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Resumo: Neste artigo tem-se por objetivo discutir alguns dos problemas para
a estimação do custo de capital próprio no mercado acionário brasileiro a partir
da utilização do Modelo de Apreçamento de Ativos (CAPM - Capital Asset
Pricing Model).
1-Introdução
P0=Σ t Fct/(1+r) t
Apesar deste mercado trabalhar com uma vasta gama de métodos para
a sua precificação, não tínhamos até meados da década de 50 uma teoria que
conseguisse estabelecer uma relação adequada do binômio risco-retorno. Esta
situação começou a mudar a partir da formulação da teoria da seleção de
carteiras. Conforme ALCANTARA (1981), quem deu início a esta teorização foi
Markowitz com o clássico trabalho Portfolio Selection em 1952. Posteriormente,
esse modelo foi desenvolvido e simplificado até que se chegasse ao Modelo de
Apreçamento de Ativos (Capital Asset Pricing Model - CAPM). Atualmente,
apesar de algumas anomalias apresentadas por este modelo, ele tem sido
amplamente utilizado para a determinação do Custo do Capital Próprio.
Beta = Cov(Rm,Rj)/Var(Rm)
Onde:
Cov( Rm, Rj) = Covariância do retorno do mercado com o retorno do
título
Fonte: Bloomberg
Por outro lado, trabalhar com taxas de juros praticadas pelo governo
brasileiro no mercado local, pelo menos nesse passado recente, seria
complicado. Isto porque, no período que se seguiu ao plano Real, as taxas de
juros praticadas pelo governo foram extremamente elevadas. Trabalhar com
estas taxas de juros, que são de curto prazo, para descontar fluxos de caixa de
longo prazo, causaria uma grande distorção no valor econômico da empresa.
Uma alternativa seria projetar as taxas de juros para os períodos futuros. Estas
taxas de juros projetadas deveriam apresentar-se declinantes, uma vez que
gradativamente, com o passar dos anos, o risco Brasil tenderia a declinar até
chegar próximo, no longo prazo, à taxa livre de risco dos mercados
desenvolvidos. Além disso, poderíamos apontar que no longo prazo deverá
haver uma maior integração entre os países, fator que proporcionará uma
maior equalização das taxas de juros de longo prazo com as taxas livre de
risco. A grande dificuldade dessa método seria determinar quanto e em que
intensidade ocorreriam as quedas das taxas de juros até chegarem próximas
dos países mais desenvolvidos. Uma outra alternativa seria ou trabalhar com
uma taxa de juros média para o período, o que distorceria um pouco o valor
presente dos fluxos, ou trabalhar com as taxas da caderneta de poupança
(Rodrigues e Ferreira Souza, 1999).
Principais dados
T bond 6,55%
C bond 11,00%
Risco de Crédito de corporações nos EUA com 10,05%
risco semelhante ao risco país
Prêmio de Crédito (diferença entre os títulos 3,50%
corporativos e o T bond)
Expectativa de Inflação no Brasil (média) 3,5%
Expectativa de Inflação nos EUA ( média) 1,0%
Diferencial de Inflação ( Brasil x EUA) 2,5%
Caderneta de poupança 6,17% a a
Ke = 0,11+0,53(0,055)+ 0,025
Ke = C bond + β alvancado ( prêmio global)+ dif. Inflação 19,22%
Ke = 0,11+1,04(0,055)+ 0,025
5- Considerações Finais.
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iii[vi] Ver por exemplo: SANVICENTE & MINARD (1999) e ASSAF NETO ( 2002
: p.361-362)
Referências bibliográficas
PENTEADO, Marco Antonio de Barros; FAMÁ, Rubens . Será que o beta que
temos e o beta que queremos?. Caderno de Pesquisa em Administração, São
Paulo, v. 09, no 3, julho/setembro 2002.