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06/11/2023, 14:25 Ciclos de refrigeração e componentes

Ciclos de refrigeração e componentes


Prof. Fabio Tofoli

Descrição

Você irá conhecer os principais ciclos de refrigeração, seus


componentes básicos e os fluidos de trabalho conhecidos como fluidos
refrigerantes, utilizados nos sistemas de refrigeração.

Propósito

O conhecimento dos ciclos de refrigeração, seus fluidos de trabalho e


seus componentes básicos é essencial para um projeto eficiente de
unidades de refrigeração, tais como câmaras frias para o
armazenamento de alimentos, gôndolas refrigeradas de supermercados
para a preservação dos produtos, bem como projetos industriais em que
seja necessário o uso de refrigeração, como indústria de bebidas,
laticínios e química.

Preparação

Antes de iniciar o conteúdo, faça o download do Solucionário. Nele.


você encontrará o feedback das atividades.

Objetivos

Módulo 1

Ciclos de refrigeração – gráficos de


propriedades
Analisar os ciclos de refrigeração para resolução de problemas
aderentes aos sistemas de refrigeração.

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Módulo 2

Fluidos refrigerantes

Identificar os fluidos refrigerantes utilizados em sistemas de


refrigeração.

Módulo 3

Componentes – tipos, funcionamento e


eficiência
Avaliar os componentes básicos utilizados em refrigeração para uma
melhor seleção destes em projeto.

meeting_room
Introdução
Olá! Antes de começarmos, assista ao vídeo a seguir e
compreenda o conceito de Ciclos de refrigeração e componentes

Abordaremos os fluidos de trabalho em refrigeração, conhecidos


como fluidos refrigerantes, e veremos as mudanças nestes
fluidos ao longo do tempo e sua influência na performance dos
sistemas e no meio ambiente.

Verificaremos quais os componentes típicos são utilizados, suas


características e modo de operação.

Após este conteúdo, você será capaz de aplicar os conceitos para


analisar criticamente os sistemas de refrigeração.

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1 - Ciclos de refrigeração – gráficos de propriedades


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar os ciclos de refrigeração para resolução de
problemas aderentes aos sistemas de refrigeração.

Uma análise dos ciclos de


refrigeração
Neste vídeo, você compreenderá os conceitos sobre os ciclos de
refrigeração.

Ciclo de Carnot
Neste vídeo, você compreenderá o que é o o ciclo ideal de refrigeração,
também conhecido como Ciclo de Carnot.

O ciclo de refrigeração de Carnot


Trata-se de um ciclo ideal e que, portanto, segue a premissa básica da
termodinâmica de que todos os processos são reversíveis. Ao
compreendermos este ciclo, poderemos analisar os ciclos reais de
refrigeração e termos a noção de sua máxima eficácia, pois, por ser o
ciclo de Carnot ideal, nenhum ciclo real poderá ter eficiência maior.

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Desta forma, analisando ciclos nas mesmas temperaturas (entre o
Carnot e o real) poderemos verificar quanto “espaço” há para melhorias
no ciclo real.

Este ciclo é compreendido por quatro processos:

1 – 2: Remoção isotérmica de calor de um ambiente a baixa


temperatura.

2 – 3: Compressão adiabática e reversível em um compressor


(processo isentrópico).

3 – 4: Rejeição isotérmica de calor para um ambiente a alta


temperatura.

4 – 1: Expansão adiabática e reversível em uma máquina térmica


(processo isentrópico).

Refrigerador de Carnot.

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Diagrama T-s.

Observando a imagem, temos que, para um refrigerador, o efeito


desejado será a retirada de calor QL no ambiente à baixa temperatura
TL e, para isto, será necessário o trabalho que será realizado pelo
compressor isentrópico, assim:

Calor retirado do ambiente Ref rigera ção útil


COPR = =
á
Trabalho necess rio í
Trabalho l quido

Onde o COPR é o coeficiente de performance de refrigeração.

Note que não estamos utilizando a palavra eficiência neste caso, pois,
para isto, estaríamos falando de valores entre 0 e 1 (0 a 100%).
Entretanto, em ciclo de refrigeração, estamos interessados em uma
troca de calor elevada no ambiente à baixa temperatura. Precisamos de
pouco trabalho para essa refrigeração e, portanto, os valores tendem a
ser maiores que a unidade.

O calor retirado no ambiente à baixa temperatura é igual à área abaixo


da linha 4-1 e, portanto:

qL = T1 ⋅ (s1 − s4)

Já o calor rejeitado para o ambiente à alta temperatura pode ser


calculado pela área abaixo da linha 2 – 3:

qH = T2 ⋅ (s2 − s3)

Como s1 = s2; s4 = s3 ew = qH − qL, temos que o COPR será:

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T1 1
COPR = =
T2
T2 − T1 − 1
T1

Como T1 = T4 e representam a temperatura da fonte fria (TL) e


T2 = T3 e representam a temperatura da fonte quente (TH ), podemos
reescrever as equações da seguinte forma:

TL 1
COPR = =
TH
TH − TL − 1
TL

Bomba de calor de Carnot


Outra aplicação possível com o ciclo apresentado na imagem do
refrigerador de Carnot é a bomba de calor. Neste caso, o interesse se
encontra em manter aquecido um ambiente através do calor rejeitado
pelo condensador. Desta forma, agora o coeficiente de performance
deve ser o nosso novo interesse (calor rejeitado) pelo trabalho
necessário para que isto seja possível.

Calor rejeitado para o ambiente


COPBC =
í
Trabalho l quido

Pelas mesmas análises feitas para o ciclo de refrigeração de Carnot,


temos que:

T2 1
COPBC = =
T1
T2 − T1 1 −
T2

Pela mesma análise realizada para o ciclo de refrigeração, podemos


escrever as equações acima como:

TH 1
COPBC = =
TL
TH − TL 1 −
TH

Onde COPBC é o coeficiente de performance da bomba de calor. O


COPBC se relaciona com o COPR operando entre as mesmas
temperaturas no ciclo da seguinte forma:

T2 T1 T2 − T1
COPBC = = +
T2 − T1 T2 − T1 T2 − T1

COPBC = COPR +1

Exemplo prático
Sendo um ciclo de refrigeração de Carnot compreendido entre as
seguintes temperaturas e entropias:

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T1 = −30 C


T2 = 35 C

s4 = 0, 0585kJ /kg ⋅ K

s1 = 0, 9671kJ /kg ⋅ K

Os pontos 1, 2, 3 e 4 são apresentados na imagem do Diagrama T-S.


Calcule o coeficiente de performance para o ciclo de refrigeração, para a
bomba de calor e o trabalho necessário para o funcionamento do ciclo.

Diagrama T-s

Solução

Conforme demonstrado anteriormente, o ciclo de refrigeração e de


bomba de calor de Carnot são encontrados por meio da análise das
suas temperaturas entre a fonte quente e a fonte fria. Da termodinâmica,
temos que as temperaturas para o cálculo devem ser absolutas e,
portanto, no sistema internacional em Kelvin.

Coeficiente de performance de refrigeração

TL −30 + 273, 15
COPR = =
TH − TL [(35 + 273, 15) − (−30 + 273, 15)]

COPR = 3, 74

Coeficiente de performance da bomba de calor

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TH 35 + 273, 15
COPBC = =
TH − TL [(35 + 273, 15) − (−30 + 273, 15)]

COPBC = 4, 74

Trabalho

w = qH − qL = [TH ⋅ (s1 − s4)] − [T1 ⋅ (s1 − s4)]

w = [(35 + 273, 15) ⋅ (0, 9671 − 0, 0585)] − [(−30 + 273, 15) ⋅ (0, 9671 − 0, 0585)]

w ≅ 59kJ /kg

Ciclo de refrigeração por compressão


de vapor
Neste vídeo, você compreenderá o que é o ciclo de refrigeração por
compressão de vapor.

Afastamento do ciclo de refrigeração de Carnot


Como vimos, o ciclo de refrigeração de Carnot é uma idealização na
qual seu estudo nos fornece valores máximos possíveis para
determinada diferença de temperatura entre duas fontes de calor.

Entretanto, analisando a instalação proposta, verificamos que os dois


processos isotérmicos são relativamente simples de serem alcançados,
uma vez que, trabalhando dentro da linha de saturação e desprezando a
perda de carga tanto no condensador quanto no evaporador, estes
seriam valores aceitáveis.

Porém, quando analisamos o compressor e a turbina, observamos que


na entrada do compressor (ponto 1) há condensado, o que pode causar
grandes danos ao equipamento. Isso poderia ser resolvido levando o
ponto 1 até a linha de vapor saturado e garantindo um vapor seco na
entrada do compressor.

Já na turbina, devido ao conteúdo de umidade presente, alguns


problemas seriam encontrados, como:

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(1) o trabalho de expansão seria


pequeno comparado com o de
compressão, (2) problemas de
lubrificação aparecem quando
ocorre escoamento bifásico e (3) o
custo de uma turbina para o
processo de expansão é elevado,
não se justificando seu uso sob o
ponto de vista econômico.

(STOECKER; JONES, 1985, p. 216).

Portanto, há a necessidade de se realizar alguns ajustes a este ciclo de


forma que ele possa ser utilizado em projetos reais.

Ciclo de refrigeração ideal por compressão de vapor


Para facilitar o entendimento, vamos analisar o ciclo a seguir:

Ciclo de refrigeração por compressão de vapor.

No ciclo apresentado, temos os componentes básicos de um ciclo de


refrigeração por compressão de vapor. Neste ciclo ideal, o fluido
refrigerante saí do evaporador (ponto 1) na condição de vapor saturado
(x = 1), o que, como vimos anteriormente, é uma condição favorável para
o funcionamento do compressor. Como resultado, mantendo o
compressor isentrópico como no ciclo de Carnot, a saída do fluido será
como vapor superaquecido.

Após a saída do compressor (ponto 2), o fluido refrigerante deve estar a


uma temperatura acima da temperatura do ambiente no qual ele vai
rejeitar calor. Essa rejeição é realizada através de um trocador de calor
conhecido como condensador. No condensador, o fluido refrigerante
cede calor para o ambiente saindo como líquido saturado (ponto 3) em
um processo isobárico.

Saindo do condensador, o fluido precisa retornar à pressão de entrada


do evaporador e do compressor, isto é, fazendo com que o fluido passe
por uma tubulação de diâmetro muito pequeno (tubo capilar) ou algum
outro dispositivo de expansão, como uma válvula. Nesta passagem, o
fluido assume uma alta velocidade e, portanto, a pressão cai até o valor
desejado (ponto 4’).

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Para que ocorra esta expansão, uma parte da massa do fluido
refrigerante retira calor de outra parcela da massa de fluido de forma
que este se vaporize e a sua temperatura, como resultado desta troca,
diminui. Este fenômeno é conhecido como evaporação flash. Como não
há interação com o meio, neste processo ocorre a entalpia constante
(isoentálpico), o que difere do ciclo de Carnot.

Após a redução da pressão e da temperatura, o fluido deverá estar “mais


frio” que o ambiente a ser refrigerado de forma que, ao passar por outro
trocador de calor conhecido como evaporador, o ambiente interno cede
calor para o fluido de forma que o ambiente será resfriado e o fluido
vaporizará até a condição de vapor saturado em processo isobárico
(ponto 1).

Diagrama T-s do ciclo de refrigeração ideal por compressão de vapor.

Note que, na saída do dispositivo de expansão (3 – 4’), temos uma


mistura saturada de líquido e vapor, portanto, o título estará entre 0 e 1.

Com isto, o coeficiente de performance para o ciclo ideal será dado


como:

qL h1 − h4
COPR = =
w h2 − h1

Diferenças de temperatura para que haja troca de calor.

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Desempenho do ciclo de refrigeração


por compressão de vapor
Neste vídeo, você compreenderá o desempenho do ciclo de refrigeração
por compressão de vapor.

O ciclo ideal
Nesta seção, vamos analisar os componentes básicos do ciclo
avaliando seus desempenhos.

Como premissas para as análises, temos que:

Regime permanente.

Variação da energia cinética e potencial entre a entrada e a saída


dos equipamentos é desprezível.

Compressor

Um compressor é um dispositivo que realiza trabalho para poder


comprimir um fluido e fazê-lo circular pela tubulação do sistema, como
mostra a imagem:

Compressor.

Analisando o compressor pela primeira lei da termodinâmica para


volume de controle no regime permanente, desprezando as parcelas
cinéticas e potencial e supondo compressor adiabático e reversível
(isentrópico), temos que:

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Comparação da vazão na entrada e na saída da tubulação: 1-2

Admitindo que a vazão mássica de entrada e saída sejam iguais:

ṁ1 = ṁ2 = ṁ

Concluímos que o trabalho do compressor é dado por:

˙
Wc = ṁ (h1 − h2)

Sendo a entalpia de vapor superaquecido maior que a entalpia de vapor


saturado, observamos que o trabalho do compressor é negativo. Isto se
deve ao fato de o trabalho ser realizado do meio contra o sistema. Para
facilitar os cálculos, vamos reescrever a equação acima como:

˙
Wc = ṁ (h2 − h1) = ṁ ⋅ Δh

Condensador

O condensador é responsável pela troca de calor. Para facilitar o


entendimento, vamos analisar a imagem a seguir:

Condensador.

Tendo as mesmas premissas que aquelas já mencionadas para o


compressor, porém, considerando o condensador isobárico, temos que:

Comparação da vazão na entrada e na saída da tubulação: 2-3

Portanto:

˙
Qcond = ṁ (h3 − h2)

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Novamente, pela análise das entalpias, chegamos à conclusão de que a


energia será negativa, o que significa que o sistema está cedendo calor
para o meio. Assim como no compressor, vamos adequar a equação
para facilitar nosso estudo.

˙
Qcond = ṁ (h2 − h3) = ṁ ⋅ Δh

Dispositivo de expansão

Dispositivo de expansão é um dispositivo que muda a pressão do


refrigerante de alta para baixa. Para facilitar o entendimento, vamos
analisar a imagem a seguir:

Dispositivo de expansão.

Neste dispositivo, como visto, há uma redução da pressão do fluido


refrigerante em um processo adiabático. Portanto, utilizando as
mesmas premissas já mencionadas para energia cinética e potencial,
concluímos que:

h3 = h4′

É importante ressaltar que, a partir de agora, não utilizaremos mais a


notação 4', pois não fará mais sentido, uma vez que já fizemos o estudo
dos ciclos de Carnot e ideal de compressão de vapor e, portanto, só
utilizaremos o dispositivo de expansão.

Evaporador

Evaporador é um trocador de calor que absorve o calor para o sistema


de refrigeração. Para facilitar o entendimento, vamos analisar a imagem
do evaporador a seguir:

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Evaporador.

Seguindo as mesmas premissas e análises realizadas para o


condensador. Desta forma:

Comparação da vazão na entrada e na saída da tubulação: 3-4.

Sendo assim:

˙
Qevap = ṁ (h1 − h4)

Unidades de potência utilizadas em refrigeração


Em sistemas de refrigeração, é muito comum nos depararmos com
unidades não muito usuais em outros estudos da termodinâmica e,
desta forma, é necessário apresentarmos estas unidades com as suas
relações com a unidade do sistema internacional Watt [W]. Essas
unidades são:

flag TR = tonelada de refrigeração. É definida como


sendo a quantidade de calor retirada da água a 0°C
para formar uma tonelada de gelo em 24h.

flag Btu/h = unidade térmica britânica (British thermal


unit).

flag kcal/h = quilocaloria por hora.

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Perceba, a seguir, a tabela de fatores de conversão.

Conversão

1W 3,41Btu/h

1TR 12000Btu/h

Potência térmica 1kcal/h 1,163W

1TR 3517W

1Btu/h 0,293W

Tabela: Fatores de conversão.


Fabio Tofoli.

Propriedades dos fluidos refrigerantes


Em sistemas de refrigeração por compressão de vapor, os fluidos
refrigerantes são os veículos utilizados para a troca de energia entre a
fonte fria e a fonte quente, retirando calor através da passagem pelo
evaporador e rejeitando este calor através do condensador.

Mais adiante, estudaremos com mais detalhes estes fluidos, entretanto,


neste momento, é necessário entender que a maioria deles tem
comportamento similar à substância pura e que, portanto, as equações
e nomenclaturas são as mesmas utilizadas e que é possível encontrar
os valores de suas propriedades em tabelas termodinâmicas (tal como
com a água) ou em diagramas.

No caso da refrigeração, é comum o uso de diagramas pressão –


entalpia uma vez que a entalpia é uma propriedade muito importante e
os ciclos de refrigeração trabalham dentro de uma faixa de pressão.

Diagrama p–h para fluido refrigerante.

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Ciclo de refrigeração por compressão


de vapor - complementar
Neste vídeo, você compreenderá o ciclo de refrigeração por compressão
de vapor.

O ciclo ideal e o diagrama p-h


Como vimos, em refrigeração é comum o uso do diagrama p-h para
demonstrar os processos que ocorrem com o ciclo. Desta forma,
normalmente, as propriedades dos fluidos refrigerantes, quando
apresentadas em diagrama, utilizam este padrão, o que é interessante,
pois, ao traçarmos o ciclo sobre o diagrama, temos a noção exata da
condição do fluido.

Ciclo de compressão a vapor ideal em um diagrama p–h.

Algumas ferramentas interessantes e gratuitas para encontrar


diagramas p-h para alguns fluidos refrigerantes e também para traçar o
ciclo de refrigeração sobre um diagrama são o CoolPack, programa
antigo, mas ainda disponível que foi desenvolvido pelo Departamento de
Engenharia Mecânica da universidade Técnica da Dinamarca e que hoje
está sendo substituído pelo CoolTools, também gratuito.

Perceba o print de tela do programa CoolPack com diagrama p-h do


fluido refrigerante R410A

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Diagrama p-h do fluido refrigerante R410A.

Perceba a imagem do Ciclo de refrigeração por compressão ideal


traçado no diagrama p-h do fluido refrigerante R410A a seguir:

Ciclo de refrigeração por compressão ideal traçado no diagrama p-h do fluido refrigerante R410A

Para facilitar o entendimento, perceba a imagem do esquema do


sistema de refrigeração a seguir:

Tela do programa CoolTools com ciclo de refrigeração por compressão ideal traçado no diagrama p-h
do fluido refrigerante R410A e esquema do sistema de refrigeração

Outro programa gratuito para encontrar as propriedades dos


refrigerantes é o CATT3 (Computer-Aided Thermodynamic Tables 3)
além, das tabelas disponíveis em livros de termodinâmica e em folhetos
de fabricantes.

Afastamento do ciclo real para o ideal


Na prática, as considerações feitas para o ciclo ideal são muito difíceis
de serem obtidas e vamos mostrar essas diferenças.

Na passagem pelo condensador e pelo evaporador, onde no


ciclo ideal o processo é isobárico. Por ser o refrigerante um

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fluido real, ao passar pelas tubulações desses equipamentos,
ocorrerá uma perda de carga.

Na saída do condensador, em um ciclo ideal, o líquido é


saturado. Entretanto, na prática, o que temos é uma saída de
líquido comprimido, ou como mais comum em refrigeração,
sub-resfriado. Isso se faz necessário, pois temos que garantir
que na entrada do dispositivo de expansão não haja vapor.

Há uma perda de carga e transferência de calor nas tubulações


e acessórios, o que não é considerado no ciclo ideal.

Na entrada do compressor em um ciclo real, o vapor é


superaquecido. Esse superaquecimento é necessário para
proteger o compressor, pois pode falhar se alguma parcela de
condensado for admitida para dentro do equipamento.

O compressor, bem como todo o ciclo, não é reversível e, desta


forma, na passagem do refrigerante pelo equipamento há um
aumento da entropia devido às perdas por calor e atrito.

Perceba no esquema abaixo as diferenças entre o ciclo ideal e real.

Diferenças entre ciclo ideal e real.

A eficiência isentrópica do compressor será:

h2,s − h1′
ηc =
h2′ − h1′

Exemplo prático

Supondo um ciclo de refrigeração ideal que utiliza R134a como fluido


refrigerante a uma taxa de 0,030kg/s e que tem a temperatura de
evaporação em -10°C e a de condensação em 35°C determine:

a. OCOPR

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b. A potência do compressor

c. O calor removido evaporador

d. O calor rejeitado pelo condensador

Diagrama p-h do ciclo de refrigeração.

Solução

Primeiramente, precisamos encontrar as entalpias para os pontos


indicados na imagem do diagrama p-h do ciclo de refrigeração. Para
este exemplo, iremos utilizar o CoolPack, indicando as temperaturas de
evaporação e de condensação.

CoolPack, indicando as temperaturas de evaporação e de condensação.

As entalpias e demais propriedades são encontradas diretamente nos


pontos ou passando o cursor na posição que se deseja, e que são
apresentados no canto inferior direito. Sendo assim, temos:

Portanto, utilizando as equações desenvolvidas para cada componente:

COPR

h1 − h4
COPR =
h2 − h1

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391, 25 − 248, 85
COPR =
422, 05 − 391, 25

COPR = 4, 62

Compressor

˙
Wc = ṁ (h2 − h1)

˙
Wc = 0, 030(422, 05 − 391, 25)

Ẇc = 0, 924kW = 924W

Evaporador

˙
Qevap = ṁ (h1 − h4)

˙
Qevap = 0, 030(391, 25 − 248, 85)

˙
Qevap = 4, 27kW

Condensador

˙
Qcond = ṁ (h2 − h3)

˙
Qcond = 0, 030(422, 05 − 248, 85)

˙
Qcond ≅ 5, 20kW

Modificações do ciclo de refrigeração


por compressão de vapor
Neste vídeo, você compreenderá as modificações do ciclo de
refrigeração por compressão de vapor e o que são os sistemas em
cascata e de múltiplos estágios.

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Sistema em cascata
Existem algumas aplicações em refrigeração em que a temperatura de
resfriamento é muito baixa. Nesses casos, se aplicarmos um ciclo de
refrigeração por compressão de vapor simples, como o que estudamos
até agora, teríamos alguns problemas que tornariam este ciclo inviável,
pois a diferença de temperatura e pressão entre condensador e
evaporador seria muito elevada.

Um problema seria a escolha de um fluido refrigerante que pudesse


trabalhar com elevada diferença de pressão por conta dessa diferença
de temperatura (T9 − T1), o que provavelmente exigiria trabalhar em
pressões próximas da pressão crítica e, com isto, teríamos que
selecionar compressores para tal. Além disso, este compressor teria
uma perda grande de eficiência volumétrica e, portanto, seu
desempenho seria baixo.

A capacidade de refrigeração seria reduzida, pois após a passagem pelo


dispositivo de expansão teríamos um título de vapor muito elevado
(estado 10).

Desta forma, uma solução seria dividir o ciclo de refrigeração em dois


ou mais ciclos trabalhando em série, o que é conhecido como ciclo de
refrigeração em cascata.

Ciclo em cascata.

Esses ciclos são conectados por meio de trocador de calor,


normalmente do tipo casco, e tubo em contracorrente. Uma vantagem
adicional do trabalho com este ciclo é a possibilidade de utilizar mais de
um fluido refrigerante, uma vez que os ciclos são independentes. Desta
forma, é possível utilizar refrigerantes que sejam mais adequados para
as condições tanto das temperaturas de refrigeração quanto das
temperaturas de condensação, melhorando o desempenho do ciclo
como um todo.

As vazões mássicas de refrigerante dos ciclos não são iguais e sua


relação pode ser obtida por meio de um balanço de energia, conforme a
mostrado a seguir:

ṁ1 (h2 − h3) = ṁ2 (h5 − h8)

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O coeficiente de desempenho é dado por:

˙
QL ṁ1 (h1 − h4)
COPR = =
˙ ṁ1 (h2 − h1) + ṁ2 (h6 − h5)
W

Para o caso de uso do mesmo refrigerante nos dois ciclos, como


apresentado na imagem do Ciclo em cascata, a pressão intermediária
ideal (pl) é dada por:

pI = √ pA ⋅ pB

Sendo pA a pressão de alta temperatura e pB a pressão de baixa


temperatura.

Sistema de múltiplos estágios


Uma outra solução para aplicações onde o ΔT de operação seja
elevado é a utilização de múltiplos estágios de pressão.

Neste sistema, um único fluido refrigerante é circulado e dois ou mais


compressores são utilizados de forma a elevar a pressão gradualmente,
o que faz com que cada compressor trabalhe dentro de valores
razoáveis de Δp.

Ciclo de refrigeração com múltiplos estágios de compressão.

Analisando o sistema acima, podemos verificar a existência de um


separador de líquido entre os estados 6, 7 e 3, também é conhecido
como tanque de flash. Sua função é enviar somente líquido (x = 0) para
o dispositivo de expansão do ciclo de baixa pressão e vapor saturado no
estado 3 para um trocador de calor de contato direto, conhecido
também como tanque de mistura,, onde será misturado ao vapor
superaquecido vindo do compressor (booster) do ciclo de baixa pressão
(estado 2) e enviado no estado 9 para o compressor de alta pressão.

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Tanque de flash.

Outra alternativa em sistemas de multipressão é termos um tanque de


flash com resfriamento intermediário e dois ou mais níveis de
refrigeração, ou seja, com dois evaporadores. Esta utilização é bastante
interessante quando o projeto exige temperaturas de resfriamento
diferentes para produtos diferentes.

Sistema de compressão de duplo estágio e dois níveis de refrigeração.

Para facilitar o entendimento, perceba a imagem do Diagrama p-h a


seguir:

Diagrama p-h para o ciclo de refrigeração duplo estágio e dois níveis de refrigeração.

A pressão intermediária ideal será a mesma já discutida para o ciclo em


cascata.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

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Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Sendo um circuito de refrigeração em cascata utilizando amônia e


operando entre as pressões de 151, 6kP a e 1167kP a, sendo a
vazão mássica no circuito de baixa pressão igual a 0, 30kg/s, o
COPR desta instalação é aproximadamente igual a:

A 4,8

B 3,8

C 3,5

D 3,0

E 2,5

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%

Questão 2

O diagrama p-h a seguir indica um ciclo de refrigeração por


compressão ideal para uma aplicação com R134a. Determine qual
o trabalho específico de compressão.

A 40kJ/kg.

B 35kJ/kg.

C 30kJ/kg.

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25kJ/kg.
D

E 20kJ/kg.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%

2 - Fluidos refrigerantes
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os fluidos refrigerantes utilizados em
sistemas de refrigeração.

Fluidos refrigerantes utilizados em


sistemas de refrigeração
Neste vídeo, você terá uma visão geral da nomenclatura de fluidos
refrigerantes e conhecerá os índices dos impacto ambiental que a
refrigeração provoca.

Visão geral
Neste vídeo, você terá um panorama sobre o que são os fluidos
refrigerantes.

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06/11/2023, 14:25 Ciclos de refrigeração e componentes

Em refrigeração, utiliza-se o fluido refrigerante para promover a


diminuição de temperatura de um ambiente. Esse fluido faz a
transferência de calor do ambiente a ser refrigerado para um ambiente
externo.

No início, os fluidos utilizados eram a amônia, dióxido de enxofre,


isobutano e gasolina, sendo o éter etílico o primeiro fluido a ser utilizado
em 1850.

Esses fluidos eram tóxicos e alguns também eram explosivos e,


portanto, muito perigosos para serem utilizados. Em 1920, após a
comprovação de algumas doenças e mortes causadas por vazamento
de fluidos refrigerantes usados em equipamentos de pequeno porte,
como equipamentos domésticos, houve um grande apelo popular para
que esses fluidos fossem eliminados, fazendo com que a indústria se
movimentasse neste sentido.

Em 1928, foi desenvolvido o primeiro fluido refrigerante sintético da


família dos clorofluorcarbonos (CFC) para substituir os fluidos tóxicos
utilizados até então. O primeiro fluido comercial desta família foi o R-12
com produção iniciada em 1931 e tendo duas companhias como
principais. Esses fabricantes nomearam comercialmente esta família de
refrigerante de Freon (DuPont) e Frigen (Hoechst), sendo o primeiro
nome o mais popular.

Esses fluidos tinham custo muito baixo e alta versatilidade, o que fez
com que seu uso fosse além da refrigeração em equipamentos
comerciais e residenciais, como o ar-condicionado, e também fosse
utilizado em aerossóis e outras aplicações.

Saiba mais

Em 1970, pesquisas demonstraram que o uso de CFC contribuía para a


destruição da camada de ozônio na atmosfera e, como consequência,
para o aumento do efeito estufa. Com isto, em 16 de setembro de 1987,
foi assinado o Protocolo de Montreal, um tratado internacional para a
proteção da camada de ozônio e do qual o Brasil é signatário.

No Protocolo de Montreal, foram definidas metas para a eliminação dos


hidrocarbonetos halogenados (CFC) e sua substituição por fluidos que
não agridam a camada de ozônio. Desta forma, foram criados novos
fluidos como os hidrofluorcarbonos (HFC), tendo como seu principal
representante o R-134a que substituiu o R-12 e tem impacto
insignificante na camada de ozônio se comprado aos CFCs.

Outras famílias de fluidos refrigerantes foram desenvolvidas a fim de se


eliminar o problema com a camada de ozônio. Atualmente, temos as
hidrofluorolefinas (HFO) que, devido à sua estrutura química, quando
lançados na atmosfera, têm uma curta duração. Seu principal produto é
o HFO - 1234yf, o qual deve substituir o R-134a em aparelhos
domésticos como ar-condicionado, apesar de algumas críticas quanto
ao seu alto custo e baixo retorno energético.

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Segundo Queiroga (2019), alguns desses fluidos refrigerantes sintéticos
desenvolvidos são:

flag Hidroclorofluorcarbono (HCFC): ex.: R-22

flag Hidrofluorcarbono (HFC): ex.: R-134a

flag Blends (mistura de outros fluidos


refrigerantes):

Mistura de HCFC e HFC: R - 410a e R - 409a

Mistura de HFC: R - 404A, R - 407C, R - 410A

Na seleção de um fluido refrigerante para uma aplicação qualquer de


refrigeração ou ar-condicionado deve-se, além da condição de não
afetar a camada de ozônio, ter outras características, como:

Ser quimicamente inertes, ou seja, não atacar os materiais


utilizados que compõe o ciclo de refrigeração.

Não ser tóxico.

Não ser inflamável.

Ser quimicamente estável.

Não se misturar com óleo lubrificante. Este é desejável, a fim de


evitar arraste de óleo para dentro do circuito prejudicando o
desempenho.

Ter boa condutividade térmica.

Ter baixa viscosidade, a fim de reduzir a perda de carga.

Ser facilmente identificável em caso de vazamento.

Ter temperaturas máxima e mínima dentro da faixa de trabalho.


Neste ponto, é razoável entender que para se ter uma boa troca de
calor e, portanto, um desempenho bom do sistema, a diferença de
temperatura entre 5°C e 10°C é necessária entre o refrigerante e o
ambiente a ser resfriado e a temperatura no lado condensador deve
ser superior ao meio ambiente ao qual será rejeitado este calor. Isto
implica verificar as pressões para ter certeza de que não serão
extremas.

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Nomenclatura de fluidos
refrigerantes
Neste vídeo, você compreenderá a nomenclatura da família de fluidos
refrigereantes e sua composição química.

No início, os fluidos refrigerantes eram conhecidos pelos seus nomes


químicos. Entretanto, com a chegada dos fluidos sintéticos, ficou mais
complexo e foi necessária a criação de um método para identificar os
produtos.

Cada uma dessas famílias de fluidos refrigerantes tem em sua


composição química determinados elementos químicos que os tornam
diferentes das demais famílias. A tabela a seguir traz resumidamente
esses elementos e seus prefixos comerciais.

Átomos
Nome Prefixo
naestrutura

Clorofluorcarbono CFC Cl, F, C

Hidroclorofluorcarbono HCFC H, Cl, F, C

Hidrobromofluorcarbono HBFC H, Br, F, C

Hidrofluorcarbono HFC H, F, C

Hidrocarbono HC H, C

Perfluorocarboneto PFC F, C

Br, Cl (ema
Halogênios Halogênios
H (em algu

Tabela: Prefixos e átomos dos fluidos refrigerantes.


DINÇER, 2003, p. 72.

Com relação ao nome comercial de cada refrigerante, a ASHRAE


(Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e
Ar-condicionado) publicou um método para essa identificação:

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flag A letra “R” para identificar que se trata de um fluido


refrigerante.

flag O primeiro dígito da esquerda para a direita


representa o número de compostos derivados de
hidrocarbonetos não saturados e, no caso de não
existir, o zero é omitido.

flag O segundo dígito da esquerda para a direita


representa o número de átomos de carbono menos
um e, no caso de não haver carbono, o zero é
omitido.

flag O terceiro número da esquerda para a direita


representa o número de átomos de hidrogênio mais
um.

flag O quarto número da esquerda para a direita


representa o número de átomos de flúor

Desta forma, o R-134a tem como composição química: zero ligações


insaturadas, dois átomos de carbono, dois átomos de hidrogênio e
quatro átomos de flúor. Portanto, sua fórmula química será C2H2F4.

Fórmula química Nome Classificaç

CCl2F 2 Diclorodifluormetano R - 12

CH CLF2 Monoclorodifluormetano R - 22

CClF3 Monoclorotrifluormetano R - 13

CH Cl2F Dicloromonofluormetano R - 21

C2Cl2F 4 Tricloromonofluoretano R - 114

Tabela: Nomes de hidrocarbonetos halogenados principais.

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Adaptado de SILVA, Jesué G, 2003, pag. 146.

Ainda sobre a nomenclatura, temos a série 400, que designa as misturas


não azeotrópicas, nomeadas em ordem crescente por cronologia de
aparecimento, os refrigerantes da série 500 que designa as misturas
azeotrópicas, os refrigerantes da série 600 para os compostos
orgânicos e os da série 700, que designa os inorgânicos.

Os hidrocarbonetos (HC), têm incluídos nesta categoria o metano,


etano, propano, ciclopropano, butano e ciclopentano e, apesar de serem
altamente inflamáveis, tem seu uso justificado em aplicações
petroquímicas pela sua alta disponibilidade e potencial zero de
destruição do ozônio além de baixa toxicidade.

Fórmula química Nome Classificação

CH4 Metano R - 50

C2H6 Etano R - 170

C3H8 Propano R - 290

C4H10 n-Butano R - 600

C4H10 Isobutano R - 600a

Tabela: Nomes de hidrocarbonetos principais.


Fabio Tofoli.

Compostos inorgânicos ainda hoje são usados em muitas aplicações de


refrigeração, ar condicionado e bomba de calor. Estes fluidos têm como
nomenclatura o número 7 como mencionado anteriormente, seguido do
peso molecular da substância. A tabela a seguir mostra alguns
exemplos destes refrigerantes.

Fórmula química Nome Clas

N H3 Amômia R 71

H2O Água R 71

0, 21O2 + 0, 78N2 + 0, 01Ar Ar R 72

CO2 Dióxido de carbono R 74

SO2 Dióxido de enxofre R 76

Tabela: Compostos inorgânicos principais.


Adaptado de SILVA, 2003, p. 146.

Para os compostos inorgânicos, algumas observações são importantes:

O uso do ar é quase que restrito a aplicações em ar-condicionado


aeronáutico.

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A água é justificada em aplicações de grande porte, como grandes
edifícios comerciais e seu uso como fluido refrigerante é dedicado
a sistemas de ar-condicionado nos quais as temperaturas a serem
mantidas estão dentro de uma faixa aceitável (4,5°C a 7°C).

A amônia, apesar de tóxica, tem seu uso justificado por uma série
de vantagens que tem em relação aos refrigerantes sintéticos tais
como: baixo custo, alto CBPR, facilidade de detecção de
vazamentos, excelentes propriedades termodinâmicas e nenhum
efeito sobre a camada de ozônio.

Camada de ozônio e aquecimento


global
Impacto ambiental dos gases refrigerantes

Neste vídeo, você compreenderá a influência dos gases refrigerantes na


destruição da camada de ozônio, aquecimento global e os índices de
impactos ambientais.

Destruição da camada de ozônio


A destruição da camada de ozônio na estratosfera, região da atmosfera
acima da troposfera que se estende desde 15 e 50km de altitude, e na
qual há uma grande concentração de ozônio, é uma destruição química
além das reações naturais, e é conhecida como um dos problemas
ambientais globais.

Esse ozônio presente na estratosfera é o responsável por absorver


grande parte dos raios ultravioletas (UV) provenientes do sol por meio
de um ciclo natural de formação e destruição de ozônio. Quando
substâncias como os fluidos refrigerantes com cloro atingem esta
altitude, há um desequilíbrio neste processo, o que faz com que haja
uma maior incidência dos raios UV na atmosfera.

Atenção!

Os raios UV em maior concentração na atmosfera são responsáveis por


diversos problemas para os seres humanos e para a Terra, como:
aumento de câncer de pele, cataratas, problemas no sistema
imunológico bem como danos potenciais a organismos marinhos e
plantações.

Rowland e Molina foram os primeiros a lançarem uma teoria de que os


CFCs e alguns outros gases residuais antropogênicos na atmosfera
podem agir para destruir a camada de ozônio estratosférico pela ação
catalítica do cloro livre.

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Representação esquemática da destruição da camada de ozônio.

Como pode ser verificado na imagem, outros processos e sistemas


também contribuem para a destruição da camada de ozônio, sendo
alguns naturais e que o ser humano não tem controle. Para os que há
possibilidade de redução dos índices de poluição atmosférica, existem
projetos e regras a serem seguidas por seus fabricantes.

Aquecimento global
O aquecimento global é outro problema ambiental causado pela
descarga de CO2 na atmosfera e também pelo uso de CFCs. Outros
gases como CH4, N2O, ozônio e peroxiacetilnitrato (chamados gases
de efeito estufa), produzidos pelas atividades industriais e domésticas,
também podem contribuir para esse efeito, resultando no aumento da
temperatura da Terra.

O efeito estufa, responsável pelo aquecimento global, é um fenômeno


natural no qual uma parte da radiação refletida pela superfície terrestre
é absorvida regulando com isto, a temperatura terrestre.

Entretanto, com o aumento da quantidade de gases descarregados na


atmosfera, uma maior parcela dessa radiação refletida pela superfície
terrestre fica retida na atmosfera, o que faz com que haja um aumento
na temperatura terrestre.

Este aumento na temperatura é prejudicial para todo o ecossistema,


uma vez que leva a sérias consequências, como aumento do nível dos
oceanos por derretimento de geleiras e efeitos climáticos como
aumento de secas, nevascas, calor, frio e chuva. A imagem a seguir
exemplifica esse processo.

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Representação esquemática da destruição da camada de ozônio.

Índices de impacto ambiental

Potencial de destruição da camada de ozônio (ODP)

Indicador do impacto que determinado fluido refrigerante exerce sobre a


destruição da camada de ozônio quando liberado na atmosfera. Sua
referência é em relação ao impacto do CFC – 11 e este valor varia entre
0 e 1, sendo 1 o limite máximo de agressão.

Potencial de aquecimento global (GWP)

É o indicador do impacto que a liberação de fluidos refrigerantes tem no


aumento das temperaturas globais, ou seja, o efeito estufa. Sua
referência é o dióxido de carbono (CO2) ao qual é atribuído o valor 1 e,
quanto maior for este valor, maior será o impacto com relação ao
aquecimento global.

Fluido Tipo ODP

R - 12 CFC 1

R - 22 HCFC 0,05

R – 134a HFC 0

R - 410 Mistura de HFC 0

R – 410a Mistura de HFC 0

R – 600a HC, natural 0

R - 744 CO2, natural 0

R - 717 NH3, natural 0

R – 718 H2O, natural 0

Tabela: Valores de ODP e GWP para alguns fluidos refrigerantes.

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Adaptado de QUEIROGA, 2019. p. 45.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Sendo um fluido refrigerante dado como R–123, um fluido


refrigerante da família dos HCFC, é o fluido substituto do R–11, da
família dos CFCs, pois tem menor impacto na camada de ozônio.
Desta forma, o R–123 é da família dos

A clorofluorcarbonos.

B hidroclorofluorcarbonos.

C hidrofluoolefinas.

D hidrocarbonos.

E halogênios.

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%

Questão 2

Os fluidos refrigerantes têm papel fundamental no ciclo de


refrigeração, de maneira que sua escolha, para uma utilização
otimizada, deve levar em conta alguns aspectos, como:

A Conter cloro e baixas propriedades termodinâmicas.

Ser quimicamente instável e não reagir


B quimicamente com os demais componentes do
circuito.

C Ter baixa viscosidade e ser atóxico.

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D Custo razoável e baixa condutividade térmica.

Não se misturar com o óleo lubrificante e ser difícil


E
de identificar em vazamento.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%

3 - Componentes – tipos, funcionamento e eficiência


Ao final deste módulo, você será capaz de avaliar os componentes básicos utilizados em
refrigeração para uma melhor seleção destes em projeto.

Seleção adequada dos componentes


de refrigeração em projetos
Neste vídeo, você compreenderá quais os tipos de classificação de
compressores, funcionamento e eficiência dos compressores.

Tipos e classificação de
compressores
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06/11/2023, 14:25 Ciclos de refrigeração e componentes

Os compressores são componentes obrigatórios em circuitos tanto de


refrigeração quanto de ar-condicionado e bomba de calor. Suas funções
básicas são a de elevar a temperatura do fluido refrigerante através da
compressão para que possa rejeitar calor no condensador e manter o
refrigerante circulando no circuito.

Os compressores podem ser divididos em:

Alternativos

Parafuso

Scroll

Palhetas

Centrífugo

Sendo os alternativos, parafuso, scroll e rotativos classificados como


compressores volumétricos. Ainda, podemos classificar os
compressores como de deslocamento positivo e dinâmicos.

Volumétricos (Deslocamento positivo) Alternativos

Parafuso

Rotativos Palhetas

Espiral (Scroll)

Dinâmicos Centrífugos

Tabela: Classificação dos compressores.


Fabio Tofoli

Cada um desses compressores tem sua capacidade máxima de


operação e, portanto, são indicados para determinadas aplicações. A
imagem a seguir resume essas faixas de capacidade bem como sua
aplicação indicada.

Capacidade dos compressores por aplicação.

Compressores alternativos
Neste vídeo, você compreenderá o processo de compressão de
compressor alternativo e os parâmetros de desempenho.

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06/11/2023, 14:25 Ciclos de refrigeração e componentes

Neste tipo de compressor, o gás refrigerante entra por meio de uma


válvula localizada na linha de baixa pressão onde é comprimido por um
sistema de pistão, biela e manivela, e descarregado através da abertura
de uma válvula para a linha de alta pressão em direção ao condensador.
O movimento alternativo de subida e descida do pistão é que dá nome a
este tipo de compressor.

Funcionamento de compressor alternativo.

Os compressores alternativos podem ser fornecidos de três formas


diferentes:

Compressores herméticos expand_more

É o tipo de compressor no qual tanto o motor elétrico quanto o


sistema de compressão estão montados em um recipiente
lacrado e o fluido refrigerante circula pelos dois sistemas. Por
terem baixa capacidade, são utilizados em aplicações de
pequeno porte como geladeiras.

Compressores semi-herméticos expand_more

É semelhantes aos herméticos, entretanto, há como realizar


manutenção, pois o cabeçote é aparafusado e não soldado
como no anterior. Estes compressores são aplicados em
refrigeração comercial para pequena, média e grandes
temperaturas de evaporação.

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Compressores abertos expand_more

São caracterizados por terem o compressor separado do motor


elétrico.

Processo de compressão de compressor alternativo


Durante o funcionamento dos compressores alternativos, temos quatro
processos distintos ocorrendo:

flag Admissão

O pistão se desloca do ponto morto superior (PMS)


para o ponto morto inferior (PMI), causando uma
depressão no interior do cilindro e, desta forma,
admitindo o fluido refrigerante através da válvula de
sucção a uma pressão constante p4 = p1

(processo ideal).

flag Compressão

Após a admissão, o cilindro retorna do PMI para o


PMS, comprimindo o volume admitido e elevando a
pressão de p1 para p2.

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flag Descarga

Ao chegar na pressão p2, o fluido refrigerante é


descarregado por meio da válvula de descarga a
uma pressão constante p2 = p3 (processo ideal).

flag Redução de pressão

O pistão desce e a nova admissão ocorre quando a


pressão interna do cilindro chega na pressão de
sucção (p4).

Para facilitar o entendimento, vamos analisar a imagem do Diagrama


p − v do processo de compressão.

Diagrama p − v do processo de compressão.

Parâmetros de desempenho
Eficiência volumétrica: é um dos pontos de análise dos compressores
alternativos que determinam seu desempenho. É definido como sendo a
razão entre a vazão de entrada no compressor pelo volume deslocado
pelo compressor.

˙
ã
vaz o que entra no compressor ∀sucção
ηvol = =
volume deslocado pelo compressor ˙
∀deslocado

Sendo o volume deslocado calculado da seguinte forma:

2
π ⋅ D
˙
∀ deslocado = ⋅ L ⋅ z ⋅ n
4

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Onde: D = diâmetro do cilindro, L = curso do pistão, z = número de


cilindros e n = rotação do compressor.

Trabalho de compressão: é dado pela área definida entre os pontos 1, 2,


3 e 4.

k−1

k
k p2
˙
Wc = p1 ⋅ ∀ deslocado ⋅ ( ) ⋅ [( ) − 1]
k − 1 p1

cp
Onde, k =
cv
e é usado no caso de compressão isentrópica. Sendo a
compressão politrópica, k = n.

Potência de compressão: é dada pela equação:

Pc = Wc ⋅ n

Compressores rotativos e centrífugos


Neste vídeo você conhecerá os compressores rotativos e centrífugos e
os parâmetros de desempenho de um sistema de compressão de vapor.

Compressores rotativos

Compressores de palhetas

Estes compressores são do tipo palhetas, que podem ser simples ou de


múltiplas palhetas. Nestes compressores, um rotor interno é montado
excêntrico ao eixo de forma a manter contato com a superfície interna
da carcaça e de uma palheta que é acionada por uma mola.

Desta forma, a massa de refrigerante é comprimida, elevando sua


pressão e temperatura. Este tipo de compressor tem capacidade muito
baixa, pouca vibração e normalmente é utilizado em aplicações, tais
como ar-condicionado de janelas, sendo hermético.

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Compressor de palheta simples.

Compressores em espiral (scroll)

Estes compressores são de tecnologia mais recente e são utilizados em


aplicações de médio porte em ar-condicionado, principalmente. Nestes
compressores, existem duas espirais, sendo uma fixa e outra móvel que
tem movimento orbital excêntrico em relação à fixa. O gás é admitido e
comprimido devido a esse movimento entre as espirais, de forma a
aumentar sua pressão e temperatura. Este tipo de compressor é
hermético.

Compressor scroll

Compressores parafuso

Amplamente utilizados em refrigeração industrial, possuem dois fusos


(gêmeos ou duplo), um macho (acoplado ao motor elétrico) e outro
fêmea (pode ainda ser de parafuso simples). O gás é forçado através
dos dois parafusos sem fim paralelos, de forma construtiva, fazendo
com que o volume do gás diminua no sentido axial do movimento.

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Compressor de parafuso duplo.

Compressores centrífugos
Compressor utilizado em grandes instalações de refrigeração
especialmente em chillers. O refrigerante é admitido axialmente em
relação ao rotor do compressor, que se assemelha a uma bomba
centrífuga. Após a admissão, o refrigerante é acelerado pelas pás do
rotor que gira à alta rotação, aumentando, portanto, sua energia cinética.
O gás é direcionado ao difusor da voluta, onde sua velocidade é
reduzida, resultando então, em um aumento da pressão. Se a diferença
entre as pressões de entrada e saída for elevada, mais de um estágio de
pressão deve ser aplicado. Este tipo de compressor tem algumas
vantagens em relação ao alternativo, como menor vibração, menos
desgaste e menor peso.

Compressor centrífugo.

Perceba a imagem do chiller centrífugo.

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Chiller centrífugo.

Parâmetros de desempenho de um sistema de compressão de


vapor
Já vimos um parâmetro muito importante para análise de desempenho
de um ciclo de refrigeração que é o COPR. Entretanto, outros
parâmetros também são utilizados na prática do mercado. Vamos
conhecê-los a seguir.

Índice de eficiência energética – EER (Energy Efficient Ratio)

É a razão entre a capacidade frigorífica em Btu/h e a potência elétrica


em Watts. A partir deste índice, é possível analisar o desempenho entre
equipamentos com relação ao consumo e decidir, entre estes, qual o
melhor para determinada operação.

˙
Qevap
EER =
Pelet.

kW/TR

É a razão entre a energia produzida e a energia consumida, recebida ou


útil, ou seja, é a potência absorvida no eixo do compressor resultante do
processo de compressão em kW pela capacidade de resfriamento em
TR.

Ẇcomp
kW /T R =
˙
Qevap

Valor integrado de carga parcial – IPLV (Integrated Part Load Value)

É o índice integrado de carga parcial calculado nas condições padrão.

1
IP V L =
0,01 0,42 0,45 0,12
⌈ + + + ⌉
A B C D

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Onde: A, B, C e D são os valores de eficiência energética operando em


cada carga (kW/TR) e os índices 0,01; 0,42; 0,45 e 0,12 são as
porcentagens de carga (10%, 42%, 45% e 12%) durante o funcionamento
do equipamento.

Evaporadores
Neste vídeo, você compreenderá qual o objetivo dos evaporadores e
como este equipamento funciona.

O objetivo dos evaporadores é receber o fluido refrigerante vindo da


válvula de expansão a baixa pressão e temperatura e colocá-lo em
contato térmico com o ambiente a ser refrigerado. Durante essa troca
térmica, o refrigerante absorve calor do meio e sai do evaporador como
um gás seco (vapor saturado ou superaquecido).

Os evaporadores podem ser do tipo casco e tubos ou placas, quando for


para resfriamento de líquidos. Se for para resfriamento de ar, os mais
utilizados são os trocadores de calor compactos (serpentinas) de
corrente cruzada aletados.

Evaporador aletado para resfriamento de ar.

Perceba a diferença dos evaporadores quando há mudança de fase na


carcaça e nos tubos.

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Evaporador casco e tubos (a) refrigerante mudando de fase na carcaça.

Evaporador casco e tubos refrigerante mudando de fase nos tubos.

Os evaporadores podem ser classificados como inundados e secos.


Perceba as diferenças nas imagens a seguir.

Evaporador de placas (a) esquema de escoamento do refrigerante e do fluido a ser resfriado em


contracorrente; (b) evaporador montado.

Os evaporadores podem ser classificados como inundados e secos.

Inundados

Nos inundados, a temperatura de evaporação do refrigerante


permanece constante e a carcaça contém a maior parte do refrigerante
líquido. Com a troca de calor, uma parte do refrigerante líquido evapora e
segue para a tubulação de entrada do compressor. A imagem a seguir é
um exemplo de evaporador inundado.

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Perfil de temperatura em evaporador inundado.

A diferença de temperatura média logarítmica é dada por:

(T1 − T2)
ΔTml =
T1−Tev
ln ( )
T2−Tev

E o cálculo da capacidade de resfriamento é dada por:

˙
Qev = U ⋅ A ⋅ F ⋅ ΔT ml

Sendo: U = coeficiente global de transferência de calor


(W /m
2
⋅ K); A = área de troca de calor; F = fator de correção dos
trocadores de calor.

Secos
Nos evaporadores de expansão seca, o refrigerante vaporiza ao escoar
através dos tubos enquanto troca calor com o fluido escoando pelo
casco. Uma válvula de expansão deve ser montada na entrada deste
tipo de evaporador a fim de controlar a vazão de entrada de refrigerante,
com objetivo de garantir que somente vapor superaquecido esteja
saindo para o compressor. A imagem: evaporador casco e tubos
refrigerante mudando de fases nos tubos, ilustra esse tipo de
evaporador.

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Perfil de temperatura em evaporador de expansão seca.

Ainda, podemos classificar os evaporadores como sendo de expansão


direta ou de expansão indireta.

Expansão direta

Neste processo, o fluido refrigerante troca calor diretamente


com o meio ou fluido a ser resfriado por meio da passagem
pela serpentina do evaporador. Este sistema é mais utilizado
em baixas e médias cargas de calor a ser retiradas.

Expansão indireta

Neste processo, a expansão do refrigerante ocorre no


evaporador por meio da troca de calor com um fluido térmico
intermediário, que normalmente é água (gelada) e, em alguns
casos, salmoura. Esse fluido que foi resfriado no evaporador é
então direcionado para uma serpentina para absorver calor do
ambiente que se deseja resfriar. Este sistema é indicado para
altas cargas de resfriamento.

Condensadores
Neste vídeo, você comprenderá as diferenças de condensadores de ar,
água e evaporativos.

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O objetivo dos condensadores é receber o vapor superaquecido vindo do


compressor e resfriá-lo removendo calor para o meio externo,
transformando o fluido refrigerante em líquido novamente.
Normalmente, este líquido é levemente sub-resfriado. Podemos dividir a
transferência de calor no condensador em três fases:

ac_unit Resfriamento do gás refrigerante


superaquecido

ac_unit Condensação do refrigerante

ac_unit Sub-resfriamento do refrigerante

Estes equipamentos são classificados de acordo com o fluido de


trabalho utilizado como veículo para a rejeição de calor com o meio
externo, ou seja, a ar, a água ou evaporativo.

O perfil de temperatura típico dos condensadores está apresentado a


seguir:

Perfil de temperatura ao longo de um condensador.

A diferença de temperatura média logarítmica é dada por:

(T2 − T1)
ΔT ml =
Tcd−T1
ln ( )
Tcd−T2

E o cálculo da capacidade de rejeição de calor é dada por:

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˙
Qcd = U ⋅ A ⋅ F ⋅ ΔT ml

Condensadores a ar
Nestes condensadores, o fluido refrigerante rejeita calor diretamente
com o ar externo. A troca de calor pode ocorrer por convecção natural
ou convecção forçada. A convecção natural é usada para equipamentos
de pequeno porte, como refrigeradores domésticos, e a convecção
forçada é utilizada em refrigeração comercial.

Condensador tipo serpentina plana com convecção natural.

Perceba a imagem real do condensador de tipo serpentina a seguir:

Condensador tipo serpentina aletada com convecção forçada pelo uso do ventilador.

Condensadores à água
Nos condensadores à água, o fluido refrigerante troca calor com a água
que, por sua vez, necessita de um equipamento para seu resfriamento,
conhecido como torre de resfriamento ou torre de arrefecimento.

Este tipo de solução é utilizado em instalações de grande porte que


fazem uso de chillers para atender à demanda de carga de resfriamento.

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Existem diversos modelos de trocadores de calor que podem ser
utilizados em condensadores, como: placas, casco e tubos, tubo e tubo
e coaxiais.

Condensador resfriado a água de placas.

Condensador resfriado a água de casco e tubos.

Perceba as características do condensador resfriado a água tubo e tubo


helicoidal.

Condensador resfriado a água tubo e tubo helicoidal.

Torre de resfriamento

Este equipamento tem como objetivo resfriar a água proveniente do


condensador por meio do contato direto com o ar atmosférico, de forma
que possa ser bombeada novamente para o trocador de calor. A água
resfriada deixa a torre entre 3 e 5,5°C mais quente que a temperatura de
bulbo úmido do ar. Essa diferença de temperatura é conhecida como
approach.

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As torres de resfriamento são classificadas como tiragem natural, de
corrente de ar induzido e corrente de ar forçado.

A capacidade de uma torre de resfriamento é calculada pela seguinte


equação:

˙
Qtorre = ṁágua ⋅ cp ⋅ (Te − Ts)
á
, gua

Onde: Te e Tξ são as temperaturas de entrada e saída da água na torre.

Torre de tiragem natural.

Representação de uma torre de tiragem induzida montada em uma instalação.

Torre de tiragem forçada.

Condensadores evaporativos
Este condensador é constituído pela combinação de um condensador e
uma torre de resfriamento em um único conjunto. Neste equipamento, o
fluido refrigerante circula por dentro de uma serpentina e é resfriado por

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meio do contato indireto com a água. O ar que circula dentro do
equipamento faz com que uma parte da água evapore, reduzindo sua
temperatura, resultando no desempenho deste condensador.

Condensador evaporativo.

Dispositivos de expansão
Neste vídeo, você compreenderá o que são dispositivos de expansão:
tubo capilar e válvula de expansão.

Os dispositivos de expansão têm como objetivo controlar o fluxo de


refrigerante e reduzir a pressão e, consequentemente, a temperatura do
fluido refrigerante, para que possa retornar ao evaporador. Estes
dispositivos podem ser de dois tipos: tubos capilares ou válvulas, sendo
que as válvulas são classificadas de acordo com o método de controle
utilizado.

Tubo capilar
É uma tubulação de diâmetro interno muito reduzida, por onde o fluido
refrigerante é forçado a passar após sair do condensador. Por ter
diâmetro reduzido, a velocidade do refrigerante aumenta, reduzindo sua
pressão. O comprimento desta tubulação tem relação direta com o
fluido refrigerante utilizado.

Válvula de expansão

Válvula de expansão termostática (VET)

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Estas válvulas controlam automaticamente o fluxo de refrigerante vindo
do condensador para o evaporador a uma taxa que corresponda à
capacidade de resfriamento do sistema.

Elas operam detectando a temperatura do vapor refrigerante


superaquecido que sai do evaporador por meio de um bulbo térmico que
é instalado sobre a tubulação de saída do evaporador.

Nesse bulbo térmico, acoplado à VET, é colocado normalmente o


mesmo refrigerante que está sendo utilizado na instalação. Quando o
superaquecimento aumenta, o fluido dentro do bulbo tem também sua
temperatura aumentada, fazendo com que haja uma expansão do gás
dentro do sistema e aumente a pressão sobre um diafragma instalado
na válvula. Esse diafragma empurra uma haste, que libera a passagem
de mais fluido refrigerante pelo orifício de passagem para o evaporador,
diminuindo a pressão sobre o diafragma, pois o superaquecimento na
saída do evaporador diminuirá.

Válvula termostática.

Como você pode observar na imagem da válvula termostática, há um


parafuso para regulagem da mola alterando sua pressão (pmola ) sobre
o diafragma. É essa regulagem que irá determinar qual a pressão de
abertura do orifício, uma vez que, em situação de equilíbrio, a pressão
do evaporador ( pevaporador ) é igual a pressão do bulbo (pbulbo ).

Desta forma, a regulagem da mola é importante, pois determina o grau


de superaquecimento permitido para dada instalação. Este modelo de
válvula também é conhecido como válvula termostática com
equalizador de pressão interno e é utilizado para circuitos de
refrigeração de baixa capacidade.

Válvula de expansão termostática com equalizador externo (VET)

Quando temos circuitos de refrigeração para alta cargas de


resfriamento, as perdas de carga são maiores, pois o evaporador tem
maior comprimento e, assim, haverá uma diferença entre a temperatura
de saturação na saída e na entrada do evaporador, uma vez que a perda
de carga diminuirá a pressão de saída. Essa diferença de pressão é
prejudicial, pois diminui a eficiência do sistema.

Para resolver esse problema, é instalada na tubulação de saída do


evaporador uma tubulação que é conectada a VET. Desta forma, a queda
de pressão no evaporador é percebida pelo diafragma da VET, fazendo
com que a operação seja mais suave, pois o fluxo de refrigerante será o
adequado às condições do evaporador, aumentando a eficiência do
sistema.

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Esquema de uma válvula termostática com equalização externa.

Válvula de expansão eletrônica (VEE)

São válvulas controladas por microprocessador e sua função é a


mesma das VETs, ou seja, manter o grau de superaquecimento do gás
refrigerante adequado por meio da regulagem do fluxo de refrigerante a
ser enviado ao evaporador. Entretanto, neste caso, com um grau de
precisão maior, além de trabalhar com menor pressão no condensador.

Nestas VEEs não há diafragma nem bulbo térmico. Porém, elas são
equipadas com sensor de temperatura e transdutor de pressão, que
enviam sinal para o microprocessador, que, por sua vez, aciona a válvula
abrindo ou fechando a passagem para o fluido refrigerante.

Válvulas de expansão eletrônicas: (a) com motor de passo, (b) moduladas por largura de pulso e (c)
analógicas.

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Um evaporador inundado utiliza um refrigerante cuja temperatura


de evaporação é de -10°C. Ele é utilizado para resfriar água de 12°C
para 5,5°C, que será utilizada em um sistema de expansão indireta.
Para essa configuração, o ΔTml será de

A 14,6°C.

B 16,6°C.

C 18,6°C.

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D 20,6°C.

E 21,6°C.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%

Questão 2

Um fabricante de compressores alternativos menciona em seu


catálogo que um de seus compressores tem as seguintes
características: número de cilindros = 2; diâmetro do cilindro
= 30mm ; curso do pistão = 33mm ; rotação de trabalho
= 1750rpm. Desta forma, podemos afirmar que o volume
deslocado em m3/h deste compressor será de

A 4, 9m /h.
3

B 3, 6m /h.
3

C 0, 08m /h.
3

D 293, 9m /h.
3

E 3
25m /h.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20o%20feedback%20completo%20no%20Solucion%C3%A1rio%20disponibilizado%20no%

Considerações finais
A eficácia de um sistema de refrigeração depende de vários elementos
que, juntos, formam o ciclo de refrigeração por compressão de vapor.

Vimos que o ciclo de refrigeração por compressão de vapor pode


apresentar algumas variações, de forma a aumentar sua eficiência

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quando temos uma alta diferença de temperatura entre a evaporação e
a condensação. Essas variações são o ciclo em cascata e o de
multipressão.

Conhecemos também um pouco sobre os fluidos refrigerantes, seus


impactos no meio ambiente e o desenvolvimento dos novos fluidos
refrigerantes que não agridem a camada de ozônio.

Por fim, estudamos os componentes básicos do ciclo de refrigeração


por compressão de vapor, como compressor, condensador, dispositivo
de expansão, além de conhecer algumas características de cada um
deles.

headset
Podcast
Neste podcast, você compreenderá mais um pouco sobre os principais
aspectos do sistema de refrigeração.

Explore +
Pesquise o artigo Hidrocarbonetos: passado, presente e futuro da
refrigeração, disponível no site Engenharia e Arquitetura, e entenda um
pouco mais sobre este importante fluido refrigerante.

Leia o artigo População crescente em cidades gera impacto na


refrigeração, da revista Clube da Refrigeração, e veja como as
necessidades atuais da população geram novas oportunidades no setor
de refrigeração.

Por fim, pesquise o artigo Dimensionamento de um trocador de calor


tipo serpentina aletada com formatações em único e múltiplos circuitos
através de correlações de Nusselt e entenda quais os cálculos
envolvidos no dimensionamento de condensadoras ou evaporadoras
que utilizem este modelo de trocador de calor.

Referências

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/05598/index.html# 56/58
06/11/2023, 14:25 Ciclos de refrigeração e componentes

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Capítulo 38 – Compressor. 2012.

BRASIL. MMA. Ar condicionado: manual sobre sistemas de água gelada.


v. 1: conceitos sobre chillers e sistemas de água gelada. Brasília:
Ministério do Meio Ambiente, 2017.

ÇENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. Porto Alegre: Grupo A,


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CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS FUPAI/EFFICIENTIA. Eficiência


energética em sistemas de refrigeração industrial e comercial. Rio de
Janeiro: Eletrobrás, 2005.

DINÇER, I. Refrigeration systems and applications. West Sussex,


Inglaterra, 2003.

FILHO, G. E. F. Bombas, Ventiladores e Compressores: Fundamentos.


São Paulo: Saraiva, 2015.

KROSS, K. A.; POTTER, M. C. Termodinâmica para engenheiros. São


Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016.

MILLER, Rex; MILLER, Mark, Ar-Condicionado e Refrigeração, 2ª ed. Rio


de Janeiro: LTC, 2017.

MITCHELL, J. W.; BRAUN, J. E. Princípios de Aquecimento, Ventilação e


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QUEIROGA, S. L. M. Princípios de refrigeração e ar condicionado. Rio de


Janeiro: Ciência Moderna, 2019.

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São Paulo: Artliber Editora, 2003.

STOECKER, W. F.; JONES, J. W. Refrigeração e ar condicionado. São


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QUADRI, N. Sistemas de aire acondicionado – calidad del aire interior.


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WANG, S. K. Handbook of air conditioning and refrigeration. 2. ed.


Amsterdã : McGraw-Hill, 2001

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