Você está na página 1de 22

PROVA – 15/05/2023 – DESENVOLVIMENTO HUMANO

METODOLOGIA DE PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO


HUMANO
- A Psicologia do Desenvolvimento estuda as mudanças biológicas,
afetivas, sociais e cognitivas que ocorrem na vida dos indivíduos desde o
nascimento até a morte.
- Há variáveis que afetam e serão afetadas pelo desenvolvimento
- As variáveis podem ser cognitivas, sociais, afetivas ou biológicas e,
podem causar mudanças no desenvolvimento, ou serem consequências do
desenvolvimento ou ainda terem relação de causa-efeito.

MUDANÇAS NO DESENVOLVIMENTO HUMANO


- Há dois tipos de delineamento que são tradicionalmente utilizados por
alunos de graduação em Psicologia ao estudarem o desenvolvimento humano.
- Delineamento transversal
- Delineamento longitudinal

ESTUDOS TRANSVERSAIS E LONGITUDINAIS


- Estudos transversais comparam indivíduos diferentes num mesmo
momento.
-> organiza grupos de indivíduos de diferentes idades e os
compará-los em relação a uma determinada habilidade
-> Vantagens: pode testar em curto período de tempo, sendo
prático ao pesquisador
-> Desvantagens: testa indivíduos diferentes, não controla os
efeitos das variações individuais.
-> não controla as diferenças individuais ou de coorte.
-> Efeito coorte não pode ser controlado nesse tipo de estudo.
- Efeito Coorte
-> é quando um grupo de pessoas que pertencem a um mesmo
grupo e que passam por experiências semelhantes.
-> ao compararmos grupos de indivíduos de idades diferentes,
confundimos efeitos do desenvolvimento com efeitos da coorte.
-> podem ser maturacionais ou ambientais.
- Estudos Longitudinais se aplicam a várias áreas de conhecimento e
não apenas à Psicologia do Desenvolvimento.
-> permite que acompanhemos o desenvolvimento de indivíduos ao
longo do tempo, sem deixar de controlar as múltiplas variáveis que afetam o
desenvolvimento.
-> Oferece uma alternativa para os problemas encontrados nos
estudos transversais.
-> Um mesmo grupo de sujeitos é visto em diferentes momentos.
- Há um controle das diferenças individuais.
-> Os efeitos de coorte são manejados
-> número de sujeitos menor que o do transversal.
-> Desvantagem: é um estudo custoso tanto financeiramente quanto
temporalmente.
-> Há uma grande desistência na participação entre os sujeitos
menos escolarizados.
-> Generalização dos achados para diferentes coortes é uma
problemática.
- A generalização de resultados para diferentes coortes não é um
problema específico dos estudos longitudinais.
- estudos sequenciais são um exemplo de proposta para
reduzir os possíveis efeitos de coorte na generalização dos resultados
-> Retestagem de sujeitos em estudos longitudinais
- Problemas
- participantes acompanhados ao longo do tempo,
tendem a se desmotivarem e abandonar a pesquisa.
- mortalidade é um problema
- repetição de medidas pode gerar aprendizagem e
superestimar as capacidades testadas.

ESTUDOS SEQUENCIAIS
- Uma alternativa para os problemas apontados nas pesquisas
longitudinais e transversais.
- As comparações podem ser feitas a medidas que novas coortes vão
sendo incluídas, utilizando-se de técnicas fatoriais ou correlacionais.
- Demanda muitos sujeitos e longos períodos de tempo para serem
completados.

ESTABELECENDO RELAÇÕES DE CAUSA-EFEITO NO

DESENVOLVIMENTO HUMANO
- O método experimental permite estabelecer relações de causa e efeito
entre as variáveis
- A variável independe é a estudada pelo experimentador
-> pode ser chamada de intervenção ou tratamento.
-> é totalmente controlada pelo pesquisador em um experimento.
-> precisa ter no mínimo 2 níveis para avaliação se o tratamento
teve efeito ou não sobre a variável dependente.
- primeiro nível envolve uma quantidade de tratamento.
- segundo nível envolve nenhum tratamento.
- é chamado de controle.
- O grupo controle serve como parâmetro de comparação, assim pode-
se observar o efeito que uma variável tem sobre outras variáveis.
- Variável independente, é uma variável que não é manipulada pelo
experimentador
-> ele não tem controle sobre elas, mas que são sistematicamente
variadas nuns estudos.
- Estudos chamados de observação sistemática
- o experimentador não pode atribuir aleatoriamente
a variável que ele quer controlar.
- ex: gênero, idade, ser fumante ou não.
- não pode estabelecer relações de causa-efeito com
esse tipo de delineamento, pois as características prévias dos participantes
podem ser responsável por diferenças encontradas entre os grupos.

ESTUDOS LONGITUDINAIS CORRELACIONAIS


- Pelo fato da variável independente não ser manipulável, se torna
impossível estudar relações de causa-efeito.
- crianças com melhores escores nas tarefas de consciência fonológica
eram também crianças melhores na leitura.
-> confirmaram essa relação de causalidade, ao estudarem a
intervenção usando um método experimental clássico.
- serve para investigar causalidade nos casos que habilidade a ser
predita não se desenvolveu ainda.

PESQUISAS NA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO


- Estudos longitudinais correlacionais
-> permite confirmar se uma variável contribui para o
desenvolvimento de outro controlando variáveis estranhas.
- Estudos de intervenção de laboratório
-> utiliza o método experimental, pode confirmar a relação de
causalidade entre habilidades.
- Estudos de intervenção no campo
-> são estudos mais flexíveis em termos dos controles da situação
experimental.
-> a maior preocupação é com a validade ecológica dos resultados e
sua aplicabilidade e situações práticas.
- Estudos de treinamento e capacitação de profissionais
-> o objetivo é ajudar os profissionais observados a incorporar os
conhecimentos obtidos pela pesquisa na sua prática profissional diária.

Qual é a diferença entre estudos transversais e longitudinais?


Resposta: Os estudos transversais avaliam diferentes grupos em um
mesmo momento, enquanto os estudos longitudinais acompanham um mesmo
grupo ao longo do tempo.

Quais são as vantagens e desvantagens dos estudos longitudinais?


Resposta: As vantagens incluem a possibilidade de avaliar a trajetória de
desenvolvimento de um indivíduo ao longo do tempo e de investigar relações
de causalidade. As desvantagens incluem a alta demanda de tempo e recursos
e a possibilidade de perda de participantes ao longo do estudo.
O que são estudos sequenciais? Como eles se diferenciam dos
estudos longitudinais e transversais?
Resposta: Os estudos sequenciais combinam elementos de estudos
transversais e longitudinais, avaliando diferentes grupos em diferentes
momentos e acompanhando a trajetória de um mesmo grupo ao longo do
tempo. Eles se diferenciam dos estudos transversais por permitirem a
avaliação da trajetória de um mesmo grupo ao longo do tempo e dos estudos
longitudinais por permitirem a avaliação de diferentes grupos em diferentes
momentos.

Quais são as limitações dos estudos longitudinais correlacionais


na investigação de relações de causa e efeito no desenvolvimento
humano?
Resposta: Os estudos longitudinais correlacionais não permitem a
manipulação experimental das variáveis independentes e, portanto, não
permitem a conclusão definitiva sobre a existência de relações de causa e
efeito. Além disso, outros fatores não medidos ou controlados podem estar
influenciando as relações entre as variáveis estudadas.

Como os estudos longitudinais podem contribuir para a


compreensão do desenvolvimento humano ao longo do tempo?
Resposta: Os estudos longitudinais permitem a avaliação da trajetória de
desenvolvimento de um mesmo grupo de indivíduos ao longo do tempo,
permitindo a identificação de padrões de desenvolvimento, a investigação de
fatores de risco e proteção e a compreensão das relações entre diferentes
aspectos do desenvolvimento.
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E A QUESTÃO DA
PERIODIZAÇÃO
- Desenvolvimento
-> É o conjunto dos processos de transformação que ocorrem ao
longo da vida de um indivíduo.
- Fatores que estão relacionados aos processos de transformação.
- Etapa da vida que a pessoa se encontra
-> introduzi uma homogeneidade entre todos os seres humanos
que se encontram em uma determinada etapa (adolescência por ex)
- Circunstâncias culturais, históricas e sociais nas quais sua
existência transcorre.
-> Há uma homogeneidade entre aqueles que tem em com o fato
de viverem em uma mesma cultura, no mesmo momento histórico e dentro de
um determinado grupo social
- Experiências particulares privadas de cada um e não
generalizáveis a outras pessoas
-> fatores idiossincráticos que fazem com que o desenvolvimento
psicológico, apesar de apresentar semelhanças uma pessoas a outras, seja um
fenômeno irrepetível q n ocorre da mesma maneira em dois indivíduos
diferentes.
- A Psicologia ao pensar e definir estágios de desenvolvimento, foca na
compreensão do indivíduo isolado e as transformações que ocorrem para todos
os seres humanos de forma similar
-> ex: aquisição da linguagem, amadurecimento sexual,
envelhecimento do organismo.
- Psicologia do Sujeito
-> as circunstâncias histórico-culturais e as peculiaridades da
história e das experiências de cada sujeito são importantes
- Desenvolvimento individual ocorre dentro de uma determinada situação
histórico-cultural
- Para Vygotsky
-> as funções psicológicas têm suporte biológico, mas o homem
transforma-se de biológico em sócio-histórico, num processo em que a cultura
é parte essencial da constituição da natureza humana (Oliveira, 1993).
O que é a periodização do desenvolvimento psicológico? Como ela
é definida no texto de Marta Kohl de Oliveira e Edivaldo Teixeira?
R: periodização do desenvolvimento psicológico é uma divisão em fases ou estágios
do desenvolvimento humano que permite a compreensão das mudanças e progressos
na evolução do comportamento, emoções, cognição e outras características
psicológicas. No texto de Marta Kohl de Oliveira e Edivaldo Teixeira, a periodização do
desenvolvimento psicológico é definida como "uma forma de ordenar e compreender a
diversidade e a complexidade do comportamento humano ao longo da vida" (p. 19).
Qual é a importância da periodização do desenvolvimento
psicológico para a psicologia do desenvolvimento?
R: A periodização do desenvolvimento psicológico é importante para a psicologia do
desenvolvimento, pois permite que os psicólogos compreendam e expliquem as
mudanças e progressos nas características psicológicas ao longo da vida. Ela ajuda a
identificar as etapas do desenvolvimento humano e as mudanças que ocorrem em
cada etapa, permitindo que os psicólogos desenvolvam estratégias para facilitar o
desenvolvimento saudável em cada etapa.
Como a periodização do desenvolvimento psicológico pode
contribuir para a prática educativa?
R: A periodização do desenvolvimento psicológico pode contribuir para a prática
educativa, permitindo que os educadores compreendam as necessidades de
desenvolvimento dos alunos em cada estágio do desenvolvimento. Com essa
compreensão, os educadores podem adaptar seus métodos de ensino e
aprendizagem para atender às necessidades dos alunos em cada fase do
desenvolvimento, o que pode levar a um aprendizado mais eficaz.
Quais são as críticas que são feitas à periodização do
desenvolvimento psicológico? Como essas críticas podem ser
respondidas?
R: As críticas feitas à periodização do desenvolvimento psicológico incluem que ela
pode ser muito rígida e que nem todos os indivíduos se encaixam em cada fase.
Alguns argumentam que as diferenças culturais e individuais não são adequadamente
consideradas na periodização do desenvolvimento psicológico. Essas críticas podem
ser respondidas reconhecendo que a periodização é apenas um modelo que pode ser
útil para entender o desenvolvimento humano, mas que cada indivíduo é único e pode
desenvolver-se de maneiras diferentes.
Como a teoria sócio-histórica de Vygotsky se relaciona com a
periodização do desenvolvimento psicológico?
A teoria sócio-histórica de Vygotsky se relaciona com a periodização do
desenvolvimento psicológico ao enfatizar a importância do contexto social e cultural na
compreensão do desenvolvimento humano. Vygotsky argumenta que a aprendizagem
ocorre por meio da interação social e que a cultura e as práticas sociais moldam a
cognição e o comportamento. Portanto, a periodização do desenvolvimento
psicológico deve levar em consideração o contexto social e cultural em que o indivíduo
está inserido.
Quais são as principais características dos estágios do
desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget? Como eles se
relacionam com a periodização do desenvolvimento psicológico?
Os estágios do desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget são:

Estágio sensoriomotor (0 a 2 anos): o bebê constrói o conhecimento do


mundo a partir das ações sensoriais e motoras;
Estágio pré-operatório (2 a 7 anos): a criança começa a representar
mentalmente as ações e objetos, mas ainda apresenta dificuldades em compreender
as relações lógicas e conservação de objetos;
Estágio das operações concretas (7 a 12 anos): a criança compreende as
relações lógicas e conservação de objetos, mas ainda apresenta dificuldades em
compreender o raciocínio hipotético-dedutivo;
Estágio das operações formais (12 anos em diante): a pessoa adquire a
capacidade de raciocínio hipotético-dedutivo e de pensamento abstrato.
Esses estágios se relacionam com a periodização do desenvolvimento
psicológico ao proporem uma sequência de mudanças qualitativas nas estruturas
cognitivas, que são universais e invariantes. Ou seja, a periodização do
desenvolvimento psicológico é marcada por mudanças qualitativas nas estruturas
cognitivas, que permitem a compreensão das mudanças e das continuidades no
desenvolvimento.
Como a periodização do desenvolvimento psicológico pode ser
aplicada na prática clínica?
R: A periodização do desenvolvimento psicológico pode ser aplicada na prática
clínica ao orientar o psicólogo na identificação das dificuldades e potencialidades do
paciente, tendo em vista as características do seu estágio de desenvolvimento. Dessa
forma, é possível selecionar estratégias de intervenção mais adequadas, que possam
contribuir para o desenvolvimento psicológico do paciente. As implicações dessa
aplicação incluem uma maior compreensão das demandas do paciente em função do
seu estágio de desenvolvimento, a identificação de possíveis fatores de risco ou
proteção, e a possibilidade de trabalhar com os aspectos mais relevantes do
desenvolvimento em cada estágio.

ELEMENTOS PARA PERIODIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO


EM TRÊS TEORIAS PSICOGENÉTICAS: WALLON, VYGOTSKY E
PIAGET
Wallon e Vygotsky = materialismo dialético
-> O desenvolvimento psicológico é marcado por momentos de
estabilidade, conflitos e contradições e, fundamentalmente, orientado de FORA
para DENTRO.
Piaget = estruturalista
-> apoia-se em Kant, Husserl e Bergson
-> O conhecimento se organiza em estruturas cognitivas
hierarquicamente construídas.
-> prioriza o que é invariante, ou seja, as estruturas básicas.
- modos de funcionamento intelectual.
Como a teoria sociocultural de Lev Vygotsky se diferencia da teoria
de Jean Piaget? Quais são as principais ideias da teoria sociocultural de
Vygotsky?
Resposta: A teoria sociocultural de Lev Vygotsky difere da teoria de Jean
Piaget em alguns aspectos importantes. Enquanto Piaget enfatiza a construção
individual do conhecimento, Vygotsky destaca a importância do ambiente social e
cultural na aprendizagem e no desenvolvimento. Vygotsky argumenta que a
aprendizagem é um processo social que ocorre através da interação com outros
indivíduos mais experientes. Ele também enfatiza a importância da linguagem e do
pensamento verbal na construção do conhecimento. Em suma, a teoria sociocultural
de Vygotsky destaca a importância do contexto social e cultural no processo de
desenvolvimento humano.
Wallon
- Se importava em compreender a gênese do homem e suas relações
inicias com outros homens.
-> processo pelo qual o EU se constitui a partir de um estado
indiferenciado.
- É tarefa da Psicologia explicar o processo de desenvolvimento mais do
que simplesmente descrevê-lo
- Inicio do processo desenvolvimento.
-> O psiquismo apresenta-se como um estado de total união entre
a criança e o mundo exterior, que a impossibilita de discernir entre o EU e o
OUTRO.
-> A tomada de consciência se dá por meio de um processo pelo
qual o s sujeito vai como que apreendendo-se no e com o mundo.
- As primeiras manifestações psicológicas da criança são ordem visceral,
cujo o mecanismo é fisiológico.
- Por meio das relações de sociabilidade o comportamento humano vai
sendo modificado: de visceral para socialmente orientado.
- O desenvolvimento é marcado por alternâncias entre momento de
expansão e contenção: ansiedade e explosão, surpresa e choro de alegria etc.
-> através disso, a criança vai tomando consciência de si e
posicionando-se em relação ao outro.
- A criança se torna sujeito na concretude das relações sociais da sua
vida, sem as quais pareceria devido ao seu estado inicial de total imperícia.
- 3 leis regem o desenvolvimento psicológico
- lei da alternância funcional
- Lei da predominância funcional
- Lei da integração funcional
- Lei da alternância funcional
-> no percurso do desenvolvimento, a energia da criança ora está
concentrada em si mesma, ora concentrada no outro ou no meio em que está.
-> as relações entre afetividade e cognição são de reciprocidade.
-> quando não há predominância do afeto, a cognição opera em
bases qualitativamente diferentes.
-> quando há um conhecimento acumulado pela cognição, o afeto
atua de forma qualitativamente diferente.
-> Cognição e afeto constroem-se reciprocamente, num
permanente processo de integração e diferenciação (Galvão, 1999:46).
- As crianças interagem com o meio por meio de recursos da ordem
cognitiva e afetiva.
- Lei do desenvolvimento (predominância funcional)
-> A cognição ou o afeto se tornam o principal recurso em
determinada fase do desenvolvimento.
-> Se há predominância do intelecto, a atividade da criança se volta
para a construção do real e do conhecimento do mundo físico.
-> Quando o afeto ganha posição de destaque, a criança volta-se
para a construção do seu eu.
- Lei da integração funcional
-> preside a organização das funções sucessivamente
preponderantes
-> indica a realização de um conjunto em que elementos particulares
perdem sua significação própria em favor de uma significação comum.
- Nível mais elementar a um nível mais elevado de
desenvolvimento. Não há justaposição, combinação ou associação de fatores
distintos entre si.
-> A evolução da criança é atravessada por uma série de integrações
sucessivas
-> Há crises seguidas de mutações.
-> As alternâncias entre as diversas etapas são importantes: Emoção
predomina e a criança se volta para si mesma. Cognição predomina e a criança
se canaliza para o movimento.
-> voltar ao mundo exterior, o sujeito se descobre, encontra suas
qualidades ao mesmo tempo que sua sensibilidade vai melhorando.
- Para Wallon, os conflitos entre a criança e o outro são funcionais e
fazem parte do processo pelo qual a criança toma consciência de si.
- A periodização de Wallon comporta 6 etapas
- Vida intrauterina
-> reações motoras do feto são reflexos de postura.
-> progresso apenas biológico.
- Predomínio emocional
-> 0 – 1 ano de vida
-> Impulsivo emocional
-> a criança está voltada para si mesma
-> gestos explosivos e não orientados
-> relações afetas com outrem são o único meio de que a
criança dispõe para satisfazer suas necessidades essenciais
- Sensório-motora e projetiva
-> 1-3 anos
-> orientação e investigação
-> descobre o espaço locomotor, volta-se para o mundo
exterior
-> tem possibilidade de responder às estimulações dos
objetos por meio de gestos dirigidos e tende a repetir atividades e gestos para
obter novamente efeitos reforçadores.
-> linguagem, curiosidade pelos nomes e lugares ocupados
pelos objetos, sensibilidade para as qualidades das coisas e para os espaços.
- Personalista
-> 3 – 6 anos
-> período em que a criança busca sua independência e o
enriquecimento do eu.
-> recusa, oposição/inibição, manha com sentido explícito de
tirar proveito ou vantagem, sentimento possessivo manifesto pela veemência
do meu, defensividade e reinvindicação, sedução e encanto.
-> ainda não sabe distinguir-se da condição que lhe cabe na
constelação familiar.
- Categorial ou Escolar
-> 6 – 11 anos
-> aprenderá a conhecer-se como uma personalidade
polivalente, aumento do conhecimento preciso de si próprio irá permitir que
ajuste suas condutas às circunstâncias particulares.
-> aparece o pensamento categorial
- capacidade de variar as classificações conforme as
qualidades das coisas, de definir suas diferentes propriedades.
- Puberdade e Adolescência
-> 11 anos --- ...
-> Ambivalência de sentimentos: timidez e arrogância, egoísmo
e desprendimento total, espanto diante de si mesmo, como se não se
reconhecesse mais, muita indecisão nas relações sociais.
-> preocupações metafísicas, como responsabilidades sociais e
familiares.
-> capacidade intelectual aguçada, busca razão de ser das
coisas e das pessoas, sua origem e seu destino.

VYGOTSKY
Construção de um sistema para a psicologia baseado no materialismo
dialético, em substituição aos sistemas racionalistas e idealistas.
- Seu projeto consistia na investigação da história do surgimento,
desenvolvimento e desintegração das funções psicológicas superiores.
Realizou estudo das forças que movem e das condições sob as quais
ocorrem o desenvolvimento infantil, a consciência e a personalidade.
- Aspectos essenciais da teoria vygostskiana
-> Análise da essência do processo de desenvolvimento e não de
seus traços externos
-> Análise das mudanças nas atividades da criança pq sua
personalidade muda como um todo integral em sua estrutura interna no
percurso do desenvolvimento
-> realce da ligação entre cada um dos períodos com um tipo de
atividade que o caracteriza
-> ideia de que as atividades integrais da criança, ao determinar as
transformações psíquicas, determinam também sua consciência e suas
relações com o meio, sua vida interna e externa.
- A demarcação das diferentes etapas, é para Vygotsky, o surgimento de
formações qualitativamente novas na personalidade do sujeito.
- as mudanças podem ocorrer de maneira lente e gradual ou de modo
crítico e violento.
- As mudanças lentas vão se acumulando, até que após um lapso
temporal, se manifesta como uma formação qualitativamente nova.
- As passagens de uma idade a outra, geralmente, são marcadas por
crises mais ou menos violentas.
- Períodos críticos caracterizam-se pelo fato de que, num lapso de tempo
relativamente curto, as mudanças são bruscas e marcantes.
- As crises surgem de forma quase que imperceptível.
-> as rupturas que acontecem no psiquismo da criança a partir
dessas crises mudam por completo sua personalidade.
- Sintomas típicos dos momentos de agudização da crise:
-> as crianças se tornam muito reativas à educação
-> quedas no rendimento escolar e diminuição geral da capacidade
de trabalho.
-> conflito entre a criança e as pessoas de seu entorno.
Os momentos críticos são de avanço e de criação
Os períodos críticos são buscados nas condições materiais concretas do
contexto da criança e não em suas disposições internas
Os períodos críticos propiciam o surgimento de formações peculiares,
ainda que transitórias e que não se conservem na personalidade tal e qual o
são nesses períodos, como acontece com as formações novas das idades
estáveis.
- Vygotsky tira da sua periodização o período fetal, pois não tem como
estudar a criança como um ser social.
- Periodização de Vygotsky
-> inicia-se com a crise pós-natal
- um período de transição e de conexão entre os últimos
meses do desenvolvimento intrauterino e as primeiras semanas após o
nascimento.
-> 2° e 12° mês tem a segunda etapa.
- o primeiro ano.
- marcado pela relação do bebê com a realidade, sendo
mediada pelo outro.
- ainda que a criança seja totalmente dependente do adulto, no
primeiro ano não dispõe dos meios fundamentais da comunicação social na
forma da linguagem.
- contradição entre uma situação de máxima sociabilidade e
uma condição mínima de comunicação
-> 3° etapa
-> crise do primeiro ano
- impetuosidade afetiva.
-afeto da personalidade própria que se constitui no primeiro
passo desenvolvimento da vontade infantil
-> 4° etapa
-> 1 e 3 anos
-> é a primeira infância
-> total dependência da criança em relação à situação imediata.
-> surge a linguagem, que representará linha central de
desenvolvimento da criança
-> 5° etapa
- é a crise dos 3 anos
- crise da própria personalidade, uma vez que é produto da
reestruturação das relações sociais recíprocas entre a personalidade da
criança e as pessoas de seu entorno.
- tendência à emancipação, à separação do adulto
- tendência à forma volitiva de conduta em substituição à forma
afetiva
-> 6° etapa
-> pré-escolar
-> espontaneidade e ingenuidade
-> 7° etapa
-> Escolar
-> crise dos 7 anos
-> surgimento dos primeiros sinais de diferenciação entre o aspecto
interno e o aspecto externo da personalidade da criança
-> por volta dos 7 anos, forma uma estrutura que permite a criança
compreender o que significa suas vivências, como por ex, estar alegre, triste,
bem...
-> incorpora o fator intelectual, que se insere entre a vivência e o
ato direto. A criança se torna mais independente.
-> 8° ETAPA
-> 8 – 12 anos
-> consolidam-se as novas formações da etapa anterior: amor próprio
e autoestima
-> 9° Etapa
-> CRISE dos 13 anos
-> perda do rendimento escolar e da capacidade de trabalho
-> a criança age a partir da compreensão e da deducação, elugar do
processo visual-direto.
-> crise positiva, visto que marca a transição de uma forma inferior
para uma forma superior de atividade intelectual.

O que é a concepção de periodização em Vygotsky e como ela


difere da abordagem etapista de Piaget?
Resposta: Segundo Vygotsky, a periodização do desenvolvimento
psicológico é um processo gradual e contínuo, em que os estágios de
desenvolvimento se sobrepõem e se entrelaçam. Ao contrário da abordagem
etapista de Piaget, que enfatiza a sequência fixa e universal de estágios de
desenvolvimento cognitivo, Vygotsky considera que o desenvolvimento é
influenciado por fatores culturais e históricos e que as mudanças qualitativas
ocorrem em contextos específicos.

Como a perspectiva sócio-histórica de Vygotsky pode ser aplicada


à educação?
Resposta: A perspectiva sócio-histórica de Vygotsky enfatiza o papel da
cultura e da interação social no desenvolvimento humano. Para Vygotsky, a
aprendizagem ocorre por meio da interação social e do diálogo com os outros,
e a educação deve estar focada em criar ambientes de aprendizagem
colaborativos que promovam a interação social e a resolução de problemas em
conjunto.
Qual é a importância da zona de desenvolvimento proximal (ZDP)
de Vygotsky para a educação?
Resposta: A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é a diferença
entre o que uma criança é capaz de fazer sozinha e o que ela é capaz de fazer
com a ajuda de um adulto ou de um par mais experiente. Para Vygotsky, a ZDP
é o espaço de aprendizagem potencial, onde a criança é capaz de aprender
novas habilidades com a ajuda de um adulto ou de um par mais experiente. Na
educação, a ZDP é importante porque ela enfatiza a importância do ensino
baseado no nível de desenvolvimento atual da criança e no seu potencial de
aprendizagem.

Como o conceito de mediação em Vygotsky se relaciona com a


educação?
Resposta: O conceito de mediação em Vygotsky se refere ao papel dos
instrumentos culturais, como a linguagem e as ferramentas, na mediação do
desenvolvimento humano. Na educação, a mediação é importante porque os
instrumentos culturais podem ser usados para promover a aprendizagem e o
desenvolvimento, permitindo que as crianças se engajem em atividades mais
complexas e sofisticadas do que seriam capazes de fazer sozinhas.

Como a abordagem de Vygotsky pode contribuir para a educação


inclusiva?
Resposta: A abordagem de Vygotsky enfatiza a importância da interação
social e do diálogo na aprendizagem e no desenvolvimento humano. Na
educação inclusiva, essa abordagem pode ser útil porque ela enfatiza a
importância de criar ambientes de aprendizagem colaborativos que promovam
a interação social e a resolução de problemas em conjunto, permitindo que as
crianças com deficiência sejam incluídas

PIAGET
- Estudou o modo pelos quais chegamos ao conhecimento das coisas e
das ideias.
- Relação sujeito agente x objetos de seu conhecimento
- sujeito do conhecimento – sujeito epistêmico
-> não é um individuo em particular, mas um sujeito ideal, universal
e atemporal. Visto que o desenvolvimento cognitivo segue uma lógica e uma
sequência universal.
- O processo de adquirir o conhecimento, é resultado de um processo de
assimilação dos objetos pelo sujeito cognoscente a partir de estruturas
anteriores dadas na sua constituição biológica.
- ASSIMILAÇÃO: é a incorporação à sistemática genética de caracteres
inicialmente ligadas a uma interação com o meio
- os produtos da interação do organismo com o meio são incorporados e
integrados a estruturas previas que, por sua vez, podem permanecer
invariáveis ou mais ou menos modificadas sem, contudo, perder suas
características originais.
-> a assimilação de um objeto provoca uma reação na estrutura
prévia e esta se acomoda à nova situação.
- O conhecimento só é possíveis, pois há uma ação do sujeito que possa
acrescentar algo aos dados sensoriais ou perceptivos que atuam, por sua vez,
como sinalizadores.
- A transformação que se procede no objeto com o fito de conhece-lo se
dá de duas formas:
- física
-> manipular ou agir sobre os objetos modificando-lhes as
posições, os movimentos ou as propriedades, para explorar-lhe a natureza
-> conhecimento que se obtém por abstração, a partir dos
próprios objetos.
- Lógico-matemática
-> enriquecer o objeto com propriedades ou relações novas, tais
como os ‘’sistemas de classificação, de ordenações, de colocações em
correspondência, de enumerações ou medidas.
- O processo de assimilação, acomodação e ação são fatores
importantes, mas não suficientes para explicar a aquisição do conhecimento.
- A gênese das funções cognitivas pressupõe uma estreita ligação entre
fatores do meio e o genoma.
-> o meio aumentou em relação ao genoma.
- o desenvolvimento e o domínio das funções cognitivas, necessita da
intervenção de outros fatores endógenos: a maturação do sistema nervoso e a
equilibração -> e de outros fatores exógenos -> fatores sociais de coordenação
interindividual e fatores de transmissão educativa e cultural.
- a maturação, ou mais precisamente os fatores biológicos, prescinde
dos fatores socias no decurso do desenvolvimento do indivíduo.
- 1° estágio sensório motor
-> 18 aos 24 meses.
-> caracteriza-se pela diferenciação dos reflexos inatos em
comportamentos que expressam atos de inteligência prática, pela conquista da
noção de permanência do objeto e pela elaboração do ‘’ conjunto das
subestruturas cognitivas que deverão orientar as construções perceptivas e
intectuais posteriores.
- 2° estágio – Pré-operatório
-> 5 a 6 anos
-> caracteriza o aparecimento da função semiótica: linguagem, jogo
simbólico, imagens etc.
- 3° estágio – operações concretas
-> 7 a 8 anos
-> 11 – 12 anos.
-> operações concretas, é assim denominado porque nele as ações
da criança são baseadas no que está imediatamente presente, isto é, na
realidade concreta.
- 4° estágio – operatório-formal
-> 12 anos
-> o sujeito torna-se capaz de operar não apenas com o real, mas
também com o possível.
-> O sujeito é capaz de pensar em termos abstratos, de formular
hipóteses e testá-las, mesmo a despeito da realidade factual.
-> caráter hipotético-dedutivo do pensamento, a capacidade de
controle sistemático de variáveis, o raciocínio logico-formal são características
desse estágio de desenvolvimento que indicam a emergência de um modo de
funcionamento intelectual de tipo científico.
- Piaget faz uma distinção entre a forma final do equilíbrio orgânico, mais
estática, e a forma final do equilibro atingido pela mente, mais móvel.
-> inteligência e a da afetiva, o fim do crescimento não determina o
começo da decadência, como é no caso orgânico.
- Portanto, para Piaget, o desenvolvimento cognitivo se dá num contexto
de sucessão de estados de equilíbrio, sempre de um estado de equilíbrio
inferior a um estado superior.
-> quando a estrutura cognitiva disponível ao sujeito n for capaz de
resolver um problema, ocorrerá um desequilíbrio, e o processo de equilibração
recomeçará na direção de um estado superior.
-> o processo de superação das perturbações cognitivas na direção
de um estado superior de equilíbrio denomina-se equilibração majorante.
- Piaget construiu uma teoria segundo a qual a criança vai elaborando a
sua maneira seu próprio desenvolvimento cognitivo.
-> isso se dá por etapas, ao longo das quais a criança vai
assimilando as experiências e por que passa, transforma seu organismo, num
processo de acomodação, cujo resultado é a sua instrumentalização para lidar
com seu meio.
-> é um desequilíbrio, e o processo de assimilações e acomodação
da nova experiência recomeça na direção de um estágio superior de
estruturação cognitiva.

ESTÁGIOS DO PIAGET:
Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos): A criança explora o mundo através dos
sentidos e das ações motoras. Ela começa a desenvolver a capacidade de
representação mental no final desse estágio.

Estágio Pré-Operatório (2 a 7 anos): A criança adquire a habilidade de


representação simbólica e desenvolve a capacidade de pensar de forma não
literal. Ela é capaz de compreender conceitos simples de espaço, tempo e
causalidade.
Estágio Operatório Concreto (7 a 12 anos): A criança desenvolve a
capacidade de pensar de forma lógica e concreta. Ela é capaz de entender
conceitos mais complexos de espaço, tempo e causalidade.
Estágio das Operações Formais (12 anos em diante): A criança adquire a
capacidade de pensar de forma hipotética e dedutiva. Ela é capaz de lidar com
conceitos abstratos e hipotéticos, bem como compreender o pensamento
científico e filosófico

Qual é o principal processo de desenvolvimento cognitivo proposto por


Piaget?
A teoria de Piaget pode influenciar as abordagens educacionais ao

enfatizar a importância da interação com o ambiente, da adaptação e da


construção ativa do conhecimento pela criança. A abordagem educacional deve,

portanto, levar em consideração o estágio de desenvolvimento cognitivo da


criança, para que o ensino seja adequado ao seu nível de compreensão e para

que a criança possa construir novos esquemas mentais a partir da interação


com o ambiente.

Como a teoria de Piaget aborda a relação entre a criança e o ambiente?


A teoria de Piaget pode influenciar as abordagens educacionais ao
enfatizar a importância da interação com o ambiente, da adaptação e da

construção ativa do conhecimento pela criança. A abordagem educacional deve,


portanto, levar em consideração o estágio de desenvolvimento cognitivo da

criança, para que o ensino seja adequado ao seu nível de compreensão e para
que a criança possa construir novos esquemas mentais a partir da interação

com o ambiente.

Quais são os estágios de desenvolvimento cognitivo propostos por


Piaget e qual é a idade aproximada em que cada um ocorre?
A teoria de Piaget pode influenciar as abordagens educacionais ao
enfatizar a importância da interação com o ambiente, da adaptação e da
construção ativa do conhecimento pela criança. A abordagem educacional
deve, portanto, levar em consideração o estágio de desenvolvimento cognitivo
da criança, para que o ensino seja adequado ao seu nível de compreensão e
para que a criança possa construir novos esquemas mentais a partir da
interação com o ambiente.

Qual é a importância do erro na teoria de Piaget?


A teoria de Piaget pode influenciar as abordagens educacionais ao
enfatizar a importância da interação com o ambiente, da adaptação e da
construção ativa do conhecimento pela criança. A abordagem educacional
deve, portanto, levar em consideração o estágio de desenvolvimento cognitivo
da criança, para que o ensino seja adequado ao seu nível de compreensão e
para que a criança possa construir novos esquemas mentais a partir da
interação com o ambiente.

Como a teoria de Piaget pode influenciar as abordagens educacionais?


A teoria de Piaget pode influenciar as abordagens educacionais ao
enfatizar a importância da interação com o ambiente, da adaptação e da
construção ativa do conhecimento pela criança. A abordagem educacional
deve, portanto, levar em consideração o estágio de desenvolvimento cognitivo
da criança, para que o ensino seja adequado ao seu nível de compreensão e
para que a criança possa construir novos esquemas mentais a partir da
interação com o ambiente.

Você também pode gostar