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RELATÓRIO DE ATIVIDADE EXTERNA

Aluno: Bruna Carolina Mamede Pio


R.A.: 319140208
Data: 06/12/2023 Carimbo (do órgão visitado ou
da autoridade) e assinatura
Turma: Direito
Semestre: 10º período
( ) Atividade Complementar (X) Estágio Curricular Obrigatório

AUDIÊNCIA/SESSÃO DE JULGAMENTO

Referência do caso: Procedimento Comum - Ação Acidentária


Órgão visitado: Comarca de Campo Grande – Site: Audiências Online
(https://www.audienciasonline.com.br)
Vara/Câmara: 3ª Vara Cível de Campo Grande/MS
Autos n.: 0824484-48.2014.8.12.0001
Nome do(s) magistrado(s): Alessandro Carlo Meliso Rodrigues
Hora de início: 15:00
Hora do término: 15:30

Relate: (i) a questão que deu origem a causa; (ii) os principais atos praticados desde o ajuizamento até o
presente momento (iii) o que ocorreu durante a audiência/sessão de julgamento; e (iv) a deliberação final
do (s) magistrado (s).
______________________________________________________________________________

Trata-se de Ação Acidentária, proposta por Edgar Santos de Souza em face de INSS - Instituto Nacional
de Seguridade Social.

O requerente era funcionário da Cooperativa Agrícola Mista de Várzea Alegre desde 16/06/2008, filiado
ao regime de Previdência Social, sendo segurado obrigatório. O autor sofreu acidente no local de trabalho que
resultou em sequelas em seu tornozelo e pé com previsão até mesmo de intervenção cirúrgica pelo SUS,
apresentou também, em razão de sua atividade de empilhamento e higienização de caixas de ovos, doença de
transtorno fibroblástico, transtorno de tecidos moles relacionados ao uso excessivo e pressão.

O requerente afastou-se em 08/02/2012 e recebeu Auxílio Doença Previdenciário até o dia 30/06/2012,
porém, ao tentar manter-se sob a tutela da Previdência Social teve seu pedido negado pelo médico sob
justificativa de aptidão.
Ressalta-se que não houve intervenção do Ministério Público e não foi apresentada nenhuma proposta
de acordo pelas partes.

Foi solicitado o depoimento pessoal do autor. Em seu depoimento, o autor alega que sofreu o acidente
em 2009, na empresa CAMVA, ele atuava no setor de serviços gerais há aproximadamente 1 ano. O requerente
conta como sofreu o acidente laboral, torceu o tornozelo em razão da atividade que estava realizando no
momento. Não tinha feito cirurgia até o momento da audiência. O Juiz menciona que o Certificado de Acidente
de Trabalho foi emitido apenas em março de 2012 e pergunta ao autor qual motivo. O autor descreve que estava
em processo e o CAT foi emitido após a sua demissão da empresa, no final de 2011. O autor não foi afastado
após o seu acidente. Foi perguntado pela parte requerida se a empresa oferecia equipamento de proteção, Edgar
disse que só forneciam bota e tampa-ouvido. O autor também alega que não sofria com nenhum problema
ortopédico antes do acidente, somente na perna que já havia fraturado.

Foram arroladas 2 (duas) testemunhas, pela parte autora, quais sejam William Renato Paixão e Marineis
Barbosa. Não houve contradita às testemunhas.

Em seu depoimento, William, diz que conheceu o autor durante 3 anos no convívio na empresa, e que
ele exercia a função de serviços gerais. A testemunha trabalha na empresa desde agosto de 2009. William
testemunhou o acidente de Edgar, ele relata que os funcionários informaram que o autor se machucou, a
testemunha foi até ao departamento de Edgar e percebeu que ele havia fraturado o pé. A testemunha ainda diz
que o autor estava utilizando os equipamentos fornecidos pela empresa, tal como uniforme, protetor de ouvido
e a bota. William diz não ter conhecimento se o autor tinha algum problema ortopédico, pois antes de ir para a
função em que se acidentou, tinha uma função mais “pesada” em seu serviço, como caminhoneiro.

Foi feita uma pergunta pelo preposto do INSS, se fora emitido Comunicação de Acidente de Trabalho
pela empresa. O depoente informou que a empresa não emite esse documento para nenhum funcionário, houve
outro funcionário que teve lesão e a empresa não emitiu.
Em seu depoimento, a testemunha Marineis alega que conheceu Edgar no período em que trabalhava
na empresa. Ela trabalhou na empresa entre 2006 e 2013, exercendo a função de serviços gerais. No dia do
acidente, a depoente estava em seu departamento realizando a quebra dos ovos e foi informada que Edgar tinha
se machucado e estava aguardando o transporte para levá-lo ao posto médico. A depoente não tem
conhecimento se o autor teve algum problema no pé anteriormente. A testemunha não soube informar quanto
tempo Edgar ficou afastado. Informou também que a empresa não emite o CAT aos funcionários e que haviam
outros casos de acidentes no trabalho em que tal documento não foi emitido. Não houveram perguntas pela
parte ré.

Em seguida, pelo procurador do INSS foi postulado a expedição de ofício para o órgão empregador da
parte autora, a fim de que seja juntado aos autos o documento relacionado ao Perfil Profissiográfico
Previdenciário do autor, a fim de complementar a produção da prova pericial já realizada, especialmente no
tocante à comprovação do nexo de causalidade. A advogada da parte autora concordou com a expedição do
ofício na forma requerida.

Foi deferido o pedido para expedição de ofício, com prazo de 10 (dez) dias. Também pediu que, com a
juntada aos autos da resposta, se dê conhecimento ao perito judicial nomeado a fim de complementação do
laudo pericial já juntado aos autos, notadamente em relação aos esclarecimentos necessários quanto à
configuração do nexo de causalidade entre o acidente e a incapacidade constatada. E após a manifestação do
perito, seria dada nova conclusão para o prosseguimento do feito.

Quanto à sentença, não foi prolatada sentença em audiência. Foi estabelecido prazo de 10 dias para
expedição de ofício.

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