Você está na página 1de 39

Disciplina Psicodiagnóstico

Teste Gestáltico Pirâmides Coloridas de


Visomotor de Bender Pfister
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Instrução

1. Eu vou lhe mostrar estes cartões, um de cada vez.


2. Cada cartão tem um desenho simples.
3. Gostaria que copiasse o desenho no papel, o
melhor para você.
4. Traballhe da maneira que for melhor para você.
5. Este não é um teste de habilidade artística, mas
tente copiar tão exatamente quanto for possível.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

O teste Gestáltico Visomotor foi criado por Lauretta


Bender em 1938, tendo como referência a série de 30
desenhos elaborados por Wertheimer em 1923. O trabalho
de Wertheimer teve como base os princípios da Psicologia
da Gestalt – leis de organização perceptual.

Foram selecionadas por Bender 9 figuras consideradas


como as mais representativas para avaliar especialmente
o que se refere à função pela qual o indivíduo responde
gestalticamente a uma série de estímulos.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

A premissa do teste é de que o comportamento


Visomotor é uma habilidade, sendo que a
mensuração da maturidade percepto-motora
poderia ser obtida pelo uso de padrões com
diferentes graus de complexidade e princípios de
organização.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Isso porque ver e reproduzir desenhos não é uma


tarefa simples de aprendizagem, pois tanto a
percepção dos estímulos quanto a resposta
podem envolver o funcionamento neurocerebral,
além de uma multiplicidade de fatores
emocionais.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Koppitz (1989) ressalta que, para Bender, essa


função gestaltica está associada a diversas funções
intelectuais, tais como percepção visual, habilidade
motora manual, conceitos temporais e espaciais e
organização ou representação.

Essa representação (por princípios biológicos ou de


ação sensório-motora) podem variar de invidíduo para
indivíduo, em razão do padrão de desenvolvimento de
cada um, bem como de eventuais alterações
patológicas funcionais ou orgânicas.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Paim (1992) afirma que aos 6 anos a percepção


visual permite a elaboração de laçadas e linhas, de
forma que a criança já é capaz de reproduzir
corretamente as Figuras A, 1, 4 e 5. Aos 7 anos, a
criança faz linhas oblíquas nas Figuras A e 8, assim
como une subpartes mais satisfatoriamente.
O refinamento dos pontos e os contornos mais
uniformes acontecem aos 8 anos, enquanto aos 10
anos, os hexágonos são realizados com êxito.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

O trabalho de Bender permitiu que muitos outros


estudos fossem desenvolvidos, o que era
necessário, considerando que ela usava os
cartões com finalidade clínica e, por isso, não
criou um sistema objetivo de correção que
atribuisse pontuações aos desenhos, mas
avaliou-os apenas de maneira qualitativa (Bender,
1955)
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Quanto aos principais sistemas de correção


criados, Field, Bolton e Danna (1982) destacaram
que embora não sejam poucos os sistemas de
correção propostos, há que se destacar que
muitos deles não são aplicados aos protocolos de
crianças, o que justificaria o aumento de outros
estudos que abordam essa população.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Para Cunha (2008), antes de administrar o


Bender, é importante que o psicólogo tenha em
mente por que pretende fazê-lo, porque a
resposta vai determinar qual o método ou o
sistema escolhido para exame do protocolo, com
o que pode ser definido qual material mais
adequado.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Os aspectos a serem analisados nas cópias das


crianças e uma breve descrição dos critérios de
Koppitz (1975), são:
Por distorção de forma entende-se ao desrespeito
aos aspectos estruturais do desenho, de modo tal
que pontos, linhas, retas e curvas e ângulos são
desenhados sem precisão.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

A integração (ou desintegração) refere-se à perda


da confirugação, seja por fracasso na união das
partes, omissão, acréscimo, substituição dos
elementos, seja por perda da posição relativa ou
modificação dos aspectos estruturais da figura.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

A rotação diz respeito à modificação da


orientação do desenho em relação ao estímulo.
É considerada rotação quando há alteração de
45° ou mais no eixo da figura.
Finalmente, a preservação está presente quando
há aumento do número de elementos desenhados
em comparação com a firuga apresentada.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Segundo Cunha (2008) os pressupostos básicos para


a aplicação em adultos indicam que:
1 – O protocolo, como um todo, fornece a impressão
sobre o desempenho do sujeito (recursos de controle
dos impulsos, manejo da ansiedade e da
agressividade e método de abordagem dos
problemas), conforme Pascal e Suttell (1951) bom
ajustamento a se associar com uma impressão de
coerência e de integração, enquanto mau
ajustamento emocional se relaciona com má
qualidade.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Segundo Cunha (2008) os pressupostos básicos para


a aplicação em adultos indicam que:
2 – O papel representa o microcosmo espacial do
sujeito, e sua maneira de lidar com o mesmo pode
refletir seu estilo de adaptação e defesa em seu
espaço vital, que incluem polaridades como
impulsividade-restrição, expansão-constrição,
plasticidade-oposição (Brown, 1967) ou em outras
palavras a abordagem do sujeito é a mesma que
assume diante de seu mundo.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender

Segundo Cunha (2008) os pressupostos básicos


para a aplicação em adultos indicam que:
3 – Alguns significados simbólicos são quase
universais (circulo = feminino, quadrado =
masculino) mas outros resultam de investigações
com grupos específicos, cujas características
podem não ser idênticas às do sujeito. A
aplicabilidade irá variar em função do sujeito.
Disciplina Psicodiagnóstico

Bender
Objetivo
Avaliar a maturação percepto-motora por meio da analise da
distorção de forma. A aplicação implica a atribuição de uma
nota de 0 até 3 para a reprodução gráfica dos 9 modelos de
Bender.
População
Crianças de 6 a 10 anos
Material
Folha de resposta e lápis preto, não sendo permitido borrachas
ou material de apoio tipo régua.
Aplicação
Individual ou coletiva. Em média dura 15 minutos.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

O teste tem sido considerado confiável e útil como


auxiliar nos processos psicodiagnósticos.
Cabe lembrar que as avaliações psicológicas não
devem ser fundamentadas em um único instrumento
e as hipóteses relativas aos dados obtidos com cada
instrumento não podem ser reificadas e alçadas ao
patamar da verdade sem o devido confronto e
integração dinâmica com outras informações
relevantes sobre a pessoa examinada.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Histórico
Max Pfister, nasceu em Zurique, tinha dons
artísticos e apoio-se nas impressões subjetivas
que as cores produziam nas pessoas e as
tornavam mais ou menos atraentes (agradáveis).
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Considerações sobre as bases culturais, teóricas


e científicas que fundamentam a técnica.

A cor sempre esteve presente nas manifestações


culturais. Em todas as culturas, as cores têm
participado de manifestãções artísticas e
religiosas, com atribuições simbólicas que muitas
vezes são comuns e que repetem pelos anos.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Considerações sobre as bases culturais, teóricas e


científicas que fundamentam a técnica.

A cor azul mantém conotação de cor fria e profunda,


ligada ao pensamento, à divagação e à introversão. O
vermelho aparece como a cor do instinto e da paixão,
o amarelo da expensão e vigor e também da
infidelidade ou não-solidariedade, o verde como cor
de síntese, humana, do despertar da vida, etc...
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Considerações sobre as bases culturais, teóricas


e científicas que fundamentam a técnica.

Isaac Newton propôs as primeiras teorias sobre a


cor como um fenômeno físico. A ideia mais
importante vem da observação de que as cores
estão na luz e não nos objetos.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister


Considerações sobre as bases culturais, teóricas e científicas
que fundamentam a técnica.

Para Pfister as cores frias e quentes induzem a estados


emocionais que correspondem à intensidade do estímulo.
 Cores quentes – estados emocionais ou afetivos mais
estimulantes, de elação ou excitação.
 Cores frias – estados mais calmos e tranquilos.
 Ondas curtas e de alta frequencia do espectro luminoso,
somos iritados (vermelho, laranja, amarelo).
 Ondas longas de baixa vibração (azul, verde, violeta),
menos irritados.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Material, Aplicação e Registros

 Jogo com quadrículos coloridos de 10 cores,


subdivididas em 24 matizes ou tonalidades,
havendo no mínimo 45 unidades de cada tom.
 3 cartelas contendo o esquema de pirâmides.
 Folha de protocolo.
 Mostruário de cores.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Preparação para a prova

A técnica pode ser usada com crianças a partir de


7 anos até idosos e indivíduos com transtornos
mentais leves ou graves, devendo ser excluidas
apenas pessoas com deficiência para distinguir
cores.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Instruções
Aqui temos uma quantidade de papeizinhos com
cores e tonalidades diversas (espalhar na mesa), e o
esquema de pirâmides (mostrar o primeiro cartão),
Cobrindo os espaços da pirâmide obtem-se uma
pirâmide colorida. Faça do jeito que quiser usando a
cor que desejar.
Deve-se anotar tudo o que a pessoa faz.
Ao final da execução da tarefa fazer as perguntas que
estão no protocolo.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Modo de execução →

Modo de colocação →

Aspecto formal →

Sinais especiais →
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister


Análise dos resultados

Cores:

Cores por duplas:

Síndromes cromáticas:

normal  estímulo  fria  incolor  dinamismo 

outras 
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados

Fórmula cromática Modo de colocação →

Variação de cores & Variação de matizes :


Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Verde – a mais empregada no teste, é considerado a
cor que mais se relaciona à esfera do contato e dos
relacionamentos afetivos e sociais. Foi chamada a
cor do insight e da empatia, significando com isso
aptidão para compreender uma situação de forma
intelectual e emocional simultaneamente e também
poder compreender o outro em profundidade.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Azul – a cor está relacionada com a capacidade
de controle e aptidão, mas depende das
tonalidades ou quantidades, assumirá um caráter
mais negativo ou mais positivo.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Vermelho– é representante de estados mais
excitados e está ligado à extroversão, à
irritabilidade, à impulsividade e à agressividade.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Amarelo– Indicaria mais propriamente uma
extroversão mais bem canalizada e mais
adaptada ao ambiente.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Laranja – tradicionalmente, o laranja é
interpretado como cor que representa a ambição,
anseios de produção e desejo de fazer-se valer
pela produtividade.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Marrom – cor menos frequente no teste, também
relacionada a extroversão, vinculada à esfera
mais primitiva dos impulsos e uma disposição
para descargas mais intensas ou violentas.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
violeta – ligada a tensão e ansiedade,
principalmente em função da sua composição,
mescla azul e vermelho, cores antagônicas
quanto ao significado.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Preto – Culturalmente a cor das solenidades. Luto
e tristeza, não se pode vincular à depressão. Faz
parte das cores acromáticas, representa antes de
tudo negação a cor, mais representativo da
repressão ou inibição.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Branco – entre as cores acromáticas, representa
anulação ou diluição das cores, ao contrário do
preto que representa negação. Atribui-se ao
branco o sentido de vazio, de fragilidade
estrutural e de estabilidade precária.
Disciplina Psicodiagnóstico

Pirâmides Coloridas de Pfister

Análise dos resultados


Cores
Cinza – na literatura o cinza teria um significado
abrangente de carência afetiva e sentimento de
vazio, como também de ansiedade, insegurança
e repressão dos afetos.

Você também pode gostar