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INTRODUÇÃO

Neste trabalho de Estágio Supervisionado I o tema abordado será Caracterização


da Empresa e Análise da Organização, a área escolhida é Contabilidade Geral, o objetivo
deste trabalho é adquirir conhecimentos práticos através do convívio direto em uma
empresa da área contábil. A Audimax Contabilidade é um escritório de contabilidade no
segmento de prestação de serviços, o responsável pelo escritório e também pela supervisão
do estágio é o s.r. Jovair Soares Machado, bacharel em ciências contábeis e pós-graduado
em auditoria possui uma vasta experiência na área contábil devido a anos de atuação.

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REFERENCIAL TEÓRICO

Uma empresa é um tipo de organização comercial em que duas ou mais pessoas


se associam para desenvolver uma atividade econômica e alcançar um objetivo comum
que é o de obter lucros ou benefícios.

Uma empresa é uma unidade produtiva de bens ou serviços. Está a cargo de uma
gerência que dirige os recursos humanos (as pessoas) e administra os recursos materiais
(os insumos, as máquinas e o espaço físico no qual se estabelece

As economias emergentes são marcadas por duas características principais que


as diferenciam das economias desenvolvidas: sérias limitações de recursos (financeiros,
mão de obra qualificada, tecnologia, entre outros) e falta de infraestrutura e de instituições
sólidas. A natureza imprevisível dos mercados emergentes (devido à instabilidade
política, econômica e social) exige que os inovadores sejam capazes de improvisar novas
soluções que se ajustem a mudanças de circunstâncias, em vez de seguir planos rígidos
de longo prazo (BARRETT, DAVIDSON, PRABHU et al., 2015).

As barreiras e obstáculos às inovações de produto e de processo nas empresas


consistem nos fatores que prejudicam as atividades de inovação. Segundo o Manual de
Oslo (OECD, 2018), as barreiras à inovação impedem que uma empresa não inovadora
engaje-se em atividades de inovação ou que uma empresa inovadora introduza tipos
específicos de inovação. Os obstáculos à inovação aumentam custos ou criam problemas
técnicos, mas são frequentemente solucionáveis.

Becheikh, Landry e Amara (2006) observam que o fomento concedido por


governos, organismos profissionais e outras instituições incentiva as empresas a inovarem
mais. Esse apoio pode assumir a forma de subsídios, prêmios ou empréstimos. No entanto,
as atividades de inovação podem ser dificultadas por muitos fatores. O Manual de Oslo
(OECD, 2018) agrupa os fatores externos que impulsionam ou dificultam a inovação em
três categorias principais: (I) o ambiente de mercado da empresa, incluindo clientes,
fornecedores e concorrentes, entre outros; (II) políticas públicas, tais como regulação,
tributação e infraestrutura pública; e (III) o ambiente social, como a capacidade de
resposta do consumidor à inovação, a opinião pública e o nível de confiança entre os
agentes econômicos.

Com o objetivo de analisar a importância atribuída pelas empresas brasileiras


aos obstáculos à implementação de inovações, Kühl e Cunha (2013) realizaram um estudo
utilizando os dados da Pintec 2005. Os autores concluíram que a importância média
conferida pelos vários tipos de empresas – segmentadas por setor (indústria ou serviços),
porte, e realização ou não de inovação – é estatisticamente diferente na maioria das
variáveis relacionadas aos obstáculos à inovação (KÜHL e CUNHA, 2013).

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Kühl e Cunha (2013) observam que as maiores barreiras aferidas, por todos os
grupos, envolvem questões econômicas e financeiras, notando-se que as indústrias ainda
tiveram média superior à do setor de serviços. Os autores suspeitam que isso seja pelo
fato de as indústrias terem mais necessidade de recursos para inovar do que as empresas
de serviços. No caso do porte, as barreiras apontadas pelas empresas menores foram
superiores às apontadas pelas grandes empresas, em termos gerais; mais especificamente
em relação aos obstáculos de natureza econômica.

D’Este, Iammarino, Savona et al. (2012) classificam as barreiras à inovação em


dois tipos: evidentes e obstrutivas. As evidentes são enfrentadas pelas empresas que se
engajam em atividades de inovação: quanto maior o esforço para desenvolver inovações,
maior a percepção por parte delas em relação aos problemas enfrentados. As obstrutivas
são as barreiras que desencorajam ou impedem as empresas de se envolverem em
atividades de inovação.

Em relação às características das empresas, na revisão sistemática realizada por


Becheikh, Landry e Amara (2006), a origem do capital e o porte da companhia aparecem
entre as variáveis relevantes. Algumas pesquisas sustentam que a origem do capital que
controla a empresa, quando é estrangeira, tem relação significativamente positiva com a
inovação; já outras afirmam que essa relação é bastante negativa ou não significativa.

Já a variável orientação para o mercado internacional ou nacional aparece em


muitas pesquisas analisadas por Becheikh, Landry e Amara (2006), que concluíram que
a exportação e a internacionalização produzem efeito positivo na inovação. Na Argentina,
a atuação no mercado internacional está positivamente associada à propensão da empresa
a se engajar em atividades de inovação e a lançar inovações no mercado. Por outro lado,
Hölzl e Janger (2013) notam que as empresas exportadoras atribuem maiores barreiras à
inovação do que aquelas que atuam apenas no mercado doméstico. O Manual de Oslo
(OECD, 2018) recomenda a identificação da cobertura geográfica dos mercados de uma
empresa, classificando os mercados consumidores em domésticos e estrangeiros. Dessa
forma, tem-se a primeira hipótese deste estudo:

H1 – As características da empresa (origem do capital, porte, autonomia


administrativa e atuação no mercado internacional) influenciam as barreiras à inovação.

Becheikh, Landry e Amara (2006) sugerem que as pesquisas sobre inovação


distingam claramente as inovações de produto e de processo, uma vez que vários estudos
mostram que esses dois tipos de inovação seguem caminhos diferentes e não têm
necessariamente os mesmos determinantes. O Manual de Oslo (OECD, 2018) define
inovações de produto como bens ou serviços novos ou aprimorados que diferem
significativamente dos produtos ou serviços anteriores da empresa e que foram
introduzidos no mercado. Já as inovações de processo referem-se a processos de negócios
novos ou aprimorados para uma ou mais funções de negócios que diferem
significativamente dos processos de negócios anteriores da empresa e que foram
colocados em uso na empresa.

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Segunda hipótese:

H2 – As empresas que desenvolvem simultaneamente inovações de produto e de


processo mencionam maiores barreiras à inovação.

Em relação ao grau de novidade da inovação, o Manual de Oslo (OECD, 2018)


observa que inovações disruptivas ou radicais, assim como alguns tipos de impactos
econômicos, são difíceis de identificar dentro do período de observação limitado
recomendado para pesquisas sobre inovação. Christensen (1997) diferencia inovações
radicais das disruptivas. Inovações radicais usam tecnologias completamente novas e, em
virtude disso, as empresas precisam desenvolver capacidades tecnológicas muito
diferentes das existentes. Já as inovações disruptivas dizem respeito a produtos mais
simples, mais convenientes ou mais baratos, que atraem consumidores menos exigentes
ou não atendidos pelas empresas estabelecidas e que, consequentemente, criam todo um
novo segmento de mercado. Moors e Vergragt (2002) assumem que inovações radicais
implicam a adoção de um processo de produção inteiramente novo para uma empresa.
Em outros estudos há uma combinação dos dois conceitos: a inovação radical é uma
novidade tanto para a empresa quanto para o mercado.

Terceira hipótese:

H3 – O desenvolvimento de inovações que, em termos técnicos, são inéditas para


a empresa, tem relação positiva com as barreiras à inovação.

As inovações organizacionais e de marketing foram consideradas fatores


relevantes no desempenho das inovações de produtos e de processos em diversos estudos.
Em pesquisa realizada na Turquia, Gunday, Ulusoy, Kilic et al. (2011) concluíram que as
inovações organizacionais e de marketing não só preparam um ambiente adequado para
os outros tipos de inovação, mas também têm um impacto forte no desempenho de
inovação. Em Taiwan, as inovações organizacionais igualmente foram o fator mais
importante para explicar o desempenho comercial entre empresas de pequeno e médio
portes (LIN e CHEN, 2007). Castellacci (2008) observa que, para as empresas de serviços,
as mudanças organizacionais e as atividades de treinamento são aspectos centrais do
processo inovador, enquanto as atividades formais de P&D são relativamente menos
importantes, se comparadas com as indústrias transformadoras.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE EMPRESA?

Existem cinco tipos de empresa: microempreendedor individual, empresário


individual, empresa individual de responsabilidade limitada, sociedade simples e
sociedade empresária.

1. Microempreendedor individual (MEI)

O microempreendedor individual é o único sócio da empresa e pode contratar


um único funcionário. Além disso, ele não pode ter filiais do negócio.

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Esse tipo de empresa foi criado para enquadrar os profissionais autônomos que
trabalham com prestação de serviços. Nessa classificação, esses autônomos são
transformados em pequenos empresários.

O limite de faturamento anual de um microempreendedor individual não deve


passar de R$ 81 mil.

2. Empresário individual (EI)

O empresário individual trabalha sozinho, sem fazer de parte de uma sociedade.


Ele desempenha a atividade da empresa em seu nome, apenas com seus investimentos.
Empresas sem sócios que vendam produtos ou serviços são exemplos de empresários
individuais.

Uma característica importante do empresário individual é a responsabilidade da


empresa, que é ilimitada. Isso significa que o empresário poderá usar bens da empresa ou
bens pessoais para cumprir obrigações (como dívidas trabalhistas e pagamentos em
aberto).

Para ser empresário individual, o faturamento anual não pode ultrapassar o valor
de 360 mil reais.

3. Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI)

A EIRELI também é uma empresa formada por um único sócio. Nesse tipo
empresarial o sócio não responde por dívidas da empresa com seus bens pessoais.
Quaisquer dívidas ou pagamentos devem ser feitos com o capital da empresa.

Para registrar essa empresa, o empresário deve ter um capital mínimo


equivalente a cem salários-mínimos e o faturamento anual não possui limites
estabelecidos.

Pode ser usada para comercializar e produzir bens e serviços e também para
representar profissionais que trabalhem como autônomos.

4. Sociedade simples

A sociedade simples deve ser formada por no mínimo dois sócios, que terão
responsabilidade patrimonial ilimitada. Por isso, os sócios poderão ter que cumprir
obrigações financeiras com bens pessoais, além do capital empresarial.

Esse tipo de empresa é usado para prestação de serviços em várias especialidades


(chamadas de intelectuais), como: médicos, advogados, engenheiros e artistas em geral.

O faturamento anual de uma sociedade simples não pode ultrapassar R$ 4,8


milhões.

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5. Sociedade empresária

As sociedades empresárias são formadas por pelo menos dois sócios, que
respondem pelas responsabilidades financeiras apenas com o capital da empresa, na
proporção do valor de suas cotas.

Os sócios só serão obrigados a pagar dívidas com patrimônio pessoal em casos


especiais, como nas dívidas trabalhistas ou dívidas fiscais.

As sociedades empresárias podem ser usadas em muitos ramos de atividade,


como prestação de serviços e venda de bens, mas não podem comercializar atividades
intelectuais e autônomas.

Devem funcionar na forma de sociedade limitada (Ltda.) ou sociedade anônima


(S/A). A sociedade limitada tem um funcionamento mais simples e o capital da empresa
é dividido entre os sócios, na forma de cotas.

Já a sociedade anônima é um pouco mais complexa e tem o capital da empresa


dividido em ações, que podem ser compradas até mesmo por pessoas que não fazem parte
da sociedade (acionistas).

QUAL A DIFERENÇA ENTRE EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS?

As empresas também podem ser classificadas em públicas, privadas ou mistas. Essa


classificação leva em conta a origem do capital da empresa.

 empresa pública: são empresas que têm capital investido pelo Estado e prestam serviços
ligados à atividade estatal. Por isso, também são administradas pelo Estado. Exemplos:
Correios e Caixa Econômica Federal;

 empresa privada: são as empresas que têm capital privado e são administradas por seus
donos, como as empresas que comercializam produtos e serviços em geral.

 empresa mista: são empresas possuem capital misto (capital investido pelo Estado e
capital privado). Petrobras e Banco do Brasil são duas empresas de capital misto.

QUAIS SÃO OS SETORES EMPRESARIAIS?

A classificação dos setores empresariais obedece à área de atividade da empresa:

 setor primário: formado pelas empresas que desempenham atividades de exploração de


recursos naturais ou venda de matéria-prima para empresas de outros setores. Pesca e
agricultura são exemplos de atividades desse setor;

 setor secundário: nesse setor se encaixam as empresas que fabricam produtos


industrializados e vendem aos consumidores, como as indústrias de vestuário,
alimentação e tecnologia.

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 setor terciário: é composto pelas empresas que atuam na área de comércio, venda de
produtos ou prestação de serviços. O comércio em geral e os profissionais autônomos são
exemplos de atividades do setor terciário.

CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

1. Nome da empresa
 Ramo de atividade principal
 Atividades e serviços agregados à atividade principal e/ou secundárias
 Forma jurídica
 Localização
 Natureza da empresa
 Razão social
 Nome pelo qual é mais conhecida
 Data da constituição
 Capital subscrito
 Composição acionária
 Início das operações
 Capacidade instalada
2. Breve histórico
3. Função organizacional
 Organograma da empresa
 Localização
 Estrutura organizacional
 Características da administração: direção, chefias intermediárias.
 Sistema de planejamento
 Sistema de controle
 Cultura
 Postura estratégica: missão, negócio, visão, filosofias
4. Áreas funcionais
4.1. Marketing
 Organização do departamento
 Produtos e serviços: características, embalagem, marca, design; desenvolvimento
de novos produtos, diferenciais competitivos, posicionamento
 Estratégias e políticas de preços
 Promoção: propaganda, publicidade, relações públicas, merchandising, promoção
de vendas, venda pessoal.
 Sistemas de distribuição
 Mercado: participação, segmentação, estudos de mercado, comportamento dos
clientes
4.2. Finanças
 Estrutura da área de finanças
 Situação financeira atual
 Programação financeira
 Principais índices financeiros
 Investimentos
4.3. Produção/operações
 Tecnologia

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 Qualidade: controles
 Equipamentos: instalações, lay-out, adequação
 Ambiente e segurança
 Processos de produção/operação
 Manutenção
 Expedição
4.4. Recursos humanos
 Políticas e organização do setor
 Planos de carreira
 Recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento
 Administração de conflitos
 Clima organizacional
 Relacionamento com empregados
4.5. Materiais
 Compras
 Suprimento
 Estoques
 Prazos de pagamento e recebimento
5. Ambiente tarefa
 Clientes: características principais
 Concorrência: direta e indireta; relacionamento com os concorrentes
 Fornecedores: principais fornecedores, relacionamento
 Outros públicos: governo, comunidade, sindicatos
6. Macroambiente

 Análise do ambiente e impactos sobre o negócio: ameaças/oportunidades econômicas,


sociais, políticas, culturais, ambientais, tecnológicas, demográficas

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CONCLUSÃO
O problema inicial da presente pesquisa consistiu em responder à indagação
sobre os tipos de ações que devem ser desenvolvidas no contexto especifico do varejo
para uma maior satisfação do cliente. Pode-se verificar que existe uma mudança no perfil
do cliente desse segmento, e as novas necessidades desse cliente tem obrigado à
incorporação de tecnologias no processo de venda. Assim, as vendas on-line surgem
como uma ação necessária para uma maior comodidade do cliente.
Além da incorporação da tecnologia, outro aspecto importante diagnosticado na
pesquisa é o relacionamento empresa/cliente. O desenvolvimento de um marketing de
relacionamento é importante para que a empresa diagnostique os hábitos, o
comportamento e as preferências do consumidor de modo a realizar mudanças e
adequações que venham a agradar a este consumidor. O diferencial da empresa nesse
caso, ocorre a partir do momento em que ela fornece essas mudanças de forma rápida, ou
seja, a rapidez de resposta de uma empresa varejista frente às alterações no
comportamento de seus clientes tem sido o fator diferencial de uma empresa para outra.
Exemplo de estratégia concreta para aumentar o relacionamento com os clientes
é a criação de cartões fidelidade, oferecendo vantagens para o cliente e, ao mesmo tempo
proporcionando um maior conhecimento sobre seu comportamento de compra.
Um fato tradicional no setor de varejo é o atendimento ao cliente. Esse aspecto
é observado como fundamental para as empresas que desejam despertar altos índices de
satisfação. Desta maneira, o investimento no treinamento e agilidade dos colaboradores é
essencial para que a empresa mantenha seus clientes fiéis e aumente também sua rede de
clientes. A empatia, educação, agilidade e eficiência no atendimento são características
apontadas na literatura como essenciais para os colaboradores que atuam no segmento
varejista.
Do mesmo modo outros aspectos fundamentais como preço praticado,
promoções e prazos para pagamentos também são indicados como fundamentais para uma
maior satisfação dos clientes. Esses aspectos podem ser atendidos a partir do momento
em que a administração da empresa investe numa gestão que evita gastos desnecessários
e perdas, mantém um bom processo de negociação com os fornecedores e organiza os
gastos com manutenção, compras e investimentos da empresa de modo a manter sua
margem de lucratividade e superar as expectativas dos clientes tendo em vista que esta é
a melhor forma de agradálos.

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OBJETIVOS

Objetivo geral

• Analisar estratégias realizadas pelas empresas do segmento varejista e sua


repercussão sobre a satisfação dos clientes.

Objetivos específicos

• Avaliar o papel do marketing no processo de satisfação do cliente;


• Descrever sobre a satisfação do cliente e a qualidade dos serviços oferecidos;
• Identificar tendências do varejo no que se refere ao perfil do consumidor e o
processo de fidelização do cliente nesse segmento.

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REFERÊNCIAS

https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/entenda-quais-sao-os-tipos-de-
empresa-para-abrir-no-brasil/

http://mundocarreira.com.br/empreendedores/6-qualidades-de-uma-empresa-bem-
sucedida-que-se-deve-valorizar-na-carreira/

https://humanidades.com/br/empresa/#ixzz8GyBPur3Q

https://rneves.no.comunidades.net/caracterizacao-da-empresa

https://www.significados.com.br/empresa/

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