Você está na página 1de 5

CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

Danielle Santos Evangelista

Análise de caso desenvolvido para disciplina de fisiologia

SALVADOR
2023
Danielle Santos Evangelista

Análise de caso desenvolvido para disciplina de fisiologia

Trabalho apresentado ao curso de


Enfermagem do Centro Universitário Jorge
Amado, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.

Orientador: Prof. Dr. Cayo Amaral Abreu

SALVADOR
2023
Na circunstância problemática em que J.R.S encontra-se, é notório que a intensidade da
lesão medular completa, isso se deve à ausência das funções motoras e sensibilidade, entre T12-
L1 teve impacto significativo na função e qualidade de vida do indivíduo. No entanto antes de
introduzir o processo terapêutico é necessário entender as disfunções decorrentes da lesão,
começando por especificar as características da lesão até a abordagem das disfunções com as
causas especificas, para que assim o profissional de enfermagem possa atuar no processo
terapêutico.
Primeiramente, lesões medulares tem sido cada vez mais frequentes devido ao aumento
da violência urbana, acidentes de trânsito em decorrência da negligência de alguns motoristas
e ferimentos causados por arma de fogo, essas três procedências são as mais comuns já
registradas. O trauma na medula espinhal pode resultar em alterações motoras, sensitivas e
autônomas do indivíduo, pode resultar na perda total ou parcial dos movimentos e da
sensibilidade de membros superiores ou inferiores, como também no funcionamento dos
sistemas fisiológicos, devido sua gravidade e irreversibilidade, lesões como estas exigem do
paciente e da equipe multidisciplinar, uma jornada de reabilitação longa, que pode ou não levar
a cura, mas que pode auxiliar na adaptação social e psicológica.
No caso de J.R.S, o sujeito lesionou-se após sua conduta imprudente e negligente para
com sua vida e a dos outros, o que resultou em sua lesão, é possível que o mesmo enfrente
medidas jurídicas graves após o ocorrido. Inicialmente, todo e qualquer paciente com múltiplas
fraturas é considerado como suspeito de lesão medular, contudo é preciso a imobilização através
da prancha rígida e do colar cervical como neste caso em específico, o colar cervical só pode
ser retirado por um médico ortopedista ou neurologista, o paciente J.R.S chegou ao pronto
socorro desacordado por conta de uma possível concussão cerebral e necessitou de ventilação
mecânica durante seus 15 dias de internação na unidade de terapia intensiva, onde permaneceu
em coma.
Além disso J.R.S após recobrar a consciência, queixou-se de perda dos movimentos
dos membros inferiores, com tais precedências foram realizados exames de imagem, e foi
comprovado um processo inflamatório em sua coluna entre a T12-L1. As características de
lesões nessa área é o dano nos seguimentos nervosos, que pode gerar dores neuropáticas no
paciente, em J.R.S essa dor prosseguiu-se com o “adormecimento” dos membros inferiores, que
por sua vez resultou em paraplegia. O procedimento cirúrgico é realizado com base no sistema
AO da ortopedia, que é um sistema alfanumérico para classificação de lesões ortopédicas, com
tais evidências J.R.S pode ser caracterizado como paciente ASIA-A na escala ASIA para lesão
medular, devido a perda das funções motoras e sensitivas.
As disfunções adquiridas em decorrência da lesão medular desta área como já citado é
a paraplegia; disfunção do trato urinário devido a perda do controle da bexiga que leva a
incontinência urinaria ou dificuldade de esvaziá-la completamente; disfunção do trato intestinal
que resulta na incontinência fecal e constipação; disfunção sexual que resulta na dificuldade de
iniciar ou manter uma ereção e também o paciente pode apresentar um quadro de infertilidade;
a paralisia pode também gerar ulceras por pressão devido a permanência em na mesma posição
por um longo período e por fim espasmos musculares involuntários que podem até ser
dolorosos.
Sendo assim o profissional de enfermagem, pode atuar de diferentes formas, de acordo
com a especialização e demanda. A começar com o tratamento básico de primeiros socorros o
qual J.R.S utilizou inicialmente. Como dito pacientes nesta condição podem ter lesões por
pressão e o enfermeiro pode avaliar e reposicioná-lo para prevenir que ocorra; o profissional de
enfermagem também pode fazer o cateterismo intermitente e na implementação de programas
de evacuação devido a disfunção desses sistemas; enfermeiros podem oferecer apoio emocional
encaminhando o paciente para psicólogos hospitalares e por último na reabilitação física em
parceria direta com fisioterapeutas.
Em suma, é essencial a colaboração da equipe multidisciplinar com médicos,
fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e enfermeiros para a reabilitação de J.R.S
para melhorar a adaptação e qualidade de vida do paciente, para que assim o indivíduo alcance
sua independência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Pessoa com Lesão Medular / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas e
Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 68 p.: il.

KNOCH MENDONÇA, Paula; DIAS ROLAN LOUREIRO, Marisa; PEREIRA FROTA,


Oleci; SCHIAVETO DE SOUZA, Albert. PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO:
AÇÕES PRESCRITAS POR ENFERMEIROS DE CENTROS DE TERAPIA INTENSIVA.
[s. l.], 2017. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/sausoc/2017.v26n3/676-689/pt.
Acesso em: 4 set. 2023.

NEVES DA SILVA BAMPI, Luciana; GUILHEM, Dirce; DUARTE LIMA, David. Qualidade
de vida em pessoas com lesão medular traumática: um estudo com o WHOQOL-bref. [s. l.],
2007. Disponível em: e este resultado Beta
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicações/diretrizes_atencao_pessoa_lesao_medular.pdf.
Acesso em: 4 set. 2023.

ROZENDO DA SILVA, Beatriz; DE SOUZA SILVA, Camila Maria; RAMOS DINIZ, Natália;
GOMES SOARES, Nayara; RIBEIRO NOGUEIRA BARBOSA, Valéria. NDICE DE DOR
NEUROPÁTICA EM UM GRUPO DE PACIENTES COM LESÃO MEDULAR.
Universidade Estadual da Paraíba, 2017. Disponível em: editorarealize.com.br. Acesso em: 4
set. 2023.

Você também pode gostar