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INSTITUTO POLITÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO CUITO (IPAG), Nº 296

FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, SERVIÇOS E INFORMÁTICA DE GESTÃO

PROJECTO 12ª
TECNOLÓGICO CLASSE
APOIO AO PROJECTO TECNOLÓGICO
1ªedição semi-revisada
DE
MATERIAL

ORGANIZAÇÃO | INOVAÇÃO | CRIATIVIDADE

FEVEREIRO DE 2022
ÍNDICE

1. Nota introdutória……………....................……......………………………..……1

2. Esquema da estrutura do trabalho…………….................…........................3

2.1. Secção pré-textual……...............…………….........................................4

2.2. Secção textual…………………................……...……………………....….5

2.3. Secção pós-textual………….…….……..………………………..….....…16

3. Formatação………………….………..……………….…..………………......…17

4. Bibliografia consultada………………….………………..…………..…......…23

5. Anexos
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I. NOTA INTRODUTÓRIA

Na presente guia não são abrangidas todas as questões relacionadas com o


Projecto Tecnológico como um todo. Trata-se apenas de uma ajuda para os
intervenientes no projecto tecnológico, uniformizando e elevando o grau de qualidade
dos projectos de pesquisa na sua fase inicial.

Neste contexto, parafraseando Bello, (2008), a pesquisa é a busca de solução a


um problema que alguém queira saber a resposta, no entanto, pesquisa é o caminho
para se chegar à ciência, ao conhecimento. Todavia, as etapas a serem observadas no
processo de pesquisa passam pela seleção do tema, levantamento das fontes,
identificação da situação problemática, elaboração do problema científico, da hipótese,
da ideia a defender ou perguntas científicas, a produção documental, execução ou
realização até a avaliação da referida pesquisa.

Todavia, o aluno ou grupo de alunos procurará saber o que é que já existe sobre
o tema previamente escolhido procurando saber que estudos existem e o que é que a
literatura diz. O tema pode ser escolhido obedecendo os critérios no esquema que se
segue:

Tendo em conta o anteriormente exposto, se pode afirmar que um Anteprojecto é


a ideia inicial de um projecto de pesquisa, ou seja, é um projecto não corrigido e não
aprovado, depois de aprovado, tornar-se-á um projecto. No âmbito da Unidade Curricular
de Projecto Tecnológico, o Anteprojecto pode ser apresentado na perspectiva do que se
pretende desenvolver, em conformidade com a tipologia de pesquisa, todavia, o
Anteprojecto pode ser atinente a uma pesquisa básica ou fundamental (gerando
conhecimentos sem fins imediatos), ou ainda uma pesquisa aplicada ou Tecnológica
(gerando produtos ou processos + conhecimentos).

1
Fonte do esquema: «Manual de Projecto Tecnológico 12 – “Texto de apoio ao aluno – RETEP, pág. 39;
Para sugestões de temas pode ser consultado o anexo 11 do manual mencionado”».
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O Desenho da investigação não é um processo linear, é mais bem um processo


de constante retificação e aproximações sucessivas onde se vão aperfeiçoando e
reajustando cada um dos seus elementos.

Na sua definição mais geral, o desenho de uma investigação é a planificação de


um conjunto de actividades coerentes e interrelacionadas com uma ordem lógica
organizadas pelo investigador ou grupo de investigadores e que estão encaminhadas a
resolver um problema científico e produzir um conhecimento, um produto ou um
processo.

Tendo em conta o anteriormente exposto, é importante afirmar que o processo de


investigação, como um todo, é realizado em conformidade com as seguintes etapas
genéricas: (1) Diagnostico do estado real da situação problemática; (2) Planificação da
investigação; (3) Execução da investigação; (4) Avaliação da informação obtida; (5)
Comunicação dos resultados; e (6) Introdução na práctica social. Entretanto, todas as
etapas concorrem para a existência de novas necessidades e problemas, sendo que o
referido processo é de carácter contínuo e dinâmico.

Cabendo a cada instituição educativa estabelecer as linhas necessárias para as


normas metodológicas a serem seguidas para elaboração de trabalhos de cunho
científico, se apresenta a presente guia, elaborada pelo colectivo de professores de
Projecto Tecnológico no ano lectivo 2021-2022, de onde, o seu cumprimento evidencia
a disciplina e responsabilidade científica do investigador ou grupo de investigadores.

Sabe-se que o formato do desenho de investigação deve ser flexível em admitir a


diversidade de conhecimentos aceitados pela ciência na actualidade. A seguir se
apresenta a estrutura do Anteprojecto, as correspondentes recomendações para a sua
estruturação e os modelos dos elementos pré-textuais, o cronograma e outros achados
convenientes encontrar-se-ão nos anexos e formatados dentro de uma borda para
diferenciá-los dos demais elementos, pelo que, na sua efetivação no projecto não
precisam estar dentro de uma borda com excepção da capa.

O colectivo de professores de Projecto Tecnológico do IPAG-Cuito.I


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II. ESQUEMA DA ESTRUTURA DO ANTEPROJECTO

SECÇÃO ELEMENTOS DESCRIÇÃO


Capa Obrigatório
Contracapa ou folha de rosto Obrigatório
Errata Facultativo
fichas individuais Obrigatório
Pré-textual
Lista de siglas Obrigatória se existirem siglas.
Lista de símbolos Obrigatória se existirem símbolos
Lista de tabelas e ilustrações Obrigatória se existirem tabelas
Sumário ou índice Obrigatório
 Antecedentes do tema;
 Desenho teórico:
▪ Situação problemática;
▪ Problema de investigação;
▪ Objecto de estudo;
▪ Campo de acção;
▪ Objectivo geral;
▪ Objectivos específicos ou tarefas da
investigação;
Introdução ▪ Ideia a defender, hipóteses ou perguntas
científicas;
▪ Justificativa da investigação;
▪ Contributo prático e/ou teórico da
Textual investigação;
 Desenho metodológico:
▪ Tipos de pesquisa;
▪ Métodos e técnicas de investigação;
▪ População e amostra;
▪ Tipos e critérios de amostragem
 Estrutura do trabalho
Lista de fontes para a concretização do projecto.
Cronograma para a elaboração do projecto.
Meios necessários, apoios
Opcional
ou orçamentos
Glossário Opcional
Pós-textual Referências bibliográficas Obrigatório
Apêndices Opcional
Anexos Opcional
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2.1- SECÇÃO PRÉ-TEXTUAL

 CAPA2 (Elemento obrigatório e sem numeração de página) – Trata-se do primeiro


elemento externo do trabalho, apresentando as informações indispensáveis para sua
identificação, as quais devem ser transcritas na seguinte ordem:
▪ Logotipo em uso no Instituto Politécnico de Administração e Gestão do Cuito ou
de Instituições afins, no caso de a investigação estar a ser desenvolvida por
alunos dos colégios que possuem convénio com o IPAG;
▪ Nome da instituição autorizada para desenvolver o Anteprojecto para a Prova de
Aptidão Profissional ou Técnica;
▪ Nome da área de formação (Administração, serviços e Informática de Gestão);
▪ Nome do Curso;
▪ Título da Investigação;
▪ Subtítulo da investigação (se houver), seguido de uma linha separadora
▪ Nomes completos dos autores;
▪ Cidade, país e ano de entrega do trabalho.
 CONTRACAPA OU FOLHA DE ROSTO3 (Obrigatório, conta na numeração de
página, porém sem numeração)
▪ Nome da instituição autorizada para desenvolver o Anteprojecto para a Prova de
Aptidão Profissional ou Técnica;
▪ Nome da área de formação (Administração e serviços ou Informática de Gestão);
▪ Nome do Curso;
▪ Título da Investigação;
▪ Subtítulo da investigação, seguido de uma linha separadora;
▪ Nomes completos dos autores e na continuação uma linha separadora;
▪ Nome completo do orientador;
▪ Nome completo do co-orientador (se houver)
▪ Cidade, país e ano em que se realiza a pesquisa.
 ERRATA4 (Opcional) - Lista inserida no original depois de impresso, logo após a folha
de rosto, em papel avulso ou encartado, com indicação das folhas e das linhas em
que ocorreram erros, seguida das devidas correções.

2
Ver exemplo de capa no Anexo I.
3
Ver exemplo de contracapa ou folha de rosto no Anexo I
4
Ver Exemplo de Errata no Anexo I
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 FICHAS INDIVIDUAIS5 (Obrigatório e com numeração de página a Romano no canto


superior direito da folha) - Elemento contendo os dados dos autores, orientador e co-
orientador (se houver) com as devidas assinaturas;
 LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS6 (Obrigatório se existirem siglas):
▪ Abreviaturas: representação de uma palavra por meio de alguma (s) de suas
sílabas ou letras.
▪ Siglas: reunião das letras iniciais dos vocábulos fundamentais de uma
denominação ou título. Exemplos: Organização das Nações Unidas (ONU);
American Psychological Association (APA).
 LISTA DE SÍMBOLOS7 (Obrigatório se existirem símbolos) – deve ser elaborado de
acordo com a ordem apresentada no texto, com devido significado. Sinal que substitui
o nome de uma coisa ou de uma acção.
 LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS8 (Obrigatório se existirem ilustrações e
tabelas) – inclui as principais ilustrações, quadros e figuras, que recebem
numeração própria e os elementos deverão ser alinhados entre si.
 SUMÁRIO OU ÍNDICE9 (Obrigatório, conta na numeração de página, porém sem
numeração – é a “enumeração das principais divisões, seções e outras partes do
trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede” - Deve ser
seguido do respectivo número da página. Não se coloca hífen e ponto entre a
numeração e o título, e/ou subtítulo. Deve ser elaborado de acordo com a ordem
apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico,
acompanhado do respectivo número de página. Todavia, começa-se com a
introdução, não deve constar folha de rosto, dedicatória, agradecimento, lista de
ilustrações, quadros e tabelas (se houver).

2.2- SECÇÃO TEXTUAL

INTRODUÇÃO

Na introdução faz-se uma breve apresentação do tema e a problemática de que


trata a investigação em questão. Faz-se uma argumentação teórica e práctica, como
uma análise contextualizada do problema objecto de estudo, enfatizando nas razões que

5
Ver Exemplo de Ficha individual no Anexo I
6
Ver Exemplo de Lista de Abreviaturas e Siglas no Anexo I
7
Ver Exemplo de Lista de Símbolos no Anexo I
8
Ver Exemplo de Lista de Tabelas e Ilustrações no Anexo I
9
Ver Exemplo de Índice ou Sumário no Anexo I
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apoiam a sua selecção e justificam sua investigação. Quer dizer que na introdução do
projecto deverão estar presentes os seguintes aspéctos:

 Antecedentes do tema – Considerar os resultados, assim como os pressupostos


teóricos e metodológicos das investigações realizadas vinculadas directa ou
indirectamente como o tema que se estuda, destacando:
▪ A história do problema;
▪ Seu lugar no desenvolvimento da ciência;
▪ Quais os pressupostos que não têm sido resolvidos satisfatoriamente, de forma
que sejam justamente estes os que se constituem em insuficiências que servirão de
base para a elaboração do problema científico ao qual a investigação se propõe
responder ou resolver.
 DESENHO TEÓRICO

Deverão ser incorporados ou sistematizados em forma de tópicos os seguintes


elementos:

 Delimitação do tema - Informa-se como se vai “circunscrever” o tema, objecto de


estudo, ou seja, o tópico específico que se vai pesquisar, a área jurídica em que se
insere. Além da abrangência da sua pesquisa, o que o investigador ou grupo de
investigadores irá demarcá-lo do ponto de vista teórico - marco teórico/históricos e
geograficamente;
 Situação problemática - Discrepância entre dois polos de um objecto que
coexistem na realidade em condições antagónicas, contraditórias que reflectem o
Estado Desejado e o Estado actual deste;
 Problema de investigação – É uma dificuldade, teórica ou práctica, no
conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar
uma solução e responde à perguntas tais como: O quê? Como?. Depois de definido
o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese ou
uma ideia a defender que será confirmada ou respondida através do trabalho de
pesquisa. Formular-se-á em forma de questão (pergunta) à qual se dará resposta ou
de enunciado descritivo que deve referir o conjunto de proposições da situação
problemática que se deve resolver, tendo em conta:
▪ Formular o problema em termos de conceitos observáveis, mensuráveis, que
expressem uma relação entre a situação problemática, o objecto de estudo, o campo
de acção e a ideia a defender ou hipótese;
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▪ A claridade e precisão dos conceitos que se empregam, utilizando o sistema


teórico e metodológico da ciência;
▪ Sua delimitação espacial e temporal: em que lugar se efectua o estudo? Em que
momento?
▪ A população que se investigará.

O questionamento deverá ser criado pelo (s) pesquisador(es) e irá definir o que a
pesquisa se propõe a responder ou esclarecer. A formulação do problema indica
exatamente qual a dificuldade que se pretende resolver ou responder por ser a
apresentação da ideia central do trabalho, no entanto, deve-se ter o cuidado de evitar
termos equívocos e inexpressivos.

 Objecto de estudo – (O que se investiga? Ou qual o núcleo da investigação?)


Parte da realidade objectiva ou subjectiva sobre a qual actua o investigador, em
função da solução do problema científico proposto são objectos de investigação
processos, fenómenos e factos;
 Campo de acção da investigação – Parte limitada do objecto, aspécto, sector
ou área de conhecimento onde recai o resultado da investigação e, portanto, é
menos amplo que o objecto. Pode também ser concebido como a parte da realidade
objectiva ou subjectiva que se deseja transformar;

Objectivos do Trabalho

Trata-se de definir o que se visa com a pesquisa. São os resultados a que se


pretende chegar. É o ponto de chegada, a meta final. É a contribuição que o projecto (a
pesquisa) quer dar ao conhecimento daquele tema. A decisão fundamental é sempre
sobre os objectivos. A formulação dos objectivos fica mais precisa, utilizando-se um
verbo (no infinitivo) que descreve a acção, assim elimina-se interpretações vagas e
ambíguas. Os objectivos podem ser gerais e específicos.

 Objectivo geral – (qual é o resultado a alcançar na investigação para solucionar


o problema? Além disso, deverá incluir o fim da investigação, isto é, o para quê da
investigação. Em dita formulação deverá ter-se em conta a clareza, a precisão, a
síntese, a probabilidade e o vínculo com o tipo de problema que se investiga. Os
objectivos gerais são complexos e caracterizam-se por apresentarem enunciados
mais amplos, que expressam uma filosofia de acção (que dão conta do problema);
Os verbos possíveis de muitas interpretações podem ser usados em objectivos
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gerais (sentido aberto) e sempre no infinitivo. Exemplos: compreender, conhecer,


desenvolver, conscientizar, entender, saber, Propor,…
 Objectivos específicos ou tarefas da investigação - são mais simples,
concretos e, deve iniciar com um verbo de acção no infinitivo. Os objectivos
específicos relatam os passos específicos para se alcançar o objectivo geral; são
alcançáveis em menor tempo e explicitam desempenhos observáveis; são definidos
mais restritamente; permitem aplicá-los a situações concretas; são verbos com
menos interpretações (sentido fechado). Exemplos: adquirir, aplicar, apontar,
classificar, comparar, conceituar, caracterizar, enumerar, reconhecer, formular,
enunciar, diferenciar, mobilizar, coletar, descrever, identificar, analisar, relacionar,
generalizar, sistematizar, conferir, sinalizar (propor saídas), elaborar...

Todavia, as tarefas de investigação possuem o mesmo teor e pendor que os


objectivos específicos, porém, elas não são encabeçadas com verbos no infinitivo; elas
definem as etapas a serem observadas para se alcançar o objectivo geral.

 Ideia a defender, hipóteses ou perguntas científicas – (qual é a possível


solução da investigação?) Constituem um sistema estruturado de afirmações
antecipadas ao problema, questionamentos ou problematizações sobre objectos de
estudos íntimamente relacionados com principal que faz parte do problema científico
da investigação que requer de soluções prêvias para ir caminhando à solução do
problema principal. No caso de serem utilizadas hipóteses, debe-se lembrar que elas
se referem a uma resposta provisória ao problema da investigação e deve(m) ser
elaborada(s) a partir de fontes diversas, tais como a observação, resultados de
outras pesquisas, teorias ou mesmo intuição. Deve(m) ser específica(s), clara, direta.
Deve(m) ter conceitos claros).
 Justificativa da investigação – Elementos que dêem conta da necessidade,
actualidade, importância e conveniência de realizar a investigação. Não obstante, se
tratará de convencer o leitor de que a hipótese, ideia a defender ou perguntas
científicas levantadas são de suma importância para a sociedade ou para um grupo
de indivíduos.
 Contributo prático e/ou teórico da investigação (quais as contribuições para
compreensão, intervenção ou solução que a pesquisa apresentará no universo social
a que se destina?)
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 DESENHO METODOLÓGICO

Deverão ser incorporados ou sistematizados em forma de tópicos os seguintes


elementos:

 Tipo de pesquisa ou investigação: os alunos deverão selecionar a tipologia que


se ajuste a pesquisa ou investigação que está a ser realizada. Portanto, ela pode ser
classificada da seguinte maneira:
▪ Pela abordagem ao problema: quantitativa, qualitativa ou mista;
a- A pesquisa qualitativa é aquela que possui carácter mais exploratório,
descritivo, indutivo e envolve técnicas como análise de dados secundários, estudo de
caso, entrevistas individuais, teste de palavras, entre outros. Não requer o uso de
técnicas estatísticas.
b- A pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que
significa traduzir em números opiniões e informações para classifica-las e analisá-las.
Requer o uso de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio
padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc).
▪ Pela abordagem aos objectivos: exploratória, descritiva, explicativa;
a- Pesquisa exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o
problema com vistas a torna-lo explícito ou a construir hipótese. Envolve levantamento
bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso.
b- Pesquisa descritiva: visa descrever as características de determinada
população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso
de técnicas padronizadas de recolha de dados: questionário e observação sistemática.
Assume, em geral a forma de levantamento.
c- Pesquisa explicativa: visa identificar os factores que determinam ou
contribuem para a ocorrência dos fenómenos. Aprofunda o conhecimento da realidade
porque explica a razão, o porquê das coisas. Quando realizada nas ciências naturais,
requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método
observacional. Assume, em geral, a form de pesquisa experimental e pesquisa expost-
facto.
▪ Para os procedimentos técnicos: bibliográfica, documental, experimental,
levantamento, estudo de caso, expost-facto, pesquisa-acção ou pesquisa
participante.
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a- Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já


publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com
material disponibilizado na internet.
b- Pesquisa documental: quando elaborada a partir de materiais que não
recebem tratamento analítico.
c- Pesquisa experimental: quando se determina um objecto de estudo,
seleccionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas
de controlo e de observação dos efeitos que a variável produz no objecto.
d- Levantamento: quando a pesquisa envolve interrogação directa das
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
e- Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objectos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
f- Pesquisa expost-facto: quando o experimento se realiza depois dos factos.
g- Pesquisa-acção: quando concebida e realizada em estreita associação
com uma acção ou com a resolução de um problema colectivo. Os pesquisadores e
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo
cooperativo ou participativo.
h- Pesquisa participante: quando se desenvolve a partir da interacção entre
pesquisadores e membros das situações investigadas.
 Métodos e técnicas a empregar: Os métodos de investigação contribuem para
obtenção de informação necessária que posteriormente ordenada, processada e
analisada permita chegar a conclusões e recomendações que satisfaçam com o rigor
científico requerido, a problemática objecto de investigação. Os métodos de
investigação podem considerar-se como formas ou maneiras de estudar os
fenómenos da natureza, a sociedade e o pensamento para descobrir sua essência
e relações.
▪ Métodos teóricos: Têm como objectivo a interpretação da informação
obtida durante o estabelecimento de generalizações conceituais,
regularidades, leis, teorias, modelos e novas concepções. Estes podem
ser: histórico-logico, indutivo-dedutivo, análitico-sintético, ascensão do
abstracto ao concreto, modelação, sistémico-estrutural, dialético,
comparativo, Etc.
▪ Métodos empíricos: definem-se assim porque o seu fundamento radica
na percepção directa do objecto de investigação e do problema. Dentre
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eles, destacam-se os seguintes: a observação, experimentação, medição,


estudo de caso, etc.
▪ Métodos estatístico-matemáticos: são todos os métodos da Estatística
descritiva e inferencial que permitem analisar os dados empíricos e
estabelecer regularidades no comportamento do fenómeno em estudo.
▪ Técnicas - entendem-se como o conjunto de regras e operações para o
manuseamento dos instrumentos que auxiliam o investigador na aplicação
dos métodos. É uma operação do método que está relacionada com o meio
que se utilize para recolectar, processar ou analisar a informação. Uma
técnica realiza-se sob uma orientação definida para obtenção de um
resultado esperado e esta mais ligada à etapa empírica da investigação.
Podem ser utilizadas as seguintes técnicas: guias de observação empírica,
análise de documentos, entrevista, inquérito ou questionário, fichagem;
testes, Etc.
 População e amostra – Deve-se definir o universo alvo da investigação e
selecionar uma amostra.
▪ População – conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo
menos uma característica comum. Ela pode ser finita ou infinita (indeterminada).
▪ Amostra: uma parcela ou porção, convencionalmente selecionada da população

O universo ou população de uma pesquisa depende do assunto a ser


investigado, e a amostra, porção ou parcela do universo, que realmente será
submetida à verificação, é obtida ou determinada por intermédio de uma técnica
específica de amostragem.

 TIPOS E CRITÉRIOS OU MODALIDADES DE AMOSTRAGEM


▪ Probabilística – quando todos os elementos têm a mesma possibilidade de
serem eleitos para a amostra
Critérios ou modalidades:
Aleatória simples - Amostragem aleatória simples dá a cada elemento da
população alvo a mesma probabilidade de serem selecionados e pode ser feita
em forma de sorteio;
Amostragem com reposição – é aquela em que um elemento pode ser
selecionado mais de uma vez na amostra.
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Amostragem sem reposição – não se devolvem os elementos extraídos à


população até que não se tenham extraído todos os elementos da população que
conformam a amostra.
Amostragem estratificada – utiliza-se quando a população está constituída por
conjuntos com características homogénias (comuns), que se desejam estudar.
Todavia, dentro dos estratos pode-se aplicar a amostragem aleatória e o resultado
será uma amostra composta por várias amostras eleitas ao acaso, no respeitante
aos extratos existentes na população.
Exemplos: (1) – Os funcionários de uma empresa podem ser agrupados por
categorias ou funções; (2) – Os alunos de uma instituição escolar podem ser
agrupados por idades, lugar de procedência, por classes, por cursos, lugar de
procedência, etc.
Amostragem por conglomerados ou grupos – utiliza-se quando os elementos
da população constituem grupos naturais ou aglutinados. Neste caso, a unidade
de amostragem é o conglomerado ou grupo e não os indivíduos, como nas
modalidades anteriores. A selecção aplica-se aos conglomerados e não aos
elementos que os componham.
Amostragem polietápica ou sistémica – Quando os elementos da população se
apresentam ordenados e a retirada dos elementos da amostra é feita
periodicamente. Assim, por exemplo, em uma linha de produção, podemos, a
cada dez itens produzidos, retirar um para pertencer a uma amostra da produção
diária até completar o número estabelecido para a amostra.
▪ Não probabilística - é aquela em que a seleção dos elementos da população
para compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador
ou do entrevistador no campo. É utilizada quando nem todos os elementos da
população têm a mesma possibilidade de fazerem parte da amostra ou ainda quando
é difícil ou impossível determinar o tamanho da população. Neste caso, são
selecionados os elementos disponíveis, não aqueles indivíduos selecionados por
meio de algum critério estatístico.
Critérios ou modalidades:
Amostragem incidental causal – quando o critério de selecção dos elementos
depende da possibilidade de aceder a eles.
Amostragem intencional ou opinática – elegem-se os elementos que se estima
representativos ou típicos da população.
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Amostragem por cotas – consiste em fixar porção específicas de elementos.


Cada porção consiste em um número de elementos que reúne determinadas
condições, características ou qualidades.
Exemplos: (1) – Quando um pesquisador procura realizar uma análise
comparativa do mercado e saber como usar um produto, de acordo com diferentes faixas
etárias, contexto socioeconômico e também por gênero, as cotas são criadas dentro da
população-alvo de acordo com essas três características. O pesquisador pode criar
múltiplos estratos com base em três características considerando a proporção de cada
característica que exista dentro da população. (2) – Quando um entrevistador quer
entender como funciona sua marca de calçados. Sua população alvo é entre 25 e 40
anos de idade. O entrevistador pode dividir ainda mais os estratos de acordo com o
gênero e selecionar 100 mulheres e homens pertencentes a esse grupo populacional. O
pesquisador pode criar subconjuntos dos subgrupos de acordo com seu conhecimento
da população.

Obs: Uma amostra é representativa quando estão nela reflectidas as


características que se querem observar na população. Para se conseguir a
representatividade se requerem três condições: 1-características relacionadas como o
problema, 2- capacidade para medir essas características; 3- possuir dados da
população sobre as características para utilizá-los como base de comparação.

Relativamente ao tamanho da amostra, é bastante discutido na actualidade.


Investigadores há que recomendam utilizar 33% da população, mas para o caso em que
se utilize o critério aleatório simples, se apresentam a seguir algumas equações que
poderão ajudar a determinar o tamanho da amostra:

Cálculo do tamanho da amostra, quando a população é finita (se conhece N):

NZ2 PQ
n=
( N − 1) E 2 + Z2 PQ 10

Onde:

n: Tamanho da mostra

P: Probabilidade de êxito (0,5)

Q:Probabilidade de fracasso (0,5)

10
Ver exemplos no Anexo II
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N:Tamanho da população

E :Erro de estimação (à 1% = 0.01; 2 % = 0.02; 3% = 0.03, 5%= 0,05 etc)

Z: Margem de confiabilidade (é expresso em porcentagem, sendo 90%, 95% e


99% as mais recomendadas)

Pode ser utilizada também a seguinte equação:

𝑵.𝒏𝟎 11
𝒏=
𝑵+𝒏𝟎

Onde:

N é o número de elementos da população;

n é o tamanho da amostra;

n0 é a primeira aproximação do tamanho da amostra;

𝟏
𝒏𝟎 =
𝑬𝟎 𝟐

E0 é o erro amostra tolerável (definido de 1 á 10%)

 ESTRUTURA DO TRABALHO

Refere-se a apresentação da constituição de todo o trabalho.

SELECÇÃO DAS FONTES, PARA CONCRETIZAÇÃO DO PROJECTO12.

Especificação das fontes que servirão de apoio à concretização do projecto, em


folha separada da introdução. Nesta altura pode recorrer-se, por exemplo a artigos,
livros, documentação obtida a partir da internet, etc.

Neste item, deve-se colocar a seguinte pergunta: quais são os pressupostos e


referentes teóricos da investigação?

Ao construir o marco teórico do projecto de investigação considerar-se-ão os


seguintes aspéctos:

▪ Recolha de informação relevante sobre o problema, objecto de estudo e o campo


de acção investigado a partir da revisão da literatura, que permita conhecer o
estado actual dos conhecimentos sobre o tema, assim como os seus
antecedentes;

11
Ver Exemplos no Anexo II
12
Ideia retirada do «Manual de Projecto Tecnológico 12 – Texto de apoio ao aluno – RETP, pág. 46».
Página 15 de 23

▪ Explicar os conceitos, categorias e relações essenciais para a formulação da


hipótese, ideia a defender ou perguntas científicas.

O levantamento bibliográfico pode ser feito de duas formas:

a- geral: elaborar uma relação de todas as obras ou documentos sobre o


assunto (se sugere que se organize da forma: Título da obra – nome do autor);
b- específica: elaborar apenas uma lista das obras ou documentos que
contenham dados referentes à especificidade do tema a ser investigado.

CRONOGRAMA13: é a previsão do tempo que será gasto na realização de todo trabalho


de pesquisa, inclusive no desenvolvimento do projecto. Define as etapas de cada
processo em um espaço de tempo. A divisão a ser estabelecida no cronograma pode ser
apresentada no espaço temporal de semanas/meses ou ambos.

Mesmo que não se tenha todas as datas previstas para a realização da pesquisa,
deve-se apresentar obrigatoriamente o cronograma, fazendo uma previsão de início e
término da pesquisa. O cronograma será apresentado no projecto independente do tipo
de trabalho a ser feito – artigo científico, monografia, relatório, etc.

É necessário obedecer às datas previstas no cronograma, bem como a ordem de


realização da pesquisa, devendo se adequar ao tipo de trabalho e às especificações
de cada curso.
O plano de trabalho ou cronograma pode conter:
✓ Os objectivos do trabalho;
✓ A especificação dos conteúdos a abordar;
✓ A programação das actividades;
✓ O horário a cumprir;
✓ O local ou locais de realização do trabalho;
✓ A calendarização, com a definição da data previsível para a conclusão de cada
fase e do trabalho. Para o efeito pode recorrer-se, por exemplo, a representações
gráficas do planeamento, como os mapas de Gantt ou os diagramas de Pert.

MEIOS NECESSÁRIOS, APOIOS E ORÇAMENTO14: Compreende a especificação


dos recursos materiais e equipamentos necessários para a realização do trabalho.
Neste ponto, a depender da área de formação, podem referir-se recursos como,
por exemplo, consumíveis, cimento, tijolo, madeira, alumínio, contactores, circuitos

13
Ver Exemplos de Cronograma nos Anexos III, IV e V.
14
Ver Exemplo de tabela de Meios necessários, Apoios e Orçamento no Anexo VI.
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integrados, ferramentas, software. Ao nível dos equipamentos, dependendo da área de


formação, podem indicar-se, por exemplo, computadores, aparelhos de medida
(osciloscópio, multímetro, autómato programável).
Faz-se uma apresentação de uma estimativa dos custos do projecto e indicação
das parcerias ou protocolos com instituições que podem apoiar o projecto.

2.3- SECÇÃO PÓS TEXTUAL

 GLOSSÁRIO (opcional) – relação em ordem alfabética de palavras ou expressões


técnicas de uso restrito, acompanhadas das respectivas definições.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (obrigatório) - listar todas as obras lidas para
fazer o Anteprojecto, respeitando a norma APA, 6ª Edição).
 APÊNDICES – Texto de prolongamento da obra, da autoria do(s) autor(es) da obra.
Devem ser incluídos diversos documentos, por exemplo, as actas das reuniões
realizadas;
 ANEXOS (Opcional) – compilação de dados, gráficos, ilustrações e outros elementos
que não são da responsabilidade do(s) autor(es) da obra.
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III. FORMATAÇÃO

Este manual contém, além de regras de formatos de arquivo e texto, as principais


orientações actualizadas da norma da American Psychological Association (APA 6ª
edição) analisadas e estruturadas pelos profissionais de investigação científica.

Regras gerais para formatação

Nas citações, figuras, tabelas e referências seguiremos as normas APA.

Papel

O papel será branco no formato A4 (21 cm x 29,7 cm).

Fontes

Times New Roman, ou arial tamanho 12 para o texto, título, resumo, abstract,
citações e referências. Com excepção para “Notas” com fonte tamanho 10.

Negrito

Só é utilizado para dar ênfase a uma frase e/ou palavra. Itálico é utilizado para
palavras em língua estrangeira.

Margens

Para as margens utilizaremos: Superior e esquerda, 3 cm. Inferior e direita, 2 cm.

Parágrafos, espaçamentos e alinhamentos

Para o texto, deve-se iniciar com recuo na primeira linha em 1,25 cm, com
alinhamento justificado, e espaçamento 1,5 (usado também no Resumo e Abstract ).

Para os títulos, o espaçamento deve ser simples com 12 pt. antes e depois sem o recuo
na primeira linha. Para isso, para os parágrafos em textos o espaçamento, é 6 pt. antes
e 6 pt. depois.

No caso de citação directa acima de 40 palavras, ou mais de três alinhas deve-se


ir para uma nova linha, com recuo de 1,27 cm (e mantê-lo até o final da citação) com
espaçamento simples e fonte 11. Exemplo:
A discussão da problemática levantada pelo texto, bem como a reflexão a que ele
conduz, devem levar o leitor a uma fase de elaboração a uma fase de elaboração
pessoal ou de síntese. Trata-se de uma etapa ligada antes à construção lógica de uma
redação do que à leitura como tal. De qualquer modo, a leitura benfeita deve
possibilitar ao estudioso progredir no desenvolvimento das ideias do autor, bem como
daqueles elementos relacionados com elas. (Severino, 2007, p. 62).
Com relação à lista de referências, a fonte é 12 com espaçamento simples entre
as linhas da referência. Entre uma referência e outra, deixamos 6 pt de espaço.
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Além do espaçamento, há o deslocamento em cada referência. Na segunda linha


da referência em diante, faz-se o recuo de 0,75.

Títulos: seções e subseções

Títulos com indicativo numérico: são alinhados à margem esquerda e devem ser
precedidos por seu indicativo em algarismos arábicos (não se deve utilizar algarismos
romanos excepto nos elementos pré-textuais) e dele separado por apenas um espaço
de caracteres. Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo
de secção ou de seu título. Títulos longos que não caibam em uma só linha devem ter
sua continuação, a partir da segunda linha, sob a primeira letra da primeira palavra do
título. Destacam-se gradativamente os títulos das secções, utilizando-se os recursos de
negrito, itálico, grifo e maiúsculas, no texto e de forma idêntica, no índice.

Secção primária

Título com a letra inicial de cada palavra em maiúscula, justificado e em negrito –


precedido e sucedido de uma linha.

Ex: 1 Determinantes da Política de Dividendos

Secção secundária

Título com a letra inicial em maiúscula (apenas da primeira palavra), justificado e


em negrito – precedido e sucedido de uma linha.

Exemplo: 1.1 Teoria da irrelevância dos dividendos

Secção terciária

Título com a letra inicial em maiúscula (apenas da primeira palavra), justificado e


em negrito e itálico – precedido e sucedido de uma linha.

EX: 1.1.1 Teoria do pássaro na mão

Secção quaternária

Título com a letra inicial em maiúscula (apenas da primeira palavra), justificado e


em itálico – precedido e sucedido de uma linha.

Exemplo: 1.1.1.1 Processo de tratamento dos dados

Secção quinaria

Título com a letra inicial em maiúscula (apenas da primeira palavra) e justificado


– precedido e sucedido de uma linha.
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Exemplo:
1.1.1.1.1 Os dados

Citações em texto

A citação em texto no estilo bibliográfico APA 6th assume a forma autor-data.

Uma citação é uma forma abreviada de fazer referência no texto a conteúdo de


outro autor e deve conter toda a informação necessária para permitir uma
correspondência inequívoca entre si e as respectivas referências bibliográficas no final
do documento.

Podem considerar-se três formas de realizar as citações:

Citação directa – transcrição literal do texto do autor; breve


ou extensa

Citação indirecta - transmissão da ideia por palavras próprias;

Citação de citação - quando não se tem acesso ao texto original.

A regra

Segundo o estilo bibliográfico APA 6th a citação em texto segue as seguintes


regras:

a) O sistema de citação usado é autor-data, sendo que os elementos devem ter


a seguinte ordem: o apelido do autor, ano de publicação do documento e tratando-se de
uma citação directa os números das páginas citadas; ou a informação é colocada entre
parênteses curvos.

b) No caso da introdução de mais do que uma citação ao mesmo tempo, cada


citação é separada por ponto e vírgula e são ordenadas alfabeticamente, sendo que são
incluídas todas as citações num único parêntesis curvo.

Autoria na citação

Segundo a APA 6th as normas para a citação de autores no texto variam segundo:

O número de autores da obra citada; frequência com que a mesma obra é citada
ao longo do documento, sendo que, em alguns casos, a 1ª vez que é citada, a autoria
assume uma forma e nas vezes seguintes a autoria dessa mesma citação é
apresentada de outra forma. A informação da autoria pode figurar na citação em texto
dentro de parêntesis ou fora dos mesmos.

Para mais elucidação deve-se consultar o manual da APA 6ª Edição.


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Citações indirectas

A reprodução da ideia de outros autores por palavras próprias e diferentes dos


mesmos designa-se por citação indirecta.

O reescrever de uma ideia de um autor por palavras nossas é o tipo de citação


que é usada com mais frequência ao longo de um documento. Após a leitura e análise
de um documento, a transmissão do conhecimento do autor deste documento no texto
que se encontra a redigir deve ser sempre acompanhada dos devidos créditos ao autor
do documento consultado.

Segundo a APA 6th, a transmissão do conhecimento dos autores dos documentos


consultados deve ser sempre acompanhada da citação ao mesmo, ou seja a referência
em texto ao Apelido do autor, Ano de publicação e a localização (páginas).

Citações directas

A inclusão da transcrição literal do texto do autor do documento consultado


designa-se por citação directa. Segundo a APA 6th, nestes casos, tendo em conta a
extensão do texto transcrito, são aplicadas as seguintes regras:

Citações directas breves: A citação directa breve define a transcrição literal do


texto do documento consultado que não excede as 40 palavras;

A transcrição é inserida no próprio texto, entre aspas ou vírgulas altas;

Deve incluir a indicação da página (p.) ou o intervalo das páginas (pp.).

Texto que estamos a redigir “texto transcrito do documento consultado” (Apelido


do autor, Ano, p. xxx ou pp. xxx-xxx).

Ou

Texto que estamos a redigir Apelido do autor (ano) “texto transcrito do documento
consultado” (p. xxx ou pp. xxx-xxx).

(…) “librarians must be willing to expose themselves to the discomfort of advocacy,


argument, criticism, and real change to be in the forefront of this movement”(OgBurn,
2009, p.41).

ou
(…) como refere OgBurn (2009) ao debruçar-se sobre esta problemática:“librarians must
be willing to expose themselves to the discomfort of advocacy, argument,
criticism, and real change to be in the forefront of this movement” (p.41).
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Citações directas extensas: A citação directa extensa define a transcrição literal


do texto do documento consultado com mais de 40 palavras;

A transcrição é destacada do texto com avanço da margem esquerda (0,5”


polegadas = 1.27cm) para todas as linhas com espaçamento simples entre linhas;

Se forem transcritos dois ou mais parágrafos de texto a primeira palavra do 2º


parágrafo e seguintes é colocada com um avanço de mais 0,5” (1.27cm);

Deve incluir a indicação da página (p.) ou o intervalo das páginas (pp.).

Texto transcrito do documento consultado com 40 ou mais palavras. (Apelido do autor,


Ano, p. xxx ou pp. xxx-xxx)

Ou

Texto que estamos a redigir Apelido do autor (ano) texto transcrito do documento
consultado com 40 ou mais palavras. (p. xxx ou pp. xxx-xxx).
ou
De acordo com Vieira (2002): O estudo do comportamento do consumidor é
definido como a investigação das actividades directamente envolvidas em obter,
consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os processos decisórios que
antecedem e sucedem estas acções. Na verdade é o estudo do processo vivido pelos
indivíduos ao tomarem decisões de empregar seus recursos disponíveis em itens
relacionados ao consumo, fazendo assim uma vinculação com os propósitos dos
profissionais de marketing, que buscam identificar as necessidades e induzir o cliente
a consumir o produto. (p. 219).
Citação de citação

A referência a fontes secundárias, ou seja documentos em que a informação


apreendida foi apenas efectuada através da leitura de outros documentos, designa-se
por citação de citação. Ao longo da leitura de um documento (fonte primária) a referência
a informação relevante de outros autores leva à descoberta de outros documentos
(fontes secundárias) que apesar da relevância nem sempre é possível
a consulta dos mesmos. A citação das fontes secundárias segundo a APA 6th segue a
seguinte regra.

Indicação do Autor ou da informação que pretende salientar da fonte secundária


(como citado em Apelido, Ano da fonte primária). Ou XXXXX (2021) citado por XXXX
(2020) diz que XXXXXXXX.

Os elementos pré-textuais deverão possuir formatação própria tal como se


descreve a seguir:
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 Capa e folha de rosto: encabeçada pelo logotipo do IPAG ou do colégio e as


letras do cabeçalho deverão conter tamanho 12, maíusculo, negrito, após a margem
superior e centralizado; O tema e o título deverão possuir 14, maíusculo, negrito, digitado
no centro da folha e os demais elementos como nomes dos autores, local e data de
entrega deverão conter tamanho 12. A folha de rosto deverá conter todos os elementos
que a capa possui excepto o logotipo da Instituição e adicionar-se-ão os nomes do
Orientador e Co-orientador (caso se aplique);

 Errata: Inicia-se com um título maiúsculo e minúsculo, letra 12, espaçamento


duplo. Utiliza-se a margem esqueda 3 cm e direira 2 cm e centralizar as colunas dentro
dos tópicos.

 Dedicatória: tamanho 12, maíusculo e minúsculo, iniciando após o centro da folha


alinhado a 3 cm da margem esquerda e 1 cm da direita, em espaçamento simples e sem
aspas.

 Agradecimento: tamanho 12, maíusculo e minúsculo, iniciando após o centro da


folha alinhado a 3 cm da margem esquerda e 1 cm da direita, em espaçamento simples
e sem aspas.

 Epígrafe: tamanho 12, maíusculo e minusculo, iniciando após o centro da folha


alinhado a 3 cm da margem esquerda e 1 cm da direita, em espaçamento simples.

Dimensão do trabalho

O corpo do trabalho todo, sem contar os elementos pré e pós textuais deverá
conter um mínimo de 36 (trinta e seis) páginas.
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IV. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BELLO,JoséII Luís de Paiva. Metodologia científica: Manual para elaboração de


textos académicos, monografias, dissertações e teses. Universidade Veiga de
Almeida – UVA. Rio de Janeiro. 2008.

CARMO-NETO, Dionísio. Metodologia científica para principiantes. 3. ed. American


Word University Press, 1996. p. 61-75.

CHITOMA, Francisco Xavier. Metodologia de Investigação Científica. Cuito. 2010.

Reforma do Ensino Técnico – Profissional. Projecto Tecnológico 12. Edições


REDJITEP, Lda, 2012.

MORAIS, Carlos. Descrição, análise e interpretação de informação quantitativa:


Escalas de medida, estatística descritiva e inferência estatística. Bragança:
Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Bragança, s/d.

I
Material Elaborado pelos professores:
Amós Buta Cassoma José – Professor de Projecto Tecnológico, Matemática e TCE – IPAG – Cuito;
Diules Mateus Fernandes – Professor de Projecto Tecnológico – IPAG – Cuito;
Gerviz Nelson Sachilulu – Professor de Projecto Tecnológico – IPAG – Cuito e Colégio Wandark;
Revisado por:
João Domingos Chinate Baptista – Director do IPAG – Cuito;
Florêncio Sachimbotia Ernesto – Subdirector Pedagógico do IPAG – Cuito;
Simão Feliciano de Oliveira - Professor de Projecto Tecnológico, Sociologia das Organizações e Geografia – IPAG –
Cuito;
ANEXO I: EXEMPLOS DE ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

CAPA ERRATA

FOLHA DE ROSTO FICHA INDIVIDUAL


ANEXO I: EXEMPLOS DE ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (CONTINUAÇÃO)

LISTA DE ABREVIATURAS SIGLAS LISTA DE TABELAS E ILUSTRAÇÕES OU FIGURAS

LISTA DE SÍMBOLOS ÍNDICE OU SUMÁRIO


ANEXO II: EXEMPLOS PARA DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO BEM COMO O PROCESSO DE
AMOSTRAGEM.

1-Nos exemplos a seguir, procurar identificar a população e amostra:

a) Para avaliar a eficácia de uma campanha de vacinação em crianças com idade entre 1 e 2
anos, no Bié, 375 mães com filhos nesta idade foram pesquisadas sobre a última vez que
vacinaram seus filhos.

b) Para verificar a audiência do programa sua manhã da TPA, alguns telespectadores foram
entrevistados com relação ao canal em que estavam sintonizados no horário do programa.

c) Com o objetivo de avaliar a intenção de voto para a eleição presidencial de 2022 em angola,
10.500 eleitores foram entrevistados em todas as províncias.

Solução:

a) População: Todas as mães de crianças com idade entre 1 e 2 anos, no Bié.


Amostra: 375 mães entrevistadas na pesquisa.
b) População: Todas as pessoas que estavama a assistir a transmissão do programa sua
manhã na altura em que estava a ser transmitido.
Amostra: Os telespectadores entrevistados para a pesquisa.
c) População: Todos os eleitores em idade de voto
Amostra: 10.500 eleitores selecionados em todas as províncias.

2- As formigas formam níveis avançados de sociedade. Estão incluídas em uma única família,
Formicidae, com 12.585 espécies descritas, distribuídas por todas as regiões do planeta,
exceto nas regiões polares. Esses insetos formam aproximadamente 17% da biomassa
terrestre, portanto, podem ser considerados bem-sucedidos evolutivamente. Suponha duas
amostras de formigas, colhidas de um mesmo formigueiro, sendo uma amostra com 100
exemplares e outra amostra com 200 exemplares. A amostra maior é mais representativa da
população? Justifique sua resposta.

Solução:

Não. Para decidir qual amostra é mais representativa, é necessário conhecer na íntegra os
procedimentos utilizados para a coleta das duas amostras, pois estes influenciam na
qualidade da amostra. Uma amostra de 100 elementos que representam significativamente a
população é melhor que uma amostra de 200 elementos selecionada sem o emprego de
procedimentos adequados.
3- Existem diversas maneiras de classificar as pessoas. Cada classificação tem um propósito
diferente. Uma das classificações úteis para questões de Marketing por exemplo é a
classificação em classes sociais. Analisando os diferentes critérios propostos para
classificação empregados atualmente no Angola, podemos generalizar as seguintes
categorias:

1. Classe A: inclui as famílias com renda mensal igual ou maior que Akzs 140.400,00.

2. Classe B: inclui as famílias com renda mensal entre Akzs 70.100,00 e Akzs 140.399,00.

3. Classe C: inclui as famílias com renda mensal entre Akzs 20.600,00 e Akzs 70.099,00.

4. Classe D: inclui as famílias com renda mensal igual ou menor que Akzs 20.599,00.

Suponha que uma determinada população em estudo distribui-se nesses estratos, de acordo
com as quantidades a seguir:

Classe A: 60

Classe B: 90

Classe C: 120

Classe D: 480

Se temos a possibilidade de retirar no total 100 unidades amostrais para analisar o


comportamento de

consumo dessa população, quantas unidades amostrais devem ser retiradas de cada classe,
considerando que o processo de amostragem deve ser estratificado?

Solução:

Total da população

60 + 90 + 120 + 480 = 750 indivíduos.

Como a amostra terá 100 elementos, temos:

100/750 = 0,13=13%.

O fator 0,13 será multiplicado pelas quantidades de elementos de cada classe.

Classe A: 60 . 0,13 = 8 unidades amostrais

Classe B: 90 . 0,13 = 12 unidades amostrais

Classe C: 120 . 0,13 = 16 unidades amostrais

Classe D: 480 . 0,13 = 64 unidades amostrais


4- Identificar o tipo de amostragem utilizado em cada caso.

a) Ao escalar uma comissão para atuar em determinado projeto, uma empresa decidiu
selecionar aleatoriamente 4 pessoas brancas, 3 mulatas e 4 negras.

b) Uma professora escreve o nome de todos os seus alunos em pedaços de papel e coloca
em uma caixa. Depois de misturá-los, realiza o sorteio de 10 nomes.

c) Um administrador de uma sala de cinema faz uma pesquisa com as pessoas que estão na
fila de espera para comprar ingresso e entrevista uma pessoa a cada 10 presentes na fila.

d) Deseja-se selecionar uma amostra de domicílios da cidade do Lobito. As ruas estão

identificadas pelas letras de A a F. As casas de cada rua estão identificadas pelo nome da
rua, seguido por um número. Primeiro foram sorteadas duas ruas (B e F) e depois, foram
selecionados ao acaso 50% dos domicílios de cada rua.

Solução

a) Amostragem estratificada.

b) Amostragem aleatória simples.

c) Amostragem polietápica ou sistémica.

d) Inicialmente, amostragem por conglomerados e depois, uma amostragem aleatória simples.

5- Para cada uma das amostras abaixo, informar o tipo do processo de amostragem:

A - Amostragem probabilística

B - Amostragem não probabilística

Para uma pesquisa sobre os hábitos dos estudantes. Constroi-se uma amostra com o seguinte
procedimento:

( B ) Todos os alunos colegas da escola (tem-se o contácto telefónico e email de todos eles)

A amostra é não probabilística, já que nem todos os elementos da população (estudantes) tem
probabilidade diferente de zero de pertencer à amostra. No caso, os estudantes que não são
colegas tem probabilidade zero de pertencer à amostra.

( B ) Ficar diante da única porta de entrada a abordar todos os meus conhecidos

A amostra é não probabilística, já que nem todos os elementos da população (estudantes) tem
probabilidade diferente de zero de pertencer à amostra. No caso, os estudantes que não são
conhecidos tem probabilidade zero de pertencer à amostra.
( A ) Ficar diante da única porta de entrada da escola e abordar uma em cada 12 pessoas que
entrarem.

A amostra é probabilística, já que todas as pessoas tem probabilidade conhecida e diferente


de zero de pertencer à amostra.

( A ) Conseguir uma lista de todos os alunos das escolas com uma ordenação aleatória, e
selecionar os 20 primeiros da lista.

A amostra é probabilística, já que todos os alunos das escolas têm probabilidade conhecida e
diferente de zero de pertencer à amostra.

( A ) Conseguir uma lista de todos os alunos das escolas em ordem alfabética. Gerar 20
números aleatórios. Selecionar da lista de alunos aqueles que ocupavam posições
equivalentes aos números aleatórios gerados

A amostra é probabilística, já que todos os alunos das escolas têm probabilidade conhecida e
diferente de zero de pertencer à amostra. Este caso se assemelha ao anterior.

6- Em uma empresa que contém 2000 colaboradores, deseja-se fazer uma pesquisa de
satisfação. Quantos colaboradores devem ser entrevistados para o referido estudo?

a) Utilizando a primeira equação, utilizando uma margem de confiabilidade correspondente a


90%, 95% ou 99% e um erro de estimação no intervalo de 1% a 10%.
3%
(obs: ao calcular, deve-se transformar as percentagens em unidades. Por ex.: 3% = 100% =

0,03).

b) Calcular utilizando a segunda equação e um erro amostral tolerável de 2% e 4%.

c) Utilizar o mesmo cálculo para o caso de serem 300.000 colaboradores e comparar o


resultado da primeira aproximação com o resultado final com a aplicação da equação. (obs.:
verificar-se-á que a diferença entre n e n0 é muito ínfima, portanto, se o número de elementos
da população for muito grande, a primeira aproximação do tamanho da amostra já será
suficiente para o processo de pesquisa)
ANEXO III (Exemplo de Cronograma)

SEMANAS

ACTIVIDADES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Escolha do
tema

Pesquisas
sobre o tema

Apresentação
do projecto

Realização do
projecto

Apresentação
de Relatórios
intermédios
(Trimestrais)

Entrega do
relatório

Apresentação
final

Exemplo de um mapa de Gantt


ANEXO IV (Exemplo de Cronograma)

CÓDIGO ACTIVIDADES DURAÇÃO (SEMANAS) PRECEDÊNCIA IMEDIATA

A Escolha do tema 1 -

B Pesquisas sobre o tema 3 A

C Apresentação do Projecto 2 B

D Realização do Projecto 26 C

E Apresentação intermédia (I Trimestre) 1 C

F Apresentação intermédia (II Trimestre) 1 E

G Entrega do trabalho 1 D, F

H Apresentação final 1 G

1 3 2 26 1 Semana 1 Semana

A B C D G H
1 Semana 1 Semana

E F

Exemplo de um diagrama de rede


ANEXO V (Exemplo de Cronograma)

EVENTOS MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO

Pesquisa bibliográfica (colecta


de dados)

Pesquisa empírica (colecta de


dados)

Capítulo 1

Capítulo 2

Conclusões

Introdução
Anexo VI (Exemplo de esquema para orçamento, materiais e apoios)

Ordem Material básico Quantidade Custo Total Apoios

01 Internet

02 Papel

03 Impressão

04 CD

05 Pen drive

06 Serviços gráficos

07 Encadernação

Total

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