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Matriz de Trabalho de

Participação Individual
Elaborado por: Bianca Ribeiro (Matrícula: 242654/2020)

Disciplina: Valuation

Turma: 2

Introdução

O trabalho em questão é uma resenha crítica do conteúdo apresentado em ROL 2, baseado na temática do
módulo 2 da matéria de Valuation e apresentada pelo professor tutor Henrique Rocha. Incluindo, portanto,
alguns tópicos, como:

 Capital de um Investimento, ou Capital Asset Pricing Model (CAPM),


 Ajuste para mercados emergentes,
 Prêmio pelo risco do mercado e inflação,
 Prêmio pelo tamanho da empresa,
 Avaliação de empresas.

Desenvolvimento

Em Valuation, o custo de capital é calculado na prática para as empresas no Brasil e, os valores do Modelo
de Precificação de Ativos, ou Custo de Capital de um Investimento, ou Capital Asset Pricing Model (CAPM)
são apurados. Isso, pois como é sabido, há diversos riscos incorrentes em um negócio e, o Valuation, possui
o objetivo de avaliar o valor de uma empresa, negócio ou operação como fusões e aquisições. Desse modo,
é de suma importância que seja bem delineada a diferença de uma avaliação teórica e uma avaliação
prática, ou de uma especulação versus uma avaliação de fato como cita o Damodaran (FEUSER). De acordo
com o autor, diferente da avaliação de obras de arte, por exemplo, as quais seu valor depende de uma
avaliação também pessoal do observador, a avaliação de ativos precisa de uma expectativa realista, na qual
é possível entender suas possibilidades e riscos de forma palpável ao longo do tempo.

Como comentado, há diversos riscos inocorrentes na sociedade, na economia e, portanto, nas empresas.
Estes, podem ser divididos entre risco sistêmico e risco não sistêmico. O sistêmico afeta a todos quando
ocorre, podendo ser positivo ou negativo, por exemplo uma crise, o risco de ela ocorrer pode trazer
resultados positivos para alguns e, negativos para outros, mas afetará a todos. Já o não-sistêmico, é
diferente para cada área/atividade, ou seja, é o risco que afeta somente áreas ou atividades específicas.
Como exemplo, podemos citar uma empresa que produz diversos doces, incluindo ovos de Páscoa,
havendo uma queda na produção do cacau, sua produção de ovos de Páscoa será afetada em conjunto com
todos os seus doces que necessitam desse material, mas o restante da sua produção, não será afetada. É
possível ver nesse caso, que há também a possibilidade de esse risco ser apenas sazonal, ou seja, caso a
diminuição da produção de cacau ocorrer em época longe do feriado de Páscoa, os ovos de Páscoa já não
serão mais afetados, somente o restante da produção que inclui o ingrediente cacau.

Veja bem, o único risco possível de controle, portanto, é o risco não sistêmico, podendo ser diminuído por
meio da diversificação.

Com tais considerações, uma das formas mais conhecidas para calcular um retorno esperado, é
determinando o Custo de Capital de um Investimento (CAPM). O CAPM é a taxa necessária para que valha a
pena assumir o risco de determinado investimento e, novamente, somente o risco não-sistêmico pode ser
evitado (diversificado), já o risco sistêmico, não pode, dentro do risco sistêmico, pode-se conhecer apenas
o risco-país e, dessa forma, aplicar uma taxa própria de retorno para seu investimento de acordo com o
local de aplicação, evitando os riscos, portanto, imperativos de determinada região, afetada por abalos em
sua cultural, economia, sociedade e política. O risco-país, podendo ser incluído no cálculo do CAPM, estará
em conjunto com a volatilidade do mercado que o investimento poderia estar sendo aplicado (Beta), a taxa
referencial norte americana (livre de risco) e o retorno médio da aplicação também em carteira norte
americana, considera sem risco, por possuir a moeda cambial padrão.

Vemos, portanto, que há diversos riscos para se iniciar uma discussão sobre uma aplicação como esta. De
tal modo, que não somente o conhecimento técnico é necessário, mas também, conhecimento local, ou
seja, para que seja possível a avaliação correta, é necessário aplicar também variáveis como taxa de o risco-
país (desse modo já se absorve a inflação) e o prêmio pelo tamanho da empresa, demonstrando uma nova
forma de cálculo do CAPM tradicional. O CAPM tradicional, considera somente a taxa da renda fixa daquele
mercado (Rf), o risco sistêmico de se investir no mercado (B) e o prêmio esperado, que é a diferença entre
o rendimento esperado do mercado e o investimento no mercado fixo, que não terá o mesmo risco do
mercado (Rm-Rf), ou seja, Ke = Rf + B * (Rm - Rf). Agora, adicionando as novas variáveis, temos o prêmio
pelo risco-país, que pode ser calculado somando o prêmio pelo risco do país em questão somado ao prêmio
pelo risco país de um mercado norte-americano - considerado estável -, multiplicado pelos seus desvios
padrão. Por fim, o prêmio pelo tamanho da empresa, indica que se deve incluir prêmios maiores por
empresas menores, já que são teoricamente, mais voláteis ao mercado por terem menos dominância de
suas posições no mesmo, o que implica também, a dificuldade de liquidez de uma empresa pequena
quando comparada a uma grande. Desse modo, ao cálculo, além do prêmio pelo risco de mercado, se
adiciona também o prêmio esperado pelo tamanho da empresa, que no Brasil, conforme apontado pelo
próprio autor, varia entre 1% e 6%, com maiores retornos esperados para empresas menores.

Por fim, o modelo se mostra de extrema importância para o Valuation, com autores altamente
reconhecidos o utilizando e justificando de forma muito detalhada, o peso de todas as suas variáveis para
se alcançar resultados cada vez mais precisos para tais projetos.

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Referências Bibliográficas

FGV ONLINE. ROCHA, Henrique. In: Rol 2 (Reunião online semana 2). Disponível em: < https://ide-fgv-
br.zoom.us/rec/share/iLb8-4lh6eK2yIq_ZLzJlPLJ_oAT9KE2BTbOxmjODvvJ-
3y7CnkvEG0nm0LbKmD6.2HxWNa1NsIrQD7oA >. Último acesso em 28 de abril de 2021.

FEUSER, Carlos E. Prado. In: Valuation. Editora FGV.

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