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MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 2

Sumário
1 Apresentação ............................................................................................................................. 4

2 Documentação .......................................................................................................................... 4

3 Estratégias de Implantação .............................................................................................. 6

4 Práticas-Chave........................................................................................................................... 8

5 Cerne 1 ......................................................................................................................................... 9

5.1 Sensibilização e Prospecção ............................................................................ 10

5.2 Seleção........................................................................................................................... 25

5.3 Desenvolvimento do Empreendimento........................................................ 35

5.4 Graduação e Relacionamento com Graduadas ................................... 49

5.5 Gerenciamento Básico .......................................................................................... 59

6 Cerne 2 ...................................................................................................................................... 69

6.1 Gestão Estratégica .................................................................................................. 70

6.2 Ampliação de Limites............................................................................................ 76

6.3 Avaliação da Incubadora .................................................................................... 82

7 Cerne 3 ...................................................................................................................................... 89

7.1 Relacionamento Institucional ............................................................................ 90

7.2 Desenvolvimento em Rede ................................................................................. 96

7.3 Responsabilidade Social e Ambiental ...................................................... 105

8 Cerne 4 ................................................................................................................................... 111

8.1 Atuação Internacional ........................................................................................ 112

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1 Apresentação
O processo de implantação do Modelo Cerne em uma incubadora de

empresas traz vários benefícios para a própria incubadora e para as

empresas apoiadas, tais como a redução da variabilidade, a ampliação

da quantidade e da qualidade dos empreendimentos, a melhoria na

transparência e na padronização dos processos e a ampliação da taxa

de sucesso dos empreendimentos.

Considerando-se os benefícios gerados, a implantação do Cerne exige o

comprometimento da equipe de gestão e dos parceiros da incubadora,

uma vez que se trata de um processo de mudança que afeta todas as

dimensões de atuação da incubadora.

Além do comprometimento da equipe e dos parceiros, faz-se necessário

também investir recursos para que a implantação do Cerne seja bem-

sucedida, incluindo a qualificação da equipe de gestão, que será a

condutora do processo de implantação.

É dentro desse contexto que se enquadra o presente documento, cujo

objetivo é sistematizar o processo de implantação do Cerne. Para isso,

serão detalhados os objetivos, os elementos-chave, os exemplos e as

dicas, de maneira a facilitar a implantação e tornar esse processo mais

objetivo.

2 Documentação
Para facilitar a compreensão e divulgação do Cerne, o conteúdo do

modelo está estruturado em três volumes, visando atender a níveis de

detalhamento e públicos-alvo distintos. Em conjunto, esses volumes

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exploram todos os detalhes do modelo, tornando factível a compreensão

e a sua implantação em realidades específicas.

A Figura 1 apresenta as três publicações referentes ao modelo Cerne,

além de especificar o público-alvo a que se destinam e seus objetivos.

Figura 1 - Documentação do Modelo Cerne

O Sumário Executivo tem por objetivo apresentar os princípios, a estrutura

do modelo, a sua lógica de organização e os benefícios que podem ser

alcançados pelas incubadoras a partir da implantação dos processos-

chave e das práticas-chave propostos pelo Modelo Cerne.

O Termo de Referência aborda os princípios, a estrutura e o detalhamento

do modelo Cerne, incluindo a descrição e os elementos-chave de cada

uma das práticas-chave os estágios de evolução de cada uma das

práticas-chave propostas para cada nível de maturidade.

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Por fim, o presente documento, denominado Manual de Implantação,

busca, como citado acima, esclarecer e facilitar o processo de

implantação do Cerne, incluindo os objetivos, os elementos-chave, os

exemplos e as dicas, de maneira a facilitar a implantação e tornar esse

processo mais objetivo.

3 Estratégias de Implantação
O processo de implantação do Cerne segue uma ordem inversa àquela

utilizada para construção do modelo, ou seja, inicia-se pelas “Práticas-

Chave” para garantir que os “Processos-Chave” estejam implantados para

que, no final, a incubadora possa demonstrar que está em um dado nível

de maturidade (Figura 2).

Figura 2 - Estratégia de Implantação do Modelo Cerne

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Com isso, observa-se que o foco da implantação do modelo Cerne é a

prática-chave. Entretanto, como existem muitas práticas-chave, é

importante que se faça um planejamento da ordem de implantação.

Evidentemente, é possível implantar algumas práticas em paralelo, mas

algumas exigem um esforço maior do que as outras.

Nesse sentido, a equipe de gestão da incubadora deve realizar um

criterioso planejamento da implantação do Cerne, de forma a otimizar os

recursos, reduzir o tempo e adequar as práticas-chave às suas

necessidades.

Torna-se importante ressaltar que o planejamento da implantação é o

início de um ciclo conhecido como “Ciclo PDCA”, muito utilizado na

implantação de Sistemas da Qualidade.

Assim, após o planejamento (“Plan” em inglês), passa-se para a fase de

desenvolvimento (“Do” em inglês), ou seja, a implantação da prática; o

próximo passo é controlar (“Check” em inglês) se a implantação atingiu

os objetivos estabelecidos no planejamento; fechando o ciclo, tem-se o

aprimoramento (“Action” em inglês) da prática, que irá alterar o

planejamento inicial, começando um novo ciclo (Figura 3).

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Figura 3 - Ciclo de Implantação das Práticas-Chave do Modelo Cerne

4 Práticas-Chave
Para que o processo de implantação seja bem-sucedido, a equipe de

gestão da incubadora deve compreender claramente os processos-chave

e as práticas-chave a serem implantados. Nesse sentido, os próximos

itens descreverão os aspectos relacionados à implantação dos processos

e das práticas propostos pelo modelo Cerne.

A descrição de cada um dos processos-chave e práticas-chave será feita

nos próximos itens, seguindo a estrutura mostrada na Figura 4:

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Figura 4 - Estrutura de Descrição das Práticas-Chave

 Descrição: faz a apresentação do processo-chave, explicando seu

objetivo e as práticas-chave envolvidas.

 Objetivo: explicita o resultado esperado com a implantação de cada

uma das práticas-chaves de um dado processo-chave.

 Elementos-Chave: informam quais são as ações, métricas,

aprendizado e evidências que a incubadora deve apresentar para

demonstrar a implantação da prática-chave.

 Exemplos: são apresentadas implantações bem-sucedida da prática-

chave em algumas incubadoras.

 Dicas: apresenta orientações e explicações adicionais que auxiliam

a equipe da incubadora na implantação da prática-chave.

5 Cerne 1
O Cerne 1, conforme ressaltado anteriormente, tem como objetivo

profissionalizar o processo de atração, seleção, desenvolvimento e

graduação de empreendimentos inovadores. Para isso, a equipe de gestão

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da incubadora precisa implantar cinco processos-chave, conforme

mostrado na Figura 5.

Figura 5 - Cerne 1: Processos-Chave

Nos itens a seguir, cada um dos processos-chave apresentados na figura

anterior será descrito em detalhes, incluindo as práticas-chave, o objetivo,

os elementos-chave, os exemplos e as dicas.

5.1 Sensibilização e Prospecção

Esse processo-chave envolve a manutenção de um processo documentado

e contínuo para a sensibilização da comunidade com relação ao

empreendedorismo e para a prospecção de novos empreendimentos.

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É importante destacar que, para esse processo-chave estar implantado,

não basta realizar palestras para atrair novas propostas de

empreendimentos. É essencial uma postura proativa do gestor no sentido

de prospectar novos empreendimentos com potencial de alto crescimento

e/ou de alto impacto, sintonizados com as demandas e necessidades do

ecossistema de inovação da região.

Para implantar esse processo-chave, é preciso que o gestor organize três

práticas-chave: a sensibilização, a prospecção e a qualificação de

potenciais empreendedores (Figura 6).

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Figura 6 - Sensibilização e Prospecção: Práticas-Chave

5.1.1 Sensibilização

Descrição

Um dos significados de sensibilizar é “chamar a atenção ou a

concentração de alguma pessoa sobre alguma coisa1”. Esse é


exatamente o objetivo da prática-chave “Sensibilização”, ou seja, chamar

a atenção das pessoas para a oportunidade de empreender e iniciar

o próprio negócio.

1
Fonte: https://www.lexico.pt/sensibilizar/

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Nesse sentido, o gestor precisa coordenar a implantação de ações

para divulgar o empreendedorismo, a inovação e o apoio oferecido

pela incubadora para o maior número possível de pessoas.

O objetivo dessa prática-chave é fazer com que mais propostas de

empreendimentos sejam apresentadas para a incubadora. Entretanto, é

importante ressaltar que a incubadora deve difundir o

empreendedorismo e a inovação na comunidade, mesmo que a maioria

das pessoas não encaminhe propostas para a incubadora.

Essa difusão do empreendedorismo e da inovação é importante porque,

ao desenvolver o seu perfil empreendedor e inovador, as pessoas irão

contribuir de alguma maneira para o desenvolvimento regional, seja

criando um empreendimento (com ou sem o apoio da incubadora), seja

atuando como empreendedor dentro das organizações. Isso está em

sintonia com um dos princípios do Cerne, que é o foco no


desenvolvimento regional.

Objetivo

Ampliar a quantidade e a qualidade das propostas apresentadas à

incubadora.

Elementos-Chave

Ações

O gestor precisa definir como é realizada a sensibilização da

comunidade para o empreendedorismo e a inovação, de maneira a

atrair um maior número de propostas qualificadas para a incubadora.

Nesse sentido, é preciso que a equipe de gestão defina:

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 Público-alvo: é preciso demonstrar que a equipe de gestão

compreende os setores estratégicos para o desenvolvimento

da região por meio da inovação, além do perfil dos

empreendedores e empreendimentos que interessam à

incubadora.

Assim, devem ficar explícitos os setores que são foco da

incubadora (TIC, biotecnologia, eletrônica, dentre outros) e o

tipo e/ou estágio de evolução dos empreendimentos a serem

apoiados (fase de ideia, protótipo, empresa formalizada,

departamento de P&D de empresas estabelecidas, dentre

outros).

 Meios: o objetivo é estabelecer como será feita a sensibilização

no contexto de atuação da incubadora.

 Plano: a equipe de gestão deve elaborar um plano contendo,

pelo menos, as ações de sensibilização a serem realizadas, o

público-alvo, os meios a serem utilizados e a data de

realização.

Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave está gerando

os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica a ser utilizada seja o

número de pessoas sensibilizadas. Entretanto, a equipe de gestão

pode definir métricas adicionais que permitam avaliar os resultados

obtidos.

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Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma avaliação

da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de sensibilização

realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa avaliação

deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como base a

criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de maneira

que os resultados obtidos sejam melhores.

Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a incubadora

promove a difusão do empreendedorismo e da inovação,

evidenciando o meio utilizado e o público-alvo das ações;

 Registros das ações de sensibilização na forma de texto,

gráficos, tabelas, imagens, fotos, vídeos, que demonstrem

claramente a realização das ações definidas no procedimento;

 Plano contendo as ações contendo as ações de sensibilização

a serem realizadas ao longo dos próximos períodos. O

horizonte desse plano (mensal, semestral, anual) deve ser

definido pela equipe de gestão, a partir das especificidades da

incubadora e de seu ecossistema de inovação;

 Registros que demonstrem que as ações previstas no plano

elaborado foram executadas conforme o procedimento

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definido. Quando as ações não tiverem sido realizadas como

previsto, é preciso que sejam explicitados os motivos que

impediram a realização e o que foi feito para garantir que o

resultado esperado fosse alcançado;

 Registro dos resultados obtidos com as ações, utilizando a

métrica (ou métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para melhorar

os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Palestras realizadas semestralmente nos cursos de graduação

das instituições da região.

 Vídeo sobre empreendedorismo e inovação disponível no site da

incubadora.

 Visita de potenciais empreendedores à incubadora.

Dicas

 É importante que sejam executadas ações que estimulem a

geração de empreendimentos de alto impacto, contribuindo para

o aumento no número e na qualidade de propostas com essas

características.

 É importante que sejam executadas ações que estimulem a

geração de empreendimentos com potencial de alto crescimento.

 É importante que os conteúdos utilizados para sensibilização

(apresentação, texto, vídeo) sejam padronizados, de forma a

garantir que a mensagem desejada seja repassada.

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 A diversificação do público-alvo é importante para ampliar a

qualidade das propostas recebidas.

 Utilizar os próprios empreendedores (incubados e graduados)

como “sensibilizadores” é uma estratégia que traz bons

resultados.

 É importante manter um acompanhamento sobre o canal de

comunicação por meio do qual os empreendedores passaram a

conhecer a incubadora (site, palestra, visita, etc.). Isso ajuda a

equipe da incubadora a otimizar os recursos, investindo mais

naqueles canais que tragam melhores resultados.

5.1.2 Prospecção

Descrição

A palavra “prospecção” tem como significado a ação de prospectar ou

pesquisar, sendo um termo do âmbito da geologia que é usado para

descrever os métodos usados para descobrir os filões ou as jazidas

de uma mina.

No contexto da atuação da incubadora, a prospecção trata da busca

ativa por empreendimentos com potencial de alto impacto e alto

crescimento que possam contribuir expressivamente para o

desenvolvimento da região.

Objetivo

Ampliar a quantidade e a qualidade de propostas de empreendimentos

geradas a partir da busca ativa por parte da equipe de gestão.

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Elementos-Chave

Ações

O gestor precisa definir como é realizada a prospecção de novos

empreendimentos inovadores que possam contribuir para o

desenvolvimento da região.

A operacionalização dessa prática pode envolver a busca de

empreendimentos tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da

demanda.

Pelo lado da oferta, a equipe de gestão pode buscar pesquisas,

tecnologias e protótipos que tenham potencial para serem

transformados em negócios de sucesso.

Pelo lado da demanda, a equipe de gestão pode buscar gargalos

tecnológicos de empresas ou demandas da sociedade que possam

ser atendidas por meio da geração de novos empreendimentos.

Nesse sentido, é preciso que a equipe de gestão defina:

 Público-alvo: é preciso definir as fontes (pelo lado da oferta

e/ou pelo lado da demanda) que serão utilizadas pela equipe

de gestão para estimular a geração de potenciais

empreendimentos inovadores;

 Meios: o objetivo é definir como será feita a prospecção no

contexto de atuação da incubadora (reuniões, workshops,

dentre outros);

 Plano: a equipe de gestão deve elaborar um plano contendo,

pelo menos, as ações de prospecção a serem realizadas, o

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público-alvo da ação, os meios a serem utilizados e a data

de realização.

Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave está gerando

os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica a ser utilizada seja o

número de propostas prospectadas. Entretanto, a equipe de gestão

pode definir métricas adicionais que permitam avaliar os resultados

obtidos.

Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

prospecção realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora promove a prospecção de empreendimentos

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inovadores, explicitando o meio utilizado e o público-alvo

da ação;

 Registros na forma de texto, gráficos, tabelas, imagens,

fotos, vídeos, que demonstrem claramente a realização das

ações definidas;

 Plano contendo as ações de prospecção a serem realizadas

ao longo dos próximos períodos. O horizonte desse plano

(mensal, semestral, anual) deve ser definido pela equipe de

gestão a partir das especificidades da incubadora e de seu

ecossistema de inovação;

 Registros que demonstrem que as ações previstas no plano

elaborado foram executadas, seguindo o procedimento

definido. Quando as ações previstas não tiverem sido

realizadas conforme o planejado, é preciso que sejam

explicitados os motivos que impediram a realização e o

que foi feito para garantir que o resultado esperado fosse

alcançado;

 Registro dos resultados obtidos com as ações, utilizando a

métrica (ou métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Workshop com empresas ou associações empresariais para


identificar gargalos tecnológicos, os quais podem ser

transformados em empreendimentos bem-sucedidos.

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 Canal de comunicação com empresas já constituídas (telefone,

e-mail, etc.), de forma a permitir a apresentação de problemas,

os quais podem ser transformados em negócios.

 Reuniões com grupos de pesquisa para identificar ideias

inovadoras ou áreas com potencial para desenvolvimento na

região.

 Concurso (ou prêmio) de ideias de negócios inovadores.

Dicas

 É importante que sejam executadas ações que possibilitem a

geração de empreendimentos de alto impacto, contribuindo para

o aumento no número e na qualidade de propostas com essas

características.

 É importante que sejam executadas ações que estimulem a busca

de empreendimentos com potencial de alto crescimento.

 É importante buscar oportunidades nos setores relevantes para

a economia da região, bem como naqueles que possuem grande

potencial para desenvolvimento.

 A realização de eventos que integrem as empresas, o governo e

os pesquisadores pode ampliar o número de ideias geradas.

 As próprias empresas incubadas e graduadas podem ser fontes

de ideias de negócios, de forma a ampliar a atuação no mercado

ou criar nichos de atuação.

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5.1.3 Qualificação de Potenciais Empreendedores

Descrição

O gestor deve organizar um processo para a qualificação dos potenciais

empreendedores com interesse em submeter proposta de

empreendimento à incubadora. Além de abordar os diferentes aspectos

do processo de empreender, a incubadora deve oferecer apoio, e isso

pode incluir palestras, cursos e bases de conhecimento.

Além disso, a incubadora deve oferecer apoio à geração e ao teste de

ideias, orientando o empreendedor no processo de validação da

oportunidade de empreendimento para incubação.

Objetivo

Aprimorar os conhecimentos e a capacidade dos empreendedores para

a concepção de empreendimentos com potencial de sucesso.

Elementos-Chave

Ações

O gestor precisa definir como é realizada a qualificação dos

potenciais empreendedores para apresentação de propostas de

empreendimentos inovadores à incubadora.

Nesse sentido, é preciso que a equipe de gestão defina:

 Público-alvo: destacar o perfil dos empreendedores que

podem participar da qualificação para aprimorar a proposta

a ser apresentada à incubadora;

 Meios: o objetivo é definir como será feita a qualificação

de potenciais empreendedores no contexto de atuação da

incubadora;

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 Plano: a equipe de gestão deve elaborar um plano

contendo, pelo menos, as ações a serem realizadas, o

público-alvo da ação, os meios a serem utilizados e a data

de realização.

Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se essa prática-chave está

gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica a ser utilizada seja o

número de potenciais empreendedores qualificados. Entretanto, a

equipe de gestão pode definir métricas que permitam avaliar os

resultados obtidos.

Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

qualificação de potenciais empreendedores realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças na

prática-chave de qualificação de potenciais empreendedores, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

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 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora promove a qualificação de potenciais

empreendedores, explicitando o meio utilizado e o público-

alvo;

 Registros das ações na forma de texto, gráficos, tabelas,

imagens, fotos, vídeos, que demonstrem claramente a

realização das ações definidas;

 Plano contendo as ações de qualificação de potenciais

empreendedores a serem realizadas ao longo dos próximos

períodos. O horizonte desse plano (mensal, semestral,

anual) deve ser definido pela equipe de gestão a partir das

especificidades da incubadora e de seu ecossistema de

inovação;

 Registros que demonstrem que as ações previstas no plano

elaborado foram executadas, seguindo o procedimento

definido. Quando as ações previstas não tiverem sido

realizadas conforme o planejado, é preciso que sejam

explicitados os motivos que impediram a realização das

ações e o que foi feito para garantir que o resultado

esperado fosse alcançado;

 Registro dos resultados obtidos com as ações, utilizando a

métrica (ou métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos.

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Exemplos

 Curso de modelo de negócios.

 Curso de plano de negócios.

 Curso sobre o processo de geração de empreendimentos.

 Orientação para a geração e avaliação de ideias de negócios.

Dicas

 É importante que a qualificação de potenciais empreendedores

apresente o conceito e as características de negócios com

potencial de alto impacto, de forma a estimular a submissão de

propostas com esse perfil.

 É importante avaliar os efeitos da qualificação sobre a qualidade

das propostas apresentadas no processo de seleção realizado

pela incubadora.

5.2 Seleção

Descrição

Esse processo-chave envolve a operação e a manutenção de

procedimentos formalizados para selecionar os empreendimentos que

receberão o apoio da incubadora.

Para implantar esse processo-chave, é preciso que o gestor organize a

implantação de três práticas-chave (Figura 7).

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Figura 7 - Seleção: Práticas-Chave

5.2.1 Recepção de Propostas

Descrição

A incubadora deve possuir procedimentos formalizados para que os

empreendedores possam apresentar suas propostas de

empreendimentos.

Objetivo

Garantir a inclusão, por parte dos empreendedores, das informações

necessárias à avaliação da proposta de empreendimento pela

incubadora.

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Elementos-Chave

 Ações:

O gestor precisa definir como os empreendedores podem submeter

propostas à incubadora. Para isso, devem ser definidas as fases,

os formulários e as ferramentas que serão utilizadas para a

recepção de propostas.

 Métricas:

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se essa prática-chave está

gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

propostas recebidas por ano, destacando quantas dessas

propostas são da própria região e quantas foram submetidas por

empreendedores de outras regiões. Entretanto, a equipe de gestão

pode definir métricas adicionais que permitam avaliar os resultados

obtidos.

 Aprendizado:

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

recepção de propostas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

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 Evidências:

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando as fases, as ferramentas e os

formulários para recepção de propostas;

 Registros das propostas encaminhadas de acordo com o

procedimento e formulários definidos, mantendo-as por um

período compatível com as especificidades da incubadora;

 Modelo para apresentação de propostas, que inclui as

informações necessárias para a sua avaliação por parte da

incubadora;

 Registro dos resultados obtidos com as ações, utilizando a

métrica (ou métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Apostila impressa contendo as informações que devem ser

apresentadas pelos empreendedores.

 Disponibilizar, no site da incubadora, orientações para submissão

de propostas.

 Disponibilizar, no site da incubadora, modelo para submissão de

propostas (modelo de negócios, plano de negócios).

Dicas

 É importante estruturar um modelo para recepção de propostas

adequado a negócios com potencial de alto impacto.

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 É possível existirem diferentes modelos para a apresentação de

propostas, dependendo da diversidade de tipos de

empreendimentos apoiados pela incubadora.

 A equipe de gestão pode utilizar modelos para apresentação de

propostas desenvolvidos por parceiros ou outras instituições;.

 É interessante a disponibilização de exemplos de propostas

preenchidas como forma de facilitar o processo de elaboração

por parte dos empreendedores proponentes.

 Quando a incubadora não utiliza editais para selecionar

empreendimentos, é importante manter um amplo programa de

divulgação, garantindo que os interessados compreendam que

podem enviar propostas a qualquer momento.

5.2.2 Avaliação

Descrição

O gestor deve coordenar a criação e a operação de uma sistemática

de avaliação de propostas de empreendimentos para incubação,

utilizando profissionais experientes e altamente qualificados, que

possam avaliar os empreendimentos a partir de diferentes pontos de

vista, utilizando critérios de avaliação objetivos.

Objetivo

Garantir que sejam selecionados empreendimentos inovadores com

maior probabilidade de sucesso.

Elementos-Chave

 Ações

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O gestor deve coordenar a criação e a operação de uma

sistemática de avaliação das propostas de empreendimentos

submetidas à incubadora, incluindo a descrição dos critérios

utilizados e dos profissionais envolvidos.

A maneira como é realizada a avaliação das propostas deve

possibilitar a seleção daquelas com maior potencial de sucesso.

Para isso, devem ser envolvidos profissionais especializados e com

perfis complementares, de forma a avaliar, com isenção, a partir

de diferentes pontos de vista.

Os critérios utilizados devem estar alinhados aos tipos e ao

estágio de desenvolvimento dos empreendimentos apoiados pela

incubadora.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave está gerando

os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que sejam utilizadas duas métricas

relacionadas entre si:

 o número de empreendimentos selecionados em cada

processo de seleção;

 o percentual de empreendimentos selecionados com relação

ao total de propostas submetidas.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 30


O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

avaliação das propostas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento definindo os profissionais envolvidos, as

etapas e os critérios utilizados;

 Registros das avaliações realizadas, indicando o

desempenho dos empreendimentos em cada um dos

critérios definidos;

 Registros da comunicação aos empreendedores sobre o

resultado da avaliação da proposta encaminhada;

 Registro dos resultados obtidos com as ações propostas,

utilizando a métrica (ou métricas) estabelecida pela equipe

de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações, incluindo

as mudanças necessárias para melhorar os resultados

obtidos.

Exemplos

 Avaliação das propostas por meio de uma banca.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 31


 Realização de entrevista com os proponentes, de forma a avaliar

o perfil empreendedor e a sintonia da equipe.

 Utilização, por uma rede de consultores especializados, de

software para distribuição e avaliação das propostas.

Dicas

 É importante identificar a quantidade de empreendimentos com

potencial de alto impacto que participaram do processo de

avaliação.

 É importante que os critérios utilizados permitam avaliar o

potencial de alto impacto das propostas.

 É interessante utilizar profissionais que sejam parceiros da

incubadora para participarem do processo de avaliação de

propostas. Isso amplia o foco de visão sobre os empreendimentos

e estreita os laços entre esses parceiros.

 É importante realizar uma palestra para os avaliadores com o

objetivo de mostrar as expectativas da incubadora e uniformizar

os conhecimentos sobre as etapas do processo de seleção, os

critérios utilizados e os profissionais envolvidos em cada etapa.

 O gerente da incubadora deve acompanhar todo o processo de

seleção, garantindo seu bom andamento, mesmo que não

participe como avaliador.

 É importante avaliar, continuamente, se a qualidade dos

empreendimentos selecionados está em sintonia com as

expectativas da equipe de gestão da incubadora e dos parceiros.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 32


 É muito importante que os critérios utilizados para a seleção dos

empreendimentos estejam em sintonia com a missão, a visão e

os objetivos da incubadora.

5.2.3 Contratação

Descrição

O gestor deve coordenar a estruturação de um conjunto de

procedimentos e documentos que estabeleçam as condições e

garantam a transparência com relação aos direitos das partes,

incubadora, empreendedores e empreendimento, incluindo aspectos

relacionados a prestação de serviços, aspectos comerciais, acesso a

informações, dentre outros.

Objetivo

Estabelecer condições e dar transparência no relacionamento entre os

empreendedores e a incubadora.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor precisa definir procedimentos e elaborar instrumentos jurídicos

disciplinando a formalização do seu relacionamento com os

empreendimentos.

Deve dispor de, pelo menos, um modelo padrão de contrato a ser

assinado pelos representantes dos empreendimentos e pelo gestor da

incubadora ou pelo representante legal de sua mantenedora, de

maneira a reduzir os riscos jurídicos.

 Métricas

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 33


O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave está gerando os

resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que seja utilizado o número de

empreendimentos com contratos assinados para ingressar no processo

de incubação. Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas

adicionais que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma avaliação

da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de contratação

realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa avaliação

deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como base a

criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de maneira

que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza a formalização jurídica do

relacionamento com os empreendimentos;

 Contratos assinados pelos representantes dos

empreendimentos e pela incubadora (ou entidade gestora);

 Modelo-padrão de contrato;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 34


 Registro dos resultados obtidos, utilizando a métrica (ou

métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças, quando for o caso.

Exemplos

 Modelo de contrato de incubação.

 Acesso ao regimento interno da incubadora.

 Reconhecimento das instalações da incubadora.

Dicas

 É importante estabelecer cláusulas que garantam à incubadora o

direito de utilizar marcas e nomes dos empreendimentos em sua

própria divulgação.

 A entrada do novo empreendimento é uma boa oportunidade para

ampliar a interação entre os incubados, com a equipe de gestão e

com os parceiros. Assim, deve ser prevista a apresentação dos

novos empreendedores à equipe de gestão, aos parceiros e aos

incubados.

 Atenção para que o modelo utilizado não seja caracterizado como

um contrato de locação.

 A ocupação do espaço físico (sala) disponibilizado pela incubadora

deve ocorrer após assinatura do contrato.

5.3 Desenvolvimento do Empreendimento

Descrição

Esse processo-chave envolve a manutenção de um processo

documentado e contínuo para viabilizar o crescimento dos

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 35


empreendimentos, contemplando, pelo menos, os eixos: empreendedor,

tecnologia, mercado, capital e gestão (Figura 8).

Figura 8 - Desenvolvimento do Empreendimento: Práticas-Chave

5.3.1 Planejamento

Descrição

O planejamento envolve a organização de um plano ou roteiro para

alcançar um determinado resultado. Assim, é uma prática deliberada e

explícita que seleciona e organiza ações para alcançar objetivos

predefinidos.

No contexto do processo de incubação, o planejamento envolve a

definição das ações a serem realizadas para fazer com que cada

empreendimento possa se desenvolver no menor tempo possível.

Dessa forma, o gestor deve estruturar ações para auxiliar cada

empreendimento no planejamento de seu desenvolvimento num período

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 36


compatível com a dinâmica de seu setor de atuação, contemplando,

pelo menos, cinco eixos: empreendedor, tecnologia, capital, mercado e

gestão.

Com isso, a equipe de gestão consegue estimar o tempo de incubação

e o esforço necessário para gerar um novo empreendimento de

sucesso.

Objetivo

Apoiar a elaboração do plano de desenvolvimento de cada

empreendimento incubado.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor precisa definir como apoiar o planejamento do

desenvolvimento de cada um dos empreendimentos, de modo a

identificar as ações a serem realizadas pela incubadora e/ou pelos

empreendedores, abordando os eixos: empreendedor, tecnologia,

capital, mercado e gestão.

O horizonte, grau de detalhamento e formalismo do planejamento

vai depender do estágio de desenvolvimento e do perfil do

empreendimento, além da complexidade de seu setor de atuação.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave está gerando

os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o percentual de

empreendimentos com plano de desenvolvimento atualizado.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 37


Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas que permitam

avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

planejamento realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora auxilia cada empreendimento no planejamento

de seu desenvolvimento;

 Plano contendo as ações de planejamento que serão

realizadas ao longo do próximo período. O horizonte desse

plano (mensal, semestral, anual) deve ser definido pela

equipe de gestão, a partir das especificidades da

incubadora e de seu ecossistema de inovação;

 Registros que demonstrem claramente a realização das

ações planejadas. Quando as ações previstas no plano

elaborado não tiverem sido realizadas, é preciso que sejam

explicitados os motivos que impediram a realização e o

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 38


que foi feito para garantir que o resultado esperado fosse

alcançado;

 Modelo de plano de ação a ser utilizado no apoio ao

planejamento dos empreendimentos incubados;

 Registros da elaboração dos planos de desenvolvimento

dos empreendimentos de acordo com o procedimento e

modelo de instrumento de planejamento definidos;

 Registro dos resultados obtidos, utilizando a métrica (ou

métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Realização de atividades paralelas, como a simulação de situações

(teatralização, jogos, etc.) para subsidiar o planejamento do

desenvolvimento do perfil empreendedor/inovador.

 Orientação de especialistas no planejamento da evolução da

solução (tecnologia, produto, serviço) oferecida aos clientes.

 Orientação de especialistas no planejamento da captação de

recursos e na alavancagem financeira dos empreendimentos.

 Orientação de especialistas no planejamento de mercado do

empreendimento.

 Orientação de especialistas no planejamento da gestão do

empreendimento.

Dicas

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 39


 A incubadora pode lançar mão dos profissionais dos parceiros para

auxiliar os empreendedores na elaboração do planejamento do

desenvolvimento do empreendimento.

 É importante que a incubadora oriente os empreendedores sobre

as questões relacionadas à participação de cada sócio no

empreendimento (questões societárias e funcionais).

5.3.2 Agregação de Valor

Descrição

O apoio oferecido pela incubadora materializa-se na oferta de serviços

que agreguem valor aos empreendimentos incubados. Esses serviços

têm por objetivo promover o desenvolvimento dos empreendimentos

apoiados.

Os serviços oferecidos pela incubadora podem atender tanto a

demandas comuns a dois ou mais empreendimentos quanto a

necessidades específicas de um único empreendimento.

O conjunto de serviços específicos a serem oferecidos é definido com

base no resultado das práticas-chave “Planejamento” e

“Monitoramento”, contemplando, pelo menos, cinco eixos:

empreendedor, tecnologia, capital, mercado e gestão.

Objetivo

Promover o desenvolvimento dos empreendimentos incubados.

Elementos-Chave

 Ações

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 40


O gestor precisa planejar e oferecer serviços que agregam valor

para cada empreendimento apoiado ao longo do próximo período.

O horizonte de tempo (mensal, semestral, anual), grau de

detalhamento e o formalismo do planejamento, além das

características dos serviços a serem oferecidos, vai depender do

perfil e do estágio de evolução dos empreendimentos e da

complexidade de seu setor de atuação além das especificidades

O grau de detalhamento e formalismo do planejamento dos

serviços e o valor agregado a serem oferecidos vão depender do

estágio de desenvolvimento e do perfil do empreendimento, além

da complexidade de seu setor de atuação.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave está gerando

os resultados esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 Número de serviços oferecidos;

 Número de horas de consultoria oferecidas;

 Número de horas de capacitação oferecidas.

A equipe de gestão, entretanto, pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

agregação de valor realizadas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 41


A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora oferece serviços de valor agregado para os

empreendimentos incubados, pelo menos nos eixos

empreendedor, tecnologia, capital, mercado e gestão;

 Registros das ações de agregação de valor demonstrando

claramente sua realização conforme procedimento definido;

 Plano contendo os serviços de valor agregado que serão

oferecidos ao longo do próximo período. O horizonte desse

plano vai depender do estágio de desenvolvimento e do

perfil do empreendimento, além da complexidade dos

setores de atuação da incubadora;

 Registros que demonstrem claramente a realização das

ações definidas. Quando as ações previstas não tiverem

sido realizadas, é preciso que sejam explicitados os motivos

que impediram a realização e o que foi feito para garantir

que o resultado esperado fosse atingido;

 Registro dos resultados obtidos com as ações, utilizando a

métrica (ou métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 42


 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Cursos, palestras, workshops.

 Consultorias, assessorias, mentorias, coaching.

 Participação dos empreendimentos em feiras, eventos e rodadas de

negócios.

 Oferta de mentoria.

 Oferta de coaching.

 Acesso a laboratórios.

Dicas

 A equipe de gestão deve utilizar os resultados das práticas-chave

“Planejamento” e “Monitoramento” para estruturar o conjunto de

serviços de valor agregado a serem oferecidos aos

empreendimentos.

 A incubadora pode utilizar profissionais dos parceiros para oferecer

serviços de valor agregado aos empreendimentos incubados.

 Os serviços de valor agregado a serem oferecidos devem levar em

consideração o estágio de evolução dos empreendimentos. Assim,

nem todos os empreendimentos precisam participar de todos os

serviços oferecidos.

 É importante fazer avaliação dos profissionais envolvidos na oferta

dos serviços, levando em consideração os resultados para os

empreendimentos envolvidos.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 43


 A equipe de gestão deve considerar a possibilidade de oferecer

mentorias aos empreendimentos incubados, de maneira a acelerar

o desenvolvimento.

5.3.3 Monitoramento

Descrição

A palavra “monitorar” significa acompanhar uma atividade com o

objetivo de corrigir possíveis erros e propor melhorias. No contexto da

incubação de empresas, o objetivo da prática-chave “Monitoramento” é

acompanhar o desenvolvimento do empreendimento com a finalidade

de identificar desvios com relação ao planejado e propor ações que

possibilitem reduzir os problemas e/ou aproveitar as oportunidades, de

maneira que possa graduar com sucesso.

Em termos específicos, o monitoramento visa verificar se o

empreendimento está pronto para a graduação. Dessa maneira, existem

quatro situações possíveis:

 Graduação: o empreendimento possui maturidade suficiente para

operar em espaço físico independente da incubadora;

 Incubação: o empreendimento não está pronto para graduar, mas

deve permanecer em incubação, uma vez que tem potencial para

graduar no futuro;

 Incubação com Pivotação: o empreendimento não está pronto

para graduar, mas deve permanecer em incubação, uma vez que

tem potencial para graduar no futuro, desde que faça uma

pivotação (mudança) na proposta atual (segmento de cliente,

proposta de valor, modelo de receita, dentre outros);

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 44


 Descontinuação: os resultados dos monitoramentos demonstram

que o empreendimento não terá sucesso no mercado e, por isso,

deve deixar a incubadora.

Com isso, observa-se que é na prática de monitoramento que decidimos

se o empreendimento está preparado para graduar. Para isso, fazemos

a avaliação dos empreendimentos, considerando, pelo menos, cinco

eixos: empreendedor, tecnologia, capital, mercado e gestão.

Objetivo

Definir o momento em que o empreendimento esteja preparado para a

graduação.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor precisa organizar ações que viabilizem o monitoramento

da evolução do desenvolvimento dos empreendimentos pelo menos

nos eixos empreendedor, tecnologia, capital, mercado e gestão.

Para isso, o gestor deve coordenar a criação de um instrumento

de coleta de informações que permita que a equipe de gestão

possa conhecer o estágio de evolução dos empreendimentos.

Durante o monitoramento, deve ser avaliado se o plano de

desenvolvimento de cada empreendimento está sendo seguido e

se os serviços de valor agregado oferecidos pela incubadora estão

gerando os efeitos esperados.

Caso o que foi planejado não tenha sido realizada, a equipe de

gestão deverá auxiliar os empreendedores a fazerem ajustes no

plano, de maneira a alcançar a evolução desejada.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 45


Se os problemas na evolução dos empreendimentos estiverem

ligados à qualidade ou aos tipos de serviços oferecidos pela

incubadora, a equipe de gestão deve reestruturar seu plano de

serviços de agregação de valor, de forma a viabilizar a graduação

dos empreendimentos.

A partir do monitoramento dos empreendimentos, a equipe de

gestão deve definir:

 As mudanças que precisam ser feitas no plano de

desenvolvimento de cada empreendimento (prática-chave

“Planejamento);

 As modificações que precisam ser realizadas no plano de

serviços de valor agregado que a incubara precisa oferecer

ao empreendimento para que ele possa se graduar com

sucesso (prática-chave “Agregação de Valor”).

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave está gerando

os resultados esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 Número de empregos gerados pelos empreendimentos

incubados;

 Percentual dos empreendimentos que não concluem o

processo de incubação;

 Percentual de empreendimentos de alto impacto;

 Faturamento total dos empreendimentos incubados;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 46


 Total de impostos gerados pelos empreendimentos

incubados;

 Investimentos recebidos pelos empreendimentos incubados;

 Investimento-anjo recebido pelos empreendimentos

incubados.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

monitoramento realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza o monitoramento dos empreendimentos

incubados, pelo menos, nos eixos empreendedor,

tecnologia, capital, mercado e gestão;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 47


 Instrumento de coleta de informações que permita que a

equipe de gestão possa conhecer o estágio de evolução

dos empreendimentos;

 Plano contendo as ações de monitoramento que serão

realizadas ao longo do próximo período. O horizonte desse

plano (mensal, semestral, anual) deve ser definido pela

equipe de gestão, a partir das especificidades da

incubadora e de seu ecossistema de inovação.

 Registros que demonstrem claramente a realização das

ações de monitoramento de acordo com o plano

elaborado. Quando as ações previstas não tiverem sido

realizadas, é preciso que sejam e o que foi feito para

garantir que o resultado esperado fosse alcançado;

 Registro dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Instrumento de avaliação (questionário, planilhas, dentre outros)

para monitorar a evolução dos empreendimentos.

 Plataforma online onde os empreendedores possam informar a

evolução de seus empreendimentos.

Dicas

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 48


 O momento do monitoramento dos empreendimentos pode ser

utilizado para avaliar a percepção dos empreendedores quanto aos

serviços prestados pela incubadora.

 É importante criar medidas e/ou indicadores que demonstrem

qualitativa, quantitativa ou graficamente a evolução dos

empreendimentos nos eixos definidos (empreendedor, tecnologia,

capital, mercado e gestão).

 A equipe de gestão pode utilizar profissionais de parceiros (ou

mesmo profissionais de mercado) para auxiliar na avaliação da

evolução dos empreendimentos em eixos específicos (como capital

e tecnologia, por exemplo).

5.4 Graduação e Relacionamento com Graduadas

Descrição

Esse processo-chave envolve a manutenção de um processo

documentado e contínuo para auxiliar os empreendimentos na

“mudança de status” de “incubada” para “graduada”, além de estruturar

ações para a continuidade da interação entre a incubadora e o

empreendimento graduado. Para implantar esse processo-chave, é

preciso que o gestor organize a implantação de duas práticas-chave:

graduação e relacionamento com graduadas, conforme mostrado na

Figura 9.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 49


Figura 9 – Graduação e Relacionamento com Graduadas: Práticas-Chave

5.4.1 Graduação

Descrição

A graduação de um empreendimento é o coroamento de um processo

bem-sucedido de agregação de valor, articulando diferentes serviços,

apoios e parceiros. É o resultado mais esperado pela equipe de gestão

e pelos parceiros da incubadora.

A graduação contribui para o desenvolvimento da região por meio da

inovação, do resultado do trabalho da incubadora em articulação com

os demais atores do Ecossistema de Inovação da região.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 50


Adicionalmente, esse é um momento importante para a equipe de

gestão da incubadora refletir se o processo que viabilizou a graduação

do empreendimento foi sustentável e realizado com eficiência e eficácia.

Nesse sentido, a prática-chave graduação materializa os princípios que

fundamentam o modelo Cerne, conforme pode ser visto na Figura 10.

A graduação não deve ser entendida pela equipe de gestão como um


Figura 10 - Modelo Cerne: Princípios

“rompimento” ou como um “ponto final”. Nesse sentido, é essencial

entender a graduação como uma “mudança de status” que ocorre

quando a empresa passa de “incubada” para “graduada”.

É importante destacar que a decisão de graduação foi tomada dentro

do contexto da prática-chave monitoramento. Assim, na prática-chave

graduação, não é avaliado se a empresa está pronta para graduar,

uma vez que isso foi feito por meio do monitoramento.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 51


Dessa forma, o foco da prática-chave graduação é definir as ações

necessárias para que a incubada possa fazer a transição para graduada

sem traumas e dificuldades.

Objetivo

Garantir que o processo de mudança da graduada para um novo

espaço seja bem-sucedido.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor precisa organizar ações que viabilizem a mudança da

incubada para um novo espaço, concretizando a “mudança de

status” de “incubada” para “graduada”.

Além disso, é preciso realizar um planejamento das futuras

graduações, ou seja, definir as datas prováveis de graduação dos

empreendimentos incubados. Isso é importante para sintonizar as

ações dessa prática com as ações das práticas dos processos de

sensibilização e prospecção e de seleção, procurando manter o

nível de ocupação dentro dos padrões estabelecidos pela equipe

de gestão.

Caso as graduações não ocorram conforme o planejado, a equipe

de gestão deve fazer os ajustes necessários no plano de

graduação elaborado, de maneira a registrar os motivos da

alteração nas datas de graduação. Isso também gera um

aprendizado importante para a equipe.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 52


 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se essa prática-chave está

gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 Número de graduadas;

 Percentual das graduadas que se estabeleceram na região.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

graduação realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza a “mudança de status” de “incubada”

para “graduada”.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 53


 Planejamento das graduações que irão ocorrer nos

próximos períodos.

 Registros que demonstrem as ações realizadas de acordo

com os procedimentos definidos e conforme o

planejamento realizado. Caso as graduações não sigam o

que foi planejado, a equipe de gestão deve registrar os

motivos das alterações.

 Registros dos resultados obtidos com as ações de

graduação, utilizando as métricas estabelecidas pela equipe

de gestão.

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Realização de evento de graduação.

 Documentos jurídicos que regulamentem e consolidem a graduação.

 Reuniões de monitoramento do processo de mudança da empresa

para um novo espaço.

 Lista com itens a serem verificados (devolução de equipamentos,

reforma do espaço físico ocupado pela incubada, dentre outros)

para a conclusão da graduação.

Dicas

 Os graduados podem ser excelentes tutores das empresas

incubadas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 54


 A realização do evento de graduação é uma forma de comunicar

para a comunidade a geração de um novo empreendimento

inovador para a região.

 É importante que os parceiros sejam envolvidos na graduação.

5.4.2 Relacionamento com Graduadas

Descrição

O relacionamento com as graduadas envolve dois tipos de ações

complementares: acompanhamento da evolução das graduadas e oferta

de serviços.

Dentro desse contexto, é essencial que a equipe de gestão entenda a

graduação como uma mudança do relacionamento com a empresa e

não como um rompimento. Isso possibilita a oferta de novos serviços

e apoios diferentes daqueles oferecidos durante a incubação.

Dessa forma, a incubadora deve estruturar serviços que atendam às

demandas das graduadas, que são diferentes das necessidades das

incubadas.

Em função disso, a incubadora deve buscar parcerias com outros atores

do ecossistema de inovação da região, de maneira a estruturar serviços

compatíveis com essas demandas.

Um bom momento para oferecer esses novos serviços é quando a

incubada está executando as ações de graduação para mudar para

um novo espaço.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 55


É importante destacar que a incubadora tem que se preparar para esse

momento da graduação, uma vez que a estruturação de novos serviços

leva tempo, precisando estar operacionais no momento da graduação.

Além do portfólio de serviços, a incubadora precisa acompanhar a

evolução das graduadas, uma vez que essas informações são muito

importantes para demonstrar os efeitos da atuação da incubadora

sobre o desenvolvimento da região.

Objetivo

Manter vínculos com as graduadas, monitorando a evolução dessas

empresas e prestando serviços de valor agregado.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor precisa organizar ações que viabilizem o

acompanhamento da evolução do desenvolvimento dos

empreendimentos graduados.

Adicionalmente, deve ser elaborado um portfólio de serviços a

serem oferecidos para as graduadas de maneira a manter o

relacionamento com a incubadora.

Nesse contexto, a incubadora precisa oferecer serviços alinhados

com as demandas das graduadas, dentro das competências da

incubadora e dos parceiros e dos demais atores do ecossistema

de inovação.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 56


relacionamento com as graduadas está gerando os resultados

esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 Percentual das graduadas classificadas como sendo de

“alto impacto”;

 Percentual das graduadas classificadas como sendo de

“alto crescimento”;

 Percentual de graduadas que permanecem no mercado

após 1 ano de graduação;

 Percentual de graduadas que permanecem no mercado

após 5 anos de graduação;

 Número de empregos gerados pelas graduadas;

 Faturamento total das graduadas;

 Total de impostos gerados pelas graduadas;

 Investimentos recebidos pelas graduadas;

 Percentual de graduadas que foram adquiridas por outras

empresas;

 Percentual de graduadas que realizaram fusão com outras

empresas;

 Percentual das incubadas que mantém interação com a

incubadora, apoiando as ações realizadas.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 57


O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

relacionamento com as graduadas realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza o acompanhamento da evolução das

graduadas;

 Portfólio de serviços oferecidos às graduadas;

 Planejamento das ações de acompanhamento da evolução

das graduadas;

 Registros que demonstrem que as ações dessa prática-

chave foram realizadas de acordo com os procedimentos

definidos e conforme o planejamento realizado. Caso os

acompanhamentos não sigam o que foi planejado, a equipe

de gestão deve registrar os motivos das alterações;

 Registros dos serviços realizados para as graduadas;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 58


 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as sugestões de mudanças necessárias para

melhorar os resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Elaboração de documentos jurídicos que regulamentem a prestação

de serviços para as graduadas.

 Apresentação no site da incubadora dos resultados dos

relacionamentos com as graduadas (projetos conjuntos, serviços

prestados dentre outros).

 Portfólio de produtos e serviços para as graduadas.

Dicas

 Uma forma de manter a interação com as graduadas é ter seus

empreendedores como tutores das incubadas.

 Manter agenda de contatos com as graduadas.

 Manter o site da incubadora com informações atualizadas sobre as

graduadas.

5.5 Gerenciamento Básico

Descrição

Esse processo-chave envolve a manutenção de uma estrutura mínima

que possibilite a operação da incubadora e a geração sistemática de

empreendimentos de sucesso. Para implantar esse processo-chave, é

preciso que o gestor organize a implantação de três práticas-chave:

estrutura organizacional, operação da incubadora e comunicação e

marketing (Figura 11).

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 59


Figura 11 - Gerenciamento Básico: Práticas-Chave

5.5.1 Estrutura Organizacional

Descrição

Essa prática-chave envolve a manutenção de uma estrutura jurídica e

de pessoal que viabilize a operação da incubadora e o seu

relacionamento com a mantenedora e parceiros.

Objetivo

Viabilizar o funcionamento efetivo da incubadora e a realização de

parcerias.

Elementos-Chave

 Ações

As ações envolvidas nessa prática-chave podem ser agrupadas em

duas linhas: estrutura jurídica e equipe.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 60


Em termos de estrutura jurídica, a incubadora precisa estar

formalizada, sendo reconhecida pela mantenedora.

Os tipos de documentos jurídicos necessários vão depender se a

incubadora é uma organização independente ou se faz parte da

estrutura de outra organização.

Em termos de equipe, a incubadora precisa dispor de pessoas em

quantidade e com competência adequada a sua operacionalização.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave da estrutura

organizacional está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 Número de parceiros regionais, nacionais e internacionais;

 Número de eventos organizados pela incubadora ou dos

quais a incubadora participou da equipe organizadora.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado:

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

estrutura organizacional realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 61


Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Documentos jurídicos que comprovem a existência da

incubadora e a sua capacidade operacional;

 Equipe de gestão com dedicação suficiente para apoiar o

desenvolvimento dos empreendimentos apoiados, sendo

que pelo menos um membro tenha 40 horas dedicadas à

incubadora;

 Modelo de negócios da incubadora;

 Plano de ação atualizado para a atuação da incubadora;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações, incluindo

as mudanças necessárias para melhorar os resultados.

Exemplos

 Formalização da incubadora como um programa da instituição

mantenedora.

 Contratação de gerente para a incubadora.

 Criação de uma pessoa jurídica independente para a gestão da

incubadora.

 Modelo de negócios da incubadora.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 62


Dicas

 A incubadora deve estar estruturada de forma a poder receber e

utilizar recursos de terceiros.

 É importante a existência de parceiros que possam contribuir para

a operação da incubadora.

 Os empreendimentos apoiados devem conhecer a documentação

da incubadora (estatuto, regimento interno, etc.).

 A incubadora pode estabelecer convênios com outras instituições

de forma a ampliar a estrutura e os serviços oferecidos.

5.5.2 Operação da Incubadora

Descrição

Essa prática-chave envolve a existência de uma sistemática para

viabilizar a continuidade da operação da incubadora, a partir da efetiva

gestão financeira, permitindo definir estratégias de sustentabilidade.

Além disso, o gestor deve organizar os serviços operacionais e a gestão

da infraestrutura física e tecnológica necessários para a execução do

processo de incubação.

Objetivo

Viabilizar os recursos físicos e financeiros para a operação da

incubadora.

Elementos-Chave

 Ações

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 63


As ações envolvidas nessa prática-chave podem ser agrupadas em

três linhas: gestão financeira, serviços de apoio e infraestrutura

física e tecnológica.

É preciso que a equipe de gestão organize um processo

sistematizado e documentado para a efetiva gestão financeira,

possibilitando o conhecimento e o controle dos custos e das

receitas da incubadora. Além disso, deve ser elaborado um plano

para viabilizar a sustentabilidade financeira da incubadora.

O gestor deve, também, organizar um conjunto de serviços

operacionais, incluindo vigilância, limpeza, recepção e manutenção.

Também é importante que o gestor organize um processo

formalizado de gestão da infraestrutura física e tecnológica que

seja compatível com as necessidades dos empreendimentos

apoiados.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de operação

da incubadora está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 Total de receita gerada pela incubadora, tanto econômica

quanto financeira;

 Quantidade de recursos captados pela incubadora em

instituições públicas e privadas.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 64


Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

operação da incubadora realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação identificar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências:

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza sua gestão financeira.

 Registros que demonstrem os resultados da gestão

financeira da incubadora.

 Plano para viabilizar a sustentabilidade da incubadora.

 Descrição da infraestrutura física e tecnológica da

incubadora, com apresentação de cada espaço e

equipamentos existentes e respectivo uso.

 Documento contendo os procedimentos e as regras para

o uso da infraestrutura física e tecnológica por parte dos

empreendimentos incubados.

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 65


 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

Gestão financeira:

 Fluxo de caixa da incubadora;

 Criação de indicadores econômicos micro financeiros para monitorar

o desemprenho da incubadora.

Serviços de apoio:

 Serviço de limpeza dos espaços comuns;

 Serviço de limpeza das salas dos incubados;

 Serviço da vigilância, recepção e manutenção.

Dicas

 É importante controlar a dependência da incubadora com relação

aos parceiros.

 A incubadora precisa ter um controle sobre as receitas e despesas

tanto financeiras quanto econômicas.

 É importante a existência de um espaço onde as empresas possam

receber seus clientes.

 É importante planejar uma área de convivência entre os incubados

(café, cozinha, dentre outros).

 É importante que a incubadora crie uma agenda de eventos para

a interação entre os incubados (café da manhã, palestras de

empresários, dentre outros).

 É importante a existência de um controle de acesso, de forma a

rastrear todas as pessoas que visitam ou trabalham na incubadora.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 66


 É importante criar um processo de qualificação de fornecedores,

de forma a melhorar a qualidade do serviço prestado aos

incubados.

5.5.3 Comunicação e Marketing

Descrição

Essa prática envolve a existência de estratégias de comunicação e

marketing que possibilitem o posicionamento, o fortalecimento e a

visibilidade da incubadora em sua região de atuação.

Objetivo

Divulgar a incubadora e os empreendimentos incubados e graduados

junto à comunidade.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve organizar a elaboração do material de comunicação

(impresso e digital), de maneira a posicionar a incubadora junto

aos atores do ecossistema de inovação e à comunidade em geral.

É preciso organizar organize também uma estratégia para

assegurar a presença digital da incubadora, viabilizando não só a

comunicação, mas também a interação com potenciais

empreendedores e os incubados.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

comunicação e marketing está gerando os resultados esperados.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 67


Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

pessoas alcançadas pelas ações de marketing da incubadora.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

comunicação e marketing realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores, quando for

o caso.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Material de comunicação da incubadora (impresso e digital);

 Estratégias de presença digital da incubadora;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 68


Exemplos

 Material de comunicação impresso.

 Portal web.

 Assessoria de Imprensa.

 Relações Públicas.

 Dicas

Dicas

 A assessoria de imprensa pode ser compartilhada com outras

incubadoras ou com parceiros.

 O Portal Web deve permitir a interação do visitante com a

incubadora e não ser apenas um “folder eletrônico”.

6 Cerne 2
O foco desse nível é estruturar uma governança que dê transparência e

integração com os stakeholders. Assim, a incubadora deve implantar

processos que viabilizem a gestão estratégica, a avaliação dos resultados

e a demonstração da qualidade dos empreendimentos apoiados. Para

isso, três processos-chave precisam ser implantados nesse nível, conforme

mostrado na Figura 12.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 69


Figura 12 - Cerne 2: Processos-Chave

Nos itens a seguir, cada um dos processos-chave apresentados na figura

anterior será descrito em detalhes.

6.1 Gestão Estratégica

Descrição

Esse processo-chave envolve processos sistemáticos e documentados

para o planejamento e a administração estratégica da incubadora, que

estruture e acompanhe, pelo menos, sua identidade, objetivos, ações e

metas nos cenários definidos pela equipe de gestão. Para implantar

esse processo-chave, é preciso que o gestor organize a implantação

de duas práticas-chave: planejamento estratégico e administração

estratégica (Figura 13).

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 70


Figura 13 - Gestão Estratégica: Práticas-Chave

6.1.1 Planejamento Estratégico

Descrição

Essa prática-chave envolve a existência de um processo sistemático e

documentado para o planejamento estratégico, que estabeleça, pelo

menos, a identidade organizacional da incubadora, seus objetivos, suas

ações e metas para a realização da visão de futuro da incubadora de

empresas.

Objetivo

Viabilizar a eficiência e eficácia das ações realizadas em direção ao

alcance das metas para a realização da visão de futuro da incubadora.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 71


Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar a elaboração e operacionalização de um

processo sistematizado de planejamento estratégico analisando o

contexto e partindo da identidade organizacional, com indicadores

e metas, e as ações para cada objetivo, gerando um plano para

a realização da visão de futuro.

A elaboração do planejamento estratégico deve envolver a

governança da incubadora, de forma a dar legitimidade a objetivos,

metas e ações definidas.

É importante ressaltar que as práticas do Cerne 1 devem ser

revistas à luz do resultado do planejamento estratégico. Dessa

forma, para que essa prática-chave seja implantada, deve haver

uma releitura na atuação da incubadora.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

planejamento estratégico está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o percentual dos

membros da governança que participaram da elaboração do

planejamento estratégico da incubadora. Entretanto, a equipe de

gestão pode definir métricas adicionais que permitam avaliar os

resultados obtidos.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 72


 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

planejamento estratégico realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza seu planejamento estratégico;

 Planejamento estratégico da incubadora;

 Documento que demonstre a estrutura da governança da

incubadora;

 Registros dos resultados obtidos com as ações de

planejamento estratégico, utilizando a métrica (ou métricas)

estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 73


Exemplos

 Utilização de profissionais especializados para apoiar a equipe da

incubadora na elaboração do planejamento estratégico.

 Utilização de BSC, Análise de Cenários, SWOT, etc. como

instrumentos para o planejamento estratégico da incubadora.

Dicas

 A incubadora pode utilizar profissionais das instituições parceiras

para auxiliar a elaboração do seu planejamento estratégico.

 O gestor deve participar ativamente como líder do processo de

elaboração do planejamento estratégico da incubadora.

 É importante que seja incluído no planejamento estratégico o

posicionamento da incubadora com relação aos empreendimentos

com potencial de alto impacto.

6.1.2 Administração Estratégica

Descrição

Essa prática-chave envolve a existência de um processo sistematizado

e documentado para monitorar a agenda de ações e metas e gerenciar

os instrumentos e a equipe para a realização da visão de futuro da

incubadora, nos cenários definidos.

Objetivo

Assertividade, rapidez e maximização dos recursos para a realização

da visão de futuro.

Elementos-Chave

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 74


 Ações

O gestor deve coordenar a execução das ações previstas no

planejamento estratégico, fazendo uma análise entre o previsto e

o realizado, possibilitando identificar necessidades de ajustes e

melhorias, a fim de alcançar a visão de futuro da incubadora.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

administração estratégica está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o percentual das

ações previstas no planejamento estratégico que foram realizadas

com êxito. Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas

adicionais que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

administração estratégica realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 75


 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza a administração estratégica;

 Registros que demonstrem a execução das ações de

administração estratégica;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando a métrica (ou

métricas) estabelecida pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Reuniões sistemáticas de administração estratégica com os

membros da governança da incubadora para a avaliação do

desenvolvimento da agenda de ações.

 Reuniões com a equipe técnica e gerencial da incubadora para

avaliação e gestão dos instrumentos.

Dicas

 A incubadora pode utilizar software ERP para facilitar a

administração estratégica.

 A incubadora pode elaborar gráficos destacando o percentual de

evolução das ações planejadas.

6.2 Ampliação de Limites

Descrição

Envolve processos sistemáticos e formais para ampliar o público-alvo

e/ou os serviços prestados pela incubadora para a melhoria de seus

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 76


resultados. Para implantar esse processo-chave, é preciso que o gestor

organize a implantação de duas práticas-chave: ambientes de ideação

e serviços a organizações (Figura 14).

Figura 14 – Ampliação de Limites: Práticas-Chave

6.2.1 Ambientes de Ideação

Descrição

Essa prática-chave envolve a existência de um processo sistemático

para a operação de ambientes que possibilitem o networking e o

compartilhamento de conhecimentos para a geração de novas ideias

de negócios.

Objetivo

Estimular a interação entre pessoas interessadas em criar negócios,

visando a geração de novos empreendimentos inovadores e a difusão

do empreendedorismo na região.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 77


Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar ações para viabilizar a operação de

ambientes que possibilitem o networking e o compartilhamento de

conhecimentos para a geração de novas ideias.

É necessário que a equipe de gestão estimule o surgimento e a

operação de ambientes de ideação (coworking, espaços maker,

dentre outros).

É importante destacar que a incubadora não precisa fazer a gestão

desses ambientes de ideação. Seu papel deve ser o de integrar

esforços no sentido de ampliar o número de pessoas envolvidas

com o processo de concepção de empreendimentos.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de ambientes

de ideação está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

ambientes de ideação operacionalizados pela incubadora ou nos

quais ela atue como parceira. Entretanto, a equipe de gestão pode

definir métricas adicionais que permitam avaliar os resultados

obtidos.

 Aprendizado

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 78


O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

ambientes de ideação realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora estimula o networking e o compartilhamento de

conhecimentos para a geração de novas ideias de

negocios;

 Registros que demonstrem que os ambientes de interação

estão em operação;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Laboratórios de geração de ideias.

 Plataformas digitais de interação.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 79


Dicas

 O ambiente de ideação pode ser tanto físico quanto virtual.

 É importante que a incubadora seja proativa no estímulo à operação

de ambientes que promovam a geração de ideias.

 A incubadora pode fazer parcerias com outras instituições para

viabilizar a estruturação de ambientes de ideação.

 É importante que a incubadora verifique a efetividade dos resultados

do ambiente de ideação.

6.2.2 Serviços a Organizações

Descrição

Envolve a implantação de um processo sistemático de ações para a

prestação de serviços a organizações, utilizando o know-how da

incubadora.

Objetivo

Fortalecer a imagem e ampliar as fontes de receitas próprias da

incubadora.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar a operacionalização de ações para

estruturar serviços para outros tipos de clientes, além das

incubadas e graduadas.

É necessário que a equipe de gestão organize um portfólio de

serviços de valor agregado para organizações públicas e privadas,

utilizando as competências da incubadora e dos parceiros.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 80


 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de serviços

a organizações está gerando resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja a receita total

com serviços executados para organizações públicas e privadas.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

serviços a organizações.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora presta serviços a organizações;

 Portfólio de serviços a organizações;

 Registros dos resultados obtidos com os serviços

oferecidos a organizações;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 81


 Registros da avaliação da efetividade das ações de oferta

de serviços a organizações.

Exemplos

 Serviços de Open Innovation.

 Disponibilização de laboratórios.

 Incubação de laboratórios de P&D de grandes empresas.

 Serviços prestados a públicos em todos os níveis.

Dicas

A equipe gestora da incubadora deve avaliar suas competências para

criação de um portfólio de serviços a serem oferecidos.

 É importante que a incubadora defina processos para identificação

das necessidades das organizações da região

 Importante que os serviços prestados pela incubadora estejam

focados na demanda e não na oferta.

6.3 Avaliação da Incubadora

Descrição

Envolve processos sistemáticos e formais necessários para a avaliação

dos resultados e impactos da incubadora. Para implantar esse processo-

chave, é preciso que o gestor organize a implantação de duas práticas-

chave: avaliação da qualidade e avaliação dos impactos (Figura 15).

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 82


Figura 15 - Avaliação da Incubadora: Práticas-Chave

6.3.1 Avaliação da Qualidade

Descrição

Essa prática-chave envolve a implantação de um processo sistemático

e documentado de ações focadas na avaliação da qualidade dos

empreendimentos apoiados.

Objetivo

Demonstrar a qualidade dos empreendimentos.

Elementos-Chave

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 83


 Ações

O gestor deve coordenar a implantação e a operação de

procedimentos que possibilitam avaliar a qualidade dos

empreendimentos apoiados.

Nesse sentido, é necessário que a equipe de gestão defina como

será feita a avaliação, elabore e implemente um plano para sua

realização, dentro de um horizonte de tempo definido.

O horizonte de tempo deve ser definido em sintonia com o

contexto e a complexidade tanto da incubadora quanto dos

empreendimentos apoiados.

Quando as ações previstas não forem executadas conforme

planejadas, a equipe de gestão deve justificar os motivos que

levaram à alteração evidenciada e as ações que foram tomadas

para alcançar o resultado esperado.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de avaliação

da qualidade está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

prêmios recebidos pelas empresas incubadas e/ou graduadas.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 84


O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

avaliação da qualidade realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora avalia a qualidade dos empreendimentos

apoiados;

 Plano contendo as avaliações da qualidade que serão

realizadas ao longo do próximo período. Quando as ações

previstas não tiverem sido realizadas conforme o planejado,

preciso que sejam explicitados os motivos que impediram

a realização;

 Registros que demonstrem claramente as avaliações

realizadas conforme definidas;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 85


 Registros da avaliação da efetividade das ações, incluindo

as mudanças necessárias para melhorar os resultados

obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Avaliação da qualidade de produtos.

 Premiação dos empreendimentos.

 Selo da qualidade.

Dicas

 A incubadora pode utilizar instituições parceiras na avaliação da

qualidade dos empreendimentos.

 A avaliação da qualidade pode focar no empreendimento como um

todo ou em um determinado eixo (empreendedor, tecnologia,

capital, mercado e gestão).

 O gerente da incubadora deve participar ativamente do processo

de avaliação da qualidade dos empreendimentos.

 É importante que a incubadora mantenha um portfólio de

especialistas para atuação na avaliação dos empreendimentos.

 Recomenda-se que os resultados da avaliação da qualidade

alimentem a prática de “Comunicação e Marketing”.

6.3.2 Avaliação dos Impactos

Descrição

Essa prática-chave envolve a implantação de um processo sistemático

e documentado de avaliação dos impactos da atuação da incubadora

para o desenvolvimento da região, tomando como base, pelo menos,

um indicador.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 86


Objetivo

Posicionar a incubadora como instrumento efetivo de desenvolvimento.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar a definição e a utilização de indicadores

para avaliação dos efeitos da atuação da incubadora sobre o

desenvolvimento da região.

O gestor deve coordenar a elaboração de relatório técnico que

demostre os resultados da avaliação e os efeitos da atuação da

incubadora sobre o desenvolvimento da região.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de avaliação

dos impactos está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

pessoas que tiveram acesso ao relatório dos impactos gerados

pela incubadora sobre o desenvolvimento da região. Entretanto, a

equipe de gestão pode definir métricas adicionais que permitam

avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

avaliação dos impactos realizadas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 87


A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação identificar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora avalia os efeitos de sua operação sobre o

desenvolvimento da região;

 Registros contendo os resultados das avaliações de

impacto realizadas com base nos indicadores propostos;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações, incluindo

as mudanças necessárias para melhorar os resultados

obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Análise comparativa dos resultados dos empreendimentos apoiados

pela incubadora com relação aos empreendimentos já em operação

na região.

 Análise comparativa dos resultados dos empreendimentos apoiados

pela incubadora com relação a bases de dados secundárias

(exemplos: IBGE, COMEX, IPEA).

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 88


Dicas

 Para a avaliação dos impactos, recomenda-se que a incubadora

defina os valores mínimos a serem alcançados em cada um dos

indicadores definidos.

 O resultado da avaliação irá impactar no planejamento e nas ações

estratégicas da incubadora.

 O gerente deve participar ativamente do processo de avaliação dos

impactos da incubadora para o desenvolvimento da região.

 Recomenda-se que os resultados da avaliação dos impactos

alimentem a prática de “Comunicação e Marketing”.

7 Cerne 3
O foco do Cerne 3, conforme ressaltado no documento Sumário Executivo,

é formalizar uma rede de parceiros para ampliar a atuação da incubadora,

criando instrumentos capazes e efetivos para atender a empresas não

residentes. Assim, nesse nível, a incubadora reforça sua atuação como

um dos “nós” da rede de atores envolvida no processo de promoção da

inovação. Para isso, três práticas-chave precisam ser implantadas nesse

nível, conforme mostrado na Figura 16.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 89


Figura 16 - Cerne 3: Processos-Chave

7.1 Relacionamento Institucional

Descrição

Esse processo-chave envolve processos sistemáticos e documentados

sobre o posicionamento da incubadora como agente proativo em uma

rede de atores para a proposição de políticas públicas voltadas à

promoção do empreendedorismo e da inovação. Para implantar esse

processo-chave, é preciso que o gestor organize a implantação de duas

práticas-chave: interação com o entorno e participação na proposição

de políticas públicas (Figura 17).

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 90


Figura 17 - Relacionamento Institucional: Práticas-Chave

7.1.1 Interação com o Entorno

Descrição

A incubadora deve ter processos sistemáticos e documentados para a

interação com os atores do seu entorno, envolvidos com a promoção

do empreendedorismo e da inovação.

Objetivo

Ampliar o reconhecimento da incubadora, por parte dos atores do

ecossistema de inovação da região, com um ator ativo no apoio à

geração de empreendimentos inovadores.

Elementos-Chave

 Ações

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 91


O gestor deve coordenar a realização de parcerias com outros

atores do ecossistema de inovação de forma a ampliar os apoios

oferecidos aos empreendimentos inovadores.

Essas parcerias devem estar em sintonia com as ações definidas

no planejamento estratégico da incubadora e contribuir para

ampliar os efeitos sobre a qualidade dos empreendimentos

apoiados e sobre o desenvolvimento da região.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de interação

com o entorno está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

projetos executados em parceria com os atores do ecossistema

de inovação da região. Entretanto, a equipe de gestão pode definir

métricas adicionais que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

interação com o entorno realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças nessa

prática-chave, a equipe de gestão deve viabilizar a implantação

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 92


dessas mudanças de maneira que os resultados obtidos sejam

melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza a interação com os demais atores do

Ecossistema de Inovação;

 Registros dos resultados das interações com os demais

atores do ecossistema de inovação;

 Registros que demonstrem a utilização do indicador (ou

indicadores) para avaliar os efeitos gerados pela

incubadora sobre o desenvolvimento da região;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Execução de projetos em cooperação com outros atores do

ecossistema de inovação da região.

 Participação da incubadora em projetos executados por outros

atores do ecossistema de inovação da região.

 Participação no conselho de outros atores do ecossistema de

inovação da região.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 93


 Ações conjuntas com outros ambientes de inovação da região

(incubadora, aceleradora, coworking, parque tecnológico);

Dicas

 É importante que a incubadora tenha clareza sobre o papel e os

objetivos dos outros atores do ecossistema de inovação da região,

de forma a facilitar a realização de ações conjuntas.

 É importante que a incubadora incentive a participação de outros

atores do ecossistema de inovação da região no processo de

incubação (indicação de avaliadoras para a banca de seleção,

oferta de serviços de consultoria, dentre outros).

 A incubadora precisa avaliar os resultados das interações tanto

para a própria incubadora quanto para os outros atores envolvidos.

7.1.2 Participação na Proposição de Políticas Públicas

Descrição

Essa prática-chave envolve a existência de processos sistematizados e

documentados para a participação da incubadora em fóruns nos quais

se proponham políticas públicas voltadas ao empreendedorismo e à

inovação.

Objetivo

Ampliar a participação da incubadora no processo de definição de

políticas públicas voltadas para a promoção do empreendedorismo e

da inovação.

Elementos-Chave

 Ações

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 94


O gestor deve coordenar a participação da incubadora em fóruns

de discussão e na definição de políticas públicas voltadas para a

promoção do empreendedorismo e da inovação.

É preciso que o gestor organize a elaboração de proposições a

serem apresentadas nos fóruns dos quais participa, passando a

ter uma postura propositiva nesses fóruns.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

participação na proposição de políticas públicas está gerando os

resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

fóruns dos quais a incubadora participa. Entretanto, a equipe de

gestão pode definir métricas adicionais que permitam avaliar os

resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

participação na proposição de políticas públicas realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 95


 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora participa de fóruns voltado à proposição de

políticas públicas;

 Registros que demonstrem a participação da incubadora

nos fóruns;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Participação da incubadora no Fórum de Desenvolvimento

Econômico da região.

 Encaminhamento formal pela incubadora de propostas de políticas

públicas para os fóruns adequados.

Dicas

 É importante que a incubadora tenha clareza sobre os fóruns de

definição de políticas públicas da região.

 É importante que a incubadora compreenda os resultados das

políticas públicas voltadas ao empreendedorismo e à inovação.

7.2 Desenvolvimento em Rede

Descrição

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 96


Essa prática-chave envolve a implantação de processos sistematizados

e documentados para a ampliação dos limites de atuação da

incubadora por meio de uma rede de atores que possuem interesses

comuns, compartilhando competências e recursos. Para implantar esse

processo-chave, é preciso que o gestor organize a implantação de três

práticas-chave: Gestão de Mentores, Gestão de Demanda e Oferta e

Incubação Virtual (Figura 18).

Figura 18 - Desenvolvimento em Rede: Práticas-Chave

7.2.1 Rede de Mentores

Descrição

Essa prática-chave envolve a existência de processos sistematizados e

documentados para a operação de uma rede de mentores, formada

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 97


por empresários ou profissionais de destaque e com credibilidade, para

orientar o desenvolvimento dos empreendimentos.

Objetivo

Aumentar a taxa de sucesso dos empreendimentos incubados.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar o planejamento e a operacionalização

da atuação de um grupo selecionado de mentores junto aos

empreendimentos apoiados, realizando um monitoramento dos

resultados dessa atuação.

É necessário que a equipe de gestão faça um levantamento dos

potenciais mentores, de maneira a formar um banco com aquelas

que tenham competências alinhadas ao perfil e às necessidades

dos empreendimentos apoiados pela incubadora.

Os resultados do trabalho dos mentores decorrem fortemente da

sintonia entre mentor e mentorado. Nesse sentido, a equipe de

gestão deve fazer a conexão entre mentores e mentorados com

base na análise de seus perfis e interesses.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de rede de

mentores está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 percentual de empresas que possuem um mentor;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 98


 número de mentores que fazem parte do banco de

mentores da incubadora.

 Número total de horas de mentoria

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de rede

de mentores realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar a necessidade de mudanças, a

equipe de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças

de maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora cria e operacionaliza sua rede de mentores, de

maneira a orientar os empreendimentos incubados;

 Registros que demonstrem a execução das mentorias;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 99


 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Definição de um empresário de sucesso como mentor de uma

empresa incubada.

Dicas

 Os empreendedores graduados podem ser uma boa fonte de

mentores.

 As empresas de grande porte já estabelecidas possuem vários

profissionais que podem ser mentores das incubadas.

7.2.2 Gestão de Ofertas e Demandas

Descrição

Essa prática envolve a existência de processos sistematizados e

documentados para promover a inovação por meio da aproximação

entre ofertas e demandas.

Objetivo

Facilitar o acesso ao mercado por parte das empresas incubadas.

Elementos-Chave

 Ações

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 100


O gestor deve coordenar a sintonia entre as ofertas e as

demandas para estimular a aproximação entre empresas já

estabelecidas e as incubadas, as graduadas e as ICTI.

O gestor deve coordenar um processo de identificação de

demandas de empresas já estabelecidas (especialmente médias e

grandes) para avaliar quais incubadas ou graduadas, ou mesmo

as tecnologias existentes nas ICTI, podem atendê-las.

É necessário estruturar também um processo que viabilize a

interação entre ofertantes e demandantes.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de gestão

de ofertas e demandas está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomendam-se as seguintes métricas:

 número de projetos de conexão entre oferta e demanda

realizados;

 número de empresas incubadas e graduadas que

participaram de projetos de conexão entre oferta e

demanda.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de gestão

de ofertas e demandas realizadas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 101


A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de

maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza a conexão entre oferta e demanda;

 Registros que demonstrem a execução das ações de gestão

de ofertas e demandas;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Realização de projetos de Inovação Aberta entre empresas já

estabelecidas e empresas incubadas ou graduadas.

 Programa de apoio à geração e ao desenvolvimento de

empreendimentos para atender às demandas das empresas já

estabelecidas.

 Operacionalização de consórcio entre empresas incubadas para

atender às demandas das empresas já estabelecidas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 102


Dicas

 O envolvimento de empreendimentos de outros ambientes de

inovação pode ampliar expressivamente as ofertas para atender às

demandas das empresas já estabelecidas;

 Além da solução (produto, serviço, tecnologia), é importante avaliar

se o perfil da empresa ofertante está em sintonia com o esperado

pelas empresas demandantes.

7.2.3 Incubação Virtual

Descrição

A operacionalização dessa prática-chave envolve a existência e

operacionalização de metodologia de incubação virtual definida, de

forma a ampliar a atuação da incubadora.

Objetivo

Ampliar o número de empreendimentos apoiados.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar a estruturação e a operacionalização de

metodologia de incubação virtual que promova a geração e o

desenvolvimento de empreendimentos inovadores.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de incubação

virtual está gerando os resultados esperados.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 103


Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

empreendimentos incubados virtualmente. Entretanto, a equipe de

gestão pode definir outras métricas que permita avaliar os

resultados obtidos a partir das ações de incubação virtual

realizadas.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

incubação virtual realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de

maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza a incubação virtual dos

empreendimentos;

 Registros que demonstrem a oferta da modalidade de

incubação virtual;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 104


 Registros da avaliação da efetividade das ações, incluindo

as mudanças necessárias para melhorar os resultados

obtidos.

Exemplos

 Apoio à incubação de empreendimentos que estão na região de

atuação da incubadora, mas que precisam de estruturas específicas,

tais como cooperativas de catadores de papel, empresas com linha

de produção, dentre outros;

 Apoio à incubação de empreendimentos que estão localizados em

outras regiões.

Dicas

 A interação com os incubados virtuais pode ser realizada por meio

da internet, principalmente para aqueles que estão em outras

regiões.

 A incubadora pode fazer parceria com instituições de outras regiões

para que essas sejam responsáveis pela replicação dos serviços da

incubadora para os empreendimentos virtuais.

 A equipe da incubadora pode se deslocar para a sede dos

empreendimentos de forma a ampliar a interação.

7.3 Responsabilidade Social e Ambiental

Descrição

Esse processo-chave envolve o estabelecimento de uma política voltada

para a adoção de boas práticas de gestão socioambiental. Para

implantar esse processo-chave, é preciso que o gestor organize a

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 105


implantação de duas duas práticas-chave: Gestão Ambiental e

Responsabilidade Social (Figura 19).

Figura 19 - Responsabilidade Social e Ambiental: Práticas-Chave

7.3.1 Gestão Ambiental

Descrição

Essa prática-chave envolve a implantação de processos sistematizados

e documentados para mitigação dos impactos ambientais resultantes

da atuação da incubadora e das empresas incubadas.

Objetivo

Reduzir o impacto ambiental da incubadora e dos empreendimentos

incubados.

Elementos-Chave

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 106


 Ações

O gestor deve coordenar uma avaliação constante da atuação da

incubadora e dos empreendimentos incubados, de forma a

identificar os potenciais impactos ambientais e atuar ativamente

para que sejam mitigados.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de gestão

ambiental está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

ações de gestão ambiental operacionalizadas pela incubadora.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de gestão

ambiental realizadas.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de

maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 107


 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza a gestão ambiental;

 Registros que demonstrem a execução das ações de gestão

ambiental;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Adoção de sistemas de reciclagem de resíduos sólidos.

 Utilização sustentável de recursos naturais.

 Reutilização da água e outros recursos naturais.

 Elaboração da Política Ambiental da incubadora.

 Uso de energias renováveis.

Dicas

 As empresas incubadas precisam ser motivadas para implantar

práticas de gestão ambiental.

 É importante que a incubadora tenha sua própria Política Ambiental.

 A incubadora pode contar com o apoio dos parceiros para a

concepção e operação de seu sistema de gestão ambiental.

7.3.2 Responsabilidade Social

Descrição

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 108


Essa prática-chave envolve a implantação de política de

responsabilidade social voltada para o bem-estar dos seus públicos

interno e externo.

Objetivo

Ampliar o bem-estar dos colaboradores, empreendedores e do público

externo da incubadora.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar a realização de ações contínuas de

responsabilidade social, estimulando que os empreendimentos

apoiados participem e/ou façam suas próprias ações.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

responsabilidade social está gerando os resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

ações de responsabilidade social operacionalizadas pela

incubadora. Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas

adicionais que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

responsabilidade social realizadas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 109


A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto da incubadora.

Quando essa avaliação indicar necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de

maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências:

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza ações de responsabilidade social;

 Registros que demonstrem a execução das ações de

responsabilidade social;

 Registros dos resultados obtidos com as ações de

responsabilidade social, utilizando as métricas estabelecidas

pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos.

Exemplos

 Elaboração da Política de Responsabilidade Social da incubadora.

 Realização de cursos de empreendedorismo para comunidades

carentes.

 Viabilização do uso das soluções dos empreendimentos incubados

e graduados por parte de comunidades carentes.

 Criação do Código de Ética da incubadora.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 110


 Atuação junto a ONGs da região.

 Participação em campanhas de doação (de sangue, de agasalho,

de alimentos, etc.).

Dicas

 É importante que a incubadora amplie a interação com as ONGs

da região.

 A incubadora pode incluir os incubados e graduados em suas ações

de responsabilidade social.

 A incubadora pode contar com o apoio dos parceiros para a

concepção e operação de seu sistema de gestão ambiental.

8 Cerne 4
No Cerne 4, conforme ressaltado no Sumário Executivo, a partir da estrutura

implantada nos níveis anteriores, a incubadora possui maturidade

suficiente para se posicionar globalmente. Para isso, é necessária a

implantação de um único processo-chave, conforme mostrado na Figura

20.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 111


Figura 20 - Cerne 4: Processos-Chave

8.1 Atuação Internacional

Esse processo-chave envolve processos sistemáticos e documentados de

atuação internacional que possibilitem a ampliação de recursos

(financeiros, tecnológicos e humanos), conhecimentos e mercados tanto

para a incubadora como para os empreendimentos. Para isso, esse

processo contém duas práticas-chave: internacionalização da incubadora

e internacionalização dos empreendimentos (Figura 21).

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 112


Figura 21 - Atuação Internacional: Práticas-Chave

8.1.1 Internacionalização da Incubadora

Descrição

Essa prática-chave envolve a implantação de um processo sistematizado

e documentado de atuação em rede com parceiros internacionais para

ampliar a capacidade da incubadora de captar recursos (financeiros,

tecnológicos e humanos), compartilhar conhecimentos e acessar novos

mercados.

Objetivo

Ampliar a atuação internacional da incubadora.

Elementos-Chave

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 113


 Ações

O gestor deve coordenar o planejamento e a execução da atuação

internacional da incubadora, por meio da formalização de uma

rede de parceiros que viabiliza o desenvolvimento de ações e

projetos conjuntos.

A atuação global da incubadora em conjunto com essa rede de

parceiros internacionais pode viabilizar também a captação de

recursos.

Para isso, a equipe de gestão deve conhecer o perfil, as demandas

e as ofertas de cada parceiro em potencial, de maneira a

estruturar estratégias e ações compatíveis.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

internacionalização da incubadora está gerando os resultados

esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

projetos executados com parceiros internacionais. Entretanto, a

equipe de gestão pode definir métricas adicionais que permitam

avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações de

internacionalização da incubadora realizadas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 114


A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto vivenciado por

ela.

Quando essa avaliação indicar necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de

maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza ações que viabilizam a sua

internacionalização;

 Registros que demonstrem a execução das ações de

internacionalização da incubadora;

 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos, quando for o caso.

Exemplos

 Participação em projetos cooperados com ambientes de inovação

de outros países.

 Implantação de um espaço de incubação em ambientes de inovação

de outros países.

Dicas

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 115


 É importante que a incubadora participe ativamente de eventos e

missões internacionais, de forma a identificar potenciais parceiros.

 É importante que a incubadora tenha seu material de comunicação

pelo menos em inglês.

 A equipe da incubadora precisa estar preparada para interagir com

as equipes dos ambientes de inovação de outros países.

8.1.2 Internacionalização dos Empreendimentos

Descrição

Essa prática-chave envolve a operacionalização de um processo

sistematizado e documentado de oferta de serviços (suporte) para que

os empreendimentos possam acessar o mercado global.

Objetivo

Ampliar a atuação internacional das incubadas e graduadas.

Elementos-Chave

 Ações

O gestor deve coordenar o planejamento e a execução de um

conjunto de ações que facilitem a atuação dos empreendimentos

apoiados no mercado global.

É necessário que a equipe de gestão identifique os parceiros

internacionais que podem viabilizar a internacionalização dos

empreendimentos incubados e graduados.

 Métricas

O gestor precisa coordenar a definição de métricas (medidas e/ou

indicadores) que permitam avaliar se a prática-chave de

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 116


internacionalização dos empreendimentos está gerando os

resultados esperados.

Nesse sentido, recomenda-se que a métrica seja o número de

empreendimentos participando de projetos de internacionalização.

Entretanto, a equipe de gestão pode definir métricas adicionais

que permitam avaliar os resultados obtidos.

 Aprendizado

O gestor da incubadora deve organizar periodicamente uma

avaliação da efetividade (eficiência e eficácia) das ações realizadas

de internacionalização dos empreendimentos.

A periodicidade (mensal, trimestral, semestral, anual) dessa

avaliação deve ser definida pela equipe de gestão, tomando como

base a criticidade dessa prática-chave no contexto vivenciado por

ela.

Quando essa avaliação indicar necessidade de mudanças, a equipe

de gestão deve viabilizar a implantação dessas mudanças de

maneira que os resultados obtidos sejam melhores.

 Evidências

O gestor precisa demonstrar as seguintes evidências:

 Procedimento explicitando de que forma (como) a

incubadora realiza ações que viabilizam a

internacionalização de seus empreendimentos;

 Registros que demonstrem a execução das ações de

internacionalização dos empreendimentos;

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 117


 Registros dos resultados obtidos, utilizando as métricas

estabelecidas pela equipe de gestão;

 Registros da avaliação da efetividade das ações realizadas,

incluindo as mudanças necessárias para melhorar os

resultados obtidos.

Exemplos

 Realização de rodadas internacionais de negócios.

 Operação de ações de incubação cruzada.

 Oferta de serviços de softlanding nos países de interesse das

empresas.

Dicas

 É importante que a incubadora participe ativamente de eventos e

missões internacionais, de forma a identificar potenciais parceiros.

 É importante que a incubadora monitore os resultados obtidos com

as ações de internacionalização.

 É importante que a incubadora organize, em parceria com o

ambiente de inovação do país de interesse, todos os serviços

necessários para o acesso ao mercado por parte das empresas

incubadas e/ou graduadas.

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO CERNE 2018 118

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