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ESTUDOS SEQUENCIAIS
- Uma alternativa para os problemas apontados nas pesquisas
longitudinais e transversais.
- As comparações podem ser feitas a medidas que novas coortes vão
sendo incluídas, utilizando-se de técnicas fatoriais ou correlacionais.
- Demanda muitos sujeitos e longos períodos de tempo para serem
completados.
DESENVOLVIMENTO HUMANO
- O método experimental permite estabelecer relações de causa e efeito
entre as variáveis
- A variável independe é a estudada pelo experimentador
-> pode ser chamada de intervenção ou tratamento.
-> é totalmente controlada pelo pesquisador em um experimento.
-> precisa ter no mínimo 2 níveis para avaliação se o tratamento
teve efeito ou não sobre a variável dependente.
- primeiro nível envolve uma quantidade de tratamento.
- segundo nível envolve nenhum tratamento.
- é chamado de controle.
- O grupo controle serve como parâmetro de comparação, assim pode-
se observar o efeito que uma variável tem sobre outras variáveis.
- Variável independente, é uma variável que não é manipulada pelo
experimentador
-> ele não tem controle sobre elas, mas que são sistematicamente
variadas nuns estudos.
- Estudos chamados de observação sistemática
- o experimentador não pode atribuir aleatoriamente
a variável que ele quer controlar.
- ex: gênero, idade, ser fumante ou não.
- não pode estabelecer relações de causa-efeito com
esse tipo de delineamento, pois as características prévias dos participantes
podem ser responsável por diferenças encontradas entre os grupos.
VYGOTSKY
Construção de um sistema para a psicologia baseado no materialismo
dialético, em substituição aos sistemas racionalistas e idealistas.
- Seu projeto consistia na investigação da história do surgimento,
desenvolvimento e desintegração das funções psicológicas superiores.
Realizou estudo das forças que movem e das condições sob as quais
ocorrem o desenvolvimento infantil, a consciência e a personalidade.
- Aspectos essenciais da teoria vygostskiana
-> Análise da essência do processo de desenvolvimento e não de
seus traços externos
-> Análise das mudanças nas atividades da criança pq sua
personalidade muda como um todo integral em sua estrutura interna no
percurso do desenvolvimento
-> realce da ligação entre cada um dos períodos com um tipo de
atividade que o caracteriza
-> ideia de que as atividades integrais da criança, ao determinar as
transformações psíquicas, determinam também sua consciência e suas
relações com o meio, sua vida interna e externa.
- A demarcação das diferentes etapas, é para Vygotsky, o surgimento de
formações qualitativamente novas na personalidade do sujeito.
- as mudanças podem ocorrer de maneira lente e gradual ou de modo
crítico e violento.
- As mudanças lentas vão se acumulando, até que após um lapso
temporal, se manifesta como uma formação qualitativamente nova.
- As passagens de uma idade a outra, geralmente, são marcadas por
crises mais ou menos violentas.
- Períodos críticos caracterizam-se pelo fato de que, num lapso de tempo
relativamente curto, as mudanças são bruscas e marcantes.
- As crises surgem de forma quase que imperceptível.
-> as rupturas que acontecem no psiquismo da criança a partir
dessas crises mudam por completo sua personalidade.
- Sintomas típicos dos momentos de agudização da crise:
-> as crianças se tornam muito reativas à educação
-> quedas no rendimento escolar e diminuição geral da capacidade
de trabalho.
-> conflito entre a criança e as pessoas de seu entorno.
Os momentos críticos são de avanço e de criação
Os períodos críticos são buscados nas condições materiais concretas do
contexto da criança e não em suas disposições internas
Os períodos críticos propiciam o surgimento de formações peculiares,
ainda que transitórias e que não se conservem na personalidade tal e qual o
são nesses períodos, como acontece com as formações novas das idades
estáveis.
- Vygotsky tira da sua periodização o período fetal, pois não tem como
estudar a criança como um ser social.
- Periodização de Vygotsky
-> inicia-se com a crise pós-natal
- um período de transição e de conexão entre os últimos
meses do desenvolvimento intrauterino e as primeiras semanas após o
nascimento.
-> 2° e 12° mês tem a segunda etapa.
- o primeiro ano.
- marcado pela relação do bebê com a realidade, sendo
mediada pelo outro.
- ainda que a criança seja totalmente dependente do adulto, no
primeiro ano não dispõe dos meios fundamentais da comunicação social na
forma da linguagem.
- contradição entre uma situação de máxima sociabilidade e
uma condição mínima de comunicação
-> 3° etapa
-> crise do primeiro ano
- impetuosidade afetiva.
-afeto da personalidade própria que se constitui no primeiro
passo desenvolvimento da vontade infantil
-> 4° etapa
-> 1 e 3 anos
-> é a primeira infância
-> total dependência da criança em relação à situação imediata.
-> surge a linguagem, que representará linha central de
desenvolvimento da criança
-> 5° etapa
- é a crise dos 3 anos
- crise da própria personalidade, uma vez que é produto da
reestruturação das relações sociais recíprocas entre a personalidade da
criança e as pessoas de seu entorno.
- tendência à emancipação, à separação do adulto
- tendência à forma volitiva de conduta em substituição à forma
afetiva
-> 6° etapa
-> pré-escolar
-> espontaneidade e ingenuidade
-> 7° etapa
-> Escolar
-> crise dos 7 anos
-> surgimento dos primeiros sinais de diferenciação entre o aspecto
interno e o aspecto externo da personalidade da criança
-> por volta dos 7 anos, forma uma estrutura que permite a criança
compreender o que significa suas vivências, como por ex, estar alegre, triste,
bem...
-> incorpora o fator intelectual, que se insere entre a vivência e o
ato direto. A criança se torna mais independente.
-> 8° ETAPA
-> 8 – 12 anos
-> consolidam-se as novas formações da etapa anterior: amor próprio
e autoestima
-> 9° Etapa
-> CRISE dos 13 anos
-> perda do rendimento escolar e da capacidade de trabalho
-> a criança age a partir da compreensão e da deducação, elugar do
processo visual-direto.
-> crise positiva, visto que marca a transição de uma forma inferior
para uma forma superior de atividade intelectual.
PIAGET
- Estudou o modo pelos quais chegamos ao conhecimento das coisas e
das ideias.
- Relação sujeito agente x objetos de seu conhecimento
- sujeito do conhecimento – sujeito epistêmico
-> não é um individuo em particular, mas um sujeito ideal, universal
e atemporal. Visto que o desenvolvimento cognitivo segue uma lógica e uma
sequência universal.
- O processo de adquirir o conhecimento, é resultado de um processo de
assimilação dos objetos pelo sujeito cognoscente a partir de estruturas
anteriores dadas na sua constituição biológica.
- ASSIMILAÇÃO: é a incorporação à sistemática genética de caracteres
inicialmente ligadas a uma interação com o meio
- os produtos da interação do organismo com o meio são incorporados e
integrados a estruturas previas que, por sua vez, podem permanecer
invariáveis ou mais ou menos modificadas sem, contudo, perder suas
características originais.
-> a assimilação de um objeto provoca uma reação na estrutura
prévia e esta se acomoda à nova situação.
- O conhecimento só é possíveis, pois há uma ação do sujeito que possa
acrescentar algo aos dados sensoriais ou perceptivos que atuam, por sua vez,
como sinalizadores.
- A transformação que se procede no objeto com o fito de conhece-lo se
dá de duas formas:
- física
-> manipular ou agir sobre os objetos modificando-lhes as
posições, os movimentos ou as propriedades, para explorar-lhe a natureza
-> conhecimento que se obtém por abstração, a partir dos
próprios objetos.
- Lógico-matemática
-> enriquecer o objeto com propriedades ou relações novas, tais
como os ‘’sistemas de classificação, de ordenações, de colocações em
correspondência, de enumerações ou medidas.
- O processo de assimilação, acomodação e ação são fatores
importantes, mas não suficientes para explicar a aquisição do conhecimento.
- A gênese das funções cognitivas pressupõe uma estreita ligação entre
fatores do meio e o genoma.
-> o meio aumentou em relação ao genoma.
- o desenvolvimento e o domínio das funções cognitivas, necessita da
intervenção de outros fatores endógenos: a maturação do sistema nervoso e a
equilibração -> e de outros fatores exógenos -> fatores sociais de coordenação
interindividual e fatores de transmissão educativa e cultural.
- a maturação, ou mais precisamente os fatores biológicos, prescinde
dos fatores socias no decurso do desenvolvimento do indivíduo.
- 1° estágio sensório motor
-> 18 aos 24 meses.
-> caracteriza-se pela diferenciação dos reflexos inatos em
comportamentos que expressam atos de inteligência prática, pela conquista da
noção de permanência do objeto e pela elaboração do ‘’ conjunto das
subestruturas cognitivas que deverão orientar as construções perceptivas e
intectuais posteriores.
- 2° estágio – Pré-operatório
-> 5 a 6 anos
-> caracteriza o aparecimento da função semiótica: linguagem, jogo
simbólico, imagens etc.
- 3° estágio – operações concretas
-> 7 a 8 anos
-> 11 – 12 anos.
-> operações concretas, é assim denominado porque nele as ações
da criança são baseadas no que está imediatamente presente, isto é, na
realidade concreta.
- 4° estágio – operatório-formal
-> 12 anos
-> o sujeito torna-se capaz de operar não apenas com o real, mas
também com o possível.
-> O sujeito é capaz de pensar em termos abstratos, de formular
hipóteses e testá-las, mesmo a despeito da realidade factual.
-> caráter hipotético-dedutivo do pensamento, a capacidade de
controle sistemático de variáveis, o raciocínio logico-formal são características
desse estágio de desenvolvimento que indicam a emergência de um modo de
funcionamento intelectual de tipo científico.
- Piaget faz uma distinção entre a forma final do equilíbrio orgânico, mais
estática, e a forma final do equilibro atingido pela mente, mais móvel.
-> inteligência e a da afetiva, o fim do crescimento não determina o
começo da decadência, como é no caso orgânico.
- Portanto, para Piaget, o desenvolvimento cognitivo se dá num contexto
de sucessão de estados de equilíbrio, sempre de um estado de equilíbrio
inferior a um estado superior.
-> quando a estrutura cognitiva disponível ao sujeito n for capaz de
resolver um problema, ocorrerá um desequilíbrio, e o processo de equilibração
recomeçará na direção de um estado superior.
-> o processo de superação das perturbações cognitivas na direção
de um estado superior de equilíbrio denomina-se equilibração majorante.
- Piaget construiu uma teoria segundo a qual a criança vai elaborando a
sua maneira seu próprio desenvolvimento cognitivo.
-> isso se dá por etapas, ao longo das quais a criança vai
assimilando as experiências e por que passa, transforma seu organismo, num
processo de acomodação, cujo resultado é a sua instrumentalização para lidar
com seu meio.
-> é um desequilíbrio, e o processo de assimilações e acomodação
da nova experiência recomeça na direção de um estágio superior de
estruturação cognitiva.
ESTÁGIOS DO PIAGET:
Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos): A criança explora o mundo através dos
sentidos e das ações motoras. Ela começa a desenvolver a capacidade de
representação mental no final desse estágio.
criança, para que o ensino seja adequado ao seu nível de compreensão e para
que a criança possa construir novos esquemas mentais a partir da interação
com o ambiente.