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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HENRIQUE MAGALHAES DE CARVALHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo,

protocolado em 13/05/2022 às 17:45 , sob o número 10482983120228260100.


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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DE UMA DAS VARAS
CÍVEIS DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFCA959.
KAIO VICTOR DIAS ALVES, brasileiro, casado, criador de conteúdo digital, devidamente
inscrito no CPF sob o n.º: 052.049.421-06 e RG sob o n.º: 2880493-7, Nascido em: 11/08/2003, filho
de Jandir Alves do Nascimento e Marly Gregório Dias, residente e domiciliado(a) na Rua dos Patriotas,
nº 40, São José Operário, Juína - MT, CEP: 78320-000, vem por seus Advogados, a presença de
Vossa Excelência, interpor AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA em face de FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA, inscrito no CNPJ
13.347.016/0001-17, com sede na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, nº 700, 5º andar, CEP
04542-000, São Paulo-SP, com suporte no art. 303 do Código de Processo Civil; no Código de Defesa
do Consumidor; no Marco Civil da Internet; na Lei Geral de Proteção de Dados e, em especial, no
disposto no art. 5º, IX, da Constituição Federal à vista das motivações fáticas que passa a expender:

O Demandante é criador de conteúdo digital, e possui junto a plataforma Instagram, dois


perfis de conteúdo de humorístico e de notícias, sendo eles: @mulheresemtpm com 942.000
novecentos e quarenta e dois mil) seguidores e @engracadinhabr com 568.000 (quinhentos e
sessenta e oito mil) seguidores.

Importante ressaltar que seus perfis junto a plataforma Instagram são sua única fonte de
renda e de sua família atualmente.

Conforme abaixo comprovado os perfis denominados: @mulheresemtpm e


@engracadinhabr, pertencem ao Demandante.

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFCA959.
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Conforme narrado anteriormente, o Instagram é a principal fonte de renda do Autor, e este
SEQUER foi cientificado/notificado da motivação da suspensão/bloqueio de seus 2 (dois) perfis junto a
plataforma, pois todas as tentativas de recuperação das contas fornecidas pelo Demandado restaram
infrutíferas.

A Lei Geral de Proteção de Dados não foi respeitada, não foi informado o motivo da
suspensão/bloqueio das contas, sendo os perfis do Autor desconectados da plataforma sem qualquer
direito a defesa.

Ocorre, que o Autor fora abruptamente desconectado da plataforma e posteriormente se


deparou com seguinte mensagem:

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Após receber a mensagem acima, o Demandante seguiu todos os passos indicados pelo
tópico de ajuda da plataforma, preencheu formulários, e enviou as selfies abaixo como forma de
comprovar sua identidade, porém todas estas tentativas restaram infrutíferas.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFCA959.
As contas do Autor foram simplesmente desconectadas e este ao tentar entrar em seus perfis
@mulheresemtpm e @engracadinhabr, após efetuar os procedimentos anteriores a plataforma
passou a lhe retornar a seguinte mensagem: “Nenhum usuário encontrado”, conforme abaixo
comprovado:

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A principal fonte de renda, marketing e divulgação do Demandante são seus perfis junto a
plataforma Instagram conhecidos como @mulheresemtpm e @engracadinhabr, onde estes contem
suas publicações, faz sua renda, atraem contratos de publicidade, além de manter contato com seus
grupos, onde publica frequentemente seus conteúdos seja de família, humor, enquetes de perguntas
e respostas, vídeos engraçados, notícias, sendo que todo este conteúdo se encontra de acordo com
as regras da plataforma.

O Instagram é a principal fonte de divulgação do Demandante, que com muita luta e trabalho
fez seus perfis denominados: @mulheresemtpm e @engracadinhabr, alcançarem milhares de
seguidores, porém, sofre com a arbitrariedade praticada pela plataforma, que suspendeu/bloqueou suas
contas sem SEQUER mencionar a suposta violação ao termo de uso, não realizando qualquer
notificação, e não oportunizando qualquer direito a defesa.

Na plataforma Instagram, o Autor até o ocorrência da abrupta suspensão de sua conta, sem
qualquer aviso, realizou diversas publicações patrocinadas ao longo de sua trajetória, carreira, fechou
diversos contratos de propaganda, realizando inclusive lives, conquanto a carreira de influenciador
passou a ser sua principal fonte de renda e, como ocorre com todos que atuam com entretenimento
nessa seara, a plataforma passou a ser um canal primordial de divulgação e interação com o seu
público-alvo, propagandas de lojas, produtos e serviços, onde é, ao mesmo tempo, consumidor,
produtor de conteúdo e parceiro.

O Autor tentou de todas as formas recuperar acesso a sua conta, através das opções
disponibilizadas pelo suporte da plataforma, tentou recuperar senha, tentou todos os procedimentos
para conta suspensa, porém todas estas tentativas restaram infrutíferas, e até a presente data não
obteve SEQUER resposta dos contatos e relatos enviados ao suporte desta.
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Diante do dever de informação, caberia a plataforma apontar de forma clara a violação ao termo
supostamente ocorrida e posteriormente oportunizar o direito à defesa, porem nada disso ocorreu.

Ocorre que o Instagram SEM qualquer aviso prévio, suspendeu completamente o acesso
aos perfis @mulheresemtpm e @engracadinhabr, e o Autor desde então vem tentando de maneira

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administrativa, porém sem nenhum sucesso recuperar seu acesso a esta, reiterando-se mais uma vez,
que ocorreu a suspensão do acesso sem qualquer notificação, explicação, fundamento, inobservando
por completo o direito ao contraditório e ampla defesa, ressaltando-se que o Autor tem certeza absoluta
que NÃO infringiu qualquer regra da plataforma.

O Autor tentou de todas as formas, pelo suporte disponibilizado pela plataforma, recuperar
senha, tentou o procedimento de conta suspensa, porém, até a presente data não teve sequer resposta
do suporte, mostrando um total desrespeito e desídia com o Autor da presente ação.

Além de todos procedimentos, trocar, a senha solicitar analise, o Autor por inúmeras vezes
preencheu o formulário de encaminhou seu pedido através deste link disponibilizado pelo Demandado:
https://m.facebook.com/help/contact/606967319425038?_rdc=1&_rdr

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Sendo até bloqueada sua solicitação de tantas foram suas tentativas:

Claramente acima demostrado a total interação dos seus fãs com o Autor da ação que atinge
milhares de pessoas diariamente com seu conteúdo humorístico, de sua vida pessoal, de suas viagens
do seu dia a dia.

Desde a queda do seu Instagram o Demandante, vem tentando resolver administrativamente,


fazendo solicitações, de troca, de senha, formulários, aguardou os prazos solicitados pela plataforma,
mesmo esgotados os prazos e tentado inúmeras vezes, e de todas as formas resolver
administrativamente não teve seu perfil reativado.

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Assim sua conta CONTINUA suspensa\bloqueada, sem o Demandante conseguir
acessa-la, razão pela qual esta efetuou as devidas reclamações e enviou a notificação extrajudicial em
anexo.

Até a presente data não obteve qualquer resposta, estando prejudicado perdendo
a única e principal fonte de renda, posto que seus perfis são a maior fonte de renda e divulgação do

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trabalho do Autor.

Sendo necessário ressaltar que todas as ferramentas de recuperação de conta foram


utilizadas, através dos links de esqueci minha senha, requerendo a troca de senha seja por telefone
ou e-mail, porém TODAS sem qualquer resposta.

1º Configurações, 2º Ajuda, 3º Relatar um Problema, 4º Algo não Está Funcionando,


Assim abrindo a reclamação no próprio Instagram e nada funcionando
Não tendo qualquer resposta, até a presente data e a conta continua desativada.

DO MÉRITO

Excelência, não houve justificativa clara quanto ao motivo das suspensões, restrições e
banimentos dos perfis do Autora pela plataforma, conquanto a Autora sempre seguiu as regras
estabelecidas e se orienta pelos subprincípios da boa-fé, jamais publicando postagens que possam
ser consideradas em desacordo com as diretrizes da rede.

Por outro lado, a falta de clareza nas informações com o banimento de sua conta pessoal sem
possibilidade de diálogo prévio, por si só já seria problemático à conta da evidente hipervulnerabilidade
do consumidor.

Fere o princípio constitucional do Contraditório e ampla defesa, o princípio da não surpresa.

In casu, não há a opção de resposta prévia à desativação da conta, o que se afigura em


conflito com o preconizado pelo Código de Defesa do Consumidor.

Conforme se observa nos Termos de Uso e Política do Instagram, a desativação de conta é


possível, mas, só se o usuário violar grave ou continuamente os termos, mesmo que por segurança
caberia somente reativar com a prova que foi o autor não sendo o que ocorreu no caso em tela.

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A desativação sem apuração prévia e sem direito de defesa atende, apenas, aos interesses
do Instagram, que busca se proteger de processos judiciais caso demore a remover conteúdo
inapropriado.

É o verdadeiro "in dubio, retire-se do ar". Logo, uma única ofensa é incapaz de violar os termos
de uso. Pelo contrário, o que se observa logo, uma única ofensa é incapaz de violar os termos de uso.

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Pelo contrário, o que se observa é que a empresa ré violou o seu próprio contrato de adesão. Trata-
se de conduta abusiva e arbitrária, que viola o teor do art. 6, IV, CDC.

Com o advento da sociedade da informação, é inegável o quanto as plataformas e suas


aplicações são essenciais na vida daqueles que usam a Internet. Contudo, “o sucesso dos aplicativos
só foi possível graças ao desenvolvimento da Web 2.0 e da consequente consolidação do Capitalismo
de Plataforma, que por sua vez estabeleceu um modelo extremamente competitivo, homogêneo e
monopolista entre as empresas de tecnologia. ”

Os meios digitais oferecem enorme poder às empresas, que detém quase que o monopólio
das publicações na rede. Deve haver EQUILÍBRIO nessa relação jurídica, sob pena de criarmos uma
arbitrariedade privada semelhante aos regimes absolutistas no mundo virtual.

Fato que corre um processo público e notoriamente conhecido nos Estados Unidos a qual 48
Estados pedem que o Facebook venda o Instagram e o WhatsApp devido ao monopólio quase absoluto
das maiores redes sociais.

O devido processo legal deve ser respeitado, com garantia ao contraditório e ampla defesa.
Não existe penalidade sem observância dessas garantias - e a total indiferença das plataformas, que
não interagem com o autor, encaminhando-lhe respostas padrão - denota o total descomprometimento
do Instagram com a justiça na rede e se constituem em inaceitável demonstração de poder.

Essa interpretação é confirmada pelo Marco Civil da Internet, o qual, em seu art. 20, exige a
prévia comunicação, bem como o exercício dessas faculdades, para a legalidade da conduta do
prestador.
Assim, a exclusão das redes sociais deve:

(1) indicar claramente qual seria o termo de conduta violado;


(2) conceder direito de defesa, antes ou após a restrição, se houver urgência;
(3) ser proporcional e derivar da reiteração nas condutas, com alertas prévios à exclusão, pois
a reiteração é necessária para que o autor da ofensa promova a adequação do seu comportamento,
ou seja, é corolário da boa-fé nesta relação;

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(4) finalmente, enquanto aplicável o CDC, tanto a aplicação da penalidade quanto a postura
do Facebook após o autor reiteradamente buscar esclarecimentos mostram o quanto a plataforma
ignora o apelo dos consumidores, em atitude que merece ampla reprimenda.

Também diante de violações graves a direitos fundamentais e inconformidade à recente Lei


Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ademais, tais práticas representam um alerta ao terreno obscuro

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ao regime democrático diante da influência destes monopólios de poder, quando direitos são
desrespeitados por violações diretas, com os banimentos, mas também indiretas, como pelas práticas
de “Shadowban”.

NATUREZA CONSUMERISTA DA PRESENTE RELAÇÃO JURÍDICO-SUBJETIVA

A relação jurídica aqui tutelada trata-se de relação de consumo, conforme é o entendimento


já pacificado pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça (STJ), de que as empresas que administram
as redes sociais se enquadram no conceito de fornecedor trazido pelo CDC, eis que oferecem a
prestação de um serviço, que é remunerado pela publicidade existente em seu espaço, a qual é
destinada aos seus usuários (STJ, REsp 13964417/MG).

Nesta senda, as cortes pátrias já firmaram entendimento acerca da matéria:

“CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA SUSCITADO POR CÂMARA CÍVEL


ESPECIALIZADA. PROVEDOR DE CONTEÚDO. FACEBOOK. MENSAGENS
OFENSIVAS. RELAÇÃO CONSUMERISTA. O Facebook é um site que presta o serviço
de rede social, permitindo que os usuários conversem entre si e compartilhem
mensagens, links, vídeos e fotografias. Neste sentido, como bem observado pelo
Ministério Público, a relação jurídica firmada entre o prestador do serviço e o
usuário pode ser qualificada como de consumo, já que preenchidos os requisitos
previstos nos artigos 2º e 3º, do Código de Defesa do Consumidor. Frisa-se que
há claro posicionamento do Superior Tribunal de Justiça de que a legislação
consumerista é aplicável aos serviços prestados em sítio eletrônico. Ao oferecer um
serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua
opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que,
após notificado sobre os acontecimentos, não mais ocorram lesões aos usuários
ou a terceiros, que poderão ser equiparados aos consumidores que se utilizam
diretamente do serviço. Resolve-se o conflito para declarar a competência da Câmara
Suscitante, 25ª Câmara Cível, para julgar o referido agravo de instrumento. ”(TJRJ, CC:
0043027-43.2014.8.19.0000, Rel. DES. MARIA AUGUSTAVAZ, Data de Julgamento:
27/10/2014, Data de Publicação:05/11/2014). (Grifo nosso).

“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONSUMIDOR.
CONDUTA ILÍCITA DO FACEBOOK NÃO COMPROVADA. DANOS MORAIS NÃO
CARACTERIZADOS. SENTENÇA MANTIDA. Código de Defesa do Consumidor.
Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor às relações como a dos autos. Danos
morais. Não configurados. Para se fazer jus à reparação por dano moral não basta
alegar prejuízos aleatórios ou em potencial, é necessária a comprovação do dano
efetivo sofrido pela parte. Demandante não logrou provar fato constitutivo de seu
direito, nos termos do art. 373, inc. I, do CPC/2015, não havendo comprovação de que
a situação vivenciada ultrapassou a esfera do mero dissabor diário a que todos
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estamos sujeitos. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME”. (TJ/RS - AC:
70077198281 RS, relator: Giovanni Conti, data de julgamento: 24/5/2018, décima
sétima Câmara Cível, data de publicação: Diário da Justiça do dia 30/5/2018)

O acesso gratuito dos usuários a plataforma é conveniente para a obtenção de vantagem


econômica e lucros por parte da empresa, pois é através da grande quantidade de usuários que vende
anúncios na plataforma para outras empresas e mesmo para usuários que queiram, já que existe a

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opção de promover publicações. Deste modo, esta dinâmica de prestação de serviços caracteriza uma
relação de consumo.

Superada a questão incontroversa da caracterização da relação de consumo, percebe-se,


ainda, aplicação direta ao caso de relevantes feixes jurídico-dogmáticos de proteção jus fundamental
que operam em favor do Direito do requerente, com especial destaque aos dois dispositivos que se
permite transcrever a seguir, ipsis litteris:

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços,
com especificação correta de quantidade, características, composição,
qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência
de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

O uso do Instagram pela parte Autora trata-se de relação contratual pautada sob as condições
previstas nos Termos de Uso, como conhecido. Neste termo, constam expressamente as regras que
devem ser observadas pelas partes.

Ciente disso, máxime por sua atividade econômica ser exercida de modo indissociável ao seu
posicionamento nas redes sociais, o Promovente, em hipótese alguma, deixou de observar as regras
e condições estabelecidas, fato que demonstra pela análise de seu perfil antes de ser deletado.

É imprescindível lembrar que, conforme o algoritmo da plataforma, as páginas têm prioridade


e destaque de acordo com a frequência de publicação.

Sendo que a suspensão da conta por questão de horas gera um prejuízo inestimável ao Autor.
Até porque trata-se de um cancelamento unilateral do contrato, sem qualquer prova de
descumprimento por parte do Autor, evidenciando a ilicitude da conduta da Ré.

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De mais a mais, à vista de todos os episódios de “desplataformização” de usuários (vide o
célebre caso do ex-presidente Donald Trump), as redes precisam adotar um sistema de aviso prévio
com opção de resposta e, dentro do possível, direito de defesa do consumidor/titular de dados
pessoais/cidadão.

Se qualquer fornecedor de produtos e serviços “tradicionais” precisa dar assistência acessível

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ao consumidor, por que seria diferente esta cobrança para uma companhia que apresenta um dos
maiores capitais, em termos de valor de mercado, do globo, considerada uma das principais “big techs”
de toda história.

Diante do aqui exposto, requer seja reconhecida a relação de consumo sob exame, com
facilitação dos meios de defesa em favor do Requerente, inclusive com a inversão do ônus da prova,
nos termos da legislação de regência.

DA VIOLAÇÃO À LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS

Ainda bastante recente em nossa legislação, a LGPD (Lei 13.709, de 2018) vem promovendo
uma robusta mudança de paradigmas no que toca ao grau de proteção dos dados dos titulares, ao
instituir, em seu art. 2º, com um de seus fundamentos – o direito à autodeterminação informativa.
Especialmente diante de um cenário de uso massivo de dados pessoais (“Big Data”), sem observância
aos interesses legítimos do cidadão, em uma relação essencialmente econômica, como é a praticada
pelo Instagram/Facebook

“Art. 5º Inciso X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as
que se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento,
armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação,
comunicação, transferência, difusão ou extração; ”
(...)
Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de decisões tomadas
unicamente com base em tratamento automatizado de dados pessoais que afetem
seus interesses, incluídas as decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal,
profissional, de consumo e de crédito ou os aspectos de sua personalidade. (Redação
dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas, informações claras e
adequadas a respeito dos critérios e dos procedimentos utilizados para a decisão
automatizada, observados os segredos comercial e industrial.
§ 2º Em caso de não oferecimento de informações de que trata o § 1º deste artigo
baseado na observância de segredo comercial e industrial, a autoridade nacional
poderá realizar auditoria para verificação de aspectos discriminatórios em tratamento
automatizado de dados pessoais.

Portanto, Excelência, a Ré incorre, em tese, em condutas totalmente incompatíveis com o que


preconiza a LGPD, ao tornar indisponíveis dados pessoais contidos nos perfis desativados e, mesmo
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negar informações circunstanciadas sobre operações resultantes de operação de tratamento de dados,
com controle da informação e, ainda, sem fornecer informações claras e adequadas a respeito de
decisões automatizadas.

Relevante frisar que o Autor, assim como ocorre milhões de outros usuários, costuma produzir
arte criativa em tempo real, com edição diretamente no aplicativo, por meio das ferramentas

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disponibilizada pela plataforma (v.g. “Reels”,“Stories”, “Destaques” etc) – daí o nome do serviço,
“Instagram”. Ao perder o acesso aos seus perfis, fica praticamente alijado de utilizar seus próprios
dados, incluindo-se aí, mensagens, comentários e outras interações com seu público, inclusive fã-
clubes, e, ainda, patrocinadores e clientes.

O fato de não possuir qualquer informação clara sobre como, quando e porque foi considerado
em desconformidade com os termos de uso da plataforma, nem a extensão das restrições impostas e,
ainda, dos prazos de reativação dos perfis ou restauração das publicações removidas, vulnera,
fundamentalmente, o direito de autodeterminação do Autor em relação aos seus dados pessoais
conquanto restam comprometidas a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade de suas
informações privadas.

VIOLAÇÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Por fim, mas não menos importante, é preciso ressaltar que a exclusão do perfil da autora,
demonstra evidente menoscabo de seus direitos enquanto cidadão e figura pública, que obtém seu
sustento por meio da nova economia digital.

Como cediço, a Constituição Federal garante o direito ao exercício da cidadania pautado


fundamentalmente nos princípios da isonomia e na liberdade, sendo importante para a interpretação
do caso em concreto a consideração dos seguintes incisos de seu artigo 5º:

“V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização


por dano material, moral ou à imagem;
(...)
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;”

A carreira de “influenciador(a) digital, blogueiro(a)” ou “digital influencer” é considerada uma


das mais promissoras, à vista da mudança no fluxo de atenção do público em relação à oferta de
entretenimento para novos formatos dinâmicos potencializado pelas redes digitais, em detrimento do
modelo midiático centralizado em grandes grupos econômicos.

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Dito de outra forma: a audiência migrou da TV para a telinha do celular; da Rede Globo para
o YouTube, Instagram, TikTok, Kwai e outras redes sociais. Consome conteúdo do Facebook, blogs e
kindle. A informação na sociedade digital mudou seu centro de gravidade de modo radical

A carreira de influenciador é consolidada pela presença diária nas redes, gerando


engajamento e compartilhamentos e tal crescimento abre portas para diversas parcerias e

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contratações por empresas, tanto para publicidade, quanto para trabalhos diversos, oportunidades que
estão sendo perdidas diante da censura constante realizada pela rede, impedindo de modo
discriminatório o uso da plataforma.

Da mesma forma, o exercício da cidadania é afetado, visto que este inclui a participação do
indivíduo na sociedade de forma integrada, incluindo como consumidor, pois a plataforma frustra sua
expectativa de comprar produtos e serviços de pessoas e empresas, pois a plataforma também possui
lojas online.

Inegavelmente, redes sociais, inclusive o Instagram, conectam pessoas, empresas, clientes,


e funcionam como um mercado, não mais alternativo, mas, necessário, cuja exclusão discricionária,
desproporcional e injustificada afeta diretamente direitos fundamentais, mesmo que a princípio não
tivessem sido pensados para este ambiente.

A situação é extremamente desgastante à proporção que frustra o influenciador em áreas


importantíssimas de sua vida (e de qualquer ser humano, num mundo pautado pela economia), justo
em seu melhor momento, em uma das profissões mais almejadas e mais difíceis de serem alcançadas,
possuindo seu trabalho e esforço de meses e anos, colocado à disposição de uma análise algorítmica
sem chance de resposta prévia, gerando sentimento de impotência, desânimo e profundo abalo
psicológico.

Não obstante, é importante frisar que seu trabalho é integralmente possibilitado e realizado
pelas plataformas digitais, sendo estas a sua fonte principal de renda e subsistência, sendo portanto,
medida urgente que a Empresa Ré restabeleça o acesso aos do Autor, abstendo-se de efetuar novos
banimentos das mesmas sem o devido processo legal, aplicável mesmo à esfera privada em razão da
eficácia horizontal dos direitos fundamentais, para que, ao final da trâmite processual, seja convertida
a presente tutela de urgência em caráter definitivo.

DA OBRIGAÇÃO DE FAZER

Excelência, patente é o dever do réu em reativar o perfil da mencionada conta na rede social
Instagram; visto que sua conduta desrespeitou preceitos constitucionais.

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Vejamos, se o réu disponibiliza a abertura de perfis em suas plataformas digitais a toda e
qualquer pessoa, logo ele se obrigou a fornecer acesso aos usuários que concordaram com seus
termos de uso.

Aliás, o Art. 20 da Lei 12.965/14 estabelece que para tornar indisponível o conteúdo do usuário
que o postou, deve o provedor de internet lhe comunicar o motivo, com informações que permitam o

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contraditório e a ampla defesa.

Certamente não foi o que ocorreu, pois SEQUER foi comunicado ao Demandante qual seria
a suposta violação dos termos, não permitindo se saber com clareza a realidade dos fatos, o que causa
impossibilidade de apresentar uma defesa sólida; devendo este ser responsabilizado por sua conduta,
segundo também o art. 3º, VI da Lei Marco Civil da Internet.

A jurisprudência pátria já tem enfrentado casos análogos e se posicionado da forma que


segue:

CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA. RESTABELECIMENTO DE PERFIL


NA REDE SOCIAL FACEBOOK. IMPOSSIBILIDADE TÉCNICA ALEGADA.
CONVERSÃO EM PERDAS E DANOS. Insurgência do corréu contra decisão que
afastou o dever do provedor de hospedagem de restabelecimento de perfil pessoal na
rede social Facebook. Pedido para conversão da obrigação em perdas e danos.
Acolhimento. Magistrado de origem que havia exigido apenas a suspensão do perfil
apontado pela autora e para que a medida fosse reversível. Corréu Facebook que
resolveu excluir o perfil, para tão somente depois explicar os motivos da sua
medida. Alegação de violação dos termos de uso da rede social não se sustenta.
Medida abusiva contra o consumidor. Impossibilidade de exclusão sumária de
conteúdo sem antes permitir-se a defesa do usuário. Caso em que o corréu
descumpriu a medida liminar, por sua conta e risco. Falta de regulação no art. 15 do
Marco Civil da Internet não é justificativa para descumprimento da lei e da medida
judicial. Prazo de seis meses de guarda de dados que, também, é possível ser
estendido por decisão judicial. Caso em que a suspensão do perfil deveria persistir até
que fosse determinado o seu restabelecimento. Impossibilidade técnica não pode ser
repassada ao consumidor. Risco inerente à atividade (art. 14 do CDC).Conversão da
obrigação do Facebook em perdas e danos. Agravo provido. (TJSP. Agravo de
Instrumento nº 2220441-28.2021.8.26.0000. Rel. Des. Carlos Alberto de Salles, 3ª
Câmara de Direito Privado, data da publicação 15/02/2017). (g.n).

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER – REMOÇÃO COMPULSÓRIA DE PERFIS DE


USUÁRIO DO FACEBOOK SOB O PRETEXTO DE QUE VIOLARAM PADRÕES DE
COMUNIDADE DA REDE SOCIAL –ILICITUDE – POSTURA QUE EXACERBA O
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO DE PROTEGER DIREITOS DE TERCEIROS E
DE EVITAR EVENTUAL RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL – VIOLAÇÕES NÃO
COMPROVADAS –DENÚNCIAS NÃO COMPROVADAS – PARÂMETROS
NORMATIVOS DA REQUERIDA NÃOINDICADOS – REATIVAÇÃO DAS CONTAS –
LEGITIMIDADE –SENTENÇA REFORMADA – APELO PROVIDO. (TJSP. Apelação
Cível nº 1035340-52.2018.8.26.0100. Rel. Des. Hertha Helena de Oliveira, 2ª Câmara
de Direito Privado, data da publicação 03/12/2019). APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO. EXCLUSÃO INDEVIDA DE PERFIL EM
REDE SOCIAL (FACEBOOK). OCORRÊNCIA. RESTABELECIMENTO DA PÁGINA.
POSSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO.
1 - O provedor de hospedagem não pode, por mera liberalidade, proceder à
exclusão de conteúdo ou de páginas pertencentes aos consumidores
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internautas, mas tão somente após justificativa plausível de violação das normas
da plataforma.
2 - Se o conjunto probatório demonstra que o réu excluiu indevidamente perfil em rede
social de titularidade do autor, mantém-se a sentença pela qual o pedido cominatório
foi julgado procedente, determinando o restabelecimento da página. (TJMG. Apelação
Cível nº 10000.20.479190-9/001. Rel. Des. Marcos Lincoln, 11ª Câmara Cível, data da
publicação 11/09/2020) (g.n).

Portanto, não restam dúvidas de que a conduta do réu fora totalmente ARBITRÁRIA e

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contrária à jurisprudência e ao ordenamento jurídico pátrios. Por ter a parte autora aceitado as
condições impostas e não haver motivos plausíveis para a manutenção do impedimento de seu
acesso, requer seja o réu condenado a reativar imediatamente os perfis deste, quais sejam:
@mulheresemtpm e @engracadinhabr

DA INCIDÊNCIA DO CDC À ESPÉCIE

Excelência, no caso dos autos, é certo que a suspensão arbitraria da conta da parte autora
atrai a responsabilidade objetiva do réu, em virtude do defeito na prestação do serviço, decorrente da
falha explícita da plataforma em prover a SEGURANÇA e estabilidade do perfil e da infinidade de
dados pessoais nele contidos.

Evidente, diante disso, a hipossuficiência técnica da parte autora em relação ao serviço


prestado pelo réu, quais sejam gestão das plataformas de relacionamento e locação de espaços
publicitários.

Ante à inafastável incidência do CDC à espécie, resta justificado o pedido final de inversão do
ônus da prova, com base no artigo 6º da lei consumerista, bem como a responsabilidade do réu pelo
vício do serviço, nos termos do Artigo 14.

De todo modo, ainda que se entenda pela inaplicabilidade do CDC ao presente caso, é de se
notar que, com fundamento no art. 373, § 1º, do CPC, justifica-se a inversão do ônus da prova, já que
a produção das provas necessárias ao julgamento de mérito, pelo réu, é marcadamente mais simples
do que para a parte autora, que não detém o domínio sobre a tecnologia explorada pelo Instagram.

Na qualidade de hospedeiro e gestor da maior e mais famosa rede de relacionamento do


mundo, é certo que o Requerido, está sujeito às exigências da LGPD e, por conseguinte, à fiscalização
da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (“ANPD”), devendo, portanto, assegurar aos seus
usuários amplo e exclusivo controle sobre os dados que compartilham no Instagram, além de zelar
pela segurança e inviolabilidade dessas informações e dos perfis de seus clientes.

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DA TUTELA DE URGÊNCIA

Nos termos do disposto no Código de Processo Civil, reza o Art. 303 que a peça vestibular
contendo pedido de tutela antecipada pode se cingir “ao requerimento da tutela antecipada e à
indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo
de dano ou do risco ao resultado útil do processo”.

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São requisitos para o preenchimento do pedido de Tutela de Urgência:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”

A probabilidade do direito se evidencia pela análise das provas em anexo, bem como, pela
já consumação da violação a diversos dispositivos da legislação brasileira, entre eles, o Marco Civil da
Internet e a CRFB, além do Código Civil. Em especial, destaque-se o já explicitado quanto ao CDC,
que estabelece o dever a informação clara ao consumidor e quanto à LGPD, o tratamento sem
consentimento de seu fluxo de dados, em total desconformidade com a norma.

No presente caso, estão simultaneamente presentes o perigo de dano e o risco ao resultado


útil do processo, à medida que a insistência na desativação de suas contas pessoais concretiza a
inviabilidade de permanecer ativo na rede.

As medidas discricionárias adotadas pela rede ocasionam danos gravíssimos com potencial
de irreversibilidade, eis que neste momento o influenciador se encontra em um ponto inicial auge de
seu reconhecimento, cujo momento é crucial para consolidação de sua influência, que pode
representar a virada total de sua vida, tanto em termos de reconhecimento quanto em termos
financeiros.

O suporte fático e documental acostado se adequa à tutela de urgência antecipada em caráter


antecedente, e justifica-se quando as circunstâncias que recomendam a proteção do direito da parte
Autora, diante de dano irreparável e do perigo de demora na prestação jurisdicional.

Nesse passo, regrave-se que a Requerente sofreu suspensão de sua conta, SEM que lhe
fosse esclarecido:
(i) a razão da desativação, explicitando que regra teria sido violada a justificar a restrição;
(ii) o modo pelo qual poderia apresentar resposta ou esclarecimento quanto ao evento;
(iii) e pedido de revisão de decisão automatizada, solicitação de decisão humana ou
qualquer outro meio eficaz que pudesse proteger a integridade e disponibilidade de seus
dados.

Como se percebe nos exemplos acima, o Instagram, por vezes, emite um alerta genérico sem
indicar o motivo preciso de porquê ocorrerá a suspensão.

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Como bem demonstrado nos autos, as contas afetadas pertencem ao Requerente, sendo as
mesmas identificadas pelos seguintes logins na rede social: @mulheresemtpm e @engracadinhabr

Informa, ainda, que deixa de indicar as URL’s específicas ("localizador uniforme de recursos”)
em razão da indisponibilidade do serviço, conquanto a conta encontra-se suspensa.

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Em anexo, também, apresentam-se outros “prints” que comprovam a ocorrência desse
comportamento abusivo por parte da plataforma, em uma clara tentativa de degradar veladamente a
presença do Autor em suas redes, ocasionando inúmeros prejuízos, em especial, sua atividade como
influenciador, que recebe remuneração exclusivamente para divulgações no Instagram em especial
nas contas @mulheresemtpm e @engracadinhabr

Nesse sentido, ecoam julgados relevantes para o deslinde da questão, como o seguinte
julgado da 5ª Vara Cível de Manaus, nos autos do processo n. 0619563- 13.2018.8.04.001, in verbis:

“Comprovada a titularidade da conta virtual, junto ao aplicativo


‘Instagram’, pelas autoras, assim como os possíveis danos em seus
interesses comerciais pela impossibilidade de acesso, considero
presentes os requisitos necessários ao deferimento da liminar (art. 300,
CPC). Verifico tratar-se, contudo, de tutela antecipada antecedente, e não
cautelar, devendo seguir o procedimento adequado àquela tutela de urgência
(art. 305, parágrafo único, CPC).
Intime-se a ré, via correios, para que no prazo máximo de 20 (vinte) dias.
Intimem- se as autoras ao aditamento de que trata o art. 303, §1o, I, CPC, no
prazo de 15 (quinze) dias.” [g.n.].

De mais a mais, torna-se imperiosa, não apenas a reativação da conta da parte Autora, mas
a determinação para que a Empresa Ré se abstenha de suspender o referido perfil, como vem fazendo
sistematicamente, sem apresentar um canal razoável de solução administrativa e enquanto tramitar o
presente feito, posto que à luz dos termos de uso da plataforma Instagram, o autor não cometeu
nenhuma ação que se afigure em desconformidade com as diretrizes da comunidade.

Registre-se, Excelência, que com a concessão da tutela e consequente reativação da conta,


garantir-se-á a continuidade do uso do Instagram pelo Autor: @mulheresemtpm e @engracadinhabr,
figura muito querida de toda comunidade artística e do público em geral, por suas características de
humor e mensagens de motivação pessoal, como meio de divulgação comercial, campanhas
beneficentes, promoção de eventos, conscientização, arrecadação, parcerias pagas ou a título gratuito,
produção cultural, dentre outras finalidades, alcançando, desta forma, o resultado útil ao processo, vez
que o Autor não pode mais aguardar o INSTAGRAM manifestar-se voluntariamente na resolução deste
impasse.

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Por fim, registre-se que a pretendida tutela antecipada antecedente não conduz à
irreversibilidade dos efeitos da decisão, primeiro porque a conta é de titularidade do Autor.

Além disso, o que se pretende, neste momento, é tão somente o reestabelecimento dos perfis
@mulheresemtpm e @engracadinhabr, não incidindo o § 3º do art. 300 do CPC, no prazo de 24h,
além do dever de se abster de proceder a novas suspensões enquanto durar o presente feito.

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Finalmente, mas não menos importante, o Autor possui milhares de seguidores e estes podem
ser ludibriados/enganados, por conta de hackers ou de contas mantidas por impostores, favorecendo
ilícitos cada dia mais corriqueiros, como os de furto de identidade ou fraude em meio eletrônico,
condutas somente agora tipificadas no Código Penal, com a inclusão do § 4º-B do art. 155 e § 2ª-A,
respectivamente, cf. Lei n. 14.155, de 27 de maio de 2021.

Diante desses riscos concretos, o julgador deve se orientar pelos princípios da razoabilidade
e da proporcionalidade. Restam, pois, demonstrados com exatidão os requisitos para a concessão da
tutela antecipada em caráter antecedente à propositura da ação principal, em conformidade com a
legislação, doutrina e jurisprudência, como forma de evitar maiores prejuízos.

Espera-se, com o devido acato, o deferimento da tutela inibitória reconhecendo a exigibilidade


das obrigações de fazer e não fazer, e que este r. Juízo determine a imposição de multa, em quantia
não inferior a R$ 3.000,0 (três mil reais) por cada dia de descumprimento, até o limite de R$ 100.000,00
(cem mil reais), para que haja sua efetiva observância (CPC, art. 536, § 1º).

Os valores indicados estão compatíveis com a gravidade dos abalos psicológicos que a
suspensão da conta vem causando ao Autor e, por outro lado, a Ré se trata de uma das maiores
empresas de tecnologia do mundo, sendo considerada a 6ª empresa mais valiosa do mundo, com um
capital correspondente a US$ 226,44 (duzentos e vinte e seis bilhões e quarenta e quatro bilhões de
dólares), o equivalente a mais de 1 (um) trilhão de reais e que apresentou uma variação de + 54% em
relação ao ano anterior.

Além disso, a empresa FACEBOOK apresenta reconhecido histórico de inobservância de


medidas judiciais contra si opostas. Nesse sentido, é pacífica a jurisprudência de nossas cortes.

“OBRIGAÇÃO DE FAZER. REDES SOCIAIS. DESATIVAÇÃO DE CONTA DA


AUTORA NO ‘INSTAGRAM’. DENÚNCIA DE TERCEIRO ENVOLVENDO
PROPRIEDADE INTELECTUAL. CONDUTA IRREGULAR POR PARTE DA AUTORA
NÃO COMPROVADA NOS AUTOS NO MOMENTO OPORTUNO. INOBSERVÂNCIA
PELA RÉ DOS TERMOS DE USO E POLÍTICA DO APLICATIVO. REATIVAÇÃO DA
CONTA DA AUTORA. CABIMENTO. MULTA DIÁRIA FIXADA EM DECISÃO QUE
ENVOLVEU TUTELA ANTECIPADA. AUSÊNCIA DE RECURSO PARA SUA
IMPUGNAÇÃO. PRECLUSÃO TEMPORAL. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO
NESTA PARTE. O fundamento precípuo da r. sentença para acolher o pedido inicial foi
a não comprovação pela ré de que a desativação da conta da autora no aplicativo
‘Instagram’ foi legítima e, com razão o magistrado, uma vez que em contestação a ré
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limitou-se a apontar o nome da denunciante, contudo, não esclareceu que ato teria
praticado a autora que pudesse ensejar a suposta contrafação a infringir os termos de
uso do aplicativo quanto à propriedade intelectual de terceiro. Ainda que assim não
fosse, pugna a ré pelo respeito aos seus termos de uso pela autora, contudo, ela própria
não segue as normas contidas no referido termo. Sentença que não enfrentou todos
os pedidos que deve ser complementada, acrescendo-se à condenação as demais
pretensões contidas na inicial. Recurso não conhecido em parte e, na parte conhecida,
desprovido, com ampliação da condenação, de ofício, de forma a corrigir sentença ‘citra
petita’". (TJ/SP - APL: 10663582820178260100 SP 1066358-28.2017.8.26.0100,

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relator: Gilberto Leme, data de julgamento: 1º/10/2018, 35ª Câmara de Direito Privado,
data de publicação: 9/10/2018)

Neste sentido também ja se manifestou o ETJSP:

1128592-12.2018.8.26.0100 -Classe/Assunto: Apelação Cível / Prestação de Serviços


Relator(a): Ana Catarina Strauch
Comarca: São Paulo - Órgão julgador: 37ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 30/11/2020 - Data de publicação: 30/11/2020
Ementa: APELAÇÃO – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE – Prestação de serviço online – Pretensão de
reativação de conta em rede social - Sentença de procedência – Insurgência recursal
da ré – Exclusão de conta comercial na rede social Instagram – Denúncia de terceiros
– Suposta violação à propriedade intelectual de terceiros – Desativação de conta sem
prévia possibilidade de defesa – Eficácia horizontal dos direitos fundamentais –
Inobservância do direito de defesa - Denúncia sem prova concreta – Inobservância
do dever de transparência e boa-fé objetiva - Aplicação discricionária da penalidade de
maior gravidade - Resolução do contrato abusiva - Sentença mantida – RECURSO
DESPROVIDO (g.n.).

O caso presente, como se percebe, é idêntico ao acima referido, razão pela qual se almeja
ver concedido o provimento antecipatório, em consonância com a legislação e jurisprudência
atinentes à espécie.

DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto requer a Vossa Excelência:

1) Seja deferida a tutela de urgência em caráter antecedente, consistente na obrigação de


fazer, para que a empresa FACEBOOK reative em 24h, as seguintes contas do Autor no Instagram:
@mulheresemtpm e @engracadinhabr, restabelecendo seu acesso, e- mails:
engracadinhabr@gmail.com e mulherememtpmcontato@gmail.com, Telefone: (66) 99647-4014,
com a entrega adequada do conteúdo sem qualquer RESTRIÇÃO OU SHADOW BAN em sua conta.

2) Seja cominada multa diária em caso de descumprimento, nos termos da legislação de


regência, em quantum não inferior a R$ 3.000,00 (três mil reais), por se tratar de parte demandada
que possui sobejos recursos financeiros e tem reconhecido histórico de inobservância de medidas
judiciais contra si opostas;

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3) Determine a citação do réu para que querendo apresente sua contestação, sob pena de
confesso e revelia;

4) Ao final, julgue procedente a ação, reestabelecendo o acesso as contas do Autor,


confirmando-se a decisão antecipatória requestada referidas contas @mulheresemtpm e
@engracadinhabr, aplicando pena de multa diária por descumprimento de ordem legal;

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5) A condenação da Requerida nas custas processuais e honorários advocatícios;

6) Seja determinada a inversão do ônus da prova, nos termos previstos junto ao artigo
6º, VIII, do CDC, ou, subsidiariamente, na forma do art. 373, § 1º do CPC;

7) Provará o alegado, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial, pela


juntada de novos documentos, prova pericial, oitiva de testemunhas e depoimento de representante
da parte Ré, e outros que se mostrarem necessários ao convencimento deste d. Juízo;

8) Manifesta a parte autora, nos termos do artigo 319, inciso VII do novo CPC, que
NÃO possui interesse na realização de audiência de conciliação ou de mediação, assim
expressamente, requer não seja designada a mesma, por medida de celeridade e economia
processual.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Termos em que,

Pede e Espera Deferimento.

São Paulo, SP, 12 de maio de 2022.

HENRIQUE MAGALHÃES DE CARVALHO.


OAB/SP n.º 428.285

TONYSON HENRIQUE SANTOS.


OAB/SP n.º 366.258

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Termos de Uso

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Bem-vindo(a) ao Instagram! Estes Termos de Uso (ou “Termos”) governam seu uso do
Instagram, exceto quando afirmamos explicitamente que outros termos (e não estes) se
aplicam, e fornecem informações sobre o Serviço do Instagram (o “Serviço”), descritas
abaixo. Quando você cria uma conta do Instagram ou usa o Instagram, concorda com
estes termos. Os Termos de Serviço do Facebook não se aplicam a esse Serviço. O
Serviço Instagram é um dos Produtos do Facebook, fornecido a você pelo Facebook, Inc.
Estes Termos de Uso, por conseguinte, constituem um acordo entre você e o Facebook,
Inc.

O Serviço Instagram

Concordamos em fornecer a você o Serviço do Instagram. O Serviço inclui todos os


produtos, recursos, aplicativos, serviços, tecnologias e software do Instagram que
fornecemos para promover a missão do Instagram: fortalecer seus relacionamentos com
as pessoas e com as coisas que você adora. O Serviço é composto pelos seguintes
aspectos:

Oferecer oportunidades personalizadas de criar, conectar, comunicar, descobrir


e compartilhar. As pessoas são diferentes. Queremos fortalecer seus
relacionamentos por meio de experiências compartilhadas realmente importantes
para você. Por isso, desenvolvemos sistemas que tentam entender com quem e com o
que você e as outras pessoas se importam, e usamos essas informações para ajudá-
lo a criar, encontrar, compartilhar e participar de experiências importantes para você.
Parte do que fazemos é destacar conteúdo, recursos, ofertas e contas que possam
ser de seu interesse e oferecer formas para você experimentar o Instagram, com base
no que você e as outras pessoas fazem dentro e fora do Instagram.
Promover um ambiente seguro, inclusivo e positivo. Desenvolvemos e usamos
ferramentas e oferecemos para os membros de nossa comunidade recursos que
contribuem para tornar as experiências deles positivas e inclusivas, inclusive quando
achamos que eles podem precisar de ajuda. Também temos equipes e sistemas que
trabalham para combater abusos e violações de nossos Termos e políticas, bem como
condutas enganosas e prejudiciais. Usamos todas as informações que temos,
inclusive suas informações, para tentar manter nossa plataforma segura. Também
podemos compartilhar informações sobre uso inadequado ou conteúdo prejudicial
com outras Empresas do Facebook ou autoridades responsáveis pela aplicação da lei.
Saiba mais na Política de Dados.
Desenvolver e usar tecnologias que nos ajudam a servir consistentemente nossa
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HENRIQUE MAGALHAES DE CARVALHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 13/05/2022 às 17:45 , sob o número 10482983120228260100.
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Desenvolver e usar tecnologias que nos ajudam a servir consistentemente nossa
crescente comunidade. Organizar e analisar informações para nossa crescente
comunidade é essencial para nosso Serviço. Uma grande parte de nosso Serviço é
criar e usar tecnologias de última geração que nos ajudam a personalizar, proteger e
aprimorar o Serviço em uma escala incrivelmente grande para uma ampla comunidade
global. Tecnologias como inteligência artificial e aprendizado de máquina nos
possibilitam utilizar processos complexos em nosso Serviço. Tecnologias

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFCA97D.
automatizadas também nos ajudam a garantir a funcionalidade e integridade de nosso
Serviço.
Fornecer experiências consistentes e contínuas em outros Produtos das
Empresas do Facebook. O Instagram faz parte das Empresas do Facebook,
compartilhando com elas tecnologia, sistemas e informações, inclusive as
informações que temos sobre você (saiba mais na Política de Dados), para fornecer
serviços que sejam melhores e mais seguros. Também fornecemos meios de interagir
nos Produtos das Empresas do Facebook que você usa, além de sistemas projetados
para alcançar uma experiência consistente e contínua entre todos esses Produtos.
Garantir acesso ao nosso Serviço. Para operar nosso Serviço global, precisamos
armazenar e transferir dados entre nossos sistemas ao redor do mundo, inclusive fora
de seu país de residência. O uso dessa infraestrutura global é necessário e essencial
para fornecer nosso Serviço. Essa infraestrutura pode pertencer ou ser operada pelo
Facebook, Inc., Facebook Ireland Limited ou suas afiliadas.

Conectar você com marcas, produtos e serviços de maneiras importantes para


você. Usamos dados do Instagram e de outros Produtos das Empresas do Facebook,
bem como de parceiros, para exibir a você anúncios, ofertas e outros conteúdos
patrocinados que acreditamos ser significativos para você. E tentamos fazer com que
esse conteúdo seja tão relevante quanto todas as suas outras experiências no
Instagram.

Usamos as informações que temos para estudar nosso Serviço e colaborar com
terceiros em pesquisas para tornar nosso Serviço melhor e contribuir para o bem-
estar de nossa comunidade.
Pesquisa e inovação.

Como nosso Serviço é financiado

Em vez de pagar pelo uso do Instagram, usando o Serviço previsto nestes Termos, você
reconhece que podemos lhe mostrar anúncios que empresas e organizações nos pagam
para promover dentro e fora dos Produtos das Empresas do Facebook. Usamos seus
dados pessoais, como informações sobre suas atividades e interesses, para lhe mostrar
anúncios mais relevantes.

Mostramos anúncios úteis e relevantes sem que os anunciantes saibam quem você é. Não
vendemos seus dados pessoais. Permitimos que os anunciantes nos informem, por
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exemplo, sua meta de negócios e o tipo de público que desejam alcançar com o anúncio.
Então, mostramos o anúncio para pessoas que podem estar interessadas.
Também oferecemos aos anunciantes relatórios sobre o desempenho dos anúncios para
ajudá-los a entender como as pessoas estão interagindo com o conteúdo dentro e fora do
Instagram. Por exemplo, fornecemos dados demográficos e informações de interesse
gerais aos anunciantes para ajudá-los a entender melhor o público deles. Não

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compartilhamos informações que identifiquem você diretamente (como seu nome ou
endereço de email, que alguém poderia usar para entrar em contato com você ou
identificar quem você é), a menos que você nos dê permissão específica. Saiba mais sobre
como os anúncios do Instagram funcionam aqui.

É possível que você veja conteúdo de marca no Instagram publicado por proprietários de
contas que promovem produtos ou serviços baseados em um relacionamento comercial
com o parceiro de negócios mencionado em tal conteúdo. Saiba mais sobre isso aqui.

A Política de Dados

Fornecer nosso Serviço exige a coleta e o uso de suas informações. A Política de Dados
explica como coletamos, usamos e compartilhamos informações nos Produtos do
Facebook. Ela também explica as muitas formas pelas quais você pode controlar suas
informações, inclusive nas Configurações de Privacidade e Segurança do Instagram. Você
deve concordar com a Política de Dados para usar o Instagram.

Seus compromissos

Quem pode usar o Instagram. Queremos que nosso Serviço seja o mais aberto e
inclusivo possível, mas também desejamos que ele seja seguro e esteja em conformidade
com a lei. Por isso, precisamos que você se comprometa em relação a algumas restrições
para fazer parte da comunidade do Instagram.

Você deve ter pelo menos 13 anos ou a idade mínima legal em seu país para usar o
Instagram.
Você não pode estar proibido de receber qualquer aspecto do nosso Serviço nos
termos da legislação aplicável ou se envolver em pagamentos relativos ao Serviço
caso tenha seu nome em uma lista de terceiros não autorizados a tanto.

Sua conta não pode ter sido desativada por nós por violação da lei ou de qualquer
uma das nossas políticas.
Você não pode ter sido condenado por crime sexual.

Como você não pode usar o Instagram.


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Você não pode se passar por outras pessoas ou fornecer informações


imprecisas. Você não precisa revelar sua identidade no Instagram, mas deve nos
fornecer informações atualizadas e precisas (inclusive informações de registro), que
podem incluir dados pessoais. Além disso, você não deve se passar por alguém ou
algo que você não seja, e você não pode criar uma conta para outra pessoa, a menos

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que tenha a permissão expressa dela.
Você não pode fazer algo ilícito, enganoso, fraudulento ou com finalidade ilegal
ou não autorizada.
Você não pode violar (ou ajudar ou incentivar outras pessoas a violar) estes
Termos ou nossas políticas, inclusive, em especial, as Diretrizes da Comunidade
do Instagram, os Termos da Plataforma do Facebook e Políticas do
Desenvolvedor e as Diretrizes de Música. Se você publicar conteúdo de marca,
deverá cumprir nossas Políticas de Conteúdo de Marca, que exigem o uso da nossa
ferramenta para conteúdo de marca. Saiba como denunciar condutas ou conteúdo em
nossa Central de Ajuda.
Você não pode fazer algo que interfira ou afete a operação pretendida do
Serviço. Isso inclui usar indevidamente qualquer canal de denúncia, contestação ou
recurso. Por exemplo, fazer denúncias ou recursos fraudulentos ou sem fundamentos.
Você não pode fazer algo que interfira ou afete a operação pretendida do
Serviço. Isso inclui criar contas ou coletar informações de modo automatizado sem
nossa permissão expressa.
Você não pode vender, licenciar ou comprar nenhuma conta ou dado obtido de
nós ou de nosso Serviço. Isso inclui tentativas de comprar, vender ou transferir
qualquer elemento de sua conta (incluindo seu nome de usuário), solicitar, coletar ou
usar credenciais de login ou selos de outros usuários, solicitar ou coletar nomes de
usuário e senhas do Instagram ou apropriar-se indevidamente de tokens de acesso.
Você não pode publicar informações privadas ou confidenciais de outra pessoa
sem permissão ou fazer qualquer coisa que viole os direitos de outra pessoa,
incluindo os direitos de propriedade intelectual (por exemplo, violação de
direitos autorais, violação de marca comercial, falsificação ou bens
pirateados).Você pode usar o conteúdo criado por outra pessoa de acordo com as
exceções e as limitações de direitos autorais e de direitos relacionados nos termos da
lei aplicável. Você declara que possui ou que obteve todos os direitos necessários
referentes ao conteúdo que publica ou compartilha. Saiba mais, inclusive sobre como
denunciar conteúdo que você considera violar seus direitos de propriedade
intelectual, aqui.
Você não pode modificar, traduzir, criar trabalhos derivados nem aplicar
engenharia reversa em nossos produtos ou seus componentes.
Você não pode usar um nome de domínio ou URL em seu nome de usuário sem
nosso consentimento prévio por escrito.

Permissões que você nos concede. Como parte de nosso acordo, você também nos
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concede permissões necessárias para fornecermos o Serviço.


Não reivindicamos a propriedade do seu conteúdo, mas você nos concede uma
licença para usá-lo. Nada muda com relação aos seus direitos sobre seu conteúdo.
Não reivindicamos a propriedade do seu conteúdo que você publica no Serviço ou por
meio dele. Além disso, você tem liberdade para compartilhar seu conteúdo com
qualquer outra pessoa, onde quiser. Contudo, requeremos que você nos conceda

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determinadas permissões legais (conhecidas como “licença”) para fornecermos o
Serviço. Quando compartilha, publica ou carrega conteúdo protegido por direitos de
propriedade intelectual (como fotos ou vídeos) em nosso Serviço ou em conexão com
ele, você nos concede uma licença não exclusiva, gratuita, transferível, sublicenciável
e válida mundialmente para hospedar, usar, distribuir, modificar, veicular, copiar, exibir
ou executar publicamente, traduzir e criar trabalhos derivados de seu conteúdo (de
modo consistente com suas configurações de privacidade e do aplicativo). Esta
licença se encerrará quando seu conteúdo for excluído de nossos sistemas. Você
pode excluir o conteúdo individualmente ou todo o conteúdo de uma vez excluindo
sua conta. Para saber mais sobre como usamos as informações e sobre como
controlar ou excluir seu conteúdo, acesse a Política de Dados e visite a Central de
Ajuda do Instagram.

Permissão para usar seu nome de usuário, foto do perfil e informações sobre
seus relacionamentos e ações com contas, anúncios e conteúdo patrocinado.
Você nos concede permissão para mostrar seu nome de usuário, foto do perfil e
informações sobre suas ações (como curtidas) ou relacionamentos (como contas que
você segue) ao lado de ou relacionados a contas, anúncios, ofertas e outro conteúdo
patrocinado que você segue ou com o qual interage, que sejam exibidos nos Produtos
do Facebook, sem o pagamento de qualquer remuneração a você. Por exemplo,
podemos mostrar que você curtiu uma publicação patrocinada criada por uma marca
que nos pagou para exibir os anúncios dela no Instagram. Da mesma forma que
executar ações em outros conteúdos e seguir outras contas, executar ações em
conteúdo patrocinado e seguir contas patrocinadas são atos que podem ser vistos
somente por pessoas com permissão para ver ou seguir tal conteúdo. Também
respeitaremos suas configurações de anúncios. Saiba mais sobre as configurações de
anúncios aqui.
Você concorda que podemos baixar e instalar atualizações do Serviço em seu
dispositivo.

Direitos adicionais que nós mantemos

Se você selecionar um nome de usuário ou identificador semelhante para sua conta,


nós podemos alterá-lo se acreditarmos ser adequado ou necessário (por exemplo, se
ele violar a propriedade intelectual de outra pessoa ou se passar por outro usuário).
Se você usar conteúdo protegido por direitos de propriedade intelectual que detemos
e disponibilizamos em nosso Serviço (por exemplo, imagens, desenhos, vídeos ou
sons que nós fornecemos e você adiciona ao conteúdo que cria ou compartilha), nós
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manteremos todos os direitos sobre nosso conteúdo (mas não sobre o seu).
Você só pode usar nossa propriedade intelectual, nossas marcas ou marcas
semelhantes conforme expressamente autorizado por nossas Diretrizes de Marca ou
com nossa permissão prévia por escrito.
Você deve obter nossa permissão escrita ou sob uma licença de código-fonte aberto
para modificar, criar trabalhos derivados, descompilar ou de outra forma tentar extrair

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o código-fonte de nós.

Remoção de conteúdo e desativação ou encerramento de sua conta

Poderemos remover qualquer conteúdo ou informação que você compartilhar no


Serviço se acreditarmos que tal conteúdo viola estes Termos de Uso ou nossas
políticas (incluindo nossas Diretrizes da Comunidade do Instagram) ou estivermos
autorizados ou obrigados por lei a fazê-lo. Poderemos recusar fornecer ou parar de
fornecer imediatamente todo o Serviço ou parte dele para você (incluindo
encerramento ou desativação do seu acesso aos Produtos do Facebook e aos
Produtos das Empresas do Facebook) a fim de proteger nossos serviços ou nossa
comunidade, ou se você criar risco ou exposição legal para nós, violar estes Termos
de Uso ou nossas políticas (incluindo nossas Diretrizes da Comunidade do Instagram),
violar repetidamente os direitos de propriedade intelectual de outras pessoas ou em
caso de permissão ou exigência legal nesse sentido. Também poderemos encerrar ou
alterar o Serviço, remover ou bloquear o conteúdo ou as informações compartilhadas
no Serviço ou parar de fornecer todo o Serviço ou parte dele se determinarmos que
isso é razoavelmente necessário para evitar ou reduzir impactos legais ou regulatórios
adversos para nós. Se acreditar que a sua conta foi encerrada por engano ou se
quiser desativar ou excluir permanentemente a conta, acesse a nossa Central de
Ajuda. Quando você solicita a exclusão de um conteúdo que publicou ou a exclusão
da sua conta, o processo se inicia automaticamente em até 30 dias após a sua
solicitação. É possível que a exclusão do conteúdo ocorra em até 90 dias após o início
do processo de exclusão. Apesar de o processo de exclusão de determinado
conteúdo já ter começado, o conteúdo não é mais visível aos demais usuários, mas
ele permanece sujeito a estes Termos de Uso e à nossa Política de Dados. Após a
exclusão do conteúdo, talvez levemos mais 90 dias para removê-lo de nossos
sistemas de backup e de recuperação de desastres.

O conteúdo não será excluído em até 90 dias após o início do processo de exclusão
da conta ou de conteúdo nas seguintes circunstâncias:

se seu conteúdo foi usado por outras pessoas de acordo com essa licença, e elas
não o excluíram (neste caso, a licença continuará a ser aplicável até que aquele
conteúdo seja excluído); ou
se a exclusão não puder ocorrer em até 90 dias devido a limitações técnicas dos
nossos sistemas. Nesse caso concluiremos a exclusão assim que possível
tecnicamente; ou
se a exclusão restringiria nossa capacidade de:
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se a exclusão restringiria nossa capacidade de:

investigar ou identificar atividade ilegal ou violações aos nossos termos e


políticas (por exemplo, para identificar ou investigar o uso indevido de
produtos ou sistemas);
assegurar a proteção dos nossos produtos, sistemas e usuários;

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cumprir uma obrigação legal, como a preservação de provas; ou

atender a uma solicitação de uma autoridade judicial ou administrativa, de


aplicação da lei ou de uma agência governamental.

Neste caso, o conteúdo será mantido apenas pelo tempo necessário para os fins
para os quais foi retido (a duração exata variará caso a caso).

Caso você exclua sua conta ou nós a desativemos, estes Termos levarão à dissolução
do acordo entre você e nós. Contudo, esta seção e a seção abaixo denominada
“Nosso acordo e o que ocorrerá em caso de discordância” ainda se aplicarão mesmo
após o encerramento, desativação ou exclusão da sua conta.

Nosso Acordo e o que acontecerá se nós discordarmos


Nosso acordo.

Seu uso de música no Serviço também está sujeito às nossas Diretrizes de Música, e
o uso da nossa API está sujeito às nossas Políticas de Desenvolvedores e Termos da
Plataforma do Facebook. Se você usar outros recursos ou serviços relacionados,
termos adicionais serão disponibilizados e também integrarão nosso acordo. Por
exemplo, caso utilize recursos de pagamento, você deverá concordar com os Termos
de Pagamento da Comunidade. Se algum desses termos entrar em conflito com este
acordo, tais termos prevalecerão.
Se algum aspecto deste acordo for inexequível, os demais aspectos deste
permanecerão em vigor.
Quaisquer alterações ou renúncias relativas a este acordo devem ser feitas por escrito
e assinadas por nós. Se falharmos em executar qualquer aspecto deste acordo, isso
não será considerado uma renúncia.
Nós nos reservamos todos os direitos não concedidos expressamente a você.

Quem tem direitos por força deste acordo.

Este acordo não concede direitos a quaisquer terceiros.

Você não pode transferir seus direitos ou obrigações decorrentes deste acordo sem
nosso consentimento.
Nossos direitos e obrigações podem ser cedidos a outras pessoas. Por exemplo, isso
poderia ocorrer em caso de alteração de propriedade (como em uma fusão, aquisição
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ou venda de ativos) ou de acordo com a lei.


Quem é responsável caso algo aconteça.

Nosso Serviço é fornecido “no estado em que se encontra”, e não podemos garantir
que ele será seguro e funcionará perfeitamente o tempo todo. NO LIMITE PERMITIDO
POR LEI, TAMBÉM NOS EXIMIMOS DE TODAS AS GARANTIAS, EXPLÍCITAS OU
IMPLÍCITAS, INCLUSIVE AS GARANTIAS IMPLÍCITAS DE COMERCIABILIDADE,

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFCA97D.
ADEQUAÇÃO A UMA DETERMINADA FINALIDADE, TÍTULO E NÃO VIOLAÇÃO.
Também não controlamos o que as pessoas ou terceiros fazem ou mencionam e não
somos responsáveis pelas respectivas (inclusive as suas) condutas ou ações, online
ou offline, nem pelo conteúdo (inclusive conteúdo censurável ou ilícito). Também não
somos responsáveis pelos serviços e recursos oferecidos por outras pessoas ou
empresas, mesmo que você os acesse por meio do nosso Serviço.
Nossa responsabilidade por qualquer ocorrência no Serviço será limitada tanto quanto
permitido por lei. Não temos como prever todos os impactos possíveis que um
problema com nosso Serviço possa causar. Você concorda que nós não seremos
responsáveis por qualquer perda de lucro, receitas, informação ou dados, ou, ainda,
por danos eventuais, especiais, indiretos, exemplares, punitivos ou acidentais
decorrentes de ou relativos a estes Termos, ainda que saibamos que eles são
possíveis. Isso se aplica inclusive se nós excluirmos seu conteúdo, informações ou
conta.

Como lidaremos com contestações.


Se você for um consumidor, as leis do país em que reside serão aplicáveis a qualquer
reclamação, causa da ação ou contestação que tiver contra nós decorrente de ou
relacionada a estes Termos (“reclamação”), e você poderá resolver sua reclamação em
qualquer tribunal competente em tal país que tenha jurisdição para tanto. Em todos os
outros casos, você concorda que a reclamação deverá ser resolvida exclusivamente no
tribunal distrital dos EUA no Distrito Norte da Califórnia ou em um tribunal estadual
localizado no condado de San Mateo, que você se submeterá à jurisdição pessoal de
qualquer desses tribunais para o fim de resolver essas reclamações e que as leis do
estado da Califórnia regerão estes Termos e qualquer reclamação, independentemente de
disposições sobre conflitos de leis. Sem prejuízo do disposto acima, você concorda que,
ao exclusivo critério do Facebook Inc., também poderemos apresentar reclamações que
tenhamos contra você relacionadas a tentativas de abuso, interferência ou uso de nossos
produtosCentral
de maneirasde não
Ajuda
autorizadas em qualquer tribunal competente em seu país de
residência com jurisdição para tanto.
Material não solicitado.
Seu feedback e outras sugestões são sempre bem-vindos, mas podemos usá-los sem
qualquer restrição ou obrigação de compensá-lo por eles e não temos o dever de manter a
confidencialidade em relação a eles.

Atualização destes Termos


Podemos alterar nosso Serviço e nossas políticas, e podemos precisar alterar estes
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Termos para que eles reflitam precisamente nosso Serviço e nossas políticas. Salvo
quando a lei estabelecer o contrário, você será notificado (por exemplo, por meio de nosso
Serviço) antes de alterarmos estes Termos e terá a oportunidade de analisá-los antes que
entrem em vigor. Por isso, se você continuar usando o Serviço, estará vinculado aos
Termos atualizados. Se você não quiser concordar com estes ou com quaisquer outros
Termos atualizados, poderá excluir sua conta aqui.

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Vagas de emprego

Termos

Privacidade
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85800000001-1 59850185112-0 20590049032-6 56520220613-7


Evite Fraudes! Antes de finalizar o pagamento no seu banco verifique os dados do beneficiário!

Governo do Estado de São Paulo DARE-SP


Secretaria da Fazenda e Planejamento
Documento Principal

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Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Kaio Victor Dias Alves 13/06/2022
02 - Endereço 08 - Valor Total
Rua dos Patriotas, nº 40 JUINA MT
R$ 159,85
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
052.049.421-06 (66)99647-4014 1
06 - Observações 220590049032565
Comarca/Foro: SÃO PAULO, Cód. Foro: 100, Natureza da Ação: Pedido de Liminar/Antecipação de Tutela,
Autor: 052.049.421-06, Réu: FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA

Emissão: 13/05/2022
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco

01 - Código de Receita – Descrição 02 - Código do Serviço – 19 - Qtde


DARE-SP Descrição Serviços: 1
Governo do Estado de São Paulo
Secretaria da Fazenda e Custas - judiciárias pertencentes ao Estado, TJ - 1123001 - PETIÇÃO INICIAL
220590049032565-0001

Planejamento Documento
Detalhe 230-6 referentes a atos judiciais

15 - Nome do Contribuinte 03 - Data de Vencimento 06 - 09 - Valor da Receita 12 - Acréscimo


13/06/2022 Financeiro
04 - Cnpj ou Cpf
Kaio Victor Dias Alves
052.049.421-06 R$ 159,85 R$ 0,00
16 - Endereço 05 - 07 - Referência 10 - Juros de Mora 13 - Honorários
Rua dos Patriotas, nº 40 JUINA MT Advocatícios

R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Comarca/Foro: SÃO PAULO, Cód. Foro: 100, Natureza da Ação: Pedido de Multa Por Infração
Liminar/Antecipação de Tutela, Autor: 052.049.421-06, Réu: FACEBOOK
220590049032565-0001 SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA
Emissão: 13/05/2022 R$ 0,00 R$ 159,85

85800000001-1 59850185112-0 20590049032-6 56520220613-7

Governo do Estado de São Paulo


Secretaria da Fazenda e Planejamento
DARE-SP
Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais Documento Principal
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Kaio Victor Dias Alves 13/06/2022
02 - Endereço 08 - Valor Total
Rua dos Patriotas, nº 40 JUINA MT
R$ 159,85
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
052.049.421-06 (66)99647-4014 1
06 - Observações 220590049032565
Comarca/Foro: SÃO PAULO, Cód. Foro: 100, Natureza da Ação: Pedido de Liminar/Antecipação de Tutela,
Autor: 052.049.421-06, Réu: FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA

Emissão: 13/05/2022
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de SÃO PAULO
FORO CENTRAL CÍVEL
39ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 12º andar - sala de atendimento nº 1204, Centro -
CEP 01501-900, Fone: (11) 3538-9478, São Paulo-SP - E-mail:
upj36a40cv@tjsp.jus.br

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFF5916.
DECISÃO

Processo Digital nº: 1048298-31.2022.8.26.0100


Classe - Assunto Tutela Cautelar Antecedente - Liminar

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO, liberado nos autos em 16/05/2022 às 14:59 .
Requerente: Kaio Victor Dias Alves
Requerido: Facebook Serviços Online do Brasil Ltda.

Juiz(a) de Direito: Dr(a). RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO

Tramitação prioritária

Vistos.

Requer a parte autora a concessão de tutela provisória para determinar que a


requerida reative em 24h, as seguintes contas @mulheresemtpm e @engracadinhabr, na rede
social "Instagram", restabelecendo o acesso pelos e-mails "engracadinhabr@gmail.com" e
"mulherememtpmcontato@gmail.com", sob pena de multa.
O art. 300 do Código de Processo Civil preceitua que a concessão da tutela
antecipada demanda a existência de dois requisitos cumulativos: a probabilidade do direito e o
perigo de dano.
O ônus da prova acerca dos fatos constitutivos ao direito pleiteado incumbe à parte
autora, com fulcro no art. 373, I, do Código de Processo Civil, sobretudo em sede de tutela
provisória, em que a análise ocorre antes de que haja a triangularização da relação processual.
A despeito dos esforços argumentativos da parte autora, compulsando os autos,
verifica-se que a parte autora não demonstrou a prática de qualquer ato ilícito pela requerida,
sobretudo considerando-se que, das provas juntadas, não é possível extrair a data do contato
efetuado com a requerida, se houve prazo razoável para o restabelecimento das contas e se foram
tomadas todas as providências demandadas, providências estas que a parte autora tampouco
especificou quais foram (fls. 30/38).
Não se verifica, ainda, a tomada de qualquer providência, seja pela parte autora ou
por seus patronos, visando ao atendimento extrajudicial do pedido formulado, em observância aos
deveres de proteção e lealdade que decorrem do princípio da boa-fé objetiva (art. 422, CC).
Nesta esteira, considerando-se que a requerida possui o dever legal de guarda dos
fls. 44

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA de SÃO PAULO
FORO CENTRAL CÍVEL
39ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 12º andar - sala de atendimento nº 1204, Centro -
CEP 01501-900, Fone: (11) 3538-9478, São Paulo-SP - E-mail:
upj36a40cv@tjsp.jus.br

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFF5916.
documentos que originaram as obrigações assumidas, impõe-se a citação da requerida, em
observância às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, sem prejuízo de
posterior reconsideração da presente decisão.
Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de tutela de urgência formulado.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO, liberado nos autos em 16/05/2022 às 14:59 .
Cediço na jurisprudência deste e. TJSP que a disposição contida no artigo 334,
“caput”, do Código de Processo Civil, não se reveste de caráter obrigatório, dada a possibilidade
de as partes se comporem a qualquer tempo, independentemente da realização dessa audiência.
Deve o mencionado dispositivo legal ser interpretado com as demais regras do
ordenamento jurídico, especialmente com o contido no artigo 5º, LXXVIII, da Constituição
Federal, que dispõe sobre a razoável duração do processo, garantindo-se a celeridade na
tramitação.
A propósito, anota-se ser pequeno o número de composições ocorridas em
audiências designadas para o fim de conciliação. Assim, evita-se o congestionamento do Poder
Judiciário e o dispêndio imposto a ambas as partes, não se olvidando ainda vigorar a máxima de
que não há nulidade sem prejuízo.
Pelo exposto, deixo de designar audiência de conciliação.
Cite-se e intime-se a parte ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias
úteis. A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática
apresentada na petição inicial.
Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos
artigos 4º e 6º do Código de Processo Civil fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo
340 do referido diploma.
Como ato já vinculado a esta decisão, via sistema, será emitido modelo
institucional de carta aprovado pela Corregedoria Geral da Justiça, com todas as advertências
legais.
1 - O art. 248, § 4º, do CPC prevê que "nos condomínios edilícios ou nos
loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria
responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento,
se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente."
Em decorrência, poderá ser considerada válida a citação se o AR for assinado pela pessoa
fls. 45

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFF5916.
responsável pelo recebimento da correspondência. Anoto que poderá ocorrer posterior devolução
de AR negativo endereçados a condomínios, eis que é notório que as correspondências são
recebidas em lote e, posteriormente, devolvidas, caso os destinatários não mais residam no local.
2 Havendo devolução negativa de AR com a informação “mudou-se”, intime-se

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO, liberado nos autos em 16/05/2022 às 14:59 .
a parte ativa a indicar novo endereço para citação e recolhimento das despesas de postagem, caso
não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita.
3 - Não dispondo a parte ativa de novo endereço, intime-se a parte autora a
recolher as despesas para pesquisa de endereços pelos sistemas Bacenjud e Infojud por meio da
guia FEDTJ, código 434-1, no valor de R$ 16,00 por CPF/CNPJ e por serviço, caso não seja a
parte autora beneficiária da justiça gratuita, indicando na petição nome completo e CPF/CNPJ da
parte a ser consultada. Sendo a parte autora beneficiária da justiça gratuita, providencie a serventia
a pesquisa, intimando-se a parte autora acerca do resultado e manifestação em prosseguimento.
4 - Havendo devolução negativa de AR com a informação “ausente”, após três
tentativas, ou recebida por terceiro, nos termos do artigo 249, do Código de Processo Civil, intime-
se a parte autora a recolher as diligências do oficial de justiça e expeça-se mandado ou carta
precatória, conforme o caso, hipótese em que as diligências deverão ser recolhidas no Juízo
deprecado, caso não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita.
5 Diligenciados todos os endereços obtidos nas pesquisas e não ocorrendo a
regular citação, o que deverá ser informado pela parte autora na petição, com indicação das folhas
em que ocorreram as negativas, fica deferida a citação por edital, nos termos do artigo 256, II, do
Código de Processo Civil, com prazo de 20(vinte) dias, comprovando o recolhimento das despesas
para publicação no DJE, ressalvadas as hipóteses de justiça gratuita.
6 Elaborado o edital e em termos o recolhimento, providencie-se a
disponibilização nos autos digitais, providencie-se a fixação no local de costume, nos termos da
Lei, certificando-se, e intime-se a parte autora a comprovar a publicação em jornais de grande
circulação em 10(dez) dias, nos termos do artigo 257, parágrafo único, do Código de Processo
Civil.
7 Decorrido o prazo do edital e não oferecida contestação, oficie-se à Defensoria
Pública Estadual para indicação de curador especial.
8 Apresentadas contestações por todos os requeridos, ou certificada a ausência,
tornem conclusos.
fls. 46

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39ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 12º andar - sala de atendimento nº 1204, Centro -
CEP 01501-900, Fone: (11) 3538-9478, São Paulo-SP - E-mail:
upj36a40cv@tjsp.jus.br

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFF5916.
9 Fica a serventia autorizada a intimar a parte autora acerca da não observação de
quaisquer dos requisitos enumerados
10 Inerte a parte autora a qualquer dos itens supra, deverá ser intimada, por carta,
nos termos do artigo 485, § 1º, do Código de Processo Civil.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO, liberado nos autos em 16/05/2022 às 14:59 .
Intime-se.
São Paulo, 16 de maio de 2022.

RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO


Juiz(a) de Direito

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
fls. 47

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39ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº - São Paulo-SP - CEP 01501-900
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min

CARTA DE CITAÇÃO - RITO COMUM – PROCESSO DIGITAL

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código CFF99D3.
Processo Digital nº: 1048298-31.2022.8.26.0100
Classe – Assunto: Tutela Cautelar Antecedente - Liminar
Requerente: Kaio Victor Dias Alves
Requerido: Facebook Serviços Online do Brasil Ltda.
Destinatário:
Facebook Serviços Online do Brasil Ltda.
Avenida Chedid Jafet, 1909, 16º ANDAR, Vila Olimpia

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO, liberado nos autos em 16/05/2022 às 14:59 .
São Paulo-SP
CEP 04551-065
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.

ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.

OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. São Paulo, 16 de maio de 2022. RENATA BARROS SOUTO MAIOR BAIAO -
Juiz de Direito.
fls. 48

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 17/05/2022 06:50


Certidão - Processo 1048298-31.2022.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D00D4E4.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0317/2022, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Henrique Magalhaes de Carvalho (OAB 170752MG) D.J.E

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 17/05/2022 às 06:50 .
Teor do ato: "Vistos. Requer a parte autora a concessão de tutela provisória para determinar que a
requerida reative em 24h, as seguintes contas @mulheresemtpm e @engracadinhabr, na rede social
"Instagram", restabelecendo o acesso pelos e-mails "engracadinhabr@gmail.com" e
"mulherememtpmcontato@gmail.com", sob pena de multa. O art. 300 do Código de Processo Civil preceitua
que a concessão da tutela antecipada demanda a existência de dois requisitos cumulativos: a probabilidade do
direito e o perigo de dano. O ônus da prova acerca dos fatos constitutivos ao direito pleiteado incumbe à parte
autora, com fulcro no art. 373, I, do Código de Processo Civil, sobretudo em sede de tutela provisória, em que
a análise ocorre antes de que haja a triangularização da relação processual. A despeito dos esforços
argumentativos da parte autora, compulsando os autos, verifica-se que a parte autora não demonstrou a
prática de qualquer ato ilícito pela requerida, sobretudo considerando-se que, das provas juntadas, não é
possível extrair a data do contato efetuado com a requerida, se houve prazo razoável para o restabelecimento
das contas e se foram tomadas todas as providências demandadas, providências estas que a parte autora
tampouco especificou quais foram (fls. 30/38). Não se verifica, ainda, a tomada de qualquer providência, seja
pela parte autora ou por seus patronos, visando ao atendimento extrajudicial do pedido formulado, em
observância aos deveres de proteção e lealdade que decorrem do princípio da boa-fé objetiva (art. 422, CC).
Nesta esteira, considerando-se que a requerida possui o dever legal de guarda dos documentos que
originaram as obrigações assumidas, impõe-se a citação da requerida, em observância às garantias
constitucionais do contraditório e da ampla defesa, sem prejuízo de posterior reconsideração da presente
decisão. Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de tutela de urgência formulado. Cediço na jurisprudência deste
e. TJSP que a disposição contida no artigo 334, caput, do Código de Processo Civil, não se reveste de caráter
obrigatório, dada a possibilidade de as partes se comporem a qualquer tempo, independentemente da
realização dessa audiência. Deve o mencionado dispositivo legal ser interpretado com as demais regras do
ordenamento jurídico, especialmente com o contido no artigo 5º, LXXVIII, da Constituição Federal, que dispõe
sobre a razoável duração do processo, garantindo-se a celeridade na tramitação. A propósito, anota-se ser
pequeno o número de composições ocorridas em audiências designadas para o fim de conciliação. Assim,
evita-se o congestionamento do Poder Judiciário e o dispêndio imposto a ambas as partes, não se olvidando
ainda vigorar a máxima de que não há nulidade sem prejuízo. Pelo exposto, deixo de designar audiência de
conciliação. Cite-se e intime-se a parte ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. A ausência
de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial.
Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do Código de
Processo Civil fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340 do referido diploma. Como ato já
vinculado a esta decisão, via sistema, será emitido modelo institucional de carta aprovado pela Corregedoria
Geral da Justiça, com todas as advertências legais. 1 - O art. 248, § 4º, do CPC prevê que "nos condomínios
edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da
portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se
declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente." Em
decorrência, poderá ser considerada válida a citação se o AR for assinado pela pessoa responsável pelo
recebimento da correspondência. Anoto que poderá ocorrer posterior devolução de AR negativo endereçados
a condomínios, eis que é notório que as correspondências são recebidas em lote e, posteriormente,
devolvidas, caso os destinatários não mais residam no local. 2 Havendo devolução negativa de AR com a
informação mudou-se, intime-se a parte ativa a indicar novo endereço para citação e recolhimento das
despesas de postagem, caso não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita. 3 - Não dispondo a parte
ativa de novo endereço, intime-se a parte autora a recolher as despesas para pesquisa de endereços pelos
sistemas Bacenjud e Infojud por meio da guia FEDTJ, código 434-1, no valor de R$ 16,00 por CPF/CNPJ e por
serviço, caso não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita, indicando na petição nome completo e
CPF/CNPJ da parte a ser consultada. Sendo a parte autora beneficiária da justiça gratuita, providencie a
serventia a pesquisa, intimando-se a parte autora acerca do resultado e manifestação em prosseguimento. 4 -
fls. 49

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 17/05/2022 06:50


Certidão - Processo 1048298-31.2022.8.26.0100 Página: 2

Havendo devolução negativa de AR com a informação ausente, após três tentativas, ou recebida por terceiro,
nos termos do artigo 249, do Código de Processo Civil, intime-se a parte autora a recolher as diligências do
oficial de justiça e expeça-se mandado ou carta precatória, conforme o caso, hipótese em que as diligências
deverão ser recolhidas no Juízo deprecado, caso não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita. 5
Diligenciados todos os endereços obtidos nas pesquisas e não ocorrendo a regular citação, o que deverá ser

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D00D4E4.
informado pela parte autora na petição, com indicação das folhas em que ocorreram as negativas, fica
deferida a citação por edital, nos termos do artigo 256, II, do Código de Processo Civil, com prazo de 20(vinte)
dias, comprovando o recolhimento das despesas para publicação no DJE, ressalvadas as hipóteses de justiça
gratuita. 6 Elaborado o edital e em termos o recolhimento, providencie-se a disponibilização nos autos digitais,
providencie-se a fixação no local de costume, nos termos da Lei, certificando-se, e intime-se a parte autora a
comprovar a publicação em jornais de grande circulação em 10(dez) dias, nos termos do artigo 257, parágrafo
único, do Código de Processo Civil. 7 Decorrido o prazo do edital e não oferecida contestação, oficie-se à
Defensoria Pública Estadual para indicação de curador especial. 8 Apresentadas contestações por todos os

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 17/05/2022 às 06:50 .
requeridos, ou certificada a ausência, tornem conclusos. 9 Fica a serventia autorizada a intimar a parte autora
acerca da não observação de quaisquer dos requisitos enumerados 10 Inerte a parte autora a qualquer dos
itens supra, deverá ser intimada, por carta, nos termos do artigo 485, § 1º, do Código de Processo Civil.
Intime-se."

São Paulo, 17 de maio de 2022.


fls. 50

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 18/05/2022 00:21


Certidão - Processo 1048298-31.2022.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D03134C.
Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0317/2022, foi disponibilizado no Diário de Justiça
Eletrônico em 18/05/2022. Considera-se a data de publicação em 19/05/2022, primeiro dia útil subsequente à
data de disponibilização.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 18/05/2022 às 00:21 .
Advogado
Henrique Magalhaes de Carvalho (OAB 170752MG)

Teor do ato: "Vistos. Requer a parte autora a concessão de tutela provisória para determinar que a
requerida reative em 24h, as seguintes contas @mulheresemtpm e @engracadinhabr, na rede social
"Instagram", restabelecendo o acesso pelos e-mails "engracadinhabr@gmail.com" e
"mulherememtpmcontato@gmail.com", sob pena de multa. O art. 300 do Código de Processo Civil preceitua
que a concessão da tutela antecipada demanda a existência de dois requisitos cumulativos: a probabilidade do
direito e o perigo de dano. O ônus da prova acerca dos fatos constitutivos ao direito pleiteado incumbe à parte
autora, com fulcro no art. 373, I, do Código de Processo Civil, sobretudo em sede de tutela provisória, em que
a análise ocorre antes de que haja a triangularização da relação processual. A despeito dos esforços
argumentativos da parte autora, compulsando os autos, verifica-se que a parte autora não demonstrou a
prática de qualquer ato ilícito pela requerida, sobretudo considerando-se que, das provas juntadas, não é
possível extrair a data do contato efetuado com a requerida, se houve prazo razoável para o restabelecimento
das contas e se foram tomadas todas as providências demandadas, providências estas que a parte autora
tampouco especificou quais foram (fls. 30/38). Não se verifica, ainda, a tomada de qualquer providência, seja
pela parte autora ou por seus patronos, visando ao atendimento extrajudicial do pedido formulado, em
observância aos deveres de proteção e lealdade que decorrem do princípio da boa-fé objetiva (art. 422, CC).
Nesta esteira, considerando-se que a requerida possui o dever legal de guarda dos documentos que
originaram as obrigações assumidas, impõe-se a citação da requerida, em observância às garantias
constitucionais do contraditório e da ampla defesa, sem prejuízo de posterior reconsideração da presente
decisão. Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de tutela de urgência formulado. Cediço na jurisprudência deste
e. TJSP que a disposição contida no artigo 334, caput, do Código de Processo Civil, não se reveste de caráter
obrigatório, dada a possibilidade de as partes se comporem a qualquer tempo, independentemente da
realização dessa audiência. Deve o mencionado dispositivo legal ser interpretado com as demais regras do
ordenamento jurídico, especialmente com o contido no artigo 5º, LXXVIII, da Constituição Federal, que dispõe
sobre a razoável duração do processo, garantindo-se a celeridade na tramitação. A propósito, anota-se ser
pequeno o número de composições ocorridas em audiências designadas para o fim de conciliação. Assim,
evita-se o congestionamento do Poder Judiciário e o dispêndio imposto a ambas as partes, não se olvidando
ainda vigorar a máxima de que não há nulidade sem prejuízo. Pelo exposto, deixo de designar audiência de
conciliação. Cite-se e intime-se a parte ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. A ausência
de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial.
Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do Código de
Processo Civil fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340 do referido diploma. Como ato já
vinculado a esta decisão, via sistema, será emitido modelo institucional de carta aprovado pela Corregedoria
Geral da Justiça, com todas as advertências legais. 1 - O art. 248, § 4º, do CPC prevê que "nos condomínios
edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da
portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se
declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente." Em
decorrência, poderá ser considerada válida a citação se o AR for assinado pela pessoa responsável pelo
recebimento da correspondência. Anoto que poderá ocorrer posterior devolução de AR negativo endereçados
a condomínios, eis que é notório que as correspondências são recebidas em lote e, posteriormente,
devolvidas, caso os destinatários não mais residam no local. 2 Havendo devolução negativa de AR com a
informação mudou-se, intime-se a parte ativa a indicar novo endereço para citação e recolhimento das
despesas de postagem, caso não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita. 3 - Não dispondo a parte
ativa de novo endereço, intime-se a parte autora a recolher as despesas para pesquisa de endereços pelos
sistemas Bacenjud e Infojud por meio da guia FEDTJ, código 434-1, no valor de R$ 16,00 por CPF/CNPJ e por
serviço, caso não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita, indicando na petição nome completo e
fls. 51

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 18/05/2022 00:21


Certidão - Processo 1048298-31.2022.8.26.0100 Página: 2

CPF/CNPJ da parte a ser consultada. Sendo a parte autora beneficiária da justiça gratuita, providencie a
serventia a pesquisa, intimando-se a parte autora acerca do resultado e manifestação em prosseguimento. 4 -
Havendo devolução negativa de AR com a informação ausente, após três tentativas, ou recebida por terceiro,
nos termos do artigo 249, do Código de Processo Civil, intime-se a parte autora a recolher as diligências do
oficial de justiça e expeça-se mandado ou carta precatória, conforme o caso, hipótese em que as diligências

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D03134C.
deverão ser recolhidas no Juízo deprecado, caso não seja a parte autora beneficiária da justiça gratuita. 5
Diligenciados todos os endereços obtidos nas pesquisas e não ocorrendo a regular citação, o que deverá ser
informado pela parte autora na petição, com indicação das folhas em que ocorreram as negativas, fica
deferida a citação por edital, nos termos do artigo 256, II, do Código de Processo Civil, com prazo de 20(vinte)
dias, comprovando o recolhimento das despesas para publicação no DJE, ressalvadas as hipóteses de justiça
gratuita. 6 Elaborado o edital e em termos o recolhimento, providencie-se a disponibilização nos autos digitais,
providencie-se a fixação no local de costume, nos termos da Lei, certificando-se, e intime-se a parte autora a
comprovar a publicação em jornais de grande circulação em 10(dez) dias, nos termos do artigo 257, parágrafo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 18/05/2022 às 00:21 .
único, do Código de Processo Civil. 7 Decorrido o prazo do edital e não oferecida contestação, oficie-se à
Defensoria Pública Estadual para indicação de curador especial. 8 Apresentadas contestações por todos os
requeridos, ou certificada a ausência, tornem conclusos. 9 Fica a serventia autorizada a intimar a parte autora
acerca da não observação de quaisquer dos requisitos enumerados 10 Inerte a parte autora a qualquer dos
itens supra, deverá ser intimada, por carta, nos termos do artigo 485, § 1º, do Código de Processo Civil.
Intime-se."

SÃO PAULO, 18 de maio de 2022.


fls. 52

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 25/05/2022 às 09:09 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D108B9E.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HENRIQUE MAGALHAES DE CARVALHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 31/05/2022 às 16:25 , sob o número WJMJ22408952891
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EXCELENTÍSSIMO(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO DA 39ª VARA CÍVEL DO


FORO CENTRAL DE SÃO PAULO-SP.

Autos sob o nº: 1048298-31.2022.8.26.0100

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D1C1D97.
(

KAIO VICTOR DIAS ALVES, já qualificado nos autos em epígrafe, da AÇÃO DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA que move contra
FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA, por seu procurador, vem à presença de
V. Exa., se manifestar pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

Foi expedida a carta de citação ao réu, porem esta não se concretizou devido a esta ser
remetida a endereço diverso ao constante na inicial, razão pela qual requer a Vossa Excelência, que
se proceda nova citação conforme qualificação abaixo:

FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA, inscrito no CNPJ


13.347.016/0001-17, com sede na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, nº 700, 5º andar, CEP
04542-000, São Paulo-SP.

Requer ao final, a juntada da guia de despesas postais e seu respectivo comprovante de


pagamento.
Termos em que,
PEDE JUNTADA e DEFERIMENTO.

São Paulo-SP, 31 de maio de 2022.

HENRIQUE MAGALHÃES DE CARVALHO


OAB/SP 428.285

______________________________________________________________________
Página |1
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CELSO DE FARIA MONTEIRO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/07/2022 às 16:23 , sob o número WJMJ22412074810
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 39ª VARA CÍVEL DO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D68FDC0.
FORO CENTRAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Processo de origem n° 1048298-31.2022.8.26.0100


Ação De Obrigação De Fazer com Pedido de Tutela Antecipada cumulada com Indenização
Por Danos Morais

FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA. (“Facebook Brasil”),


pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrita no CNPJ/ME sob o n.º
13.347.016/0001-17, com sede na Capital do Estado de São Paulo, na Rua Leopoldo
Couto Magalhães Júnior, 700, 5º andar, Itaim Bibi, CEP 04542-000, por meio de seus
advogados, nos autos da Ação De Obrigação De Fazer com Pedido de Tutela
Antecipada Cumulada Com Indenização Por Danos Morais em epígrafe, ajuizada
por KAIO VICTOR DIAS ALVES (“Autor”), vem, respeitosa e tempestivamente1, à
presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 335 e seguintes do Código de
Processo Civil, apresentar a sua

CONTESTAÇÃO

pelas razões de fato e de direito a seguir delineadas.

I - BREVE RESUMO DA LIDE.

1. Trata-se de ação de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada cumulada


com indenizatória por danos morais movida por Kaio Victor Dias Alves (“Autor”) em face
de Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. (“Facebook Brasil”).

2. Em sintese, o Autor narra que é criador de conteúdo digital, e possui junto a


plataforma Instagram, dois perfis de conteúdo de humorístico e de notícias, sendo
eles: @mulheresemtpm com 942.000 novecentos e quarenta e dois mil) seguidores
e @engracadinhabr com 568.000 (quinhentos e sessenta e oito mil) seguidores.

3. Narra que o Instagram é a principal fonte de renda do Autor, e este sequer foi
cientificado/notificado da motivação da suspensão/bloqueio de seus 2 (dois) perfis
junto a plataforma, pois todas as tentativas de recuperação das contas fornecidas
pelo Demandado restaram infrutíferas.

1
O Facebook Brasil foi citado e intimado dos termos da presente demanda em 27.06.2022 (segunda-feira).
Assim, o prazo legal de 15 (quinze) dias para defesa iniciou-se em 28.06.2022 (terça-feira), findando-se somente
em 18.07.2022 (segunda-feira). Portanto, plenamente tempestiva a presente defesa protocolada nesta data.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CELSO DE FARIA MONTEIRO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/07/2022 às 16:23 , sob o número WJMJ22412074810
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4. Aduz que a Lei Geral de Proteção de Dados não foi respeitada, não foi informado

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D68FDC0.
o motivo da suspensão/bloqueio das contas, sendo os perfis do Autor desconectados
da plataforma sem qualquer direito a defesa.

5. Narra que seguiu todos os passos indicados pelo tópico de ajuda da plataforma,
preencheu formulários, e enviou as selfies como forma de comprovar sua identidade,
porém todas estas tentativas restaram infrutíferas

6. Informa que as contas foram simplesmente desconectadas e este ao tentar


entrar em seus perfis @mulheresemtpm e @engracadinhabr, após efetuar os
procedimentos anteriores a plataforma passou a lhe retornar a seguinte mensagem:
“Nenhum usuário encontrado”.

7. Assim, ajuizou a presente demanda requerendo liminarmente o Facebook reative


em 24h, as seguintes contas do Autor no Instagram: @mulheresemtpm e
@engracadinhabr, restabelecendo seu acesso, e- mails: engracadinhabr@gmail.com
e mulherememtpmcontato@gmail.com, Telefone: (66) 99647-4014, com a entrega
adequada do conteúdo sem qualquer restrição ou shadow ban em sua conta.

8. No mérito a procedência da ação para: (i) confirmer a tutela antecipada (ii))


condenação do Facebook Brasil em honorário.

9. Ao receber a inicial, Vossa Excelência entendeu por indeferir 2a tutela antecipada.

10. Agora, passa o Facebook Brasil a apresentar sua defesa.

II - ESCLARECIMENTO INICIAL SOBRE O SERVIÇO INSTAGRAM, O PROVEDOR DE


APLICAÇÕES DO SERVIÇO INSTAGRAM (“META PLATFORMS, INC.”) E O
FACEBOOK BRASIL.

11. É de se esclarecer, de início, Excelência, que o Instagram é um aplicativo gratuito


digital que permite aos seus usuários compartilhar fotografias e imagens, além de
incrementá-las e sofisticá-las por meio de uma grande variedade de filtros e efeitos que
são disponibilizados aos seus usuários.

12. O serviço Instagram, disponível em http://www.instagram.com e no aplicativo


Instagram para dispositivos móveis, é fornecido pela empresa norte-americana Meta
Platforms, Inc. (o Provedor de Aplicações Instagram ou “Provedor3”), conforme
mencionado nos Termos de Uso do Instagram, disponíveis em
https://help.instagram.com/581066165581870.

13. Ao apresentar esse esclarecimento prévio, a intenção do Facebook Brasil não é se


esquivar ao cumprimento das determinações deste Juízo, tampouco protelar o andamento
do processo. Ao contrário, a sua única preocupação é esclarecer que quaisquer
providências deferidas por este Juízo que exijam alguma ação na devem ser sempre

2 INDEFIRO o pedido de tutela de urgência formulado.


3 Antigamente denominada Facebook, Inc.

2
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tomadas pela empresa Meta Platforms,Inc. única materialmente capaz e legalmente

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legitimada para adotar quaisquer providências relacionadas ao aplicativo Instagram.

14. Evidentemente, desde logo, o Facebook Brasil compromete-se a estabelecer o


contato com a empresa responsável, informando-lhe acerca das ordens exaradas pelo
Poder Judiciário, bem como manter este D. Juízo atualizado sobre o status do
cumprimento das providências ordenadas. Que reste claro, Excelência, que, embora seja
ao Facebook Brasil inviável tomar providências diretas com relação ao aplicativo
Instagram, coloca-se à disposição deste D. Juízo para solicitá-las ao Provedor de
Aplicações daquele serviço no menor prazo possível, sempre que condizentes com a
legislação aplicável.

III - PRELIMINARMENTE.
III.A - DA PERDA SUPERVENITE DO OBJETO. AS CONTAS @MULHERESEMTPM E
@ENGRACADINHABR DO AUTOR ENCONTRAM-SE ATIVA NO SERVIÇO
INSTAGRAM.

15. Como brevemente antecipado na síntese da demanda, o Autor ajuizou a presente


demanda, pleiteando, em sede de tutela antecipada, a reativação das contas
denominadas @mulheresemtpm e @engracadinhabr no serviço Instagram.

16. Diante disso, tão logo o Facebook Brasil foi citado e intimado, contatou o Provedor
de Aplicações Instagram – único com capacidade e gerência sobre este serviço – para
apurar o quanto narrado na exordial.

17. Pelo que o Provedor de Aplicações Instagram constatou que as contas do Autor,
denominadas @mulheresemtpm sustentada pela URL
https://www.instagram.com/mulheresemtpm/ e @engracadinhabr sustentada sob a URL
https://www.instagram.com/engracadinhabr/ , – já se encontram disponível no
serviço Instagram.

18. Neste passo, ressalta-se que, com a simples consulta pública no serviço Instagram,
é possível verificar que as contas estão ativas.

19. Desta feita, haja vista que as contas objeto da demanda se encontra disponível no
serviço Instagram, tem-se a perda do objeto da presente demanda.

20. Ora, o artigo 17 do Código de Processo Civil – caracteriza-se pelo binômio


necessidade e utilidade da via jurisdicional. Cândido Rangel Dinamarco esclarece que
“Haverá o interesse processual sempre que o provimento jurisdicional pedido for o único
caminho para tentar obtê-lo e tiver aptidão a propiciá-lo àquele que o pretende”.

21. Diante de todo exposto, requer seja a presente demanda julgada extinta sem
resolução de mérito, nos artigos 17 e 485, incisos IV e VI, do Código de Processo Civil,
por perda superveniente do objeto em relação à pretensão de reativação das contas
@mulheresemtpm sustentada pela URL https://www.instagram.com/mulheresemtpm/ e
@engracadinhabr sustentada sob a URL https://www.instagram.com/engracadinhabr/,

3
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uma vez que ela já se encontram ativa no serviço Instagram, como se ateste do mero

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D68FDC0.
acesso a URL.

IV - DO MÉRITO.
IV.A - ESCLARECIMENTOS SOBRE AS POLÍTICAS E TERMOS DE USO DO
INSTAGRAM. CONTRATO ADERIDO PELO AUTOR , POR LIVRE E ESPONTÂNEA
VONTADE.

22. Inicialmente, a fim de esclarecer os motivos que levaram a possível desabilitação


das contas do Autor denominada @mulheresemtpm e @engracadinhabr, no serviço
Instagram, mister expor brevemente a Vossa Excelência o verdadeiro objetivo destes
serviços, suas organizações e funcionamento. Vejamos.

23. Excelência, o Instagram é uma ferramenta de conexão interpessoal, que concede


às pessoas comuns o poder de compartilhar informações, em especial fotos, vídeos e
relatos em tempo real entre os usuários.

24. O serviço Instagram, proporciona de maneira fácil e gratuita uma série de benefícios
a seus usuários, em verdadeiro caráter de comunidade com os mesmos propósitos e
desejos.

25. Importante ressaltar que não existe censura no Instagram. Pelo contrário. O
objetivo que norteou a criação do serviço foi justamente permitir de forma ampla o
exercício da liberdade de expressão pelos seus usuários. A preocupação do
Provedor do serviço Instagram com a liberdade de expressão é uma das linhas mestras
que norteiam a atuação.

26. No entanto, por óbvio, regras básicas de convivência são mantidas pelas
políticas de utilização do serviço Instagram, como em qualquer clube ou
comunidade, por exemplo, sem que isso represente qualquer ato de censura ou
restrição à liberdade de expressão:

Diretrizes da Comunidade4
(...)
Todos somos uma parte importante da comunidade do Instagram. Se você
acredita ter visto alguma coisa que possa violar nossas diretrizes, ajude-nos
usando nossa opção de denúncia incorporada. Temos uma equipe global
que analisa as denúncias e trabalha o mais rápido possível para
remover o conteúdo que não segue as nossas diretrizes. Mesmo que você
ou alguém que conheça não tenha uma conta do Instagram, vocês podem fazer
uma denúncia. Quando você concluir a denúncia, tente fornecer o máximo de
informações possíveis, como links, nomes de usuários e descrições do
conteúdo, para que possamos encontrá-lo e analisá-lo rapidamente.
Poderemos remover publicações inteiras caso as imagens ou legendas
associadas violem nossas diretrizes.

4
https://www.facebook.com/help/instagram/477434105621119

4
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27. Regras básicas de convivência são necessárias para garantir a coexistência pacífica

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D68FDC0.
entre os mais diversos usuários e seus mais diversos posicionamentos em harmonia. Com
essa finalidade foram editados os Termos de Uso5 do Instagram.

28. De fato, os Termos de Uso e Diretrizes da Comunidade trazem as regras que


visam preservar o ambiente seguro na utilização do serviço Instagram e a elas estão
sujeitos todos os usuários que, ao criar sua conta, tomam ciência e concordam com o
teor dos documentos:

Texto destacado na imagem: “Ao se cadastrar, você concorda com os nossos Termos,
Política de Dados e Política de Cookies.” (g.n.)

29. Assim, o Instagram conta não apenas com o compromisso assumido pelo usuário
de respeitar as regras estabelecidas na utilização do serviço – já que manifestou seu
aceite no momento da criação da conta – como disponibiliza ferramentas de
denúncia a fim de que outros usuários possam alertar o Provedor de Aplicações
sobre a existência de abusos relacionados à publicação de conteúdos e ações
que não são permitidas no Instagram -, tudo com o intuito de garantir a diversidade
e a convivência harmônica previstas nos Diretrizes da Comunidade e propiciar o regular
funcionamento do serviço.

30. Logo, quando o Instagram toma medidas de remoção de conteúdo,


indisponibilidade de uma conta ou bloqueios temporários, o que se tem em mente é a
proteção do quanto disposto nos Termos e Diretrizes da Comunidade, haja vista
que o Provedor se compromete com seus usuários a oferecer um ambiente harmônico,
respeitoso e seguro.

5
https://help.instagram.com/581066165581870

5
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D68FDC0.
31. Além do mais, importante esclarecer que o serviço Instagram oferece, para a
conveniência dos usuários, as mencionadas ferramentas de denúncia, conforme consta
em Diretrizes da Comunidade6 e Central de Ajuda:

Diretrizes da Comunidade7
O Instagram é um reflexo da nossa comunidade de culturas, idades e crenças
diversificadas. Passamos muito tempo pensando sobre os diferentes pontos de
vista para criar um ambiente aberto e seguro para todos.
Criamos as Diretrizes da Comunidade para que você nos ajude a promover e a
proteger essa comunidade maravilhosa. Usando o Instagram, você concorda
com essas diretrizes e com os nossos Termos de Uso. Nós nos comprometemos
a seguir essas diretrizes e esperamos que você também se comprometa.
Ultrapassar estes limites pode resultar em exclusão de
conteúdo, contas desativadas ou outras restrições.

Central de Ajuda8
Se você tem uma conta do Instagram, pode denunciar um perfil ou um
conteúdo no Instagram que não esteja seguindo as nossas Diretrizes da
Comunidade.

32. Ainda, na Central de Ajuda do serviço Instagram há esclarecimentos acerca de, no


momento em que uma denúncia é recebida, qual o procedimento a ser adotado pelo
Provedor de Aplicações do Instagram, a fim de que abusos sejam extirpados do serviço.

33. Deste modo, o Provedor esclarece que, no momento em que uma denúncia é
recepcionada no Instagram, é realizada uma análise interna a fim de se averiguar
se aquele conteúdo/conta de fato viola os “Termos de Uso”9 do serviço.

34. O serviço Instagram sempre prezou por um ambiente harmônico e seguro e para
tanto, consigna a todos os seus usuários que, em nome da diversidade do serviço, um
conjunto de padrões mínimos deverão ser respeitados - inclusive no que diz respeito a
tipos de compartilhamentos permitidos, tipos de conteúdos que podem ser removidos,
bem como medidas que podem ser tomadas unilateralmente pelo Provedor de Aplicações.

35. Nesta toada, importante esclarecer que dentre as regras constantes nos “Termos
de Uso” do Instagram, os usuários são alertados acerca das "Diretrizes de Comunidade"
estabelecidas, como também, os usuários são obrigados a declararem que leram e
entenderam, além de concordarem com os “Termos de Uso” do serviço.

36. Os Termos de Uso do Instagram são calcados em transparência,


legalmente analisados e aceitos pelos usuários e existem com o fito de prover
segurança a toda a comunidade do Instagram.

6
https://www.facebook.com/help/instagram/477434105621119/
7
https://help.instagram.com/
8
https://help.instagram.com/192435014247952?helpref=search&sr=16&query=como%20denunciar
9
https://help.instagram.com/581066165581870

6
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37. Ademais, nos Termos de Uso10 do serviço Instagram há previsão expressa quanto

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à necessidade de observância às regras estabelecidas nos Termos e Diretrizes do serviço,
bem como quanto à possibilidade de exclusão de conteúdos e/ou contas,
restrições de contas que violem os referidos termos e até mesmo
indisponibilidade de uma conta para eventuais averiguações que possam se
fazer necessárias. Confira-se:

Remoção de conteúdo e desativação ou encerramento de sua conta


Poderemos remover qualquer conteúdo ou informação que você compartilhar
no Serviço se acreditarmos que tal conteúdo viola estes Termos de Uso ou
nossas políticas (incluindo nossas Diretrizes da Comunidade do
Instagram) ou estivermos autorizados ou obrigados por lei a fazê-lo.
Poderemos recusar fornecer ou parar de fornecer imediatamente todo o Serviço
ou parte dele para você (incluindo encerramento ou desativação do seu acesso
aos Produtos do Facebook e aos Produtos das Empresas do Facebook) a fim de
proteger nossos serviços ou nossa comunidade, ou se você criar risco ou
exposição legal para nós, violar estes Termos de Uso ou nossas políticas
(incluindo nossas Diretrizes da Comunidade do Instagram), violar
repetidamente os direitos de propriedade intelectual de outras pessoas ou em
caso de permissão ou exigência legal nesse sentido. Também poderemos
encerrar ou alterar o Serviço, remover ou bloquear o conteúdo ou as
informações compartilhadas no Serviço ou parar de fornecer todo o Serviço ou
parte dele se determinarmos que isso é razoavelmente necessário para evitar
ou reduzir impactos legais ou regulatórios adversos para nós. Se acreditar que
a sua conta foi encerrada por engano ou se quiser desativar ou excluir
permanentemente a conta, acesse a nossa Central de Ajuda. Quando você
solicita a exclusão de um conteúdo que publicou ou a exclusão da sua conta, o
processo se inicia automaticamente em até 30 dias após a sua solicitação. É
possível que a exclusão do conteúdo ocorra em até 90 dias após o início do
processo de exclusão. Apesar de o processo de exclusão de determinado
conteúdo já ter começado, o conteúdo não é mais visível aos demais usuários,
mas ele permanece sujeito a estes Termos de Uso e à nossa Política de Dados.
Após a exclusão do conteúdo, talvez levemos mais 90 dias para removê-lo de
nossos sistemas de backup e de recuperação de desastres.

38. Nesse sentido, repisa-se que o Autor , assim como todos os usuários do serviço
Instagram têm ciência inequívoca de que, ao se cadastrarem no serviço Instagram, há a
garantia contratual de que os conteúdos publicados não violarão ou transgredirão direitos
de terceiros.

39. Ainda, importante destacar alguns julgados em casos semelhantes ao presente, em


que foram decididos que a imposição de restrição e até mesmo a remoção de contas
ocorreu de acordo com os "Termos de Serviço" e que tais termos não são abusivos:

“Em que pese as alegações postas nas razões deste recurso, tem-se, assim
como concluiu o prolator da decisão impugnada, ser o caso de indeferimento
do pedido de tutela de urgência.

10
https://help.instagram.com/581066165581870

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Sucede que, embora alegue não ter ocorrido o aviso prévio, o próprio autor

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agravante, informa que a suspensão feita pelo requerido Facebook, do uso da
conta “turbo comédia”, na plataforma Instagram, se deu após o recebimento
de denúncia, feita por terceiro, de violação, por parte de publicação feita pelo
autor agravante, de direito de propriedade intelectual de empresa outra.
E, nesses casos, de denúncia, por uso indevido da plataforma
Instagram, conforme se verifica do Termo de Uso apresentado pelo
requerido Facebook, é possível ao referido administrador da
plataforma Instagram, excluir conteúdo e, inclusive, desativar contas
vinculadas à mencionada plataforma (Instagram).
(...)
O requerido, agravado, comprovou a ocorrência Facebook das denúncias feita
pela empresa KGH Media LLC, nos meses de abril e maio de 2019 (id.
14908950), em um total de 08, de eventual uso indevido da ferramenta, pelo
autor agravante, consistente na possível violação de marca autoral da referida
empresa.
Logo, com razão a decisão impugnada ao sustentar a precariedade de
elementos para a obtenção do deferimento da tutela de urgência pleiteada.
(...)
Isso posto, nega-se provimento ao Agravo e mantém-se a decisão impugnada,
indeferiu o pedido de tutela de urgência, consistente no restabelecimento da
conta até então utilizada pelo autor agravante, denominada “Turbo Comédia”,
na plataforma do Instagram, sem a exclusão do conteúdo publicado, de forma
a viabilizar a normal utilização pelo autor recorrente.” (TJMT – 4ª Câmara de
Direito Privado, AI. nº 1011707-04.2019.8.11.0000, rel. Des. GUIOMAR
TEODORO BORGES, j. em 16/10/2019) (g.n.)

“Nesta linha de raciocínio, o bloqueio da conta, realizado após prévias


tentativas de solucionar a transgressão, erige-se em exercício regular
de direito, não se vislumbrando, dentro do exame superficial que se faz à luz
do artigo 300, do Código de Processo Civil, a probabilidade do direito invocado
pelo autor.” (TJSP – 8ª Câmara de Direito Privado, AI. nº 2050936-
05.2017.8.26.0000, rel. Des. ALEXANDRE COELHO, j. em 18/10/2017) (g.n.)

“Afirma que a censura foi cometida ‘sem o menor pudor, sem aviso prévio e
sem aviso póstumo’.
No âmbito de cognição deste recurso, está demonstrado que não houve
censura, mas violações aos ‘Termos de Serviços e Padrões da Comunidade do
Site Facebook’.
Também há prova de que o autor foi notificado por mais de 45 vezes antes da
remoção.
O autor diz que é movido pela cidadania.
Evidente que o exercício desse direito não se restringe a postagens no
Facebook. Nada impede o autor de levar prova de corrupção às autoridades
policiais.
Dessa forma, não há perigo de dano ao autor nem risco ao resultado útil do
processo.” (TJSP – 7ª Câmara de Direito Privado, AI nº 2212895-
19.2016.8.26.0000, rel. Des. MARY GRÜN, j. em 22/3/2017) (g.n.)

“Começo esclarecendo que a Apelada, apesar de ter sido notificada sobre o


motivo pelo qual teve suas contas desativadas (cf. notificação da provedora,

8
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fls. 26), alegou desconhecê-lo, não tendo tampouco alegado, seja na inicial,

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D68FDC0.
seja na réplica, a abusividade do termo de adesão, que condiciona o direito de
uso da aplicação ao respeito do direito de propriedade intelectual alheio.
À falta de impugnação das cláusulas do contrato de adesão que preveem a
desativação do perfil pela Apelante em caso de constatação extrajudicial de
ofensa a direito alheio, descabe ao Judiciário fazê-lo, sob pena de desrespeito
ao princípio da congruência (CPC/2015 141) e do contraditório (CRFB 5º LV).
(…).
Cabe verificar, então, se a Apelante provou que a Apelada desrespeitou a
propriedade intelectual em seus perfis na aplicação, o que lhe conferiria direito
a desativar as contas da Apelada (cf. item 3 da seção ‘Denúncia de violações
de direitos autorais e outros direitos de propriedade Intelectual’,
https://help.instagram.com/ 478745558852511).
A Apelante alega que os posts juntados pela própria Apelada a fls. 30/1 têm
marca d'água, o que evidenciaria que as imagens pertencem a outros usuários,
e não à Apelada. Marcas d'água são meios notórios de identificação de autoria
de imagem, devendo presumir propriedade (Lei nº 9.610/1998, arts. 12 e 13).
Apesar de esse argumento constar da contestação da Apelante (fls. 101/2), a
Apelada não se defendeu, deixando de apresentar autorização expressa para
uso do material que reproduziu em seus perfis, como exige a Lei (Lei nº
9.610/1998, art. 29), concluindo-se que, de fato, infringiu direito autoral.
Havendo previsão no termo de uso de que violações repetidas à propriedade
intelectual de terceiros poderiam provocar a desativação da conta do usuário,
inexistindo ademais impugnação da abusividade dessa cláusula, que assim
segue válida, tendo ainda a Apelante notificado a Apelada a respeito das
possíveis infrações, perante as quais a Apelada permaneceu inerte, entendo
que a Apelante exerceu regularmente seu direito de desativar as contas da
Apelada” (TJSP – 7ª Câmara de Direito Privado, Ap. nº 1045316-
54.2016.8.26.0100, rel. Des. LUIZ ANTONIO COSTA, j. em 8/3/2017) (g.n.)

40. Logo, por todos os ângulos que se analise a questão, verifica-se que não houve
conduta ilícita, tampouco abusiva do Provedor, que não pode ficar alheio aos relatos de
abuso no Instagram, razão pela qual, repita-se, agiu no exercício regular de direito
ao indisponibilizar temporariamente a conta da empresa Autora denominada
@mulheresemtpm e @engracadinhabr que atualmente já se encontram ativas no
serviço Instagram.

IV.B - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO DO SERVIÇO INSTAGRAM E PRINCÍPIO


DA OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS.

41. Conforme visto, o Provedor de Aplicações do Instagram está autorizado a promover


as medidas necessárias e contratualmente previstas para manter a segurança e harmonia
do respectivo serviço em caso de violação aos Termos de Uso ou Diretrizes da
Comunidade.

42. Ora, o Provedor dos serviços Instagram são os criadores e efetivos responsáveis
pela administração e gerenciamento dos serviços. É absolutamente justo e legítimo que
definam, obviamente que dentro dos limites da lei, as condições e as regras de conduta
que devem ser obedecidas pelos usuários. Principalmente quando elas visam

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fls. 68

garantir a segurança e os direitos desses mesmos usuários e a harmonia do

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ambiente como um todo.

43. É por isso que, o Provedor de Aplicações do Instagram pode desativar uma conta
se esta violou termos de uso, e estará nos exatos limites do exercício regular de
direito, nos moldes do inciso I do artigo 188 do Código Civil, ao simplesmente dar
cumprimento ao contrato estipulado com o usuário, de tal sorte que não há qualquer
anormalidade ou atividade abusiva.

44. Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery em “Código Civil Comentado 11”,
assim dispõem sobre o exercício regular de direito:

“É a utilização do direito sem invadir a esfera do direito de outrem. É


não prejudicar o direito de outrem, independentemente de causar
dano. Só exerce regularmente seu direito àquele que não prejudica o direito
de outrem.”

45. Não fosse isso o suficiente, destaca-se que o artigo 474 do Código Civil permite a
resolução do contrato de forma imediata para os casos em que houver clausula resolutiva
expressa, sendo desnecessária a interpelação judicial, conforme a seguir transcrito:

Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita


depende de interpelação judicial. (Destacou-se)

46. Assim, não faz sentido exigir veiculação, uma vez que ninguém é obrigado a se
manter contratado com quem eventualmente não mais deseja ter relação, em prejuízo
das regras contratuais predefinidas entre as partes.

47. E mais, ambos os serviços não podem se verem obrigados a permanecerem


contratados com usuário que violou os termos, tratando da questão, de pleno direito do
Instagram.

48. Em outras palavras: caso o Réu tivesse violado uma cláusula do contrato firmado
com a Agravada, e este não mais querendo permanecer contratado, assim permanecesse,
seria a Agravada judicialmente obrigada a relação contratual irretocável? A resposta seria
obvia: não. Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. OBRIGAÇÕES. CONTRATO. RESILISÃO


UNILATERAL. DENÚNCIA. POSSIBILIDADE. DANO MORAL. INOCORRÊNCIA.
Ninguém é obrigado a manter contrato com quem não deseja mais ter
relação. Consectário da liberdade de contratar. Possibilidade de
resilição unilateral do contrato através da denúncia, desde que
espeitadas as disposições contratuais, por força do art. 473, do Código
Civil. Precedentes do TJ/RJ. Inexiste qualquer prova, não obstante o volumoso
processo, acerca de qualquer causa de nulidade ou anulabilidade, elencadas
nos artigos 166 e 171, do diploma civilista, da denúncia contestada. (...)
Ausência de dano moral, tendo em vista que o ato é lícito e a conduta

11
Código Civil Comentado. 6.ª edição, São Paulo, Revista dos Tribunais, 2012, p. 372.

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fls. 69

decorre do exercício regular do direito. Precedentes do TJ/RJ. Manutenção

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das sentenças. Desprovimento dos recursos.
6.- Ante o exposto, com apoio no art. 544, § 4º, II, a, do CPC, conhece-se do
Agravo, negando-lhe provimento. Intimem-se.
Brasília (DF), 29 de novembro de 2013. (Ministro SIDNEI BENETI, 09/12/2013)

49. Nesse sentido, a jurisprudência pátria é farta no tocante à validação dos Termos
de Uso para casos semelhantes ao dos autos:

“Como bem salientado na sentença, “ao estabelecer política de uso a ré não


está censurando injustificadamente conteúdos, mas sim tentando construir
regras básicas para o convívio harmônico em sua plataforma virtual.
Além disso, merece o mais alto relevo o fato de que a interrupção do perfil da
autora foi apenas temporária, passando ao largo de significar ofensa ao direito
fundamental de liberdade de expressão.
Não há ato ilícito na hipótese concreta. Mas ainda que assim não fosse, a
verificação do dano moral não decorre somente da ocorrência do ato ilícito. Há
de se perquirir se o ato foi capaz atingir a esfera da dignidade da pessoa,
ofendendo-a de maneira relevante.
Não ficou comprovado qualquer desdobramento que permita concluir pela
ocorrência de dano moral, motivo pelo qual a sentença está isenta de reparos.
Não ficou comprovado qualquer desdobramento que permita concluir pela
ocorrência de dano moral, motivo pelo qual a sentença está isenta de reparos.
(...)”. (TJRJ – 13ª Câmara de Direito Cível, Ap. nº 0233852-
33.2017.8.19.0001, rel. Des. AGOSTINHO TEIXEIRA, j. em 16/12/2019) (g.n.)

“Informa a Ré, na defesa, os números das denúncias recebidas, bem


como indica os proprietários dos direitos violados (Globo e Fifa), tendo,
inclusive, as denúncias ocorridos em dias distintos durante o ano de 2018,
demonstrando-se que o autor, de fato, manteve reiteradamente a violação da
política de uso da plataforma, sendo, ao todo, 09 denúncias.
Não bastante a política de uso da Ré, os direitos autorais, dada a sua
relevância enquanto bem jurídico, são protegidos pela Lei LEI Nº
9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 sendo claro que é assegurada ao
autor se valer dos proventos econômicos originados da obra que criou.
Desta forma, observando que a Ré efetivamente demonstra ter o Autor violado
reiteradamente a política de uso da plataforma Instagram, entendo pelo não
acolhimento dos pleitos formulados.
Nesta senda, julgo, com resolução do mérito, IMPROCEDENTE a ação.
Sem custas e sem honorários na forma do art. 55 da lei 9.099.
Observem-se as habilitações eletrônicas para fins de intimação.” (13º VSJE do
Consumidor (MATUTINO), BA, Processo nº 0001145-15.2019.8.05.0001, Juiz
LEO ANDRE CERVEIRA, j. em 23/04/2019)

“Ora, é de livre escolha da parte autora ser usuária da rede social, pela qual
inclusive não é cobrada taxa para utilização. Assim, sendo uma regra para
convivência e utilização do perfil, deve a parte autora se submeter as
regras como os demais usuários e caso não concorde pode se
descadastrar, não sendo obrigada a permanecer na plataforma virtual.
Além disso, conforme aduzido pela ré na defesa, a conta administrada pelo

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Autor fora desativada por violar políticas do Aplicativo Instagram,

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especificamente, no tocante à violação à direitos de terceiros, o que
pode ser comprovado nos próprios documentos juntados pela parte
autora no evento nº 01, restando comprovado que fora devidamente
notificado e justificada a desativação da conta. Portanto, mesmo a par
de todas as disposições contratuais e o extenso rol de informações
disponíveis na plataforma virtual, o Autor, que utilizava sua conta para
anunciar produtos de sua loja, praticou condutas inapropriadas, em
desacordo com as diretrizes do Aplicativo Instagram, violando
frontalmente os termos contratuais por ela aceitos quando de seu
ingresso na plataforma. Desse modo, sem a prova efetiva de conduta
indevida da ré, não há que se falar em dever de indenizar. CONCLUSÃO Isto
posto, JULGO IMPROCEDENTE a ação.” (8º VSJE do Consumidor (VESPERTINO)
de Salvador, BA, Processo nº 0105079-23.2018.8.05.0001, Juiza MARIANA
TEIXEIRA LOPES, j. em 11/11/2018) (g.n.)

“Importante consignar, ainda que para o deslinde da ação pouco importa qual
o termo teria sido violado pelo autor.
Isso porque, a ação visa apenas compelir a restituir a conta, o que não se
mostra possível, já que ninguém está obrigado a contratar ou manter qualquer
contratação, quando não mais lhe interessar.
Não parece lógico que a requerida exclua a conta do autor por simples capricho,
já que seu interesse é exatamente o contrário, ou seja, manter muitas contas
em sua plataforma.
Por essas razões, impõe-se a reforma da sentença.
Ante o exposto, DÁ-SE PROVIMENTO ao recurso para JULGAR IMPROCEDENTE
a ação, invertidos os ônus da sucumbência.” (TJSP – 17ª Câmara de Direito
Privado, Ap. nº 1007714-59.2018.8.26.0229, rel. Des. IRINEU FAVA , j. em
03/08/2020) (g.n.)

50. Em suma, a possibilidade de aplicação de restrições ou até mesmo exclusão de


conta está inserida no exercício regular de direito do Instagram, pois de acordo com
as cláusulas contratuais previamente estipuladas para a utilização do serviço, a exigir a
aplicação do princípio da obrigatoriedade dos contratos, pelo qual o contrato faz lei
entre as partes, inexistindo qualquer ilegalidade em sua conduta.

51. E sem prejuízo aos princípios do pacta sunt servanda e da preservação dos
contratos aplicáveis ao caso, é corolário do princípio da liberdade de contratar que
ninguém é obrigado a permanecer contratado se assim não desejar, em respeito ao
enunciado do artigo 5º, inciso XX da Constituição Federal, bem como do art. 421 do CC
que assegura a liberdade de contratação. Nesse caso, a parte se sujeitará às eventuais
consequências legais e contratuais da resolução unilateral do contrato.

52. Ademais, no entendimento do Autor, teria ocorrido suposta e indevida restrição ao


acesso a seus dados pessoais, de modo que pontua desrespeito ao seu “direito de
autodeterminação informativa”, bem como ausência de informações no tocante às
decisões automatizadas adotadas pela plataforma, que configurariam violação aos artigos
2º, 5º inciso X e 20, §1º da Lei.

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53. Inicialmente, como já esclarecido, no presente caso não se trata de uma tomada

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de decisão pautada no tratamento de dados pessoais realizados de forma exclusivamente
automatizada para finalidades como a definição de perfil pessoal, profissional, de
consumo e de crédito ou mesmo personalidade de usuário – o chamado profiling -, como
prevê o alegado artigo 20.

54. Nesse sentido, tampouco se sustenta a alegação autoral de suposta violação ao seu
direito de autodeterminação informativa, em suposta afronta aos princípios legais
dispostos no artigo 2º da LGPD. Isso porque, o direito à autodeterminação nada mais é
do que a faculdade que o indivíduo possui de exercer controle sobre seus dados pessoais.
E, como exaustivamente narrado, não foi negado à Autora em momento algum.

55. Como visto, o enfrentamento do caso em questão não tem qualquer relação com a
negativa de acesso, por parte do Autor, aos seus dados pessoais. E mais, o artigo 2º da
LGPD refere-se aos princípios fundamentais na proteção de dados pessoais, tais como o
respeito à privacidade, à liberdade de expressão, de informação, de comunicação, o
desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação, os direitos humanos, dentre
outros, com os quais, como demonstrado, o Facebook, Inc. está firmemente
comprometido.

56. Pelo exposto, não há que se falar em tratamento indevido de dados pessoais do
Autor ou violação à LGPD, mas tão somente, como visto, em exercício regular do direito
do provedor de aplicações de internet de executar as regras previstas em seus termos
de uso e diretrizes, com a imposição de desativação da conta, em razão da violação
verificada.

57. Por tanto, comprovado que o Provedor agiu nos exatos limites do exercício regular
de direito, nos moldes do inciso I do artigo 188 do Código Civil, ao simplesmente
dar cumprimento ao contrato estipulado com o usuário.

58. Diante de todo o exposto, o Facebook Brasil requer seja a demanda julgada
improcedente vez que o Provedor de Aplicações do Instagram está legitimado a
proceder com bloqueios temporários, restrição de funcionalidade e até mesmo
a remoção definitiva de uma conta em conformidade com os termos contratuais
do respectivo serviço.

IV.C - DA IMPOSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.

59. Ainda, verifica-se que o Autor requereu a inversão do ônus da prova, apesar de não
ser cabível no presente caso.

60. Isso porque, o conceito de hipossuficiência abarca as características individuais do


consumidor, sendo que hipossuficiente é o consumidor que em relação ao fornecedor está
em posição de desvantagem no que se refere à demonstração do alegado direito.

61. Nesses termos, a hipossuficiência do consumidor decorrerá da desigualdade


existente quanto à detenção do conhecimento técnico, sendo, portanto, hipossuficiência

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técnica, o que não foi demonstrado desde o início pelo Autor , que colacionou aos autos

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todos os documentos que julgou relevantes para satisfazer sua pretensão.

62. Nesses termos, conceitua muito bem acerca do tema o doutrinador Theotonio
Negrão, “Código Civil e Legislação Civil em vigor”, 31.ª Edição, Ed. Saraiva, pág.851:

“A hipossuficiência a que faz remissão do referido inciso VIII deve ser analisada
não apenas sob o prisma econômico e social, mas sobretudo, quanto ao aspecto
da produção de prova técnica” (STJ-RDDP 68/139: 3.ª T., Resp 915.599). A
hipossuficiência não deve ser presumida apenas pelo fato de uma parte ser
economicamente mais forte que a outra. Para que ela se concretize é
necessário que haja desigualdade entre as partes de tal sorte que impossibilite
ou dificulte a produção de defesa (JTJ 292/388).”

63. No tocante à jurisprudência, é dominante no sentido de que a inversão do ônus da


prova apenas se dará quando for devidamente preenchido o requisito do artigo 6º, VIII
do Código de Defesa do Consumidor, qual seja, demonstrada a hipossuficiência, veja-se:

APELAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL AUSÊNCIA DE PROVA DE PRIMEIRA


APARÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, SEJA
DIANTE DA FALTA DE VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES, SEJA EM
FACE DA AUSÊNCIA DE HIPOSSUFUCIÊNCIA TÉCNICA.
DESCUMPRIMENTO DO ÔNUS ESTATUÍDO PELO ART. 333, I, DO CPC. SE
HOUVESSE, PELO MENOS, ALGUMA PROVA INDICIÁRIA DOS FATOS
ALEGADOS, SERIA POSSÍVEL CONSIDERAR A VIOLAÇÃO À BOA-FÉ OBJETIVA,
PELO DEVER DE MITIGAR AS PERDAS. RECURSO A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO, NOS TERMOS DO ART. 557, CAPUT, DO CPC.
(Processo: APL 118666520108190061 RJ 0011866-65.2010.8.19.0061,
Relator(a): DES. GABRIEL ZEFIRO, Julgamento: 17/04/2012, Órgão Julgador:
DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL)

Agravo de Instrumento - Ação de indenização por danos morais Contrato de


empréstimo Pretensão de inversão do ônus da prova, com base no Código de
Defesa do Consumidor - Inadmissibilidade, por não configurada hipótese
de hipossuficiência técnica - Recurso provido.
(Processo AG 2151320220128260000 SP 0215132-02.2012.8.26.0000,
Relatora: Zélia Maria Antunes Alves, Julgamento: 28/11/2012, Órgão Julgador:
13ª Câmara de Direito Privado, Publicado: 29/11/2012

64. Logo, no que tange a inversão do ônus da prova pretendida pelo Autor , nos termos
do artigo 6º do Código de Processo Civil, vislumbra-se que quanto à desvantagem
técnica e de informação, esta não se apresenta na medida em que não houve
qualquer dificuldade para o Autor trazer aos autos a prova de seu alegado
direito.

65. Desta feita, requer seja totalmente afastado o pedido de inversão do ônus da prova,
pois, como demonstrado, o Autor não é hipossuficiente e colacionou aos autos o quanto
suficiente para comprovação do suposto direito alegado.

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IV.D - DO DESCABIMENTO DE CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DO ÔNUS DA

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SUCUMBÊNCIA. ARTIGO 55, CAPUT, DA LEI 9.099/95.

66. Por fim, o Facebook Brasil ressalta que é patente a impossibilidade de condenação
em honorários nesta instância, uma vez que a presente ação foi proposta no âmbito do
Juizado Especial Cível.

67. E, neste sentido, impossível a fixação de honorários nesta situação, sob a égide do
disposto no artigo 55, caput, da Lei 9.099. Confira-se:

Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas


e honorários de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé.
Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de
advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor de
condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa.

68. Logo, tratando-se de processo em curso ainda em primeiro grau no Juizado Especial
Cível, não há que se falar em fixação de honorários advocatícios.

69. Por todo o exposto, ao pleito autoral para condenação do Facebook Brasil ao
pagamento de custas processuais e honorários advocatícios deve ser indeferido.

V - CONCLUSÃO E PEDIDOS.

70. Diante de todo o exposto, o Facebook Brasil requer que seja a demanda julgada
improcedente, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.

71. Protesta-se pela produção de todo meio de prova admitido em direito, destaque
para posterior juntada de documentos, nos termos do artigo 369 do Código de Processo
Civil e ainda, ressalta que não há justificativa para o deferimento de produção
da prova requerida pelo Autor – depoimento pessoal -, porque é inútil e
impertinente, pois foge ao objeto dos autos, bem como a lide em questão e
ainda não influirá sob nenhum ângulo que se analise o litígio na decisão da
causa12.

72. Por derradeiro, requer que todas as intimações ou notificações decorrentes dos
atos praticados neste feito sejam realizadas exclusivamente na pessoa do advogado
Celso de Faria Monteiro inscrito na OAB/SP sob o nº 138.436, sob pena de
nulidade, nos termos do artigo 272, §5º do Código de Processo Civil.

Termos em que
pede deferimento.

São Paulo, 15 de julho de 2022.

12
Matéria exclusivamente de direito, artigos 139, III, 370, parágrafo único, 464 e 472 do Código de
Processo Civil.

15
OAB/SP 138436
Celso de Faria Monteiro

16
fls. 74

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fls. 93

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CÍVEL
39ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 12º andar - sala de atendimento nº 1204, Centro -
CEP 01501-900, Fone: (11) 3538-9478, São Paulo-SP - E-mail:
upj36a40cv@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 13h00min às17h00min

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DECISÃO

Processo Digital nº: 1048298-31.2022.8.26.0100


Classe - Assunto Tutela Cautelar Antecedente - Liminar
Requerente: Kaio Victor Dias Alves
Requerido: Facebook Serviços Online do Brasil Ltda.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JULIANA KOGA GUIMARAES, liberado nos autos em 25/07/2022 às 16:09 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Juliana Koga Guimarães

Vistos.

Especifiquem as partes as provas que pretendem produzir, justificando a sua


necessidade e pertinência, tendo em vista a documentação acostada aos autos, indicando os pontos
controvertidos que pretendem dirimir e fazendo as necessárias correlações com as provas que
vierem a ser especificadas.

Digam, ainda, se pretendem a realização de audiência de conciliação, tudo sem


prejuízo de eventual julgamento no estado.

Após tornem os autos conclusos para saneador ou sentença.

Intime-se.

São Paulo, 25 de julho de 2022.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CELSO DE FARIA MONTEIRO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 02/08/2022 às 14:46 , sob o número WJMJ22413211691
fls. 96

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D86A947.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 39ª VARA CÍVEL DO
FORO CENTRAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Processo de origem n° 1048298-31.2022.8.26.0100


Ação de Obrigação de Fazer com Pedido Tutela Antecipada cumulada com Indenizatória
por Danos Morais.

FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA. (“Facebook Brasil”),


devidamente qualificado, por seus advogados, nos autos Ação de Obrigação de Fazer
com Pedido Tutela Antecipada cumulada com Indenizatória por Danos Morais,
ajuizada por KAIO VICTOR DIAS ALVES (“Autor”), vem, respeitosa e
tempestivamente1, à presença de Vossa Excelência, em atenção a decisão de fls. 93 expor
e requerer o que segue.

1. Conforme se depreende o referido despacho, Vossa Excelência intimou as partes


para especificar eventuais provas que se pretenda a produção.

2. Pois bem, visto que a matéria discutida nos autos é integralmente de direito, o
Facebook Brasil informa que não possuir provas a produzir. Ademais, requer o
julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 355, I, do Código de Processo
Civil e informa que não há interesse na realização de audiência de conciliação.

3. Não obstante, no caso de produção de novas provas pela parte Autora, com fito de
resguardar seu direito à demonstração de fatos constitutivos, extintivos e/ou impeditivos
do direito postulado, o Facebook Brasil requer:

(i) A produção de contraprova, por meio de todas as formas em direito


admitidas, com o objetivo de comprovar todos os fatos controversos oriundos
da contestação e/ou da instrução do feito; e
(ii) Juntada de novos documentos.

1
A decisão que intimou para especificação de provas, foi publicada em 28/07/2022 (quinta-feira). Assim,
tem-se que o prazo de 5 (cinco) dias concedido para tanto passou a fluir no dia útil subsequente, qual seja
29/07/2022 (sexta-feira), de modo que somente findará em 04/08/2022 (quinta-feira). Daí porque
plenamente tempestiva a presente.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CELSO DE FARIA MONTEIRO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 02/08/2022 às 14:46 , sob o número WJMJ22413211691
fls. 97

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1048298-31.2022.8.26.0100 e código D86A947.
4. Ainda, o Facebook Brasil reitera os termos da defesa contida nas fls. 59/74 para os
devidos fins de direito, requerendo desde já o julgamento antecipado da lide e que a
presente ação seja improcedente.

5. Outrossim, requer sejam todas as intimações ou notificações decorrentes dos atos


praticados neste feito realizadas, exclusivamente, na pessoa do advogado Celso de Faria
Monteiro (OAB/SP 138.436), sob pena de nulidade, nos termos dos §5º, do artigo 272
do Código de Processo Civil.

Termos em que
pede deferimento.

De São Paulo, 2 de agosto de 2022.

Celso de Faria Monteiro


OAB/SP 138.436

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