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EXMO(A) SR.

(A) JUÍZ (A) DA 48ª VARA DO TRABALHO DE BELO


HORIZONTE/MG.

Referência: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA


Processo Nº. 0010100-20.2023.5.03.0048

XYZ TECNOLOGIA S.A., inscrita no CNPJ/MF n° 12.345.678/0001-


23, órgão expedidor/UF. ( ), com sede na Avenida Principal, Nº 789, Bairro Industrial,
Cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, C.E.P. ( ), telefone Nº. ( ), e e-mail ( ),
neste ato representado por seu advogado que ao final subscreve, conforme procuração
anexa, cujo endereço encontra-se a (endereço completo), através de seu representante
legal, TOMÁS ANDRADE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da
cédula de identidade RG. Nº. (___), órgão expedidor/UF. ( ), e inscrito no CPF sob o
Nº. (___), residente e domiciliado na Rua (__), Nº. (__), Bairro (__), Cidade de (___),
(estado), C.E.P. ( ), telefone Nº. ( _ ), e e-mail ( _ ), vem respeitosamente à presença
de Vossa Excelência no prazo legal e com documentos acostados, requerer a presente:

CONTESTAÇÃO, em face de JOÃO DA SILVA, brasileiro, casado,


analista de sistemas, portador da cédula de identidade RG. Nº. 9876543-2, órgão
expedidor/UF. ( ), e inscrito no CPF sob o Nº. 12.456.789-00, residente e domiciliado
na Rua das Flores, Nº. 123, Bairro Feliz, Cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais,
C.E.P. ( ), telefone Nº. ( _ ), e e-mail ( _ ). Sócio Unitário da empresa de prestação
de serviços denominada, SERVIÇOS ESPECIALIZADOS LTDA. ME, já

(Endereço do Escritório)
devidamente qualificada nos autos do processo originário na condição de reclamante do
processo supracitado de RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com fulcro no artigo 5º,
inciso LV, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), aos artigos 769 e 847, da
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), e artigos 335 a 342 do Código de Processo
Civil (CPC), e respeitando o rito ordinário, pelas razões de fato de direito a seguir
expostas:

I – NOME DOS ADVOGADOS

O Reclamado informa os nomes e endereços dos advogados habilitados nos


querela, aptos a serem intimados dos atos processuais conforme o novo Código de
Processo Civil, art. 1.016, inc. IV:

DO RECLAMADO: Dr. (______), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção


do Estado, sob o nº. (_____), com escritório profissional sito na Rua (________), nesta
Cidade, endereço eletrônico (________);

DO RECLAMANTE: Dr. (______), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção


do Estado, sob o nº. (_____), com escritório profissional sito na Rua (________), nesta
Cidade, endereço eletrônico (________);

II – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Conforme exposto pelo reclamante a empresa declarar passar por


condições orçamentarias adversas, não tendo condições de litigar com o contratado,
uma vez, que houve a necessidade de rescindir o contrato com a empresa de João.

(Endereço do Escritório)
Solicito a gratuidade das despesas processuais, pois a reclamada não poderá
arcar com as despesas do processo sem comprometimento da manutenção de patrimônio
líquido, conforme farta documentação anexa, para fins de comprovação de direito ao
benefício da assistência jurídica gratuita, neste sentido, como previsto no artigo 98 do
Novo Código de Processo Civil (Lei Nº. 13.105/15) quanto no entendimento
Jurisprudencial dispõe que, na Súmula 463 I, do TST, preconiza que “A partir de
26.06.2017, para concessão da assistência judiciaria gratuita à pessoa natural ou
jurídica, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou seu
advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para este fim
(artigo 105 do Código de Processo Civil de 2015)”, bem como o art. 790, §4º, da
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), dispõe que o “benefício da justiça gratuita
será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das
custas do processo”.

Nestes termos, a mera declaração da parte e farta documentação, faz parte


anexa, de que, a empresa não possui condições de arcar com as despesas do processo,
afigura-se suficiente para demonstrar tal hipossuficiência, e, via de consequência, para a
concessão da assistência jurídica gratuita, mesmo com as alterações conferidas pela Lei
n° 13.467/2017.

Diante do exposto, nos termos do art. 790, §3º e §4º, da CLT, requer lhe seja
deferido a gratuidade judiciária.

III– DO MÉRITO

III. I – SÍNTESE DA RELAÇÃO DE TRABALHO

João da Silva foi contratado pela XYZ Tecnologia S.A. por meio da empresa da
qual é o único sócio, a Serviços Especializados Ltda. ME, para exercer as atividades de
analista de sistemas. Para tanto, foi firmado contrato de prestação de serviços entre a
XYZ Tecnologia S.A. e a Serviços Especializados Ltda. ME.

(Endereço do Escritório)
Nele consta que o início da prestação de serviços foi o dia em 1º de abril de 2022
e que eles deveriam ser realizados presencial e exclusivamente por João da Silva. Em
julho de 2022, João da Silva foi diagnosticado com câncer de próstata e precisou de
tratamento médico. Ele alega que informou a XYZ Tecnologia S.A. sobre sua condição
e realizou pausas para o tratamento, períodos em que foi mantido o pagamento mensal
previsto no contrato de prestação de serviços. Desde o início de 2023, embora ainda
esteja em acompanhamento médico, está apto ao trabalho, exercendo normalmente suas
funções para as quais foi contratado por intermédio da empresa da qual é o único sócio.
No entanto, em 29 setembro de 2023, a XYZ Tecnologia S.A. decidiu encerrar o projeto
em que João estava trabalhando e, como resultado, rescindiu o contrato firmado com a
Serviços Especializados Ltda. ME. Embora a XYZ Tecnologia S.A. alegue razões
orçamentárias e a conclusão do projeto como justificativa para a dispensa, João acredita
que o contrato foi rescindido devido à sua condição de saúde. Ele declara que, no
momento da contratação, não foi lhe dada opção, a não ser a contratação a ser realizada
por meio de sua empresa (Serviços Especializados Ltda.). Informa que tinha que estar
presente pessoalmente na empresa todos os dias, em horários pré-determinados. Caso
precisasse faltar, era necessário o consentimento de seu chefe, que era funcionários da
XYZ Tecnologia S.A. Afirma que o pagamento era mensal, totalizando 12 (doze)
parcelas ao longo do ano. Não recebeu nem gozou nenhumas férias, assim como nunca
recebeu qualquer valor a título de décimo terceiro salário. Salienta que recebeu pela
prestação de serviços relativa aos 29 (vinte e nove) dias de setembro de 2023. Ele está
desempregado, necessitando de ajuda de familiares para sobreviver. Em que pese tal
situação, o trauma gerado pela dispensa foi tão grande que fica em estado de pânico
quando ventilada a possibilidade de retorno às atividades em prol da XYZ Tecnologia
S.A.
Em contrapartida o Sr. Tomás Andrade, informa que os fatos acima narrados não
correspondem à realidade.
Ele diz que a contratação se deu por meio de pessoa jurídica em virtude de ser
uma prestação de serviços especializada, somente para o denominado “Projeto Alfa”.
Aduz que João da Silva é o maior expert na temática para a qual foi contratado. Afirma
que, no meio de tecnologia da informação, ele tem excelente reputação e que presta
serviços, inclusive, para diversos concorrentes da reclamada.
Tomás informa que a contratação ocorreu no período declinado na petição
inicial, mas que a prestação de serviços nem sempre era feita somente por João da Silva.

(Endereço do Escritório)
Em diversas ocasiões, João enviou em seu lugar outra pessoa, como o Sr. Elder
Magalhães e o Sr. João Paulo Ribeiro, sem que fosse necessária qualquer prévia
anuência ou consentimento da reclamada. Essas pessoas prestaram os serviços
contratados quando do agravamento do quadro de saúde que lhe acometia. Tomás
informou que tinha ciência do câncer na próstata que João foi acometido e que sabia que
o reclamante estava em tratamento.
Em conversa privada com o obreiro, chegou a oferecer indicações de médicos
renomados para que pudesse cuidar da sua saúde da melhor maneira possível. Tomás
entregou cópia de prints das redes sociais da empresa Serviços Especializados Ltda.
ME, em que se verifica a prestação de serviços para mais de uma dezena de outras
empresas, o que contraria a tese de que a contratação teria se dado por meio da pessoa
jurídica com o objetivo de fraudar a legislação trabalhista. Em vários desses prints,
existem fotos de João da Silva em estabelecimento comercial de outras empresas, ou
seja, em locais diferentes da sede da reclamada, para onde costumeiramente se
deslocava para a prestação de serviços, inclusive, nos mesmos meses em que houve
prestação de serviços em prol da reclamada.
Por fim, ele lhe entrega cópia do distrato firmado entre a Serviços
Especializados Ltda. ME e a reclamada, em que consta que houve a rescisão naquele
momento em virtude do término do “Projeto Alfa”. Ele também demonstrou que houve
o distrato de diversas outras empresas que foram contratadas para atuar no mesmo
projeto, com o fito de demonstrar que a rescisão contratual não teve nenhuma relação
com a doença que acomete o obreiro.

IV – DO DIREITO DO TRABALHO

IV. I– DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO – TERCERIZAÇÃO

O reclamante Sr. João da Silva, foi contratado pela reclamada a empresa XYZ
TECNOLOGIA S.A. em 1º de abril de 2022 para exercer as funções de analista de
sistemas.
Vislumbrando o não cumprimento da legislação trabalhista, sua contratação se
deu mediante contrato de prestação de serviços celebrado entre a reclamada e a Serviços

(Endereço do Escritório)
Especializados Ltda. ME, empresa da qual o reclamante é o único sócio. Tratando-se de
uma típica hipótese de “pejotização”, que não é aceita pelo ordenamento jurídico pátrio.
Tendo em vista, a forma como foi realizada a contratação, o reclamante deveria
prestar serviços nas dependências da reclamada, obrigado a cumprir jornada diária, bem
como, caso houvesse a necessidade de se ausentar, deveria ter previa autorização de sua
chefia.
Portanto, conforme observado nos fatos supracitados, observa-se que os
requisitos previstos no art. 3º da CLT, estão presentes no contrato, por essa razão o
vínculo empregatício deve ser declarado.
Insta que João, alega que a contratação fora realizada por intermédio da
Serviços Especializados Ltda. ME com propositura da reclamada burlar a legislação
trabalhista, o que atrai a aplicação do art. 9º da CLT e, consequentemente, a nulidade do
contrato de prestação de serviços também consolidado. Neste sentido, é pacífica a
jurisprudência:

VÍNCULO DE EMPREGO. "PEJOTIZAÇÃO". ARTIGO 9º DA CLT.


FRAUDE À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. No presente caso, a
"pejotização" foi utilizada para burlar o cumprimento dos direitos
trabalhistas devidos ao empregado, que foi induzido a constituir
pessoa jurídica para firmar contrato de prestação de serviços com a
empregadora/contratante. Trata-se de tentativa de dissimulação da
relação de emprego existente entre o autor e a primeira ré, o que não
se admite no ordenamento jurídico pátrio, atraindo a aplicação do art.
9º da CLT. (TRT-3 - RO: 00103295920215030153 MG 0010329-
59.2021.5.03.0153, Relator: Des.Antonio Gomes de Vasconcelos,
Data de Julgamento: 18/02/2022, Decima Primeira Turma, Data de
Publicação: 22/02/2022.)

Porém, a lei diz que para que se configure o vínculo empregatício há a


necessidade do preenchimento de alguns requisitos, conforme estabelecido pelo art. 3º
da Consolidação das Leis do Trabalho: considera-se empregado toda e qualquer pessoa
física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência
deste e mediante salário

(Endereço do Escritório)
Neste sentido, os requisitos para a caracterização do vínculo empregatício são:
serviço prestado por pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, subordinação e
onerosidade.

Caso falte qualquer um desses pressupostos, inexiste a relação de emprego.

O serviço deve ser prestado por pessoa física, tendo em vista que não tem como
uma pessoa jurídica ser empregada/funcionária, o que ocorre com as pessoas jurídicas
são as entabulações de contratos, como os de prestação de serviços s, por exemplo.
Assim, para que se configure como empregado, deve, obrigatoriamente, se tratar de
pessoa física.

O requisito da pessoalidade se refere ao fato de que o empregado, e somente ele,


é quem pode prestar o serviço contratado, ou seja, se João foi admitido nos quadros de
determinada empresa para exercer a função de analista de sistemas, somente João é
quem poderá fazê-lo, não podendo pedir para que um terceiro trabalhe em seu lugar.

A não eventualidade se evidencia pelo fato de que o trabalho deve ser prestado
de forma habitual, ou seja, de maneira contínua. Ressalta-se que a CLT não determina
que os serviços sejam prestados todos os dias da semana, podendo ser semanal,
quinzenal, mensal, desde que haja uma habitualidade. A título de exemplo, o empregado
que trabalha toda segunda, quarta e sexta caracteriza a habitualidade, pois é contínua a
prestação de serviços nesses dias, pois a não eventualidade determina que o empregado
trabalhe de maneira habitual.

A subordinação se caracteriza pelo recebimento de ordens. Neste sentido, para


que se caracterize o requisito da subordinação, o empregado deve estar sujeito às ordens
do empregador, obedecendo a este quanto ao serviço executado, o horário trabalhado
etc. Sem subordinação, inexiste vínculo de emprego.

O requisito da onerosidade determina que os serviços prestados devem ser


remunerados, ou seja, se o trabalho realizado é a título gratuito, inexiste o vínculo de
emprego.

Deste modo, para que se caracterize a relação empregatícia, faz-se necessário o


preenchimento dos requisitos da pessoalidade, pessoa física, onerosidade, subordinação
e não eventualidade, devendo cada caso ser analisado sob a ótica de tais pressupostos
(Endereço do Escritório)
para a caracterização do vínculo de emprego. Embora a exclusividade não constitua um
dos requisitos da relação de emprego, o fato de prestar concomitantemente serviços a
vários tomadores também pode enfraquecer a tese obreira.

O que diz respeito à prevalência do que foi ajustado entre os contratantes, em


consagração à boa-fé objetiva prevista no art. 422 do Código Civil, e à autonomia da
vontade. A inexistência de vício de consentimento no momento da celebração contratual
não pode ser deixada de lado. Neste sentido, observa-se a leitura do acórdão proferido
pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, nos autos de nº 0000662-
25.2017.5.10.0014, exposto abaixo:

VÍNCULO EMPREGATÍCIO. INEXISTÊNCIA. PRESTAÇÃO DE


SERVIÇOS POR MEIO DE "EMPRESA CONSTITUÍDA PELO
PRÓPRIO TRABALHADOR. O trabalhador que desenvolve suas
atividades por meio de empresa por ele constituída, observando
todas as prescrições legais para a criação de pessoa jurídica, tendo
inscrição no CNPJ e não comprovando vício de consentimento na
contratação autônoma, não pode ser considerado empregado da
empresa com quem celebrou contrato de prestação de serviços".
(Desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran). (TRT/10; RO
XXXXX-2011-008-10-00-1; 1ª Turma; Rel: Des. FLÁVIA SIMÕES
FALCÃO; DJE de 13/7/2012). Recurso conhecido e desprovido.
(TRT-10 - RO: XXXXX20175100014 DF, Data de Julgamento:
24/04/2019, 1ªTURMA, Data de Publicação: 28/04/2019)

IV. II– DAS MULTAS RECISÓRIAS

João, requereu a reclamada que fosse realizado o pagamento da multa


rescisória prevista no art. 477, inciso 8º, da CLT.

Nos termos da Súmula nº 462, do Colendo TST, onde o


reconhecimento do vínculo de emprego em juízo não afasta a aplicação da referida
multa, até porque não houve o pagamento de qualquer valor após rompido o contrato.

Dados os fatos, requereu o reclamante a condenação da reclamada ao


pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT.

Porém, em que pese a existência de Súmula do TST, a matéria pode e


deve ser debatida, haja vista que ela não tem caráter vinculante.

(Endereço do Escritório)
O vínculo empregatício é controverso, sendo que a previsão de
incidência do próprio art. 477, §8º, da CLT, é aplicação de multa quando as verbas
rescisórias incontroversas não forem quitadas no prazo legal.

A este respeito sugere-se a leitura do acórdão prolatado pelo Egrégio


Regional do Trabalho da 2ª Região nos autos de nº 1002117-49.2017.5.02.0719, abaixo
descrito:

VÍNCULO DE EMPREGO RECONHECIDO EM JUÍZO. MULTA


DO ART. 477, § 8º, DA CLT. INDEVIDA. O vínculo empregatício
foi reconhecido apenas judicialmente, por meio da presente ação,
portanto, não havia a obrigação da ré de pagar as verbas rescisórias
dentro do prazo previsto no art. 477 da CLT, eis que controvertidas à
época. Indevida a aplicação da multa prevista no art. 477, § 8º, da
CLT, em consonância com o entendimento consubstanciado na Tese
Jurídica Prevalecente n.º 2 deste Regional. Recurso ordinário da
segunda reclamada a que se dá parcial provimento. (TRT-2
XXXXX20175020719 SP, Relator: MARGOTH GIACOMAZZI
MARTINS, 3ª Turma - Cadeira 3, Data de Publicação: 23/02/2022)

IV. III– DA DISPENSA DISCRIMINATÓRIA

Na intenção de preservar os princípios protetivos ao empregado, a Constituição


Federal de 1988 prevê, no artigo 7º, como um dos direitos fundamentais dos
trabalhadores urbanos e rurais, a “relação de emprego protegida contra despedida
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos”.
No entanto, embora o reclamante tenha alegado que seu contrato foi rompido em
virtude de discriminação decorrente do fato de estar acometido com câncer de próstata,
requerendo assim, a condenação da reclamada ao pagamento, em dobro, da
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros
legais até a sentença, assim como indenização por danos morais. É cediço que a
dispensa de pessoa com doença estigmatizante é presumida como discriminatória.
Todavia, trata-se de presunção relativa, ou seja, que admite prova em sentido
contrário. As informações prestadas por Tomás, o representante legal da reclamada são
valiosas neste sentido, em especial, o fato de o encerramento contratual ter se dado pelo
término do “Projeto Alfa” para o qual João, foi contratado. Houve, portanto, motivação
distinta da que foi alegada pelo reclamante para o encerramento contratual.

(Endereço do Escritório)
V – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCOS

Requer os honorários advocatícios de sucumbência nos percentuais de 15%, nos


termos do art. 791-A da CLT, no valor que resultar a liquidação da sentença.
Caso ocorra a improcedência de determinados requerimentos, será admitido em
atenção o que se permite o princípio da eventualidade, a exigibilidade do pagamento de
honorários sucumbenciais pelo obreiro deverá ser suspendida, uma vez, que haja o
deferimento da justiça gratuita.
Além do exposto, observadas tais situações, requerer que, em caso de
condenação não seja a reclamada responsável pelo pagamento de honorários
advocatícios.

V – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer-se a reclamada através de seu advogado, solicitar a


Vossa Excelência:

I. Que seja julgada improcedente a existência de vínculo de empregatício


no período de 01/04/2022 a 01/11/2023.

II. Que seja negado ao reclamante o pagamento das seguintes verbas


rescisórias:

 Aviso prévio de 33 dias ..............R$ (_____);


 Férias indenizadas + 1/3 constitucional do período aquisitivo
2022/2023............................R$ (_____);
 Pagamento de 7/12 de férias proporcionais + 1/3 constitucional do período
aquisitivo 2022/2023..............................R$ (_____);
 Pagamento de 9/12 de décimo terceiro salário de 2022 ........... R$ (_____);

(Endereço do Escritório)
 Pagamento de 10/12 de décimo terceiro salário de 2023 ............... R$ (_____);
 Do valor mensal do FGTS durante todo o pacto laboral ............. R$ (_____);
 Multa de 40% do FGTS.....................R$ (_____);

III. Que seja julgado improcedente o pagamento da multa do art. 477 da


CLT..........................R$ (_____);

IV. Que seja julgado improcedente o pagamento dos salários e das demais
verbas remuneratórias, em dobro, desde a rescisão do contrato de
trabalho até a prolação da sentença na presente reclamação
trabalhista ......R$ (_____);

V. Que a condenação do pagamento de indenização por danos


morais.................. R$ (_____), seja julgada improcedente;

VI. Que a gratuidade da justiça seja deferida;

VII. Que negado o pedido da reclamante para que a reclamada seja


condenada a custear o pagamento dos honorários advocatícios de
sucumbência.

Todas as prova admitidas em direito serão de anexadas e disponibilizadas por


intermédio do alegado, bem como, a oitiva das testemunhas, e o depoimento do
representante da empresa.

Dá-se ao valor da causa de R$ 100,000,00 (cem mil reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

(Endereço do Escritório)
Cidade, ______ de ________________de ________.

Advogado:.
OAB Nº. (____)

(Endereço do Escritório)

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