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PROPOSTA DE REDAÇÃO – CONCURSO BANCO DO BRASIL

presídios. Mas para toda a sociedade, que vê a escalada da


TEXTO MOTIVACIONAL I criminalidade recrudescer a cada dia. Uma pessoa que já esteve
em situação de cárcere dificilmente voltará a ser vista como um
novo ser, pronta para ser reintegrada ao convívio social. Durante
Mesmo previsto em lei, ensino só chega a 8,9% dos presos no um tempo ainda tentam, vagam em busca de uma porta que se
Brasil abra, mas parecem não se livrar do estigma. Como evitar, então,
Adaptado. Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-01-21/mesmo- a reincidência, a volta à criminalidade?
previsto-em-lei-ensino-so-chega-a-89-dos-presos-no-brasil.html

Dados do Infopen, sistema que coordena as estatísticas O sistema penitenciário brasileiro segue como uma
do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da instituição medieval, onde não faltam os castigos físicos, a
Justiça, mostram que a maioria dos estados (20, incluindo o insalubridade, a masmorra de confinamento e o abandono. A
Distrito Federal) não oferece educação formal a 10% de sua questão do sistema penitenciário não pode ficar apenas nos
população carcerária. No Amapá, nenhum presidiário– de um total discursos eleitoreiros, como os que já se ouvem novamente. Não
de 2.045 – estuda. No Rio Grande do Norte, apenas 1,92% dos adianta apenas construírem cada vez mais penitenciárias de
7.141 presos têm acesso à educação. Dos 137 nessa condição, 66 segurança máxima. Essa política errada e insensível somente faz
estão se alfabetizando. com que, por outro lado, também nos aprisionemos em casas,
apartamentos e condomínios ”de segurança máxima”.
Os dados nacionais re velam que 61,4% dos presos que
estudam estão matriculados no ensino fundamental. São 29.117
estudantes nessa condição. Outros 8.392 (17,7%) alunos de
presídios ainda tentam se alfabetizar. No ensino médio, estão
matriculados mais 7.289 presos e 2.377 fazem cursos técnicos. TEXTO MOTIVACIONAL III
Somente 178 (0,37% dos que estudam) conseguiram chegar à
universidade.

Ester Rizzi, assessora da Ação Educativa, que realiza


estudos sobre a educação em sistemas prisionais, acredita que há
uma “visão forte” entre gestores e sociedade de que o ensino
para presos é “privilégio”. “A violação do direito à educação é
mais uma das violações que ocorrem no nosso sistema prisional. A
pena no Brasil diz respeito à privação de liberdade. Os outros
direitos – à educação, à saúde, à dignidade humana – têm de ser
respeitados”, afirma. Segundo a pesquisadora, a estrutura física
dos presídios é um dos grandes empecilhos para a oferta
educacional nesses ambientes. Além disso, ela acredita que os
gestores educacionais – e não de segurança pública – é que devem
cuidar dessa oferta. Muitas vezes, não são professores das redes
que ministram cursos para os presidiários.

Em São Paulo, essa é uma mudança recente. “É um


avanço porque as políticas chegarão a eles da mesma forma”, diz.
Ester garante ainda que há outro mito em relação aos presos: o
de que eles não se interessam pelos estudos. A Ação Educativa
produziu uma pesquisa no ano passado, entrevistando os Fonte: https://nayrontoledo.com.br/2015/06/17/stj-hc-312486-sexta-turma-admite-
detentos, e constatou que, embora72% dos participantes da desconto-de-pena-pela-leitura/
pesquisa não estivessem estudando, 86% afirmaram que gostariam
de estudar. Mais da metade dos entrevistados nunca passaram por
cursos formais na prisão.
A partir da leitura acima e dos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “A ressocialização dos
TEXTO MOTIVACIONAL II
detentos no Brasil”. O texto deverá se manter no limite de
espaço destinado, entre 25 a 30 linhas, sendo escrito em
letra legível e com caneta esferográfica de tinta preta.
Como evitar a volta à criminalidade?
Adaptado. Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/como-evitar-a-
volta-a-criminalidade-0widp8hf9vgximrx3lvniovgu

Você daria emprego a um ex-presidiário? Com certeza, a


imensa maioria das pessoas responderia negativamente. E isso é
até, em parte, compreensível porque nem o Estado emprega
egresso. Mas não pode ser aceitável. A negação de uma nova
oportunidade na vida para alguém que errou, foi condenado e
cumpriu sua pena perante a Justiça, não é apenas uma resposta.
É a dura e crua realidade, não apenas para os que egressam dos

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