagogo
necessita conhecer os assuntos que envolvem o ensino da matemática, o
desenvolvimento das atividades de ensino e aprendizagem, inclusive, sua
aplicação nas intervenções psicopedagógicas para o desenvolvimento da
construção lógico-matemática nos alunos.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 65
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 134
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA..................... 135
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 200
UNIDADE 1 —
NÚMEROS NATURAIS
E AS OPERAÇÕES
MATEMÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
CHAMADA
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
3
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
100
4
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
1000
10000
100.000
1 milhão
5
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
6
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
7
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
8
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
numeral, eram duas pequenas cunhas colocadas obliquamente. Pires (2013, s.p.)
afirma que “[...] o símbolo babilônico para o zero aparentemente não terminou
de todo com a ambiguidade, pois parece ter sido usado somente para posições
intermediárias”.
10
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
185 x 14 = 2.590
FONTE: Pires (2013, s.p.)
11
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
O ábaco romano foi criado antes da era cristã e foi utilizado como calcula-
dora de bolso, composto por uma placa de metal com várias rachaduras paralelas
que deslizavam botões móveis do mesmo tamanho. As ranhuras correspondiam
a uma ordem decimal, com exceção das duas primeiras que estavam à direita.
Assim, da direita para a esquerda, a terceira ranhura correspondia as unidades
simples, a segunda as dezenas, a quinta as centenas, a sexta aos milhares e assim
sucessivamente.
12
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
Gerbert de Aurilac, nascido entre 940 a 945 d.C., se tornou Silvester II Papa
da Igreja Católica (999 d.C. a 1003 d.C.). Antes de se tornar Papa, Gerbert viveu em
Aurilac (França) local considerado como centro dos conhecimentos matemáticos,
com estudiosos da aritmética, geometria, astronomia e música que contribuíam
para a construção de novos conhecimentos. Nesse meio, Gerbert escreveu obras
matemáticas intituladas De ábaco Comuti, De numerundivivione, Geometria, uma
carta a Adebold sobre o cálculo da área de triângulos, outra a Constantin sobre a
esfera e diversas outras cartas (ALBUQUERQUE; PEREIRA; ALVES, 2018).
Hoje se tem como certo que foi Gerbert que introduziu na Europa
o sistema de numeração arábico, quando escreveu seu tratado –
muito confuso para a época – do uso do ábaco. Todavia, é a partir do
início do século XIII, graças à influência determinante de um grande
matemático italiano, Leonardo de Pisa (por volta de 1170 – 1250), mais
conhecido como Fibonacci, e do seu livro Liber Abaci (1202), que se
tornou conhecido em toda a Europa cristã e o sistema numérico que
utilizamos até hoje. Mesmo tendo no título a palavra ábaco, não se
assemelhava aos tratados de aritmética da tradição de Gerbert e seus
discípulos, pois Fibonacci explicava as regras do cálculo escrito usando
o zero e as nove cifras arábicas, usando a regra posicional (FERREIRA,
2008, p. 45).
13
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
14
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
15
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
haste das centenas e assim por diante… Recomenda-se não relacionar as cores
das argolas com as ordens, pois pode faltar argolas em uma ação ou os alunos
podem vincular a cor à cada haste e, muitas vezes, os ábacos comercializados
vêm com cores diferentes.
16
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
17
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
18
TÓPICO 1 — A GÊNESE DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS E DAS OPERAÇÕES
ferramenta muito útil para trabalhar com adição e subtração com reagru-
pamentos, pois fica claro para o aluno os agrupamentos (ação de colocar a
dezena sobre os algarismos da dezena, por exemplo); no caso da subtração,
os reagrupamentos (conhecido por empréstimos) são mais facilmente com-
preendidos. Existem diferentes modelos, porém o ábaco de pinos permite
tirar as peças e fazer as trocas de maneira mais concreta, possibilitando ao
aluno compreender a formação dos números, uma vez que ao completar 10
unidades, deve trocar por uma peça e colocá-la na haste subsequentemente
à esquerda. Esse instrumento pode ser confeccionado com reaproveitamen-
to de materiais, como caixa de ovo e palitos ou canudos para as hastes, com
caixa de sapatos, pedaços de madeira ou qualquer outro material que a ima-
ginação e criatividade da criança permitir. Os alunos podem ser desafiados
a construir seu próprio ábaco, com antecedência a aula, isso pode valorizar
a aula ainda mais.
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O sistema numérico decimal dos indianos possui dez símbolos distintos (1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0), denominados de algarismos em homenagem a Al-Khwarizmi.
20
AUTOATIVIDADE
a) ( ) F - F - V - V.
b) ( ) F - V - V - V.
c) ( ) V - V - F - F.
d) ( ) V - F - F - V.
21
3 No século XVIII, alguns estudiosos investiram seus esforços no processo de
popularização do algorismo. Leonardo de Pisa, ou Fibonacci, em especial,
apresentou destaque com a publicação da obra Liber abaci (O livro do ábaco).
Com base nas características da obra Liber abaci, assinale a alternativa
CORRETA:
22
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
23
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
24
TÓPICO 2 — CONTEXTO HISTÓRICO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
25
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
26
TÓPICO 2 — CONTEXTO HISTÓRICO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
27
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
FONTE: <http://inep80anos.inep.gov.br/inep80anos/futuro/novas-competencias-da-base-
nacional-comum-curricular-bncc/79>. Acesso em: 10 ago. 2020.
28
TÓPICO 2 — CONTEXTO HISTÓRICO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
29
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
30
TÓPICO 2 — CONTEXTO HISTÓRICO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
31
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
DICAS
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
33
AUTOATIVIDADE
34
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) F - F - V - V.
b) ( ) F - V - V - V.
c) ( ) V - V - F - F.
d) ( ) V - F - V - V.
35
36
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
37
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
38
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
FONTE: <https://giareta.blogspot.com/2011/06/matematica-conteudo-ordens-e-classes.html>.
Acesso em: 10 dez. 2020.
39
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
3.1 ADIÇÃO
A adição consiste na principal entre as quatro operações básicas, sendo
que as demais decorrem dela, em particular a subtração com sutil conexão entre
seus conceitos, que formam um campo denominado de campo conceitual aditivo.
Dessa forma, o trabalho desenvolvido deve considerar esses dois elementos, para
que o aluno compreenda seu conceito.
40
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
Outra forma encontrada diz respeito ao “vai um”, quando o aluno para
efetuar as adições transporta para os pequenos círculos as centenas e dezenas.
Esse tipo de abordagem caracteriza-se numa organização didática tecnicista,
com ênfase no trabalho com a técnica, sustentada por meio de passos isentas da
experimentação e teorização.
41
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
42
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
3.2 SUBTRAÇÃO
Na operação de subtração a dificuldade aparece no momento de efetuar
a adição com reserva, em como preparar o minuendo da subtração, conhecida
como “empresta um”. Diante disso, os livros didáticos apresentam a subtração
sem reservas e depois a com reservas. Houve um período em que os livros traziam
pontinhos para escrever o minuendo “preparado” para a subtração, conhecido
como “empresta um”, ou algoritmo de compensação. Como no exemplo de 35 -17
com a técnica dos pontinhos.
43
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
44
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
unidades cada uma e cinco cubinho de uma unidade, que será retirado as nove
unidades, para isso é necessário trocar uma barra de 10 unidades por 10 cubi-
nhos, somente então conclui-se o cálculo. Observe o exemplo desenvolvido por
Smole (2013, p. 34):
45
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
3.3 MULTIPLICAÇÃO
Com relação à multiplicação há duas ideias principais que envolvem seus
processos, a tabuada e a soma de parcelas repetidas. Sendo que a noção de adição
de parcelas iguais e a multiplicação estão associadas ao raciocínio combinatório.
Ambos interagem na compreensão dos alunos das operações que envolvem a
multiplicação, para que diante de um problema saibam como utilizar seus
conhecimentos (SMOLE, 2013).
46
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
de 8 x 2 = 16, que representa uma dezena e seis unidades, onde o 6 na posição das
unidades e a dezena será guardada para adicionar ao resultado de 8 x 1 dezena
(ou 8 x 10) (SMOLE, 2013).
Smole (2013) afirma que essa técnica difere da anterior porque obedece
a uma posição em que os números deverão ser colocados, como ao efetuar 8 x
1 ocorre 8 vezes uma dezena, e o resultado será em dezena. Tal procedimento
permite que a criança compreenda o significado do “vai um”.
47
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
3.4 DIVISÃO
A divisão por muito tempo foi apresentada como a última operação a
aparecer nos livros didáticos, mesmo que as crianças, no cotidiano já efetuam
divisões de objetos entre sim, antes de ingressarem na escola.
48
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
49
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
sempre menor ou igual ao dividendo, não se divide 3 por 9, por exemplo; e que o
dividendo é igual ao produto do quociente pelo divisor, e o resto é zero, a divisão
será exata, como ocorre na divisão de 12 por 3; ainda se a divisão não for exata, o
resto for diferente de zero, esse deve ser sempre menor que o divisor, por exemplo
7 dividido por 2, dará 3 e tem o resto 1 que é menor do que o 2 (SMOLE, 2013).
50
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
LEITURA COMPLEMENTAR
Para essa aula é necessário que tenham o Material Dourado para trabalhar
em grupo de 2 alunos.
51
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
Você poderá fazer em papel cartão ou papelão para durar mais. Imprima
pelo menos 5 cópias para cada grupo. Você mesmo pode construir o material ou
pedir aos alunos que façam.
53
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
E diga que você precisa fazer essa troca toda vez que isso acontecer.
Professor, essa atividade tem como objetivo fazer com que o aluno
compreenda o agrupamento de valores.
Diga aos alunos a regra principal do jogo: Toda vez que juntar 10 cubinhos
é preciso fazer a troca por uma barra e quando completar 10 barras faz a troca por
uma placa.
54
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
Vence o jogo quem conseguir trocar 10 barras por uma placa ou quantas
placas forem combinadas no início do jogo.
Sugestão: os dois dados servirão para fazer as jogadas. Por que dois?
Para que não demore muito tempo para completar a centena. Se jogar de seis em
seis (apenas um dado) demoraria muito. E também os alunos podem melhorar o
raciocínio automatizando as somas de 1 a 6. Mas, mesmo assim, pode demorar
um determinado tempo considerando que pode haver jogadas de 2 ou 3 pontos
apenas (um dado cair em 1 e outro em 1 também, ou dois). Por isso, sugiro usar
um dado com 12 lados. Assim, o jogo correrá mais rápido. Veja o molde abaixo
para que possa confeccioná-lo:
Você pode montar esse dado em um papel mais grosso, como papel cartão
ou cartolina e depois plastificá-lo antes de montar.
55
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
Peça aos alunos que não juntem suas peças quando alguém do grupo
ganhar o jogo.
Quando o grupo disser que alguém ganhou, distribua uma tabela e peça
que eles completem com os dados finais.
Faça perguntas aos alunos sobre o jogo, que podem ser respondidas
oralmente ou registradas no caderno. Tais como:
56
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
• Representação de números:
• Operação:
126
+232
_____
358
58
TÓPICO 3 — CONCEITOS MATEMÁTICOS SOBRE OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES
Problematizando
Discuta com os alunos que a adição está sempre ligada à ideia de juntar/
acrescentar.
59
UNIDADE 1 — NÚMEROS NATURAIS E AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
60
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
61
• A divisão por muito tempo foi apresentada como a última operação a aparecer
nos livros didáticos, mesmo que as crianças, no cotidiano já efetuam divisões
de objetos entre sim, antes de ingressarem na escola.
• No trabalho com a divisão, assim como nas outras operações, se faz necessário
permitir que os alunos elaborem seus conhecimentos, utilizando dos seus
saberes.
CHAMADA
62
AUTOATIVIDADE
( ) Consiste nas dez dezenas de uma ordem qualquer que formam uma
unidade de ordem imediatamente superior.
( ) Após as ordens, as unidades constitutivas dos números formam grupos
em classes, e cada classe possui três ordens.
( ) Cada ordem apresenta uma denominação especial, idêntica à denominação
das mesmas ordens em outras classes.
( ) Exclusivamente a primeira classe das unidades possui as ordens das
centenas, dezenas e unidades.
a) ( ) V - F - F - V.
b) ( ) V - V - V - F.
c) ( ) F - V - V - F.
d) ( ) F - F - V - V.
63
III- O raciocínio aditivo implica a existência de uma relação fixa entre duas
variáveis, e o raciocínio multiplicativo, da relação parte-todo.
IV- A criança consegue coordenar sua atividade teórica com a contagem, quan-
do se torna capaz de resolver problemas simples de adição e subtração.
64
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, S. M.; PEREIRA A. C. C.; ALVES, V. B. Um estudo preliminar
sobre o ábaco de Gervert do século X como recurso didático para o ensino das
operações aritméticas. Revista ESPACIOS, v. 39, nº 52, 2018.
65
66
UNIDADE 2 —
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
NA CRIANÇA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
67
CHAMADA
68
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
A GÊNESE DO NÚMERO
NA CRIANÇA SEGUNDO
PIAGET
1 INTRODUÇÃO
69
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
NOTA
70
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
71
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
72
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
73
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
74
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
Segundo Piaget e Szeniska (1981, p. 88), “estas razões, que não possuem
nenhum valor para as crianças das fases anteriores, só adquirem, com efeito, sua
significação se a reversibilidade é compreendida e compreendida como fonte da
equivalência”. Ou seja, a intuição perceptiva resulta da reversibilidade progressiva
do pensamento. A percepção é irreversível, mas quando envolve juízos de
relação, as operações reversíveis contribuem na substituição da correspondência
intuitiva por uma correspondência operatória e quantificante. Por fim, assegura a
equivalência necessária das coleções correspondentes.
75
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
76
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
77
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
78
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
uma prancha, de modo que cada uma apresente alteração no comprimento que
sua antecessora. Ainda, dez bengalas de igual tamanho, com progressão menor,
mas correspondendo as dez bonecas. Por último, a técnica requer dez bolas de
massa de modelar, de volumes graduados, representando sacos de montanhas
em relação ao tamanho dos bonecos de madeira (PIAGET; SZEMINSKA, 1981).
79
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
Outro ponto a destacar diz respeito sobre a distinção que a criança faz em
relação às unidades “uma após outra”, com base na observação de que a segunda
estabelece com a primeira uma coleção maior que a primeira sozinha, sendo que
a terceira igualmente o fará com as duas anteriores, uma coleção maior ainda, e
assim segue. Assim, segundo Piaget e Szeminska (1981, p. 178), “[...] é a reunião
de cada elemento aos precedentes que, somente ela, permite definir as categorias,
do mesmo modo que são somente as categorias que diferenciam as unidades, por
outro lado inteiramente equivalentes”.
80
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
Em analogia, entre esses dois processos não poderia haver conexão, são
antagônicos pela ordem lógica ou qualitativa ao qual correspondem. A saber, a
ordenação não se encontra dissociada da seriação qualitativa, nem a cardinação
da construção de totalidades qualificadas, ou das coleções segundo a natureza
81
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
das classes. Em suma, seriar significa distinguir cada elemento enquanto não
equivalente aos outros, ao passo que classificar aponta sobre reunir num todo
uma certa quantidade de elementos de modo equivalente.
• Número cardinal: classe onde seus elementos são concebidos como “unidades”
equivalentes entre si, no entanto distintas, com suas diferenças de tal modo que
se consegue seriar e ordená-las. Resultam de uma abstração da relação que não
altera a natureza de suas operações. Portanto, as ordens possíveis atribuídas a
n termos resultam na mesma soma cardinal n.
• Números ordinais: consistem na série onde os termos são atribuídos por suas
posições respectivas, formam igualmente unidades equivalentes entre si, e são
suscetíveis a serem agrupadas cardinalmente. Resultam numa abstração de
classe, onde um termo finito corresponderá sempre a um conjunto cardinal de n.
82
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
83
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
84
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
85
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
86
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
87
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
88
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
De fato, para que as crianças comparem o todo com uma parte precisam
realizar duas operações mentais simultaneamente, cortar o todo em duas partes e
recolocar as partes unindo para formar um todo. Ação que para Piaget, as crianças
de quatro anos não conseguem realizar. Somente entre seus sete e oito anos de
idade, a maior parte do seu pensamento se flexibiliza o suficiente para entender a
reversabilidade (KAMII, 2012).
89
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
Se por um lado temos quem não aprende, por outro, temos também
quem provavelmente não ensina bem. O professor é considerado um elemento
fundamental na aprendizagem do aluno e como tal, deveria receber uma boa
formação inicial e no exercício profissional ter a oportunidade de participar
de cursos, palestras e similares com vistas à sua permanente atualização e
aperfeiçoamento.
90
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
[...]
91
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
[...]
Procedimentos Metodológicos
92
TÓPICO 1 — A GÊNESE DO NÚMERO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET
[...]
Concluindo
93
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
94
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
95
• A busca por novas respostas advém do questionamento sobre a origem da
composição aditiva das partes num todo, infere no caso do número, dificuldades
as da inclusão das classes componentes numa classe total.
96
AUTOATIVIDADE
97
98
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
99
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
100
TÓPICO 2 — A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DE VYGOTSKY NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
101
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
102
TÓPICO 2 — A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DE VYGOTSKY NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Assim, há quatro períodos com fases etárias que apontam para fatores
biológicos e sua relação com o meio: tenra infância; infância tardia; adolescência
e juventude. A tenra infância compõe o período do nascimento aos seis ou sete
anos, caracterizado pelas funções biológicas determinadas sobretudo na alimen-
tação, que incide no comportamento. A criança reage as interações estimuladas
pela família, como nas brincadeiras e, dessa forma, se familiariza como meio.
Na brincadeira, a criança exercita e aprende a orientar os principais órgãos de
percepção e movimento. De modo geral, os familiares e o meio influenciam no
comportamento da criança, sendo que ela própria começa a agir sobre si mesma.
Um salto brusco nesta fase seria a perda dos dentes de leite, em que a criança ao
modificar a alimentação, altera a sua relação com o meio.
A infância tardia dos sete aos treze ou quatorze anos, a criança se encontra
numa relação direta com o meio, adquire as habilidades observadas dos adultos,
que permite um estreitamento na relação com o meio. Essa fase termina com a
maturação do corpo, na transformação dos corpos com características próprias
de cada sexo. A criança deixa o corpo infantil e inicia o processo de se acostumar
com o novo corpo. Tais transformações apontam para o primeiro conflito com o
meio, desencadeado pelas explosões hormonais no corpo que são reprimidos, o
que causa conflitos interiores na criança.
103
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
O meio nada mais significa que as relações que ocorrem entre os indivíduos,
não como algo exterior, mas impulsionado e conduzido por si mesmo, na relação
com o outro. Em suma, o desenvolvimento do comportamento humano depende
das condições históricas e sociais da sociedade em que o indivíduo se encontra. O
mesmo se dá para o desenvolvimento da criança, submetida aos meios sociais de
pensamento, da linguagem de um determinado grupo social.
104
TÓPICO 2 — A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DE VYGOTSKY NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
105
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
106
TÓPICO 2 — A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DE VYGOTSKY NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
108
TÓPICO 2 — A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DE VYGOTSKY NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
109
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
DICAS
111
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Há quatro períodos com fases etárias que apontam para fatores biológicos e sua
relação com o meio: tenra infância; infância tardia; adolescência e juventude.
• A infância tardia dos sete aos treze ou quatorze anos, a criança se encontra
numa relação direta com o meio, adquire as habilidades observadas dos
adultos, que permite um estreitamento na relação com o meio.
• A fase da adolescência dos treze aos dezoito anos, compõe uma época que o
indivíduo estabelece relações com o meio, e ocorre inclusive, o desenvolvimento
total do peso no cérebro.
112
• Os conceitos espontâneos se desenvolvem com a ajuda dos adultos, na medida
que a criança aprende sobre o meio que a cerca.
113
AUTOATIVIDADE
1 Lev Semenoitch Vygotsky, psicólogo russo, elaborou sua teoria tendo por
base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo
sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem
nesse desenvolvimento. Esse pressuposto teórico, conhecido como Teoria
Histórico-Cultural, apresenta como questão central a apropriação de
conhecimentos pela interação do sujeito como o contexto social. Com base
nos pressupostos da teoria vygotskyana, analise as sentenças a seguir:
114
A psicopedagoga após ouvir o relato da professora organiza o plano de
intervenção com a turma. Contudo, alguns questionamentos surgem após a
conversa com a professora. Qual a metodologia que a professora utiliza para
o ensino da matemática com a turma? A professora valoriza os conhecimentos
prévios dos alunos a respeito do uso das operações de multiplicação e divisão
em seu cotidiano? Como a professora poderia trabalhar para conseguir
desenvolver nos alunos o aprendizado significativo da matemática?
115
116
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Outro ponto que destacamos ao longo dos estudos deste tópico seria no
uso dos jogos nas intervenções psicopedagógicas, relacionado a resolução de
situação-problema. Em conformidade com a BNCC (BRASIL, 2018) que infere
sobre o aprendizado significativo e orientado para que o indivíduo consiga
aplicar no seu cotidiano os conhecimentos aprendidos.
117
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
118
TÓPICO 3 — O JOGO COMO RECURSO DE APRENDIZADO
119
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
120
TÓPICO 3 — O JOGO COMO RECURSO DE APRENDIZADO
121
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
5 JOGOS MATEMÁTICOS
Prezado acadêmico, deixaremos algumas sugestões de jogos para serem
utilizados em atividades de intervenção psicopedagógica, em turmas dos anos
iniciais do Ensino Fundamental. A ideia seria em apresentar algumas ideias com
a finalidade de enriquecer seus estudos, e oferecer suporte prático após o contexto
teórico referente ao uso dos jogos, apresentado nesse tópico. As sugestões foram
retiradas da obra Jogos e brincadeiras para sala de aula de Shana Conzatti (2019).
122
TÓPICO 3 — O JOGO COMO RECURSO DE APRENDIZADO
Material: nenhum.
123
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
Outra variação seria entregar um cordão maior para cada dupla. Cada
criança tem que segurar em uma ponta, e devem construir a forma geométrica
solicitada em conjunto sem soltarem as pontas. Dessa forma, trabalham a
cooperação, capacidade de comunicação e estratégia de execução.
Material: nenhum.
Desafie uma criança por vez a falar uma sequência de números sem
cometer erros. Cada vez que o número a ser falado é o resultado do multiplicador
do número combinado a criança deve dizer “PIM” ao invés do número. Por
exemplo: se o combinado é a tabuada do 3, a criança dizer: 1, 2, PIM, 4, 5, PIM, e
assim por diante.
124
TÓPICO 3 — O JOGO COMO RECURSO DE APRENDIZADO
A criança inicia o jogo fora do tecido, ao jogar o dado deve pular para a
forma geométrica indicada no dado. Assim, avança no tecido conforme as formas
geométricas que aparecem no dado após ser lançado, até chegar ao final. Cada
vez que a criança jogar o dado o adulto reforça o nome daquela forma geométrica
e as cores, caso tenha feito colorido.
125
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
Mas, será que esses objetivos têm sido atingidos? Dados de avaliações
oficiais mostram que boa parte de nossas crianças concluem o ensino fundamental
com conhecimentos matemáticos aquém do esperado e, ainda, que tem havido
decréscimo na média de proficiência em matemática com o passar dos anos.
Apesar disso, pode-se dizer que há pouca discussão sobre esse tema e
raramente há a preocupação de encaminhar crianças com dificuldades para
avaliação e intervenção especializada. No Laboratório de Distúrbio, Dificuldade
de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE) da Faculdade de
Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas, por exemplo,
dificilmente chegam crianças com queixa específica de dificuldade de matemática,
já as relacionadas à leitura e escrita são frequentes. Depreende-se, então, que é
mais aceitável ter dificuldade na matemática do que na leitura e escrita.
126
TÓPICO 3 — O JOGO COMO RECURSO DE APRENDIZADO
MÉTODO
127
UNIDADE 2 — CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CRIANÇA
Após essa primeira etapa, uma das autoras entrou em contato com
uma escola estadual da Região Metropolitana de Campinas/SP e solicitou que
o THM fosse aplicado em uma das salas do 5º ano do ensino fundamental.
Uma vez aprovado e indicada uma sala de aula, os pais foram contatados,
informados sobre o teor da pesquisa e aqueles que autorizaram seus filhos
a fazer o THM assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
129
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
130
• O jogo de regras apresenta como objetivo a resolução de uma situação-
problema, que deverá ser atendida pelo jogador respeitando um conjunto de
normas pré-definidas, para que alcance o resultado, vencer o jogo.
CHAMADA
131
AUTOATIVIDADE
132
atuação dos seis alunos em sala de aula que apresentam dificuldades na
resolução das atividades. Como não conseguem realizar adequadamente
os exercícios ocupam seu tempo com conversas paralelas e brincadeiras
desconectadas com o assunto, o que resulta em tumulto na turma.
Descreva como você, acadêmico, procederia nessa situação com o uso dos
jogos na intervenção psicopedagógica com os seis alunos indicados pela
professora.
133
REFERÊNCIAS
ANTUNES, C. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, educar e
ouvir. Petrópolis: Vozes, 2017.
CONZATTI, S. Jogos e brincadeiras para sala de aula. Brasil: e-book Kindle, 2019.
134
UNIDADE 3 —
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE
INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
135
CHAMADA
136
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
137
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
138
TÓPICO 1 — CLASSIFICAÇÃO DAS DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA
140
TÓPICO 1 — CLASSIFICAÇÃO DAS DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA
4 ACALCULIA
A primeira descrição de acalculia foi no início do século XX, em 1908.
Anos mais tarde, o neurologista sueco Salomon Eberhard Henschen apresentou
termo acalculia na comunidade científica, com base em estudos de 305 casos. O
estudioso Cohn em 1961 também descreveu uma sequência de oito casos com
variadas etiologias, como tumor cerebral, alergia a um anestésico, perfuração por
arma de fogo, acidente cerebral e outros. Em suma, todos os casos apresentavam
pessoas com capacidade de aprender conhecimentos matemáticos. Contudo,
após as lesões cerebrais passaram a apresentar a acalculia.
141
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
5 DISCALCULIA
Os primeiros estudiosos que utilizaram o termo discalculia do
desenvolvimento foram Robert Cohn e Ladislav Kose, em publicações nos anos
de 1978 em Bethesda, e em 1974 em Bratislava. Atualmente, nas publicações
internacionais predomina a expressão “transtorno de aprendizagem da
matemática”. No Brasil, é adotado nos laudos médicos a nomenclatura indicada
no CID-10, como referencial oficial para esta finalidade: Transtorno Específico da
Habilidade em Aritmética - F81.2. De acordo com Santos (2017),
142
TÓPICO 1 — CLASSIFICAÇÃO DAS DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA
143
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
144
TÓPICO 1 — CLASSIFICAÇÃO DAS DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA
145
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
1 A partir dos anos 1980 houve avanços nos estudos sobre as dificuldades
de aprendizagem, com um significativo desenvolvimento em relação
ao diagnóstico e às intervenções. Igualmente, a respeito da concepção
de homogeneidade dos casos, que passou a considerar as singulares no
processo de aprendizagem. Com base nas características que conceituam
as dificuldades de aprendizagem, analise as sentenças a seguir:
147
a) ( ) V - V - V - F.
b) ( ) F - V - F - V.
c) ( ) V - F - V - F.
d) ( ) F - F - V - V.
148
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, conheceremos alguns testes que podem ser utilizados para
organizar o diagnóstico da criança, como a Escala de Inteligência Weschler para
crianças (WISC-III), teste de transcodificação, subteste de aritmética, bateria para
avaliação do tratamento dos números e do cálculo para crianças pré-escolares
(ZAREKI-R) e a prova de aritmética. O texto revela que alguns desses textos se
encontram adaptados a realidade brasileira, adaptados por estudiosos da área,
em pesquisas sobre seu uso nas intervenções psicopedagógicas.
149
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
2.1 ANANMESE
A principal característica da anamnese seria em investigar como as
aprendizagens do indivíduo ocorreram, isso engloba desde as aprendizagens
primitivas como o controle dos esfíncteres até as aprendizagens formais escolares.
Dessa forma, a anamnese pode ocorrer em um único encontro, como também
necessitar de outros agendamentos, conforme a necessidade (AVILA, 2017).
150
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
151
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
152
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
153
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
154
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
FONTE: <https://blog.psiqueasy.com.br/2017/09/12/links-de-testes-psicopedagogicos-
diversificados/>. Acesso em: 10 fev. 2021.
155
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
DICAS
FONTE: <https://www.pearsonclinical.com.br/escala-wechsler-abreviada-de-inteligencia-
wasi-manual.html>. Acesso em: 10 fev. 2021.
157
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
• Erros léxicos: quando um elemento léxico será substituído por outro. Surge
relacionada a déficits no léxico numérico ou no acesso a eles. Exemplo: número
19 a criança escreve 15, ou número 246 a criança lê 245.
158
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
159
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
160
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
161
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
162
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
DICAS
• Competência aritmética.
• Escrita por extenso de números apresentados algebricamente e a sua escrita
após ditado verbalizado.
• Escrita de sequências numéricas crescente e descrescente.
• Comparação de grandeza numérica.
• Cálculo de operações apresentadas por escrito e oralmente.
• Resolução de problemas matemáticos.
De acordo com Avila (2017), a Prova Aritmética pode ser aplicada indivi-
dualmente ou em uma turma com crianças de 6 a 11 anos de idade, e com base na
análise do escore com total de 58 pontos e os tipos de erros, permite a avaliação
sobre quais habilidades matemáticas podem estar prejudicadas.
163
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
DICAS
Mais detalhes sobre a Prova Aritmética, você encontra na obra Teoria e Pesquisa
em Avaliação Neuropsicológica. Acesse e amplie seus conhecimentos!
FONTE: <https://memnon.com.br/produto/teoria-e-pesquisa-em-avaliacao-
neuropsicologica/>. Acesso em: 10 fev. 2021.
164
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
165
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
166
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
DICAS
Esse jogo pode ser organizado em outro formato. Confira o vídeo que explica
sua construção e o modo de jogar! Acesse o endereço: https://www.youtube.com/
watch?v=61ytBPUy9fg.
167
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
169
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
ou dos resultados, caso não lhe sirvam, deverá colocá-los no final de cada monte.
Depois, será a vez do próximo jogador e assim sucessivamente. O jogo termina
quando um dos jogadores completar os pares de seus quatro corações.
170
TÓPICO 2 — DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA DISCALCULIA
171
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
172
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O modelo do Código Triplo aponta os códigos internos que são utilizados para
a realização das operações numéricas.
173
• A atuação do Psicopedagogo Institucional auxilia na elaboração das ações
pedagógicas que despertem a curiosidade e o interesse, o que facilita a inclusão
dos alunos com dificuldades de aprendizagem em matemática.
174
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V - V - V- F.
b) ( ) F - V - V- V.
c) ( ) V - F - V- F.
d) ( ) F - F - V - V.
175
3 O diagnóstico pode ser entendido como um processo de investigação da
não aprendizagem do indivíduo, sendo que o psicopedagogo utiliza de
instrumentos específicos que permite investigar, analisar e diagnosticar.
Com base nas características da anamnese, assinale a alternativa CORRETA:
176
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA
CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
1 INTRODUÇÃO
177
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
178
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
179
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
180
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
182
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
183
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
184
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
185
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
DICAS
Para aplicar as provas piagetianas você precisará ter o material correto para sua
aplicação. Há disponível para a venda as maletas com os materiais que servem para a sua
aplicação, ou poderá confeccionar com base nos estudos realizados na Unidade 2.
186
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
187
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
188
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
8 Você oferta cursos para professores certo? Qual seria o principal motivo
dos professores realizarem os cursos na área dos jogos de matemática.
R.: O curso que ofereço é para professores, psicopedagogos, pais, psicólogos,
todos que se interessarem. Os profissionais que mais procuram o curso são
os psicopedagogos, pois o curso ensina a desenvolver o raciocínio lógico, o
cálculo mental através de jogos. E os psicopedagogos recebem muitos pa-
cientes com dificuldade na matemática. O curso dá todos os recursos para
desenvolver as habilidades matemáticas. Os professores que procuram o
curso querem aperfeiçoar suas aulas de matemática, querem aprender a en-
sinar a matemática. Muitas vezes eles não gostam da matemática e apren-
dem a gostar, para ensinar.
CHAMADA
189
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
DICAS
190
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
191
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
192
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
Jogos e brincadeiras
193
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
194
TÓPICO 3 — INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS NA CONSTRUÇÃO LÓGICO-MATEMÁTICA
Método Montessoriano
195
UNIDADE 3 — TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA E ATIVIDADES DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
196
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
197
• O trabalho do psicopedagogo deverá considerar a criança em seu desenvolvi-
mento integral, observando as situações que permeiam seu cotidiano, tanto na
escola como em sua vida particular.
CHAMADA
198
AUTOATIVIDADE
( ) Apresentação do material.
( ) Testes com operações matemáticas com o uso do material dourado.
( ) Indagação do vocabulário do entrevistador.
( ) Delimitação da intencionalidade da prova.
199
a) ( ) V - V - V - F.
b) ( ) F - V - F - V.
c) ( ) V - F - V - V.
d) ( ) F - F - V - V.
200
REFERÊNCIAS
AVILA, L. A. B. Avaliação e intervenções psicopedagógicas em crianças com
indícios de Discalculia. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação
em Educação em Ciências e Matemática, PUCRS, Rio Grande do Sul, p. 280, 2017.
201