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História de Lanling: Amagiris

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Amana Amagiri Kashimo Amagiri


“A Mãe” “O Pai”
[•••]

‴ “Uma maldição nasce amaldiçoada” Irônico, não algo como “mágico” mas eu
digo em como Lithium acaba com você ao ponto de se sentir sem valor. ‴
-Garota em vermelho.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀•⠀Em uma floresta de bambus caminha uma garota trajando um


kimono vermelho, segurando em sua mão uma faca que era muito utilizada em
combates e assassinatos, era como um fantasma que caminhava pela chuva é a
névoa. Mas, algo estava incomodando ela, algo em seu peito, a angústia é a tristeza
persistente em sua vida até agora.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Sua realidade foi completamente oposta de seus sonhos, sonhos de


felicidade ao ir para lugares e ambientes diferentes, uma família em sua presença,
sem ser prejudicada ou apontar dedos para si, é todos os finais felizes que os contos
e livros que lia fossem refletir em sua vida, algum evento semelhante, mas nada foi o
que desejava.

Desvalorizada por pessoas em sua volta ao ser chamada de “Fraca” é “Mais uma
falha”, seu clã não esperava que uma garota fosse ser capaz de ter a benção dos
olhos assim como antes foi sua mãe.

— Eu não ligo em ter esses tais olhos, não busco nem mesmo por eles para não dar
satisfação para esses idiotas. — A garota resmungou mesmo estando sozinha.
Ela notava os olhares de irritação e impaciência, irritação pelo fato de que ela não era
a portadora dos olhos, impaciência pelo fato que para terem outra chance de um
garoto adquirir os olhos precisavam esperar. Se haver alguém — que com certeza
haveria em Lithium e suas leis contra as mulheres — pensando em fazer algo horrível
contra a vontade da garota, então deveriam estar preparados para serem mortos
pelas mãos de seu pai, desaparecendo com esses seus malditos pensamentos
perversos.

— Mas por quanto tempo eu devo lidar com isso? Se tentarem fazer algo contra mim,
eu já não sei mais o que fazer… e nada que eu faça vai me tirar desse inferno. —
Continuou a caminhar pela floresta ao estar a ponto de chorar em meio de sua
angústia. — …Porque eu não nasci menino?

Em meio a sua angústia ela se lembrava das pessoas em sua volta, um


momento, o julgamento em suas vozes ecoando em sua cabeça.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ • • •

— Já era de se esperar, a garota não dá um sinal dos olhos nem mesmo aos seus 18
anos! Estamos precisando imediatamente dos olhos, vários de nossos homens
morrendo disputando por terra é nada dela ser uma portadora! — Um homem que
liderava uma tropa do clã estaria em fúria em frente a alguns membros que
compareceram à reunião em sua guilda.
— Muito deles já cometendo Seppuku, outros tendo a coragem de voltar mesmo
após as derrotas humilhantes que temos uma atrás da outra! — Um dos líderes
bateu na mesa em furia. — E por fim outros que estão aproveitando é fugindo para
evitarem de serem pegos por nós, invés de querer morrerem ou se tornarem
melhores soldados por nossas mãos acham que podem fugir é viver outro tipo de
vida, covardes. — A expressão de fúria só aumentava, toda a sala estava em fúria
com as derrotas incessantes que estavam tendo.

— …Tem certeza de manter ainda essa garota por aqui? Sugiro que podemos
reavaliar essa mentalidade dela e trocá-la por uma melhor. —

— Isso por acaso mudaria o fato de que ela ainda não conseguiria adquirir os olhos?
Por mim a alma precisa ser uma novinha em folha, então… se termos a chance de
ela ter um garoto agora então daqui a alguns poucos anos teríamos um portador
sem precisar ela fazer 100 anos de idade. — Outro capitão fez uma sugestão onde
uma gargalhada abafada soltou. — Posso até me oferecer ao serviço.
— Calma Uzuki…Consideramos isso, mas vamos dar um tempo, tanto pelo fato de
Kokutou estar sendo candidato a líder. Não precisamos causar mais um furdúncio em
sua vida, caso seja rejeitado talvez teremos que fazer algo a respeito sobre sua filha,
Amana. — Dando a entender que estaria deixando essa opção de lado no momento,
Um dos líderes se levantou de sua cadeira e caminhou até a saída da sala de
reunião.

De repente ao abrir a porta podia notar uma das empregadas de cabelo castanho
passando por perto, onde a mesma cumprimentou brevemente o líder e continuou
seu caminho. Não notando nada estranho, mas vendo que ao lado dela estaria a
garota de 18 anos, Amana, ao lado dela.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ • • •

⠀⠀⠀•⠀A Garota de vermelho continuou a caminhar pelo caminho de pedra, debaixo


da chuva que passava entre os bambus, encharcando sua roupa e deixando seu
cabelo em frente aos seus olhos. Durante aquela caminhada noturna ela refletia
sobre tudo em sua vida, como estava a caminho de um caminho onde sua vida seria
o inferno, nascer mulher já era considerado um crime e era incapaz de se provar.
Fingindo ser um garoto não funcionava, nada que poderia fazer iria trazer algum
resultado diferente que recebia.
— …Já basta… estou cansada… no fim eles vão ganhar tudo que querem e eu…
sumirei… sem nem mesmo poder sentir o que é viver… já basta. — Ao continuar a
caminhar pelo local, a garota de vermelho se deparou com uma rua silenciosa
iluminada pelos demais postes. Foi assim que ela levou seu olhar até suas mãos
notando o puro vermelho iguais a suas roupas em sua pele pálida, escorrendo até as
palmas de suas mãos que tremiam.

— Me sentir tão distante de meu próprio pai… por qual motivo ele trabalha tanto para
ser líder desses cretinos? Continuar essas idealidades deles? Ele ao menos…
poderia me dizer… mas porque ele se tornou tão distante de mim? — Continuou a
olhar para suas mãos, onde seus olhos perdiam seu brilho de pouco em pouco.

— Eu sou uma falha… uma desgraça… eu tomei o lugar da mamãe… invés de ser
um garoto fui eu… — Lágrimas desciam do rosto da garota, algo difícil de notar por
conta da chuva.
A Garota em vermelho levantou sua mão que estava segurando sua faca
ensanguentada, o mesmo sangue dos seus braços que escorriam até a palma de
sua mão, o sentimento de que tudo que faria liderava em sua morte não importa as
suas escolhas era sufocante é incomodante.
— …Tá… tudo bem… eu acho que será melhor assim. — Em sua voz baixa,
melancólica, mirando a faca em si mesmo. — Desse jeito não terão a satisfação de
obterem um portador daqueles olhos… é assim… descansarei… talvez outra chance
de ter uma vida melhor… seja lá… quem me ouvir. — Aproximou sua faca de sua
garganta, o medo de tirar sua vida tomando conta enquanto a lâmina fazia seu
sangue escorrer só de fazer um pequeno corte ao encostar.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Luz.

Mas não era uma luz de salvação, era de um carro comum passando pela rua.

Mas… A garota sentiu fraqueza em suas pernas…

Era seu corpo desistindo?

Ela já estava desistindo, será que isso é de sua consciência?


— Mas… meu pai- — Os olhos da garota acabavam por ficar vazios, suas mãos
parando de tremer, sua mentalidade antes que era forte enfraqueceu por
completo.

— …Não vai dar mais para correr para o seu perdão?

As pernas da garota se enfraqueceram, jogada para trás no momento em que


notava o carro estar perto o suficiente para chocar contra ela e acabar com sua
vida imediatamente, mas… parecia que sua mão tremia por um curto segundo.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ • • •

[•••]

‴Uma maldição, em um império abaixo da lua impossível para esse gênero


viver. mas, portadora de um poder de sua linhagem, Com a percepção da vida,
morte é alma.‴
-Amana Amagiri

⠀⠀⠀•⠀Amagiris, um clã de assassinos e caçadores de elite que residem em Lithium.


Com a especialidade de ficarem cada vez mais fortes ao ficarem mais velhos e
utilizar de um vazio da raiz — Como local semelhante a um buraco negro em suas
mentalidades. — e trazer isso a realidade como um poder. Porém, há algo de
especial dentro do clã dos Amagiris, a herança da família principal dentre as
maldições do clã, algo que acreditam ser a bênção dada e feita somente entre
eles, nomeado....

Olhos Místicos da Percepção da Morte.


⠀⠀⠀•⠀O nome dela é Amana Amagiri, filha do homem principal da família
do clã, o seu pai Kokutou Amagiri. Muitos achavam que uma mulher não era
capaz e digna de herdar os olhos, aquilo era como uma arma principal em
suas guerras é achavam que uma mulher era incapaz de usufruir do poder,
querendo o cedo possível uma nova cria e herdeiro para herdar os olhos
possivelmente, presa na sua bolha chamada seu quarto é a deixando omitida
do mundo a fora em sua infância. Uma “princesinha adormecida até seus
20” revelou muito mais do que simples trazer a morte de alguém.

A Mente é tudo para os Amagiri, A de Amana se expandia muito além do


pico da borda, aqueles homens pensavam com uma mente tão fechada
comparada a garota, conseguir só ver a morte não era o que aqueles olhos
simplesmente faziam… Revelar mágoa da alma, do passado, do medo.

— ‘Mana, o que você está fazendo aqui fora? — O Pai estaria voltando para casa.
— Vindo te dar boas-vindas, você ficou fora por muito tempo, pai! — A Garota riu ao
correr para fora abraçar seu pai.
Ato 0: Abrindo os olhos.

[•••]

⠀⠀⠀•⠀O nome dele é Kokutou Amagiri, pai de Amana é um dos líderes dos
Amagiris, um dos importantes pilares dessa família. Para um dos líderes ele era
igualmente rigoroso é frio em suas ações, afinal, desde muitos anos atrás até a Era
Edo os Amagiris travavam guerras por territórios, como em uma partida de Shogi:
“Cada Peça Samurai Amagiri escalava a se promover e evoluir”. Kokutou era
um desses Samurais de seu clã, um simples soldado desde sua adolescência, que
lutou e derramou seu sangue para chegar onde está, ações frias e rigorosas, planos
amplos e profundos, tudo feito às suas mãos ao seu benefício de sobreviver, Seus
motivos era trazer justiça contra tudo que lhe fizeram.

‴ Tudo por aqui é rigoroso, tradições frias e sem paixão, apenas isso. Mas,
Pessoas movidas pela justiça são definitivamente diferentes daquelas
movidas a vingança, justiça pela minha família, minha origem. ‴
⠀⠀⠀•⠀ Kokutou havia se apaixonado por uma mulher de seu clã, apesar de ser uma
pretendente forçada a si ambos tiveram a sorte de se apaixonarem muito antes
dessa escolha dos líderes.
Aos seus 452 anos Kokutou se despediu de sua amada, infelizmente para uma
maldição mulher nada duraria para um longo prazo, foi aos 100 anos que a mãe
da criança se foi, geralmente é nessa idade que o processo de ter uma criança para
obter os olhos místicos acontece. Apesar de ser rigoroso, frio e fechado, Kokutou se
deixava sorrir nos momentos em que estava com quem amava. Antes de mais uma
vez ver que sua Justiça para mudar algo se tornou inútil, mudar todo esse sistema
desse clã de homens rigorosos e perversos.

‴ Apesar de tudo, ela também estava feliz de trazer você à vida. Eu fiquei com
medo de ter uma garota por causa desse lugar, desse império. Mesmo assim,
seja lá qual for o resultado, eu faria de tudo para o seu bem. Amana, é um nome
bonito que ela escolheu para você filha. ‴

⠀⠀⠀•⠀ Amana é uma garota inteligente, sua mente é extraordinária, já agia como
alguém crescida aos seus 7 anos, ama ler contos de fadas para qualquer um,
sempre em busca de saber sobre algo novo. Muitos do clã já sabiam sobre a
existência dessa garota, e suas opiniões… Meu sangue borbulhava.
“Ela não passa nem perto de ser digna de portar os olhos”
⠀⠀⠀•⠀ Mas cada Amagiri tem uma forma de pensamento, seja sua capacidade
abnormal ou inferior a um outro, mas vezes parece até uma colmeia — Cada
pensamento, semelhante, conectado. — Não me importa, fiz de tudo para proteger
Amana, Se ela for a portadora dos olhos ou não que seja, a realidade nesse lugar
lá fora não tem piedade com garotas e nem mulheres. Providenciei a ela tudo que
podia, queria fazer tempo para poder vê-la, mas isso agora não se encaixava na
hora… proteger minha família é prioridade, não posso perdê-la assim como eu
perdi tudo antes.

‴ Preciso me tornar líder para tirá-la desse lugar, Lithium, Pelo bem dela antes
que tudo seja retirado de mim mais uma vez!‴

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ • • •
Barulhos de pessoas passando pela porta, o som constante de algo apitando em
alguns intervalos: Beep… Beep… Beep… Beep.

A garota começou abrir seus olhos de pouco em pouco, tentando levantar a sua
cabeça mas se sentindo fraca demais no momento, ainda não conseguindo
raciocinar direito onde estaria.
— …Ah- — Grunhidos, apenas grunhidos saia de sua boca, tentava falar mas um
som não saia devido ao fato de se sentir fraca, era difícil até mesmo falar.

Ao continuar a olhar à sua volta notou que estava em uma sala de hospital, deitada
em uma cama ao lado de várias máquinas conectadas em si. Sua memória ainda
estava enevoada, não conseguindo se lembrar no momento mas de pouco em
pouco estava raciocinando melhor.

Enquanto a garota olhava para o calendário se informando de quanto tempo passou


ela acabava por notar que haviam se passado 2 anos, dois anos antes de… antes
de… o que?
— Ah… — Seus olhos se arregalaram ao notar algo em sua vista, coçando seu
rosto, mas ainda estavam lá… essas…
— A senhora Amagiri acordou! — Uma enfermeira que havia ouvido os grunhidos
da garota exclamou.
Ao ser levantada é estando em sua presença estaria três pessoas em sua volta, um
médico e duas enfermeiras, que estariam conversando com a garota sobre como
ela estava se sentindo.
— Ah… Ah- — A Garota arregalou os olhos ao estar vendo algo estranho acontecer
com os três em sua visão, não sabia o que estaria acontecendo.

Despedaçando, separando, O vermelho, por todo local, até nas paredes,


despedaçando, despedaçando, despedaçando!
— Senhora Amagiri? — O médico tentou chamar sua atenção, ao ver que ela
estava distraída com algo.

Ela entendeu… entrando em contato com a morte ela adquiriu eles: A


Percepção.
Ato 1: Amana Amagiri.
⠀⠀⠀•⠀82 anos se passaram, hoje completo 100 anos. Aprendi muito sobre esse
clã, suas proezas, suas artes, suas técnicas, de descobrir esse mistério todo que há
em cada ser por aqui. Pensavam que eu, a portadora dos olhos, agiria feito uma
estátua para não se aventurar e descobrir sobre tudo aqui? Esses homens com
mentes fechadas, não vou deixar que minha mente se limite a só uma função.

Amagiris, O “magi” no nome, significando Magia, é importante no nascimento de um


ter mentes, melhor ainda quando se tem dupla personalidade, duas mentes em
uma. Alguns tendem a utilizar magia através de suas mentes, em conjunto quanto
mais ampla for sua mente mais espaço há nela é mais magia e guardada, assim
técnicas amaldiçoadas de nível adequado a essas mentes são feitas como um
poder imaginativo. Com isso eles gravam essas técnicas em suas mentes e
tendem a repassar para mente de outros: “Poderes imaginativos são facilmente
manejáveis, a imaginação aqui é fertil.
⠀⠀⠀Descobrir esses mistérios desses assassinos yakuzas é fichinha quando se tem
algo que eles rezavam para ter.

⠀⠀⠀⠀Amana estava sentada dentro da guilda em cima de seus joelhos com sua
espada sobre seu colo, reunida com vários membros do clã em sua frente já que
estaria em um santuário. Várias pessoas se aproximando, outras se reverenciado
em frente a ela, algumas empregadas e empregados servindo ela. Não é por nada
que cultivaram essa garota por tanto tempo, valorizam bastante ela graças ao seus
olhos.
Amana: ( Se eu me focar bem consigo analisar tudo, cada mentalidade mais forte
que a outra… tudo caindo na palma na minha mão graças a esses olhos, tão
diabolicamente bom )
Um sorriso diabólico apareceu no rosto da portadora, chamando a atenção de
alguns empregados e empregadas que estavam servindo ela.

— Senhorita,está tudo bem? A senhora está mais uma vez fazendo essa cara, está
desapontada com algo? — Uma empregada perguntou, parecendo visivelmente
preocupada com o sorriso repentino dela.

Amana: — Ah, tá tudo bem! Estou satisfeita por hoje, muito obrigada. — Dispensou
a empregada, voltando a olhar para os demais assassinos do clã que vivem disso.

⠀⠀⠀•⠀A mente e psicológico é algo importante, já ouvi histórias de que a punição só


de falhar, como exemplo: uma missão, é a destruição da mente e psicológico
para cultivar uma nova mais forte, e graças a isso as técnicas de um Amagiri
evolui a grande níveis. Alguns traumas são feitos para tornar a capacidade mental,
o cérebro, e psicológico de um mais resistente e eficiente.

Amana: — ( Agora estamos em japão, estou mais livre e satisfeita depois do


acidente. Meu pai fez questão de ganhar e fez de tudo para aceitarem me deixar
levar para cá.) — Levou seu olhar até suas mãos pálidas, passando a deixá-las
sobre seu colo. — Parece que no final ele estava tentando me proteger… ele se
arrependeu tanto de não ter estado presente quando precisava… ele voltou a cuidar
de mim como se fosse uma criança até. — Levantou um pequeno sorriso, mas se
sentindo culpada de fazer algo brusco antes de descobrir que seu pai estava
tentando salvá-la.

— Eu ainda não sei como me sentir, de uma forma eu descobri que entrar em
contato com a morte despertou esses olhos… mas, eu estava tão disposta a desistir
antes… me sinto mal pelo susto que dei em meu pai… — Suspirou, desabafando
seus pensamentos em voz baixa já que não ansiava por esse olhos antes para ter
sua validação como pessoa.

Porém, seus pensamentos acabavam por ser interrompidos com passos em sua
direção
— Senhora Amagiri Amana, os líderes estão precisando da presença da senhora na
sala de reuniões. Algo importante precisa ser avisado para a senhora, por favor
venha. — Dois homens com armaduras — exceto qual falava com ela estaria sem
capacete — pediu a portadora de segui-los para sala de reunião onde se
encontraria com os líderes e oficiais.

⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ • • • ⠀ ⠀ ⠀

⠀ ⠀ ⠀ • Após a reunião, Amana estaria agora em seu quarto retirando o aplique de


seu cabelo, enquanto se olhava no espelho notava a expressão de desgosto e raiva
que estava em seu rosto, retirando também seu kimono onde olhou para seu corpo.
— 100 anos faço… obviamente estão cogitando me fazer casar com alguém, que
droga! Isso era pra eu escolher é não eles escolherem por mim! — Ao remover tudo
em seu corpo, a mulher botou seus pijamas, o qual consistia de uma bermuda
branca curta e um top azul.

— Pai, você entendeu que eu queria amar de verdade? Tsk, por favor… “Creio
que isso seja mais seguro para você querida” — Imitou a voz de seu pai ao
relembrar de suas palavras, se calando ao comer seu sorvete. Já acreditava no fato
que seu pai não confiava bastante em outros então pensava que essa tradição do
clã poderia dar certo para ela assim como deu a ele.
Ao levar seu olhar para fora enquanto ainda estava com o pijama em suas mãos a
garota começou a pensar, é uma noite livre hoje, uma noite onde muitos se
preocupam com si mesmo, talvez pelo fato de ter saído antes sozinha não
confiavam muito em suas escolhas mas pelo menos hoje é diferente, já tenho a
confiança mínima para não precisarem me observar a noite, será ótimo ir para
uma aventura rápida
— Vou provar pra vocês, irei descobrir sobre amor agora mesmo! — A Garota se
levantou da cama, pegando em seu armário um kimono e alguns outros acessórios
do conjunto. — Chega de ficar presa aqui, hora de viver! — Ao terminar de
arrumar a maldição, se aproximou da janela e pulou dela após ter certeza que não
havia nenhuma presença em volta.

Com seu kimono rosado de sakuras, Amana foi em busca de uma nova vida, fora
de sua pequena bolha, em esperanças de achar o que ansiava em sua vida.
— Talvez tenha um bom lugar na cidade, aquele clube… talvez seja um bom lugar
para visitar!
Ato 2: Aquela aventura, os seus desejos.

⠀⠀ ⠀ ⠀ • Chegando em frente ao local a garota passou a olhar para o


estabelecimento em sua frente, uma fila de pessoas com alguns casais com
roupas exóticas chamou sua atenção, ao caminhar é participar da fila notou alguns
casais falando bem de sua roupa. Várias das outras mulheres estavam com
kimonos é com bastante maquiagem pelo seus rostos, Amana acabou por receber
autorização a entrar dentro do estabelecimento chamado: Clube Amora

⠀⠀ ⠀ ⠀ • A mulher de kimono se deparou com vários eventos durantes os poucos


segundos que adentrou no estabelecimento: casais posando seus lábios na pele de
seus parceiros e parceiras, mulheres com roupas “divertidas” bailando com
habilidade sobre um poste, é pessoas ingerindo bebidas coloridas é com aromas
fortes
— ( Eu não esperava que a coisa real fosse tão intensa assim! Eu já li tantas
vezes em livros sobre esses comportamentos, em até drama tem algo assim, mas
só de olhar é algo totalmente diferente do que foi escrito. ) — Levou sua mão
esquerda até sua boca onde sua expressão estaria de surpresa é vergonha ao estar
vendo com seus olhos como era a realidade.
A mulher de kimono andou sem planos em mente, esbarrando em algumas
pessoas que dançavam ou comemoravam quando uma dançarina aparecia.
⠀⠀ ⠀ ⠀ — Com licença… licencinha… ( Porque estão todos em um só local? ) —
Pedia suas licenças para a plateia que se rodeava pelo palco, quase que falando
para dentro já que estaria envergonhada de interagir com outras pessoas, parecia
que toda sua confiança e extravagância que tinha em sua casa abaixava por 90%
ao estar naquele local.

E então, a música mudava: uma batida forte que fazia todo mundo saber quem
estavam lidando, o som de um microfone levando duas batidas soou pelo local é por
fim veio uma voz animada é energizada apresentando o show.

— FALA AI!!! Mais um show para vocês meus amados é minhas amadas, está
na hora de jogar essas notas guardadas no seu bolso porque vai começar o show!!!

— ( …Eu não consigo ver, quem é que está- ) — Uma interrupção em seus
pensamentos.

— Ah mas olha só, essa gracinha aqui, colírio para os meus olhos. — De repente
dois homens com seus ternos desajeitados, puxados, parecendo até mesmo
bêbados se aproximaram da mulher de kimono.

— Ah.. eh… Com licença. ( Esses dois estão cheirando forte, eles estão bêbados
com certeza! Melhor eu evitar problemas. ) — Ao tentar se afastar um dos homens
acabava por segurar em seu ombro, cambaleando um pouco pra frente ao parar ela
de ir embora.

— Gatinha vem passar um tempo com a gente, isso daqui é das boas olha tira
todo o estresse. — O homem começava por puxar a mulher de kimono para perto
dele e aproximava um “cigarro” perto de sua boca, mas, pelo fato de estar bêbado
ele não notava o fato que a expressão da mulher mudava para nojo, ameaça em
seu olhar e puro desconforto.
— Ei vocês dois, parem já agora mesmo! — Antes que Amana fosse fazer algo,
uma voz vinda de uma mulher pele negra e cabelo moreno começou a repreender
os dois homens bêbados para a salvação dela.

— Chega de putaria seus bebuns, aqui na casa da mãe Joana não aceitamos
esse comportamento com mulheres!! — A mulher de pele branca e loira se
juntou à outra, duas energias totalmente opostas uma da outra.

Do palco passando pela plateia veio as duas mulheres com roupas de coelhas,
as quais estavam apresentando o show atual antes de notarem que havia uma
presença de uma mulher bastante chamativa tentando se livrar de ambos os
homens bêbados.
Apesar de levarem uma bronca os homens não soltavam do ombro de Amana,
insistindo com ela onde provocavam ainda mais ela, seus olhos se afiando e sua
agressividade se demonstrando.

— As coelhinhas puderam se juntar a nós, nunca vi essa mulher por aqui então
deve ser uma “novata”. — O Homem bêbado que a segurava começou a aproximar
sua outra mão do ombro dela, sua intenção sendo de puxá-la para mais perto e
encostar seu corpo com o dela… “obviamente você quer morrer né, inútil”

— Ei! — Uma voz de um homem se aproximou por trás de Amana.


— Não ouviram? A bebida entupiu seus ouvidos por acaso… — Uma mão
pegou no pulso do homem, seguida de outra que o empurrou pelo seu peito fazendo
ele se afastar da garota com a força, as coelhas desviando do caminho do homem
que estava cambaleando com um só empurro.
— Rala o pé antes que meu pé que vá expulsar os dois da casa da mãe Joana,
hmph. — Uma figura de penteado desgrenhado e azulado se aproximou do lado
da garota de kimono, olhando para o outro homem bêbado em pé em sua frente.
⠀⠀ ⠀ ⠀ • A Mulher de kimono observou o rosto do azulado, toda sua agressividade
e irritação indo embora no momento que cruzou seu olhar com o dele, achava que
não precisaria de ajuda por um momento, que iria resolver esse problema com as
próprias mãos afinal, mas, acabou que teve alguém para salvá-la no final.

⠀⠀ ⠀ ⠀ • O Homem de cabelo azulado acabou por apontar seu dedo em direção do


homem no chão: Zap… um brilho roxo de algo que parecia ser um rastro de luz se
foi até o homem, fazendo ele saltitar e fugirem antes que fossem atacados mais,
algo inofensivo para acordarem e irem embora de uma vez.
— Bem, agora que isso está resolvido… tudo bem com você senho- ah… — Ao
cruzar olhares com a mulher o homem parecia estar surpreso, até um tanto que
chocado, sua feição se misturou só de olhar para alguém com beleza e até mesmo
parecer familiar. — ( …Essa mulher… ) — Em sua mente o homem questionava de
onde vinha esse rosto.

— Hajimee!! Olha só agindo como um guarda-costas fodão, adorei!! — A Mulher


com roupa de coelho azulado botou sua mão em frente da boca e parecia até ficar
vermelha em suas bochechas. — Hmm? — Porém, ela notava que algo estava
acontecendo entre os dois.

Amana arqueou suas sobrancelhas enquanto ainda estava olhando para o homem,
ouvindo seu nome fazia levantar um sorriso. — Obrigada. — agradeceu a ele, ainda
olhando em seus olhos.

Hajime piscou seus olhos duas vezes, quase parecendo que estava em transe,
onde levou sua mão até a própria nuca e suspirou. — Claro… é… — o azulado
abaixou sua mão, botando elas pelo bolso, parecia até engolir um pouco de seco ao
estar analisando suas roupas por inteiro.
— Você parece nova por aqui, realmente, nunca vi uma mulher tão bela e arrumada
como você por aqui. — O azulado acabava por elogiá-la tão bem, sendo honesto
com o que seus olhos enxergavam.

— ( FLERTE?!?! ) — A Coelha loira acabou por abrir sua boca em choque, quase
saltando do lugar ao ouvir o azulado falar tão bem da mulher.

Por outro lado, a coelha morena parecia ainda sem muitas reações a dar, notando a
sua conhecida ao seu lado saltar em ciúmes acabava por botar sua mão no ombro
dela. — Asuna.

Amana arregalou seus os olhos, o elogio fazia um sorriso se levantar em seu rosto e
suas bochechas ruborizaram. — Obrigada, mas isso não é tão comum por aqui?
— Não, digo… sim é comum, muitas mulheres vem bem arrumadas por aqui
porém… como eu posso dizer, é que isso pode ser até vergonhoso… para eu dizer.
— O Azulado parecia estar procurando palavras para explicar direito, batendo a
ponta do seu pé pelo chão e levando seu olhar para os lados. — ( Como eu posso
dizer isso, Ela é a… como ela está aqui!?! )

— ( HAJIME ESTÁ COM VERGONHA?!?! ) — Estando vendo algo que nunca


pensaria que veria acontecer, aquele homem em sua frente demonstrando vergonha
e confusão.
— ( Asuna… você vai acabar deixando seus olhos saltar pra fora de seu rosto. ) —
A Coelha morena suspirou abraçando ele para que fosse se acalmar.

— Bem, acho que de alguma forma entendo Hajime-san. — Tentou passar


segurança ao azulado vendo que ele estava perdido em suas palavras. — Estou um
pouco perdida no local, realmente é minha primeira vez aqui… estava querendo
algo diferente do meu costume.

— Verdade? Se é sua primeira vez… — A Coelha loira chamada Asuna começou a


falar, levantando um de seus dedos pro ar. — …Acho que devemos dar uma
experiência digna, vamos dar uma primeira impressão para a nossa nova
convidada! — Asuna levantou um sorriso em seu rosto ao parecer animada em
apresentar o lugar para a mulher de kimono.
Amana levou seu olhar para as duas coelhas, levantando um sorriso sutil para elas
também por também fazerem parte de sua salvação. — Quero agradecer vocês
duas também, bom… poderia saber os seus nomes? — Perguntou, enquanto seu
olhar se abaixava vendo as roupas das duas. — ( Isso está chamando muita minha
atenção, até… parece ser divertido usar isso. ) — Levantou seu olhar para o rosto
delas imediatamente antes que fosse pega.

— Meu nome é Ichinose Asuna, pode me chamar de Asuna! Sou a bunny girl que
acerta em cheio em qualquer parte da galera! — Se apresentou a mulher em sua
frente, a loira logo levou suas mãos até a morena ao seu lado. — Sua vez! —

— Claro, meu nome é Kakudate Karin, é um prazer conhecê-la e um alívio que


esteja bem. — A morena parecia ser tanta que seria, mas ainda assim demonstrava
um lado doce.
— Prazer em conhecê-las, meu nome é… Amana, Amana Ama- — De repente foi
interrompido pelo azulado.

— Espere, vamos ir para um lugar mais privado, por favor. — Hajime levou seu
olhar em volta notando que a plateia estaria olhando para eles, mais para as
coelhas que eram as estrelas do lugar. — ( Foi o que eu pensei… Amana… é
melhor nós nos apresentarmos em um lugar mais seguro. ) — O homem estendeu
sua mão para a mulher.

— ( COMO É, PRIVADO!?! ) — Asuna mais uma vez teve um ataque de ciúmes ao


entender de uma forma diferente.

— Você tem razão Hajime, Asuna olhe em sua volta, há um monte de pessoas em
volta e isso seria até uma vergonha para nossa convidada. — Explicou a sua colega
onde em poucos segundos ela entendeu.

— Ah, certo, vamos dar uma acabadinha no show aqui e vamos ir pra… já sei! A
Sala da chefe! — As coelhas começaram a agilizar, chamando a atenção da
plateia.

⠀⠀ ⠀ ⠀ • Assim que Amana segurou a mão de Hajime, ambos começaram a irem


para um local mais recluso, sem serem o centro da atenção, indo para
supostamente a sala que seria da chefe do local.

⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ • • • ⠀ ⠀ ⠀
⠀⠀ ⠀ ⠀ • Com tudo resolvido ao chegarem em frente a uma porta com uma placa
dourada escrita “VIP: Tao” o homem azulado bateu duas vezes na porta,
anunciando sua entrada antes que alguém do outro lado estivesse ocupada, em
alguns segundos ao abrirem Amana se deparou com uma mulher de cabelo
platinado rosado, de traços maduros é um corpo bem proporcionado estaria
sentada em um sofá.

— Hajime… estou cansada por hoje, me deixe sozinha por favor- — Se interrompeu
ao notar que Hajime estaria trazendo uma mulher para dentro. — Hajime? Você…
Hajime? — A mulher cansada de repente levantou sua cabeça, curiosa com o que
estava acontecendo.
— Precisamos de um lugar privado, Tao. — Explicou, antes que ela fosse pensar
coisas erradas sobre sua ações é essa mulher. — Muitos problemas aconteceram lá
pro salão, acabou que viramos o centro de atenção e decidimos vir para cá. —

A mulher se levantou do sofá, soltando seu cigarro de sua boca que não havia
acendido mesmo estando com o isqueiro perto de acendê-lo. Acabando por notar
que enquanto estava perdida em seus pensamentos o barulho da plateia antes era
tão abafado que se tornou tão alto.
— …Estava… ugh, estava um problemão lá fora é eu aqui sentada sem ter feito
algo. — Levou sua mão até sua testa, fechando os olhos e inclinando sua cabeça
para baixo ao achar um erro de sua parte não ter ido resolver esse problema.

Hajime acabou por levar seu olhar até a mulher a qual chamou Tao, levantando um
sorriso sutil até sua colega. — Não fica assim colega, se fosse para você ficar se
preocupando com cada coisa minúscula aí que fica pior pra você. Pelo menos,
desconta uma na minha estadia aqui pela ajuda. — O azulado riu ao estar
acalmando a sua colega, já saberia que ela estava com muita coisa em sua
consciência.

— Hajime… Enfim, agora isso não foi toda a explicação que eu queria. Quem é
essa mulher? — Levou sua atenção até a mulher de kimono.

— Eu estava esperando me apresentar, só esperando que alguém me diga se está


tudo bem agora. — Levou seu olhar até Hajime sorrindo para ele, certamente tendo
uma resposta dele balançando sua cabeça em afirmação. — Meu nome é Amana
Amagiri

⠀⠀ ⠀ ⠀ • O Cômodo ficou em silêncio, a reação de Hajime foi de como suas dúvidas


foram respondidas apenas com o nome dela, onde ele cruzou seus braços apenas.
A reação de Tao era de grande surpresa, a mulher se aproximou em frente a Amana
e botou suas mãos pelos seus ombros.
— O que você está fazendo aqui!! — Em um tom alto perguntou a mulher em sua
frente, confusa até com o fato que Hajime levou alguém como ela para cá. — Não é
só isso… você é a parte mais importante daquele clã, a portadora dos olhos! —
Porque Hajime está junto de uma Amagiri.

Amana permaneceu em silêncio, não saberia o que responder no momento, de


alguma forma seria algo estranho para alguém como ela estar por um local como
esse. Mas, vendo o quanto ela parecia saber do clã, isso deixou-lá curiosa. —
…Sinto algo até estranho nesse homem, como se sua presença já fosse familiar
para mim antes. Mas, você… sabe sobre mim ser uma portadora dos olhos? Uma
“relíquia” a eles?
Hajime se aproximou das duas também, permanecendo ao lado delas, com ela
dizendo que já sentiu ele antes já não teria sentido ficar se escondendo mais.
— Se você já sabe de minha presença então sem dúvidas isso significa uma coisa.
— Descruzou os braços. — Esse nome Hajime seria só um disfarce, Kashimo
Hajime, mas meu último nome real antes era Amagiri também. — Revelou sua
identidade a mulher, isso até responderia o fato de que não queria que ela fosse
revelar esse nome em uma plateia. — Não se preocupe com ela, não há nenhuma
ligação com ela com o seu clã. — Se referiu a Tao.

Amana arregalou os olhos ao ouvir que Kashimo fazia parte do clã Amagiri,
captando até mesmo a sua falando sobre “ser apenas o clã dela”.

Tao soltou Amana e levou seu olhar até Kashimo. — Kashimo, você tem certeza de
ficar falando tudo isso para ela? Ela pode acabar falando essas coisas pros outros
daquele clã, entende o nível do perigo que isso tem? — Perguntou.

— Tá tudo bem, não irei fazer nada disso, na verdade eu vim aqui para poder me
divertir e encontrar algo. — Amana respondeu tentando passar confiança aos
dois. — Eu agradeço muito que Kashimo me salvo daqueles homens, sinto que eu
iria causar um grande problemão se ele ficasse me tocando mais ainda. — Fez uma
pequena reverência ao mais alto.

⠀⠀ ⠀ ⠀ • Ambos Kashimo e Tao olharam um para o outro, Tao visivelmente


estranhando o comportamento da garota ao pensar que algo tão importante pros
Amagiris seria tão amigável e calma assim. Kashimo levantou um pequeno sorriso
em seu rosto e respirou fundo.
— …Vamos nos acalmar, isso ta virando uma montanha russa de emoções então
vamos sentar e conversar. — Sugeriu as duas, Kashimo já estava disposto a confiar
em Amana então tentava passar uma segurança a Tao sobre ela.

Tao balançou sua cabeça em afirmação, aproveitando e levando sua atenção à


mulher em sua frente. — Tudo bem, Sinto muito pela confusão, aliás. Eu devo estar
lhe torturando com tanta coisa sem dar atenção no que aconteceu com você. — Tao
levantou um sorriso sutil e se direcionou a um cooler do quarto. — Vamos se
acalmar, aceita cerveja? — Perguntou segurando uma latinha.

— Bem eu não… na verdade… pode ser! — Balançou a cabeça querendo


experimentar isso.

— ( Espera… ela está aceitando cerveja? Eu devia… não… talvez… ) — Os


pensamentos de Hajime ficaram uma bagunça de repente.

⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ • • • ⠀ ⠀ ⠀
⠀⠀ ⠀ ⠀ • Após terminarem o seu show principal pelo salão do bordel, ambas Karin e
Asuna foram às pressas para se encontrarem com Kashimo e Amana,
principalmente Asuna, a qual estava indo um tanto mais rápida e passando pelas
outras trabalhadoras do local.
— Temos que chegar lá antes que coisinhas aconteçam Karin! Como eu pude me
deixar ficar distraída e esquecer do fato que eles estão lá! — Enquanto segurava a
mão de sua colega ela começava a parecer um tanto que ciumenta de costume.

— …Asuna, eu tenho certeza que a chefe está lá com eles, nada vai estar
acontecendo de estranho obviamente. Aliás, eles acabaram de se conhecer! —
Karin, segurando a mão de sua colega de jeito firme, tentava acalmar esses
grandes ciúmes que ela tinha de Amana com Kashimo.

— …Bem… acho que você tem razão… é que eu fico meia estranha por causa que
‘cê sabe né, coisa de bordel ta ligada, então tudo pode acontecer a qualquer
momento! Mas, acho que ela é muito inocente para isso aconte- — De repente
quando chegou em frente da porta de VIP uma risada um tanto animada pode ser
ouvida e em seguida um som de gemido de um alivio grande, logo depois um tapa
que parecia ser dado em algo como a pele humana.
— ( O QUE TÁ ACONTECENDO! ) — Asuna segurou na maçaneta com força,
levando seu olhar pro teto ao estar pensando em “possibilidades que apenas
aconteciam em bordéis”, visualizando claramente “as imagens”

— Asuna espera- — levantou sua mão tentando pegar o ombro da sua colega.

— Não dá! ENTRANDO!! — Porém Asuna era mais rápida, abrindo a porta para que
sua cabeça não fosse tomada por pensamentos.

⠀⠀ ⠀ ⠀ • De repente, assim que abriu a porta ela se deparou com Amana em cima
do sofá onde ficaria sua chefe, sentada enquanto parecia estar mostrando suas
unhas pintadas de rosa para a sua Chefe Tao. Asuna se surpreendeu ao notar que
sua chefe estaria com um sorriso pelo rosto e rindo junto de Amana, ambas se
dando muito bem de repente ao se conhecerem.

— Ah- Asuna, porque não bateu na porta antes de entrar? — Perguntou ao olhar
para a loira que havia entrado com tudo de repente, até sendo um pequeno susto
para ela também.

— A-A-A T-Tao, desculpe desculpe eu não quis-

— Não se preocupa. — Tao parou com sua pequena bronca para a surpresa de
Asuna, rindo enquanto abanava sua mão como se estivesse “deixando isso de lado”
— Nossa convidada aqui é um espetáculo, Amana-chan é um amor! —
— Tao-sama, está tudo bem com a senhora? — Karin adentrou o quarto, arqueando
uma de suas sobrancelhas ao de repente ver o humor dela tão alto. Ao olhar para
Amana notou que também parecia estar sorridente, parece que ambas estavam
conversando e acabaram por se conhecer melhor. — Onde está o Hajime? —
Perguntou, ao não ver ele junto de Amana.

— Ah, já voltaram. — Ambas olharam para trás se deparando com sua voz e
Kashimo.
⠀⠀ ⠀ ⠀ • Kashimo ao passar para dentro do quarto VIP não parecia tanto surpreso,
na verdade apenas esperava que ambas fossem se acalmar após terem bebido e se
conhecido melhor sem aquele ar de pressão, incerteza, desconfiança e distância. O
Azulado havia saído para buscar uma lata de refrigerante para a Amana que havia
falado que cerveja era amarga e até ruim.
— Estou mais surpreso que ambas se acalmaram agora depois de terem bebido,
todo aquele papo de como se vestiam, do que gostavam, de acessórios a roupas
parece ter melhorado o humor da Tao. — Explicou as duas sobre a situação, ambas
estavam conscientes de como Tao estava um tanto que parada e desmotivada
então essa situação foi até que uma luz para ela. — Aqui está Amana, sabor
abacaxi, uma das suas frutas favoritas né. — Abriu a latinha para ela ao não querer
que ela fosse fazer força, ou pelo menos por parecer estar bêbada para não
conseguir fazer isso.

— Fan-tchan de abacaxi? Eu gosto da fruta mas no refrigerante fica bom? —


Perguntou enquanto pegava na latinha e bebia um pouco. — …Hm… é bom! Muito
obrigado Kashimo-san. — Agradeceu ao azulado, abaixando um pouco sua cabeça
a ele.

— Não há de quer! Vamos deixar formalidades de lado, talvez eu e você seja melhor
de um jeitinho mais livre sabe! — Sugeriu, não iria querer se sentir um chefinho ou
qualquer coisa mais velha para receber suas reverências.

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