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Atualmente o Brasil vive uma situação de calamidade pública com a superlotação do sistema
penitenciário, segundo dados do InfoPEN existem 548003 mil presos para 310687 vagas,
somos o quarto que mais prende seus cidadãos. As condições de sobrevivências nesses
cárceres são subumanas, fazendo com que os presos recorram a organizações criminosas para
manter o mínimo de estabilidade na sua passagem por ali, esses porém acabam se envolvendo
em uma teia de reciprocidade com os dados comandos e quando saem da cadeia, devido a
deficiência no do serviço social de reinclusão, acabam encontrando como alternativa mais
viável a volta ao mundo do crime nas oportunidades encontradas nas suas facções, isso
justifica os dados do PNUD de que mais de 70% da população em situação de reclusão
reincide.

Segundo o estatuto da criança e do adolescente, qualquer jovem acima de 12 anos que


cometa ato inflacionário deverá ser punido com medida sócio-educativa, podendo inclusive
chegar até 9 anos de reclusão, porém durante todo esse período deve passar por trabalhos
que visem o preparar para vida adulta de modo saudável.

A taxa de reincidência no sistema sócio-educativo, proposto pelo ECA, é de 20%, segundo


dados do UNICEF, essa porcentagem é bem menor do que a do sistema penitenciário. Tendo a
mão tal dado significamente importante, que todos acima de 12 anos pagam por seus crimes,
porém existe uma diferença na forma de pagar para os menores de 18 anos, a qual considera
sua fase de transição para vida adulta e o prepara com cuidados, mas sabendo que ainda
temos um aparelho social embrionário: não seria mais interessante investir no aumento de
estruturas ressocializantes para crianças e adolescentes do que entregar-lhes ao já falido e
sem perceptivas sistema penitenciário?

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Segundo o levantamento do InfoPEN: entre 513713 presos, a maior parcela (231429) possui
apenas o fundamental incompleto e desses 2698883 estão em idade economicamente ativa.
Fazendo uma avaliação étnico/racial aproximadamente 295000 desses presos se identificam
como pardos ou negros. Considerando que tendo a mão tais dados é perceptível que o estado
brasileiro tem uma política de governo direcionada para uma determinada cor, que
marginaliza (não dando educação, nem oportunidades de emprego) e depois controla sua
revolta em cárceres análogos a masmorras, você acha que a juventude preta (que já amarga
70% dos assassinatos, segundo o instituto de pesquisa econômica aplicada) deve ser ainda
mais castigada nesse novos moldes da escravidão e com esses neointrumentos de tortura
como é o caso da redução da maior idade penal?

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