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PM-ES/CBM-ES
Soldado Combatente (QPMP-C)
Soldado Combatente Bombeiro Militar (QPCBM)
Edital de Abertura N ° 04/2018, de Junho de 2018
Edital de Abertura N ° 03/2018 – CFO 2018/PMES, de 20 de Junho de 2018
JH078-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Matemática
• Noções de Informática
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Noções de Informática
1. Informática: Conceitos e fundamentos básicos. ..................................................................................................................................... 01
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de e-mails,
reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem, antivírus). .............................................................................................................. 01
3. Identificação e manipulação de arquivos. ................................................................................................................................................ 01
4. Backup de arquivos. ........................................................................................................................................................................................... 64
5. Periféricos de computadores.......................................................................................................................................................................... 01
6. Ambientes operacionais: utilização dos sistemas operacionais Windows XP Profissional e Windows 7 e Windows
10. ....................................................................................................................................................................................................................01
7. Utilização dos editores de texto (Microsoft Word e Libreoffice Writer). ...................................................................................... 21
8. Utilização dos editores de planilhas (Microsoft Excel e Libreoffice Calc.). ................................................................................... 21
9. Utilização do Microsoft PowerPoint e Libreoffice Impress. ................................................................................................................ 21
10. Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, busca e pesquisa na Web. ................................................... 55
11. Navegadores de internet: Mozilla Firefox, Google Chrome............................................................................................................. 55
SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................ 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).
Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
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LÍNGUA PORTUGUESA
de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)
10
LÍNGUA PORTUGUESA
Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.
* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”
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- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
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Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
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- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)
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São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.
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- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)
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Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
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Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré
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LÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.
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- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais
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* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.
- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).
* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.
* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
Modo Indicativo
Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito mais-que-perfeito
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
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Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Infinitivo Pessoal
* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro-
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
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Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.
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2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
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4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
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LÍNGUA PORTUGUESA
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
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LÍNGUA PORTUGUESA
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.
Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva
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LÍNGUA PORTUGUESA
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)
d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!
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LÍNGUA PORTUGUESA
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
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LÍNGUA PORTUGUESA
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
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LÍNGUA PORTUGUESA
É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de Som
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.
1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.
A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia
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LÍNGUA PORTUGUESA
2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia. textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E) a energia e o barulho. dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.
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c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução
1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
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Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.
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A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
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O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.
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Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:
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Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.
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Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.
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Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função
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LÍNGUA PORTUGUESA
específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
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LÍNGUA PORTUGUESA
própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
110
LÍNGUA PORTUGUESA
A é igual a B.
A é igual a C.
Argumentação Então: C é igual a A.
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigato-
informação a alguém. Quem comunica pretende criar uma riamente, que C é igual a A.
imagem positiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito Outro exemplo:
educado, ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja
que o que diz seja admitido como verdadeiro. Em síntese, Todo ruminante é um mamífero.
tem a intenção de convencer, ou seja, tem o desejo de que A vaca é um ruminante.
o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele propõe. Logo, a vaca é um mamífero.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunica-
ção, todo texto contém um componente argumentativo. A Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a con-
argumentação é o conjunto de recursos de natureza linguís- clusão também será verdadeira.
tica destinados a persuadir a pessoa a quem a comunica- No domínio da argumentação, as coisas são diferen-
ção se destina. Está presente em todo tipo de texto e visa a tes. Nele, a conclusão não é necessária, não é obrigatória.
promover adesão às teses e aos pontos de vista defendidos. Por isso, deve-se mostrar que ela é a mais desejável, a
As pessoas costumam pensar que o argumento seja mais provável, a mais plausível. Se o Banco do Brasil fi-
apenas uma prova de verdade ou uma razão indiscutível zer uma propaganda dizendo-se mais confiável do que
para comprovar a veracidade de um fato. O argumento é os concorrentes porque existe desde a chegada da família
mais que isso: como se disse acima, é um recurso de lin- real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
guagem utilizado para levar o interlocutor a crer naquilo banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por
que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o que está isso, confiável. Embora não haja relação necessária entre
sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio a solidez de uma instituição bancária e sua antiguidade,
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de esta tem peso argumentativo na afirmação da confiabili-
recursos de linguagem. dade de um banco. Portanto é provável que se creia que
Para compreender claramente o que é um argumento, um banco mais antigo seja mais confiável do que outro
é bom voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do sécu- fundado há dois ou três anos. Enumerar todos os tipos de
lo IV a.C., numa obra intitulada “Tópicos: os argumentos são argumentos é uma tarefa quase impossível, tantas são as
úteis quando se tem de escolher entre duas ou mais coisas”. formas de que nos valemos para fazer as pessoas prefe-
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e rirem uma coisa a outra. Por isso, é importante entender
uma desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisa- bem como eles funcionam.
mos argumentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos Já vimos diversas características dos argumentos. É
de escolher entre duas coisas igualmente vantajosas, a ri- preciso acrescentar mais uma: o convencimento do inter-
queza e a saúde. Nesse caso, precisamos argumentar sobre locutor, o auditório, que pode ser individual ou coletivo,
qual das duas é mais desejável. O argumento pode então será tanto mais fácil quanto mais os argumentos estive-
ser definido como qualquer recurso que torna uma coisa rem de acordo com suas crenças, suas expectativas, seus
mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no do- valores. Não se pode convencer um auditório pertencente
mínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomina.
crer que, entre duas teses, uma é mais provável que a ou- Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele
tra, mais possível que a outra, mais desejável que a outra, considera positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja
é preferível à outra. vem com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão
O objetivo da argumentação não é demonstrar a ver- nacional. Nos Estados Unidos, essa associação certamente
dade de um fato, mas levar o ouvinte a admitir como ver- não surtiria efeito, porque lá o futebol não é valorizado
dadeiro o que o enunciador está propondo. da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo de um
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argu- argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalo-
mentação. O primeiro opera no domínio do necessário, rizado numa dada cultura.
ou seja, pretende demonstrar que uma conclusão deriva
necessariamente das premissas propostas, que se deduz Tipos de Argumento
obrigatoriamente dos postulados admitidos. No raciocínio
lógico, as conclusões não dependem de crenças, de uma Já verificamos que qualquer recurso linguístico desti-
maneira de ver o mundo, mas apenas do encadeamento de nado a fazer o interlocutor dar preferência à tese do enun-
premissas e conclusões. ciador é um argumento. Exemplo:
111
LÍNGUA PORTUGUESA
“A imaginação é mais importante do que o conheci- É aquele que opera com base nas relações lógicas, como
mento.” causa e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses racio-
cínios são chamados quase lógicos porque, diversamente dos
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. raciocínios lógicos, eles não pretendem estabelecer relações ne-
Para ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, cessárias entre os elementos, mas sim instituir relações prováveis,
não há conhecimento. Nunca o inverso. possíveis, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”,
“B é igual a C”, “então A é igual a C”, estabelece-se uma relação
Alex José Periscinoto. de identidade lógica. Entretanto, quando se afirma “Amigo de
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 amigo meu é meu amigo” não se institui uma identidade lógica,
mas uma identidade provável.
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmen-
mais importante do que o conhecimento. Para levar o te aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que
auditório a aderir a ela, o enunciador cita um dos mais concorrem para desqualificar o texto do ponto de vista lógico:
célebres cientistas do mundo. Se um físico de renome fugir do tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões
mundial disse isso, então as pessoas devem acreditar que não se fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afir-
que é verdade. mações gerais com fatos inadequados, narrar um fato e dele ex-
Argumento de Quantidade trair generalizações indevidas.
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior Argumento do Atributo
número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem
É aquele que considera melhor o que tem proprieda-
maior duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fun-
des típicas daquilo que é mais valorizado socialmente, por
damento desse tipo de argumento é que mais = melhor. A pu-
exemplo, o mais raro é melhor que o comum, o que é mais
blicidade faz largo uso do argumento de quantidade.
refinado é melhor que o que é mais grosseiro, etc.
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequên-
Argumento do Consenso
cia, celebridades recomendando prédios residenciais, pro-
dutos de beleza, alimentos estéticos, etc., com base no fato
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamen-
de que o consumidor tende a associar o produto anunciado
ta-se em afirmações que, numa determinada época, são aceitas
com atributos da celebridade.
como verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a me- Uma variante do argumento de atributo é o argumento
nos que o objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da competência linguística. A utilização da variante culta e
da ideia de que o consenso, mesmo que equivocado, correspon- formal da língua que o produtor do texto conhece a norma
de ao indiscutível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que linguística socialmente mais valorizada e, por conseguinte,
aquilo que não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, deve produzir um texto em que se pode confiar. Nesse sen-
por exemplo, as afirmações de que o meio ambiente precisa ser tido é que se diz que o modo de dizer dá confiabilidade ao
protegido e de que as condições de vida são piores nos países que se diz.
subdesenvolvidos. Ao confiar no consenso, porém, corre-se o Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de
risco de passar dos argumentos válidos para os lugares comuns, saúde de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das
os preconceitos e as frases carentes de qualquer base científica. duas maneiras indicadas abaixo, mas a primeira seria infini-
tamente mais adequada para a persuasão do que a segunda,
Argumento de Existência pois esta produziria certa estranheza e não criaria uma ima-
gem de competência do médico:
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levan-
aceitar aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que do em conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe
é apenas provável, que é apenas possível. A sabedoria popular médica houve por bem determinar o internamento do gover-
enuncia o argumento de existência no provérbio “Mais vale um nador pelo período de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro
pássaro na mão do que dois voando”. de 2001.
112
LÍNGUA PORTUGUESA
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e por- de e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
que alguns deles são barrapesada, a gente botou o governa- construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas
dor no hospital por três dias. qualidades não se prometem, manifestam-se na ação.
Como dissemos antes, todo texto tem uma função argu- A argumentação é a exploração de recursos para fazer
mentativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, parecer verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso,
para ser ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de levar a pessoa a que texto é endereçado a crer naquilo que
comunicação deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro ele diz.
que pretenda ser, um texto tem sempre uma orientação ar- Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e ex-
gumentativa. pressa um ponto de vista, acompanhado de certa funda-
A orientação argumentativa é uma certa direção que o mentação, que inclui a argumentação, questionamento,
falante traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao com o objetivo de persuadir. Argumentar é o processo pelo
falar de um homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, qual se estabelecem relações para chegar à conclusão, com
de ridicularizá-lo ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza. base em premissas. Persuadir é um processo de conven-
O enunciador cria a orientação argumentativa de seu cimento, por meio da argumentação, no qual procura-se
texto dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamen-
to e seu comportamento.
certos episódios e revelando outros, escolhendo determina-
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persua-
das palavras e não outras, etc. Veja:
são válida, expõem-se com clareza os fundamentos de
“O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras
uma ideia ou proposição, e o interlocutor pode questionar
trocavam abraços afetuosos.” cada passo do raciocínio empregado na argumentação. A
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que persuasão não válida apoia-se em argumentos subjetivos,
noras e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria apelos subliminares, chantagens sentimentais, com o em-
escolhido esse fato para ilustrar o clima da festa nem teria prego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mímica e
utilizado o termo até, que serve para incluir no argumento até o choro.
alguma coisa inesperada. Alguns autores classificam a dissertação em duas mo-
Além dos defeitos de argumentação mencionados dalidades, expositiva e argumentativa. Esta, exige argu-
quando tratamos de alguns tipos de argumentação, vamos mentação, razões a favor e contra uma ideia, ao passo que
citar outros: a outra é informativa, apresenta dados sem a intenção de
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido convencer. Na verdade, a escolha dos dados levantados,
tão amplo, que serve de argumento para um ponto de vista a maneira de expô-los no texto já revelam uma “tomada
e seu contrário. São noções confusas, como paz, que, para- de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta-
doxalmente, pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumen-
Essas palavras podem ter valor positivo (paz, justiça, ho- tos. Desse ponto de vista, a dissertação pode ser definida
nestidade, democracia) ou vir carregadas de valor negativo como discussão, debate, questionamento, o que implica a
(autoritarismo, degradação do meio ambiente, injustiça, liberdade de pensamento, a possibilidade de discordar ou
corrupção). concordar parcialmente. A liberdade de questionar é fun-
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derru- damental, mas não é suficiente para organizar um texto
badas por um único contra exemplo. Quando se diz “Todos dissertativo. É necessária também a exposição dos funda-
os políticos são ladrões”, basta um único exemplo de políti- mentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de
co honesto para destruir o argumento. vista.
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitu-
fora do contexto adequado, sem o significado apropriado, de argumentativa. A argumentação está presente em qual-
vulgarizando-as e atribuindo-lhes uma significação subje- quer tipo de discurso, porém, é no texto dissertativo que
ela melhor se evidencia.
tiva e grosseira. É o caso, por exemplo, da frase “O imperia-
Para discutir um tema, para confrontar argumentos
lismo de certas indústrias não permite que outras crescam”,
e posições, é necessária a capacidade de conhecer ou-
em que o termo imperialismo é descabido, uma vez que, a
tros pontos de vista e seus respectivos argumentos. Uma
rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir outros discussão impõe, muitas vezes, a análise de argumentos
à sua dependência política e econômica”. opostos, antagônicos. Como sempre, essa capacidade
aprende-se com a prática. Um bom exercício para aprender
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol-
a situação concreta do texto, que leva em conta os compo- ver as seguintes habilidades:
nentes envolvidos na discussão (o tipo de pessoa a quem - argumentação: anotar todos os argumentos a favor
se dirige a comunicação, o assunto, etc). de uma ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a
Convém ainda alertar que não se convence ninguém posição totalmente contrária;
com manifestações de sinceridade do autor (como eu, - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate
que não costumo mentir...) ou com declarações de certeza e quais os argumentos que essa pessoa imaginária pos-
expressas em fórmulas feitas (como estou certo, creio fir- sivelmente apresentaria contra a argumentação proposta;
memente, é claro, é óbvio, é evidente, afirmo com toda a - refutação: argumentos e razões contra a argumen-
certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, sincerida- tação oposta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portan- A indução percorre o caminho inverso ao da dedução,
to, argumentar consiste em estabelecer relações para tirar baseiase em uma conexão ascendente, do particular para
conclusões válidas, como se procede no método dialético. o geral. Nesse caso, as constatações particulares levam às
O método dialético não envolve apenas questões ideoló- leis gerais, ou seja, parte de fatos particulares conhecidos
gicas, geradoras de polêmicas. Trata-se de um método de para os fatos gerais, desconhecidos. O percurso do racio-
investigação da realidade pelo estudo de sua ação recípro- cínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
ca, da contradição inerente ao fenômeno em questão e da
mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. O calor dilata o ferro (particular)
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, O calor dilata o bronze (particular)
criou o método de raciocínio silogístico, baseado na dedu- O calor dilata o cobre (particular)
ção, que parte do simples para o complexo. Para ele, ver- O ferro, o bronze, o cobre são metais
dade e evidência são a mesma coisa, e pelo raciocínio tor- Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
na-se possível chegar a conclusões verdadeiras, desde que
o assunto seja pesquisado em partes, começando-se pelas Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode
proposições mais simples até alcançar, por meio de dedu- ser válido e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as
ções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, duas premissas também o forem. Se há erro ou equívo-
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes,
co na apreciação dos fatos, pode-se partir de premissas
ordenar os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os
verdadeiras para chegar a uma conclusão falsa. Tem-se,
seus elementos e determinar o lugar de cada um no con-
desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, uma divi-
junto da dedução.
são incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé,
para a argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes
intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o
propôs quatro regras básicas que constituem um conjunto
sofisma não tem essas intenções propositais, costuma-se
de reflexos vitais, uma série de movimentos sucessivos e
chamar esse processo de argumentação de paralogismo.
contínuos do espírito em busca da verdade:
Encontra-se um exemplo simples de sofisma no seguinte
- evidência;
- divisão ou análise; diálogo:
- ordem ou dedução;
- enumeração. - Você concorda que possui uma coisa que não per-
deu?
A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a - Lógico, concordo.
omissão e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
pode quebrar o encadeamento das ideias, indispensável - Claro que não!
para o processo dedutivo. - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
A forma de argumentação mais empregada na reda- Exemplos de sofismas:
ção acadêmica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras
cartesianas, que contém três proposições: duas premissas, Dedução
maior e menor, e a conclusão. As três proposições são enca- Todo professor tem um diploma (geral, universal)
deadas de tal forma, que a conclusão é deduzida da maior Fulano tem um diploma (particular)
por intermédio da menor. A premissa maior deve ser uni- Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
versal, emprega todo, nenhum, pois alguns não caracteriza
a universalidade. Indução
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Reden-
(silogística), que parte do geral para o particular, e a indu- tor. (particular)
ção, que vai do particular para o geral. A expressão formal Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor.
do método dedutivo é o silogismo. A dedução é o caminho (particular)
das consequências, baseia-se em uma conexão descenden- Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
te (do geral para o particular) que leva à conclusão. Segun- Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Reden-
do esse método, partindo-se de teorias gerais, de verdades tor. (geral – conclusão falsa)
universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a con-
causa para o efeito. Exemplo: clusão pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm di-
ploma são professores; nem todas as cidades têm uma
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, univer- estátua do Cristo Redentor. Comete-se erro quando se faz
sal) generalizações apressadas ou infundadas. A “simples ins-
Fulano é homem (premissa menor = particular) peção” é a ausência de análise ou análise superficial dos
Logo, Fulano é mortal (conclusão) fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, baseados
nos sentimentos não ditados pela razão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não meio de um processo mais ou menos arbitrário, em que
fundamentais, que contribuem para a descoberta ou com- os caracteres comuns e diferenciadores são empregados
provação da verdade: análise, síntese, classificação e defi- de modo mais ou menos convencional. A classificação, no
nição. Além desses, existem outros métodos particulares reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêne-
de algumas ciências, que adaptam os processos de de- ros e espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas
dução e indução à natureza de uma realidade particular. características comuns e diferenciadoras. A classificação
Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método pró- dos variados itens integrantes de uma lista mais ou menos
prio demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a caótica é artificial.
síntese, a classificação a definição são chamadas métodos Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata,
sistemáticos, porque pela organização e ordenação das caminhão, canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassil-
ideias visam sistematizar a pesquisa. go, queijo, relógio, sabiá, torradeira.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
interligados; a análise parte do todo para as partes, a sín- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
tese, das partes para o todo. A análise precede a síntese, Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torra-
deira.
porém, de certo modo, uma depende da outra. A análise
Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
decompõe o todo em partes, enquanto a síntese recom-
põe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, que
Os elementos desta lista foram classificados por ordem
o todo não é uma simples justaposição das partes. Se al-
alfabética e pelas afinidades comuns entre eles. Estabele-
guém reunisse todas as peças de um relógio, não significa
cer critérios de classificação das ideias e argumentos, pela
que reconstruiu o relógio, pois fez apenas um amontoado
ordem de importância, é uma habilidade indispensável
de partes. Só reconstruiria todo se as partes estivessem or-
para elaborar o desenvolvimento de uma redação. Tanto
ganizadas, devidamente combinadas, seguida uma ordem
faz que a ordem seja crescente, do fato mais importante
de relações necessárias, funcionais, então, o relógio estaria
para o menos importante, ou decrescente, primeiro o me-
reconstruído. nos importante e, no final, o impacto do mais importante;
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do é indispensável que haja uma lógica na classificação. A ela-
todo por meio da integração das partes, reunidas e re- boração do plano compreende a classificação das partes e
lacionadas num conjunto. Toda síntese, por ser uma re- subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem obede-
construção, pressupõe a análise, que é a decomposição. A cer a uma hierarquização. (Garcia, 1973, p. 302304.)
análise, no entanto, exige uma decomposição organizada, Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo
é preciso saber como dividir o todo em partes. As opera- na introdução, os termos e conceitos sejam definidos, pois,
ções que se realizam na análise e na síntese podem ser para expressar um questionamento, deve-se, de antemão,
assim relacionadas: expor clara e racionalmente as posições assumidas e os
argumentos que as justificam. É muito importante deixar
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. claro o campo da discussão e a posição adotada, isto é,
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. esclarecer não só o assunto, mas também os pontos de
A análise tem importância vital no processo de cole- vista sobre ele.
ta de ideias a respeito do tema proposto, de seu desdo- A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da
bramento e da criação de abordagens possíveis. A síntese linguagem e consiste na enumeração das qualidades pró-
também é importante na escolha dos elementos que farão prias de uma ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o
parte do texto. elemento conforme a espécie a que pertence, demonstra: a
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser for- característica que o diferencia dos outros elementos dessa
mal ou informal. A análise formal pode ser científica ou mesma espécie.
experimental; é característica das ciências matemáticas, fí- Entre os vários processos de exposição de ideias, a de-
sico-naturais e experimentais. A análise informal é racional finição é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito
ou total, consiste em “discernir” por vários atos distintos das ciências. A definição científica ou didática é denotativa,
da atenção os elementos constitutivos de um todo, os di- ou seja, atribui às palavras seu sentido usual ou consensual,
ferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. enquanto a conotativa ou metafórica emprega palavras de
A análise decompõe o todo em partes, a classifica- sentido figurado. Segundo a lógica tradicional aristotélica,
ção estabelece as necessárias relações de dependência e a definição consta de três elementos:
hierarquia entre as partes. Análise e classificação ligam-se - o termo a ser definido;
intimamente, a ponto de se confundir uma com a outra, - o gênero ou espécie;
contudo são procedimentos diversos: análise é decompo- - a diferença específica.
sição e classificação é hierarquisação.
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos O que distingue o termo definido de outros elementos
e fenômenos por suas diferenças e semelhanças; fora da mesma espécie. Exemplo:
das ciências naturais, a classificação pode-se efetuar por
115
LÍNGUA PORTUGUESA
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida,
avaliar se o argumento está expresso corretamente; se há
coerência e adequação entre seus elementos, ou se há
contradição. Para isso é que se aprende os processos de
Elemento especie diferença raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
a ser definido específica raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um
tipo específico de relação entre as premissas e a conclusão.
É muito comum formular definições de maneira defei-
tuosa, por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o Procedimentos Argumentativos: Constituem os pro-
todo em partes. Esse tipo de definição é gramaticalmente cedimentos argumentativos mais empregados para com-
incorreto; quando é advérbio de tempo, não representa o provar uma afirmação: exemplificação, explicitação, enu-
gênero, a espécie, a gente é forma coloquial não adequa- meração, comparação.
da à redação acadêmica. Tão importante é saber formular
uma definição, que se recorre a Garcia (1973, p.306), para Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista
determinar os “requisitos da definição denotativa”. Para ser por meio de exemplos, hierarquizar afirmações. São expres-
exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: sões comuns nesse tipo de procedimento: mais importan-
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe te que, superior a, de maior relevância que. Empregam-se
em que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que também dados estatísticos, acompanhados de expressões:
‘mesa’ está realmente incluída) e não “mesa é um instru- considerando os dados; conforme os dados apresentados. Fa-
mento ou ferramenta ou instalação”; z-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de causas e
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir consequências, usando-se comumente as expressões: por-
todos os exemplos específicos da coisa definida, e suficiente- que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa
mente restrito para que a diferença possa ser percebida sem de, em virtude de, em vista de, por motivo de.
dificuldade;
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em ver- Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo
dade, definição, quando se diz que o “triângulo não é um é explicar ou esclarecer os pontos de vista apresentados.
prisma”; Pode-se alcançar esse objetivo pela definição, pelo teste-
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não cons- munho e pela interpretação. Na explicitação por definição,
titui definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um empregamse expressões como: quer dizer, denomina-se,
homem” não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); chama-se, na verdade, isto é, haja vista, ou melhor; nos tes-
- deve ser breve (contida num só período). Quando a temunhos são comuns as expressões: conforme, segundo,
definição, ou o que se pretenda como tal, é muito longa (sé- na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no en-
ries de períodos ou de parágrafos), chama-se explicação, e tender de, no pensamento de. A explicitação se faz também
também definição expandida;d pela interpretação, em que são comuns as seguintes ex-
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o ter- pressões: parece, assim, desse ponto de vista.
mo) + cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero)
+ adjuntos (as diferenças). Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma se-
quência de elementos que comprovam uma opinião, tais
como a enumeração de pormenores, de fatos, em uma se-
As definições dos dicionários de língua são feitas por quência de tempo, em que são frequentes as expressões:
meio de paráfrases definitórias, ou seja, uma operação me- primeiro, segundo, por último, antes, depois, ainda, em se-
talinguística que consiste em estabelecer uma relação de guida, então, presentemente, antigamente, depois de, antes
equivalência entre a palavra e seus significados. de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, respecti-
A força do texto dissertativo está em sua fundamen- vamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
tação. Sempre é fundamental procurar um porquê, uma espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá,
razão verdadeira e necessária. A verdade de um ponto de ali, aí, além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na
vista deve ser demonstrada com argumentos válidos. O capital, no interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
ponto de vista mais lógico e racional do mundo não tem
valor, se não estiver acompanhado de uma fundamentação Comparação: Analogia e contraste são as duas ma-
coerente e adequada. neiras de se estabelecer a comparação, com a finalidade
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a de comprovar uma ideia ou opinião. Na analogia, são
lógica clássica, que foram abordados anteriormente, auxi- comuns as expressões: da mesma forma, tal como, tanto
liam o julgamento da validade dos fatos. Às vezes, a ar- quanto, assim como, igualmente. Para estabelecer contras-
gumentação é clara e pode reconhecer-se facilmente seus te, empregam-se as expressões: mais que, menos que, me-
elementos e suas relações; outras vezes, as premissas e as lhor que, pior que.
conclusões organizam-se de modo livre, misturando-se
na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender Entre outros tipos de argumentos empregados para
a reconhecer os elementos que constituem um argumen- aumentar o poder de persuasão de um texto dissertativo
to: premissas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar encontram-se:
116
LÍNGUA PORTUGUESA
Argumento de autoridade: O saber notório de uma Ataque ao argumento pelo testemunho de autori-
autoridade reconhecida em certa área do conhecimento dá dade: consiste em refutar um argumento empregando os
apoio a uma afirmação. Dessa maneira, procura-se trazer testemunhos de autoridade que contrariam a afirmação
para o enunciado a credibilidade da autoridade citada. Lem- apresentada;
bre-se que as citações literais no corpo de um texto cons-
tituem argumentos de autoridade. Ao fazer uma citação, o Desqualificar dados concretos apresentados: con-
enunciador situa os enunciados nela contidos na linha de siste em desautorizar dados reais, demonstrando que
raciocínio que ele considera mais adequada para explicar o enunciador baseou-se em dados corretos, mas tirou
ou justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento conclusões falsas ou inconsequentes. Por exemplo, se
tem mais caráter confirmatório que comprobatório. na argumentação afirmou-se, por meio de dados esta-
tísticos, que “o controle demográfico produz o desenvol-
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispen- vimento”, afirma-se que a conclusão é inconsequente,
sam explicação ou comprovação, pois seu conteúdo é acei- pois baseia-se em uma relação de causa-feito difícil de
to como válido por consenso, pelo menos em determinado ser comprovada. Para contraargumentar, propõese uma
espaço sociocultural. Nesse caso, incluem-se relação inversa: “o desenvolvimento é que gera o controle
- A declaração que expressa uma verdade universal (o demográfico”.
homem, mortal, aspira à imortalidade);
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros pos-
postulados e axiomas); síveis para desenvolver um tema, que podem ser anali-
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de sadas e adaptadas ao desenvolvimento de outros temas.
natureza subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que Elege-se um tema, e, em seguida, sugerem-se os proce-
a própria razão desconhece); implica apreciação de ordem dimentos que devem ser adotados para a elaboração de
estética (gosto não se discute); diz respeito a fé religiosa, um Plano de Redação.
aos dogmas (creio, ainda que parece absurdo).
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos
Comprovação pela experiência ou observação: A ver- da evolução tecnológica
dade de um fato ou afirmação pode ser comprovada por
meio de dados concretos, estatísticos ou documentais. - Questionar o tema, transformá-lo em interroga-
ção, responder a interrogação (assumir um ponto de
Comprovação pela fundamentação lógica: A com- vista); dar o porquê da resposta, justificar, criando um
provação se realiza por meio de argumentos racionais, ba- argumento básico;
seados na lógica: causa/efeito; consequência/causa; condi- - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento
ção/ocorrência. básico e construir uma contra-argumentação; pensar a
forma de refutação que poderia ser feita ao argumento
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As decla- básico e tentar desqualificá-la (rever tipos de argumen-
rações, julgamento, pronunciamentos, apreciações que ex- tação);
pressam opiniões pessoais (não subjetivas) devem ter sua - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta
validade comprovada, e só os fatos provam. Em resumo de ideias que estejam direta ou indiretamente ligadas ao
toda afirmação ou juízo que expresse uma opinião pessoal tema (as ideias podem ser listadas livremente ou organi-
só terá validade se fundamentada na evidência dos fatos, zadas como causa e consequência);
ou seja, se acompanhada de provas, validade dos argu- - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema
mentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- e com o argumento básico;
-argumentação ou refutação. São vários os processos de - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhen-
contra-argumentação: do as que poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias
transformam-se em argumentos auxiliares, que explicam
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação de- e corroboram a ideia do argumento básico;
monstrando o absurdo da consequência. Exemplo clássico - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando
é a contraargumentação do cordeiro, na conhecida fábula uma sequência na apresentação das ideias selecionadas,
“O lobo e o cordeiro”; obedecendo às partes principais da estrutura do texto,
que poderia ser mais ou menos a seguinte:
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hi-
póteses para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela Introdução
que se julga verdadeira;
- função social da ciência e da tecnologia;
Desqualificação do argumento: atribui-se o argu- - definições de ciência e tecnologia;
mento à opinião pessoal subjetiva do enunciador, restrin- - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnoló-
gindo-se a universalidade da afirmação; gico.
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LÍNGUA PORTUGUESA
“Quando o curso do rio São Francisco for mudado, será - Certos advérbios
resolvido o problema da seca no Nordeste.”
A produção automobilística brasileira está totalmente
O enunciador estabelece o pressuposto de que é certa nas mãos das multinacionais.
a mudança do curso do São Francisco e, por consequência, O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil
a solução do problema da seca no Nordeste. O diálogo indústria automobilística nacional.
não teria continuidade se um interlocutor não admitisse Você conferiu o resultado da loteria?
ou colocasse sob suspeita essa certeza. Em outros termos, Hoje não.
haveria quebra da continuidade do diálogo se alguém in-
terviesse com uma pergunta deste tipo: A negação precedida de um advérbio de tempo de
âmbito limitado estabelece o pressuposto de que apenas
nesse intervalo (hoje) é que o interrogado não praticou o
“Mas quem disse que é certa a mudança do curso do
ato de conferir o resultado da loteria.
rio?”
- Orações adjetivas
A aceitação do pressuposto estabelecido pelo emissor
permite levar adiante o debate; sua negação comprome- Os brasileiros, que não se importam com a coletividade,
te o diálogo, uma vez que destrói a base sobre a qual se só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na
constrói a argumentação, e daí nenhum argumento tem rua, fecham os cruzamentos, etc.
mais importância ou razão de ser. Com pressupostos dis- O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se im-
tintos, o diálogo não é possível ou não tem sentido. portam com a coletividade.
A mesma pergunta, feita para pessoas diferentes,
pode ser embaraçosa ou não, dependendo do que está Os brasileiros que não se importam com a coletividade
pressuposto em cada situação. Para alguém que não faz só se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na
segredo sobre a mudança de emprego, não causa o menor rua, fecham os cruzamentos, etc.
embaraço uma pergunta como esta: Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros
não se importam com a coletividade.
“Como vai você no seu novo emprego?”
No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo,
é restritiva. As explicativas pressupõem que o que elas ex-
O efeito da mesma pergunta seria catastrófico se ela
pressam se refere à totalidade dos elementos de um con-
se dirigisse a uma pessoa que conseguiu um segundo em-
junto; as restritivas, que o que elas dizem concerne apenas
prego e quer manter sigilo até decidir se abandona o an- a parte dos elementos de um conjunto. O produtor do tex-
terior. O adjetivo novo estabelece o pressuposto de que o to escreverá uma restritiva ou uma explicativa segundo o
interrogado tem um emprego diferente do anterior. pressuposto que quiser comunicar.
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LÍNGUA PORTUGUESA
“Competência e mérito continuam não valendo nada Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua
como critério de promoção nesta empresa...” fala, transgride tanto quanto um indivíduo que compare-
Esse comentário talvez suscitasse esta suspeita: ce a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista,
“Você está querendo dizer que eu não merecia a promoção?” numa praia, vestido de fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Ora, o funcionário preterido, tendo recorrido a um su- pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
bentendido, poderia responder: das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
“Absolutamente! Estou falando em termos gerais.” perfeitamente normais construções do tipo:
Eu não vi ela hoje.
Ninguém deixou ele falar.
NÍVEIS DE LINGUAGEM. Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
Níveis de linguagem
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a nor-
A língua é um código de que se serve o homem para ela- ma culta, deixando mais livres os interlocutores.
borar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é
duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:
base a norma culta, forma linguística utilizada pelo segmento Eu não a vi hoje.
mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, Ninguém o deixou falar.
a língua utilizada pelos veículos de comunicação de mas- Deixe-me ver isso!
sa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, Eu te amo, sim, mas não abuses!
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola,
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
prestando serviço à sociedade, colaborando na educação;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quan-
Norma culta:
do no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa
do ensino.
A norma culta, forma linguística que todo povo civilizado O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poé-
possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E jus- tica, caracterizado por construções de rara beleza.
tamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
de vista político--cultural, que é ensinada nas escolas e di- Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de
fundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o come-
língua popular afigura-se mais expressiva e dinâmica. Temos, te, passando, assim, a constituir fato linguístico registro de
assim, à guisa de exemplificação: linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que
Estou preocupado. (norma culta) não tenha amparo gramatical. Exemplos:
Tô preocupado. (língua popular) Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dis-
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- persar e Não vamos dispersar-nos.)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. sair daqui bem depressa.)
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
mas da língua culta. seu posto.)
O conceito de erro em língua: As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua conju-
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- gação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje ne-
a norma culta. nhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar.
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As gírias pertencem ao vocabulário específico de cer- Há diversas formas de se garantir a coesão entre os
tos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, elementos de uma frase ou de um texto:
entre outros. Os jargões estão relacionados ao profissiona- - Substituição de palavras com o emprego de sinôni-
lismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando mos, ou de palavras ou expressões do mesmo campo as-
a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissio- sociativo.
nais da área de informática, dentre outros. - Nominalização – emprego alternativo entre um ver-
Vejamos um poema sobre o assunto: bo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar /
desgaste / desgastante).
Vício na fala - Repetição na ligação semântica dos termos, empre-
Para dizerem milho dizem mio gada como recurso estilístico de intenção articulatória, e
Para melhor dizem mió não uma redundância - resultado da pobreza de vocabulá-
Para pior pió rio. Por exemplo, “Grande no pensamento, grande na ação,
Para telha dizem teia grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhe-
Para telhado dizem teiado cido e só.” (Rocha Lima)
E vão fazendo telhados. - Uso de hipônimos – relação que se estabelece com
Oswald de Andrade base na maior especificidade do significado de um deles.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais gené-
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos rico).
mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão - Emprego de hiperônimos - relações de um termo de
do que é dito, ou lido. Esses mecanismos linguísticos que sentido mais amplo com outros de sentido mais específico.
estabelecem a conectividade e retomada do que foi escrito Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com
ou dito, são os referentes textuais, que buscam garantir gato.
a coesão textual para que haja coerência, não só entre os - Substitutos universais, como os verbos vicários (ver-
elementos que compõem a oração, como também entre a bos que substituem um outro empregado anteriormente).
sequência de orações dentro do texto. Ex.: Necessito viajar, porém só o farei no ano vindouro.
Essa coesão também pode muitas vezes se dar de
modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de co-
que os participantes do processo têm com o tema. Por nectivos, como certos pronomes, certos advérbios e expres-
exemplo, o uso de uma determinada sigla, que para o pú- sões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse
blico a quem se dirige deveria ser de conhecimento geral, justifica-se quando, ao remeter a um enunciado anterior, a
evita que se lance mão de repetições inúteis. palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem reco-
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha ima- lheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas as suas forças.
ginária - composta de termos e expressões - que une os O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece
diversos elementos do texto e busca estabelecer relações a relação entre as duas orações.).
de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de di-
ferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substi- Dêiticos são elementos linguísticos que têm a proprie-
tuição, associação), sejam gramaticais (emprego de prono- dade de fazer referência ao contexto situacional ou ao pró-
mes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, prio discurso. Exercem, por excelência, essa função de pro-
orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decor- gressão textual, dada sua característica: são elementos que
re daí a coerência textual. não significam, apenas indicam, remetem aos componentes
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o da situação comunicativa.
apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoe- Já os componentes concentram em si a significação. Eli-
rência é resultado do mau uso daqueles elementos de coe- sa Guimarães ensina-nos a esse respeito:
são textual. Na organização de períodos e de parágrafos, “Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os
um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexi- participantes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos,
cais prejudica o entendimento do texto. Construído com os certas locuções prepositivas e adverbiais, bem como os advér-
elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. bios de tempo, referenciam o momento da enunciação, poden-
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado do indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. As-
não se constrói com um amontoado de palavras e orações. sim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente,
Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de
e independência sintática e semântica, recobertos por unida- agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro).”
des melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases Somente a coesão, contudo, não é suficiente para que
ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma uni- haja sentido no texto, esse é o papel da coerência, e coe-
dade, ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes rência relaciona--se intimamente a contexto.
formando o texto.
Além disso, relembre-se de que, por coesão, entende-
-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem
a estrutura textual.
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- Apenas o último elemento varia. Quando os ele- O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá é
mentos são adjetivos: hispano-americano − hispano-ame- correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. Ma-
ricanos. A exceção é surdo-mudo, em que os dois adjeti- mão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epice-
vos se flexionam: surdos-mudos. Nos compostos em que no. É algo discutível.
aparecem os adjetivos grão, grã e bel: grão-duque − grão- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas
-duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel-prazer − bel-prazeres. costumam trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclip-
Quando o composto é formado por verbo ou qualquer se, calformicida, cataplasma, grama (peso), grafite, milhar
elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais libido, plasma, soprano, musse, suéter, preá, telefonema.
substantivo ou adjetivo: arranha-céu − arranha-céus; sem- Existem substantivos que admitem os dois gêneros:
pre-viva − sempre-vivas; super-homem − super-homens. diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc.
Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (re-
presentam sons): reco-reco − reco-recos; pingue-pongue − Flexão de Grau:
pingue-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis.
Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver algu-
Grau do substantivo
ma alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se
- Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração.
forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no
- Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu
plural: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas
grande, chapéu enorme etc.
- Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais - Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: cha-
palavra invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. Quando há péu pequeno, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético
dois verbos de sentido oposto: o perde-ganha – os perde- quando formado por sufixo; analítico, por meio de outras
-ganha. Nas frases substantivas (frases que se transformam palavras.
em substantivos): O maria-vai-com-as-outras − os maria-
-vai-com-as-outras. Grau do adjetivo
- Normal ou Positivo: João é forte.
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, - Comparativo: de superioridade: João é mais forte
sem-teto e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. que André. (ou do que); de inferioridade: João é menos
Admitem mais de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou pai- forte que André. (ou do que); de igualdade: João é tão for-
-nossos; padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos; ter- te quanto André. (ou como)
ra-nova − terras-novas ou terra-novas; salvo-conduto − sal- - Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo;
vos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate − xeques-ma- analítico: João é muito forte (bastante forte, forte demais
tes ou xeques-mate; fruta-pão − frutas-pães ou frutas-pão; etc.); Relativo: de superioridade: João é o mais forte da tur-
guarda-marinha − guardas-marinhas ou guardas-marinha. ma; de inferioridade: João é o menos forte da turma.
Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras: o O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento
bem-me-quer − os bem-me-queres; o joão-ninguém − os do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo
joões-ninguém; o lugar-tenente − os lugar-tenentes; o ma- ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante,
pa-múndi − os mapas-múndi. demasiadamente, enorme etc. As palavras maior, menor,
melhor, e pior constituem sempre graus de superioridade:
Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que O carro é menor que o ônibus; menor (mais pequeno): com-
o acompanham na frase admitem a flexão de gênero: mas- parativo de superioridade. Ele é o pior do grupo; pior (mais
culino e feminino: Meu amigo diretor recebeu o primeiro mau): superlativo relativo de superioridade.
salário. Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apre-
A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.
sentar dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; amigo –
- Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre – mestra.
amicíssimo; antigo – antiqüíssimo; cruel – crudelíssimo; doce –
- Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero,
dulcíssimo; fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – fidelíssimo;
muitas vezes com alterações do radical: ateu – atéia; bispo – epis-
copisa; conde – condessa; duque – duquesa; frade – freira; ilhéu geral – generalíssimo; humilde – humílimo; magro – macérrimo;
– ilhoa; judeu – judia; marajá – marani; monje – monja; pigmeu – negro – nigérrimo; pobre – paupérrimo; sagrado – sacratíssimo;
pigmeia; píton – pitonisa; sandeu – sandia; sultão – sultana. sério – seriíssimo; soberbo – superbíssimo.
125
LÍNGUA PORTUGUESA
Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acon- 05. Mesma pronúncia de “bolos”:
tecer: a) tijolos
- Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda b) caroços
não aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano. c) olhos
- Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior d) fornos
e) rostos
a um processo que já passou: Eu faria essa viagem se não
tivesse comprado o carro.
06. Não varia no plural:
Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou
a) tique-taque
dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado
b) guarda-comida
com a noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfei- c) beija-flor
to e futuro. Quero que voltes para mim; Não pise na gra- d) para-lama
ma; É possível que ele seja honesto; Espero que ele fique e) cola-tudo
contente; Duvido que ele seja o culpado; Procuro alguém
que seja meu companheiro para sempre; Ainda que ele 07. Está mal flexionado o adjetivo na alternativa:
queira, não lhe será concedida a vaga; Se eu fosse bailari- a) Tecidos verde-olivas
na, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinheiro, irei para as b) Festas cívico-religiosas
praias do nordeste. c) Guardas noturnos luso-brasileiros
Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido d) Ternos azul-marinho
ou solicitação: Vai e não voltes mais. e) Vários porta-estandartes
Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três
pessoas: Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. 08. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do
No português brasileiro é comum o uso do pronome de que verdade”, temos grau:
tratamento você (s) em lugar do tu e vós. a) comparativo de superioridade
b) superlativo absoluto sintético
Exercícios c) comparativo de igualdade
d) superlativo relativo
01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo
como órfão e mata-burro, respectivamente:
a) cristão / guarda-roupa 09. Assinale a alternativa em que a flexão do substanti-
b) questão / abaixo-assinado vo composto está errada:
c) alemão / beija-flor a) os pés-de-chumbo
d) tabelião / sexta-feira b) os corre-corre
e) cidadão / salário-família c) as públicas-formas
d) os cavalos-vapor
e) os vaivéns
02. Relativamente à concordância dos adjetivos com-
postos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está
Respostas: 1-A / 2-D / 3-C / 4-D / 5-E / 6-E / 7-A / 8-A
errada. Qual?
/ 9-B /
126
MATEMÁTICA
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações..................................................................................................................................................................... .01
Múltiplos e divisores, Máximo divisor comum e Mínimo divisor comum ........................................................................................ 07
Números e grandezas proprocionais: Razões e proporções; Divisão em partes proporcionais............................................... 11
Regra de três.............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal........................................................................................................................................................................................ 19
Equações e inequações.......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas..................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão ........................................................................... 43
Geometria.................................................................................................................................................................................................................... 48
Matriz, determinantes e sistemas lineares...................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica........................................................................................................................................ 70
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos................................................................................................................................................................................... 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização.................................................... 80
Lógica: proposições, valor-verdade negação, conjunção, disjunção, implicação, equivalência, proposições
compostas..........................................................................................................................................................................................................95
Equivalências lógicas. ........................................................................................................................................................................................95
Problemas de raciocínio: deduzir informações de relações arbitrárias entre objetos, lugares, pessoas e/ou eventos
fictícios dados. ......................................................................................................................................................................................................95
Diagramas lógicos, tabelas e gráficos....................................................................................................................................................... 112
Princípios de contagem e noção de probabilidade.............................................................................................................................. 117
MATEMÁTICA
Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado). quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente São exemplos de números racionais:
de zero. -12/51
a) O antecessor do número m é m-1. -3
b) O antecessor de 2 é 1. -(-3)
c) O antecessor de 56 é 55. -2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so- vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
1
MATEMÁTICA
Números Irracionais
Identificação de números irracionais
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
2
MATEMÁTICA
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}
Casos
Intervalo:]a,b[ 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Conjunto:{x∈R|a<x<b}
INTERVALOS IIMITADOS
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números
par, resulta em um número negativo.
reais menores ou iguais a b.
Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x∈R|x≤b} 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-
sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números base.
reais menores que b.
Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
3
MATEMÁTICA
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o Técnica de Cálculo
valor do expoente, o resultado será igual a zero. A determinação da raiz quadrada de um número tor-
na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja:
Propriedades
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
Observe: 1 1
1
n
a.b = n a .n b
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes- O radical de índice inteiro e positivo de um produto
mo expoente. indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
(4.3)²=4².3² dos fatores do radicando.
a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
se
então:
a na
n =
b nb
4
MATEMÁTICA
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente 1º Caso:Denominador composto por uma só parcela
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.
Operações
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.
Operações
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-
Multiplicação rença de quadrados no denominador:
Exemplo
QUESTÕES
5
MATEMÁTICA
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - De acordo com esses dados, ao longo da existência
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: desse prédio comercial, a fração do total de situações de
(A) 0,2222... risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(B) 0,6666... responde à
(C) 0,1616... (A) 3/20.
(D) 0,8888... (B) 1/4.
(C) 13/60.
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (D) 1/5.
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são (E) 1/60.
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
(A) 131. co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a
(B) 121. alternativa que apresenta o valor da expressão
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101.
6
MATEMÁTICA
RESPOSTAS
X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131
05. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111
06. Resposta: D.
MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO
DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM.
Gerado por descuidos ao cozinhar:
Múltiplos
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos
1/13) o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Exemplo
07.Resposta: C.
O conjunto de múltiplos de um número natural não-
-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o
número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}
Divisores
7
MATEMÁTICA
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15} Assim, o mmc
Observações:
Exemplo
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1. O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di-
múltiplos. mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.
Máximo Divisor Comum Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá
O máximo divisor comum de dois ou mais números medir
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses (A) mais de 30 cm.
números. (B) menos de 15 cm.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve- (C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
mos seguir as etapas: (D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
• Decompor o número em fatores primos (E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si. Resposta: A.
Exemplo:
Resposta: E.
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
1h---60minutos
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos. x-----660
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a x=660/60=11
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo. Então será depois de 11horas que se encontrarão
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, 7+11=18h
continua aparecendo.
8
MATEMÁTICA
9
MATEMÁTICA
05. Resposta: D.
RESPOSTAS
01. Resposta: E.
Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210
06. Resposta: C.
10
MATEMÁTICA
Mdc(90, 125)=2.3²=18
Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas
90/18 = 5 grupos de humanas
A diferença é de 7-5=2
Mmc(6,8)=24
- eles são múltiplos de 2, pois terminam com números
Mdc(30, 36, 72) =2x3=6 pares.
Portanto: 24/6=4 E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
90=9+0=9
162=1+6+2=9
NÚMEROS E GRANDEZAS
PROPORCIONAIS: RAZÕES E
07. Resposta: E.
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS
08. Resposta:B.
Razão
09. Resposta: A.
Proporção
10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum) Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
11
MATEMÁTICA
ou
Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
esteja em proporção com 4/6.
Grandezas Diretamente Proporcionais
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamen-
ma:
te proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª
grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes
da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
.
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença
dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para Distância(km) Combustível(litros)
o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos 13 1
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto
termo. Então temos: 26 2
39 3
52 4
Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Ou Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di-
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.
12
MATEMÁTICA
QUESTÕES
13
MATEMÁTICA
04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
GO/2017) Em relação à prova de matemática de um con- NESP/2017) O transporte de 1980 caixas iguais foi total-
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão mente repartido entre dois veículos, A e B, na razão direta
entre o número de questões que ela errou para o total de das suas respectivas capacidades de carga, em toneladas.
questões da prova é de Sabe-se que A tem capacidade para transportar 2,2 t, en-
(A) 2/3 quanto B tem capacidade para transportar somente 1,8 t.
(B) 1/2 Nessas condições, é correto afirmar que a diferença
(C) 1/3 entre o número de caixas carregadas em A e o número de
(D) 3/2 caixas carregadas em B foi igual a
(A) 304.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (B) 286.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5 (C) 224.
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a (D) 216.
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais (E) 198.
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí-
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente 10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016)
de idades, os seguintes valores: Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente pro-
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. porcionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. e 8 anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. aos dois filhos com maior idade é igual a:
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. (A) R$2.500,00
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. (B) R$3.500,00
(C) R$ 1.000,00
06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- (D) R$3.200,00
NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40
caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer-
to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível RESPOSTAS
preencher totalmente esse mesmo compartimento com-
pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida- 01. Resposta: C.
de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o 30k+70k=140
número de caixas Q utilizadas será igual a 100k=140
(A) 10. K=1,4
(B) 28. 30⋅1,4=42
(C) 18. 70⋅1,4=98
(D) 22.
(E) 30. 02. Resposta: A.
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU- 32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí- 74000/148=500
dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne- 32⋅500=16000
cedores relacionados, e os respectivos valores que foram 12⋅500=6000
pagos a cada um deles. A diferença é: 16000-6000=10000
14
MATEMÁTICA
REGRA DE TRÊS
Q=30 caixas
07. Resposta: E.
Regra de três simples
15
MATEMÁTICA
Velocidade----------tempo QUESTÕES
400↓-----------------X↓
480↓---------------- 3↓ 01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina-
480x=1200 das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba-
X=25 lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra-
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3
Regra de três composta dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que
Regra de três composta é utilizada em problemas com trabalhar para realizar a tarefa é
mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor- (A) 6.
cionais. (B) 7.
(C) 8.
Exemplos: (D) 9.
(E) 10.
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação
para descarregar 125m³? e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- mo tempo.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume (B) 46 minutos.
8↑----------------20↓----------------------160↑ (C) 48 minutos.
5↑------------------x↓----------------------125↑ (D) 50 minutos.
(E) 52 minutos.
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque-
la onde está o x. 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
Observe que: - MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
Aumentando o número de horas de trabalho, pode- dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna). rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias,
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o e então a empresa contrata mais 6 operários de mesma
número de caminhões. Portanto a relação é diretamente capacidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua- quantas horas por dia para terminar o trabalho no tempo
lar a razão que contém o termo x com o produto das outras correto?
razões de acordo com o sentido das setas. (A) 6h 8 min
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: (B) 6h 50min
(C) 9h 20 min
Horas --------caminhões-----------volume (D) 9h 33min
8↑----------------20↓----------------------160↓
5↑------------------x↓----------------------125↓ 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna fican- preços de acordo com a tabela:
do:
Horas --------caminhões-----------volume
5----------------20----------------------160
8------------------x----------------------125 Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-fei-
ra. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse al-
moço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que essa
quantidade é, em gramas, igual a
(A) 375.
Logo, serão necessários 25 caminhões (B) 380.
(C) 420.
(D) 425.
(E) 450.
16
MATEMÁTICA
05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi total- NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6
mente embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada funcionários, todos com a mesma capacidade de produção,
saco. Se fossem colocados apenas 30 kg em cada trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20
saco, o número de sacos necessários para embalar funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais,
todo o carregamento seria igual a deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 420. (A) 48.
(B) 375. (B) 50.
(C) 370. (C) 46.
(D) 345. (D) 54.
(E) 320. (E) 52.
17
MATEMÁTICA
05. Resposta: E.
Sacos kg
240----40
x----30
30x=9600
X=320
06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas
X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários
07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)
60x=1080
X=18
08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min
09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x
30x=33600
X=1120
18
MATEMÁTICA
10. Resposta: D.
3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
19
MATEMÁTICA
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.
Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam 3
m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
20
MATEMÁTICA
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos 5h 20 minutos :2
1 minuto=60segundos
1hora=3600s 1h 20 minutos, transformamos para minutos
:60+20=80minutos
Adição de tempo
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas 04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000
21
MATEMÁTICA
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN-
GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de abas-
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o tecimento com 36.000 litros de gasolina em seu reservatório.
intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola Parte dessa gasolina é transferida para dois tanques de arma-
há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que zenamento, enchendo-os completamente. Um desses tanques
o término das aulas de João se dá às: tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e estavam, inicialmente, vazios.
(A) 22h30min Após a transferência, quantos litros de gasolina resta-
(B) 22h40min ram no caminhão-tanque?
(C) 22h50min (A) 35.722,00
(D) 23h (B) 8.200,00
(E) Nenhuma das anteriores (C) 3.577,20
(D) 357,72
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (E) 332,20
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km
10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
1h20min.
m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem
40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado em pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de obter
mais: (A) 6 pedaços.
(A) 10 minutos; (B) 8 pedaços.
(B) 7 minutos; (C) 9 pedaços.
(C) 5 minutos; (D) 5 pedaços.
(D) 3 minutos; (E) 7 pedaços.
(E) 2 minutos.
03. Resposta:A.
4500/3=1500 litros para as caixinhas
1500litros=1500000ml
1500000/300=5000 caixinhas por dia
5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
22
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
1h20min=60+20=80min rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
na-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)
23
MATEMÁTICA
Lembrando que:
Pi=Pa+3
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Equação 2º grau
A equação do segundo grau é representada pela fór- Relações entre Coeficientes e Raízes
mula geral:
Dada as duas raízes:
24
MATEMÁTICA
Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
Substituindo em A rente de zero.
A=44-26=18 O método de resolução se assemelha muito à resolu-
Ou A=44-18=26 ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
Resposta: B. dessas funções.
25
MATEMÁTICA
Exemplo
Resolva a inequação a seguir:
x-2≠0
Portanto:
S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
x≠2 pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas. Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
grau:
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x≤-4:4
x≤-1
S1 = {x R | x ≤ - 1}
S2 = { x R | x ≤ - 1}
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
temos:
S = S1 ∩ S2
26
MATEMÁTICA
27
MATEMÁTICA
10x+6x+40500=25x
9x=40500
X=4500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
4x+3x=336
7x=336
X=48
A distância entre A e B é 48km 08. Resposta: D.
Como já percorreu 28km
48-28=20 km entre P e Q. Idade atual: x
X+24=3x
03. Resposta:B. 2x=24
Sendo x o valor do material P X=12
10x=7x+600 Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
3x=600
X=200 09. Resposta: C.
∆=(-28)²-4.8.12
04. Resposta: E. ∆=784-384
2x²+12x+10=0 ∆=400
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64
06. Resposta: B
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0
36-24m+12=0
-24m=-48
M=2
28
MATEMÁTICA
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
29
MATEMÁTICA
Raiz da função
Função 1 grau Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti- valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b. intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
a seguir:
Estudo dos Sinais
Definimos função como relação entre duas grandezas
representadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau,
sua lei de formação possui a seguinte característica: y = ax
+ b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e b pertencem
aos reais e diferem de zero. Esse modelo de função possui
como representação gráfica a figura de uma reta, portanto,
as relações entre os valores do domínio e da imagem cres-
cem ou decrescem de acordo com o valor do coeficiente a.
Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente, Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
e caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente. culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
neralização com base na própria lei de formação da função,
Função Crescente: a > 0 considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
De uma maneira bem simples, podemos olhar no grá- X=-b/a
fico que os valores de y vão crescendo.
Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema
com duas equações para acharmos o valor de a e b.
Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.
F(1)=1a+b
3=a+b
F(3)=3a+b
5=3a+b
Isolando a em I
a=3-b
Função Decrescente: a < 0 Substituindo em II
Nesse caso, os valores de y, caem.
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
b=2
30
MATEMÁTICA
Portanto, Raízes
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
Concavidade
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para .
baixo se a<0
Veja os gráficos:
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
Quando , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao
eixo x, no ponto
∆<0
31
MATEMÁTICA
Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1.
Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.
Solução
Função exponencial
A expressão matemática que define a função exponencial é uma potência. Nesta potência, a base é um número real
positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.
Função crescente
Se temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamen-
te vemos que a curva da função é crescente.
Função decrescente
Se temos uma função exponencial decrescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a cur-
va da função é decrescente.
32
MATEMÁTICA
A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a
estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos decimais, é:
e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é:
ex = exp(x)
Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos, com a ≠1, existe um número c tal que:
Exemplo
Consequências da Definição
33
MATEMÁTICA
34
MATEMÁTICA
05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No 09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico
sistema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, en- que melhor representa a função y = 2x , para o domínio
contram-se representados o gráfico da função de segundo em R+ é:
grau f, definida por f(x), e o gráfico da função de primeiro
grau g, definida por g(x). (A)
(B)
(C)
35
MATEMÁTICA
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km
-2x=-12
02. Resposta: A. X=6
04.Resposta: B.
F(x)=12+25x
X=hora de trabalho
168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos A base pode ser igual a 1:
0,25-----x X²-5x+5=1
X=15 minutos X²-5x+4=0
∆=25-16=9
Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos
05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4 A base for -1 desde que o expoente seja par:
X²-5x+5=-1
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3) X²-5x+6=0
Y=ax+b
-1=b ∆=25-24=1
3=2a-1
2a=4
A=2
Y=2x-1
36
MATEMÁTICA
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.
10. Resposta: E.
Kx=(x+3)² Barra vertical
Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Para ter uma raiz, ∆=0 Fonte: tecnologia.umcomo.com.br
∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0 Barra horizontal
36-12k+k²-36=0
k²-12k=0
k=0 ou k=12
11. Resposta:C.
GRÁFICOS E TABELAS
37
MATEMÁTICA
aparelho quantidade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio
Linhas- É um gráfico de grande utilidade e muito co- lógico
mum na representação de tendências e relacionamentos
de variáveis
38
MATEMÁTICA
39
MATEMÁTICA
05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CESPE/2016) 06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a no-
menclatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.
40
MATEMÁTICA
xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6 Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário
TOTAL 40 Nacional
Assinale a alternativa em que o histograma é o que — Sistema Integrado de Informações Penitenciárias –
melhor representa a distribuição de frequência da tabela. InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Bra-
sileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adap-
tações)
41
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que os
dois primeiros meses de receita diminuem e os dois meses
seguintes aumentam, o mesmo acontece com a despesa.
06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha
07. Resposta: D.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18
( ) Certo ( ) Errado 30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
Referências
http://www.galileu.esalq.usp.br
42
MATEMÁTICA
Referências
Teste de Hipóteses Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pear-
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para son Prentice Hall, 2010.
testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional. Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em
Para testar um parâmetro populacional, você deve afir- recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
mar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que re- uma população estatística ou sobre uma amostra dessa
presente a afirmação e outra, seu complemento. Quando população.
uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que Frequência Absoluta
contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥ É o número de vezes que a variável estatística assume
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó- um valor.
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
afirmação de desigualdade, como <, ≠, >. Frequência Relativa
É o quociente entre a frequência absoluta e o número
Vamos ver como montar essas hipóteses de elementos da amostra.
Um caso bem simples. Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
43
MATEMÁTICA
Exemplo 1:
Classes Frequências Determinar a mediana do conjunto de dados:
41 |------- 45 7 {12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
45 |------- 49 3
Solução:
49 |------- 53 4 Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
53 |------- 57 1 (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12
57 |------- 61 5
Total 20 Resposta: Md=12.
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
Mediana (Md) cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
Sejam os valores escritos em rol: informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão.
44
MATEMÁTICA
Isto é:
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basque-
E para amostra tebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen- Sendo a estatura média, temos:
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
45
MATEMÁTICA
46
MATEMÁTICA
07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas O número de funcionários com pontuação acima da
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo- média é:
ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro (A) 3;
laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai- (B) 4;
xo. (C) 5;
(D) 6;
Replicatas Laboratório (E) 7.
1 2 3 4
1 30,3 30,9 30,3 30,5 RESPOSTAS
2 30,4 30,8 30,7 30,4 01. Resposta: E.
3 30,0 30,6 30,4 30,7 S=cursam superior
Média 30,20 30,77 30,47 30,53 M=não tem curso superior
331546248
47
MATEMÁTICA
05.Resposta: B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda GEOMETRIA
regra:
Ângulos
15,15,22,25,28,30
07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do
que 90º.
08. Resposta: C.
09. Resposta: C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
x/13=1998
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
X=13.1998
que 90º.
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010
Ângulo Raso:
10. Resposta: A.
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
48
MATEMÁTICA
Ângulo Reto:
Triângulo
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.
Classificação
49
MATEMÁTICA
QUADRILÁTEROS
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
Quanto aos ângulos - A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.
- é paralelo a
Triângulo retângulo:tem um ângulo reto - Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
50
MATEMÁTICA
Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são
chamados lados do polígono, enquanto os pontos são cha-
mados vértices do polígono.
Ângulos Externos
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, en-
tão a razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal
é igual à razão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
Número de Diagonais
Exemplo
51
MATEMÁTICA
Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.
Temos:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
Fórmulas Trigonométricas
52
MATEMÁTICA
Como
Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado -Duas retas concorrentes podem ser:
triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
são:
Retas Coplanares
a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum
53
MATEMÁTICA
(A) 100 m.
(B) 108 m.
(C) 112 m.
(D) 116 m. A área da região sombreada, da figura acima apresen-
(E) 120 m. tada, é
(A) 100 - 5π .
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) (B) 100 - 10π .
Considere um triângulo retângulo de catetos medindo (C) 100 - 15π .
3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante (D) 100 - 20π .
ao primeiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá (E) 100 - 25π .
como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10. 05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No
(B) 3√2 e 5√2 . cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen-
(C) 3√2 e 10√2 . tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon-
(D) 5 e 6. tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF
(E) 6 e 10. e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 25√5.
(B) 50√2.
(C) 50√5.
(D) 100√2 .
(E) 100√5.
54
MATEMÁTICA
06. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
- MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a sor – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular
seguir, de vértices A, B e C, representa uma praça de uma resolveu cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de ma-
cidade. Qual é a área dessa praça? deira. Colocou uma estaca em cada um dos quatro cantos
do terreno e as demais igualmente espaçadas, de 3 em 3
metros, ao longo dos quatro lados do terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores
do terreno, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do nú-
mero de estacas em cada um dos lados menores, também
incluindo os dois dos cantos.
A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
(A) 120 m² (B) 256;
(B) 90 m² (C) 324;
(C) 60 m² (D) 330;
(D) 30 m² (E) 372.
07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centíme- NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão in-
tros, mostra um painel informativo ABCD, de formato retan- dicadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
gular, no qual se destaca a região retangular R, onde x > y. formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.
Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em
correspondentes do retângulo ABCD e da região R é igual metros, igual a
a 5/2 , é correto afirmar que as medidas, em centímetros,
dos lados da região R, indicadas por x e y na figura, são, (A) 54.
respectivamente, (B) 48.
(C) 36.
(A) 80 e 64. (D) 40.
(B) 80 e 62. (E) 42.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80. 11. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária –
(E) 60 e 78. MSCONCURSOS/2017)
55
MATEMÁTICA
02. Resposta: B.
(A) 64,2 m
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m
(D) 128,4 m
Lado=3√2
Outro lado =5√2
03. Resposta: D.
04. Resposta: E.
96h=1728
H=18 O ladao AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o
ponto Médio
56
MATEMÁTICA
10. Resposta: B.
A sombreada=100-25π
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5 9x=108
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC X=12
A=5√5⋅10=50√5
Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
07. Resposta: A.
5y=320 Y²=16²+12²
Y²=256+144=400
Y=64 Y=20
Perímetro: 16+12+20=48
1-cos²x=sen²x
08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
12. Resposta: D.
O perímetro seria
57
MATEMÁTICA
Volume
X=6
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Y=10,2 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.
Classificação
Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
Área Área
Área da base: Sb=πr² Área lateral:
Área da base:
Área total:
Volume
58
MATEMÁTICA
Classificação
Área e Volume
Área lateral:
Onde n= quantidade de lados
Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.
-Triangular
-Quadrangular
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi-
nam-se paralelepípedos.
59
MATEMÁTICA
Prisma Regular
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
lares, o prisma é dito regular. Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, man-
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...) tendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o
volume inicialmente previsto para esse reservatório foi au-
Área mentado em
Área cubo: (A) 1 m³ .
Área paralelepípedo: (B) 3 m³ .
A área de um prisma: (C) 4 m³ .
Onde: St=área total (D) 5 m³ .
Sb=área da base (E) 6 m³ .
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
rais. 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) A figura mostra cubinhos de madeira, todos
Volume de mesmo volume, posicionados em uma caixa com a for-
Paralelepípedo:V=a.b.c ma de paralelepípedo reto retângulo.
Cubo:V=a³
Demais:
QUESTÕES
60
MATEMÁTICA
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- Para completar o volume total desse recipiente, serão
GO/2017) Frederico comprou um aquário em formato de despejados dentro dele vários copos de água, com 200 mL
paralelepípedo, contendo as seguintes dimensões: cada um. O número de copos totalmente cheios necessá-
rios para completar o volume total do prisma será:
(A) 8 copos
(B) 9 copos
(C) 10 copos
(D) 12 copos
(E) 15 copos
61
MATEMÁTICA
Respostas
01. Resposta:
Volume cilindro=πr²h
09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
02. Resposta: D 5+3=2,5⋅2⋅h
V= πr²h 8=5h
V=3⋅4²⋅20=960 cm³=960 ml H=1,6m
04. Resposta:E.
São 6 cubos no comprimento: 6⋅5=30 Cilindro
São 4 cubos na largura: 4⋅5=20 V=Ab⋅h
3 cubos na altura: 3⋅5=15 V=πr²h
V=30⋅20⋅15=9000 Como o volume do cone é 30% maior:
117πr²=1,3 πr²h
05. Resposta: C. H=117/1,3=90
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros
06. Resposta:C.
VA=125cm³ MATRIZ, DETERMINANTES E SISTEMAS
LINEARES
VB=1000cm³
Matriz
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por
180h=2250 exemplo, a matriz A de ordem 2x3.
H=12,5
62
MATEMÁTICA
Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de seus
elementos por uma letra minúscula acompanhada de dois
índices: o primeiro indica a linha a que pertence o elemen-
to: o segundo indica a coluna a que pertence o elemento,
isto é, o elemento da linha i e da coluna j é indicado por ij.
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:
Matriz diagonal
Matriz identidade
Portanto,
Tipos de Matriz
Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma É chamada matriz nula se, e somente se, todos os ele-
única linha. mentos são iguais a zero.
Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
Matriz coluna
Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma Matriz Transposta
única coluna.
Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz
Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1. transposta de A a matriz do tipo n x m.
Matriz quadrada
63
MATEMÁTICA
Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.
portanto
Solução
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A Seja
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
Subtração de matrizes
Logo,
Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
Multiplicação de um número por uma matriz número real a ela associado.
Multiplicação de matrizes
Matriz Inversa
64
MATEMÁTICA
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
a21 a33 - a32 a23 a11
Classificação
Em que:
O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois
Sistema Linear 2 x 2 Como não existe outro par que satisfaça simultanea-
mente as duas equações, dizemos que esse sistema é SP-
Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de equa- D(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma única
ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea- solução.
mente. 2. Sistema Possível e Indeterminado
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:
a1 x + b1 y = c1
a2 + b2 y = c2 esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valo-
res de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema
a seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3),
Sistema Linear 3x3 (2,2), (3,1) e etc.
3. Sistema Impossível
Sistemas Lineares equivalentes
65
MATEMÁTICA
x + 3 y = 5
Sistema 2x3 2 x + ay = 1
Resolução
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
1 3
Podemos transformar qualquer sistema linear em um
outro equivalente pelas seguintes transformações elemen- D= = a−6
tares, realizadas com suas equações: 2 a
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di- D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
ferente de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adi- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
cionar o resultado a outra equação. Para a ≠ 6, temos:
Exemplo
x + 3 y = 5
x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
← −2 0 x + 0 y = −9
Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é
conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação. Que é um sistema impossível.
Assim, temos:
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)
66
MATEMÁTICA
Assim, .
indicado por Dx = ed – bf, obtemos , D ≠ 0. 04. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Fiscal de Pos-
turas – MSCONCURSOS/2017)
Sejam as matrizes
QUESTÕES
67
MATEMÁTICA
07. (PREF. DE BIGUAÇU/SC – Professor – UNI- 11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015)
SUL/2016) A solução do seguinte sistema linear
Considere
é:
(A) S={(0,2,-5)}
(B) S={(1,4,1)}
Assinale a alternativa CORRETA: (C) S={(4,0,6)}
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(A) A + B = 20 (E) Sistema sem solução.
(B) A - 3B2 = -51
(C) √2A + 1- 5 = -2 12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
(D) A/B +1 =23 TEC/2015) A solução do sistema linear
(E) 3A -2B + 9 = 25
02. Resposta: E.
68
MATEMÁTICA
05. Resposta:C.
detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
6x=0
X=0
a+2=9
detB=0+40-y-0-12y+6=72 a=7
-13y=26
Y=-2 11. Resposta: D.
Da II equação tiramos:
X²-2xy+y²=0²-0+4=4 X=5+z
(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51
24-75=-51
-51=-51(V)
08. Resposta: A.
A12=0
A23=0 Somando as duas equações:
A33=7
A35=5 144y=36
09. Resposta: D.
-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
X=4
13. Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0
10. Resposta: A.
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
7m+3-9m-2=0
-2m=-1
69
MATEMÁTICA
Termo Geral da PA
(n-4+9)-(-3+6+2n)=0 Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
n+5-2n-3=0 da seguinte forma:
-n=-2
n=2
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA.
Exemplo Exemplo
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5: Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O
último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri-
meiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
Classificação e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
As progressões aritméticas podem ser classificadas de para solucionar a questão:
acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante
Propriedades das Progressões Aritméticas Sabemos também que a soma de dois termos equidis-
-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos
média aritmética entre o anterior e o posterior. seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
70
MATEMÁTICA
2º Caso: q≠1
q=2
Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
71
MATEMÁTICA
72
MATEMÁTICA
RESPOSTAS PA
(12,16,...)
01.Resposta: A. R=16-12=4
=48
05. Resposta: E.
08. Resposta: C.
Q=2
73
MATEMÁTICA
Acréscimo
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-
de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe,
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
o menor valor possível para x é igual a
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
(A) 8.
por diante. Veja a tabela abaixo:
(B) 15.
(C) 10.
Acréscimo ou Lucro Fator de (D) 6.
Multiplicação (E) 12.
10% 1,10
Resolução
15% 1,15 45------100%
20% 1,20 X-------60%
X=27
47% 1,47
O menor número de meninas possíveis para ter gripe
67% 1,67 é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2
meninas estão.
Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 te-
mos:
Resposta: C.
Desconto
No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli- QUESTÕES
cação será:
Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na 01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
forma decimal) - MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
Veja a tabela abaixo: custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
Desconto Fator de levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
Multiplicação vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
10% 0,90 ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de:
25% 0,75 (A) R$1120,00
(B) R$1056,00
34% 0,66 (C) R$960,00
60% 0,40 (D) R$864,00
90% 0,10
74
MATEMÁTICA
02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de 04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação
segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen- – UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas
te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser
nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e 2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma passou a ser 3/ 4 da largura original.
reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes- Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo
ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução original, a área do novo retângulo:
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de (A) foi aumentada em 50%.
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, (B) foi reduzida em 50%.
a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate (C) aumentou em 25%.
ao dano ao patrimônio em (D) diminuiu 25%.
(A) 35%. (E) foi reduzida a 15%.
(B) 28%.
(C) 63%. 05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
(D) 41%. GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
(E) 80%. editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni-
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir- estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra.
mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he- Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30%
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi-
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante. ções, qual será o lucro obtido por unidade?
A tia especificou em testamento que as joias não deveriam (A) R$ 4,20.
ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar (B) R$ 5,46.
com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada (C) R$ 10,70.
a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um (D) R$ 12,60.
recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam (E) R$ 18,00.
que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso,
tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci- 06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
diram fazer a partilha do seguinte modo: GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido
− Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican- um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
valor total da herança. (A) R$ 120,00 reais
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas (B) R$ 112,50 reais
avaliações. (C) R$ 127,50 reais
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles (D) R$ 97,50 reais
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da (E) R$ 90 reais
herança toda ou mais.
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
joias foi a seguinte: NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari- 2018 é, em milhões de reais, igual a
ce recebessem, respectivamente, (A) 200.
(A) o bracelete, os brincos e o colar. (B) 203.
(B) os brincos, o colar e o bracelete. (C) 195.
(C) o colar, o bracelete e os brincos. (D) 190.
(D) o bracelete, o colar e os brincos. (E) 198.
(E) o colar, os brincos e o bracelete.
75
MATEMÁTICA
RESPOSTAS
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.
1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais: 09. Resposta: B.
960⋅1,1=1056 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
02. Resposta: E. 8,6x=10,75-8,6
63/35=1,80 8,6x=2,15
Portanto teve um aumento de 80%. X=0,25=25%
76
MATEMÁTICA
77
MATEMÁTICA
A maioria das operações envolvendo dinheiro uti- 03. (IFBAIANO – Técnico em Contabilidade –
liza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e FCM/2017) O montante acumulado ao final de 6 meses
longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos e os juros recebidos a partir de um capital de 10 mil reais,
bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta com uma taxa de juros de 1% ao mês, pelo regime de capi-
de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Ra- talização simples, é de
ramente encontramos uso para o regime de juros simples: (A) R$ 9.400,00 e R$ 600,00.
é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo (B) R$ 9.420,00 e R$ 615,20.
de desconto simples de duplicatas. (C) R$ 10.000,00 e R$ 600,00.
O cálculo do montante é dado por: (D) R$ 10.600,00 e R$ 600,00.
(E) R$ 10.615,20 e R$ 615,20.
78
MATEMÁTICA
08. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário – 13. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
FGV/2016) Para pagamento de boleto com atraso em pe- FCC/2017) O montante de um empréstimo de 4 anos da
ríodo inferior a um mês, certa instituição financeira cobra, quantia de R$ 20.000,00, do qual se cobram juros compos-
sobre o valor do boleto, multa de 2% mais 0,4% de juros de tos de 10% ao ano, será igual a
mora por dia de atraso no regime de juros simples. Um bo- (A) R$ 26.000,00.
leto com valor de R$ 500,00 foi pago com 18 dias de atraso. (B) R$ 28.645,00.
O valor total do pagamento foi: (C) R$ 29.282,00.
(A) R$ 542,00; (D) R$ 30.168,00.
(B) R$ 546,00; (E) R$ 28.086,00.
(C) R$ 548,00;
(D) R$ 552,00; 14. (IFBAIANO - Técnico em Contabilidade-
(E) R$ 554,00. FCM/2017) A empresa Good Finance aplicou em uma
renda fixa um capital de 100 mil reais, com taxa de juros
09. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITUTO compostos de 1,5% ao mês, para resgate em 12 meses. O
AOCP/2016) Para pagamento um mês após a data da com- valor recebido de juros ao final do período foi de
pra, certa loja cobrava juros de 25%. Se certa mercadoria tem (A) R$ 10.016,00.
preço a prazo igual a R$ 1500,00, o preço à vista era igual a (B) R$ 15.254,24.
(A) R$ 1200,00. (C) R$ 16.361,26.
(B) R$ 1750,00. (D) R$ 18.000,00.
(C) R$ 1000,00. (E) R$ 19.561,82.
(D) R$ 1600,00.
(E) R$ 1250,00. 15. (POLICIA CIENTIFICA – Perito Criminal –
IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma empresa
10. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO recebeu um empréstimo bancário de R$ 120.000,00 por 1
AOCP/2016) A fatura de um certo cartão de crédito cobra ano, pagando o montante de R$ 180.000,00. A taxa anual
juros de 12% ao mês por atraso no pagamento. Se uma de juros desse empréstimo foi de:
fatura de R$750,00 foi paga com um mês de atraso, o valor (A) 0,5% ao ano
pago foi de (B) 5 % ao ano
(A) R$ 970,00. (C) 5,55 % ao ano
(B) R$ 777,00. (D) 150% ao ano
(C) R$ 762,00. (E) 50% ao ano
(D) R$ 800,00.
(E) R$ 840,00.
RESPOSTAS
11. (DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Em
15 de junho de 20xx, Severino restituiu R$ 2.500,00 do seu 01. Resposta: D.
imposto de renda. Como estava tranquilo financeiramente, J=500+1484-1900=84
resolveu realizar uma aplicação financeira para retirada em C=1900-500=1400
15/12/20xx, período que vai realizar as compras de natal. A J=Cin
uma taxa de juros de 3% a.m., qual é o montante do capital, 84=1400.i.2
sabendo-se que a capitalização é mensal: I=0,03=3%
(A) R$ 2.985,13
(B) R$ 2.898,19 02. Resposta: B.
(C) R$ 3.074,68 J=Cin
(D) R$ 2.537,36 J=23500⋅0,04⋅3
(E) R$ 2.575,00 J= 2820
79
MATEMÁTICA
80
MATEMÁTICA
81
MATEMÁTICA
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros - o prazo a que se refere à taxa de juros; e
nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado - o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (AS-
capital P é aplicado por um período de tempo unitário, a SAF NETO, 2001).
certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 = Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro sim-
P(1 + in). ples são ditas proporcionais quando seus valores e seus
Consideremos agora que durante o mesmo período, a respectivos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma
taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exem-
capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 plos
= P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada Prestação = amortização + juros
ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos en-
tão escrever: S1 = S2 (1 + r) Há diferentes formas de amortização, conforme des-
Substituindo S1 e S2 , vem: critas a seguir.
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que: Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde: todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o
in = taxa de juros nominal mesmo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil,
j = taxa de inflação no período prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, Pagamento único
isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coin- É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em
cidentes. um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a
Exemplo mesma fórmula do montante:
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um
banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano Nos juros simples:
com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do M = C (1 + i×n)
empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal M = montante
e real deste empréstimo. C = capital inicial
Teremos que a taxa nominal será igual a: i = taxa de juros
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = n = período
0,25 = 25%
Portanto in = 25% Nos juros compostos:
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = M = C (1+i)n
0,10, substituindo na fórmula anterior, vem: M = montante
(1 + in) = (1+r). (1 + j) C = capital inicial
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10) i = taxa de juros
1,25 = (1 + r).1,10 n = período
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64% Nos juros simples:
Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, te- Amortiza- Saldo de-
ríamos para a taxa real de juros: n Juros Prestação
ção vedor
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30 0 - - -
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615 100.000,00
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto
teríamos uma taxa real de juros negativa. 1 - -
3.000,00 103.000,00
Exemplo 2 - -
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por 3.000,00 106.000,00
$150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período
3 -
foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo? 3.000,00 100.000,00 109.000,00
Resposta: 25%
Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado
destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envol-
ve dois prazos:
82
MATEMÁTICA
83
MATEMÁTICA
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Pres- Presta- Amortiza-
Juros Deve-
tação ção ção
dor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
84
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
85
MATEMÁTICA
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1599335/exercicios_matematica_finaceiraexercicios_
matematica_finaceiraNos juros compostos:
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
86
MATEMÁTICA
Saldo deve-
n Juros Amortização Prestação
dor
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 - - 103.000,00
2 3.000,00 - - 106.000,00
3 3.000,00 100.000,00 109.000,00 -
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:
87
MATEMÁTICA
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
88
MATEMÁTICA
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
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MATEMÁTICA
90
MATEMÁTICA
Concessionária 1
07. Resposta: E.
Temos que transformar os 6% ao trimestre em capita-
lização mensal
Concessionária 2 6/3=2%a.m
1,02³=1,061208=6,1208%
91
MATEMÁTICA
09. Resposta: B.
10. Resposta: E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66 Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é
de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um
dos dois gerentes é de
A) R$ 2.900,00.
B) R$ 4.200,00.
C) R$ 2.100,00.
D) R$ 1.900,00.
E) R$ 3.400,00.
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
!é!"# =
20
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200
1490 =
20
RESPOSTA: “C”.
92
MATEMÁTICA
!" X1+x2+x3+x4+x5
= 4000!!!!" = 4000! + 40000 X1+x2=4000
!!!"
X3+x4+x5=12000
!"
! ! = 3500!!!!!" = 3500! x2+x3+x4=9000
RESPOSTA: “C”.
93
MATEMÁTICA
!"!!"!!"!!"!!"!!"!!!!!"
!é!"# = = 25
!
!
A mediana é a média entre o 4º e 5º termo:
25 + 25
!!!!!"#$%&% = = 25
2
!
Moda é o número que mais aparece: 25
RESPOSTA: “D”.
94
MATEMÁTICA
Exemplo
p: Thiago é nutricionista.
V(p)= V essa é a simbologia para indicar que o valor
Proposição lógico de p é verdadeira, ou
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos V(p)= F
que exprimem um pensamento de sentido completo.
Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
Nossa professora, bela definição! so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
Não entendi nada! lógico falso.
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que Classificação
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas
também no sentido lógico. Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser posição como parte integrante de si mesma. São geral-
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda- mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
deira ou falsa. E depois da letra colocamos “:”
Exemplos:
Exemplo:
(A) A Terra é azul.
p: Marcelo é engenheiro
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é
q: Ricardo é estudante
uma proposição.
(B) >2
Proposição composta: combinação de duas ou mais
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
falso. las P, Q, R, S,...
Passei! Conectivos
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos Agora vamos entrar no assunto mais interessante: o
de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque que liga as proposições.
é uma sentença exclamativa. Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
Vamos ver alguns princípios da lógica: nectivos vem a parte prática.
95
MATEMÁTICA
-Condicional
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne-
Exemplo cessária
p: Lívia é estudante. Símbolo: →
~p: Lívia não é estudante.
Exemplos
q: Pedro é loiro. p→q: Se chove, então faz frio.
¬q: É falso que Pedro é loiro. p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
r: Érica lê muitos livros. p→q: É necessário que faça frio para que chova.
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros. p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.
Exemplos
p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica. Questões
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. 01. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. FCM/2017) Considere que os valores lógicos de p e q são
V e F, respectivamente, e avalie as proposições abaixo.
- Disjunção I- p → ~(p ∨ ~q) é verdadeiro
II- ~p → ~p ∧ q é verdadeiro
III- p → q é falso
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q é falso
p: Vitor gosta de estudar.
q: Vitor gosta de trabalhar Está correto apenas o que se afirma em:
96
MATEMÁTICA
02. (TERRACAP – Técnico Administrativo – QUA- 05. (EBSERH – Médico – IBFC/2017) Sabe-se que p,
DRIX/2017) Sabendo-se que uma proposição da forma q e r são proposições compostas e o valor lógico das pro-
“P→Q” — que se lê “Se P, então Q”, em que P e Q são pro- posições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico
posições lógicas — é Falsa quando P é Verdadeira e Q é Fal- da proposição r na proposição composta {[q v (q ^ ~p)] v r}
sa, e é Verdadeira nos demais casos, assinale a alternativa cujo valor lógico é verdade, é:
que apresenta a única proposição Falsa.
(A) falso
(A) Se 4 é um número par, então 42 + 1 é um número (B) inconclusivo
primo. (C) verdade e falso
(B) Se 2 é ímpar, então 22 é par. (D) depende do valor lógico de p
(C) Se 7 × 7 é primo, então 7 é primo. (E) verdade
(D) Se 3 é um divisor de 8, então 8 é um divisor de 15.
(E) Se 25 é um quadrado perfeito, então 5 > 7. 06. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS-
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é clas-
03. (IFBAIANO – Assistente Social – FCM/2017) sificada como uma proposição simples?
Segundo reportagem divulgada pela Globo, no dia
17/05/2017, menos de 40% dos brasileiros dizem praticar (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
esporte ou atividade física, segundo dados da Pesquisa Na- (B) Ele é goleiro do Bangu.
cional por Amostra de Domicílios (Pnad)/2015. Além disso, (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
concluiu-se que o número de praticantes de esporte ou de (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
atividade física cresce quanto maior é a escolaridade.
(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/me-
07.(EBSERH – Assistente Administrativo –
nos-de-40-dos-brasileiros-dizem-praticar-esporte-ou-ati-
IBFC/2017) Assinale a alternativa incorreta com relação
vidade-fisica-futebol-e-caminhada-lideram-praticas.ghtml.
aos conectivos lógicos:
Acesso em: 23 abr. 2017).
Com base nessa informação, considere as proposições
p e q abaixo: (A) Se os valores lógicos de duas proposições forem
falsos, então a conjunção entre elas têm valor lógico falso.
p: Menos de 40% dos brasileiros dizem praticar esporte (B) Se os valores lógicos de duas proposições forem
ou atividade física falsos, então a disjunção entre elas têm valor lógico falso.
q: O número de praticantes de esporte ou de atividade (C) Se os valores lógicos de duas proposições forem
física cresce quanto maior é a escolaridade falsos, então o condicional entre elas têm valor lógico ver-
dadeiro.
Considerando as proposições p e q como verdadeiras, (D) Se os valores lógicos de duas proposições forem
avalie as afirmações feitas a partir delas. falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
falso.
I- p ∧ q é verdadeiro (E) Se os valores lógicos de duas proposições forem
II- ~p ∨ ~q é falso falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
III- p ∨ q é falso verdadeiro.
IV- ~p ∧ q é verdadeiro
08. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de
Está correto apenas o que se afirma em: direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou
sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu-
(A) I e II. mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e
(B) II e III. as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu
(C) III e IV. vocabulário particular constava, por exemplo:
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV. P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
04. (UFSBA - Administrador – UFMT /2017) Assinale R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
a alternativa que NÃO apresenta uma proposição.
são no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
(A) Jorge Amado nasceu em Itabuna-BA.
(B) Antônio é produtor de cacau.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não re-
(C) Jorge Amado não foi um grande escritor baiano.
(D) Queimem os seus livros. cordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue
o item que se segue.
97
MATEMÁTICA
98
MATEMÁTICA
Quando temos duas proposições, não basta colocar só Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o co-
nectivo “ou”.
VF, será mais que duas linhas.
Eu comprei bala ou chocolate.
p q Eu comprei bala e também comprei o chocolate, está
V V certo pois poderia ser um dos dois ou os dois.
V F Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma
F V forma se eu comprei apenas chocolate.
F F Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará
certo.
Observe, a primeira proposição ficou VVFF
E a segunda intercalou VFVF.
Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 possi- p q p ∨q
bilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver um V V V
padrão para se tornar mais fácil! V F V
As possibilidades serão 2n,
F V V
Onde:
n=número de proposições F F F
p q r -Disjunção Exclusiva
V V V
V F V Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei
chocolate OU comprei bala.
V V F
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mesmo
V F F tempo.
F V V
F F V p q p∨q
V V F
F V F
V F V
F F F F V V
F F F
A primeira proposição, será metade verdadeira e me-
tade falsa.
A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF.
E a terceira VVFFVVFF.
Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
operadores lógicos?
99
MATEMÁTICA
100
MATEMÁTICA
Exemplo 3
Se João é estudante ou não é estudante, então Mateus
é professor.
P Q ~p p∨~p p∨~p→q
V V F V V
V F F V F
F V V V V
F F V V V
01. (TRT 7ªREGIÃO – Conhecimentos Básicos – CES- 03. (UTFPR – pedagogo – UTFPR/2017) A operação
PE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P lógica descrita pela tabela verdade da função Z, cujos ope-
A empresa alegou ter pago suas obrigações previden- randos são p e q, é:
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.
A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela-
-verdade para representar todas as combinações possíveis
para os valores lógicos das proposições simples que com-
põem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a:
(A) 32.
(A) Conjunção.
(B) 4.
(B) Disjunção.
(C) 8.
(C) Disjunção exclusiva.
(D) 16. (D) Implicação.
(E) Bicondicional.
02. (SERES/PE – Agente de Segurança Penitenciária 04. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017)
– CESPE/2017) A partir das proposições simples P: “Sandra Considere a tabela-verdade abaixo, em que nas duas pri-
foi passear no centro comercial Bom Preço”, Q: “As lojas meiras colunas encontram-se os valores-verdade de duas
do centro comercial Bom Preço estavam realizando liquida- proposições A e B. Considere que V é usado para proposi-
ção” e R: “Sandra comprou roupas nas lojas do Bom Preço” ção verdadeira e F para proposição falsa.
é possível formar a proposição composta S: “Se Sandra foi
passear no centro comercial Bom Preço e se as lojas desse
centro estavam realizando liquidação, então Sandra com-
prou roupas nas lojas do Bom Preço ou Sandra foi passear
no centro comercial Bom Preço”. Considerando todas as
possibilidades de as proposições P, Q e R serem verdadei-
ras (V) ou falsas (F), é possível construir a tabela-verdade da
proposição S, que está iniciada na tabela mostrada a seguir.
101
MATEMÁTICA
Assinale a sequência que completa correta e respecti- 08. A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre ver-
vamente a tabela com os valores-verdade de x, y, z, t. dadeira, independentemente das valorações de P e Q como
verdadeiras ou falsas.
(A) V, F, V, V ( )certo ( )errado
(B) V, F, F, F
(C) F, V, V, F
(D) F, V, F, V 09. Tendo como referência essa situação hipotética,
julgue o item que se segue.
05. (AGREBRA – Técnico em Regulação – IBFC/2017)
A sentença P→S é verdadeira.
Assinale a alternativa correta. O valor lógico do bicondicio-
nal entre duas proposições é falso se:
( )certo ( )errado
(A) os valores lógicos das duas proposições forem fal-
sos .
(B) o valor lógico de cada uma das proposições for ver- 10. Tendo como referência essa situação hipotética,
dade. julgue o item que se segue.
(C) o valor lógico da primeira proposição for falso.
(D) o valor lógico da segunda proposição for falso. A sentença Q→R é falsa.
(E) somente uma das proposições tiver valor lógico fal- ( )certo ( )errado
so.
06. (PREF. DE SÃO JOSÉ DO CERRITO/SC – Assitente 11. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere as
Social – IESES/2017) Assinale a alternativa INCORRETA so- seguintes proposições:
bre lógica proposicional:
I) p ∧ ~p
(A) A disjunção inclusiva é falsa apenas quando ambas II) p → ~p
as proposições são falsas. III) p ∨ ~p
(B) A negação de uma proposição é falsa se ela for ver-
IV) p →~q
dadeira, e vice-versa.
(C) A conjunção é verdadeira apenas quando ambas as
proposições são verdadeiras. Assinale a alternativa correta.
(D) A implicação ou condicional é falsa quando ambas
as proposições são falsas. (A) Somente I e II são tautologias.
(B) Somente II é tautologia.
07. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS- (C) Somente III é tautologia.
CONCURSOS/2017) A tabela-verdade da proposição (p (D) Somente III e a IV são tautologias.
->q) ^r <->(p^~r) possui: (E) Somente a IV é tautologia.
(A) 4 linhas
(B) 8 linhas 12 (FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA/DF – Ad-
(C) 16 linhas ministração – IADES/2017) Assinale a alternativa que apre-
(D) 32 linhas senta uma tautologia.
P: Cometeu o crime A.
Respostas
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
são no regime fechado. 01. Resposta: C.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança. P: A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não denciárias.
recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafian- Q: apresentou os comprovantes de pagamento.
çável. R: o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue Número de linhas: 2³=8.
os itens que se seguem.
102
MATEMÁTICA
-Condicional
p ~p ~~p
p q p →q V F V
V V V F V F
V F F
F V V São iguais, então ~~p⇔p
F F V
103
MATEMÁTICA
Regra de Clavius b) p ∨ q ⇔ q ∨ p
~p→p⇔p p q p∨q q∨ p
V V V V
p ~p ~p→p V F V V
V F V F V V V
F V F F F F F
Regra de Absorção c) p ∨ q ⇔ q p
p→p∧q⇔p→q p q p∨q q∨p
V V F F
p q p∧q p→p∧q p→q V F V V
V V V V V F V V V
V F F F F F F F F
F V F V V
F F F V V d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
p q p↔q q↔p
Condicional V V V V
V F F F
Gostaria da sua atenção aqui, pois as condicionais são F V F F
as mais pedidas nos concursos F F V V
A condicional p→q e a disjunção ~p∨q, têm tabelas-
-verdades idênticas Equivalências notáveis:
Exemplo V V V V V V V V
p: Coelho gosta de cenoura V V F V V V F V
q: Coelho é herbívoro. V F V V V F V V
V F F F F F F F
p→q: Se coelho gosta de cenoura, então coelho é her- F V V V F F F F
bívoro. F V F V F F F F
~p∨q: Coelha não gosta de cenoura ou coelho é her- F F V V F F F F
bívoro F F F F F F F F
p q ~p ~q ~p→~q p∨~q q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∧ (p
p q r
V V F F V V ∧r ∧ r) q ∨r ∨ r)
V V V V V V V V
V F F V V V
V V F F V V V V
F V V F F F
V F V F V V V V
F F V V V V
V F F F V V V V
Equivalência fundamentais (Propriedades Funda- F V V V V V V V
mentais): a equivalência lógica entre as proposições goza F V F F F V F F
das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva. F F V F F F V F
F F F F F F F F
1 – Simetria (equivalência por simetria)
a) p ∧ q ⇔ q ∧ p 2 - Associação (equivalência pela associativa)
p q p∧q q∧p a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
V V V V q p ∧ (q p (p ∧ q) ∧ (p
V F F F p q r p∧q
∧r ∧ r) ∧r ∧ r)
F V F F V V V V V V V V
F F F F V V F F F V F F
V F V F F F V F
104
MATEMÁTICA
105
MATEMÁTICA
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: 05. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Considere
como verdadeira a seguinte sentença: “Se todas as flores são
q vermelhas, então o jardim é bonito”.
p→ ~p → ~q → É correto concluir que:
p q ~p ~q →
q ~q ~p
p
V V F F V V V V (A) se todas as flores não são vermelhas, então o jardim
V F F V F V V F não é bonito;
F V V F V F F V (B) se uma flor é amarela, então o jardim não é bonito;
F F V V V V V V (C) se o jardim é bonito, então todas as flores são ver-
melhas;
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua (D) se o jardim não é bonito, então todas as flores não
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO são vermelhas;
EQUIVALENTES. (E) se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor
não é vermelha.
Questões
06. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017)
01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VU- Uma proposição equivalente a Se há fumaça, há fogo, é:
NESP/2017) Uma afirmação equivalente para “Se estou fe-
liz, então passei no concurso” é: (A) Se não há fumaça, não há fogo.
(A) Se passei no concurso, então estou feliz. (B) Se há fumaça, não há fogo.
(B) Se não passei no concurso, então não estou feliz.
(C) Se não há fogo, não há fumaça.
(C) Não passei no concurso e não estou feliz.
(D) Estou feliz e passei no concurso. (D) Se há fogo, há fumaça.
(E) Passei no concurso e não estou feliz.
07. (DPE/RR – Técnico em Informática – INAZ DO
02. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere a PARÁ/2017) Diz-se que duas preposições são equivalen-
frase: tes entre si quando elas possuem o mesmo valor lógico. A
Se Marco treina, então ele vence a competição. sentença logicamente equivalente a: “ Se Maria é médica,
A frase equivalente a ela é: então Victor é professor” é:
(A) Se Marco não treina, então vence a competição.
(B) Se Marco não treina, então não vence a competição. (A) Se Victor não é professor então Maria não é médica
(C) Marco treina ou não vence a competição.
(B) Se Maria não é médica então Victor não é professor
(D) Marco treina se e somente se vence a competição.
(E) Marco não treina ou vence a competição. (C) Se Victor é professor, Maria é médica
(D) Se Maria é médica ou Victor é professor
03. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES- (E) Se Maria é médica ou Victor não é professor
PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho-
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o 08. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador –
próximo item. PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma proposição lo-
Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é gicamente equivalente a “se eu não posso pagar um táxi,
equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”. então vou de ônibus” é a seguinte:
( ) Certo
( ) Errado
(A) se eu não vou de ônibus, então posso pagar um táxi
04. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário – FGV/2017) (B) se eu posso pagar um táxi, então não vou de ônibus
Considere a sentença: “Se Pedro é torcedor do Avaí e Marce- (C) se eu vou de ônibus, então não posso pagar um táxi
la não é torcedora do Figueirense, então Joana é torcedora (D) se eu não vou de ônibus, então não posso pagar
da Chapecoense”. um táxi
Uma sentença logicamente equivalente à sentença dada é:
(A) Se Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce- 09. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi-
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha- nistração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma pro-
pecoense. posição logicamente equivalente a “todo ato desonesto é
(B) Se Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torce- passível de punição” é a seguinte:
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha-
pecoense.
(C) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora (A) todo ato passível de punição é desonesto.
do Figueirense ou Joana é torcedora da Chapecoense. (B) todo ato não passível de punição é desonesto.
(D) Se Joana não é torcedora da Chapecoense, então (C) se um ato não é passível de punição, então não é
Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torcedora do Fi- desonesto.
gueirense. (D) se um ato não é desonesto, então não é passível
(E) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora de punição.
do Figueirense e Joana é torcedora da Chapecoense.
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
Exemplo 1 Galo=4
Pato=4
(UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Considere a Carneiro=8
sequência numérica a seguir: Cobra=4
3, 6, 3, 3, 2, 5/3, 11/9. . . Jacaré=6
Não tem um padrão
Sabendo-se que essa sequência obedece uma regra de
formação a partir do terceiro termo, então o denominador Número de sílabas
do próximo termo da sequência é: Está dividido em 2 e 3 e sem padrões
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MATEMÁTICA
Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equiva- (5, 9, 17, 33, 65, 129...)
lente a última letra
O décimo segundo termo da sequência anterior é um
E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira
número
letra.
(A) menor que 8.000.
Sequência de Figuras (B) maior que 10.000.
(C) compreendido entre 8.100 e 9.000.
Do mesmo modo que a sequência de letras, é um tema (D) compreendido entre 9.000 e 10.000.
abrangente, pois a banca pode pedir a figura que convém.
02. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-
(FACEPE – Assistente em Gestão de Ciência e Tecno- TO AOCP/2017) Uma máquina foi programada para dis-
logia – UPENET/2015) Assinale a alternativa que contém a tribuir senhas para atendimento em uma agência bancária
próxima figura da sequência. alternando algarismos e letras do alfabeto latino, no qual
estão inclusas as letras K, W e Y, sendo a primeira senha
o número 2, a segunda a letra A, e sucessivamente na se-
guinte forma: (2; A; 5; B; 8; C; ...). Com base nas informações
mencionadas, é correto afirmar que a 51ª e a 52ª senhas,
respectivamente, são:
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
Nenhum A é B.
A e B não terão elementos em comum.
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MATEMÁTICA
c) Todos os elementos de B estão em A. a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-
tos em comum
Algum A não é B não conseguimos determinar, poden- Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver
do ser verdadeira ou falsa(contradiz com as figuras b e d) como ficam os valores lógicos das outras?
Algum copo não é de vidro, como não sabemos se to- Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior
dos os copos são de vidros, pode ser verdadeira. Frase: Algum copo não é de vidro.
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
04. (COPERGAS/PE - Analista Tecnologia da Infor- (C) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
mação gosta de matemática.
- FCC/2016) É verdade que todo engenheiro sabe ma- (D) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
temática. É verdade que há pessoas que sabem matemática não é professor de matemática.
e não são engenheiros. É verdade que existem administra-
dores que sabem matemática. A partir dessas afirmações é
possível concluir corretamente que: 08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
NESP/2015) Se todo estudante de uma disciplina A é tam-
(A) qualquer engenheiro é administrador. bém estudante de uma disciplina B e todo estudante de
(B) todos os administradores sabem matemática. uma disciplina C não é estudante da disciplina B, e ntão é
(C) alguns engenheiros não sabem matemática. verdade que:
(D) o administrador que sabe matemática é engenhei-
(A) algum estudante da disciplina A é estudante da dis-
ro. ciplina C.
(E) o administrador que é engenheiro sabe matemática. (B) algum estudante da disciplina B é estudante da dis-
ciplina C.
05. (CRECI 1ª REGIÃO/RJ – Advogado – MSCON- (C) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
CURSOS/2016) Considere como verdadeiras as duas pre- disciplina C.
missas seguintes: (D) nenhum estudante da disciplina B é estudante da
disciplina A.
I – Nenhum professor é veterinário; (E) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
II – Alguns agrônomos são veterinários. disciplina B.
(A) Algum maranhense pescador não é trabalhador 10. (DPE/MT – Assistente Administrativo –
(B) Algum maranhense não pescar não é trabalhador FGV/2015) Considere verdadeiras as afirmações a seguir.
(C) Todo maranhense trabalhadoré pescador
(D) Algum maranhense trabalhador é pescador • Existem advogados que são poetas.
(E) Todo maranhense pescador não é trabalhador. • Todos os poetas escrevem bem.
07. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Assistente Ad- Com base nas afirmações, é correto concluir que
ministrativo – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2015) Em certa
(A) se um advogado não escreve bem então não é poe-
comunidade, é verdade que:
ta.
(B) todos os advogados escrevem bem.
- todo professor de matemática possui grau de mestre;
(C) quem não é advogado não é poeta.
- algumas pessoas que possuem grau de mestre gos-
(D) quem escreve bem é poeta.
tam de empadão de camarão;
(E) quem não é poeta não escreve bem.
- algumas pessoas que gostam de empadão de cama-
rão não possuem grau de mestre.
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MATEMÁTICA
01. Resposta: E.
06. Resposta: D.
03. Resposta: C.
07. Resposta: D.
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MATEMÁTICA
08. Resposta: C.
O diagrama C deve ficar para fora, pois todo estudante
de C não é da disciplina B, ou seja, não tem ligação nenhuma.
Referências
Carvalho, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série Pro-
vas e Concursos, 2010.
Análise Combinatória
A Análise Combinatória é a área da Matemática que
trata dos problemas de contagem.
Fatorial
É comum nos problemas de contagem, calcularmos o
produto de uma multiplicação cujos fatores são números
naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
117
MATEMÁTICA
Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos,
podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada sub-
conjunto com i elementos é chamado combinação simples.
Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Solução
Binomiais Complementares
Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma
dos denominadores é igual ao numerador são iguais:
Permutação Simples
Chama-se permutação simples dos n elementos, qual-
quer agrupamento(sequência) de n elementos distintos de E.
O número de permutações simples de n elementos é
indicado por Pn. Relação de Stifel
Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO? Triângulo de Pascal
Solução
A palavra tem 8 letras, portanto:
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MATEMÁTICA
119
MATEMÁTICA
Respostas
01. Resposta: A.
P2⋅P6=2!⋅6!=2⋅720=1440
Experimento Aleatório
02. Resposta: C.
__ ___ __ __ Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im-
6⋅ 5⋅ 4⋅ 3=360 previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado.
03. Resposta: E.
P6=6!=6⋅5⋅4⋅3⋅2⋅1=720
04. Resposta: E.
P4=4!= 4⋅3⋅2⋅1=24
05. Resposta: B.
Vogais: a, e, i, o, u
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MATEMÁTICA
Probabilidade
Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.
Probabilidade Condicional
Eventos complementares É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A ocorreu o evento B, definido por:
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}
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MATEMÁTICA
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária 08. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
- MSCONCURSOS/2017) A uma excursão, foram 48 pes- AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, es-
soas, entre homens e mulheres. Numa escolha ao acaso, a condia seu dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um
probabilidade de se sortear um homem é de 5/12 . Quan- carro velho fora de uso, que mantinha no fundo de sua
tas mulheres foram à excursão? casa. Certo dia, o empresário se gabava de sua inteligência
(A) 20 ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto um
(B) 24 ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha
(C) 28 tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um
(D) 32 dos pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a pro-
babilidade de ele ter roubado o pneu certo?
03. (UPE – Técnico em Administração – UPE- (A) 0,20.
NET/2017) Qual a probabilidade de, lançados simulta- (B) 0,23.
neamente dois dados honestos, a soma dos resultados ser (C) 0,25.
igual ou maior que 10? (D) 0,27.
(A) 1/18 (E) 0,30.
(B) 1/36
(C) 1/6 09. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Em
(D) 1/12 uma urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Re-
(E) ¼ tiram-se aleatoriamente, em sequência e sem reposição,
duas bolas da urna.
04. (UPE – Técnico em Administração – UPE-
NET/2017) Uma pesquisa feita com 200 frequentadores
A probabilidade de que o número da segunda bola re-
de um parque, em que 50 não praticavam corrida nem ca-
tirada da urna seja par é:
minhada, 30 faziam caminhada e corrida, e 80 exercitavam
corrida, qual a probabilidade de encontrar no parque um (A) 1/2;
entrevistado que pratique apenas caminhada? (B) 3/7;
(A) 7/20 (C) 4/7;
(B) 1/2 (D) 7/15;
(C)1/4 (E) 8/15.
(D) 3/20
(E) 1/5 10. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016)
Lançando uma moeda não viciada por três vezes consecu-
05. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – tivas e anotando seus resultados, a probabilidade de que a
IBFC/2017) A probabilidade de se sortear um número face voltada para cima tenha apresentado ao menos uma
múltiplo de 5 de uma urna que contém 40 bolas numera- cara e ao menos uma coroa é:
das de 1 a 40, é: (A) 0,66.
(A) 0,2 (B) 0,75.
(B) 0,4 (C) 0,80.
(C) 0,6 (D) 0,98.
(D) 0,7 (E) 0,50.
(E) 0,8
122
MATEMÁTICA
02. Resposta: C.
Como para homens é de 5/12, a probabilidade de es- Ímpar/par:
colher uma mulher é de 7/12
Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15
12x=336
X=28
A probabilida de é par/par OU ímpar/par
03. Resposta: C.
P=6x6=36
Pra ser maior ou igual a 10:
4+6
5+5
5+6 10. Resposta: B.
6+4
São seis possibilidades:
6+5
Cara, coroa, cara
6+6
05. Resposta: A.
M5={5,10,15,20,25,30,35,40}
P=8/40=1/5=0.2
Coroa, cara, cara
06. Resposta:A.
A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
__ __ __
0,3⋅0,3⋅0,3=0,027=2,7%
Coroa, coroa, cara
07. Resposta: D. Coroa, cara, coroa
Para dar 9, temos 4 possibilidades
3+6
6+3
4+5
5+4
P=4/36
08. Resposta: C.
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o
dinheiro está em 1.
1/4=0,25
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MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES
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MATEMÁTICA
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MATEMÁTICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
A Informática é um meio para diversos fins, com isso acaba atuando em todas as áreas do conhecimento. A sua utiliza-
ção passou a ser um diferencial para pessoas e empresas, visto que, o controle da informação passou a ser algo fundamen-
tal para se obter maior flexibilidade no mercado de trabalho. Logo, o profissional, que melhor integrar sua área de atuação
com a informática, atingirá, com mais rapidez, os seus objetivos e, consequentemente, o seu sucesso, por isso em quase
todos editais de concursos públicos temos Informática.
1.1. O que é informática?
Informática pode ser considerada como significando “informação automática”, ou seja, a utilização de métodos e téc-
nicas no tratamento automático da informação. Para tal, é preciso uma ferramenta adequada: O computador.
A palavra informática originou-se da junção de duas outras palavras: informação e automática. Esse princípio básico
descreve o propósito essencial da informática: trabalhar informações para atender as necessidades dos usuários de maneira
rápida e eficiente, ou seja, de forma automática e muitas vezes instantânea.
Nesse contexto, a tecnologia de hardwares e softwares é constantemente atualizada e renovada, dando origem a equi-
pamentos eletrônicos que atendem desde usuários domésticos até grandes centros de tecnologia.
1
INFORMÁTICA BÁSICA
Vamos observar agora, alguns pontos fundamentais com arquivos dos mais diferentes formatos de compressão,
para o entendimento de informática em concursos públi- tais como: ACE, ARJ, BZ2, CAB, GZ, ISO, JAR, LZH, RAR, TAR,
cos. UUEncode, ZIP, 7Z e Z. Também suporta arquivos de até
Hardware, são os componentes físicos do computador, 8.589 bilhões de Gigabytes!
ou seja, tudo que for tangível, ele é composto pelos peri- Chat é um termo da língua inglesa que se pode tra-
féricos, que podem ser de entrada, saída, entrada-saída ou duzir como “bate-papo” (conversa). Apesar de o conceito
apenas saída, além da CPU (Unidade Central de Processa- ser estrangeiro, é bastante utilizado no nosso idioma para
mento) fazer referência a uma ferramenta (ou fórum) que permite
Software, são os programas que permitem o funciona- comunicar (por escrito) em tempo real através da Internet.
mento e utilização da máquina (hardware), é a parte lógica Principais canais para chats são os portais, como Uol,
do computador, e pode ser dividido em Sistemas Operacio- Terra, G1, e até mesmo softwares de serviços mensageiros
nais, Aplicativos, Utilitários ou Linguagens de Programação. como o Skype, por exemplo.
O primeiro software necessário para o funcionamento Um e-mail hoje é um dos principais meios de comuni-
de um computador é o Sistema Operacional (Sistema Ope- cação, por exemplo:
racional). Os diferentes programas que você utiliza em um
computador (como o Word, Excel, PowerPoint etc) são os canaldoovidio@gmail.com
aplicativos. Já os utilitários são os programas que auxiliam
na manutenção do computador, o antivírus é o principal Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer
exemplo, e para finalizar temos as Linguagens de Progra- na, o gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
mação que são programas que fazem outros programas, Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
como o JAVA por exemplo. em um único computador, sem necessariamente estarmos
Importante mencionar que os softwares podem ser conectados à Internet no momento da criação ou leitura do
livres ou pagos, no caso do livre, ele possui as seguintes e-mail, podemos usar um programa de correio eletrônico.
características: Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla Thun-
• O usuário pode executar o software, para qualquer derbird, outros proprietários como o Outlook Express. Os dois
uso. programas, assim como vários outros que servem à mesma
• Existe a liberdade de estudar o funcionamento do finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos os recur-
programa e de adaptá-lo às suas necessidades. sos dos programas de correio eletrônico através do Outlook
• É permitido redistribuir cópias. Express que também estão presentes no Mozilla Thunderbird.
• O usuário tem a liberdade de melhorar o progra- Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
ma e de tornar as modificações públicas de modo que a com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de
comunidade inteira beneficie da melhoria. teclado para a realização de diversas funções dentro do
Entre os principais sistemas operacionais pode-se des- Outlook. Para você começar os seus estudos, anote alguns
tacar o Windows (Microsoft), em suas diferentes versões, atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta apertar
o Macintosh (Apple) e o Linux (software livre criado pelo Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada mensagem
finlandês Linus Torvalds), que apresenta entre suas versões aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso em considera-
o Ubuntu, o Linux Educacional, entre outras. ção inclua os atalhos de teclado na sua rotina de estudos e
É o principal software do computador, pois possibilita vá preparado para o concurso com os principais na cabeça.
que todos os demais programas operem. Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para pro-
Android é um Sistema Operacional desenvolvido pelo fissionais que compartilham uma mesma área é o compartilha-
Google para funcionar em dispositivos móveis, como Smar- mento de calendário entre membros de uma mesma equipe.
tphones e Tablets. Sua distribuição é livre, e qualquer pessoa Por isso mesmo é importante que você tenha o conhe-
pode ter acesso ao seu código-fonte e desenvolver aplicati- cimento da técnica na hora de fazer uma prova de con-
vos (apps) para funcionar neste Sistema Operacional. curso que exige os conhecimentos básicos de informática,
iOS, é o sistema operacional utilizado pelos aparelhos pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores
fabricados pela Apple, como o iPhone e o iPad. chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares do Outlook que permite que o usuário organize de forma
utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, com-
e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem) promissos e reuniões de maneira organizada por dia, de
forma a ter um maior controle das atividades que devem
Os compactadores de arquivos servem para transfor- ser realizadas durante o seu dia a dia.
mar um grupo de arquivos em um único arquivo e ocu- Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permi-
pando menos memória, ficou muito famoso como o termo te que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou
zipar um arquivo. parte dele com quem você desejar, de forma a permitir
Hoje o principal programa é o WINRAR para Windows, que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que
inclusive com suporte para outros formatos. Compacta em pode ser uma ótima pedida para profissionais dentro de
média de 8% a 15% a mais que o seu principal concorrente, uma mesma equipe, principalmente quando um determi-
o WinZIP. WinRAR é um dos únicos softwares que trabalha nado membro entra de férias.
2
INFORMÁTICA BÁSICA
Para conseguir utilizar essa função basta que você entre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. Feito isso,
basta que você clique em Enviar Calendário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta no seu Outlook.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as informações que vão ser compartilhadas com quem você deseja,
de forma que o Outlook vai formular um calendário de forma simples e detalhada de fácil visualização para quem você
deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura própria para
deixar os comunicados enviados por e-mail com uma aparência mais profissional.
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que este con-
teúdo pode ser cobrado em alguma questão dentro de um concurso público.
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de seus estudos do conteúdo básico de informática para a sua pre-
paração para concurso. Ao contrário do que muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar uma assinatura é
bastante simples, de forma que perder pontos por conta dessa questão em específico é perder pontos à toa.
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão de Opções.
Lá você vai encontrar o botão para E-mail e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde você deve clicar. Feito isso,
você vai conseguir adicionar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem maiores problemas.
No Outlook Express podemos preparar uma mensagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na figura acima, ao
clicar nessa imagem aparecerá a tela a seguir:
Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da mensagem. Cam-
po obrigatório.
Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que servirá para ter
ciência desse e-mail.
Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários ficam ocultos.
Assunto: campo onde será inserida uma breve descrição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase sobre o
conteúdo da mensagem. É um campo opcional, mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento pode levar o
destinatário a não dar a devida importância à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
A mensagem, após digitada, pode passar pelas formatações existentes na barra de formatação do Outlook:
Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma
criadora do Mozilla Firefox).
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que
funciona como uma página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e
senha. Desta forma, o usuário ganha mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está
instalado para acessar seu e-mail.
3
INFORMÁTICA BÁSICA
A popularização da banda larga e dos serviços de e-mail com grande capacidade de armazenamento está aumentan-
do a circulação de vídeos na Internet. O problema é que a profusão de formatos de arquivos pode tornar a experiência
decepcionante.
A maioria deles depende de um único programa para rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai necessitar do
QuickTime, da Apple. Outros, além de um player de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo de “COder/DECo-
der”, codec é uma espécie de complemento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o caso do MPEG, que roda no
Windows Media Player, desde que o codec esteja atualizado - em geral, a instalação é automática.
Com os três players de multimídia mais populares - Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você dificilmente
encontrará problemas para rodar vídeos, tanto offline como por streaming (neste caso, o download e a exibição do vídeo
são simultâneos, como na TV Terra).
Atualmente, devido à evolução da internet com os mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, há uma
grande demanda por programas para trabalhar com imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a isso, também há
no mercado uma ampla gama de ferramentas existentes que fazem algum tipo de tratamento ou conversão de imagens.
Porém, muitos destes programas não são o que se pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão em seu
uso ou na manipulação dos recursos existentes. Caso o que você precise seja apenas um programa para visualizar imagens
e aplicar tratamentos e efeitos simples ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar uma conferida em alguns
aplicativos mais leves e com recursos mais enxutos como os visualizadores de imagens.
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis de se
utilizar dos editores, para você que não precisa de tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um tratamento especial
para as suas mais variadas imagens.
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que faz dele um aplicativo completo para visualização de fotos e
imagens. Além disso, ele possui diversas ferramentas úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de imagem do com-
putador.
As ferramentas de edição possuem os métodos mais avançados para automatizar o processo de correção de imagens.
No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o programa consegue identificar e corrigir todos os olhos vermelhos da foto
automaticamente sem precisar selecionar um por um. Além disso, é possível cortar, endireitar, adicionar textos, inserir efei-
tos, e muito mais.
Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligente de ar-
mazenamento capaz de filtrar imagens que contenham apenas rostos. Assim você consegue visualizar apenas as fotos que
contém pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você pode escolher diversas opções para salvar e/ou compartilhar
suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso pode ser feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. O programa
possui integração com o PicasaWeb, o qual possibilita enviar um álbum inteiro pela internet em poucos segundos.
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve e com uma interface gráfica simples porém otimizada e fácil
de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns recursos
simples de editor. Com ele é possível fazer operações como copiar e deletar imagens até o efeito de remoção de olhos ver-
melhos em fotos. O programa oferece alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração de cores em sua imagem
por meio de apenas um clique.
Além disso sempre é possível a visualização de imagens pelo próprio gerenciador do Windows.
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos – são registros digitais criados e salvos através de programas aplicativos. Por exemplo, quando abrimos a
Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones – são imagens representativas associadas a programas, arquivos, pastas ou atalhos. As duas figuras mostradas
nos itens anteriores são ícones. O primeiro representa uma pasta e o segundo, um arquivo criado no programa Excel.
Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
Clicando com o botão direito do mouse sobre um espaço vazio da área de trabalho, temos as seguintes opções, de
organização:
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INFORMÁTICA BÁSICA
-Nome: Organiza os ícones por ordem alfabética de nomes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tamanho: Organiza os ícones pelo seu tamanho em bytes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tipo: Organiza os ícones em grupos de tipos, por exemplo, todas as pastas ficarão ordenadas em sequência, depois
todos os arquivos, e assim por diante, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de trabalho.
-Modificado em: Organiza os ícones pela data da última alteração, permanecendo inalterados os ícones padrão da área
de trabalho.
-Organizar automaticamente: Não permite que os ícones sejam colocados em qualquer lugar na área de trabalho.
Quando arrastados pelo usuário, ao soltar o botão esquerdo, o ícone voltará ao seu lugar padrão.
-Alinhar à grade: estabelece uma grade invisível para alinhamento dos ícones.
-Mostrar ícones da área de trabalho: Oculta ou mostra os ícones colocados na área de trabalho, inclusive os ícones
padrão, como Lixeira, Meu Computador e Meus Documentos.
-Bloquear itens da Web na área de trabalho: Bloquea recursos da Internet ou baixados em temas da web e usados na
área de trabalho.
-Executar assistente para limpeza da área de trabalho:
Inicia um assistente para eliminar da área de trabalho ícones que não estão sendo utilizados.
Para acessar o Windows Explorer, basta clicar no botão Windows, Todos os Programas, Acessórios, Windows Explorer,
ou usar a tecla do Windows+E. O Windows Explorer é um ambiente do Windows onde podemos realizar o gerenciamento
de arquivos e pastas. Nele, temos duas divisões principais: o lado esquerdo, que exibe as pastas e diretórios em esquema
de hierarquia e o lado direito que exibe o conteúdo das pastas e diretórios selecionados do lado esquerdo.
Quando clicamos, por exemplo, sobre uma pasta com o botão direito do mouse, é exibido um menu suspenso com
diversas opções de ações que podem ser realizadas. Em ambos os lados (esquerdo e direito) esse procedimento ocorre,
mas do lado esquerdo, não é possível visualizar a opção “Criar atalho”, como é possível observar nas figuras a seguir:
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INFORMÁTICA BÁSICA
A figura a cima mostra as opções exibidas no menu suspenso quando clicamos na pasta DOWNLOADS com o botão
direito do mouse, do lado esquerdo do Windows Explorer.
No Windows Explorer podemos realizar facilmente opções de gerenciamento como copiar, recortar, colar e mover,
pastas e arquivos.
-Copiar e Colar: consiste em criar uma cópia idêntica da pasta, arquivo ou atalho selecionado. Para essa tarefa, pode-
mos adotar os seguintes procedimentos:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “copiar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+C. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.
Dessa forma, teremos o mesmo arquivo ou pasta em mais de um lugar no computador.
-Recortar e Colar: Esse procedimento retira um arquivo ou pasta de um determinado lugar e o coloca em outro. É como
se recortássemos uma figura de uma revista e a colássemos em um caderno. O que recortarmos ficará apenas em um lugar
do computador.
Os passos necessários para recortar e colar, são:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “recortar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+X. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, podemos clicar
com o botão direito do mouse sobre eles e depois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez sobre o objeto
desejado e depois pressionar o botão delete, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para lixeira o que foi excluído,
sendo possível a restauração, caso haja necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo enviado para a lixeira, pode-
mos, após abri-la, restaurar o que desejarmos.
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INFORMÁTICA BÁSICA
A restauração de objetos enviados para a lixeira pode ser feita com um clique com o botão direito do mouse sobre o item de-
sejado e depois, outro clique com o esquerdo em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo para seu local de origem.
Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar este item”, após selecionar o objeto.
Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho muito grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira. Sempre
que algo for ser excluído, aparecerá uma mensagem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele item para a Lixeira,
ou avisando que o que foi selecionado será permanentemente excluído. Outra forma de excluir documentos ou pastas sem
que eles fiquem armazenados na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.
No Linux a forma mais tradicional para se manipular arquivos é com o comando chmod que altera as permissões de
arquivos ou diretórios. É um comando para manipulação de arquivos e diretórios que muda as permissões para acesso
àqueles, por exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura, pode passar a ser apenas leitura, impedindo que
seu conteúdo seja alterado.
4. Backup de arquivos
O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão acidentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados originais
do disco rígido forem apagados ou substituídos acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um defeito do disco
rígido, você poderá restaurar facilmente os dados usando a cópia arquivada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
para a mídia de backup, tendo modificações ou não. Esta O armazenamento deve ser sempre levado em con-
é a razão pela qual os backups completos não são feitos o sideração, onde o administrador desses backups deve
tempo todo Todos os arquivos seriam gravados na mídia se preocupar em encontrar um equilíbrio que atenda
de backup. Isto significa que uma grande parte da mídia adequadamente às necessidades de todos, e também
de backup é usada mesmo que nada tenha sido alterado. assegurar que os backups estejam disponíveis para a
Fazer backup de 100 gigabytes de dados todas as noites pior das situações.
quando talvez 10 gigabytes de dados foram alterados não Após todas as técnicas de backups estarem efetiva-
é uma boa prática; por este motivo os backups incremen- das deve-se garantir os testes para que com o passar
tais foram criados. do tempo não fiquem ilegíveis.
Já os backups incrementais primeiro verificam se o
horário de alteração de um arquivo é mais recente que o 4.3. Recomendações para proteger seus backups
horário de seu último backup, por exemplo, já atuei em
uma Instituição, onde todos os backups eram programa- Fazer backups é uma excelente prática de seguran-
dos para a quarta-feira. ça básica. Agora lhe damos conselhos simples para que
A vantagem principal em usar backups incrementais você esteja a salvo no dia em que precisar deles:
é que rodam mais rápido que os backups completos. A 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escri-
principal desvantagem dos backups incrementais é que tório, e, se for possível, em algum recipiente à prova
para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces- de incêndios, como os cofres onde você guarda seus
sário procurar em um ou mais backups incrementais até documentos e valores importantes.
encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as
completo, é necessário restaurar o último backup completo mantenha em lugares separados.
e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten- 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups,
tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os é melhor comprimir os arquivos que já sejam muito
backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira- antigos (quase todos os programas de backup contam
mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial. com essa opção), assim você não desperdiça espaço
Os backups diferenciais, também só copia arquivos al- útil.
terados desde o último backup, mas existe uma diferen- 4. Proteja seus backups com uma senha, de manei-
ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup ra que sua informação fique criptografada o suficiente
completo, importante mencionar que essa técnica ocasio- para que ninguém mais possa acessá-la. Se sua infor-
na o aumento progressivo do tamanho do arquivo. mação é importante para seus entes queridos, imple-
Os backups delta sempre armazena a diferença entre mente alguma forma para que eles possam saber a se-
as versões correntes e anteriores dos arquivos, começan- nha se você não estiver presente.
do a partir de um backup completo e, a partir daí, a cada
novo backup são copiados somente os arquivos que foram 5. Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, me-
alterados enquanto são criados hardlinks para os arquivos mórias, processadores (CPU) e disco de armazenamen-
que não foram alterados desde o último backup. Esta é a to HDs, CDs e DVDs)
técnica utilizada pela Time Machine da Apple e por ferra- Os gabinetes são dotados de fontes de alimenta-
mentas como o rsync. ção de energia elétrica, botão de ligar e desligar, botão
de reset, baias para encaixe de drives de DVD, CD, HD,
4.2. Mídias saídas de ventilação e painel traseiro com recortes para
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados encaixe de placas como placa mãe, placa de som, vídeo,
removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de custo rede, cada vez mais com saídas USBs e outras.
baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazena- No fundo do gabinete existe uma placa de metal
mento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens. Ela está onde será fixada a placa mãe. Pelos furos nessa placa é
sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita é sequen- possível verificar se será possível ou não fixar determi-
cial por natureza. Estes fatores significam que é necessário nada placa mãe em um gabinete, pois eles têm que ser
manter o registro do uso das fitas (aposentá-las ao atingirem proporcionais aos furos encontrados na placa mãe para
o fim de suas vidas úteis) e também que a procura por um parafusá-la ou encaixá-la no gabinete.
arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa. Placa-mãe, é a placa principal, formada por um con-
Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados junto de circuitos integrados (“chip set“) que reconhece
como um meio de backup. No entanto, os preços de ar- e gerencia o funcionamento dos demais componentes
mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos, do computador.
usar drives de disco para armazenamento de backup faz Se o processador pode ser considerado o “cérebro”
sentido. A razão principal para usar drives de disco como do computador, a placa-mãe (do inglês motherboard)
um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de representa a espinha dorsal, interligando os demais pe-
armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode riféricos ao processador.
ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen- O disco rígido, do inglês hard disk, também conhe-
tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co- cido como HD, serve como unidade de armazenamento
piados é grande. permanente, guardando dados e programas.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Ele armazena os dados em discos magnéticos que mantêm a gravação por vários anos, se necessário.
Esses discos giram a uma alta velocidade e tem seus dados gravados ou acessados por um braço móvel composto por
um conjunto de cabeças de leitura capazes de gravar ou acessar os dados em qualquer posição nos discos.
Dessa forma, os computadores digitais (que trabalham com valores discretos) são totalmente binários. Toda informação
introduzida em um computador é convertida para a forma binária, através do emprego de um código qualquer de arma-
zenamento, como veremos mais adiante.
A menor unidade de informação armazenável em um computador é o algarismo binário ou dígito binário, conhecido
como bit (contração das palavras inglesas binarydigit). O bit pode ter, então, somente dois valores: 0 e 1.
Evidentemente, com possibilidades tão limitadas, o bit pouco pode representar isoladamente; por essa razão, as infor-
mações manipuladas por um computador são codificadas em grupos ordena- dos de bits, de modo a terem um significado
útil.
O menor grupo ordenado de bits representando uma informação útil e inteligível para o ser humano é o byte (leia-se
“baite”).
Como os principais códigos de representação de caracteres utilizam grupos de oito bits por caracter, os conceitos de
byte e caracter tornam-se semelhantes e as palavras, quase sinônimas.
É costume, no mercado, construírem memórias cujo acesso, armazenamento e recuperação de informações são efetua-
dos byte a byte. Por essa razão, em anúncios de computadores, menciona-se que ele possui “512 mega bytes de memória”;
por exemplo, na realidade, em face desse costume, quase sempre o termo byte é omitido por já subentender esse valor.
Para entender melhor essas unidades de memórias, veja a imagem abaixo:
Em resumo, a cada degrau que você desce na Figura 3 é só você dividir por 1024 e a cada degrau que você sobe basta
multiplicar por 1024. Vejamos dois exemplos abaixo:
USB é abreviação de “Universal Serial Bus”. É a porta de entrada mais usada atualmente.
Além de ser usado para a conexão de todo o tipo de dispositivos, ele fornece uma pequena quantidade de energia. Por
isso permite que os conectores USB sejam usados por carregadores, luzes, ventiladores e outros equipamentos.
A fonte de energia do computador ou, em inglês é responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que chega
pelas tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do computador.
Monitor de vídeo
Normalmente um dispositivo que apresenta informações na tela de LCD, como um televisor atual.
Outros monitores são sensíveis ao toque (chamados de touchscreen), onde podemos escolher opções tocando em
botões virtuais, apresentados na tela.
Impressora
Muito popular e conhecida por produzir informações impressas em papel.
Atualmente existem equipamentos chamados impressoras multifuncionais, que comportam impressora, scanner e fo-
tocopiadoras num só equipamento.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Pen drive é a mídia portátil mais utilizada pelos usuá- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en-
rios de computadores atualmente. quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite
Ele não precisar recarregar energia para manter os da- que outras operações também façam referência à memória.
dos armazenados. Isso o torna seguro e estável, ao contrá- Possuem um clock interno de sincronização que define
rio dos antigos disquetes. É utilizado através de uma porta a velo- cidade com que o processamento ocorre. Essa velo-
USB (Universal Serial Bus). cidade é medida em Hertz. Segundo Amigo (2008):
Em um computador, a velocidade do clock se refere ao
Cartões de memória, são baseados na tecnologia flash, número de pulsos por segundo gerados por um oscilador
semelhante ao que ocorre com a memória RAM do com- (dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o
putador, existe uma grande variedade de formato desses tempo necessário para o processador executar uma instru-
cartões. ção. Assim para avaliar a performance de um processador,
São muito utilizados principalmente em câmeras foto- medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e,
gráficas e telefones celulares. Podem ser utilizados também para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên-
em microcomputadores. cia, o Hertz.
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INFORMÁTICA BÁSICA
dade. Além dessa velocidade, existem outros itens importantes de serem observados em uma placa de vídeo: aceleração
gráfica 3D, resolução, quantidade de cores e, como não poderíamos esquecer, qual o padrão de encaixe na placa mãe que
ela deverá usar (atualmente seguem opções de PCI ou AGP). Vamos ver esses itens um a um:
Placas de som são hardwares específicos para trabalhar e projetar a sons, seja em caixas de som, fones de ouvido ou
microfone. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conectadas em slots
presentes na placa mãe. São dispositivos de entrada e saída de dados, pois tanto permitem a inclusão de dados (com a entrada
da voz pelo microfone, por exemplo) como a saída de som (através das caixas de som, por exemplo).
Placas de rede são hardwares específicos para integrar um computador a uma rede, de forma que ele possa enviar e
receber informações. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conecta-
das em slots presentes na placa mãe.
Alguns dados importantes a serem observados em uma placa de rede são: a arquitetura de rede que atende os tipos
de cabos de rede suportados e a taxa de transmissão.
6. Periféricos de computadores
Para entender o suficiente sobre periféricos para concurso público é importante entender que os periféricos são os
componentes (hardwares) que estão sempre ligados ao centro dos computadores.
Os periféricos são classificados como:
Dispositivo de Entrada: É responsável em transmitir a informação ao computador. Exemplos: mouse, scanner, microfo-
ne, teclado, Web Cam, Trackball, Identificador Biométrico, Touchpad e outros.
Dispositivos de Saída: É responsável em receber a informação do computador. Exemplos: Monitor, Impressoras, Caixa
de Som, Ploter, Projector de Vídeo e outros.
Dispositivo de Entrada e Saída: É responsável em transmitir e receber informação ao computador. Exemplos: Drive de Dis-
quete, HD, CD-R/RW, DVD, Blu-ray, modem, Pen-Drive, Placa de Rede, Monitor Táctil, Dispositivo de Som e outros.
Windows assim como tudo que envolve a informática passa por uma atualização constante, os concursos públicos em
seus editais acabam variando em suas versões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto as versões do Windows
quanto do Linux.
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um software, um programa de computador desenvolvido por pro-
gramadores através de códigos de programação. Os Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, são consi-
derados como a parte lógica do computador, uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada apenas quando o
computador está em funcionamento. O Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é o primeiro a ser instalado
na máquina.
Quando montamos um computador e o ligamos pela primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algumas rotinas
presentes nos chipsets da máquina. Para utilizarmos todos os recursos do computador, com toda a qualidade das placas
de som, vídeo, rede, acessarmos a Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hardware, temos que instalar o SO.
Após sua instalação é possível configurar as placas para que alcancem seu melhor desempenho e instalar os demais
programas, como os softwares aplicativos e utilitários.
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e gerencia os demais programas.
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits e 64 bits está na forma em que o processador do computador
trabalha as informações. O Sistema Operacional de 32 bits tem que ser instalado em um computador que tenha o proces-
sador de 32 bits, assim como o de 64 bits tem que ser instalado em um computador de 64 bits.
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, segundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais memória que
as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda a reduzir o tempo despendi- do na permuta de processos para dentro e para
fora da memória, pelo armazenamento de um número maior desses processos na memória de acesso aleatório (RAM) em
vez de fazê-lo no disco rígido. Por outro lado, isso pode aumentar o desempenho geral do programa”.
Windows XP
O Windows XP foi lançado em 2001 e ele era um sistema operacional bastante completo e confiável, por isso pode-se
dizer que ele foi uma versão muito bem sucedida, importante mencionar que o encerramento do seu suporte foi em abril
de 2014.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Ele foi sucessor de uma versão considerada fracassada Comparando o Windows XP com o Windows 7
que foi o Windows Me (Millennium Edition), lançado em
2000, e é considerado por muitos o principal responsável Estabilidade
em recuperar a confiança dos clientes Microsoft. Seu lança-
mento foi dia 25 de outubro de 2001 e chamou a atenção O Windows 7 é muito mais estável do que o Windo-
por trazer uma nova interface gráfica e eliminar os proble- ws XP, e isso acontece por diversos motivos. Inicialmente
mas de estabilidade encontrados no ME. ele foi desenvolvido para dar maior proteção à memória,
A interface gráfica do Windows XP ficou conhecida por isolando-a de problemas externos. Exemplo clássico: você
ser muito mais intuitiva e agradável, afinal as janelas cinzas, instala um novo driver de placa de vídeo, e ele trava pois
e barras quadradas foram substituídas por uma interface tem um bug. Enquanto o Windows XP trava por completo
colorida, com padrão azul, e botões mais arredondados e (ou o computador é reiniciado), o Windows 7 se recupera
visíveis. Outra grande novidade foi o botão iniciar, que fi- normalmente do travamento utilizando um driver padrão
cou maior, com mais atalhos e possibilidades de fixar pro- de vídeo, e isso não afeta os demais programas abertos.
gramas, mudança essa que permaneceu até o Windows 7. O Windows 7 vem com o Monitor de Confiabilidade.
Outros aspectos visuais trazidos pelo Windows XP, fo- Ele monitora constantemente o computador, salvando in-
ram as novas camadas e efeitos para o desktop, além de formações importantes quando há alguma falha de aplica-
apresentar um papel de parede padrão que viria a se tor- tivo ou do Windows, e com isso o usuário tem um pano-
nar icônico. Os usuários poderiam ainda travar a barra de rama geral que permite concluir que aplicativo ou driver
tarefas e evitar que houvesse mudanças das configurações está causando problemas. Isso é possível pois ele monitora
no espaço. a data de instalação de drivers e programas, execução de
O XP foi apresentado ainda em diferentes edições, aplicativos, updates do Windows, travamento de progra-
além de estar disponível em 32 e 64 bits. A versão Home mas, e tudo mais que possa afetar a estabilidade do sis-
Edition era voltada para o uso doméstico e trazia ferra- tema operacional - e com isso é fácil concluir quando um
mentas mais simples para o usuário comum. Já a edição novo programa ou driver está causando problemas no sis-
Professional tinha como público empresas e usuários com tema operacional. O Monitor de Confiabilidade também
conhecimentos avançados. Houve ainda uma versão Media tem a opção de verificar soluções para todos os problemas
Center Edition, mas esta nunca foi colocada à venda e era listados.
entregue somente sob encomenda. Além disso, o Windows 7 também vem com a opção
Em relação as funcionalidades, o grande destaque foi o de restauração de sistema e drivers, permitindo que você
suporte a dispositivos Plug and Play, famoso plugar e usar retorne a um status ou driver anterior ao atual caso este
que acabou com etapas burocráticas de instalação, não exi- apresente algum problema.
gindo que o computador fosse desligado ao remover um Por fim, o NTFS (tipo de partição) do Windows 7 é mais
dispositivo externo, como um pendrive. completo e avançado do que o do Windows XP, pois é o
Outra novidade na funcionalidade foi a tecnologia mesmo utilizado no Windows Server 2008. Quando ocorre
ClearType, que facilitava a visualização de textos em tela algum problema em disco ou na partição do Windows XP,
LCD, novidades na época. Além disso, ele melhorou o con- por exemplo, o sistema operacional tenta corrigi-lo (às ve-
sumo de energia para a utilização em dispositivos móveis zes durante horas) via chkdsk no próximo boot. O NTFS do
como notebook e tablets, e incluiu a possibilidade de ini- Windows 7, por outro lado, utiliza o self-healing (auto-cor-
cializar a máquina mais rapidamente e hibernar. reção) e o problema é reparado imediatamente sem que o
Além disso, passou a dar suporte às redes Wireless e usuário sequer saiba disso. Além disso, ele permite corrigir
DSL, melhorando a alternância entre contas de usuários, problemas em arquivos de sistema (como o Win32k.sys) -
permitindo que o indivíduo acesse outra conta sem fechar algo que o Windows XP não consegue. Neste item Windo-
seus programas abertos. Além disso, introduziu a funcio- ws 7 x Windows XP, o Windows 7 ganha.
nalidade de assistência remota, o que possibilitou que pes-
soas conectadas à Internet pudessem assumir o controle Usabilidade
da máquina para realizar suporte técnico ou auxiliar uma
tarefa. O Windows 7 facilita o dia-a-dia das pessoas com novi-
Quanto as atualizações e até mesmo o encerramen- dades que tornam as tarefas mais rápidas e eficientes. Entre
to do suporte, pode-se dizer que o XP teve três grandes elas estão:
atualizações, que ficaram conhecidas como Service Packs. - Central de Contas do Usuário (UAC) que protege o
O primeiro foi lançado no dia 9 de setembro de 2002, adi- usuário sem incomodá-lo
cionando o suporte ao formato USB 2.0 e a possibilidade - Pesquisa integrada ao sistema operacional
de definir padrões de programas. O SP2 chegou em 6 de - Bibliotecas, que organizam os arquivos e facilitam o
agosto de 2004 com foco na segurança do sistema. Já o seu uso em rede local
SP3 foi distribuído em 6 de maio de 2008 com correções de - Aero Snap, que ao arrastar uma janela para a lateral
segurança e melhoras no desempenho. da tela, esta é automaticamente expandida e ocupa meta-
No dia 8 de abril de 2014, a Microsoft encerrou o su- de da tela (ou tela cheia se for arrastada para cima)
porte ao Windows XP SP3, não oferecendo mais atualiza- - Aero Peek, que torna as janelas transparentes para
ções ou correções de segurança para o sistema. você visualizar ou acessar rapidamente o desktop
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INFORMÁTICA BÁSICA
- Aero Shake, que ao chacoalhar uma janela faz com Custo Benefício
que todas as demais sejam automaticamente minimizadas
O Windows XP foi inaugurado em 2001, ou seja, para
Essas melhorias na usabilidade não devem ser descon- hardwares equivalentes da época, os requisitos mínimos
sideradas ou vistas como “frescura”, pois elas podem eco- do Windows XP são inferiores até mesmo aos smartpho-
nomizar dezenas de horas de trabalho por ano! Mais uma nes mais simples de hoje em dia: Pentium 233 MHz, 64MB
vantagem para o Windows 7 na comparação Windows 7 x RAM e 1,5GB de espaço em disco! É preciso dizer mais?
Windows XP. O Windows 7 funciona muito bem até mesmo em
hardware limitado, como netbooks com 1GB RAM e pro-
Segurança cessador de 1GHz, além de estar preparado para utilizar
todo potencial das tecnologias atuais: processadores
Há um mundo de diferença entra a segurança do multi-core, muita memória RAM, discos SSD, drive de
Windows XP e a do Windows 7. Embora algumas pessoas Blu-Ray, USB 3.0, placas de vídeo caseiras que processam
achem que basta instalar um navegador atual para se man- 3 trilhões de cálculos por segundo (quatro placas dessas
ter seguro na web, nada mais ilusório: estes mesmos nave- trabalhando juntas superam o total de cálculos por se-
gadores não conseguem proteger o usuário se eles estão gundo do supercomputador mais rápido do planeta de
sendo executados em um sistema operacional com capaci- 2001 - e ele tinha 8.192 processadores!), e tecnologias
dade de proteção limitada. O navegador não impede ata- que utilizamos atualmente e que seriam consideradas
ques remotos nem ataques que utilizam vulnerabilidades coisas de ficção científica quando o Windows XP foi cria-
existentes no sistema operacional. do.
Além disso, vulnerabilidades no Windows 7 são muito Na prática não existem motivos razoáveis para um
menos perigosas do que a mesma vulnerabilidade no Win- computador utilizar o Windows XP ao invés do Windows
dows XP, pois o Windows 7 tem diversas proteções adicio- 7.
nais que diminuem o poder de ação dos malwares. Entre
elas estão ASLR, PatchGuard, UAC, PMIE e outras tecnolo-
gias que bloqueiam e impedem ataques externos por vias Windows 7
desconhecidas. Além disso, o antivírus gratuito da Micro-
soft (MSE – Microsoft Security Essentials) pode ser utilizado
por qualquer pessoa que tenha Windows Original, prote- Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta:
gendo-a contra malwares. 1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito
em computador e clique em Propriedades.
Hardware e performance 2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema.
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7,
Atualmente muitos computadores e notebooks vêm você precisará de um processador capaz de executar uma
com 4GB de memória RAM ou mais - e o Windows XP não versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um siste-
aproveita isso. ma operacional de 64 bits ficam mais claros quando você
Tanto o Windows XP quanto o Windows 7 “enxergam” tem uma grande quantidade de RAM (memória de acesso
até 4GB RAM nas suas versões 32-bits - mas ao contrário aleatório) no computador, normalmente 4 GB ou mais.
do XP, o Windows 7 tem versões 64-bits perfeitamente uti- Nesses casos, como um sistema operacional de 64 bits
lizáveis, isto é, o mercado lançou programas e periféricos pode processar grandes quantidades de memória com
que funcionam perfeitamente no Windows 7, mas não para mais eficácia do que um de 32 bits, o sistema de 64 bits
o Windows XP. poderá responder melhor ao executar vários programas
Embora exista uma versão 64-bits do Windows XP, pra- ao mesmo tempo e alternar entre eles com frequência”.
ticamente ninguém a usa pois não há drivers para periféri- Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é
cos nem programas que aproveitam o seu potencial. reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse
E um detalhe que poucos sabem é que o limite de 4GB caso, é possível instalar:
de memória se aplica à soma da memória RAM + memória - Sobre o Windows XP;
da placa de vídeo + memória dos periféricos PCI + ACPI + - Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista
tudo mais que esteja instalado no computador que utilize (Win Vista), também 32 bits;
memória (exceto pendrive, disco rígido e cartões de me- - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
mória, obviamente). - Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
Isso significa que se você utiliza uma poderosa placa - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
de vídeo de 2GB de memória (algo relativamente comum) - Win 7 em um computador e formatar o HD durante
no Windows XP, este acessará menos de 2GB de memória a insta- lação;
RAM independentemente da quantidade de memória RAM - Win 7 em um computador sem SO;
instalada no computador. E quanto menos memória RAM, Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual
menos performance o computador terá. A solução é utili- tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a
zar um sistema operacional completo de 64-bits como o chave do produto, que é um código que será solicitado
Windows 7. durante a instalação.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar Figura 9: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.
arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos– são registros digitais criados e salvos atra-
vés de programas aplicativos. Por exemplo, quando abri-
mos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos
no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones– são imagens representativas associadas a pro-
gramas, arquivos, pastas ou atalhos.
Atalhos–são ícones que indicam um caminho mais
curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Área de trabalho:
A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato com todos os outros programas instalados, programas que fazem
parte do sistema operacional e ambientes de configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abrimos uma lista, cha-
mada Menu Iniciar, que contém opções que nos permitem ver os programas mais acessados, todos os outros programas
instalados e os recursos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para todas as opções disponíveis no
computador.
Através do botão Iniciar, também podemos:
-desligar o computador, procedimento que encerra o Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente a
máquina;
-colocar o computador em modo de espera, que reduz o consumo de energia enquanto a máquina estiver ociosa, ou
seja, sem uso. Muito usado nos casos em que vamos nos ausentar por um breve período de tempo da frente do compu-
tador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automaticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns programas
que precisam da reinicialização do sistema para efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas ou travamentos
da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente com
características diferentes para cada usuário do mesmo computador.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Na figura a cima temos o menu Iniciar, acessado com um clique no botão Iniciar.
2) Ícones de inicialização rápida: São ícones colocados como atalhos na barra de tarefas para serem acessados com
facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de idioma que está sendo usada pelo teclado.
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são configurados para entrar em ação quando o computador é
iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo todo no sistema, como é o caso de ícones de programas antivírus que
monitoram constante- mente o sistema para verificar se não há invasões ou vírus tentando ser executados.
5) Propriedades de data e hora: Além de mostra o relógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes, com o
botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessamos as Propriedades de data e hora.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Painel de controle
Computador
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INFORMÁTICA BÁSICA
Redimensionar as tiles
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di-
reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser des-
Figura 20: Computador tacar no computador.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Também é possível personalizar a sua barra de ferramentas clicando com o botão direito e selecionando novos painéis,
que vão desde Contagem de Palavras e Desenho até Visual Basic e Formulários. O problema é que, conforme você adiciona
novas funções, a interface começa a ficar cada vez mais carregada e desorganizada.
Uma das características foi a mudança do logotipo do Office duas ferramentas que estrearam no Office 2003, foram: In-
foPath e o OneNote. O OneNote é uma caderneta eletrônica de anotações e organizador que toma notas como aplicação
do texto, notas manuscritas ou diagramas, gráficos e de áudio gravado, o Office 2003 foi a primeira versão a usar cores e
ícones do Windows XP.
O Word 2007 certamente é um marco nas atualizações, pois ele trouxe a grande novidade das abas, e consequente-
mente o fim dos menus, e ao clicar em cada aba, abre uma barra de ferramenta pertinente a aquela aba, a figura 29 mostra
a guia início e suas respectivas ferramentas, diferente de antes que tínhamos uma barra de ferramentas fixa. Devido ao cos-
tume das outras versões no início a versão 2007 foi muito criticada, outra mudança significativa foi a mudança da extensão
do arquivo que passou de DOC para DOCX.
Na guia início é onde se encontra a maioria das funções da antiga interface do Microsoft Word. Ou seja, aqui você pode
mudar a fonte, o tamanho dela, modificar o texto selecionado (com negrito, itálico, sublinhado, riscado, sobreposto etc.),
deixar com outra cor, criar tópicos, alterar o espaçamento, mudar o alinhamento e dar estilo. Tudo isso agora é dividido
em grandes painéis.
Definitivamente, a versão do Microsoft Word 2007 trouxe muito mais organização e padrões em relação as ver-
sões anteriores. Todas as ficaram categorizadas e mais fáceis de encontrar, bastando se acostumar com a interface.
A melhor parte é que não fica tudo bagunçado, e que as ferramentas mudam conforme as escolhas das abas.
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INFORMÁTICA BÁSICA
As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 27.
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada guia que-
bram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de
comandos.
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo da
imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo do
grupo, contendo mais opções de formatação.
Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e sele-
cionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que deseja-
mos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.
Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada em
minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e palavra
maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos localizar
a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa opção não estiver
marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o carac-
tere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e “término”).
Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:
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INFORMÁTICA BÁSICA
O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Guia revisão:
Grupo revisão de texto:
Figura 39: Verificar ortografia e gramática
Figura 38: Grupo revisão de texto
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já bus-
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando pes- ca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem
quisas em materiais de referência como jornais, enciclopé- no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais e or-
dias e serviços de tradução. tográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou palavra con-
algumas palavras é possível realizar sua tradução para ou- siderada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões.
tro idioma. Caso esteja correto e a sugestão do Word não se aplique,
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apre-
a correção de ortografia e gramática. sentada esteja incorreta ou não se aplique ao trecho do
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. a sugestão do Word seja adequada, clicamos em “Alterar” e
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte- podemos continuar a verificação de ortografia e gramática
rar a palavra selecionada por outra de significado igual ou clicando no botão “Próxima sentença”.
semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi-
outro idioma. cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se
e gramatical do documento. Assim que clicamos na opção uma das sugestões propostas se enquadra.
“Ortografia e gramática”, a seguinte tela será aberta: Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com
o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso
nos será mostrado, nos dando a opção de escolher a pala-
vra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será
substituída e o texto ficará correto.
Grupo comentário:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Grupo controle:
Grupo alterações:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do dedo nas telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem da página
durante a leitura, basta o usuário dar um duplo clique sobre uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será ampliado,
facilitando sua visualização. Como se não bastasse, clicando com o botão direito do mouse sobre uma palavra desco-
nhecida, é possível ver sua definição através do dicionário integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe Acro-
bat. Em seu novo formato, o Word é capaz de converter o arquivo em uma extensão padrão e, depois de editado, sal-
vá-lo novamente no formato original. Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa utilização, pois o uso de arquivos
PDF está sendo cada vez mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normalmente a colaboração de outras pessoas na criação de um
documento, ou seja, os comentários realizados neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é
possível responder diretamente o comentário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha, presente no campo de
leitura do mesmo. Esta interação de usuários, realizada através dos comentários, aparece em forma de pequenos balões
à margem documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus documentos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por e-mail
tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office 2013. O responsável por esta apresentação online é o Office
Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para acessá-lo. Ao terminar
o arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar Online e o mesmo será enviado para
a nuvem e, com isso, você irá receber um link onde poderá compartilhá-lo também por e-mail, permitindo aos demais
usuários baixá-lo em formato PDF.
Ocultar títulos em um documento: apontado como uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e
edição de determinadas partes de um arquivo muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais
fácil e menos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do documento, bastando os mesmos
estarem formatados no estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma
espécie de triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a
ação para o mesmo reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta
relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para seus
aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft.
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e download
de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu conteúdo
sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada.
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instalado
pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou baixar
fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem acessados e
contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, minutos
Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso pagando
uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém, aqui estamos
falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
29
INFORMÁTICA BÁSICA
- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo
“prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Docu-
ment Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do
aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lingua-
gem LibreOffice Basic).
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As prin-
cipais teclas de atalho do Writer são:
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INFORMÁTICA BÁSICA
O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e rastrear
informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um modelo faça
a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.
No começo da sua vida, o Excel tornou-se alvo de um processo judicial de marca registrada por outra empresa que já
vendia um pacote de software chamado “Excel” na indústria financeira. Como resultado da disputa, a Microsoft foi solicitada
a se referir ao programa como “Microsoft Excel” em todas as press releases formais e documentos legais. Contudo, com o
passar do tempo, essa prática foi sendo ignorada, e a Microsoft resolveu a questão quando ela comprou a marca registrada
reservada ao outro programa. Ela também encorajou o uso das letras XL como abreviação para o programa; apesar dessa
prática não ser mais comum, o ícone do programa no Windows ainda é formado por uma combinação estilizada das duas
letras, e a extensão de arquivo do formato padrão do Excel até a versão 11 (Excel 2003) é .xls, sendo .xlsx a partir da versão
12, acompanhando a mudança nos formatos de arquivo dos aplicativos do Microsoft Office.
Foi a última versão ao modo antigo com menus e uma caixa de ferramenta fixa como podemos ver na Figura 46
31
INFORMÁTICA BÁSICA
Uma inovação marcante do Excel 2003 são as células em forma de lista: com elas fica mais fácil analisar e gerenciar
dados relacionados, ordenando-os como preferir com um simples clique do mouse. Para transformar qualquer intervalo de
células em uma lista.
Poder utilizar um formato XML padrão para o Office Excel 2007 foi uma das principais mudanças do Excel 2007, além
das mudanças visuais em relações as abas e os grupos de trabalho já citados na versão 2003 do Word
Esse novo formato é o novo formato de arquivo padrão do Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes
extensões de nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de nome de arquivo padrão do Office
Excel 2007 é *.xlsx.
Essa alteração permite consideráveis melhoras em: interoperabilidade de dados, montagem de documentos, consulta
de documentos, acesso a dados em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos de segurança.
O Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem
com elas. Para converter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, basta clicar no Botão do Microsoft Office e
clique em Converter Você pode também converter a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar
Como – Pasta de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter remove a versão anterior do arquivo, enquanto o
recurso Salvar Como deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova versão.
As melhoras de interface que podem ser destacadas são:
• Economia de tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabelas dinâmicas em galerias de estilos predefinidos.
• Visualização e alterações de formatação no documento antes de confirmar uma alteração ao usar as galerias de
formatação.
• Uso da formatação condicional para anotar visualmente os dados para fins analíticos e de apresentação.
• Alteração da aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de trabalho para coincidir com o esquema de estilo
ou a cor preferencial usando novos Estilos Rápidos e Temas de Documento.
• Criação de um tema próprio para aplicar de forma consistente as fontes e cores que refletem a marca da empresa
que atua.
• Novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, transparência, sombras projetadas e outros efeitos.
Em relação a usabilidade as fórmulas passaram a ser redimensionáveis, sendo possível escrever mais fórmulas com mais
níveis de aninhamento do que nas versões anteriores.
32
INFORMÁTICA BÁSICA
Passou a existir o preenchimento automático de fórmula, auxiliando muito com as sintaxes, as referências
estruturadas: além de referências de célula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece referências estrutu-
radas que fazem referência a intervalos nomeados e tabelas em uma fórmula.
Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o gerenciador de nomes do Office Excel 2007, podendo or-
ganizar, atualizar e gerenciar vários intervalos nomeados em um local central, as tabelas dinâmicas são muito
mais fáceis de usar do que nas versões anteriores.
Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de quebra de página, o Office Excel 2007
oferece uma exibição de layout de página para uma melhor experiência de impressão.
A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar dados por cores ou datas, exibir mais de 1.000
itens na lista suspensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar dados em tabelas dinâmicas.
O Excel 2007 tem um tamanho maior que permite mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha,
o número de referências de célula aumentou de 8.000 para o que a memória suportar, isso ocorre porque o
gerenciamento de memória foi aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Excel 2003 para 2 GB no Excel
2007, permitindo cálculos em planilhas grandes e com muitas fórmulas, oferecendo inclusive o suporte a vá-
rios processadores e chipsets multithread.
1 1 . 3 . E xc e l 2 0 1 0 , 2 0 1 3 e d e t a l h e s g e r a i s
F i g u r a 4 7 : Te l a P r i n c i p a l d o E x c e l 2 0 1 3
Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar
o programa aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os coman-
dos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para
melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões de
sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar à
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. Na janela apre-
sentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os
comandos do Excel.
34
INFORMÁTICA BÁSICA
Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Fer-
ramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas.
Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente,
e assim poder visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e
fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com
letras (A, B, C, etc.).
35
INFORMÁTICA BÁSICA
Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeçalho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, toda a
coluna é selecionada.
Ao dar um clique com o botão direito do mouse sobre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, onde as
opções deste menu são as seguintes:
-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida permite escolher a formatação de fonte e formato de dados, bem
como mesclagem das células (será abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado e,
após colada, essa coluna é excluída do local de origem.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de itens que estão na área de transferência e que tenham sido recor-
tadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicativos.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente antes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas opções para fazer a formatar as células (será visto detalhadamente
adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da coluna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, necessá-
rios para a totalização geral, mas desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.
Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um cabeçalho, que contém o número que a identifica. Clicando no ca-
beçalho de uma linha, esta ficará selecionada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Célula: As células, são as combinações entre linha e colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a célula A1. Na
Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra o cursor.
Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ao
contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor. Após dar
um “Enter”, o cursor será automaticamente posicionado na célula desejada.
Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se necessitar.
Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as
planilhas, basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.
Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de trabalho
diferentes, utilizando as guias de planilhas.
Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das planilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um menu
pop up.
37
INFORMÁTICA BÁSICA
Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, todas as células da planilha ativa serão selecionadas.
Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digitadas as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias de
suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos que ter
38
INFORMÁTICA BÁSICA
sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma entrada Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de for-
no Excel que o faz diferenciar textos ou números comuns ma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no
de uma fórmula. primeiro número, digitamos o sinal de divisão que, para o
Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último valor. No
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé- próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguin-
tes formas de fazê-lo: Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular a
maior idade digitada no intervalo de células de A2 até A5.
A função digitada será = máximo(A2:A5).
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – re-
fere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual
é o maior valor. No caso a resposta seria 10.
Figura 59: Soma simples Mínimo: Mostra o menor valor existente em um inter-
valo de células selecionadas.
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4. Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência mínimo (A2:A5).
até o último valor. Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refe-
Após a sequência de células a serem somadas, clicar re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é
no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=. o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
A última forma que veremos é a função soma digi-
tada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é Média: A função da média soma os valores de uma
fundamental: sequência selecionada e divide pela quantidade de valores
dessa sequência.
= nome da função ( Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os
1 - Sinal de igual. valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for
2 – Nome da função. pressionada, o resultado será automaticamente colocado
3 – Abrir parênteses. na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for
Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno alterado, recalculam o valor final.
lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possí-
vel clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
a seguir, a função = soma(B2:B4). planilha.
Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o
primeiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último
a célula que contém o último valor.
39
INFORMÁTICA BÁSICA
Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja arredondar núm.
Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial da função, o Excel nos mostra que temos que selecionar o num,
ou seja, a célula que desejamos arredondar e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para a qual
queremos arredondar.
Na próxima figura, para efeito de entendimento, deixaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos na coluna
C:
A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o mesmo conceito.
Resto: Com essa função podemos obter o resto de uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
= mod (núm;divisor)
Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o resto.
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o número.
Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o número sem
o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua
sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial o
dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)
40
INFORMÁTICA BÁSICA
Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)
Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O RE-
SULTADO NA CÉLULA E3
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Teste lógico: C3>=724
Valor_se_verdadeiro: “Acima”
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INFORMÁTICA BÁSICA
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos: Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”) onde devemos digitar a fórmula
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as Intervalo para análise: C3:C10
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e Critério: “FEMININO”
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: Intervalo para soma: D3:D10
E4 =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
E6 =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
E8 =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E9 =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
E10 =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re-
gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma desta função é a seguinte:
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguin- =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
te:
= : significa a chamada para uma fórmula/função
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
=Significa a chamada para uma fórmula/função dos dados
SomaSe: função SOMASE “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise “intervalo”
dos dados
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- Usando a planilha acima como exemplo, queremos
liados a fim de chegar à condição verdadeira saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
cada a condição para soma dos valores abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Para isso precisamos criar a seguinte condição:
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar R$ 1200,00 ou MAIS:
o resultado na célula D16. E também queremos somar os SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na OU IGUAL A 1200, ENTÃO
célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição: CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
HOMENS:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI- Traduzindo a condição em variáveis teremos:
NO, ENTÃO
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
INTERVALO D3 ATÉ D10 onde devemos digitar a fórmula
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Intervalo para análise: C3:C10
Critério: >=1200
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é
onde devemos digitar a fórmula =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: “MASCULINO” MENOS DE R$ 1200,00:
Intervalo para soma: D3:D10 SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: NOR QUE 1200, ENTÃO
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MULHERES: MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI-
NO, ENTÃO Traduzindo a condição em variáveis teremos:
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10 Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17 onde devemos digitar a fórmula
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INFORMÁTICA BÁSICA
=CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
Observações: fique atento com o > (maior) e < (menor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivéssemos
determinado a contagem de valores >1200 (maior que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual a 1200) não
entraria na contagem.
Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.
O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar , entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.
43
INFORMÁTICA BÁSICA
Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos mudar
o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as formatações.
Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser realizado
vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está escrito geral
e escolher.
O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:
Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente) ou
classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação crescente
ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá classificar
os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão alterados. Nas
versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação dos dados junto
com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da nos-
sa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e visualizar
somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.
Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapidamente
e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na pá-
gina, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do Office
365, que podem ser comprados conforme figura 39.
O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet).
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).
Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_plani-
lha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito usan-
do o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).
Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas,
gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.
Na tela do PowerPoint 2003 o usuário tem a sua disposição: - barra de título, barra de menu, barra de ferramenta, pai-
nel de anotações, painel do slide, barra de status, painel de estrutura de tópicos. Confira a tela do PowerPoint na figura 75:
46
INFORMÁTICA BÁSICA
1- Aqui aparecerá o título do PowerPoint e o nome da apresentação que está sendo editada. Caso o arquivo não
tenha nome, aparecerá o nome e o número das apresentações, como no exemplo da figura acima apresentação 1.
2- Esta é a principal ferramenta do PowerPoint, nela você encontrará vários menus. Para acessá-los é só clicar sobre a
mesma, ou através do teclado pressionando a tecla ALT junto coma letra do nome do comando no referido menu. Exemplo:
para acessar o menu arquivo, pressione ALT e a letra A que se encontra sublinhada
3- A barra de ferramentas possui vários botões que servem para acelerar a execução de alguns recursos do Power-
Point
4- Este é o local de trabalho no qual o texto é digitado.
5- Este painel permite adicionar anotações ou informações e até mesmo, elementos gráficos que você deseja com-
partilhar com o público.
6- Com este painel você poderá organizar e desenvolver o conteúdo da apresentação, assim, inserir fotos, desenhos,
clip-arts e muito mais, para que sua apresentação seja mostrada da melhor maneira. Você só tem a ganhar com os recursos
que o PowerPoint dispõe, principalmente para apresentação de trabalhos escolares e trabalhos pessoais.
7- Esta fornece o número de slides, o tipo de visualização e o idioma.
Como existiu a mudança de formato, a versão 2003 foi a última a ser PPT, para poder abrir apresentações feitas na
versão 2007 ou superior, você pode baixar o pacote de compatibilidade do Microsoft gratuitos para Word, Excel e Power-
Point. Seus conversores ajudam que seja possível abrir, editar e salvar uma apresentação que você criou em versões mais
recentes do Office.
Depois que você instalar as atualizações e conversores, todas as apresentações de versões do PowerPoint mais recentes
que 2003 são convertidos automaticamente quando você abri-los, para que você possa editar e salvá-los.
A versão 2007 passa a ter o formato PPTX, diferente das anteriores que eram PPT, essa nova versão lida muito melhor
com vídeos e imagens. Um documento em branco do PowerPoint 2003 (formato PPT) apenas com uma imagem de 1 MB
chega a ocupar 5 MB, já no formato PPTX, este mesmo arquivo ocupa cerca de 1,1 MB.
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INFORMÁTICA BÁSICA
O PowerPoint 2007 trouxe uma importante opção que se encarrega de compactar imagens automaticamente a fim de
reduzir o tamanho total do documento. Para tal, abra a aba Formatar do programa e clique na opção Compactar Imagens.
Neste momento o usuário escolhe se deseja compactar uma única imagem da apresentação ou se pretende aplicar o
efeito a todas as figuras. Clique em Opções para acessar escolher o nível de qualidade e compactação das imagens de seu
arquivo, além disso foi possível começar a tratar imagens.
O PowerPoint 2007 passou a oferecer mais gráficos tridimensionais, permitindo apresentações com melhor visual, diferentemente do seu
antecessor 2003, PowerPoint 2007 utiliza o Microsoft Office Fluent interface de usuário (UI). Esta UI categoriza grupos e guias relacionados, tor-
nando mais fácil para os usuários a encontrar os comandos e recursos do PowerPoint . Além disso, a Fluent UI inclui uma função de visualização
ao vivo , para rever alterações de formatação antes de finalizá-los , bem como galerias de efeitos pré- definidos, layouts , temas e “Estilos Rápidos”.
Os temas do PowerPoint 2007 possuem características de “Estilos Rápidos”, estilos esses que não existem no Power-
Point 2003, com o PowerPoint 2003, a formatação de um documento exige a escolha de estilo e opções de cores para
gráficos, textos, fundos e até mesmo tabelas.
A versão 2007 do PowerPoint 2007 possuem opções de compartilhamentos mais flexíveis do que as de seu antecessor
de 2003. Um exemplo claro disso é que na versão 2007 os usuários podem acessar o Microsoft Office SharePoint Server
2007 para integrar as apresentações com o Outlook 2007, bem como o compartilhamento de apresentações utilizando o
que chamamos de “Bibliotecas de Slides”.
Em relação as tabelas e gráficos, ao contrário do PowerPoint 2003, a versão 2007 armazena as informações dos gráficos
no Excel 2007, ao invés de armazenar esses dados em folhas de dados do gráfico.
Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova apre-
sentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos elemen-
tos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao iniciar
o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções:Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de
acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibi-
da uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o menu
Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além da opção
Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre o
ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na sua
apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os
botões de ‘Modos de Exibição’.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando os
antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado o Modo
de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).
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INFORMÁTICA BÁSICA
Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).
Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.
Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE-
SENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.
Apresentação de Slides:
Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.
Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.
Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.
Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons-
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani-
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul-
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.
Alterando o Design:
O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O Power-
Point disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua apresentação.
Para inserir um Tema de design pronto nos slides acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral para
visualizar todos os temas existentes.
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecionado. O tema será aplicado em todos os slides.
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando cores e
fontes, criando novos temas de cores. Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mouse sobre cada
tema para visualizar o efeito na apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com o mouse para aplicá-la
à apresentação.
Variantes->Efeitos: os efeitos de tema especificam como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas e ima-
gens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapidamente a apa-
rência dos objetos.
Layout de Texto:
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um ‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da palestra
ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo pois trata-se do slide inicial.
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação. A
apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”.
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da empresa em
que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao tema da apresentação.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando sobre a
‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. Será criado um novo slide com layout diferente do anterior. Isso
acontece porque o programa entende que o próximo slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim sucessivamente
pra a criação da sua apresentação.
Layouts de Conteúdo:
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe de mídia
(que podem ser animações, imagens, sons, etc.).
A utilização destes recursos é muito simples, bastando clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar.
Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’ e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a utili-
zação dos recursos de Conteúdo.
Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta lateral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias opções.
Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostrado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do slide
possui diversas opções de tipo de conteúdo que se pode utilizar.
As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar apre-
sentações muito mais interessantes. O funcionamento de cada item é semelhante aos já abordados.
Animação dos Slides: A animação dos slides é um dos últimos passos da criação de uma apresentação. Essa é uma
etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável exagerar na utilização
dos mesmos, pois além de tornar a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo, ao invés de dar
foco ao conteúdo da apresentação, passam a dar fico para as animações.
Transições: A transição dos slides nada mais é que a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher entre diver-
sas transições prontas, através da faixa de opções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa apresentação e clique
nesta opção.
Escolha uma das transições prontas e veja o que acontece. Explore os diversos tipos de transições, apenas clicando
sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem. Isso pode ser bastante divertido, mas dependendo do intuito da
apresentação, o exagero pode tornar sua apresentação pouco profissional.
Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao Clicar com
o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você também pode aplicar som durante a transição.
Animações: As animações podem ser definidas para cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apresentação
você pode optar em ir abrindo o texto conforme trabalha os assuntos.
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.
Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra-
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.
53
INFORMÁTICA BÁSICA
Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.
12.4. Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).
- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout
de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em obje-
tos e na transição de slides.
54
INFORMÁTICA BÁSICA
O objetivo inicial da Internet era atender necessidades militares, facilitando a comunicação. A agência norte-americana
ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, na década de 60, criaram
um projeto que pudesse conectar os computadores de departamentos de pesquisas e bases militares, para que, caso um
desses pontos sofresse algum tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam totalmente perdidas, pois estariam
salvas em outros pontos estratégicos.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma conexão a longa distância e possibilitava que as mensagens fossem
fragmentadas e endereçadas ao seu computador de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da informação pode-
ria ser realizado por várias rotas, assim, caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados poderiam seguir por outro
caminho garantindo a entrega da informação, é importante mencionar que a maior distância entre um ponto e outro, era
de 450 quilômetros.
No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a troca de
informações de computadores de universidades dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET) internacional
(INTER), consequentemente seu nome passa a ser, INTERNET.
A evolução não parava, além de atingir fronteiras continentais, os computadores pessoais evoluíam em forte escala
alcançando forte potencial comercial, a Internet deixou de conectar apenas computadores de universidades, passou a co-
nectar empresas e, enfim, usuários domésticos.
Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet para
os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até atingir a
amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica dei-
xando a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai
da internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL
(Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que
tornam possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com
a internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças
aos protocolos TCP/IP.
Protocolos Web
Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:
-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar
informações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto,
som, imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como
se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:
55
INFORMÁTICA BÁSICA
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
.gov - Organização governamental
.edu - Organização educacional
.org - Organização
.ind - Organização Industrial
.net - Organização telecomunicações
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões
.eng – Organização de engenheiros
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos que se trata de um site hospedado em um servidor dos Estados
Unidos.
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Semelhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam transmitidos
através de uma conexão criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente através de certificados
digitais.
-FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transferência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir os ar-
quivos para um servidor de internet, seus programas mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao criar um site,
o profissional utiliza um desses programas FTP ou similares e executa a transferência dos arquivos criados, o manuseio é
semelhante à utilização de gerenciadores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo.
-POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar o seu
correio num servidor distante (o servidor POP). É necessário para as pessoas não ligadas permanentemente à Internet,
para poderem consultar os mails recebidos offline. Existem duas versões principais deste protocolo, o POP2 e o POP3, aos
quais são atribuídas respectivamente as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de comandos textuais radicalmente
diferentes, na troca de e-mails ele é o protocolo de entrada.
IMAP (Internet Message Access Protocol): É um protocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece muitas
mais possibilidades, como, gerir vários acessos simultâneos e várias caixas de correio, além de poder criar mais
critérios de triagem.
-SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protocolo padrão para envio de e-mails através da Internet. Faz a
validação de destinatários de mensagens. Ele que verifica se o endereço de e-mail do destinatário está corretamente
digitado, se é um endereço existente, se a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se recebeu sua mensa-
gem, na troca de e-mails ele é o protocolo de saída.
56
INFORMÁTICA BÁSICA
-UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permi- temos uma relação de alguns deles:
te que a apli- cação escreva um datagrama encapsulado - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
num pacote IP e trans- portado ao destino. É muito comum etc.).
lermos que se trata de um protocolo não confiável, isso - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
porque ele não é implementado com regras que garantam - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
tratamento de erros ou entrega. PCX, etc.).
- Negócios e Utilitários
Provedor - Apresentações
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que INTRANET: A Intranet ou Internet Corporativa é a im-
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- plantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas, são re-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- des de comunicação internas baseadas na tecnologia usada
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. na Internet. Como um jornal editado internamente, e que
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e de-
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, partamentos, mesclando (com segurança) as suas informações
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso particulares dentro da estrutura de comunicações da empresa.
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como O grande sucesso da Internet, é particularmente da
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- evolução da informática nos últimos anos.
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
estão interligadas nesta avenida. interliga- dos através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
os dados. ram o acesso à informação através de redes de computa-
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, que usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso e um informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
endereço eletrônico na Internet. ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
Home Page sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
Pela definição técnica temos que uma Home Page é nante explosão na informação disponível na Internet, que
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu- segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí- que tem interessado um número cada vez maior de em-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
dentro das Home Pages. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato: advento e disseminação promete operar uma revolução
http://www.endereço.com/página.html tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
Por exemplo, a página principal do meu projeto de cimento das primeiras redes locais de computadores, no
mestrado: final da década de 80.
http://www.ovidio.eng.br/mestrado
O que é Intranet?
PLUG-INS
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
Os plug-ins são programas que expandem a capacida- 1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes projetadas para a comunicação por computador entre em-
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
g-ins são encontradas na página: tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft- as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
ware/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi- relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
ces/ programas de navegação na Web, os browsers.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Organizações constroem uma intranet porque ela é Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente exatamente o que você queria pode trazer algumas horas
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os algorit-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital mos de busca sejam sempre revisados e busquem de certa
com conhecimentos das operações e produtos da empresa. forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça, lançar
mão de alguns artifícios para que sua busca seja otimizada
Aplicações da Intranet poupará seu tempo e fará com que você tenha acesso a
resultados mais relevantes.
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu- Os mecanismos de buscas contam com operadores
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no en-
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. tanto, pode não interessar e você, caso não seja um prati-
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet cante de SEO. Contudo alguns são realmente úteis e estão
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os listados abaixo. Realize uma busca simples e depois apli-
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas que os filtros para poder ver o quanto os resultados podem
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: sem mais especializados em relação ao que você procura.
- Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
listas de preços, promoções, planejamento de eventos; -palavra_chave
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Retorna um busca excluindo aquelas em que a pa-
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca
membros das equipes, situações de projetos; por computação, provavelmente encontrarei na relação
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, siste- dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computação“.
mas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais Contudo, se eu fizer uma busca por computação -ciência ,
de qualidade; os resultados que tem a palavra chave ciência serão omi-
- Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, tidos.
políticas da companhia, organograma, oportunidades de tra-
balho, programas de desenvolvimento pessoal, benefícios. +palavra_chave
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas putação, terei como retorna uma gama mista de resulta-
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- dos. Caso eu queira filtrar somente os casos em que ciên-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa cias aparece, e também no estado de SP, realizo uma busca
complexa e exige a presença de profissionais especializa- do tipo computação + ciência SP.
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
sua diversidade de funções e a quantidade de informações “frase_chave”
nela armazenadas. Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos
A intranet é baseada em quatro conceitos: termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas
- Conectividade - A base de conexão dos computa- ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma busca do
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta da palavra
qualquer tipo de informação digital entre si; FAZER, verá resultados em que a frase idêntica foi empre-
- Heterogeneidade - Diferentes tipos de computado- gada.
res e sistemas operacionais podem ser conectados de for-
ma transparente; palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
- Navegação - É possível passar de um documento a Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
facilitam o acesso não linear aos documentos; exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas re-
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de aces- levantes sobre pelo menos um dos dois temas- nesse caso,
so ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à como as duas palavras chaves são populares, os dois resul-
execução de programas aplicativos, que podem estar no tados são apresentados em posição de destaque.
servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede
(também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que filetype:tipo
caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de
- A vantagem da intranet é que esses programas são extensão especificada. Por exemplo, em uma busca fi-
ativa- dos através da WWW, permitindo grande flexibilida- letype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da palavra
de. Determinadas linguagens, como Java, assumiram gran- chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos de
de importância no desenvolvimento de softwares aplicati- extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT, DOC
vos que obedeçam aos três conceitos anteriores.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
ticação, e portanto, é indispensável que o usuário possua Uma forma de atender a necessidade de comunicação
um username e uma password que sejam reconhecidas entre ker- nel e aplicativo é a chamada do sistema (System
pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Nes- Call), que é uma interface entre um aplicativo de espaço de
te caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento usuário e um serviço que o kernel fornece.
é no diretório criado para a conta do usuário – diretório Como o serviço é fornecido no kernel, uma chamada
home, e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, direta não pode ser executada; em vez disso, você deve
mas só escrever e ler arquivos nos quais ele possua. utilizar um processo de cruzamento do limite de espaço do
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas usuário/kernel.
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema No Linux também existem diferentes run levels de ope-
operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsá- ração. O run level de uma inicialização padrão é o de nú-
vel pelo sucesso e desenvolvimento da Internet. mero 2.
Como o Linux também é conhecido por ser um sis-
Algumas dicas tema operacional que ainda usa muitos comandos digi-
1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú- tados, não poderíamos deixar de falar sobre o Shell, que
mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga é justamente o programa que permite ao usuário digitar
na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de ho- comandos que sejam inteligíveis pelo sistema operacional
rário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em e executem funções.
horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é tempora- No MS DOS, por exemplo, o Shell era o command.com,
riamente desativado. através do qual podíamos usar comandos como o dir, cd
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites e outros. No Linux, o Shell mais usado é o Bash, que, para
espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo usuários comuns, aparece com o símbolo $, e para o root,
acessado. aparece como símbolo #.
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo Temos também os termos usuário e superusuário. En-
verifique se você está usando o modo correto, isto é, no quanto ao usuário é dada a permissão de utilização de
caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arqui- comandos simples, ao superusuário é permitido configurar
vos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. quais comandos os usuários po- dem usar, se eles podem
Esta prevenção pode evitar perda de tempo. apenas ver ou também alterar e gravar dire- tórios, ou seja,
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi- ele atua como o administrador do sistema. O diretório pa-
dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um drão que contém os programas utilizados pelo superusuário
amigo seu consiga acessar o seu computador como um para o gerenciamento e a manutenção do sistema é o /sbin.
servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao /bin - Comandos utilizados durante o boot e por usuá-
número IP, que lhe é atribuído dinamicamente. rios comuns.
/sbin - Como os comandos do /bin, só que não são
utilizados pelos usuários comuns.
Por esse motivo, o diretório sbin é chamado de superu-
CONCEITO DE SOFTWARE LIVRE. suário, pois existem comandos que só podem ser utilizados
nesse diretório. É como se quem estivesse no diretório sbin
fosse o administrador do sistema, com permissões espe-
ciais de inclusões, exclusões e alterações.
O Linux é um sistema operacional inicialmente basea-
do em comandos, mas que vem desenvolvendo ambientes Comandos básicos
gráficos de estruturas e uso similares ao do Windows. Ape- Iniciaremos agora o estudo sobre vários comandos que
sar desses ambientes gráficos serem cada vez mais adota- podemos usar no Shell do Linux:
dos, os comandos do Linux ainda são largamente empre- -addgroup - adiciona grupos
gados, sendo importante seu conhecimento e estudo. -adduser - adiciona usuários
Outro termo muito usado quando tratamos do Linux é -apropos - realiza pesquisa por palavra ou string
o kernel, que é uma parte do sistema operacional que faz a -cat - mostra o conteúdo de um arquivo binário ou tex-
ligação entre software e máquina, é a camada de software to
mais próxima do hardware, considerado o núcleo do sis- -cd - entra num diretório (exemplo: cd docs) ou retor-
tema. O Linux teve início com o desenvolvimento de um na para home
pequeno kernel, desenvolvido por Linus Torvalds, em 1991, cd <pasta> – vai para a pasta especificada. exem-
quando era apenas um estudante finlandês. Ao kernel que plo: cd /usr/bin/
Linus desenvolveu, deu o nome de Linux. Como o kernel -chfn - altera informação relativa a um utilizador
é capaz de fazer gerenciamentos primários básicos e es- -chmod - altera as permissões de arquivos ou diretó-
senciais para o funcionamento da máquina, foi necessário rios. É um comando para manipulação de arquivos e dire-
desenvolver módulos específicos para atender várias neces- tórios que muda as permissões para acesso àqueles. por
sidades, como por exemplo um módulo capaz de utilizar exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura,
uma placa de rede ou de vídeo lançada no mercado ou até pode passar a ser apenas leitura, impedindo que seu con-
uma interface gráfica como a que usamos no Windows. teúdo seja alterado.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
-su - troca para o superusuário root (é exigida a senha) Distribuição Linux é um sistema operacional que uti-
-su user - troca para o usuário especificado em ‘user’ liza o núcleo (kernel) do Linux e outros softwares. Exis-
(é exigida a senha) tem várias versões do Linux (comerciais ou não): Ubuntu,
-tac - semelhante ao cat, mas inverte a ordem Debian, Fedora, etc. Cada uma com suas vantagens e
-tail - o comando tail mostra as últimas linhas de um desvantagens. O que torna a escolha de uma distribui-
arquivo texto, tendo como padrão as 10 últimas linhas. Sua ção bem pessoal.
sintaxe é: tail nome_do_arquivo. Ele pode ser acrescentado Distribuições são criadas, normalmente, para aten-
de alguns parâmetros como o -n que mostra o [numero] der razões específicas. Por exemplo, existem distribui-
de linhas do final do arquivo; o – c [numero] que mostra ções para rodar em servidores, redes - onde a segurança
o [numero] de bytes do final do arquivo e o – f que exibe é prioridade - e, também, computadores pessoais.
continuamente os dados do final do arquivo à medida que Assim, não é possível dizer qual é a melhor distri-
são acrescentados. buição. Pois, depende da finalidade do seu computador.
-tcpdump sniffer - sniffer é uma ferramenta que
“ouve” os pacotes Sistema de arquivos: organização e gerenciamen-
-top – mostra os processos do sistema e dados do pro- to de arquivos, diretórios e permissões no Linux
cessador.
-touch touch foo.txt - cria um arquivo foo.txt vazio; Dependendo da versão do Linux é possível encon-
também altera data e hora de modificação para agora trar gerencia- dores de arquivos diferentes. Por exemplo,
-traceroute - traça uma rota do host local até o destino no Linux Ubuntu, encontramos o Nautilus, que permite
mostrando os roteadores intermediários a cópia, recorte, colagem, movimentação e organização
-umount – desmontar partições. dos arquivos e pastas. No Linux, vale lembrar que os
-uname -a – informações sobre o sistema operacional dispositivos de armazenamento não são nomeados por
-userdel - remove usuários letras.
-vi - editor de ficheiros de texto Por exemplo, no Windows, se você possui um HD na
-vim - versão melhorada do editor supracitado máquina, ele recebe o nome de C. Se possui dois HDs,
-which - mostra qual arquivo binário está sendo cha- um será o C e o outro o E. Já no Linux, tudo fará parte de
mado pelo shell quando chamado via linha de comando um mesmo sistema da mesma estrutura de pastas.
-who - informa quem está logado no sistema
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Existem mecanismos de segurança que sustentam os Hoje, a criptografia pode ser considerada um méto-
controles lógicos: do 100% seguro, pois, quem a utiliza para enviar e-mails e
proteger seus arquivos, estará protegido contra fraudes e
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a tentativas de invasão.
modificação da informação de forma a torná-la ininteligível Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’ são
a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e usados para expressar o tamanho da chave, ou seja, quanto
uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados mais bits forem utilizados, mais segura será essa criptogra-
não criptografados, produzir uma sequência de dados crip- fia.
tografados. A operação contrária é a decifração. Um exemplo disso é se um algoritmo usa um chave de
- Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra- 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas para decodi-
fados, agregados a um documento do qual são função, ficar essa informação, pois 2 elevado a 8 é igual a 256. As-
garantindo a integridade e autenticidade do documento sim, um terceiro pode tentar gerar 256 tentativas de combi-
associado, mas não ao resguardo das informações. nações e decodificar a mensagem, que mesmo sendo uma
- Mecanismos de garantia da integridade da informa- tarefa difícil, não é impossível. Portanto, quanto maior o
ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga- número de bits, maior segurança terá a criptografia.
rantida a integridade através de comparação do resultado
do teste local com o divulgado pelo autor. Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves
- Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave, simétricas e as chaves assimétricas
sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes. Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa-
- Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos
documento. que usam essa chave, estão:
- Integridade: Medida em que um serviço/informação é - DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves de
autêntico, ou seja, está protegido contra a entrada por intrusos. 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 quatrilhões
- Honeypot: É uma ferramenta que tem a função de de combinações. Mesmo sendo um número extremamente
proposital de simular falhas de segurança de um sistema e elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo através do mé-
obter informações sobre o invasor enganando-o, e fazen- todo de ‘tentativa e erro’, em um desafio na internet.
do-o pensar que esteja de fato explorando uma fraqueza - RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito
daquele sistema. É uma espécie de armadilha para invaso- utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além
res. O HoneyPot não oferece forma alguma de proteção. disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou-
- Protocolos seguros: Uso de protocolos que garantem tras pelo tamanho das chaves.
um grau de segurança e usam alguns dos mecanismos citados. - EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um
dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra-
Mecanismos de encriptação fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de
128bits, 192bits ou 256bits.
A criptografia vem, originalmente, da fusão entre duas - IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um
palavras gregas: algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES.
• CRIPTO = ocultar, esconder. Seu ponto forte é a fácil execução de software.
• GRAFIA= escrever As chaves simétricas não são absolutamente seguras
Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou em có- quando referem-se às informações extremamente valiosas,
digos. Ou seja, é um conjunto de técnicas que tornam uma principalmente pelo emissor e o receptor precisarem ter
mensagem ininteligível, e permite apenas que o destinatá- o conhecimento da mesma chave. Dessa forma, a trans-
rio que saiba a chave de encriptação possa decriptar e ler a missão pode não ser segura e o conteúdo pode chegar a
mensagem com clareza. terceiros.
Permitema transformação reversível dainformação de
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para isso, Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú-
algoritmos determinados e uma chave secreta para,a partir blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública
de um conjunto de dados não encriptados,produzir uma para codificar e a chave privada para decodificar, conside-
continuação de dados encriptados. A operação inversa é a rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos
desencriptação. utilizados, estão:
- RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos
Existem dois tipos de chave: a chave pública e a chave de chave assimétrica mais usados, em que dois números
privada. primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por
eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro
A chave pública é usada para codificar as informações, valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco-
e a chave privada é usada para decodificar. brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo
Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas para um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili-
‘abrir’ os dados da informação, que aparentemente não zados, será praticamente impossível descobrir o código. A
tem sentido, é preciso da chave privada, que apenas o chave privada do RSA são os números que são multiplica-
emissor e receptor original possui. dos e a chave pública é o valor que será obtido.
65
INFORMÁTICA BÁSICA
- ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um problema matemático que o torna mais seguro. É muito usado
em assinaturas digitais.
Segurança na internet; vírus de computadores; Spyware; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e Apli-
cativos para segurança (antivírus, firewall e antispyware)
Firewall é uma solução de segurança fundamentada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con-
junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de
dados podem ser realizadas. “Parede de fogo”, a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se enquadra em
uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados indesejados e liberar
acessos desejados.
Para melhor compreensão, imagine um firewall como sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é necessário
obedecer a determinadas regras, como se identificar, ser esperado por um morador e não portar qualquer objeto que possa
trazer riscos à segurança; para sair, não se pode levar nada que pertença aos condôminos sem a devida autorização.
Neste sentido, um firewall pode impedir uma série de ações maliciosas: um malware que utiliza determinada porta para
se instalar em um computador sem o usuário saber, um programa que envia dados sigilosos para a internet, uma tentativa
de acesso à rede a partir de computadores externos não autorizados, entre outros.
Você já sabe que um firewall atua como uma espécie de barreira que verifica quais dados podem passar ou não. Esta
tarefa só pode ser feita mediante o estabelecimento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo usuário.
Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no computador
ou na rede. O problema é que esta condição isola este computador ou esta rede, então pode-se criar uma regra para que,
por exemplo, todo aplicativo aguarde autorização do usuário ou administrador para ter seu acesso liberado. Esta autoriza-
ção poderá inclusive ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes serão automaticamente permitidos.
Em um modo mais versátil, um firewall pode ser configurado para permitir automaticamente o tráfego de determina-
dos tipos de dados, como requisições HTTP (veja mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras, como conexões
a serviços de e-mail.
Perceba, como estes exemplos, que as políticas de um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princípios: todo trá-
fego é bloqueado, exceto o que está explicitamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o que está explicitamente
bloqueado.
Firewalls mais avançados podem ir além, direcionando determinado tipo de tráfego para sistemas de segurança inter-
nos mais específicos ou oferecendo um reforço extraem procedimentos de autenticação de usuários, por exemplo.
O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias formas. O que define uma metodologia ou outra são fatores
como critérios do desenvolvedor, necessidades específicas do que será protegido, características do sistema operacional
que o mantém, estrutura da rede e assim por diante. É por isso que podemos encontrar mais de um tipo de firewall. A
seguir, os mais conhecidos.
Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras soluções de firewall surgiram na década de 1980 baseando-se em
filtragem de pacotes de dados (packetfiltering), uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada, embora ofereça
um nível de segurança significativo.
Para compreender, é importante saber que cada pacote possui um cabeçalho com diversas informações a seu respeito,
como endereço IP de origem, endereço IP do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Firewall então analisa estas
informações de acordo com as regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja para sair ou para entrar na máquina/
rede), podendo também executar alguma tarefa relacionada, como registrar o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de
log.
O firewall de aplicação, também conhecido como proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma solução
de segurança que atua como intermediário entre um computador ou uma rede interna e outra rede, externa normalmente,
a internet. Geralmente instalados em servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de solicitações, fire-
walls deste tipo são opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre origem e destino.
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar direta-
mente com a internet, há um equipamento entre ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e
a internet. Observe:
66
INFORMÁTICA BÁSICA
Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer
regras que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a comunicação entre com-
putadores internos e determinados serviços remotos.
Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode registrar
o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espécie de cache (uma
página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com que não seja necessário requisitá-la
no endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos podem ser liberados apenas mediante auten-
ticação do usuário; entre outros.
A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos existentes
na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija muito trabalho de
configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.
Proxy transparente: No que diz respeito a limitações, é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy trans-
parente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige que determinadas configurações sejam feitas nas ferramentas que
utilizam a rede (por exemplo, um navegador de internet) para que a comunicação aconteça sem erros. O problema é, de-
pendendo da aplicação, este trabalho de ajuste pode ser inviável ou custoso.
O proxy transparente surge como uma alternativa para estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede não
precisam saber de sua existência, dispensando qualquer configuração específica. Todo acesso é feito normalmente do clien-
te para a rede externa e vice-versa, mas o proxy transparente consegue interceptá-lo e responder adequadamente, como
se a comunicação, de fato, fosse direta.
É válido ressaltar que o proxy transparente também tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «normal» é ca-
paz de barrar uma atividade maliciosa, como um malware enviando dados de uma máquina para a internet; o proxy trans-
parente, por sua vez, pode não bloquear este tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comunicar externamente, o
malware teria que ser configurado para usar o proxy “normal” e isso geralmente não acontece; no proxy transparente não
há esta limitação, portanto, o acesso aconteceria normalmente.
- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um com-
putador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema;
- A verificação de políticas tem que ser revista periodicamente para não prejudicar o funcionamento de novos serviços;
- Novos serviços ou protocolos podem não ser devidamente tratados por proxies já implementados;
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma atividade maliciosa que se origina e se destina à rede interna;
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário - quando
este acessa um site falso de um banco ao clicar em um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo;
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou atacantes experientes podem tentar descobrir ou explorar brechas de
segurança em soluções do tipo;
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a internet
em seu computador a partir de uma conexão 3G (justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o firewall não con-
seguirá interferir.
67
INFORMÁTICA BÁSICA
SISTEMA ANTIVÍRUS.
Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus, spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca precisou
formatar seu computador?
Os vírus representam um dos maiores problemas para usuários de computador. Para poder resolver esses problemas,
as principais desenvolvedoras de softwares criaram o principal utilitário para o computador, os antivírus, que são progra-
mas com o propósito de detectar e eliminar vírus e outros programas prejudiciais antes ou depois de ingressar no sistema.
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de programas de software que são implementados sem o consentimento
(e inclusive conhecimento) do usuário ou proprietário de um computador e que cumprem diversas funções nocivas para
o sistema. Entre elas, o roubo e perda de dados, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e propagação para
outros computadores.
Os antivírus são aplicações de software projetadas como medida de proteção e segurança para resguardar os dados e o
funcionamento de sistemas informáticos caseiros e empresariais de outras aplicações conhecidas comunmente como vírus
ou malware que tem a função de alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos computadores.
Um programa de proteção de vírus tem um funcionamento comum que com frequência compara o código de cada
arquivo que revisa com uma base de dados de códigos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode determinar se trata
de um elemento prejudicial para o sistema. Também pode reconhecer um comportamento ou padrão de conduta típica
de um vírus. Os antivírus podem registrar tanto os arquivos encontrados dentro do sistema como aqueles que procuram
ingressar ou interagir com o mesmo.
Como novos vírus são criados de maneira quase constante, sempre é preciso manter atualizado o programa antivírus
de maneira de que possa reconhecer as novas versões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em execução duran-
te todo tempo que o sistema informático permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de arquivos cada vez que o
usuário exija. Normalmente, o antivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e saída visitados.
Um antivírus pode ser complementado por outros aplicativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que cum-
prem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.
Então, antivírus são os programas criados para manter seu computador seguro, protegendo-o de programas malicio-
sos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados de seu computador.
Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre escolha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão usando
este mercado para enganar pessoas com falsos softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu computador vul-
nerável aos ataques.
E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado ao baixar programas de segurança em sites desconhecidos, e
divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de informação.
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados. Alguns
às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço considerável
(que é sempre muito precioso) em seu disco. Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do programa origi-
nal, para não dar a menor pista de sua existência.
Cada vírus possui um critério para começar o ataque propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apagados,
o micro começa a travar, documentos que não são salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram mensagens
chatas, outros mais elaborados fazem estragos muitos grandes.
Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre
atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para proteger
seu sistema operacional.
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atualização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus
mais conhecidos:
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - Possui versão de teste.
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui versão de teste.
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e outra gratuita para uso não comercial (com menos funcionali-
dades).
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.com.br - Possui versão de teste.
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus
específicos. Geralmente, tais softwares são criados para combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.
68
INFORMÁTICA BÁSICA
Tipos de Vírus
Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem a inva-
são de um computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato militar fabri-
cado pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, que seria um aplicati-
vo qualquer. Quando o leigo o executa, o pro- grama atua de forma diferente do que era esperado.
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se re-
produz e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso. Deve-se
levar em consideração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A expressão “Tro-
jan” deve ser usada, exclusivamente, como definição para programas que capturam dados sem o conhecimento do usuário.
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de
roubar informações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com-
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas.
Worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença entre
eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela Internet, seja
por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o problema quando o
computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes é a gama de possibilidades de propagação. O
worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios
ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente milhares) em pouco tempo.
Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes também represen-
tam perigo. Spywares são programas que ficam«espionando» as atividades dos internautas ou capturam informações sobre
eles. Para contaminar um computador, os spywares podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixa- dos
automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destina-
dos a capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» navegadores de Internet, principalmente o Internet Explorer.
Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em
pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como
sites de software antivírus, por exemplo).
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são
tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers,
muitas vezes é necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para combater aquela praga. Isso porque os hi-
jackers podem se infiltrar no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares conseguem “pegar”.
Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de computa-
dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na rede e que infectará
o micro do destinatário enquanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla ou link.
69
INFORMÁTICA BÁSICA
Quem cria a mensagem hoax normalmente costuma dizer Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
que a informação partiu de uma empresa confiável, como MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar a máquina tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
do usuário. Desconsidere a mensagem. 10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – WAN)
– rede que faz a cobertura de uma grande área geográ-
fica, geralmente, um país, cerca de 100 km;
CONCEITOS DE AMBIENTE DE REDES DE Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re-
COMPUTADORES. des espalhadas pelo mundo podendo ser interconectadas
a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem maio-
res, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Redes de Computadores refere-se à interligação por Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
meio de um sistema de comunicação baseado em trans- eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
missões e protocolos de vários computadores com o ob- Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos grandes distâncias.
ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computado- Topologia de Redes
res espalhados pelo mundo que permite a comunicação Astopologias das redes de computadores são as estru-
entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela turas físicas dos cabos, computadores e componentes.
internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utili- Existem as topologias físicas, que são mapas que mos-
zar recursos como impressoras para imprimir documentos, tram a localização de cada componente da rede que
reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, aces- serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo
sar às redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc. modo que os dados trafegam na rede:
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails, Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à internet tão interconectadas por pares através de um roteamen-
nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, o to de dados;
crescimento das redes de computadores também tem seu Topologia de Estrela – modelo em que existe um
lado negativo. A cada dia surgem problemas que preju- ponto central (concentrador) para a conexão, geral-
dicam as relações entre os indivíduos, como pirataria, es- mente um hub ou switch;
pionagem, phishing - roubos de identidade, assuntos polê- Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
micos como racismo, sexo, pornografia, sendo destacados automação industrial e na década de 1980 pelas redes
com mais exaltação, entre outros problemas. Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores são
Há muito tempo, o ser homem sentiu a necessidade entreligados formando um anel e os dados são propagados
de compartilhar conhecimento e estabelecer relações com de computador a computador até a máquina de origem;
pessoas a distância. Na década de 1960, durante a Guerra Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
Fria, as redes de computadores surgiram com objetivos mi- meiras conexões feitas pelas redes Ethernet.Refere- se a
litares: interconectar os centros de comando dos EUA para computadores conectados em formato linear, cujo cabea-
com objetivo de proteger e enviar de dados. mento é feito em sequencialmente;
Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
Alguns tipos de Redes de Computadores estão interligadas por um mesmo canal através de pacotes
Antigamente, os computadores eram conectados em endereçados (unicast, broadcast e multicast).
distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais.
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne- Cabos
cessário aumentar a distância da troca de informações en- Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura fí-
tre as pessoas. As redes podem ser classificadas de acor- sica utilizada para conectar computadores em rede, estan-
do com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, do relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão,
etc.), a extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, padrões internacionais, etc. Há vantagens e desvantagens
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a- para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais uti-
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de lizados são:
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.). Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por
Veja alguns tipos de redes: sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados
Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se em lojas de informática ou produzidos pelo usuário;
comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Blue- Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância
tooth; maior na transmissão de dados, apesar de serem flexí-
Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em veis, são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala, ISA, suporte não encontrado em computadores mais
um prédio ou um campus de universidade; novos;
70
INFORMÁTICA BÁSICA
Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
de difícil instalação. São velozes e imunes a interfe- e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
rências eletromagnéticas. como um tipo de ponte na camada de rede do modelo
Após montar o cabeamento de rede é necessário OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter-
realizar um teste através dos testadores de cabos, ad- conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de
quirido em lojas especializadas. Apesar de testar o fun- diferentes fabricantes), identificando e determinando um IP
cionamento, ele não detecta se existem ligações incor- para cada computador que se conecta com a rede.
retas. É preciso que um técnico veja se os fios dos cabos Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de dados
estão na posição certa. na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os ro-
teadores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho
Sistema de Cabeamento Estruturado para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver conges-
Para que essa conexão não prejudique o ambiente tionada; e os roteadores dinâmicos que encontram ca-
de trabalho, em uma grande empresa, são necessárias minhos mais rápidos e menos congestionados para o
várias conexões e muitos cabos, sendo necessário o ca- tráfego.
beamento estruturado.
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tem- Modem: Dispositivo responsável por transformar a
po, tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção onda analógica que será transmitida por meio da linha te-
da rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que pos- lefônica, transformando-a em sinal digital original.
sibilitam que vários conectores possam ser inseridos
em um único local, sem a necessidade de serem conec- Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes de
tados diretamente no hub. computadores, como por exemplo, envio de arquivos ou
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado e-mail. Os computadores que acessam determinado servi-
possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os dor são conhecidos como clientes.
cabos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um
concentrador de tomadas, favorecendo a manutenção Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunicação
das redes. Eles são adaptados e construídos para serem entre os computadores da rede. Cada arquitetura de rede
inseridos em um rack. depende de um tipo de placa específica. As mais utilizadas
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em anel).
do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é
pensada de forma a realizar a sua expansão.
71
INFORMÁTICA BÁSICA
4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional 7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema
Segurança do Trabalho) A ferramenta Outlook : operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado
a) é um serviço de e-mail gratuito para geren- a manipulação de arquivos é:
ciar todos os e-mails, calendários e contatos de a) kill
um usuário. b) cat
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compa- c) rm
tível com o Windows 10, o Windows 8.1 e o Win- d) cp
dows 7. e) ftp
c) permite que todas as pessoas possam ver o
calendário de um usuário, mas somente aquelas 8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
com e-mail Outlook.com podem agendar reuniões - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de-
e responder a convites. senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
d) funciona apenas em dispositivos com Win- backup em uma aplicação móvel para, de tempos em
dows, não funcionando no iPad, no iPhone, em ta- tempos, armazenar dados automaticamente. A classe da
blets e em telefones com Android. API de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às fer- a) BkpAgent;
ramentas do pacote de webmail Office 356 da Mi- b) BkpHelper;
crosoft.] c) BackupManager;
d) BackupOutputData;
e) BackupDataStream.
72
INFORMÁTICA BÁSICA
9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do 14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
Pará - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada de
forma de prevenir perda de informações. Qual é o um computador:
Backup que só efetua a cópia dos últimos arquivos que
foram criados pelo usuário ou sistema? a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.
a) Backup incremental b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
b) Backup diferencial c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
c) Backup completo d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
d) Backup Normal e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.
e) Backup diário
15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa- GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e
mento) Como é chamado o backup em que o sistema Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema operacio-
não é interrompido para sua realização? nal Windows 8, há a possibilidade de integrar-se à denomi-
a) Backup Incremental. nada nuvem de computadores que fazem parte da Internet.
b) Cold backup. a)Certo
c) Hot backup. b)Errado
d) Backup diferencial.
e) Backup normal 16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI-
CA) Alguns programas do computador de Ana estão muito
11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrati- lentos e ela receia que haja um problema com o hardware
vo) Um funcionário precisa conectar um projetor mul- ou com a memória principal. Muitos de seus programas
timídia a um computador. Qual é o padrão de conexão falham subitamente e o carregamento de arquivos gran-
que ele deve usar? des de imagens e vídeos está muito demorado. Além disso,
a) RJ11 aparece, com frequência, mensagens indicando conflitos
b) RGB em drivers de dispositivos. Como ela utiliza o Windows 7,
c) HDMI resolveu executar algumas funções de diagnóstico, que
d) PS2 poderão auxiliar a detectar as causas para os problemas e
e) RJ45 sugerir as soluções adequadas.
Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Ad- hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:
ministração) Correspondem, respectivamente, aos ele- a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
mentos placa de som, editor de texto, modem, editor desempenho.
de planilha e navegador de internet: b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
conflitos do Windows.
a) software, software, hardware, software e hardwa- c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
re. desempenho de hardware.
b) hardware, software, software, software e hard- d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapea-
ware. mento de hardware do Windows.
c) hardware, software, hardware, hardware e soft- e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnósti-
ware. co de hardware do Windows.
d) software, hardware, hardware, software e soft-
ware. 17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECU-
e) hardware, software, hardware, software e softwa- ÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório de
re. advocacia e utiliza um computador com o Windows 7 Profes-
sional em português. Certo dia notou que o computador em
13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrati- que trabalha parou de se comunicar com a internet e com
vo) Um computador à venda em um sítio de comércio outros computadores ligados na rede local. Após consultar
eletrônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. um técnico, por telefone, foi informada que sua placa de rede
Essa configuração indica que: poderia estar com problemas e foi orientada a checar o fun-
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. cionamento do adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. no Painel de Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB. grupo Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de a) Central de redes e compartilhamento.
6 portas USB. b) Verificar status do computador.
c) Redes e conectividade.
d) Gerenciador de dispositivos.
e) Exibir o status e as tarefas de rede.
73
INFORMÁTICA BÁSICA
18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA) No console do sistema operacional Linux, alguns comandos
permitem executar operações com arquivos e diretórios do disco.
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um diretório vazio são, respectivamente,
a) pwd, mv e rm.
b) md, ls e rm.
c) mkdir, cd e rmdir.
d) cdir, lsdir e erase.
e) md, cd e rd.
19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema operacional
(ambientes Linux e Windows) e de redes de computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema operacional aberto, o Li-
nux, comparativamente aos demais sistemas operacionais, proporciona maior facilidade de armazenamento de dados em
nuvem.
a) certo
b) errado
20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) Acerca de organização e gerenciamento de informações, arquivos,
pastas e programas, de segurança da informação e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens subsequen-
tes.1Um arquivo é organizado logicamente em uma sequência de registros, que são mapeados em blocos de discos. Em-
bora esses blocos tenham um tamanho fixo determinado pelas propriedades físicas do disco e pelo sistema operacional,
o tamanho do registro pode variar.
a) certo
b) errado
21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o edi-
tor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digitou um
documento contendo 7 páginas de texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para imprimir apenas
essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou a opção Imprimir
Intervalo Personalizado. Em seguida, no campo Páginas, digitou
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento finan-
ceiro de uma grande empresa de vendas no varejo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768 clientes inadim-
plentes uma carta com um texto padrão, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data em que deveria
comparecer à empresa para negociar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes, João pesquisou
recursos no Microsoft Office 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos clientes e as datas em
que deveriam comparecer à empresa e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar os dados manualmente.
Após imprimir todas as correspondências, João desejava ainda imprimir, também de forma automática, um conjunto de
etiquetas para colar nos envelopes em que as correspondências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Office 2010
que permitem atender às necessidades de João são os recursos
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft PowerPoint 2010.
c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir do Microsoft Word 2010.
e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Excel 2010.
23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR Office, é
possível modificar e criar estilos para utilização no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um determinado
estilo, é INCORRETO afirmar que é possível alterar um valor para
a) recuo da primeira linha.
b) recuo antes do texto.
c) recuo antes do parágrafo.
d) espaçamento acima do parágrafo.
e) espaçamento abaixo do parágrafo.
74
INFORMÁTICA BÁSICA
24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para ordenar, por
data, os registros inseridos na planilha, é suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados e, na lista
disponibilizada, clicar ordenar data.
a) certo
b) errado
25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se o
Microsoft Excel 2010 (em português).
A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve ser
digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é
a) =(B2+B2)*C2*D2.
b) =B2+B2*C2/D2.
c) =B2*C2*D2.
d) =B2*(1+(C2*D2)).
e) =D2*(1+(B2*C2)).
26)(MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte para
escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrônica e
assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a inserção
de equações matemáticas e auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados presentes na planilha. O Calc
utiliza como padrão o formato:
a) XLS.
b) ODF.
c) XLSX.
d) PDF.
e) DOC.
27) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Segurança
no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários presentes que disponibilizaria os slides referentes à palestra na intranet
da empresa para que todos pudessem ter acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload do arquivo de slides
criado no Microsoft PowerPoint 2010 (em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo que o formato do arquivo
era inválido e que deveria converter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar o procedimento novamente. Para
realizar a tarefa sugerida pelo sistema, Iracema
a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft Office
2010 e abriu o software Microsoft Office Converter Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na opção Con-
verter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecionou o arquivo de slides e clicou no botão Converter.
b)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na opção
Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e selecio-
nou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Converter.
c)abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão direito
do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a opção Salvar como PDF.
75
INFORMÁTICA BÁSICA
d)abriu o arquivo utilizando o Microsoft Power- 31) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
Point 2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, cli- GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de compu-
cou na opção Salvar Como. Na caixa de diálogo que tadores, julgue os itens subsequentes. Lista de discussão é
se abriu, clicou na caixa de combinação que permite uma ferramenta de comunicação limitada a uma intranet,
definir o tipo do arquivo e selecionou a opção PDF. ao passo que grupo de discussão é uma ferramenta geren-
Em seguida, clicou no botão Salvar. ciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas a
e)baixou da internet um software especializado troca de mensagens via email entre todos os membros do
em fazer a conversão de arquivos do tipo PPTX para grupo.
PDF, pois verificou que o PowerPoint 2010 não possui a) Certo
opção para fazer tal conversão. b) Errado
28) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRA- 32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
DOR) Em um slide em branco de uma apresentação CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na inter-
criada utilizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 net o protocolo_________ permite a transferência de men-
(em português), uma das maneiras de acessar alguns sagens eletrônicas dos servidores de _________para caixa
dos comandos mais importantes é clicando-se com o postais nos computadores dos usuários. As lacunas se
botão direito do mouse sobre a área vazia do slide. completam adequadamente com as seguintes expressões:
Dentre as opções presentes nesse menu, estão as que a) Ftp/ Ftp.
permitem b) Pop3 / Correio Eletrônico.
a) copiar o slide e salvar o slide. c) Ping / Web.
b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. d) navegador / Proxy.
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação e) Gif / de arquivos
já existente.
d) apresentar o slide em tela cheia e animar obje- 33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
tos presentes no slide. TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA-
e) mudar o layout do slide e a formatação do pla- TIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho usam
no de fundo do slide. o sistema operacional Windows XP e endereços IP fixos em
suas configurações de conexão, um novo host foi instalado
29) (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO e, embora esteja normalmente conectado à rede, não con-
- JUDICIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org segue acesso à internet distribuída nessa rede.
Apresentação (Impress), NÃO se trata de um espaço Considerando que todas as outras estações da rede es-
reservado que se possa configurar a partir da janela tão acessando a internet sem dificuldades, um dos motivos
Elementos mestres: que pode estar ocasionando esse problema no novo host é
a) Número da página.
b) Texto do título. a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o
c) Data/hora. domínio registrado na internet.
d) Rodapé. b) a falta de registro da assinatura digital do host nas
e) Cabeçalho. opções da internet.
c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprie-
30) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE dades do Protocolo TCP/IP desse host.
TÉCNICO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Inter- d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do
net Explorer 9 é possível acessar a lista de sites visi- próprio host.
tados nos últimos dias e até semanas, exceto aqueles e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede
visitados em modo de navegação privada. Para abrir desse host está conectada.
a opção que permite ter acesso a essa lista, com o
navegador aberto, clica-se na ferramenta cujo dese- 34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
nho é TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA-
a) uma roda dentada, posicionada no canto supe- TIVO) Para conectar sua estação de trabalho a uma rede
rior direito da janela. local de computadores controlada por um servidor de do-
b) uma casa, posicionada no canto superior direi- mínios, o usuário dessa rede deve informar uma senha e
to da janela. um[a]
c) uma estrela, posicionada no canto superior di- a) endereço de FTP válido para esse domínio.
reito da janela. b) endereço MAC de rede registrado na máquina cliente.
d) um cadeado, posicionado no canto inferior di- c) porta válida para a intranet desse domínio.
reito da janela. d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio.
e) um globo, posicionado à esquerda da barra de e) certificação de navegação segura registrada na in-
endereços. tranet.
76
INFORMÁTICA BÁSICA
35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA- Está correto o que se afirma em
LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação
a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma a) II, apenas.
rede local (LAN — local area network) é caracterizada por b) I e II, apenas.
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al- c) II e III, apenas.
cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem d) I, II e III, apenas.
com taxas acima de 100 Mbps. e) I, II, III e IV.
a) certo
b) errado 40) (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL - IN-
FORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica- a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado necessitam ser explicitamente executados.
digital revogado deve constar da lista de certificados re- b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir
vogados, publicada na página de Internet da autoridade as ações realizadas como consequência da execução do
certificadora que o emitiu. Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacionadas
a) Certo ao comportamento de um vírus.
b) Errado c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja executa-
do para que ele se instale em um computador. Cavalos de
37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados por
ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação, e-mail.
julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim d) Não instala programas no computador, pois seu úni-
denominado em virtude de diversas analogias poderem ser co objetivo não é obter o controle sobre o computador,
feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos. mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
a) Certo e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
b) Errado infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
automaticamente.
38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD-
MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa-
dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma- GABARITO
cros, que:
a) são programas binários executáveis que são baixa- 1-E/ 2-A/ 3- C/ 4- B/ 5-C/ 6-E / 7-A / 8-C / 9-A / 10-C/
dos de sites infectados na Internet. 11-C / 12-E / 13-A / 14-C / 15-A / 16-A / 17-D / 18-C /
b) podem infectar qualquer programa executável do 19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D/ 26-B/
computador, permitindo que eles possam apagar arquivos 27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C / 34-D/
e outras ações nocivas. 35-B / 36-A / 37- A / 38-C / 39-B / 40-E
c) são programas interpretados embutidos em docu-
mentos do MS Office que podem infectar outros documen-
tos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
em sites com software pirata.
e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
legal, em um computador com acesso apenas a sites da
Internet com boa reputação.
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INFORMÁTICA BÁSICA
ANOTAÇÕES
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
V - ser aprovado em concurso público de provas ou de Art. 10. Para a participação no concurso público, o
provas e títulos, composto de provas objetivas e discursivas, candidato deverá ter no mínimo 18 (dezoito) anos de idade
dentro do limite de vagas, conforme edital do concurso; na data da matrícula no curso do respectivo concurso e no
VI - estar em dia com toda a documentação exigida, para máximo 28 (vinte e oito) anos de idade no primeiro dia de
apresentação na data estipulada pelo edital do concurso; inscrição do respectivo concurso, exceto para o concurso
VII - ser aprovado nos exames de saúde que se fizerem de ingresso no Quadro de Oficiais Médicos (QOM), em que
necessários e que comprovem a capacidade física para deverá ter no máximo 35 (trinta e cinco) anos no primeiro
exercício do cargo, conforme relação constante no edital do dia de inscrição, devendo apresentar, ainda, os seguintes
concurso e segundo normas internas da corporação; requisitos específicos: (Nova redação dada pela Lei
VIII - ser aprovado em exame toxicológico/antidoping, Complementar n° 787/2014)
do tipo “janela de larga detecção” ou outro de aferição I - para ingresso no quadro da Qualificação Policial
superior, realizado em caráter confidencial, comprovado pela Militar de Praças Combatentes (QPMP-C) da Polícia Militar
Diretoria de Saúde e realizado a qualquer tempo durante o do Estado do Espírito Santo, será exigido nível médio
processo seletivo; de escolaridade, devidamente comprovado por meio de
IX - ser aprovado no Exame de Aptidão Física, realizado diploma, certificado ou declaração, reconhecido legalmente
por meio de Teste de Avaliação Física (TAF), segundo normas por Secretaria da Educação de qualquer das Unidades
internas da corporação e previstas em edital; Federativas do País ou pelo Ministério da Educação;
X - ser aprovado no Exame Psicossomático, realizado pela (Acrescentado pela Lei Complementar n° 667/2012)
Diretoria de Saúde ou por instituições por ela determinadas, II - para ingresso no quadro da Qualificação Policial
tendo como parâmetro o perfil profissiográfico estabelecido Militar de Praças Auxiliares de Saúde (QPMP-S) da Polícia
para o cargo, constante no edital do concurso, segundo Militar do Estado do Espírito Santo, será exigido nível médio
normas internas da corporação; de escolaridade e curso técnico na área de saúde específica
XI - ser aprovado em Investigação Social, apresentando definida em edital, devidamente comprovado por meio de
idoneidade moral, comportamento irrepreensível e ilibada diploma, certificado ou declaração, reconhecida legalmente
conduta pública e privada, comprovada documentalmente por Secretaria da Educação de qualquer das Unidades
por certidão de antecedentes criminais, certidões negativas Federativas do País ou pelo Ministério da Educação, além
emitidas pela Justiça Federal, Estadual, Eleitoral e Militar, de registro no respectivo Conselho; (Acrescentado pela Lei
além de outros levantamentos necessários procedidos pela Complementar n° 667/2012)
instituição, que atestarão a compatibilidade de conduta para III - para ingresso no quadro da Qualificação Policial
o desempenho do cargo; Militar de Praças Especialistas Músicos (QPMP-M) da
XII - não apresentar tatuagem definitiva situada em Polícia Militar do Estado, será exigido nível médio de
membros inferiores, superiores, pescoço, face e cabeça, que escolaridade, devidamente comprovado, por meio
não possa ser coberta por uniforme de educação física da de diploma, certificado ou declaração, reconhecido
corporação, composto por calção ou short, camiseta de legalmente por Secretaria da Educação de qualquer
manga curta e meia de cano curto, ou outras tatuagens que das Unidades Federativas do País ou pelo Ministério da
acarretem a identificação do policial, possibilitando o seu Educação, além de prova prática de música aplicada por
reconhecimento e ameaça à sua segurança; banca examinadora designada pelo Comandante Geral
XIII - possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou e assessorada por comissão composta por Oficiais da
permissão para dirigir automóvel, no mínimo na categoria Banda de Música da PMES.” (NR) (Acrescentado pela
“B”, podendo ser cumulada com a categoria “A”, se assim Lei Complementar n° 667/2012)
previsto no edital do concurso.
§ 1º O concurso público para o provimento das carreiras CAPÍTULO II
de Oficiais dos quadros combatente, músico e de saúde, Da Hierarquia e da Disciplina
e para o provimento da carreira de Praças dos quadros
músico e de saúde, incluirá prova de conhecimentos Art. 11 - A hierarquia e a disciplina são a base institu-
específicos e matérias correlatas à especialidade do cargo a cional da Polícia Militar. A autoridade e a responsabilidade
que o candidato estiver concorrendo, conforme conteúdo crescem com o grau hierárquico.
programático previsto em edital. § 1º - A hierarquia policial militar é a ordenação
§ 2º A entrega da documentação exigida no concurso da autoridade em níveis diferentes dentro da estrutura
público será realizada logo após a publicação do resultado da Polícia Militar. A ordenação se faz por postos ou
do exame intelectual, dentro do limite estabelecido no graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação, se
edital, para fins de comprovação dos requisitos exigidos e faz pela Antigüidade no posto ou na graduação. O respeito
convocação para as etapas seguintes. à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento
§ 3º O Exame Intelectual terá caráter classificatório e à seqüência de autoridade.
eliminatório, tendo as demais etapas previstas neste artigo, § 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamen-
caráter eliminatório. to integral das leis, regulamentos, normas e disposições
§ 4º Considera-se como etapa do processo seletivo o que fundamentam o organismo policial militar e coorde-
período destinado ao curso de formação ou adaptação, o nam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-
qual deverá ser concluído com êxito para a efetivação do -se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos
ingresso nos quadros da instituição.” (NR) e de cada um dos componentes desse organismo.
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre policiais
militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 12 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais militares da mesma categoria e têm a fi-
nalidade de desenvolver o espírito da camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Art. 13 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na Polícia Militar são fixados no Quadro e parágrafos seguintes.
3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
V – ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na Art. 28 - O Comandante Geral poderá determinar aos
apreciação do mérito dos subordinados; policiais militares da ativa da Polícia Militar que, no inte-
VI – zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e resse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem
físico e, também, pelos dos subordinados, tendo em vista o sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre que hou-
cumprimento da missão comum; ver razões que recomendem tal medida. Vetado.
VII – empregar todas as suas energias em benefício do
serviço; CAPÍTULO II
VIII – praticar a camaradagem e desenvolver, Dos Deveres Policiais Militares
permanentemente, o espírito de cooperação;
IX – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua Art. 29 - Os deveres policiais militares emanam de
linguagem escrita e falada; vínculos racionais e morais que ligam o policial militar à
X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de comunidade estadual e à sua segurança e compreendem
matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional; essencialmente:
XI – acatar as autoridades civis; I – a dedicação integral ao serviço policial militar e
XII – cumprir seus deveres de cidadão; a fidelidade à instituição a que pertence, mesmo com o
XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e na sacrifício da própria vida;
particular; II – o culto aos símbolos nacionais;
XIV – observar as normas da boa educação; III – a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
XV – garantir assistência moral e material ao seu lar e IV – a disciplina e o respeito à hierarquia;
conduzir-se como chefe de família modelar; V – o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
XVI – conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na VI – a obrigação de tratar o subordinado dignamente
inatividade, de modo que não sejam prejudicados os e com urbanidade.
princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial
militar; SEÇÃO I
Do Compromisso Policial Militar
XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação
para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou
Art. 30 - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar
para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
mediante incorporação, matrícula ou nomeação, prestará
XVIII – abster-se em inatividade do uso das designações
compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação
hierárquicas quando:
consciente das obrigações e dos deveres policiais militares
a) em atividades político-partidárias;
e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
b) em atividades comerciais;
Art. 31 - O compromisso do incluído, do matriculado e
c) em atividades industriais;
do nomeado, a que se refere o artigo anterior, terá caráter
d) discutir ou provocar discussões pela imprensa solene e será prestado na presença de tropa, tão logo o
a respeito de assuntos políticos ou policiais militares, policial militar tenha adquirido um grau de instrução com-
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se patível com o perfeito entendimento de seus deveres como
devidamente autorizados; e integrante da Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres:
e) no exercício de funções de natureza não policial “Ao ingressar na Polícia Militar do Estado do Espírito San-
militar, mesmo oficiais; to, prometo regular a minha conduta pelos preceitos da
XIX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades
um dos seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao
aos preceitos da ética policial militar. serviço policial militar, à manutenção da ordem pública e à
Art. 27 - Ao policial militar da ativa, ressalvado o dis- segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria
posto no § 2º, é vedado comerciar ou tomar parte na ad- vida”.
ministração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou § 1º - O compromisso do Aspirante a Oficial PM
participar, exceto como acionista ou quotista em socieda- formado em escolas de outras Corporações será prestado,
de, anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. em solenidade policial militar especialmente programada,
§ 1º - Os integrantes de reserva remunerada, quando logo após sua apresentação à Polícia Militar do Estado do
convocados, ficam proibidos de tratar nas organizações Espírito Santo. Esse compromisso obedecerá aos seguintes
policiais militares e nas repartições públicas civis, de dizeres: “Ao ser declarado Aspirante Oficial da Polícia
interesse de organizações ou empresas privadas de Militar assumo o compromisso de cumprir rigorosamente
qualquer natureza. as ordens das autoridades a que estiver subordinado e
§ 2º - Os policiais militares da ativa podem exercer de me dedicar inteiramente ao serviço policial militar,
diretamente a gestão de seus bens, desde que não infrinjam à manutenção da ordem pública e à segurança da
o disposto no presente artigo. comunidade, mesmo com o risco da própria vida”.
§ 3º - No intuito de desenvolver a prática profissional § 2º - Ao ser promovido ao primeiro posto, o Oficial
dos oficiais integrantes do Quadro de Saúde, é lhes PM prestará o compromisso de Oficial, em solenidade
permitido o exercício da atividade técnico-profissional, no especialmente programada de acordo com os seguintes
meio civil, desde que tal prática não prejudique o serviço. dizeres: “Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra
5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
prometo cumprir os deveres de Oficial da Polícia Militar do § 2º - No concurso de crime militar e de transgressão
Estado do Espírito Santo e dedicar-me inteiramente ao seu disciplinar será aplicada somente a pena relativa ao crime.
serviço”. Art. 40 - A inobservância dos deveres especificados
nas leis e regulamentos ou a falta de exação no cumpri-
Seção II mento dos mesmos acarreta para o policial militar, res-
Do Comando e da Subordinação ponsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal
consoante a legislação específica.
Art. 32 - Comando é a soma de autoridade, deveres e Parágrafo único - A apuração da responsabilidade
responsabilidades de que o policial militar é investido legal- funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá concluir
mente quando conduz homens ou dirige uma organização pela incompatibilidade do policial militar com o cargo
policial militar. O Comando é vinculado ao grau hierárquico ou pela incapacidade do exercício das funções policiais
e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o militares a ele inerentes.
policial militar se define e se caracteriza como chefe. Art. 41 - O policial militar que, por sua atuação, se
Parágrafo único - Aplica-se à Direção e à Chefia de tornar incompatível com o cargo ou demonstrar incapaci-
Organização Policial Militar, no que couber o estabelecido dade no exercício de funções policiais militares a ele ine-
para Comando. rentes, será afastado do cargo.
Art. 33 - A subordinação não afeta de modo algum a § 1º - São competentes para determinar o imediato
dignidade pessoal do policial militar e decorre, exclusiva- afastamento do cargo ou impedimento do exercício da
mente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar. função:
Art. 34 - O oficial é preparado ao longo da carreira a) o Governador do Estado;
para o exercício do Comando, da Chefia e da Direção das b) o Comandante Geral da Polícia Militar, os
Organizações Policiais Militares. Comandantes das Unidades isoladas e os Diretores,
Art. 35 - Os subtenentes e os sargentos auxiliam e na conformidade da Legislação ou regulamentação da
complementam as atividades dos oficiais, quer no adestra- Corporação.
mento e no emprego de meios, quer na instrução e na ad- §2º - O policial militar afastado do cargo, nas condições
ministração, podendo ser empregados na execução de ati- mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de
vidades de policiamento ostensivo peculiar à Polícia Militar. qualquer função policial militar até a solução do processo
Parágrafo único - No exercício das atividades ou das providências legais que couberem no caso.
mencionadas neste artigo e no comando de elementos Art. 42 - São proibidas quaisquer manifestações cole-
subordinados, os subtenentes e sargentos deverão impor-se tivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter
pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade profissional reivindicatório.
e técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância
minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço SEÇÃO I
e das normas operativas pelas praças que lhes estiverem Dos Crimes Militares
diretamente subordinadas e a manutenção da coesão e da
moral das mesmas praças em todas as circunstâncias. Art. 43 - O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito
Art. 36 - Os cabos e soldados são, essencialmente, os Santo é competente para processar e julgar os policiais
elementos de execução. militares nos crimes definidos em lei como militares.
Art. 37 - Às praças especiais cabe a rigorosa obser- Art. 44 - Aplicam-se aos policiais militares, no que
vância das prescrições do regulamento que lhe são perti- couberem, as disposições estabelecidas no Código Penal
nentes, exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao Militar.
aprendizado técnico-profissional.
SEÇÃO II
Art. 38 - Cabe ao policial militar a responsabilidade Das Transgressões Disciplinares
integral pelas decisões que tomar pelas ordens que emitir
e pelos atos que praticar. Art. 45 - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
especificará e classificará as transgressões disciplinares e.
CAPÍTULO III estabelecerá as normas relativas à amplitude e aplicação
Da Violação das Obrigações e dos Deveres Policiais das penas disciplinares, à classificação do comportamento
Militares policial militar e à interposição de recursos contra as penas
disciplinares.
Art. 39 - A violação das obrigações ou dos deveres § 1º - As penas disciplinares de detenção ou prisão
policiais militares constituirá crime ou transgressão disci- não podem ultrapassar de trinta dias.
plinar, conforme dispuserem a legislação ou regulamenta- § 2º - À praça especial, aplicam se, também as
ção específicas. disposições disciplinares previstas no regulamento do
§ 1º - A violação dos preceitos da ética policial militar é estabelecimento de ensino onde estiver matriculado.
tão mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico
de quem a cometer.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Art. 50 - Os policiais militares são alistáveis como elei- quanto à função de magistério ou de cargo em comissão
tores desde que Oficiais, Aspirantes a Oficial PM, Subte- ou quanto ao contrato para prestação de serviços
nentes PM, Sargentos PM ou alunos de curso de nível su- técnicos ou especializados.
perior para a formação de oficiais. Art. 56 - Os proventos da inatividade serão revistos
Parágrafo único - Os policiais militares alistáveis são sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo
elegíveis, atendidas as seguintes condições: da moeda se modificarem os vencimentos das policiais
a) o policial militar que tiver menos de 5 (cinco) em militares em serviço ativo.
efetivo serviço será, ao se candidatar a cargo eletivo, excluído Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos
do serviço ativo mediante demissão ou licenciamento ex- em Lei, os proventos da inatividade não poderão exceder
offício; e a remuneração percebida pelo policial militar da ativa,
b) o policial militar em atividade com 5 (cinco) ou no posto ou graduação correspondente ao de seus
mais anos de efetivo serviço, ao se candidatar a cargo proventos.
eletivo, será afastado temporariamente do serviço ativo e
agregado, considerado em licença para tratar de interesse SEÇÃO II
particular. Se eleito, será no ato da diplomação, transferido Da Promoção
para a reserva remunerada, percebendo a remuneração a
que fizer jus em função de seu tempo de serviço. Art. 57 - O acesso na hierarquia da Polícia Militar é
seletivo, gradual e sucessivo e será feito mediante pro-
SEÇÃO I moções, de conformidade com o disposto na legislação e
Da Remuneração regulamentação de promoções de oficiais e de praças, de
modo a obter um fluxo regular e equilibrado de carreira
Art. 51 - A remuneração dos policiais militares com- para os policiais militares a que este dispositivo se refere.
preende vencimentos ou proventos, indenização e outros § 1º - O planejamento da carreira dos oficiais e das
direitos, e é devida em bases estabelecidas em Lei especial. praças, obedecidas as disposições da legislação e regu-
§ 1º - Os policiais militares na ativa percebem
lamentação a que se refere este artigo, é atribuição do
remuneração constituída pelas seguintes parcelas:
Comando Geral da Polícia Militar.
a) mensalmente:
2º - A promoção é um ato administrativo e tem como
I – vencimentos compreendendo soldo e gratificações;
finalidade básica a seleção dos policiais militares para
e
o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico
II – indenizações;
superior.
b) eventualmente, outras indenizações.
Art. 58 - As promoções serão efetuadas pelos critérios
§ 2º - Os policiais militares em inatividade percebem
de antigüidade, merecimento, merecimento intelectual ou
remuneração constituída pelas seguintes parcelas:
a) mensalmente: ainda “post mortem. (NR) (Nova redação dada pela Lei
I – proventos, compreendendo soldo ou quotas de Complementar 321/2005)
soldo, gratificações, e indenizações incorporáveis; e § 1º - Em caso extraordinário, poderá haver promoção
II – adicional de inatividade; e em ressarcimento de preterição.
b) eventualmente, auxílio-invalidez. § 2º - A promoção do policial militar em ressarcimento
§ 3º - Os policiais militares receberão salário-família de de preterição será efetuada segundo os princípios de
conformidade com a Lei que o rege. Antigüidade ou merecimento, recebendo ele o número
Art. 52 - O auxílio-invalidez, atendidas as condições que lhe competia na escala hierárquica como se houvesse
estipuladas na Lei especial que trata da remuneração dos sido promovido na época devida, pelo princípio em que
policiais militares, será concedido ao policial militar quan- ora é feita sua promoção.
do em serviço ativo, tenha sido ou venha a ser reformado Art. 59 - Não haverá promoção de policial militar por
por incapacidade definitiva e considerado inválido, isto é, ocasião de sua transferência para a reserva remunerada.
impossibilitado total e permanentemente para qualquer Art. 60 - Não haverá promoção do policial militar por
trabalho, não podendo prover os meios de subsistência. ocasião de sua reforma.
Art. 53 - O soldo é irredutível e não está sujeito a pe-
nhora, seqüestro ou arresto, exceto nos casos previstos em SEÇÃO III
Lei. Das Férias e de outros Afastamentos Temporários
Art. 54 - O valor do soldo é igual para o policial militar de Serviços
da ativa, da reserva remunerada ou reformado de um mes-
mo grau hierárquico, ressalvado o disposto no inciso II do Art. 61 - As férias são afastamentos totais de serviço,
art. 48 deste Estatuto. anual e obrigatoriamente, concedidas aos policiais mili-
Art. 55 - É proibido acumular remuneração de inati- tares para descanso, a partir do último mês do ano a que
vidade. se refere, e durante todo o ano seguinte.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se § 1º - As férias terão a duração de 30 (trinta) dias para
aplica aos policiais militares da reserva remunerada e todo o pessoal da Polícia Militar e sua concessão será
aos reformados, quanto ao exercício de mandato eletivo, regulamentada pelo Comando Geral.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 2º - A concessão de férias não é prejudicada pelo § 1º - A licença especial terá duração de 03 (três) meses
gozo anterior de licenças para tratamento de saúde, por e será gozada de uma só vez. (Nova redação dada pela Lei
punição anterior decorrentes de transgressão disciplinar, C. n° 80/1996)
pelo estado de guerra ou para que sejam cumpridos atos § 2º - Uma vez concedida a licença especial, o policial
de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças. militar será dispensado do exercício do cargo e das funções
§ 3º - Somente em casos de interesse da segurança na- que exerce e ficará à disposição do órgão de pessoal da
cional, de manutenção da ordem, de extrema necessidade Polícia Militar.
do serviço, de transferência para a inatividade, ou para com- § 3º O policial militar com direito a licença especial
primento de punição decorrente de transgressão disciplinar poderá optar pela percepção em caráter permanente, e uma
de natureza grave e em caso de baixa hospitalar, os policiais- gratificação de assiduidade, correspondente a 2% (dois por
-militares terão interrompido ou deixarão de gozar, na época cento) do soldo do seu posto ou graduação, respeitado o
prevista, o período de férias a que tiverem direito. (Nova limite de 15% (quinze por cento), com a integração da mesma
redação dada pela Lei n° 3446/1981) vantagem concedida anteriormente sob regime jurídico diverso.
§ 4º - Na impossibilidade do gozo de férias no ano se- (Nova redação dada pela Lei Complementar n° 139/1999)
guinte, pelos motivos previstos no parágrafo anterior, res- § 4º - (Revogado pela Lei C. n° 80/1996)
salvados os casos de transgressão disciplinar de natureza § 5º - A concessão de licença especial ou gratificação
grave, o período de férias não gozado será computado, dia de assiduidade é da competência do Comandante Geral da
a dia, em dobro, no momento da passagem do policial-mi- Polícia Militar.
litar para a inatividade e, nessa situação, para todos os efei- § 6º - A gratificação de assiduidade devida aos da ativa
tos legais. (Nova redação dada pela Lei n° 3446/1981) (vetado) da PM, prevista neste artigo, não é devida ao policial-
Art. 62 - Os policiais militares têm direito, ainda, aos militar que, após completado o decênio, tenha sido beneficiado
seguintes períodos de afastamento total de serviço, obe- pelo gozo de licença especial, pela remuneração percebida em
decidas as disposições legais e regulamentares, por motivo razão da opção ou pelo não afastamento do serviço, ou pela
de: contagem em dobro do período relativo à licença não gozada.
(Nova redação dada pela Lei n° 3917/1986)
I – núpcias: 8 (oito) dias;
§ 7º - (Vetado)”.
II – luto: até 8 (oito) dias;
Art. 66 - A licença para tratar de interesse particular é
III – instalação: até 10 (dez) dias; e
a autorização para afastamento total do serviço, concedida
IV – trânsito: até 30 (trinta) dias.
ao policial militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo
Parágrafo único - O afastamento do serviço por motivo
serviço, que a requerer com aquela finalidade.
de núpcias ou de luto será concedido, no primeiro caso, se
§ 1º - A licença será sempre concedida com prejuízo da
solicitado por antecipação à data do evento e, no segundo
remuneração e da contagem de tempo de efetivo serviço.
caso, tão logo a autoridade a que estiver subordinado o
§ 2º - A concessão de licença para tratamento de
policial militar tenha conhecimento do óbito. interesse particular é regulada pelo Comandante Geral da
Art. 63 - As férias e os outros afastamentos menciona- Polícia Militar, de acordo com o interesse do serviço.
dos nesta Seção são concedidos com a remuneração pre- Art. 67 - As licenças poderão ser interrompidas a pedi-
vista na legislação específica e computadas como tempo do ou nas condições estabelecidas neste artigo.
de efetivo serviço para todos os efeitos legais. § 1º - A interrupção da licença especial e da licença
para tratar de interesse particular poderá ocorrer:
SEÇÃO IV a) em caso de mobilização e estado de guerra;
Das Licenças b) em caso de decretação de estado de sitio;
c) para cumprimento de sentença que importe na
Art. 64 - Licença é a autorização para afastamento to- restrição da liberdade individual;
tal do serviço, em caráter temporário, concedida ao policial d) para cumprimento de punição disciplinar, conforme
militar, obedecidas às disposições legais e regulamentares. regulado pelo Comandante Geral da Polícia Militar; e
§ 1º - A licença pode ser: e) em caso de pronúncia em processo, criminal ou
a) – especial; indicação em inquérito policial militar, a juízo da autoridade
b) – para tratar de interesse particular; que efetivou a pronúncia ou a indiciação.
c) – para tratamento de saúde de pessoa da família; e § 2º - A interrupção de licença para tratamento de
d) – para tratamento de saúde própria. saúde de pessoa da família, para cumprimento de pena
§ 2º - A remuneração do policial militar, quando em disciplinar que importe em restrição da liberdade individual
qualquer das situações de licença constantes do parágrafo será regulada na legislação da Polícia Militar.
anterior, será regulada em legislação específica.
Art. 65 - A licença especial é a autorização para afas- CAPÍTULO II
tamento total do serviço, relativa a cada decênio do tempo Das Prerrogativas
de efetivo serviço prestado, concedida ao policial militar que
a requerer, sem que implique em qualquer restrição para a Art. 68 - As prerrogativas dos policiais militares são
sua carreira. (Artigo com nova redação dada pela Lei n° constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas
3841/1986) aos graus hierárquicos e cargos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Parágrafo único - São prerrogativas dos policiais Art. 73 - O policial militar fardado tem as obriga-
militares: ções correspondentes ao uniforme que use e aos distin-
a) uso de título, uniformes, distintivos, insígnias tivos, emblemas ou às insígnias que ostente.
emblemas da Polícia Militar correspondente no posto ou Art. 74 - É vedado a qualquer elemento civil ou or-
graduação; ganizações civis usar uniformes ou ostentar distintivos,
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes insígnias ou emblemas que possam ser confundidos
sejam assegurados em Leis e regulamentos; com os adotados na Polícia Militar.
c) cumprimentos de pena de prisão ou detenção em Parágrafo único - São responsáveis pela infração
organização policial militar da própria Corporação cujo das disposições deste artigo os diretores ou chefes
comandante chefe ou diretor tenha precedência hierárquica de repartições, organizações de qualquer natureza,
sobre o punido; e firma ou empregadores, empresas, institutos ou
d) julgamento em foro especial, nos crimes militares. departamentos que tenham adotado ou consentido
Art. 69 - Somente em caso de flagrante delito o poli-
que sejam usados uniformes ou ostentados distintivos,
cial militar poderá ser preso por autoridade policial, fican-
insígnias ou emblemas que ofereçam semelhança com
do esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade
os adotados na Polícia Militar ou que possam com eles
policial militar mais próxima, só podendo retê-lo na dele-
ser confundidos.
gacia ou posto policial, durante o tempo necessário à la-
vratura do flagrante.
§ 1º - Cabe ao Comandante Geral a iniciativa de TÍTULO IV
responsabilizar a autoridade policial que não cumprir o DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja CAPÍTULO I
maltratado qualquer preso policial militar ou não lhe der o Das Situações Especiais
tratamento devido ao seu posto ou graduação. SEÇÃO I
§ 2º - Se, durante o processo em julgamento no foro Da Agregação
civil, houver perigo de vida para qualquer preso policial
militar, o Comandante Geral da Polícia Militar providenciará Art. 75 - A agregação é a situação na qual o policial
os entendimentos com a autoridade judiciária visando à militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierár-
guarda dos pretórios ou tribunais por força policial militar. quica de seu Quadro, nela permanecendo sem número.
Art. 70 - Os policiais militares da ativa, no exercício de § 1º - O policial militar deve ser agregado quando:
funções policiais militares são dispensados do serviço de a) – for nomeado para cargo policial militar, policial
júri na Justiça Civil e do serviço na Justiça Eleitoral. ou, ainda, considerado de natureza policial militar ou
policial, em lei ou decreto, mesmo que não previsto nos
SEÇÃO ÚNICA Quadros de Organização da Polícia Militar;
Do Uso dos Uniformes da Polícia Militar b) aguardar transferência “ex-offício” para a reserva
remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquer dos
Art. 71 - Os uniformes da Polícia Militar com seus dis- requisitos que a motivam;
tintivos, insígnias e emblemas, são privativos dos policiais c) for afastado, temporariamente, do serviço ativo
militares e representam o símbolo da autoridade policial por motivo de:
militar com as prerrogativas que lhe são inerentes. I – ter sido julgado incapaz temporariamente, após
Parágrafo único - Constituem crimes previstos um ano contínuo de tratamento; (Nova redação dada
na legislação específica o desrespeito aos uniformes,
pela Lei n° 3446/1981)
distintivos, insígnias e emblemas policiais militares, bem
II – ter sido julgado incapaz definitivamente,
como o seu uso por quem a eles não tiver direito.
enquanto tramita o processo de reforma; (Nova redação
Art. 72 - O uso dos uniformes com seus distintivos,
dada pela Lei n° 3446/1981)
insígnias e emblemas, bem como os. modelos, descrição,
composição, peças acessórias e outras disposições são es- III – haver ultrapassado um ano contínuo em licença
tabelecidas na regulamentação específica da Polícia Militar. para tratamento de saúde própria; (Nova redação dada
§ 1º - É proibido ao policial militar o uso dos uniformes: pela Lei n° 3446/1981)
a) em manifestação de caráter político-partidária; IV – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos
b) no estrangeiro, quando em atividades não em licença para tratar de interesse particular; (Nova
relacionadas com a missão do policial militar, salvo quando redação dada pela Lei n° 3446/1981)
expressamente determinado ou autorizado; V – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos
c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades em licença tratar de saúde de pessoa da família; (Nova
militares e policiais militares e, quando autorizado a redação dada pela Lei n° 3446/1981)
cerimônias cívicas comemorativas de datas nacionais ou a VI – ter sido considerado oficialmente extraviado;
atos sociais solenes de caráter particular. (Nova redação dada pela Lei n° 3446/1981)
§ 2º - Os policiais militares na inatividade, cuja conduta VII – haver sido esgotado o prazo que caracteriza
possa ser considerada como ofensiva à dignidade da classe, o crime de deserção previsto no Código Penal Militar,
poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes se oficial ou praça com estabilidade assegurada; (Nova
por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar. redação dada pela Lei n° 3446/1981)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Parágrafo único - Em qualquer tempo poderá ser Parágrafo único - Decorrido o prazo mencionado
determinada a reversão do policial militar agregado, exceto neste artigo, serão observadas as formalidades previstas
nos casos previstos nos incisos I, II, III, VI, VII, VIII, XI, XIV e em legislação específica.
XV da alínea “c” do §1º do art. 75. Art. 81 - O policial militar é considerado desertor nos
Art. 78 - A reversão será efetuada mediante ato do casos previstos na legislação penal militar.
Governador do Estado ou de autoridades às quais tenham
sido delegados poderes para isso. SEÇÃO V
Do Desaparecimento e do Extravio
SEÇÃO III
Do Excedente Art. 82 - É considerado desaparecido o policial militar da
ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem,
Art. 79 - Excedente é a situação transitória a que, au- em operações policiais militares ou em caso de calamidade
tomaticamente, passa o policial militar que: pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 8 (oito) dias.
I – tendo cessado o motivo que determinou a sua Parágrafo único - A situação de desaparecimento só
agregação, reverta ao respectivo Quadro, estando com seu será considerada quando não houver indício de deserção.
efetivo completo: Art. 83 - O policial militar que, na forma do artigo an-
II – aguarda a colocação a que faz jus na escala terior, permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta)
hierárquica, após haver sido transferido de Quadro, estando dias, será oficialmente considerado extraviado.
o mesmo com seu efetivo completo;
III – é promovido por bravura, sem haver vaga; CAPÍTULO II
IV – é promovido indevidamente; Do Desligamento ou Exclusão do Serviço Ativo
V – sendo o mais moderno na respectiva escala
hierárquica, ultrapassa o efetivo do seu Quadro, em virtude Art. 84 - O desligamento ou exclusão do serviço ativo
de promoção de outro policial militar em ressarcimento de da Polícia Militar é feito em conseqüência de:
I – transferência para a reserva remunerada;
preterição;
II – reforma;
VI – tendo cessado o motivo que determinou sua
III – demissão;
reforma por incapacidade definitiva, retorna ao respectivo
IV – perda de posto e patente;
Quadro, estando com seu efetivo completo.
V – licenciamento;
§ 1º - O policial militar cuja situação é de excedente,
VI – exclusão a bem da disciplina;
salvo o indevidamente promovido, ocupa a mesma
VII – deserção;
posição relativa, em antiguidade, que lhe cabe na escala
VIII – falecimento;
hierárquica, com abreviatura “Excd” e receberá o número
IX – extravio.
que lhe competir, em conseqüência da primeira vaga que Parágrafo único - O desligamento do serviço ativo
se verificar. será processado após a expedição de ato do Governador do
§ 2º - O policial militar, cuja situação é de excedente, é Estado, ou de autoridades as quais tenham sido delegados
considerado como em efetivo serviço para todos os efeitos poderes para isso.
e concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade Art. 85 - A transferência para a reserva remunerada
de condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo ou a reforma não isentam o policial militar da indenização
policial militar, bem como à promoção. dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros,
§ 3º - O policial militar promovido por bravura sem nem de pagamento das pensões decorrentes de sentença
haver vaga, ocupará a primeira vaga aberta, deslocando o judicial.
princípio de promoção a ser seguido para a vaga seguinte. Art. 86 - O policial militar da ativa, enquadrado em um
§ 4º - O policial militar promovido indevidamente dos incisos I, II e V do art. 84, ou demissionário a pedido,
só contará antiguidade e receberá o número que lhe continuará no exercício de suas funções até ser desligado
competir na escala hierárquica quando a vaga que deverá da Organização Policial Militar em que serve.
preencher corresponder ao princípio pelo qual deveria ter Parágrafo único - O desligamento da Organização
sido promovido, desde que satisfaça os requisitos para Policial Militar em que serve deverá ser feito após a
promoção. publicação no Diário Oficial ou em Boletim, do ato oficial
correspondente, e não poderá exceder de 45 (quarenta e
SEÇÃO IV cinco) dias da data da primeira publicação oficial.
Do Ausente e do Desertor
SEÇÃO I
Art. 80 - É considerado ausente o policial militar que Da Transferência para a Reserva Remunerada
por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:
I – deixar de comparecer à sua organização policial Art. 87 - A passagem do Policial Militar à situação de
militar sem comunicar qualquer motivo de impedimento; inatividade, mediante transferência para a Reserva Remune-
II – ausentar-se sem licença da Unidade onde serve ou rada, se verificará “ex-ofício” ao completar 30 (trinta) anos
local onde deve permanecer. de serviço.(Nova redação dada pela Lei n° 4010/1987)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Parágrafo único. Não sendo ocupante do último posto b) somente poderá ser promovido por Antigüidade;
da hierarquia do seu Quadro, o Militar Estadual que completar c) o tempo de serviço é contado apenas para aquela
30 (trinta) anos de efetivo serviço prestado à corporação, promoção e para a transferência para a inatividade.
não computando nesta contagem de tempo, averbações a Art. 90 - Aos Oficiais do QOCPM (Quadro de Oficiais
qualquer título, será promovido ao posto imediatamente Capelães Policiais Militares) que atingirem a idade de 60
superior, antes de sua transferência para a reserva (sessenta) anos ou incidirem no caso previsto no inciso 11
remunerada. (Acrescentado pela Lei Complementar n° do art. 89 deste Estatuto, fica assegurada a transferência
212/2001) ex-offício para a reserva remunerada, com direitos e vanta-
gens previstos na legislação policial militar.
Art. 88 - (Revogado pela Lei n° 4010/1987) Art. 91 - Fica assegurado aos oficiais advogados do
Art. 89 - A transferência para a reserva remunerada, Quadro Técnico (em extinção) lotados na Consultoria Jurí-
ex-offício, verificar-se-á sempre que o policial militar incidir dica da Polícia Militar, o direito de promoção até o último
nos seguintes casos: posto previsto na hierarquia policial militar:
I – (Nova redação dada pela Lei Complementar Parágrafo único - Vetado.
n° 212/2001 e Revogado pela Lei Complementar n° Art. 92 - O oficial da reserva remunerada poderá ser
321/2005) convocado para o serviço ativo por ato do Governador
a) (Nova redação dada pela Lei Complementar do Estado para compor Conselho de Justificação, para ser
n° 212/2001 e Revogado pela Lei Complementar n° encarregado de Inquérito Policial Militar ou incumbido de
321/2005) outros procedimentos administrativos, na falta de oficial da
b) (Nova redação dada pela Lei Complementar ativa em situação hierárquica compatível com a do oficial
n° 212/2001 e Revogado pela Lei Complementar n° envolvido.
321/2005) § 1º - O oficial convocado nos termos deste artigo
II (Revogado pela Lei n° 4010/1987) terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação
III – oficial considerado não habilitado para o acesso, hierárquica, exceto quanto à promoção, a que não
em caráter definitivo, no momento em que vier a ser objeto concorrerá, e contará como acréscimo esse tempo de
de apreciação para ingresso em Quadro de acesso; serviço.
IV – ultrapassar 2 (dois) anos contínuos ou não em § 2º - A convocação de que trata este artigo, terá a
licença para tratar de interesse particular; duração necessária ao cumprimento da atividade que a
V – ultrapassar 2 (dois) anos contínuos. Em licença para ela deu origem, não devendo ser superior ao prazo de 12
tratamento de saúde de pessoa de sua família; (doze) meses, dependerá da anuência do convocado e será
VI – ser empossado em cargo público permanente precedida de inspeção de saúde.
estranho à sua carreira, cujas funções sejam de magistério; Art. 92-A. Os militares, praças e oficiais da
VII – ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuos reserva remunerada poderão retornar ao serviço ativo,
ou não, agregado em virtude de ter sido empossado em voluntariamente, mediante convocação por ato do
cargo público civil temporário, não eletivo, inclusive de Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social,
administração indireta; e para atuar prestando serviços de natureza policial ou militar,
VIII – ser diplomado em cargo eletivo na forma da em jornada semanal de 40 (quarenta) horas. (Acrescentado
alínea “b” do parágrafo único do art. 50. pela Lei Complementar n° 617/2012)
§ 1º - A transferência para a reserva processar-se-á à § 1º O militar da reserva remunerada, convocado nos
medida que o policial militar for enquadrado em um dos termos deste artigo, não integrará o quadro de militares da
incisos deste artigo. ativa; não concorrerá às promoções, exceto post-mortem;
§ 2º -. (Revogado pela Lei n° 4010/1987) submeter-se-á às regras e deveres da disciplina e hierarquia
§ 3º - A transferência para a reserva remunerada do militar.
policial militar, enquadrado no inciso VI, será efetivada § 2º Os praças convocados na forma deste artigo não
no posto ou graduação que tinha na ativa, podendo poderão ser empregados nos tipos e/ou processos de
acumular os proventos a que fizer jus na inatividade com patrulhamento ostensivo e nas atividades de combate a
remuneração do cargo para que foi nomeado. incêndios, salvo prestando serviço:
§ 4º - A nomeação do policial militar para os cargos I - de proteção e escolta de agentes públicos;
públicos de que tratam os incisos VI e VII somente poderá II - de segurança de perímetro e interior de instalações
ser feita: de serviços públicos;
a) pela autoridade federal competente, mediante III - de guarda de organização militar estadual;
requisição do Governador do Estado, quando o cargo for IV - em atividades administrativas em geral nas
da alçada federal; organizações militares estaduais;
b) pelo Governador do Estado ou mediante sua V - de busca e salvamento, em casos de calamidade
autorização, nos demais casos. pública. (§ 2º e incisos do artigo 92-A nova redação
§ 5º - Enquanto permanecer no cargo de que trata o dada pela Lei Complementar nº 871/2017)
item VII: § 3º Os oficiais convocados na forma deste artigo não
a) é-lhe assegurada a opção entre o vencimento do poderão exercer cargo ou função, devendo ser designados
cargo e a remuneração do posto ou da graduação; para prestação de serviços:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
similares), nos quais esgotados, os meios habituais de Art. 102 - O policial militar reformado por alienação
tratamento, permaneçam distúrbios extensos e definitivos, mental, enquanto não ocorrer à designação judicial do
quer ósteo-músculo-articulares residuais, quer secundários curador, terá sua remuneração paga aos seus beneficiários,
das funções nervosas, motilidade, troficidade ou demais desde que estes o tenham sob sua guarda e responsabili-
funções que tornem o indivíduo total e permanentemente dade e lhe dispensem tratamento humano e condigno.
impossibilitado para qualquer trabalho. § 1º - A interdição judicial do policial militar reformado
§ 8º - São equiparados à cegueira, não só os casos de por alienação mental deverá ser providenciada junto ao
afecções crônicas progressivas e incuráveis que conduzirão Ministério Público, por iniciativa dos beneficiários, parentes
à cegueira total, como também os de visão rudimentar que ou responsáveis, até 60 (sessenta) dias a contar da data do
apenas permitam a percepção de vultos, não suscetíveis ato da reforma.
de correção por lentes, nem removíveis por tratamento § 2º - A interdição judicial do policial militar e seu
médico-cirúrgico. internamento em instituição apropriada, policial militar ou
Art. 98 - O policial militar da ativa julgado incapaz defi- não, deverão ser providenciados pelo Comandante Geral
nitivamente por um dos motivos constantes dos itens I, II, III e da Corporação, quando:
IV do art. 97, será reformado com qualquer tempo de serviço. a) não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;
Art. 99 - O policial militar da ativa julgado incapaz de- b) não forem satisfeitas as condições de tratamento
finitivamente por um dos motivos constantes do item I do exigidas neste artigo.
art. 97, será reformado com remuneração calculada com § 3º - Os processos e os atos de registros de interdição
base no soldo correspondente ao grau hierárquico imedia- do policial militar terão andamento sumário, serão
to ao que possuir na ativa. instruídos com laudo proferido por Junta de Saúde e
§ 1º - Aplica-se o disposto neste artigo aos casos isentos de custas.
previstos nos itens II, III e IV do art. 97 quando, verificada Art. 103 - Para fins de previsto na presente Seção, as
a incapacidade definitiva, for o policial militar considerado praças especiais, constantes do quadro a que refere o art.
inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente 13, são consideradas:
I – 2º Tenente PM, os Aspirantes a Oficiais PM;
para qualquer trabalho.
II – Aspirante a Oficial PM, os Alunos Oficiais PM;
§ 2º - Considera-se, para efeito deste artigo, grau
III – 3º Sargento PM; os Alunos de Cursos de Formação
hierárquico imediato:
de Sargentos PM;
a) o de 1º Tenente PM para Aspirante a Oficial PM;
IV – Cabo PM, os Alunos do Curso de Formação de
b) o de 2º Tenente PM, para Subtenente PM, 1º
Soldados PM.
Sargento PM, 2º Sargento PM e 3º Sargento PM;
c) o de 3º Sargento PM para Cabo PM e Soldado PM.
SEÇÃO II
§ 3º - Aos benefícios previstos neste artigo e seus Da demissão, da Perda do Posto e da Patente e da
parágrafos, poderão ser acrescidos outros relativos à Declaração de Indignidade ou Incompatibilidade com
remuneração, estabelecidos em Leis específicas, desde que o Oficialato
o policial militar, ao ser reformado, já satisfaça às condições
por elas exigidas. Art. 104 - A demissão da Polícia Militar aplicada exclu-
§ 4º - Vetado. sivamente aos Oficiais, se efetua;
Art. 100 - O policial militar da ativa julgado incapaz I – a pedido;
definitivamente por um dos motivos constantes do item V II – ex-offício.
do art. 97, será reformado: Art. 105 - A demissão a pedido será concedida me-
a) com remuneração proporcional ao tempo de serviço, diante requerimento do interessado:
se oficial ou praça com estabilidade assegurada; I – sem indenização aos cofres públicos, quando contar
b) com remuneração calculada com base no soldo mais de 5 (cinco) anos de oficialato na PM;
integral do posto ou graduação desde que, com qualquer II – com indenização das despesas feitas pelo Estado
tempo de serviço, seja considerado inválido, isto é, com a sua preparação e formação quando conter menos
impossibilitado total e permanentemente para qualquer de 5 (cinco) anos de oficialato.
trabalho. § 1º - No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou
Art. 101 - O policial militar reformado por incapacidade estágio de duração igual ou superior a 6 (seis) meses e
definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde por inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado
Junta Superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retor- e não tendo decorrido mais de 3 (três) anos de seu término,
nar ao serviço ativo ou ser transferido para a reserva remu- a demissão só será concedida mediante indenização de
nerada, conforme dispuser regulamentação específica. todas as despesas correspondentes ao referido curso ou
§ 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo estágio acrescidas, se for o caso, das previstas no item II
decorrido na situação de reformado não ultrapassar 2 (dois) deste artigo e das diferenças de vencimentos.
anos e na forma do disposto no parágrafo 1º do art. 79. § 2º - No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou
§ 2º - A transferência para a reserva remunerada, estágio de duração superior a 18 (dezoito) meses, por conta
observado o limite de idade para a permanência nessa do Estado, aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior se
reserva, ocorrerá se o tempo transcorrido na situação de ainda não houver decorrido mais de 5 (cinco) anos de seu
reformado ultrapassar 2 (dois) anos. término.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 3º - O oficial demissionário a pedido não terá direito a) por conclusão de tempo de serviço;
a qualquer remuneração, sendo a sua situação militar b) por conveniência do serviço; e
definida pela Lei do Serviço Militar. c) a bem da disciplina.
§ 4º - O direito à demissão a pedido pode ser suspenso § 3º - O policial militar licenciado não terá direito a
na vigência de estado de guerra, calamidade pública, qualquer remuneração e sua situação militar será definida
perturbação da ordem interna, estado de sítio ou em caso pela Lei do Serviço Militar.
de mobilização. § 4º - O licenciado ex-offício a bem da disciplina
Art. 106 - O oficial da ativa empossado em cargo pú- receberá o certificado de isenção do serviço militar previsto
blico permanente, estranho a sua carreira e cuja função não na Lei do Serviço Militar.
seja de magistério, será, imediatamente, mediante demis- § 5º - O tempo de serviço relativo a engajamento e
são ex-offício por esse motivo, transferido para a reserva, reengajamento é de quatro anos, cada. (Acrescentado pela
onde ingressará com o posto que possuía na ativa, não Lei n° 3865/1986)
podendo acumular qualquer provento de inatividade ao Art. 111 - O Aspirante a Oficial PM e as demais praças
vencimento do cargo público permanente. empossados em cargo público permanente estranho a sua
Art. 107 - O oficial que houver perdido o posto e a carreira e cuja função não seja de magistério serão, imedia-
patente será demitido ex-offício sem direito a qualquer tamente licenciados ex-offício, sem remuneração e terão
remuneração ou indenização e terá a sua situação militar sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.
definida pela Lei do Serviço Militar. Art. 112 - O direito ao licenciamento a pedido poderá
Art. 108 - O oficial perderá o posto e a patente se for ser suspenso na vigência do estado de guerra, calamidade
declarado indigno do oficialato, ou com ele incompatível pública, perturbação da ordem interna, estado de sítio ou
por decisão do Tribunal de Justiça do Estado, em decorrên- em caso de mobilização.
cia do julgamento a que for submetido.
Parágrafo único - O Oficial declarado indigno do SEÇÃO V
oficialato, ou com ele incompatível, e condenado à perda Da Exclusão da Praça a Bem da Disciplina
de posto e patente, só poderá readquirir a situação militar
anterior por outra sentença do Tribunal de Justiça do Art. 113 - A exclusão a bem da disciplina será aplicada
Estado e nas condições nela estabelecidas. ex-offício ao Aspirante a Oficial PM e às praças com esta-
Art. 109 - Fica sujeito à declaração de indignidade bilidade assegurada:
para o oficialato, ou incompatibilidade com o mesmo por I – sobre os quais houver pronunciado tal sentença
julgamento do Tribunal de Justiça do Estado, o oficial que: o Conselho Permanente de Justiça, por haverem sido
I – for condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena condenados em sentença passada em julgado, por aquele
restritiva de liberdade individual superior a 2 (dois) anos, Conselho ou Tribunal Civil, a pena restrita de liberdade
em decorrência de sentença condenatória passada em individual superior a 2 (dois) anos ou nos crimes previstos
julgado: na legislação especial concernentes à Segurança Nacional,
II – for condenado, por sentença passada em julgado à pena de qualquer duração;
por crimes para os quais o Código Penal Militar comina II – sobre os quais houver pronunciado tal sentença o
essas penas acessórias e por crimes previstos na Legislação Conselho Permanente de Justiça, por haverem perdido a
especial concernentes à Segurança Nacional; nacionalidade brasileira;
III – incidir nos casos previstos em Lei específica, que III – que incidirem nos casos que motivarem o
motivem o julgamento por Conselho de Justificação e julgamento pelo Conselho de Disciplina previsto no art. 47
neste for considerado culpado; e neste forem considerados culpados.
IV – houver perdido a nacionalidade brasileira. Parágrafo único - O Aspirante a Oficial PM ou praça com
estabilidade assegurada que houver sido excluído a bem da
SEÇÃO IV disciplina, só poderá readquirir a situação militar anterior:
Do Licenciamento a) por outra sentença do Conselho Permanente de
Justiça e nas condições nela estabelecidas, se a exclusão
Art. 110 - O licenciamento do serviço ativo se efetua: for em conseqüência de sentença daquele Conselho.
I – a pedido; e b) por decisão do Comandante Geral de PM, se a
II – ex-offício. exclusão for em conseqüência de ter sido julgado culpado
§ 1º - O licenciamento a pedido poderá ser concedido, em Conselho de Disciplina.
uma vez que não haja prejuízo para o serviço, a praça que Art. 114 - É da competência do Comandante Geral da
tenha completado o tempo inicial obrigatório, de dois anos, PM o ato de exclusão a bem da disciplina do Aspirante e
contado da incorporação, ou que, estando engajado ou Oficial PM bem como das praças com estabilidade asse-
reengajado conte, no mínimo, a metade do tempo de serviço gurada.
a que se obrigou a servir. (Nova redação dada pela Lei n° Art. 115 - A exclusão da praça a bem da disciplina
3865/1986) acarreta a perda do seu grau hierárquico e não a isenta das
§ 2º - O licenciamento ex-offício será feito na forma indenizações dos prejuízos causados à Fazenda do Estado
do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, da Lei do ou a terceiros, nem das pensões decorrentes de sentença
Serviço Militar e do seu Regulamento: judicial.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ao referido curso, sem superposição a qualquer tempo de em órgão de administração indireta) entre si, nem com os
serviço, militar ou público eventualmente prestado durante acréscimos de tempo, para os possuidores de curso uni-
a realização deste mesmo curso; versitário, nem com o tempo de serviço computável após a
III – tempo relativo a férias não gozadas, contado em dobro; incorporação em Organização Policial Militar, matrícula em
IV – tempo de serviço público estadual prestado órgão de formação de policiais militares ou nomeação para
exclusivamente ao Governo do Estado do Espírito Santo. posto ou graduação na Polícia Militar.
§ 1º - Os acréscimos a que se referem o item I serão Parágrafo único - (Nova redação dada pela Lei
computados somente no momento da passagem do servidor n° 4568/1991 e Revogado pela Lei Complementar n°
militar à situação de inatividade e para esse fim. (Nova re- 139/1999)
dação dada pela Lei n° 4817/1993)
§ 2º - Os acréscimos a que se referem os itens II, III e IV, CAPÍTULO IV
serão computados somente no momento da passagem do Do Casamento
servidor militar á situação de inatividade e neste caso, para
todos os fins e efeitos legais, inclusive Gratificação Adicio- Art. 129 - O policial militar da ativa pode contrair ma-
nal por Tempo de Serviço e Assiduidade. (Nova redação trimônio, desde que observada a legislação civil específica.
dada pela Lei n° 4817/1993) § 1º - É vedado o casamento ao Aluno Oficial PM
§ 3º - Não é computável, para efeito algum, o tempo: e demais praças, enquanto estiverem sujeitos aos
a. que ultrapassar de 1 (um) ano, contínuo ou não, em regulamentos dos órgãos de formação de oficiais, de
licença para tratamento de saúde de pessoa da família; graduados ou de praças cujos requisitos para admissão
b. passado em licença para tratar de interesse particular; exijam a condição de solteiro, salvo em casos excepcionais
c. passado como desertor; a critério do Comandante Geral da PM.
d. decorrido em cumprimento de pena de suspensão do § 2º - O casamento com mulher estrangeira somente
exercício do posto, graduação, cargo ou função por sentença poderá ser realizado após a autorização do Comandante
passado em julgado; e Geral de PM.
e) decorrido em cumprimento de pena restritiva da Art. 130 - O Aluno Oficial PM e demais praças que
liberdade, por sentença passada em julgado, desde que contraírem matrimônio em desacordo com o § 1º do artigo
não tenha sido concedida suspensão condicional da pena, anterior serão excluídos sem direito a qualquer remunera-
quando então o tempo que exceder ao período da pena ção ou indenização.
cumprida será computado para todos os efeitos, caso as
condições estipuladas na sentença não o impeçam. CAPÍTULO V
f) passado como convocado nos termos do artigo 92-A Das Recompensas e das Dispensas do Serviço
acrescentado por esta Lei Complementar. (NR) (Nova
redação dada pela Lei Complementar n° 617/2012) Art. 131 - As recompensas constituem reconhecimen-
Art. 124 - O tempo que o policial militar passou ou vier to dos bons serviços prestados pelos policiais militares.
a passar afastado do exercício de suas funções, em conse- § 1º - São recompensas policiais militares:
qüência de ferimentos recebidos em acidente, quando em a) prêmio de Honra ao Mérito;
serviço, em operações policieis militares e manutenção da b) condecorações por serviços prestados;
ordem pública, ou de moléstia adquirida no exercício de c) elogios, louvores e referências elogiosas;
qualquer função policial militar será computado como se d) dispensas de serviço.
ele o tivesse passado no exercício efetivo daquelas funções. § 2º - As recompensas serão concedidas de acordo
Art. 125 - O tempo de serviço passado pelo policial com as normas estabelecidas nas leis e regulamentos da
militar no exercício de atividades decorrentes ou depen- Polícia Militar.
dentes de operações de guerra será regulado em legisla- Art. 132 - As dispensas de serviço são autorizações
ção específica. concedidas aos policiais militares para afastamento total
Art. 126 - O tempo de serviço dos policiais militares do serviço em caráter temporário.
beneficiados por anistia será contado como estabelecer o Art. 133 - As dispensas de serviço podem ser concedi-
ato legal que a conceder. das aos policiais militares:
Art. 127 - A data limite estabelecida para final da con- I – como recompensa;
tagem dos anos de serviço para fins de passagem para a II – para desconto em férias; e
inatividade será a do desligamento do serviço ativo. III – em decorrência de prescrição médica.
Parágrafo único - A data limite não poderá exceder Parágrafo único - As dispensas de serviços serão
de 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais o máximo de 15 concedidas com a remuneração integral e computadas
(quinze) no órgão encarregado de efetivar a transferência, como tempo de efetivo serviço.
da data da publicação do ato de transferência para a reserva
ou reforma em Diário Oficial ou Boletim da Corporação, TÍTULO V
considerada sempre a primeira publicação oficial. Disposições Finais e Transitórias
Art. 128 - Na contagem dos anos de serviço não po-
derá ser computada qualquer superposição dos tempos de Art. 134 - A assistência religiosa à Polícia Militar é re-
serviço público (federal, estadual e municipal ou passado gulada por lei específica.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Parágrafo único - Será averbado, para todos os efei- São estas, Sr. Presidente, as razões do veto parcial ao
tos legais, o tempo de serviço prestado à Polícia Militar por Projeto de Lei nº 102, que envio a V.Ex.ª, certo de que os
civis que prestarem ou prestam serviços profissionais à Po- Senhores Deputados o acolherão, já que a medida que ora
lícia Militar do Espírito Santo, desde que se tornem policiais adoto tem em mira resguardar o interesse público e a or-
militares”. dem constitucional.
Agora, os motivos por que discordo dessas emendas. Renovo a V.Ex.ª e a todos os seus ilustres pares, protes-
tos de apreço e consideração.
O parágrafo único do art. 6º pretende dar à expres-
são “atividade policial militar” uma abrangência excessiva,
inconveniente e conflitante com o art. 2º, nº 10 do Regu-
lamento para as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros 2. DECRETO-LEI 1001/1969 (ART. 1º AO 10);
Militares, aprovado pelo Decreto nº 66.862/70, pois que,
funções policiais militares são as “atividades exercidas por
policiais militares, inclusive o policiamento ostensivo, a ser-
viço da Corporação”, como conceituado naquele diploma DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE
legal federal. 1969.
O complemento final do art. 28, “a pedido do interes-
sado” estabelece prerrogativa de que não desfrutam os Código Penal Militar
militares das Forças Armadas, o que é peremptoriamente
vedado pelos art. 24 do Decreto-lei nº 667/69 e 27 do Re- Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e
gulamento baixado com o Decreto nº 66.862/70. da Aeronáutica Militar, usando das atribuições que lhes
Alcançado pelas mesmas proibições está o disposto no confere o art. 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de
§ 4º do art. 88, já que o motivo é, também, o mesmo, isto é, outubro de 1969, combinado com o § 1° do art. 2°, do Ato
pretende-se dar ao policial militar situação melhor do que Institucional n° 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam:
à assegurada aos militares.
Se, como previsto no caput do art. 91, os oficiais ad- CÓDIGO PENAL MILITAR
vogados terão direito à promoção até o posto de Coronel, PARTE GERAL
o parágrafo único é uma superfetação, uma determinação LIVRO ÚNICO
desnecessária, inútil, que nada acrescenta à idéia principal. TÍTULO I
Segundo os termos do § 4º do art. 99, também os re- DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
formados com fundamento nas Leis n.ºs 611/51 e 2 056/64,
Princípio de legalidade
passariam a ter a remuneração da inatividade calculada
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem
como base no soldo correspondente ao grau hierárquico
pena sem prévia cominação legal.
imediato ao que possuía na ativa.
Lei supressiva de incriminação
Ora, esta extensão de benefício implica, inevitavelmen-
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que
te, aumento de despesa, o que é expressamente vedado
lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em
pelo art. 45, parágrafo único, alínea “a” da Constituição Es-
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória
tadual, já que se trata do Projeto de Lei de exclusiva inicia-
irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil.
tiva do Governador do Estado. Retroatividade de lei mais benigna
Dispõe o art. 1º do projeto, que o Estatuto regula a si- § 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo,
tuação, as obrigações e os deveres, direitos e prerrogativas favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando
dos policiais militares da Polícia Militar, mas o parágrafo já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível.
único do art. 128 ordena seja averbado, para todos os efei- Apuração da maior benignidade
tos legais, o tempo prestado à Corporação pelos civis. § 2° Para se reconhecer qual a mais favorável,
É fora de dúvida que os civis, pelo fato de prestarem a lei posterior e a anterior devem ser consideradas
serviços a Polícia Militar, não estão submetidos à legisla- separadamente, cada qual no conjunto de suas normas
ção específica dessa organização, onde responsabilidades, aplicáveis ao fato.
deveres e obrigações são meticulosamente observados e Medidas de segurança
com rigores característicos dos que se dedicam à carreira Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei
das armas. vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto,
Não encontro justificativa que ampare o propósito se diversa, a lei vigente ao tempo da execução.
contido no parágrafo único do art. 128, pois me parece in- Lei excepcional ou temporária
justo que, mais tarde, esse civil, que contaria para todos os Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora
efeitos o tempo de serviço prestado à P.M., fosse concorrer decorrido o período de sua duração ou cessadas as
com aqueles militares que sempre estiveram disciplinados circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
pela legislação policial militar, na disputa de direitos, van- praticado durante sua vigência.
tagens, benefícios e prerrogativas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
I - os especialmente previstos neste Código para o e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Na-
tempo de guerra; val ou Zona Aérea, nos órgãos e unidades dos respectivos
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; territórios;
III - os crimes previstos neste Código, embora também f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo che-
o sejam com igual definição na lei penal comum ou especial, fe de Gabinete do Ministério da Aeronáutica, nos órgãos e
quando praticados, qualquer que seja o agente: serviços que lhes são subordinados;
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, es-
ocupado; tabelecimentos ou serviços previstos nas leis de organiza-
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem ção básica da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
comprometer a preparação, a eficiência ou as operações h) pelos comandantes de fôrças, unidades ou navios;
militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a Delegação do exercício
segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; § 1º Obedecidas as normas regulamentares de juris-
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial,
dição, hierarquia e comando, as atribuições enumeradas
embora não previstos neste Código, quando praticados
neste artigo poderão ser delegadas a oficiais da ativa, para
em zona de efetivas operações militares ou em território
fins especificados e por tempo limitado.
estrangeiro, militarmente ocupado.
§ 2º Em se tratando de delegação para instauração de
inquérito policial militar, deverá aquela recair em oficial de
pôsto superior ao do indiciado, seja êste oficial da ativa, da
3. DECRETO LEI Nº 1002/1969 (ART. 7º AO reserva, remunerada ou não, ou reformado.
10); § 3º Não sendo possível a designação de oficial de
pôsto superior ao do indiciado, poderá ser feita a de oficial
do mesmo pôsto, desde que mais antigo.
§ 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado,
DECRETO-LEI Nº 1.002, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969. não prevalece, para a delegação, a antiguidade de pôsto.
Designação de delegado e avocamento de inquéri-
Código de Processo Penal Militar to pelo ministro
§ 5º Se o pôsto e a antiguidade de oficial da ativa ex-
Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército cluírem, de modo absoluto, a existência de outro oficial da
e da Aeronáutica Militar , usando das atribuições que ativa nas condições do § 3º, caberá ao ministro competente
lhes confere o art. 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de a designação de oficial da reserva de pôsto mais elevado
outubro de 1969, combinado com o § 1º do art. 2º do Ato para a instauração do inquérito policial militar; e, se êste
Institucional n° 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam: estiver iniciado, avocá-lo, para tomar essa providência.
Competência da polícia judiciária militar
Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar:
TÍTULO II a) apurar os crimes militares, bem como os que, por
CAPÍTULO ÚNICO lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria;
DA POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos
membros do Ministério Público as informações necessárias
Exercício da polícia judiciária militar à instrução e julgamento dos processos, bem como realizar
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos têrmos as diligências que por êles lhe forem requisitadas;
do art. 8º, pelas seguintes autoridades, conforme as res- c) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Jus-
pectivas jurisdições: tiça Militar;
a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aero- d) representar a autoridades judiciárias militares acêrca
náutica, em todo o território nacional e fora dêle, em re- da prisão preventiva e da insanidade mental do indiciado;
lação às fôrças e órgãos que constituem seus Ministérios, e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas
bem como a militares que, neste caráter, desempenhem aos presos sob sua guarda e responsabilidade, bem como
missão oficial, permanente ou transitória, em país estran- as demais prescrições dêste Código, nesse sentido;
geiro; f) solicitar das autoridades civis as informações e me-
b) pelo chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas, didas que julgar úteis à elucidação das infrações penais,
em relação a entidades que, por disposição legal, estejam que esteja a seu cargo;
sob sua jurisdição; g) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas
c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-ge- civis as pesquisas e exames necessários ao complemento e
ral da Marinha, nos órgãos, fôrças e unidades que lhes são subsídio de inquérito policial militar;
subordinados; h) atender, com observância dos regulamentos milita-
d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante- res, a pedido de apresentação de militar ou funcionário de
-chefe da Esquadra, nos órgãos, fôrças e unidades com- repartição militar à autoridade civil competente, desde que
preendidos no âmbito da respectiva ação de comando; legal e fundamentado o pedido.
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Notificação do depoimento das testemunhas §6° – Nenhum militar estadual deverá ser interrogado em
Art. 111 – O acusado será notificado do dia e hora dos estado de embriaguez ou sob efeito de substância psicotrópica.
depoimentos das testemunhas.
Inquirição pelo defensor Atos sem a presença do acusado
§1º – Será facultado ao defensor a reinquirição das Art. 115 – O acusado deve ser intimado para o
testemunhas, por intermédio do Encarregado do Processo, interrogatório, bem como para qualquer ato que não possa
durante o respectivo depoimento. ser realizado sem a sua presença.
Perguntas impertinentes ou ofensivas Não comparecimento do acusado
§2º – O Encarregado do Processo poderá indeferir as §1º – Em caso de não comparecimento do acusado
perguntas impertinentes, ofensivas ou que não tenham re- não, o Encarregado do Processo deverá mandar conduzi-lo
lação com os fatos a serem apurados. ou requisitar a sua presença.
Ausência das partes Observação obrigatória ao acusado
§3º – O não comparecimento do acusado ou seu de- §2º – Antes de iniciar o interrogatório, o Encarregado
fensor não impedem a oitiva das testemunhas, devendo o do Processo observará ao acusado que, embora não seja
Encarregado do Processo nomear defensor “ad hoc” para obrigado a responder as perguntas que lhe forem formula-
esse ato específico. das, este constitui um meio de defesa.
Constrangimento da testemunha Não intervenção do defensor
Art. 112 – Verificando o Encarregado do Processo §3º – O interrogatório é um ato pessoal, não poden-
que a presença do acusado, pela sua atitude, possa influir do o defensor do acusado intervir ou influir, de qualquer
no ânimo da testemunha, deverá adverti-lo formalmente, modo, nas perguntas e nas respostas.
fazendo o registro nos autos, e, em persistindo na conduta, Reinquirição
deverá retirá-lo do recinto, permanecendo seu defensor. §4º – O Encarregado do Processo poderá reinquirir o
Constrangimento pelo acusado-defensor acusado, a qualquer tempo, se assim achar conveniente.
§1° – Estando o acusado fazendo a sua própria defesa, Acareação
Art. 116 – Em caso de mais de um acusado, sempre
será este alertado que poderá serretirado do recinto, sen-
que houver divergência em declarações, entre seus
do-lhe, neste caso, nomeado defensor ad hoc.
depoimentos, sobre fatos ou circunstâncias relevantes, será
admitida a acareação entre eles.
Registro
Acompanhamento do processo administrativo
§2° – Em qualquer hipótese deste artigo, será reduzida
Art. 117 – É assegurado ao acusado o direito de
a termo a ocorrência, constando os motivos que ensejaram
acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio
a providência tomada.
de defensor, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
Intimação dos atos em audiência provas e contraprovas e formular quesitos, quando se
Art. 113 – Após regularmente citado dos atos tratar de prova pericial, nos termos deste Regulamento.
praticados em audiência considerar-se-á o acusado ciente, Revelia
desde logo, para o próximo ato processual. Art. 118 – Considerar-se-á revel o acusado que,
Interrogatório do acusado regularmente citado para qualquer ato do processo
Art. 114 – Somente após o interrogatório do acusado o administrativo disciplinar, deixar de comparecer ou não
Encarregado do Processo fará a inquirição das testemunhas, apresentar defesa no prazo previsto neste Regulamento,
exceto se for inadiável a oitiva anterior, por motivo de força sem motivo justificado.
maior, ou na hipótese de revelia. Decretação da revelia
Registro nos autos §1º – A revelia será decretada, por termo, nos autos do
§1° – Em qualquer das hipóteses do caput, o motivo da processo e devolverá o prazo para defesa.
oitiva anterior será registrado no termo de inquirição. Não apresentação de defesa prévia
Intervenção §2º – Não comparecendo o acusado regularmente ci-
§2º – O interrogatório será feito pelo Encarregado do tado para apresentar defesa prévia, os fatos constantes do
Processo, não sendo permitida a intervenção de qualquer Libelo Acusatório serão reputados verdadeiros, salvo se o
outra pessoa. contrário resultar da convicção do Encarregado do Proces-
Questões de ordem so, com fundamento em outras provas do processo.
§3º – Findo o interrogatório, poderão ser levantadas Defensor “ad hoc”
questões de ordem, que o Encarregado do Processo fará §3º – Para defender o acusado revel, caso seu defen-
consignar no auto, se assim lhe for requerido. sor constituído não compareça, o Encarregado do Processo
Mais de um acusado designará defensor “ad hoc”, prosseguindo no feito.
§4º – Havendo mais de um acusado, será cada um de- Exame de sanidade mental
les interrogado separadamente, de modo que um não pos- Art. 119 – Quando houver dúvida sobre a sanidade
sa ouvir o depoimento do outro. mental do acusado, o Encarregado do Processo proporá
Perguntas não respondidas à autoridade competente que o acusado seja submetido
§5º – Consignar-se-ão as perguntas que o acusado dei- a exame por junta militar de saúde, da qual participe pelo
xar de responder e as razões que invocar para não fazê-lo. menos um médico psiquiatra, suspendendo-se os prazos
Estado de embriaguez ou efeito de psicotrópico processuais, mediante registro nos autos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
discriminações ou de uma hipossuficiência econômica ou Embora o direito à vida seja em si pouco delimitado
física, por meio da concessão de algum tipo de vantagem nos incisos que seguem o caput do artigo 5º, trata-se de um
compensatória de tais condições. dos direitos mais discutidos em termos jurisprudenciais e
Quem é contra as ações afirmativas argumenta que, sociológicos. É no direito à vida que se encaixam polêmicas
em uma sociedade pluralista, a condição de membro de discussões como: aborto de anencéfalo, pesquisa com
um grupo específico não pode ser usada como critério de células tronco, pena de morte, eutanásia, etc.
inclusão ou exclusão de benefícios. Ademais, afirma-se
que elas desprivilegiam o critério republicano do mérito Vedação à tortura
(segundo o qual o indivíduo deve alcançar determinado De forma expressa no texto constitucional destaca-se
cargo público pela sua capacidade e esforço, e não por a vedação da tortura, corolário do direito à vida, conforme
pertencer a determinada categoria); fomentariam o racismo previsão no inciso III do artigo 5º:
e o ódio; bem como ferem o princípio da isonomia por
causar uma discriminação reversa. Artigo 5º, III, CF. Ninguém será submetido a tortura nem
Por outro lado, quem é favorável às ações afirmativas a tratamento desumano ou degradante.
defende que elas representam o ideal de justiça
compensatória (o objetivo é compensar injustiças passadas, A tortura é um dos piores meios de tratamento
dívidas históricas, como uma compensação aos negros por desumano, expressamente vedada em âmbito internacional,
tê-los feito escravos, p. ex.); representam o ideal de justiça como visto no tópico anterior. No Brasil, além da disciplina
distributiva (a preocupação, aqui, é com o presente. Busca- constitucional, a Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997 define
se uma concretização do princípio da igualdade material); os crimes de tortura e dá outras providências, destacando-
bem como promovem a diversidade. se o artigo 1º:
Neste sentido, as discriminações legais asseguram
a verdadeira igualdade, por exemplo, com as ações Art. 1º Constitui crime de tortura:
afirmativas, a proteção especial ao trabalho da mulher e I - constranger alguém com emprego de violência ou
do menor, as garantias aos portadores de deficiência, entre grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
outras medidas que atribuam a pessoas com diferentes a) com o fim de obter informação, declaração ou
condições, iguais possibilidades, protegendo e respeitando confissão da vítima ou de terceira pessoa;
suas diferenças2. Tem predominado em doutrina e b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
jurisprudência, inclusive no Supremo Tribunal Federal, que c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
as ações afirmativas são válidas. II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou
autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a
- Direito à vida intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
Abrangência castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
O caput do artigo 5º da Constituição assegura a Pena - reclusão, de dois a oito anos.
proteção do direito à vida. A vida humana é o centro § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa
gravitacional em torno do qual orbitam todos os direitos presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico
da pessoa humana, possuindo reflexos jurídicos, políticos, ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto
econômicos, morais e religiosos. Daí existir uma dificuldade em lei ou não resultante de medida legal.
em conceituar o vocábulo vida. Logo, tudo aquilo que uma § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas,
pessoa possui deixa de ter valor ou sentido se ela perde quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na
a vida. Sendo assim, a vida é o bem principal de qualquer pena de detenção de um a quatro anos.
pessoa, é o primeiro valor moral inerente a todos os seres § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou
humanos3. gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se
No tópico do direito à vida tem-se tanto o direito de resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
nascer/permanecer vivo, o que envolve questões como § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
pena de morte, eutanásia, pesquisas com células-tronco e I - se o crime é cometido por agente público;
aborto; quanto o direito de viver com dignidade, o que II – se o crime é cometido contra criança, gestante,
engloba o respeito à integridade física, psíquica e moral, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60
incluindo neste aspecto a vedação da tortura, bem como (sessenta) anos;
a garantia de recursos que permitam viver a vida com III - se o crime é cometido mediante sequestro.
dignidade. § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função
2 SANFELICE, Patrícia de Mello. Comentários aos artigos I e ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo
II. In: BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração dobro do prazo da pena aplicada.
Universal dos Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008, § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de
p. 08. graça ou anistia.
3 BARRETO, Ana Carolina Rossi; IBRAHIM, Fábio Zambit- § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo
te. Comentários aos Artigos III e IV. In: BALERA, Wagner a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em
(Coord.). Comentários à Declaração Universal dos Direi- regime fechado.
tos do Homem. Brasília: Fortium, 2008, p. 15.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
- Direito à liberdade Tem-se, ainda, a seguinte previsão no artigo 5º, IX, CF:
O caput do artigo 5º da Constituição assegura a
proteção do direito à liberdade, delimitada em alguns Artigo 5º, IX, CF. É livre a expressão da atividade
incisos que o seguem. intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença.
Liberdade e legalidade
Prevê o artigo 5º, II, CF: Consolida-se outra perspectiva da liberdade de
expressão, referente de forma específica a atividades
Artigo 5º, II, CF. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar intelectuais, artísticas, científicas e de comunicação.
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Dispensa-se, com relação a estas, a exigência de licença
para a manifestação do pensamento, bem como veda-se a
O princípio da legalidade se encontra delimitado neste censura prévia.
inciso, prevendo que nenhuma pessoa será obrigada a fazer A respeito da censura prévia, tem-se não cabe impedir
ou deixar de fazer alguma coisa a não ser que a lei assim a divulgação e o acesso a informações como modo de
determine. Assim, salvo situações previstas em lei, a pessoa controle do poder. A censura somente é cabível quando
tem liberdade para agir como considerar conveniente. necessária ao interesse público numa ordem democrática,
Portanto, o princípio da legalidade possui estrita por exemplo, censurar a publicação de um conteúdo de
relação com o princípio da liberdade, posto que, a priori, exploração sexual infanto-juvenil é adequado.
tudo à pessoa é lícito. Somente é vedado o que a lei O direito à resposta (artigo 5º, V, CF) e o direito
expressamente estabelecer como proibido. A pessoa à indenização (artigo 5º, X, CF) funcionam como a
pode fazer tudo o que quiser, como regra, ou seja, agir de contrapartida para aquele que teve algum direito seu
qualquer maneira que a lei não proíba. violado (notadamente inerentes à privacidade ou à
personalidade) em decorrência dos excessos no exercício
Liberdade de pensamento e de expressão da liberdade de expressão.
O artigo 5º, IV, CF prevê:
Liberdade de crença/religiosa
Artigo 5º, IV, CF. É livre a manifestação do pensamento,
Dispõe o artigo 5º, VI, CF:
sendo vedado o anonimato.
Artigo 5º, VI, CF. É inviolável a liberdade de consciência
Consolida-se a afirmação simultânea da liberdade de
e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
pensamento e da liberdade de expressão.
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
Em primeiro plano tem-se a liberdade de pensamento.
Afinal, “o ser humano, através dos processos internos de locais de culto e a suas liturgias.
reflexão, formula juízos de valor. Estes exteriorizam nada
mais do que a opinião de seu emitente. Assim, a regra Cada pessoa tem liberdade para professar a sua fé
constitucional, ao consagrar a livre manifestação do como bem entender dentro dos limites da lei. Não há uma
pensamento, imprime a existência jurídica ao chamado crença ou religião que seja proibida, garantindo-se que a
direito de opinião”4. Em outras palavras, primeiro existe o profissão desta fé possa se realizar em locais próprios.
direito de ter uma opinião, depois o de expressá-la. Nota-se que a liberdade de religião engloba 3
No mais, surge como corolário do direito à liberdade tipos distintos, porém intrinsecamente relacionados de
de pensamento e de expressão o direito à escusa por liberdades: a liberdade de crença; a liberdade de culto; e a
convicção filosófica ou política: liberdade de organização religiosa.
Consoante o magistério de José Afonso da Silva5, entra
Artigo 5º, VIII, CF. Ninguém será privado de direitos por na liberdade de crença a liberdade de escolha da religião,
motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou a liberdade de aderir a qualquer seita religiosa, a liberdade
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação (ou o direito) de mudar de religião, além da liberdade
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação de não aderir a religião alguma, assim como a liberdade
alternativa, fixada em lei. de descrença, a liberdade de ser ateu e de exprimir o
agnosticismo, apenas excluída a liberdade de embaraçar o
Trata-se de instrumento para a consecução do direito livre exercício de qualquer religião, de qualquer crença. A
assegurado na Constituição Federal – não basta permitir que liberdade de culto consiste na liberdade de orar e de praticar
se pense diferente, é preciso respeitar tal posicionamento. os atos próprios das manifestações exteriores em casa ou
Com efeito, este direito de liberdade de expressão é em público, bem como a de recebimento de contribuições
limitado. Um destes limites é o anonimato, que consiste na para tanto. Por fim, a liberdade de organização religiosa
garantia de atribuir a cada manifestação uma autoria certa refere-se à possibilidade de estabelecimento e organização
e determinada, permitindo eventuais responsabilizações de igrejas e suas relações com o Estado.
por manifestações que contrariem a lei. Como decorrência do direito à liberdade religiosa,
4 ARAÚJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Ser- assegurando o seu exercício, destaca-se o artigo 5º, VII, CF:
rano. Curso de direito constitucional. 10. ed. São Paulo: 5 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional
Saraiva, 2006. positivo. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 5º, VII, CF. É assegurada, nos termos da lei, a Artigo 5º, XXXIII, CF. Todos têm direito a receber dos
prestação de assistência religiosa nas entidades civis e órgãos públicos informações de seu interesse particular,
militares de internação coletiva. ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
O dispositivo refere-se não só aos estabelecimentos aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
prisionais civis e militares, mas também a hospitais. sociedade e do Estado.
Ainda, surge como corolário do direito à liberdade
religiosa o direito à escusa por convicção religiosa: A respeito, a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011
regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII
Artigo 5º, VIII, CF. Ninguém será privado de direitos do art. 5º, CF, também conhecida como Lei do Acesso à
por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica Informação.
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação Não obstante, estabelece o artigo 5º, XXXIV, CF:
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei. Artigo 5º, XXXIV, CF. São a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas:
Sempre que a lei impõe uma obrigação a todos, a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa
por exemplo, a todos os homens maiores de 18 anos o de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
alistamento militar, não cabe se escusar, a não ser que b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
tenha fundado motivo em crença religiosa ou convicção para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
filosófica/política, caso em que será obrigado a cumprir interesse pessoal.
uma prestação alternativa, isto é, uma outra atividade que
não contrarie tais preceitos. Quanto ao direito de petição, de maneira prática,
cumpre observar que o direito de petição deve resultar
Liberdade de informação em uma manifestação do Estado, normalmente dirimindo
O direito de acesso à informação também se liga a uma (resolvendo) uma questão proposta, em um verdadeiro
dimensão do direito à liberdade. Neste sentido, prevê o exercício contínuo de delimitação dos direitos e obrigações
artigo 5º, XIV, CF: que regulam a vida social e, desta maneira, quando
“dificulta a apreciação de um pedido que um cidadão quer
Artigo 5º, XIV, CF. É assegurado a todos o acesso à apresentar” (muitas vezes, embaraçando-lhe o acesso à
informação e resguardado o sigilo da fonte, quando Justiça); “demora para responder aos pedidos formulados”
necessário ao exercício profissional. (administrativa e, principalmente, judicialmente) ou “impõe
restrições e/ou condições para a formulação de petição”,
Trata-se da liberdade de informação, consistente traz a chamada insegurança jurídica, que traz desesperança
na liberdade de procurar e receber informações e ideias e faz proliferar as desigualdades e as injustiças.
por quaisquer meios, independente de fronteiras, sem Dentro do espectro do direito de petição se insere, por
interferência. exemplo, o direito de solicitar esclarecimentos, de solicitar
A liberdade de informação tem um caráter passivo, ao cópias reprográficas e certidões, bem como de ofertar
passo que a liberdade de expressão tem uma característica denúncias de irregularidades. Contudo, o constituinte,
ativa, de forma que juntas formam os aspectos ativo e talvez na intenção de deixar clara a obrigação dos Poderes
passivo da exteriorização da liberdade de pensamento: Públicos em fornecer certidões, trouxe a letra b) do inciso,
não basta poder manifestar o seu próprio pensamento, é o que gera confusões conceituais no sentido do direito de
preciso que ele seja ouvido e, para tanto, há necessidade obter certidões ser dissociado do direito de petição.
de se garantir o acesso ao pensamento manifestado para Por fim, relevante destacar a previsão do artigo 5º, LX,
a sociedade. CF:
Por sua vez, o acesso à informação envolve o
direito de todos obterem informações claras, precisas e Artigo 5º, LX, CF. A lei só poderá restringir a publicidade
verdadeiras a respeito de fatos que sejam de seu interesse, dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
notadamente pelos meios de comunicação imparciais e não interesse social o exigirem.
monopolizados (artigo 220, CF). No entanto, nem sempre
é possível que a imprensa divulgue com quem obteve Logo,o processo, em regra, não será sigiloso. Apenas
a informação divulgada, sem o que a segurança desta o será quando a intimidade merecer preservação (ex:
poderia ficar prejudicada e a informação inevitavelmente processo criminal de estupro ou causas de família em
não chegaria ao público. geral) ou quando o interesse social exigir (ex: investigações
Especificadamente quanto à liberdade de informação que possam ser comprometidas pela publicidade). A
no âmbito do Poder Público, merecem destaque algumas publicidade é instrumento para a efetivação da liberdade
previsões. de informação.
Primeiramente, prevê o artigo 5º, XXXIII, CF:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A propriedade, segundo Silva11, “[...] não pode mais A Constituição Federal prevê a possibilidade de
ser considerada como um direito individual nem como desapropriação por desatendimento à função social:
instituição do direito privado. [...] embora prevista entre os
direitos individuais, ela não mais poderá ser considerada Artigo 182, § 4º, CF. É facultado ao Poder Público
puro direito individual, relativizando-se seu conceito e municipal, mediante lei específica para área incluída no
significado, especialmente porque os princípios da ordem plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário
econômica são preordenados à vista da realização de do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
seu fim: assegurar a todos existência digna, conforme os utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
ditames da justiça social. Se é assim, então a propriedade pena, sucessivamente, de:
privada, que, ademais, tem que atender a sua função social, I - parcelamento ou edificação compulsórios;
fica vinculada à consecução daquele princípio”. II - imposto sobre a propriedade predial e territorial
Com efeito, a proteção da propriedade privada está urbana progressivo no tempo;
limitada ao atendimento de sua função social, sendo este o
III - desapropriação com pagamento mediante títulos
requisito que a correlaciona com a proteção da dignidade da
da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
pessoa humana. A propriedade de bens e valores em geral
Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
é um direito assegurado na Constituição Federal e, como
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
todos os outros, se encontra limitado pelos demais princípios
conforme melhor se atenda à dignidade do ser humano. da indenização e os juros legais13.
A Constituição Federal delimita o que se entende por
função social: Artigo 184, CF. Compete à União desapropriar por
interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural
Art. 182, caput, CF. A política de desenvolvimento que não esteja cumprindo sua função social, mediante
urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária,
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no
o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
garantir o bem-estar de seus habitantes. emissão, e cuja utilização será definida em lei14.
Artigo 182, § 1º, CF. O plano diretor, aprovado pela Artigo 184, § 1º, CF. As benfeitorias úteis e necessárias
Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de serão indenizadas em dinheiro.
vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana. No que tange à desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, prevê o artigo 5º, XXIV, CF:
Artigo 182, § 2º, CF. A propriedade urbana cumpre sua
função social quando atende às exigências fundamentais de Artigo 5º, XXIV, CF. A lei estabelecerá o procedimento
ordenação da cidade expressas no plano diretor12. para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou
por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
Artigo 186, CF. A função social é cumprida quando dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.
a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos Ainda, prevê o artigo 182, § 3º, CF:
seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
Artigo 182, §3º, CF. As desapropriações de imóveis
II - utilização adequada dos recursos naturais
urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em
disponíveis e preservação do meio ambiente;
dinheiro.
III - observância das disposições que regulam as relações
de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos 13 Nota-se que antes de se promover a desapropriação de
proprietários e dos trabalhadores. imóvel urbano por desatendimento à função social é necessá-
rio tomar duas providências, sucessivas: primeiro, o parcela-
Desapropriação mento ou edificação compulsórios; depois, o estabelecimento
No caso de desrespeito à função social da propriedade de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
cabe até mesmo desapropriação do bem, de modo progressivo no tempo. Se ambas medidas restarem inefica-
que pode-se depreender do texto constitucional duas zes, parte-se para a desapropriação por desatendimento à
possibilidades de desapropriação: por desrespeito à função função social.
social e por necessidade ou utilidade pública. 14 A desapropriação em decorrência do desatendimento da
11 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional função social é indenizada, mas não da mesma maneira que
positivo. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, já que
12 Instrumento básico de um processo de planejamento mu- na primeira há violação do ordenamento constitucional pelo
nicipal para a implantação da política de desenvolvimento ur- proprietário, mas na segunda não. Por isso, indeniza-se em
bano, norteando a ação dos agentes públicos e privados (Lei títulos da dívida agrária, que na prática não são tão valoriza-
n. 10.257/2001 - Estatuto da cidade). dos quanto o dinheiro.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Tem-se, ainda o artigo 184, §§ 2º e 3º, CF: Outra questão reside na chamada tredestinação,
pela qual há a destinação de um bem expropriado
Artigo 184, §2º, CF. O decreto que declarar o imóvel (desapropriação) a finalidade diversa da que se planejou
como de interesse social, para fins de reforma agrária, inicialmente. A tredestinação pode ser lícita ou ilícita. Será
autoriza a União a propor a ação de desapropriação. ilícita quando resultante de desvio do propósito original;
e será lícita quando a Administração Pública dê ao bem
Artigo 184, §3º, CF. Cabe à lei complementar estabelecer finalidade diversa, porém preservando a razão do interesse
procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o público.
processo judicial de desapropriação.
Política agrária e reforma agrária
A desapropriação por utilidade ou necessidade Enquanto desdobramento do direito à propriedade
pública deve se dar mediante prévia e justa indenização imóvel e da função social desta propriedade, tem-se ainda
em dinheiro. O Decreto-lei nº 3.365/1941 a disciplina, o artigo 5º, XXVI, CF:
delimitando o procedimento e conceituando utilidade
pública, em seu artigo 5º: Artigo 5º, XXVI, CF. A pequena propriedade rural,
assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
Artigo 5º, Decreto-lei n. 3.365/1941. Consideram-se não será objeto de penhora para pagamento de débitos
casos de utilidade pública: decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre
a) a segurança nacional; os meios de financiar o seu desenvolvimento.
b) a defesa do Estado;
c) o socorro público em caso de calamidade; Assim, se uma pessoa é mais humilde e tem uma
d) a salubridade pública; pequena propriedade será assegurado que permaneça
e) a criação e melhoramento de centros de população, com ela e a torne mais produtiva.
seu abastecimento regular de meios de subsistência; A preservação da pequena propriedade em detrimento
dos grandes latifúndios improdutivos é uma das diretrizes-
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas
guias da regulamentação da política agrária brasileira, que
minerais, das águas e da energia hidráulica;
tem como principal escopo a realização da reforma agrária.
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração,
Parte da questão financeira atinente à reforma agrária
casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;
se encontra prevista no artigo 184, §§ 4º e 5º, CF:
h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou
Artigo 184, §4º, CF. O orçamento fixará anualmente
logradouros públicos; a execução de planos de urbanização;
o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o
o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua
montante de recursos para atender ao programa de reforma
melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a agrária no exercício.
construção ou ampliação de distritos industriais;
j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo; Artigo 184, §5º, CF. São isentas de impostos federais,
k) a preservação e conservação dos monumentos estaduais e municipais as operações de transferência de
históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a
manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou Como a finalidade da reforma agrária é transformar
característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais terras improdutivas e grandes propriedades em atinentes
particularmente dotados pela natureza; à função social, alguns imóveis rurais não podem ser
l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, abrangidos pela reforma agrária:
documentos e outros bens moveis de valor histórico ou
artístico; Art. 185, CF. São insuscetíveis de desapropriação para
m) a construção de edifícios públicos, monumentos fins de reforma agrária:
comemorativos e cemitérios; I - a pequena e média propriedade rural, assim definida
n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de em lei, desde que seu proprietário não possua outra;
pouso para aeronaves; II - a propriedade produtiva.
o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à
natureza científica, artística ou literária; propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento
p) os demais casos previstos por leis especiais. dos requisitos relativos a sua função social.
Um grande problema que faz com que processos Sobre as diretrizes da política agrícola, prevê o artigo
que tenham a desapropriação por objeto se estendam é 187:
a indevida valorização do imóvel pelo Poder Público, que
geralmente pretende pagar valor muito abaixo do devido, Art. 187, CF. A política agrícola será planejada e
necessitando o Judiciário intervir em prol da correta executada na forma da lei, com a participação efetiva do
avaliação. setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
rurais, bem como dos setores de comercialização, de § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo
armazenamento e de transportes, levando em conta, possuidor mais de uma vez.
especialmente: § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por
I - os instrumentos creditícios e fiscais; usucapião.
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a
garantia de comercialização; Além dos requisitos gerais (animus e posse que seja
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia; pública, pacífica, ininterrupta e contínua), são exigidos os
IV - a assistência técnica e extensão rural; seguintes requisitos específicos:
V - o seguro agrícola; a) Área urbana – há controvérsia. Pela teoria da
VI - o cooperativismo; localização, área urbana é a que está dentro do perímetro
VII - a eletrificação rural e irrigação; urbano. Pela teoria da destinação, mais importante que
VIII - a habitação para o trabalhador rural. a localização é a sua utilização. Ex.: se tem fins agrícolas/
§ 1º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades pecuários e estiver dentro do perímetro urbana, o imóvel é
agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais. rural. Para fins de usucapião a maioria diz que prevalece a
§ 2º Serão compatibilizadas as ações de política teoria da localização.
agrícola e de reforma agrária. b) Imóveis até 250 m² – Pode dentro de uma posse
maior isolar área de 250m² e ingressar com a ação? A
As terras devolutas e públicas serão destinadas jurisprudência é pacífica que a posse desde o início deve
conforme a política agrícola e o plano nacional de reforma ficar restrita a 250m². Predomina também que o terreno
agrária (artigo 188, caput, CF). Neste sentido, “a alienação ou deve ter 250m², não a área construída (a área de um
a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área sobrado, por exemplo, pode ser maior que a de um terreno).
superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física c) 5 anos – houve controvérsia porque a Constituição
ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de Federal de 1988 que criou esta modalidade. E se antes
prévia aprovação do Congresso Nacional”, salvo no caso de 05 de outubro de 1988 uma pessoa tivesse há 4 anos
de alienações ou concessões de terras públicas para fins de
dentro do limite da usucapião urbana? Predominou que
reforma agrária (artigo 188, §§ 1º e 2º, CF).
só corria o prazo a partir da criação do instituto, não só
Os que forem favorecidos pela reforma agrária
porque antes não existia e o prazo não podia correr, como
(homens, mulheres, ambos, qualquer estado civil) não
também não se poderia prejudicar o proprietário.
poderão negociar seus títulos pelo prazo de 10 anos (artigo
d) Moradia sua ou de sua família – não basta ter posse,
189, CF).
é preciso que a pessoa more, sozinha ou com sua família,
Consta, ainda, que “a lei regulará e limitará a aquisição
ao longo de todo o prazo (não só no início ou no final).
ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa
Logo, não cabe acessio temporis por cessão da posse.
física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que
dependerão de autorização do Congresso Nacional” (artigo e) Nenhum outro imóvel, nem urbano, nem rural, no
190, CF). Brasil. O usucapiente não prova isso, apenas alega. Se
alguém não quiser a usucapião, prova o contrário. Este
Usucapião requisito é verificado no momento em que completa 5
Usucapião é o modo originário de aquisição da anos.
propriedade que decorre da posse prolongada por um Em relação à previsão da usucapião especial rural,
longo tempo, preenchidos outros requisitos legais. Em destaca-se o artigo 191, CF:
outras palavras, usucapião é uma situação em que alguém
tem a posse de um bem por um tempo longo, sem ser Art. 191, CF. Aquele que, não sendo proprietário de
incomodado, a ponto de se tornar proprietário. imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos
A Constituição regulamenta o acesso à propriedade ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural,
mediante posse prolongada no tempo – usucapião – em não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva
casos específicos, denominados usucapião especial urbana por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia,
e usucapião especial rural. adquirir-lhe-á a propriedade.
O artigo 183 da Constituição regulamenta a usucapião Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão
especial urbana: adquiridos por usucapião.
Art. 183, CF. Aquele que possuir como sua área urbana Além dos requisitos gerais (animus e posse que seja
de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco pública, pacífica, ininterrupta e contínua), são exigidos os
anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para seguintes requisitos específicos:
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, a) Imóvel rural
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou b) 50 hectares, no máximo – há também legislação que
rural. estabelece um limite mínimo, o módulo rural (Estatuto da
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso Terra). É possível usucapir áreas menores que o módulo
serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, rural? Tem prevalecido o entendimento de que pode, mas
independentemente do estado civil. é assunto muito controverso.
49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
c) 5 anos – pode ser considerado o prazo antes 05 de se enriqueça ilicitamente, se aproveite de maneira indevida
outubro de 1988 (Constituição Federal)? Depende. Se a da posição menos favorável e de vulnerabilidade técnica
área é de até 25 hectares sim, pois já havia tal possibilidade do consumidor.
antes da CF/88. Se área for maior (entre 25 ha e 50 ha) não. O Direito do Consumidor pode ser considerado um
d) Moradia sua ou de sua família – a pessoa deve morar ramo recente do Direito. No Brasil, a legislação que o
na área rural. regulamentou foi promulgada nos anos 90, qual seja
e) Nenhum outro imóvel. a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, conforme
f) O usucapiente, com seu trabalho, deve ter tornado determinado pela Constituição Federal de 1988, que
a área produtiva. Por isso, é chamado de usucapião “pro também estabeleceu no artigo 48 do Ato das Disposições
labore”. Dependerá do caso concreto. Constitucionais Transitórias:
50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Os direitos morais do autor, que são imprescritíveis, Finalmente, Cappelletti e Garth18 apontam uma terceira
inalienáveis e irrenunciáveis, envolvem, basicamente, o onda consistente no surgimento de uma concepção
direito de reivindicar a autoria da obra, ter seu nome mais ampla de acesso à justiça, considerando o conjunto
divulgado na utilização desta, assegurar a integridade de instituições, mecanismos, pessoas e procedimentos
desta ou modificá-la e retirá-la de circulação se esta passar utilizados: “[...] esse enfoque encoraja a exploração de
a afrontar sua honra ou imagem. uma ampla variedade de reformas, incluindo alterações
Já os direitos patrimoniais do autor, nos termos dos nas formas de procedimento, mudanças na estrutura dos
artigos 41 a 44 da Lei nº 9.610/98, prescrevem em 70 anos tribunais ou a criação de novos tribunais, o uso de pessoas
contados do primeiro ano seguinte à sua morte ou do leigas ou paraprofissionais, tanto como juízes quanto
falecimento do último coautor, ou contados do primeiro como defensores, modificações no direito substantivo
ano seguinte à divulgação da obra se esta for de natureza destinadas a evitar litígios ou facilitar sua solução e a
audiovisual ou fotográfica. Estes, por sua vez, abrangem, utilização de mecanismos privados ou informais de solução
basicamente, o direito de dispor sobre a reprodução, dos litígios. Esse enfoque, em suma, não receia inovações
edição, adaptação, tradução, utilização, inclusão em bases radicais e compreensivas, que vão muito além da esfera de
de dados ou qualquer outra modalidade de utilização; representação judicial”.
sendo que estas modalidades de utilização podem se dar a Assim, dentro da noção de acesso à justiça, diversos
título oneroso ou gratuito. aspectos podem ser destacados: de um lado, deve criar-se o
“Os direitos autorais, também conhecidos como Poder Judiciário e se disponibilizar meios para que todas as
copyright (direito de cópia), são considerados bens móveis, pessoas possam buscá-lo; de outro lado, não basta garantir
podendo ser alienados, doados, cedidos ou locados. meios de acesso se estes forem insuficientes, já que para
Ressalte-se que a permissão a terceiros de utilização que exista o verdadeiro acesso à justiça é necessário que se
de criações artísticas é direito do autor. [...] A proteção aplique o direito material de maneira justa e célere.
constitucional abrange o plágio e a contrafação. Enquanto Relacionando-se à primeira onda de acesso à justiça,
que o primeiro caracteriza-se pela difusão de obra criada ou prevê a Constituição em seu artigo 5º, XXXV:
produzida por terceiros, como se fosse própria, a segunda
configura a reprodução de obra alheia sem a necessária Artigo 5º, XXXV, CF. A lei não excluirá da apreciação do
permissão do autor”15. Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
preciso proporcionar um trâmite que dure nem mais e nem Por fim, a competência para julgamento é dos crimes
menos que o necessário para a efetiva realização da justiça dolosos (em que há intenção ou ao menos se assume o
no caso concreto. risco de produção do resultado) contra a vida, que são:
homicídio, aborto, induzimento, instigação ou auxílio a
- Direitos constitucionais-penais suicídio e infanticídio. Sua competência não é absoluta e é
mitigada, por vezes, pela própria Constituição (artigos 29,
Juiz natural e vedação ao juízo ou tribunal de X / 102, I, b) e c) / 105, I, a) / 108, I).
exceção
Quando o artigo 5º, LIII, CF menciona: Anterioridade e irretroatividade da lei
O artigo 5º, XXXIX, CF preconiza:
Artigo 5º, LIII, CF. Ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente”, consolida Artigo5º, XXXIX, CF. Não há crime sem lei anterior que
o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
o princípio do juiz natural que assegura a toda pessoa o
direito de conhecer previamente daquele que a julgará no
É a consagração da regra do nullum crimen nulla poena
processo em que seja parte, revestindo tal juízo em jurisdição
sine praevia lege. Simultaneamente, se assegura o princípio
competente para a matéria específica do caso antes mesmo da legalidade (ou reserva legal), na medida em que não
do fato ocorrer. há crime sem lei que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal, e o princípio da anterioridade, posto que
Por sua vez, um desdobramento deste princípio não há crime sem lei anterior que o defina.
encontra-se no artigo 5º, XXXVII, CF: Ainda no que tange ao princípio da anterioridade, tem-
se o artigo 5º, XL, CF:
Artigo 5º, XXXVII, CF. Não haverá juízo ou tribunal de
exceção. Artigo 5º, XL, CF. A lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu.
Juízo ou Tribunal de Exceção é aquele especialmente
criado para uma situação pretérita, bem como não O dispositivo consolida outra faceta do princípio da
reconhecido como legítimo pela Constituição do país. anterioridade: se, por um lado, é necessário que a lei tenha
definido um fato como crime e dado certo tratamento
Tribunal do júri penal a este fato (ex.: pena de detenção ou reclusão, tempo
A respeito da competência do Tribunal do júri, prevê o de pena, etc.) antes que ele ocorra; por outro lado, se vier
artigo 5º, XXXVIII, CF: uma lei posterior ao fato que o exclua do rol de crimes ou
que confira tratamento mais benéfico (diminuindo a pena
Artigo 5º, XXXVIII. É reconhecida a instituição do júri, ou alterando o regime de cumprimento, notadamente),
com a organização que lhe der a lei, assegurados: ela será aplicada. Restam consagrados tanto o princípio
a) a plenitude de defesa; da irretroatividade da lei penal in pejus quanto o da
b) o sigilo das votações; retroatividade da lei penal mais benéfica.
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos Menções específicas a crimes
contra a vida. O artigo 5º, XLI, CF estabelece:
52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Não obstante, preconiza ao artigo 5º, XLIII, CF: flagrante a injustiça se fosse possível alguém responder
pelos atos ilícitos de outrem: caso contrário, a reação, ao
Artigo 5º, XLIII, CF. A lei considerará crimes inafiançáveis invés de restringir-se ao malfeitor, alcançaria inocentes.
e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o Contudo, se uma pessoa deixou patrimônio e faleceu, este
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo patrimônio responderá pelas repercussões financeiras do
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo ilícito.
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
omitirem. Individualização da pena
A individualização da pena tem por finalidade
Anistia, graça e indulto diferenciam-se nos seguintes concretizar o princípio de que a responsabilização penal é
termos: a anistia exclui o crime, rescinde a condenação e sempre pessoal, devendo assim ser aplicada conforme as
extingue totalmente a punibilidade, a graça e o indulto peculiaridades do agente.
apenas extinguem a punibilidade, podendo ser parciais; A primeira menção à individualização da pena se
a anistia, em regra, atinge crimes políticos, a graça e o encontra no artigo 5º, XLVI, CF:
indulto, crimes comuns; a anistia pode ser concedida pelo
Poder Legislativo, a graça e o indulto são de competência Artigo 5º, XLVI, CF. A lei regulará a individualização da
exclusiva do Presidente da República; a anistia pode ser pena e adotará, entre outras, as seguintes:
concedida antes da sentença final ou depois da condenação a) privação ou restrição da liberdade;
irrecorrível, a graça e o indulto pressupõem o trânsito b) perda de bens;
em julgado da sentença condenatória; graça e o indulto c) multa;
apenas extinguem a punibilidade, persistindo os efeitos do d) prestação social alternativa;
crime, apagados na anistia; graça é em regra individual e e) suspensão ou interdição de direitos.
solicitada, enquanto o indulto é coletivo e espontâneo.
Não cabe graça, anistia ou indulto (pode-se considerar Pelo princípio da individualização da pena, a pena
que o artigo o abrange, pela doutrina majoritária) contra deve ser individualizada nos planos legislativo, judiciário
crimes de tortura, tráfico, terrorismo (TTT) e hediondos e executório, evitando-se a padronização a sanção penal.
(previstos na Lei nº 8.072 de 25 de julho de 1990). Além A individualização da pena significa adaptar a pena ao
disso, são crimes que não aceitam fiança. condenado, consideradas as características do agente e do
Ainda, prevê o artigo 5º, XLIV, CF: delito.
A pena privativa de liberdade é aquela que restringe,
Artigo 5º, XLIV, CF. Constitui crime inafiançável e com maior ou menor intensidade, a liberdade do
imprescritível a ação de grupos armados, civis ou condenado, consistente em permanecer em algum
militares, contra a ordem constitucional e o Estado estabelecimento prisional, por um determinado tempo.
Democrático. A pena de multa ou patrimonial opera uma diminuição
do patrimônio do indivíduo delituoso.
Por fim, dispõe a CF sobre a possibilidade de extradição A prestação social alternativa corresponde às penas
de brasileiro naturalizado caso esteja envolvido com tráfico restritivas de direitos, autônomas e substitutivas das penas
ilícito de entorpecentes: privativas de liberdade, estabelecidas no artigo 44 do
Código Penal.
Artigo 5º, LI, CF. Nenhum brasileiro será extraditado, Por seu turno, a individualização da pena deve também
salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado se fazer presente na fase de sua execução, conforme se
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento depreende do artigo 5º, XLVIII, CF:
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei. Artigo 5º, XLVIII, CF. A pena será cumprida em
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do
Personalidade da pena delito, a idade e o sexo do apenado.
A personalidade da pena encontra respaldo no artigo
5º, XLV, CF: A distinção do estabelecimento conforme a natureza do
delito visa impedir que a prisão se torne uma faculdade do
Artigo 5º, XLV, CF. Nenhuma pena passará da pessoa crime. Infelizmente, o Estado não possui aparato suficiente
do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e para cumprir tal diretiva, diferenciando, no máximo, o nível
a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, de segurança das prisões. Quanto à idade, destacam-se
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o as Fundações Casas, para cumprimento de medida por
limite do valor do patrimônio transferido. menores infratores. Quanto ao sexo, prisões costumam ser
exclusivamente para homens ou para mulheres.
O princípio da personalidade encerra o comando de Também se denota o respeito à individualização da
o crime ser imputado somente ao seu autor, que é, por pena nesta faceta pelo artigo 5º, L, CF:
seu turno, a única pessoa passível de sofrer a sanção. Seria
53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 5º, L, CF. Às presidiárias serão asseguradas Artigo 5º, XLIX, CF. É assegurado aos presos o respeito
condições para que possam permanecer com seus filhos à integridade física e moral.
durante o período de amamentação.
Obviamente, o desrespeito à integridade física e moral
Preserva-se a individualização da pena porque é do preso é uma violação do princípio da dignidade da
tomada a condição peculiar da presa que possui filho no pessoa humana.
período de amamentação, mas também se preserva a Dois tipos de tratamentos que violam esta integridade
dignidade da criança, não a afastando do seio materno de estão mencionados no próprio artigo 5º da Constituição
maneira precária e impedindo a formação de vínculo pela Federal. Em primeiro lugar, tem-se a vedação da tortura
amamentação. e de tratamentos desumanos e degradantes (artigo 5º, III,
CF), o que vale na execução da pena.
Vedação de determinadas penas No mais, prevê o artigo 5º, LVIII, CF:
O constituinte viu por bem proibir algumas espécies de
penas, consoante ao artigo 5º, XLVII, CF: Artigo 5º, LVIII, CF. O civilmente identificado não será
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
Artigo 5º, XLVII, CF. não haverá penas: previstas em lei.
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX; Se uma pessoa possui identificação civil, não há
b) de caráter perpétuo; porque fazer identificação criminal, colhendo digitais,
c) de trabalhos forçados; fotos, etc. Pensa-se que seria uma situação constrangedora
d) de banimento; desnecessária ao suspeito, sendo assim, violaria a
e) cruéis. integridade moral.
Em resumo, o inciso consolida o princípio da Devido processo legal, contraditório e ampla defesa
humanidade, pelo qual o “poder punitivo estatal não
Estabelece o artigo 5º, LIV, CF:
pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa
humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos
Artigo 5º, LIV, CF. Ninguém será privado da liberdade ou
condenados”19 .
de seus bens sem o devido processo legal.
Quanto à questão da pena de morte, percebe-se
que o constituinte não estabeleceu uma total vedação,
Pelo princípio do devido processo legal a legislação
autorizando-a nos casos de guerra declarada. Obviamente,
deve ser respeitada quando o Estado pretender punir
deve-se respeitar o princípio da anterioridade da lei, ou
alguém judicialmente. Logo, o procedimento deve ser livre
seja, a legislação deve prever a pena de morte ao fato
antes dele ser praticado. No ordenamento brasileiro, este de vícios e seguir estritamente a legislação vigente, sob
papel é cumprido pelo Código Penal Militar (Decreto-Lei pena de nulidade processual.
nº 1.001/1969), que prevê a pena de morte a ser executada Surgem como corolário do devido processo legal
por fuzilamento nos casos tipificados em seu Livro II, que o contraditório e a ampla defesa, pois somente um
aborda os crimes militares em tempo de guerra. procedimento que os garanta estará livre dos vícios. Neste
Por sua vez, estão absolutamente vedadas em sentido, o artigo 5º, LV, CF:
quaisquer circunstâncias as penas de caráter perpétuo, de
trabalhos forçados, de banimento e cruéis. Artigo 5º, LV, CF. Aos litigantes, em processo judicial ou
No que tange aos trabalhos forçados, vale destacar administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
que o trabalho obrigatório não é considerado um contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
tratamento contrário à dignidade do recluso, embora ela inerentes.
o trabalho forçado o seja. O trabalho é obrigatório,
dentro das condições do apenado, não podendo ser O devido processo legal possui a faceta formal,
cruel ou menosprezar a capacidade física e intelectual do pela qual se deve seguir o adequado procedimento na
condenado; como o trabalho não existe independente aplicação da lei e, sendo assim, respeitar o contraditório e
da educação, cabe incentivar o aperfeiçoamento pessoal; a ampla defesa. Não obstante, o devido processo legal tem
até mesmo porque o trabalho deve se aproximar da sua faceta material que consiste na tomada de decisões
realidade do mundo externo, será remunerado; além disso, justas, que respeitem os parâmetros da razoabilidade e da
condições de dignidade e segurança do trabalhador, como proporcionalidade.
descanso semanal e equipamentos de proteção, deverão
ser respeitados. Vedação de provas ilícitas
Conforme o artigo 5º, LVI, CF:
Respeito à integridade do preso
Prevê o artigo 5º, XLIX, CF: Artigo 5º, LVI, CF. São inadmissíveis, no processo, as
19 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. provas obtidas por meios ilícitos.
16. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. v. 1.
54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Provas ilícitas, por força da nova redação dada ao Não obstante, o preso deverá ser informado de todos
artigo 157 do CPP, são as obtidas em violação a normas os seus direitos, inclusive o direito ao silêncio, podendo
constitucionais ou legai, ou seja, prova ilícita é a que entrar em contato com sua família e com um advogado,
viola regra de direito material, constitucional ou legal, no conforme artigo 5º, LXIII, CF:
momento da sua obtenção. São vedadas porque não se
pode aceitar o descumprimento do ordenamento para Artigo 5º, LXIII, CF. O preso será informado de seus
fazê-lo cumprir: seria paradoxal. direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado.
Presunção de inocência
Prevê a Constituição no artigo 5º, LVII: Estabelece-se no artigo 5º, LXIV, CF:
Artigo 5º, LVII, CF. Ninguém será considerado culpado Artigo 5º, LXIV, CF. O preso tem direito à identificação dos
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.
Consolida-se o princípio da presunção de inocência, Por isso mesmo, o auto de prisão em flagrante e
pelo qual uma pessoa não é culpada até que, em definitivo, a ata do depoimento do interrogatório são assinados
o Judiciário assim decida, respeitados todos os princípios e pelas autoridades envolvidas nas práticas destes atos
garantias constitucionais. procedimentais.
Ainda, a legislação estabelece inúmeros requisitos para
Ação penal privada subsidiária da pública que a prisão seja validada, sem os quais cabe relaxamento,
Nos termos do artigo 5º, LIX, CF: tanto que assim prevê o artigo 5º, LXV, CF:
Artigo 5º, LIX, CF. Será admitida ação privada nos crimes Artigo 5º, LXV, CF. A prisão ilegal será imediatamente
de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. relaxada pela autoridade judiciária.
A chamada ação penal privada subsidiária da pública
Desta forma, como decorrência lógica, tem-se a
encontra respaldo constitucional, assegurando que a
previsão do artigo 5º, LXVI, CF:
omissão do poder público na atividade de persecução
criminal não será ignorada, fornecendo-se instrumento
Artigo 5º, LXVI, CF. Ninguém será levado à prisão ou
para que o interessado a proponha.
nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança.
Prisão e liberdade
O constituinte confere espaço bastante extenso no
artigo 5º em relação ao tratamento da prisão, notadamente Mesmo que a pessoa seja presa em flagrante, devido
por se tratar de ato que vai contra o direito à liberdade. ao princípio da presunção de inocência, entende-se que
Obviamente, a prisão não é vedada em todos os casos, ela não deve ser mantida presa quando não preencher os
porque práticas atentatórias a direitos fundamentais requisitos legais para prisão preventiva ou temporária.
implicam na tipificação penal, autorizando a restrição da
liberdade daquele que assim agiu. Indenização por erro judiciário
No inciso LXI do artigo 5º, CF, prevê-se: A disciplina sobre direitos decorrentes do erro judiciário
encontra-se no artigo 5º, LXXV, CF:
Artigo 5º, LXI, CF. Ninguém será preso senão em
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada Artigo 5º, LXXV, CF. O Estado indenizará o condenado
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos tempo fixado na sentença.
em lei.
Trata-se do erro em que incorre um juiz na apreciação
Logo, a prisão somente se dará em caso de flagrante e julgamento de um processo criminal, resultando em
delito (necessariamente antes do trânsito em julgado), condenação de alguém inocente. Neste caso, o Estado
ou em caráter temporário, provisório ou definitivo (as indenizará. Ele também indenizará uma pessoa que ficar
duas primeiras independente do trânsito em julgado, presa além do tempo que foi condenada a cumprir.
preenchidos requisitos legais e a última pela irreversibilidade
da condenação). 4) Direitos fundamentais implícitos
Aborda-se no artigo 5º, LXII o dever de comunicação Nos termos do § 2º do artigo 5º da Constituição
ao juiz e à família ou pessoa indicada pelo preso: Federal:
Artigo 5º, LXII, CF. A prisão de qualquer pessoa e o local Artigo 5º, §2º, CF. Os direitos e garantias expressos nesta
onde se encontre serão comunicados imediatamente ao Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos
juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
indicada. em que a República Federativa do Brasil seja parte.
55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Daí se depreende que os direitos ou garantias podem Casa do Congresso Nacional e obtivesse a votação em
estar expressos ou implícitos no texto constitucional. Sendo dois turnos e com três quintos dos votos dos respectivos
assim, o rol enumerado nos incisos do artigo 5º é apenas membros:
exemplificativo, não taxativo.
Art. 5º, § 3º, CF. Os tratados e convenções
5) Tratados internacionais incorporados ao internacionais sobre direitos humanos que forem
ordenamento interno aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
Estabelece o artigo 5º, § 2º, CF que os direitos e turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
garantias podem decorrer, dentre outras fontes, dos serão equivalentes às emendas constitucionais.
“tratados internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte”. Logo, a partir da alteração constitucional, os tratados
Para o tratado internacional ingressar no ordenamento de direitos humanos que ingressarem no ordenamento
jurídico brasileiro deve ser observado um procedimento jurídico brasileiro, versando sobre matéria de direitos
complexo, que exige o cumprimento de quatro fases: humanos, irão passar por um processo de aprovação
a negociação (bilateral ou multilateral, com posterior semelhante ao da emenda constitucional.
assinatura do Presidente da República), submissão do Contudo, há posicionamentos conflituosos quanto
tratado assinado ao Congresso Nacional (que dará à possibilidade de considerar como hierarquicamente
referendo por meio do decreto legislativo), ratificação do constitucional os tratados internacionais de direitos
tratado (confirmação da obrigação perante a comunidade humanos que ingressaram no ordenamento jurídico
internacional) e a promulgação e publicação do tratado pelo brasileiro anteriormente ao advento da referida emenda. Tal
Poder Executivo20. Notadamente, quando o constituinte discussão se deu com relação à prisão civil do depositário
menciona os tratados internacionais no §2º do artigo 5º infiel, prevista como legal na Constituição e ilegal no
refere-se àqueles que tenham por fulcro ampliar o rol Pacto de São José da Costa Rica (tratado de direitos
de direitos do artigo 5º, ou seja, tratado internacional de humanos aprovado antes da EC nº 45/04), sendo que o
direitos humanos. Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento pela
O §1° e o §2° do artigo 5° existiam de maneira originária supralegalidade do tratado de direitos humanos anterior à
na Constituição Federal, conferindo o caráter de primazia Emenda (estaria numa posição que paralisaria a eficácia da
dos direitos humanos, desde logo consagrando o princípio lei infraconstitucional, mas não revogaria a Constituição no
da primazia dos direitos humanos, como reconhecido ponto controverso).
pela doutrina e jurisprudência majoritários na época. “O
princípio da primazia dos direitos humanos nas relações 6) Tribunal Penal Internacional
internacionais implica em que o Brasil deve incorporar os Preconiza o artigo 5º, CF em seu § 4º:
tratados quanto ao tema ao ordenamento interno brasileiro
e respeitá-los. Implica, também em que as normas voltadas Artigo 5º, §4º, CF. O Brasil se submete à jurisdição
à proteção da dignidade em caráter universal devem ser de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
aplicadas no Brasil em caráter prioritário em relação a manifestado adesão.
outras normas”21.
Regra geral, os tratados internacionais comuns O Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional
ingressam com força de lei ordinária no ordenamento foi promulgado no Brasil pelo Decreto nº 4.388 de
jurídico brasileiro porque somente existe previsão 25 de setembro de 2002. Ele contém 128 artigos e foi
constitucional quanto à possibilidade da equiparação às elaborado em Roma, no dia 17 de julho de 1998, regendo a
emendas constitucionais se o tratado abranger matéria competência e o funcionamento deste Tribunal voltado às
de direitos humanos. Antes da emenda alterou o quadro pessoas responsáveis por crimes de maior gravidade com
quanto aos tratados de direitos humanos, era o que repercussão internacional (artigo 1º, ETPI).
acontecia, mas isso não significa que tais direitos eram “Ao contrário da Corte Internacional de Justiça, cuja
menos importantes devido ao princípio da primazia e ao jurisdição é restrita a Estados, ao Tribunal Penal Internacional
reconhecimento dos direitos implícitos. compete o processo e julgamento de violações contra
Por seu turno, com o advento da Emenda Constitucional indivíduos; e, distintamente dos Tribunais de crimes de
nº 45/04 se introduziu o §3º ao artigo 5º da Constituição guerra da Iugoslávia e de Ruanda, criados para analisarem
Federal, de modo que os tratados internacionais de direitos crimes cometidos durante esses conflitos, sua jurisdição
humanos foram equiparados às emendas constitucionais, não está restrita a uma situação específica”22.
desde que houvesse a aprovação do tratado em cada Resume Mello23: “a Conferência das Nações Unidas
sobre a criação de uma Corte Criminal Internacional,
20 VICENTE SOBRINHO, Benedito. Direitos Funda- reunida em Roma, em 1998, aprovou a referida Corte. Ela é
mentais e Prisão Civil. Porto Alegre: Sérgio Antonio 22 NEVES, Gustavo Bregalda. Direito Internacional Públi-
Fabris Editor, 2008. co & Direito Internacional Privado. 3. ed. São Paulo: Atlas,
21 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito In- 2009.
ternacional Público e Privado. Salvador: JusPodivm, 23 MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Inter-
2009. nacional Público. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
permanente. Tem sede em Haia. A corte tem personalidade posição de desigualdade e caberá ao Estado cuidar para
internacional. Ela julga: a) crime de genocídio; b) crime que progressivamente atinjam uma posição de igualdade
contra a humanidade; c) crime de guerra; d) crime de real, já que não é por conta desta posição desfavorável que
agressão. Para o crime de genocídio usa a definição da se pode afirmar que são menos dignos, menos titulares de
convenção de 1948. Como crimes contra a humanidade são direitos fundamentais.
citados: assassinato, escravidão, prisão violando as normas Logo, a efetivação dos direitos sociais é uma meta
internacionais, violação tortura, apartheid, escravidão a ser alcançada pelo Estado em prol da consolidação da
sexual, prostituição forçada, esterilização, etc. São crimes igualdade material. Sendo assim, o Estado buscará o
de guerra: homicídio internacional, destruição de bens não crescente aperfeiçoamento da oferta de serviços públicos
justificada pela guerra, deportação, forçar um prisioneiro a com qualidade para que todos os nacionais tenham
servir nas forças inimigas, etc.”. garantidos seus direitos fundamentais de segunda
dimensão da maneira mais plena possível.
Direitos sociais Há se ressaltar também que o Estado não possui
A Constituição Federal, dentro do Título II, aborda no apenas um papel direto na promoção dos direitos
capítulo II a categoria dos direitos sociais, em sua maioria econômicos, sociais e culturais, mas também um indireto,
normas programáticas e que necessitam de uma postura quando por meio de sua gestão permite que os indivíduos
interventiva estatal em prol da implementação. adquiram condições para sustentarem suas necessidades
Os direitos assegurados nesta categoria encontram pertencentes a esta categoria de direitos.
menção genérica no artigo 6º, CF:
2) Reserva do possível e mínimo existencial
Artigo 6º, CF. Art. 6º São direitos sociais a educação, Os direitos sociais serão concretizados gradualmente,
a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o notadamente porque estão previstos em normas
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a programáticas e porque a implementação deles gera um
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos ônus para o Estado. Diferentemente dos direitos individuais,
desamparados, na forma desta Constituição. que dependem de uma postura de abstenção estatal, os
direitos sociais precisam que o Estado assuma um papel
Trata-se de desdobramento da perspectiva do Estado ativo em prol da efetivação destes.
Social de Direito. Em suma, são elencados os direitos A previsão excessiva de direitos sociais no bojo
humanos de 2ª dimensão, notadamente conhecidos como de uma Constituição, a despeito de um instante bem-
direitos econômicos, sociais e culturais. Em resumo, os intencionado de palavras promovido pelo constituinte,
direitos sociais envolvem prestações positivas do Estado pode levar à negativa, paradoxal – e, portanto, inadmissível
– consequência de uma Carta Magna cujas finalidades
(diferente dos de liberdade, que referem-se à postura
não condigam com seus próprios prescritos, fato que
de abstenção estatal), ou seja, políticas estatais que
deslegitima o Poder Público como determinador de que
visem consolidar o princípio da igualdade não apenas
particulares respeitem os direitos fundamentais, já que
formalmente, mas materialmente (tratando os desiguais de
sequer eles próprios, os administradores, conseguem
maneira desigual).
cumprir o que consta de seu Estatuto Máximo24.
Por seu turno, embora no capítulo específico do Título
Tecnicamente, nos direitos sociais é possível invocar
II que aborda os direitos sociais não se perceba uma intensa
a cláusula da reserva do possível como argumento para a
regulamentação destes, à exceção dos direitos trabalhistas, não implementação de determinado direito social – seja
o Título VIII da Constituição Federal, que aborda a ordem pela absoluta ausência de recursos (reserva do possível
social, se concentra em trazer normativas mais detalhadas fática), seja pela ausência de previsão orçamentária nos
a respeitos de direitos indicados como sociais. termos do artigo 167, CF (reserva do possível jurídica).
O Ministro Celso de Mello afirmou em julgamento que
1) Igualdade material e efetivação dos direitos os direitos sociais “não pode converter-se em promessa
sociais constitucional inconsequente, sob pena de o Poder
Independentemente da categoria de direitos que esteja Público, fraudando justas expectativas nele depositadas
sendo abordada, a igualdade nunca deve aparecer num pela coletividade, substituir, de maneira ilegítima, o
sentido meramente formal, mas necessariamente material. cumprimento de seu impostergável dever, por um gesto
Significa que discriminações indevidas são proibidas, mas irresponsável de infidelidade governamental ao que
existem certas distinções que não só devem ser aceitas, determina a própria Lei Fundamental do Estado”25.
como também se mostram essenciais. Sendo assim, a invocação da cláusula da reserva do
No que tange aos direitos sociais percebe-se que a possível, embora viável, não pode servir de muleta para
igualdade material assume grande relevância. Afinal, esta que o Estado não arque com obrigações básicas. Neste
categoria de direitos pressupõe uma postura ativa do viés, geralmente, quando invocada a cláusula é afastada,
Estado em prol da efetivação. Nem todos podem arcar com
suas despesas de saúde, educação, cultura, alimentação e 24 LAZARI, Rafael José Nadim de. Reserva do possível e
moradia, assim como nem todos se encontram na posição mínimo existencial: a pretensão de eficácia da norma consti-
de explorador da mão-de-obra, sendo a grande maioria da tucional em face da realidade. Curitiba: Juruá, 2012, p. 56-57.
população de explorados. Estas pessoas estão numa clara 25 RTJ 175/1212-1213, Rel. Min. CELSO DE MELLO.
57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
entendendo o Poder Judiciário que não cabe ao Estado se Artigo 7º, II, CF. Seguro-desemprego, em caso de
eximir de garantir direitos sociais com o simples argumento desemprego involuntário.
de que não há orçamento específico para isso – ele deveria
ter reservado parcela suficiente de suas finanças para Sem prejuízo de eventual indenização a ser recebida
atender esta demanda. do empregador, o trabalhador que fique involuntariamente
Com efeito, deve ser preservado o mínimo existencial, desempregado – entendendo-se por desemprego
que tem por fulcro limitar a discricionariedade político- involuntário o que tenha origem num acordo de cessação do
administrativa e estabelecer diretrizes orçamentárias contrato de trabalho – tem direito ao seguro-desemprego,
básicas a serem seguidas, sob pena de caber a intervenção a ser arcado pela previdência social, que tem o caráter de
do Poder Judiciário em prol de sua efetivação. assistência financeira temporária.
3) Princípio da proibição do retrocesso Artigo 7º, III, CF. Fundo de garantia do tempo de
Proibição do retrocesso é a impossibilidade de que serviço.
uma conquista garantida na Constituição Federal sofra um
retrocesso, de modo que um direito social garantido não Foi criado em 1967 pelo Governo Federal para
pode deixar de o ser. proteger o trabalhador demitido sem justa causa. O FGTS
Conforme jurisprudência, a proibição do retrocesso é constituído de contas vinculadas, abertas em nome
deve ser tomada com reservas, até mesmo porque de cada trabalhador, quando o empregador efetua o
segundo entendimento predominante as normas do artigo primeiro depósito. O saldo da conta vinculada é formado
7º, CF não são cláusula pétrea, sendo assim passíveis de pelos depósitos mensais efetivados pelo empregador,
alteração. Se for alterada normativa sobre direito trabalhista equivalentes a 8,0% do salário pago ao empregado,
assegurado no referido dispositivo, não sendo o prejuízo acrescido de atualização monetária e juros. Com o FGTS, o
evidente, entende-se válida (por exemplo, houve alteração trabalhador tem a oportunidade de formar um patrimônio,
do prazo prescricional diferenciado para os trabalhadores que pode ser sacado em momentos especiais, como o
agrícolas). O que, em hipótese alguma, pode ser aceito da aquisição da casa própria ou da aposentadoria e em
é um retrocesso evidente, seja excluindo uma categoria situações de dificuldades, que podem ocorrer com a
de direitos (ex.: abolir o Sistema Único de Saúde), seja demissão sem justa causa ou em caso de algumas doenças
diminuindo sensivelmente a abrangência da proteção (ex.: graves.
excluindo o ensino médio gratuito).
Questão polêmica se refere à proibição do retrocesso: Artigo 7º, IV, CF. Salário mínimo, fixado em lei,
se uma decisão judicial melhorar a efetivação de um direito nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
social, ela se torna vinculante e é impossível ao legislador necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alterar a Constituição para retirar este avanço? Por um lado, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
a proibição do retrocesso merece ser tomada em conceito transporte e previdência social, com reajustes periódicos
amplo, abrangendo inclusive decisões judiciais; por outro que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
lado, a decisão judicial não tem por fulcro alterar a norma, vinculação para qualquer fim.
o que somente é feito pelo legislador, e ele teria o direito T
de prever que aquela decisão judicial não está incorporada rata-se de uma visível norma programática da
na proibição do retrocesso. A questão é polêmica e não há Constituição que tem por pretensão um salário mínimo
entendimento dominante. que atenda a todas as necessidades básicas de uma pessoa
e de sua família. Em pesquisa que tomou por parâmetro o
4) Direito individual do trabalho preceito constitucional, detectou-se que “o salário mínimo
O artigo 7º da Constituição enumera os direitos do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$ 2.892,47
individuais dos trabalhadores urbanos e rurais. São os em abril para que ele suprisse suas necessidades básicas e
direitos individuais tipicamente trabalhistas, mas que não da família, segundo estudo divulgado nesta terça-feira, 07,
excluem os demais direitos fundamentais (ex.: honra é um pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
direito no espaço de trabalho, sob pena de se incidir em Socioeconômicos (Dieese)”26.
prática de assédio moral).
Artigo 7º, V, CF. Piso salarial proporcional à extensão e
Artigo 7º, I, CF. Relação de emprego protegida contra à complexidade do trabalho.
despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de
lei complementar, que preverá indenização compensatória, Cada trabalhador, dentro de sua categoria de
dentre outros direitos. emprego, seja ele professor, comerciário, metalúrgico,
bancário, construtor civil, enfermeiro, recebe um salário
Significa que a demissão, se não for motivada por justa base, chamado de Piso Salarial, que é sua garantia de
causa, assegura ao trabalhador direitos como indenização recebimento dentro de seu grau profissional. O Valor do
compensatória, entre outros, a serem arcados pelo Piso Salarial é estabelecido em conformidade com a data
empregador. 26 http://exame.abril.com.br/economia/noticias/salario-mini-
mo-deveria-ter-sido-de-r-2-892-47-em-abril
58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
base da categoria, por isso ele é definido em conformidade A Participação nos Lucros e Resultado (PLR), que é
com um acordo, ou ainda com um entendimento entre conhecida também por Programa de Participação nos
patrão e trabalhador. Resultados (PPR), está prevista na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) desde a Lei nº 10.101, de 19 de dezembro
Artigo 7º, VI, CF. Irredutibilidade do salário, salvo o de 2000. Ela funciona como um bônus, que é ofertado
disposto em convenção ou acordo coletivo. pelo empregador e negociado com uma comissão de
trabalhadores da empresa. A CLT não obriga o empregador
O salário não pode ser reduzido, a não ser que anão a fornecer o benefício, mas propõe que ele seja utilizado.
redução implique num prejuízo maior, por exemplo,
demissão em massa durante uma crise, situações que Artigo 7º, XII, CF. Salário-família pago em razão do
devem ser negociadas em convenção ou acordo coletivo. dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
Artigo 7º, VII, CF. Garantia de salário, nunca inferior Salário-família é o benefício pago na proporção do
ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer
condição até a idade de quatorze anos ou inválido de
O salário mínimo é direito de todos os trabalhadores, qualquer idade, independente de carência e desde que
mesmo daqueles que recebem remuneração variável (ex.: o salário-de-contribuição seja inferior ou igual ao limite
baseada em comissões por venda e metas); máximo permitido. De acordo com a Portaria Interministerial
MPS/MF nº 19, de 10/01/2014, valor do salário-família
Artigo 7º, VIII, CF. Décimo terceiro salário com base na será de R$ 35,00, por filho de até 14 anos incompletos
remuneração integral ou no valor da aposentadoria. ou inválido, para quem ganhar até R$ 682,50. Já para o
trabalhador que receber de R$ 682,51 até R$ 1.025,81, o
Também conhecido como gratificação natalina, foi valor do salário-família por filho de até 14 anos de idade ou
instituída no Brasil pela Lei nº 4.090/1962 e garante que inválido de qualquer idade será de R$ 24,66.
o trabalhador receba o correspondente a 1/12 (um doze
avos) da remuneração por mês trabalhado, ou seja, Artigo 7º, XIII, CF. duração do trabalho normal não
consiste no pagamento de um salário extra ao trabalhador superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
e ao aposentado no final de cada ano. semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva
Artigo 7º, IX, CF. Remuneração do trabalho noturno de trabalho.
superior à do diurno.
Artigo 7º, XVI, CF. Remuneração do serviço
O adicional noturno é devido para o trabalho exercido extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por
durante a noite, de modo que cada hora noturna sofre cento à do normal.
a redução de 7 minutos e 30 segundos, ou ainda, é
feito acréscimo de 12,5% sobre o valor da hora diurna. A legislação trabalhista vigente estabelece que a
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho duração normal do trabalho, salvo os casos especiais,
realizado entre as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do é de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro)
dia seguinte; nas atividades rurais, é considerado noturno semanais, no máximo. Todavia, poderá a jornada diária de
o trabalho executado na lavoura entre 21:00 horas de um trabalho dos empregados maiores ser acrescida de horas
dia às 5:00 horas do dia seguinte; e na pecuária, entre 20:00 suplementares, em número não excedentes a duas, no
horas às 4:00 horas do dia seguinte. máximo, para efeito de serviço extraordinário, mediante
acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva
Artigo 7º, X, CF. Proteção do salário na forma da lei, ou sentença normativa. Excepcionalmente, ocorrendo
constituindo crime sua retenção dolosa. necessidade imperiosa, poderá ser prorrogada além do
limite legalmente permitido. A remuneração do serviço
Quanto ao possível crime de retenção de salário, não extraordinário, desde a promulgação da Constituição
há no Código Penal brasileiro uma norma que determina a Federal, deverá constar, obrigatoriamente, do acordo,
ação de retenção de salário como crime. Apesar do artigo convenção ou sentença normativa, e será, no mínimo, 50%
7º, X, CF dizer que é crime a retenção dolosa de salário, (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
o dispositivo é norma de eficácia limitada, pois depende
de lei ordinária, ainda mais porque qualquer norma penal Artigo 7º, XIV, CF. Jornada de seis horas para o trabalho
incriminadora é regida pela legalidade estrita (artigo 5º, realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
XXXIX, CF). negociação coletiva.
Artigo 7º, XI, CF. Participação nos lucros, ou resultados, O constituinte ao estabelecer jornada máxima de
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 6 horas para os turnos ininterruptos de revezamento,
participação na gestão da empresa, conforme definido em expressamente ressalvando a hipótese de negociação
lei.
59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
coletiva, objetivou prestigiar a atuação da entidade Acrescenta-se ainda, que elas são maioria também na
sindical. Entretanto, a jurisprudência evoluiu para uma população não economicamente ativa. Além disso, ainda há
interpretação restritiva de seu teor, tendo como parâmetro relevante diferença salarial entre homens e mulheres, sendo
o fato de que o trabalho em turnos ininterruptos é por que os homens recebem mais porque os empregadores
demais desgastante, penoso, além de trazer malefícios de entendem que eles necessitam de um salário maior para
ordem fisiológica para o trabalhador, inclusive distúrbios manter a família. Tais disparidades colocam em evidência
no âmbito psicossocial já que dificulta o convívio em que o mercado de trabalho da mulher deve ser protegido
sociedade e com a própria família. de forma especial.
Artigo 7º, XV, CF. Repouso semanal remunerado, Artigo 7º, XXI, CF. Aviso prévio proporcional ao tempo
preferencialmente aos domingos. de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
lei.
O Descanso Semanal Remunerado é de 24 (vinte
e quatro) horas consecutivas, devendo ser concedido Nas relações de emprego, quando uma das partes
preferencialmente aos domingos, sendo garantido a deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por
todo trabalhador urbano, rural ou doméstico. Havendo prazo indeterminado, deverá, antecipadamente, notificar à
necessidade de trabalho aos domingos, desde que outra parte, através do aviso prévio. O aviso prévio tem
previamente autorizados pelo Ministério do Trabalho, aos por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de
trabalhadores é assegurado pelo menos um dia de repouso trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento
semanal remunerado coincidente com um domingo a cada do cargo vago e ao empregado uma nova colocação no
período, dependendo da atividade (artigo 67, CLT). mercado de trabalho, sendo que o aviso prévio pode ser
trabalhado ou indenizado.
Artigo 7º, XVII, CF. Gozo de férias anuais remuneradas
com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Artigo 7º, XXII, CF. Redução dos riscos inerentes
ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
O salário das férias deve ser superior em pelo menos segurança.
um terço ao valor da remuneração normal, com todos os
adicionais e benefícios aos quais o trabalhador tem direito. Trata-se ao direito do trabalhador a um meio ambiente
A cada doze meses de trabalho – denominado período do trabalho salubre. Fiorillo27 destaca que o equilíbrio do
aquisitivo – o empregado terá direito a trinta dias corridos meio ambiente do trabalho está sedimentado na salubridade
de férias, se não tiver faltado injustificadamente mais de e na ausência de agentes que possam comprometer a
cinco vezes ao serviço (caso isso ocorra, os dias das férias incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores.
serão diminuídos de acordo com o número de faltas).
Artigo 7º, XXIII, CF. Adicional de remuneração para as
Artigo 7º, XVIII, CF. Licença à gestante, sem prejuízo do atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da
emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias. lei.
O salário da trabalhadora em licença é chamado Penoso é o trabalho acerbo, árduo, amargo, difícil,
de salário-maternidade, é pago pelo empregador e por molesto, trabalhoso, incômodo, laborioso, doloroso, rude,
ele descontado dos recolhimentos habituais devidos à que não é perigoso ou insalubre, mas penosa, exigindo
Previdência Social. A trabalhadora pode sair de licença a atenção e vigilância acima do comum. Ainda não há
partir do último mês de gestação, sendo que o período na legislação específica previsão sobre o adicional de
de licença é de 120 dias. A Constituição também garante penosidade.
que, do momento em que se confirma a gravidez até cinco São consideradas atividades ou operações insalubres
meses após o parto, a mulher não pode ser demitida. as que se desenvolvem excesso de limites de tolerância
para: ruído contínuo ou intermitente, ruídos de impacto,
Artigo 7º, XIX, CF. Licença-paternidade, nos termos exposição ao calor e ao frio, radiações, certos agentes
fixados em lei. químicos e biológicos, vibrações, umidade, etc. O exercício
de trabalho em condições de insalubridade assegura ao
O homem tem direito a 5 dias de licença-paternidade trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre
para estar mais próximo do bebê recém-nascido e ajudar a o salário base do empregado (súmula 228 do TST), ou
mãe nos processos pós-operatórios. previsão mais benéfica em Convenção Coletiva de Trabalho,
equivalente a 40% (quarenta por cento), para insalubridade
Artigo 7º, XX, CF. Proteção do mercado de trabalho da de grau máximo; 20% (vinte por cento), para insalubridade
mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei. de grau médio; 10% (dez por cento), para insalubridade de
grau mínimo.
Embora as mulheres sejam maioria na população de
10 anos ou mais de idade, elas são minoria na população 27 FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Am-
ocupada, mas estão em maioria entre os desocupados. biental brasileiro. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 21.
60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 7º, XXVI, CF. Reconhecimento das convenções e Artigo 7º, XXIX, CF. Ação, quanto aos créditos resultantes
acordos coletivos de trabalho. das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
Neste dispositivo se funda o direito coletivo do dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
trabalho, que encontra regulamentação constitucional nos
artigo 8º a 11 da Constituição. Pelas convenções e acordos Prescrição é a perda da pretensão de buscar a tutela
coletivos, entidades representativas da categoria dos jurisdicional para assegurar direitos violados. Sendo assim,
trabalhadores entram em negociação com as empresas na há um período de tempo que o empregado tem para
defesa dos interesses da classe, assegurando o respeito aos requerer seu direito na Justiça do Trabalho. A prescrição
direitos sociais; trabalhista é sempre de 2 (dois) anos a partir do término
do contrato de trabalho, atingindo as parcelas relativas aos
Artigo 7º, XXVII, CF. Proteção em face da automação, 5 (cinco) anos anteriores, ou de 05 (cinco) anos durante a
na forma da lei. vigência do contrato de trabalho.
61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 7º, XXX, CF. Proibição de diferença de salários, 5) Direito coletivo do trabalho
de exercício de funções e de critério de admissão por motivo Os artigos 8º a 11 trazem os direitos sociais coletivos dos
de sexo, idade, cor ou estado civil. trabalhadores, que são os exercidos pelos trabalhadores,
coletivamente ou no interesse de uma coletividade,
Há uma tendência de se remunerar melhor homens quais sejam: associação profissional ou sindical, greve,
brancos na faixa dos 30 anos que sejam casados, sendo substituição processual, participação e representação
patente a diferença remuneratória para com pessoas classista28.
de diferente etnia, faixa etária ou sexo. Esta distinção A liberdade de associação profissional ou sindical tem
atenta contra o princípio da igualdade e não é aceita pelo escopo no artigo 8º, CF:
constituinte, sendo possível inclusive invocar a equiparação
salarial judicialmente. Art. 8º, CF. É livre a associação profissional ou
sindical, observado o seguinte:
Artigo 7º, XXXI, CF. Proibição de qualquer discriminação I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para
no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
portador de deficiência. competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
A pessoa portadora de deficiência, dentro de suas II - é vedada a criação de mais de uma organização
limitações, possui condições de ingressar no mercado de sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
trabalho e não pode ser preterida meramente por conta de profissional ou econômica, na mesma base territorial,
sua deficiência. que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um
Artigo 7º, XXXII, CF. Proibição de distinção entre Município;
trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
profissionais respectivos. coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativas;
Os trabalhos manuais, técnicos e intelectuais são
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em
igualmente relevantes e contribuem todos para a sociedade,
se tratando de categoria profissional, será descontada
não cabendo a desvalorização de um trabalho apenas por
em folha, para custeio do sistema confederativo da
se enquadrar numa ou outra categoria.
representação sindical respectiva, independentemente da
contribuição prevista em lei;
Artigo 7º, XXXIII, CF. proibição de trabalho noturno,
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se
perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na filiado a sindicato;
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
negociações coletivas de trabalho;
Trata-se de norma protetiva do adolescente, VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser
estabelecendo-se uma idade mínima para trabalho e votado nas organizações sindicais;
proibindo-se o trabalho em condições desfavoráveis. VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado
a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
Artigo 7º, XXXIV, CF. Igualdade de direitos entre o representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta
trabalhador avulso. grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-
Avulso é o trabalhador que presta serviço a várias se à organização de sindicatos rurais e de colônias de
empresas, mas é contratado por sindicatos e órgãos pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
gestores de mão-de-obra, possuindo os mesmos direitos
que um trabalhador com vínculo empregatício permanente. O direito de greve, por seu turno, está previsto no
A Emenda Constitucional nº 72/2013, conhecida como artigo 9º, CF:
PEC das domésticas, deu nova redação ao parágrafo único
do artigo 7º: Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
Artigo 7º, parágrafo único, CF. São assegurados à sobre os interesses que devam por meio dele defender.
categoria dos trabalhadores domésticos os direitos § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis
XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as da comunidade.
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às
do cumprimento das obrigações tributárias, principais penas da lei.
e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e 28 LENZA, Pedro. Curso de direito constitucional esque-
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. matizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A respeito, conferir a Lei nº 7.783/89, que dispõe sobre o “Nacionalidade é um direito fundamental da pessoa
exercício do direito de greve, define as atividades essenciais, humana. Todos a ela têm direito. A nacionalidade de
regula o atendimento das necessidades inadiáveis da um indivíduo não pode ficar ao mero capricho de um
comunidade, e dá outras providências. Enquanto não for governo, de um governante, de um poder despótico, de
disciplinado o direito de greve dos servidores públicos, decisões unilaterais, concebidas sem regras prévias, sem
esta é a legislação que se aplica, segundo o STF. o contraditório, a defesa, que são princípios fundamentais
O direito de participação é previsto no artigo 10, CF: de todo sistema jurídico que se pretenda democrático. A
questão não pode ser tratada com relativismos, uma vez
Artigo 10, CF. É assegurada a participação dos que é muito séria”29.
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos Não obstante, tem-se no âmbito constitucional e
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou internacional a previsão do direito de asilo, consistente
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. no direito de buscar abrigo em outro país quando naquele
do qual for nacional estiver sofrendo alguma perseguição.
Por fim, aborda-se o direito de representação classista Tal perseguição não pode ter motivos legítimos, como
no artigo 11, CF: a prática de crimes comuns ou de atos atentatórios aos
princípios das Nações Unidas, o que subverteria a própria
Artigo 11, CF. Nas empresas de mais de duzentos finalidade desta proteção. Em suma, o que se pretende
empregados, é assegurada a eleição de um representante com o direito de asilo é evitar a consolidação de ameaças
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o a direitos humanos de uma pessoa por parte daqueles
entendimento direto com os empregadores. que deveriam protegê-los – isto é, os governantes e os
entes sociais como um todo –, e não proteger pessoas que
Nacionalidade justamente cometeram tais violações.
O capítulo III do Título II aborda a nacionalidade, que
vem a ser corolário dos direitos políticos, já que somente 2) Naturalidade e naturalização
um nacional pode adquirir direitos políticos.
O artigo 12 da Constituição Federal estabelece
Nacionalidade é o vínculo jurídico-político que liga
quem são os nacionais brasileiros, dividindo-os em
um indivíduo a determinado Estado, fazendo com que
duas categorias: natos e naturalizados. Percebe-se que
ele passe a integrar o povo daquele Estado, desfrutando
naturalidade é diferente de nacionalidade – naturalidade é
assim de direitos e obrigações.
apenas o local de nascimento, nacionalidade é um efetivo
Povo é o conjunto de nacionais. Por seu turno,
vínculo com o Estado.
povo não é a mesma coisa que população. População é o
Uma pessoa pode ser considerada nacional brasileira
conjunto de pessoas residentes no país – inclui o povo, os
estrangeiros residentes no país e os apátridas. tanto por ter nascido no território brasileiro quanto por
voluntariamente se naturalizar como brasileiro, como
1) Nacionalidade como direito humano fundamental se percebe no teor do artigo 12, CF. O estrangeiro, num
Os direitos humanos internacionais são completamente conceito tomado à base de exclusão, é todo aquele que
contrários à ideia do apátrida – ou heimatlos –, que é o não é nacional brasileiro.
indivíduo que não possui o vínculo da nacionalidade com
nenhum Estado. Logo, a nacionalidade é um direito da a) Brasileiros natos
pessoa humana, o qual não pode ser privado de forma Art. 12, CF. São brasileiros:
arbitrária. Não há privação arbitrária quando respeitados I - natos:
os critérios legais previstos no texto constitucional no que a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
tange à perda da nacionalidade. Em outras palavras, o ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam
constituinte brasileiro não admite a figura do apátrida. a serviço de seu país;
Contudo, é exatamente por ser um direito que a b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
nacionalidade não pode ser uma obrigação, garantindo-se mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço
à pessoa o direito de deixar de ser nacional de um país e da República Federativa do Brasil;
passar a sê-lo de outro, mudando de nacionalidade, por c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de
um processo conhecido como naturalização. mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
Prevê a Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu brasileira competente ou venham a residir na República
artigo 15: “I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade. II) Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois
Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
nem do direito de mudar de nacionalidade”.
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos Tradicionalmente, são possíveis dois critérios para a
aprofunda-se em meios para garantir que toda pessoa atribuição da nacionalidade primária – nacional nato –,
tenha uma nacionalidade desde o seu nascimento ao adotar notadamente: ius soli, direito de solo, o nacional nascido
o critério do jus solis, explicitando que ao menos a pessoa 29 VALVERDE, Thiago Pellegrini. Comentários aos artigos XV
terá a nacionalidade do território onde nasceu, quando e XVI. In: BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Decla-
não tiver direito a outra nacionalidade por previsões legais ração Universal dos Direitos do Homem. Brasília: Fortium,
diversas. 2008, p. 87-88.
63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
em território do país independentemente da nacionalidade Destaque vai para o requisito da residência contínua. Em
dos pais; e ius sanguinis, direito de sangue, que não regra, o estrangeiro precisa residir no país por 4 anos contínuos,
depende do local de nascimento mas sim da descendência conforme o inciso III do referido artigo 112. No entanto, por
de um nacional do país (critério comum em países que previsão constitucional do artigo 12, II, “a”, se o estrangeiro
tiveram êxodo de imigrantes). foi originário de país com língua portuguesa o prazo de
O brasileiro nato, primeiramente, é aquele que nasce residência contínua é reduzido para 1 ano. Daí se afirmar que
no território brasileiro – critério do ius soli, ainda que filho o constituinte estabeleceu a naturalização ordinária no artigo
de pais estrangeiros, desde que não sejam estrangeiros que 12, II, “b” e a naturalização extraordinária no artigo 12, II, “a”.
estejam a serviço de seu país ou de organismo internacional Outra diferença sensível é que à naturalização ordinária
(o que geraria um conflito de normas). Contudo, também é se aplica o artigo 121 do Estatuto do Estrangeiro, segundo
possível ser brasileiro nato ainda que não se tenha nascido o qual “a satisfação das condições previstas nesta Lei não
no território brasileiro. assegura ao estrangeiro direito à naturalização”. Logo,
No entanto, a Constituição reconhece o brasileiro na naturalização ordinária não há direito subjetivo à
nato também pelo critério do ius sanguinis. Se qualquer naturalização, mesmo que preenchidos todos os requisitos.
dos pais estiver a serviço do Brasil, é considerado brasileiro Trata-se de ato discricionário do Ministério da Justiça. O
nato, mesmo que nasça em outro país. Se qualquer dos mesmo não vale para a naturalização extraordinária,
pais não estiverem a serviço do Brasil e a pessoa nascer quando há direito subjetivo, cabendo inclusive a busca do
no exterior é exigido que o nascido do exterior venha Poder Judiciário para fazê-lo valer30.
ao território brasileiro e aqui resida ou que tenha sido
registrado em repartição competente, caso em que poderá, c) Tratamento diferenciado
aos 18 anos, manifestar-se sobre desejar permanecer com A regra é que todo nacional brasileiro, seja ele nato ou
a nacionalidade brasileira ou não. naturalizado, deverá receber o mesmo tratamento. Neste
sentido, o artigo 12, § 2º, CF:
b) Brasileiros naturalizados
Artigo 12, §2º, CF. A lei não poderá estabelecer distinção
Art. 12, CF. São brasileiros: [...] entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
II - naturalizados: previstos nesta Constituição.
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos originários de países de língua Percebe-se que a Constituição simultaneamente
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto estabelece a não distinção e se reserva ao direito de
e idoneidade moral; estabelecer as hipóteses de distinção.
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, Algumas destas hipóteses de distinção já se encontram
residentes na República Federativa do Brasil há mais de enumeradas no parágrafo seguinte.
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal,
desde que requeiram a nacionalidade brasileira. Artigo 12, § 3º, CF. São privativos de brasileiro nato
os cargos:
A naturalização deve ser voluntária e expressa. I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
O Estatuto do Estrangeiro, Lei nº 6.815/1980, rege a II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
questão da naturalização em mais detalhes, prevendo no III - de Presidente do Senado Federal;
artigo 112: IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
Art. 112, Lei nº 6.815/1980. São condições para a VI - de oficial das Forças Armadas;
concessão da naturalização: VII - de Ministro de Estado da Defesa.
I - capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - ser registrado como permanente no Brasil; A lógica do dispositivo é a de que qualquer pessoa
III - residência contínua no território nacional, pelo no exercício da presidência da República ou de cargo
prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores que possa levar a esta posição provisoriamente deve
ao pedido de naturalização; ser natural do país (ausente o Presidente da República,
IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as seu vice-presidente desempenha o cargo; ausente este
condições do naturalizando; assume o Presidente da Câmara; também este ausente, em
V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à seguida, exerce o cargo o Presidente do Senado; e, por fim,
manutenção própria e da família; o Presidente do Supremo pode assumir a presidência na
VI - bom procedimento; ausência dos anteriores – e como o Presidente do Supremo
VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação é escolhido num critério de revezamento nenhum membro
no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada pode ser naturalizado); ou a de que o cargo ocupado
pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior possui forte impacto em termos de representação do país
a 1 (um) ano; e ou de segurança nacional.
VIII - boa saúde. 30 FARIA, Cássio Juvenal. Notas pessoais tomadas em
teleconferência.
64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Outras exceções são: não aceitação, em regra, de brasileiro 5) Deportação, expulsão e entrega
naturalizado como membro do Conselho da República A deportação representa a devolução compulsória
(artigos 89 e 90, CF); impossibilidade de ser proprietário de de um estrangeiro que tenha entrado ou esteja de forma
empresa jornalística, de radiodifusão sonora e imagens, salvo irregular no território nacional, estando prevista na Lei nº
se já naturalizado há 10 anos (artigo 222, CF); possibilidade 6.815/1980, em seus artigos 57 e 58. Neste caso, não houve
de extradição do brasileiro naturalizado que tenha praticado prática de qualquer ato nocivo ao Brasil, havendo, pois,
crime comum antes da naturalização ou, depois dela, crime mera irregularidade de visto.
de tráfico de drogas (artigo 5º, LI, CF). A expulsão é a retirada “à força” do território brasileiro
de um estrangeiro que tenha praticado atos tipificados no
3) Quase-nacionalidade: caso dos portugueses artigo 65 e seu parágrafo único, ambos da Lei nº 6.815/1980:
Nos termos do artigo 12, § 1º, CF:
Art. 65, Lei nº 6.815/1980. É passível de expulsão
Artigo 12, §1º, CF. Aos portugueses com residência o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra
permanente no País, se houver reciprocidade em favor a segurança nacional, a ordem política ou social, a
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular,
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos
interesses nacionais.
É uma regra que só vale se os brasileiros receberem o Parágrafo único. É passível, também, de expulsão o
mesmo tratamento, questão regulamentada pelo Tratado estrangeiro que:
de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República a) praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou
Federativa do Brasil e a República Portuguesa, assinado em permanência no Brasil;
22 de abril de 2000 (Decreto nº 3.927/2001). b) havendo entrado no território nacional com infração
As vantagens conferidas são: igualdade de direitos à lei, dele não se retirar no prazo que lhe for determinado
civis, não sendo considerado um estrangeiro; gozo de para fazê-lo, não sendo aconselhável a deportação;
direitos políticos se residir há 3 anos no país, autorizando- c) entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou
se o alistamento eleitoral. No caso de exercício dos d) desrespeitar proibição especialmente prevista em lei
direitos políticos nestes moldes, os direitos desta natureza para estrangeiro.
ficam suspensos no outro país, ou seja, não exerce
simultaneamente direitos políticos nos dois países. A entrega (ou surrender) consiste na submissão de
um nacional a um tribunal internacional do qual o próprio
4) Perda da nacionalidade país faz parte. É o que ocorreria, por exemplo, se o Brasil
Artigo 12, § 4º, CF. Será declarada a perda da entregasse um brasileiro para julgamento pelo Tribunal
nacionalidade do brasileiro que: Penal Internacional (competência reconhecida na própria
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença Constituição no artigo 5º, §4º).
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional; 6) Extradição
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: A extradição é ato diverso da deportação, da expulsão e
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela da entrega. Extradição é um ato de cooperação internacional
lei estrangeira; que consiste na entrega de uma pessoa, acusada ou
b) de imposição de naturalização, pela norma condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama.
estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, O Brasil, sob hipótese alguma, extraditará brasileiros natos
como condição para permanência em seu território ou para mas quanto aos naturalizados assim permite caso tenham
o exercício de direitos civis. praticado crimes comuns (exceto crimes políticos e/ou
de opinião) antes da naturalização, ou, mesmo depois
A respeito do inciso I do §4º do artigo 12, a Lei nº 818, da naturalização, em caso de envolvimento com o tráfico
de 18 de setembro de 1949 regula a aquisição, a perda ilícito de entorpecentes (artigo 5º, LI e LII, CF).
e a reaquisição da nacionalidade, e a perda dos direitos Aplicam-se os seguintes princípios à extradição:
políticos. No processo deve ser respeitado o contraditório a) Princípio da Especialidade: Significa que o estrangeiro
e a iniciativa de propositura é do Procurador da República. só pode ser julgado pelo Estado requerente pelo crime
No que tange ao inciso II do parágrafo em estudo, objeto do pedido de extradição. O importante é que o
percebe-se a aceitação da figura do polipátrida. Na extraditado só seja submetido às penas relativas aos crimes
alínea “a” aceita-se que a pessoa tenha nacionalidade que foram objeto do pedido de extradição.
brasileira e outra se ao seu nascimento tiver adquirido b) Princípio da Dupla Punibilidade: O fato praticado deve ser
simultaneamente a nacionalidade do Brasil e outro país; na punível no Estado requerente e no Brasil. Logo, além do fato ser
alínea “b” é reconhecida a mesma situação se a aquisição típico em ambos os países, deve ser punível em ambos (se houve
da nacionalidade do outro país for uma exigência para prescrição em algum dos países, p. ex., não pode ocorrer a extradição).
continuar lá permanecendo ou exercendo seus direitos c) Princípio da Retroatividade dos Tratados: O fato
civis, pois se assim não o fosse o brasileiro seria forçado de um tratado de extradição entre dois países ter sido
a optar por uma nacionalidade e, provavelmente, se ver celebrado após a ocorrência do crime não impede a
privado da nacionalidade brasileira. extradição.
65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
d) Princípio da Comutação da Pena (Direitos Humanos): A democracia brasileira adota a modalidade semidireta,
Se o crime for apenado por qualquer das penas vedadas porque possibilita a participação popular direta no poder
pelo artigo 5º, XLVII da CF, a extradição não será autorizada, por intermédio de processos como o plebiscito, o referendo
salvo se houver a comutação da pena, transformação para e a iniciativa popular. Como são hipóteses restritas, pode-
uma pena aceita no Brasil. se afirmar que a democracia indireta é predominantemente
adotada no Brasil, por meio do sufrágio universal e do voto
7) Idioma e símbolos direto e secreto com igual valor para todos. Quanto ao voto
Art. 13, CF. A língua portuguesa é o idioma oficial da direto e secreto, trata-se do instrumento para o exercício
República Federativa do Brasil. da capacidade ativa do sufrágio universal.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a Por seu turno, o que diferencia o plebiscito do
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. referendo é o momento da consulta à população: no
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios plebiscito, primeiro se consulta a população e depois se
poderão ter símbolos próprios. toma a decisão política; no referendo, primeiro se toma a
decisão política e depois se consulta a população. Embora
Idioma é a língua falada pela população, que confere os dois partam do Congresso Nacional, o plebiscito é
caráter diferenciado em relação à população do resto do convocado, ao passo que o referendo é autorizado (art. 49,
mundo. Sendo assim, é manifestação social e cultural de XV, CF), ambos por meio de decreto legislativo. O que os
uma nação. assemelha é que os dois são “formas de consulta ao povo
Os símbolos, por sua vez, representam a imagem para que delibere sobre matéria de acentuada relevância,
da nação e permitem o seu reconhecimento nacional e de natureza constitucional, legislativa ou administrativa”31.
internacionalmente. Na iniciativa popular confere-se à população o poder
Por esta intrínseca relação com a nacionalidade, a de apresentar projeto de lei à Câmara dos Deputados,
previsão é feito dentro do capítulo do texto constitucional mediante assinatura de 1% do eleitorado nacional,
que aborda o tema. distribuído por 5 Estados no mínimo, com não menos de
0,3% dos eleitores de cada um deles. Em complemento,
Direitos políticos prevê o artigo 61, §2°, CF:
Como mencionado, a nacionalidade é corolário dos
direitos políticos, já que somente um nacional pode Art. 61, § 2º, CF. A iniciativa popular pode ser exercida
adquirir direitos políticos. No entanto, nem todo nacional pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei
é titular de direitos políticos. Os nacionais que são titulares subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
de direitos políticos são denominados cidadãos. Significa distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de
afirmar que nem todo nacional brasileiro é um cidadão três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
brasileiro, mas somente aquele que for titular do direito de
sufrágio universal. 3) Obrigatoriedade do alistamento eleitoral e do
voto
1) Sufrágio universal O alistamento eleitoral e o voto para os maiores de
A primeira parte do artigo 14, CF, prevê que “a soberania dezoito anos são, em regra, obrigatórios. Há facultatividade
popular será exercida pelo sufrágio universal [...]”. para os analfabetos, os maiores de setenta anos e os
Sufrágio universal é a soma de duas capacidades maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
eleitorais, a capacidade ativa – votar e exercer a democracia
direta – e a capacidade passiva – ser eleito como Artigo 14, § 1º, CF. O alistamento eleitoral e o voto são:
representante no modelo da democracia indireta. Ou I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
ainda, sufrágio universal é o direito de todos cidadãos de II - facultativos para:
votar e ser votado. O voto, que é o ato pelo qual se exercita a) os analfabetos;
o sufrágio, deverá ser direto e secreto. b) os maiores de setenta anos;
Para ter capacidade passiva é necessário ter a ativa, c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
mas não apenas isso, há requisitos adicionais. Sendo assim,
nem toda pessoa que tem capacidade ativa tem também No mais, esta obrigatoriedade se aplica aos nacionais
capacidade passiva, embora toda pessoa que tenha brasileiros, já que, nos termos do artigo 14, §2º, CF:
capacidade passiva tenha necessariamente a ativa.
Artigo 14, §2º, CF. Não podem alistar-se como eleitores
2) Democracia direta e indireta os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
Art. 14, CF. A soberania popular será exercida pelo obrigatório, os conscritos.
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: Quanto aos conscritos, são aqueles que estão
I - plebiscito; prestando serviço militar obrigatório, pois são necessárias
II - referendo; tropas disponíveis para os dias da eleição.
III - iniciativa popular. 31 LENZA, Pedro. Curso de direito constitucional es-
quematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4) Elegibilidade
O artigo 14, §§ 3º e 4º, CF, descrevem as condições O artigo 14, §4º, CF traz duas hipóteses de
de elegibilidade, ou seja, os requisitos que devem ser inelegibilidade, que são absolutas, atingem todos os
preenchidos para que uma pessoa seja eleita, no exercício cargos. Para ser elegível é preciso ser alfabetizado (os
de sua capacidade passiva do sufrágio universal. analfabetos têm a faculdade de votar, mas não podem ser
votados) e é preciso possuir a capacidade eleitoral ativa –
Artigo 14, § 3º, CF. São condições de elegibilidade, na poder votar (inalistáveis são aqueles que não podem tirar o
forma da lei: título de eleitor, portanto, não podem votar, notadamente:
I - a nacionalidade brasileira; os estrangeiros e os conscritos durante o serviço militar
II - o pleno exercício dos direitos políticos; obrigatório).
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; Artigo 14, §5º, CF. O Presidente da República, os
V - a filiação partidária; Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos
VI - a idade mínima de: e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente mandatos poderão ser reeleitos para um único período
da República e Senador; subsequente.
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal; Descreve-se no dispositivo uma hipótese de
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado inelegibilidade relativa. Se um Chefe do Poder Executivo de
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; qualquer das esferas for substituído por seu vice no curso
d) dezoito anos para Vereador. do mandato, este vice somente poderá ser eleito para um
período subsequente.
Artigo 14, § 4º, CF. São inelegíveis os inalistáveis e os Ex.: Governador renuncia ao mandato no início do seu
analfabetos. último ano de governo para concorrer ao Senado Federal
e é substituído pelo seu vice-governador. Se este se
Dos incisos I a III denotam-se requisitos correlatos à candidatar e for eleito, não poderá ao final deste mandato
nacionalidade e à titularidade de direitos políticos. Logo, se reeleger. Isto é, se o mandato o candidato renuncia no
para ser eleito é preciso ser cidadão. início de 2010 o seu mandato de 2007-2010, assumindo o
O domicílio eleitoral é o local onde a pessoa se alista vice em 2010, poderá este se candidatar para o mandato
como eleitor e, em regra, é no município onde reside, mas 2011-2014, mas caso seja eleito não poderá se reeleger
pode não o ser caso analisados aspectos como o vínculo para o mandato 2015-2018 no mesmo cargo. Foi o que
de afeto com o local (ex.: Presidente Dilma vota em Porto aconteceu com o ex-governador de Minas Gerais, Antônio
Alegre – RS, embora resida em Brasília – DF). Sendo assim, Anastasia, que assumiu em 2010 no lugar de Aécio Neves o
para se candidatar a cargo no município, deve ter domicílio governo do Estado de Minas Gerais e foi eleito governador
eleitoral nele; para se candidatar a cargo no estado, deve entre 2011 e 2014, mas não pode se candidatar à reeleição,
ter domicílio eleitoral em um de seus municípios; para se concorrendo por isso a uma vaga no Senado Federal.
candidatar a cargo nacional, deve ter domicílio eleitoral
em uma das unidades federadas do país. Aceita-se a Artigo 14, §6º, CF. Para concorrerem a outros cargos,
transferência do domicílio eleitoral ao menos 1 ano antes o Presidente da República, os Governadores de Estado e
das eleições. do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos
A filiação partidária implica no lançamento da respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
candidatura por um partido político, não se aceitando a
filiação avulsa. São inelegíveis absolutamente, para quaisquer cargos,
Finalmente, o §3º do artigo 14, CF, coloca o requisito os chefes do Executivo que não renunciarem aos seus
etário, com faixa etária mínima para o desempenho de mandatos até seis meses antes do pleito eleitoral, antes
cada uma das funções, a qual deve ser auferida na data da das eleições. Ex.: Se a eleição aconteceu em 05/10/2014,
posse. necessário que tivesse renunciado até 04/04/2014.
67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
de quem os tenha substituído ao final do mandato, a não e) os que forem condenados, em decisão transitada em
ser que seja já titular de mandato eletivo e candidato à julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a
reeleição. condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após
o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela
Artigo 14, §8º, CF. O militar alistável é elegível, Lei Complementar nº 135, de 2010)
atendidas as seguintes condições: 1. contra a economia popular, a fé pública, a
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá administração pública e o patrimônio público; (Incluído pela
afastar-se da atividade; Lei Complementar nº 135, de 2010)
II - se contar mais de dez anos de serviço, será 2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro,
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. falência; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
3. contra o meio ambiente e a saúde pública; (Incluído
São inelegíveis absolutamente, para quaisquer cargos,
pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
os militares que não podem se alistar ou os que podem, mas
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de
não preenchem as condições do §8º do artigo 14, CF, ou
liberdade; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
seja, se não se afastar da atividade caso trabalhe há menos
5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver
de 10 anos, se não for agregado pela autoridade superior
(suspenso do exercício das funções por sua autoridade sem condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o
prejuízo de remuneração) caso trabalhe há mais de 10 anos exercício de função pública; (Incluído pela Lei Complementar
(sendo que a eleição passa à condição de inativo). nº 135, de 2010)
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
Artigo 14, §9º, CF. Lei complementar estabelecerá (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, 7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo,
a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade tortura, terrorismo e hediondos;
para exercício de mandato considerada vida pregressa do 8. de redução à condição análoga à de escravo; (Incluído
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
contra a influência do poder econômico ou o abuso do 9. contra a vida e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei
exercício de função, cargo ou emprego na administração Complementar nº 135, de 2010)
direta ou indireta. 10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou
bando; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
O rol constitucional de inelegibilidades dos parágrafos do f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou
artigo 14 não é taxativo, pois lei complementar pode estabelecer com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos; (Redação
outros casos, tanto de inelegibilidades absolutas como de dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
inelegibilidades relativas. Neste sentido, a Lei Complementar nº g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de
64, de 18 de maio de 1990, estabelece casos de inelegibilidade, cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade
prazos de cessação, e determina outras providências. Esta lei insanável que configure ato doloso de improbidade
foi alterada por aquela que ficou conhecida como Lei da Ficha administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão
Limpa, Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010, competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada
principalmente em seu artigo 1º, que segue. pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos
8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão,
Art. 1º, Lei Complementar nº 64/1990. São inelegíveis:
aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição
I - para qualquer cargo:
Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de
a) os inalistáveis e os analfabetos;
mandatários que houverem agido nessa condição; (Redação
b) os membros do Congresso Nacional, das Assembleias
dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais,
que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência h) os detentores de cargo na administração pública
do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a
dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do forem condenados em decisão transitada em julgado ou
Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual
período remanescente do mandato para o qual foram eleitos concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as
e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura; que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada
d) os que tenham contra sua pessoa representação pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento
transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de
em processo de apuração de abuso do poder econômico processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam
ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva
sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 decretação, cargo ou função de direção, administração ou
(oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar representação, enquanto não forem exonerados de qualquer
nº 135, de 2010) responsabilidade;
68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
j) os que forem condenados, em decisão transitada em a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente
julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, de seus cargos e funções:
por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por 1. os Ministros de Estado:
doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha 2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e
ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas militar, da Presidência da República;
eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, 3. o chefe do órgão de assessoramento de informações
pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela da Presidência da República;
Lei Complementar nº 135, de 2010) 4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
k) o Presidente da República, o Governador de Estado 5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da
e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso República;
Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara 6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e
Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus da Aeronáutica;
mandatos desde o oferecimento de representação ou petição 7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;
capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a 8. os Magistrados;
dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, 9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de
da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
Município, para as eleições que se realizarem durante o mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público;
período remanescente do mandato para o qual foram eleitos 10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de
e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura; Territórios;
(Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 11. os Interventores Federais;
l) os que forem condenados à suspensão dos direitos 12. os Secretários de Estado;
políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida 13. os Prefeitos Municipais;
por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade 14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos
administrativa que importe lesão ao patrimônio público e Estados e do Distrito Federal;
enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em 15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;
julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o 16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os
cumprimento da pena; (Incluído pela Lei Complementar nº Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos Ministérios
135, de 2010) e as pessoas que ocupem cargos equivalentes;
m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por b) os que tenham exercido, nos 6 (seis) meses anteriores
decisão sancionatória do órgão profissional competente, em à eleição, nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e
decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de
(oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação
pelo Poder Judiciário; (Incluído pela Lei Complementar nº prévia do Senado Federal;
135, de 2010) c) (Vetado);
n) os que forem condenados, em decisão transitada em d) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tiverem
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão competência ou interesse, direta, indireta ou eventual, no
de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas
de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais,
pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;
fraude; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) e) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tenham
o) os que forem demitidos do serviço público em exercido cargo ou função de direção, administração ou
decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5°
prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato da Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962, quando, pelo
houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; âmbito e natureza de suas atividades, possam tais empresas
(Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) influir na economia nacional;
p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas f) os que, detendo o controle de empresas ou grupo de
responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão previstas no parágrafo único do art. 5° da lei citada na alínea
colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos anterior, não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis)
após a decisão, observando-se o procedimento previsto no meses antes do pleito, a prova de que fizeram cessar o abuso
art. 22; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) apurado, do poder econômico, ou de que transferiram, por
q) os magistrados e os membros do Ministério Público força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de
que forem aposentados compulsoriamente por decisão empresas;
sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores
que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração
na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo ou representação em entidades representativas de classe,
prazo de 8 (oito) anos; (Incluído pela Lei Complementar nº mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas
135, de 2010) pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: pela Previdência Social;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
h) os que, até 6 (seis) meses depois de afastados das b) em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis
funções, tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas
Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos
de operações financeiras e façam publicamente apelo à prazos;
poupança e ao crédito, inclusive através de cooperativas e VI - para a Câmara dos Deputados, Assembleia
da empresa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável,
forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado
se decorrentes de contratos que obedeçam a cláusulas Federal, nas mesmas condições estabelecidas, observados os
uniformes; mesmos prazos;
i) os que, dentro de 6 (seis) meses anteriores ao pleito, VII - para a Câmara Municipal:
hajam exercido cargo ou função de direção, administração a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações,
ou representação em pessoa jurídica ou em empresa que os inelegíveis para o Senado Federal e para a Câmara dos
mantenha contrato de execução de obras, de prestação de
Deputados, observado o prazo de 6 (seis) meses para a
serviços ou de fornecimento de bens com órgão do Poder
desincompatibilização;
Público ou sob seu controle, salvo no caso de contrato que
b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de
obedeça a cláusulas uniformes;
Prefeito e Vice-Prefeito, observado o prazo de 6 (seis) meses
j) os que, membros do Ministério Público, não se tenham
afastado das suas funções até 6 (seis) meses anteriores ao pleito; para a desincompatibilização .
I) os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos § 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da
órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos
dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder até 6 (seis) meses antes do pleito.
Público, não se afastarem até 3 (três) meses anteriores ao § 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o
pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos,
integrais; preservando os seus mandatos respectivos, desde que,
III - para Governador e Vice-Governador de Estado e do nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham
Distrito Federal; sucedido ou substituído o titular.
a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice- § 3° São inelegíveis, no território de jurisdição do titular,
Presidente da República especificados na alínea a do inciso II o cônjuge e os parentes, consanguíneos ou afins, até o
deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
de repartição pública, associação ou empresas que operem de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal,
no território do Estado ou do Distrito Federal, observados os de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
mesmos prazos; 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
b) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente mandato eletivo e candidato à reeleição.
de seus cargos ou funções: § 4º A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I
1. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles
do Estado ou do Distrito Federal; definidos em lei como de menor potencial ofensivo,
2. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar e nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei
Zona Aérea; Complementar nº 135, de 2010)
3. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de § 5º A renúncia para atender à desincompatibilização
assistência aos Municípios;
com vistas a candidatura a cargo eletivo ou para assunção
4. os secretários da administração municipal ou
de mandato não gerará a inelegibilidade prevista na alínea k,
membros de órgãos congêneres;
a menos que a Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
nesta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar
a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações,
os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente nº 135, de 2010).
da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para 6) Impugnação de mandato
a desincompatibilização; Encerrando a disciplina, o artigo 14, CF, aborda a
b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública impugnação de mandato.
em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao
pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais; Artigo 14, § 10, CF. O mandato eletivo poderá ser
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito; contados da diplomação, instruída a ação com provas de
V - para o Senado Federal: abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-
Presidente da República especificados na alínea a do inciso Artigo 14, § 11, CF. A ação de impugnação de mandato
II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
tratar de repartição pública, associação ou empresa que forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
opere no território do Estado, observados os mesmos prazos;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Todas as diretivas de leis específicas sobre a ética c) Princípio da moralidade: A posição deste princípio
no setor público partem da Constituição Federal, que no artigo 37 da CF representa o reconhecimento de
estabelece alguns princípios fundamentais para a uma espécie de moralidade administrativa, intimamente
ética no setor público. Em outras palavras, é o texto relacionada ao poder público. A administração pública
constitucional do artigo 37, especialmente o caput, que não atua como um particular, de modo que enquanto
permite a compreensão de boa parte do conteúdo das leis o descumprimento dos preceitos morais por parte
específicas, porque possui um caráter amplo ao preconizar deste particular não é punido pelo Direito (a priori), o
os princípios fundamentais da administração pública. ordenamento jurídico adota tratamento rigoroso do
Estabelece a Constituição Federal: comportamento imoral por parte dos representantes do
Estado. O princípio da moralidade deve se fazer presente
Artigo 37, CF. A administração pública direta e indireta não só para com os administrados, mas também no âmbito
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito interno. Está indissociavelmente ligado à noção de bom
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de administrador, que não somente deve ser conhecedor da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e lei, mas também dos princípios éticos regentes da função
eficiência e, também, ao seguinte: [...] administrativa. TODO ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE
ILEGAL OU AO MENOS IMPESSOAL, daí a intrínseca ligação
São princípios da administração pública, nesta ordem: com os dois princípios anteriores.
Legalidade d) Princípio da publicidade: A administração pública
Impessoalidade é obrigada a manter transparência em relação a todos seus
Moralidade atos e a todas informações armazenadas nos seus bancos
Publicidade de dados. Daí a publicação em órgãos da imprensa e a
Eficiência afixação de portarias. Por exemplo, a própria expressão
Para memorizar: veja que as iniciais das palavras formam concurso público (art. 37, II, CF) remonta ao ideário de que
o vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada da todos devem tomar conhecimento do processo seletivo de
Administração Pública. É de fundamental importância um servidores do Estado. Diante disso, como será visto, se negar
olhar atento ao significado de cada um destes princípios, indevidamente a fornecer informações ao administrado
posto que eles estruturam todas as regras éticas prescritas caracteriza ato de improbidade administrativa.
no Código de Ética e na Lei de Improbidade Administrativa, No mais, prevê o §1º do artigo 37, CF, evitando que o
tomando como base os ensinamentos de Carvalho Filho32 princípio da publicidade seja deturpado em propaganda
e Spitzcovsky33: político-eleitoral:
a) Princípio da legalidade: Para o particular, legalidade
significa a permissão de fazer tudo o que a lei não proíbe. Artigo 37, §1º, CF. A publicidade dos atos, programas,
Contudo, como a administração pública representa os obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
interesses da coletividade, ela se sujeita a uma relação caráter educativo, informativo ou de orientação social,
de subordinação, pela qual só poderá fazer o que a lei dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
expressamente determina (assim, na esfera estatal, é preciso caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
lei anterior editando a matéria para que seja preservado o públicos.
princípio da legalidade). A origem deste princípio está na
criação do Estado de Direito, no sentido de que o próprio Somente pela publicidade os indivíduos controlarão
Estado deve respeitar as leis que dita. a legalidade e a eficiência dos atos administrativos. Os
b) Princípio da impessoalidade: Por força dos instrumentos para proteção são o direito de petição e
interesses que representa, a administração pública as certidões (art. 5°, XXXIV, CF), além do habeas data e -
está proibida de promover discriminações gratuitas. residualmente - do mandado de segurança. Neste viés,
Discriminar é tratar alguém de forma diferente dos demais, ainda, prevê o artigo 37, CF em seu §3º:
privilegiando ou prejudicando. Segundo este princípio, a
administração pública deve tratar igualmente todos aqueles Artigo 37, §3º, CF. A lei disciplinará as formas de
que se encontrem na mesma situação jurídica (princípio participação do usuário na administração pública
da isonomia ou igualdade). Por exemplo, a licitação direta e indireta, regulando especialmente:
reflete a impessoalidade no que tange à contratação de I - as reclamações relativas à prestação dos serviços
serviços. O princípio da impessoalidade correlaciona-se ao públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
princípio da finalidade, pelo qual o alvo a ser alcançado atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
pela administração pública é somente o interesse público. interna, da qualidade dos serviços;
Com efeito, o interesse particular não pode influenciar no II - o acesso dos usuários a registros administrativos e
tratamento das pessoas, já que deve-se buscar somente a a informações sobre atos de governo, observado o disposto
preservação do interesse coletivo. no art. 5º, X e XXXIII;
32 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito III - a disciplina da representação contra o exercício
administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010 negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
33 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. administração pública.
São Paulo: Método, 2011.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 10, Lei nº 8.112/90. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua
validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção,
serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.
No concurso de provas o candidato é avaliado apenas pelo seu desempenho nas provas, ao passo que nos concursos
de provas e títulos o seu currículo em toda sua atividade profissional também é considerado. Cargo em comissão é o cargo
de confiança, que não exige concurso público, sendo exceção à regra geral.
Artigo 37, III, CF. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período.
Artigo 37, IV, CF. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público
de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego,
na carreira.
Artigo 12, Lei nº 8.112/1990. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período.
§1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no
Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade
não expirado.
O edital delimita questões como valor da taxa de inscrição, casos de isenção, número de vagas e prazo de validade.
Havendo candidatos aprovados na vigência do prazo do concurso, ele deve ser chamado para assumir eventual vaga e não
ser realizado novo concurso.
Destaca-se que o §2º do artigo 37, CF, prevê:
Artigo 37, §2º, CF. A não-observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
Com efeito, há tratamento rigoroso da responsabilização daquele que viola as diretrizes mínimas sobre o ingresso no
serviço público, que em regra se dá por concurso de provas ou de provas e títulos.
Artigo 37, V, CF. As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
37 http://direitoemquadrinhos.blogspot.com.br/2011/03/quadro-comparativo-funcao-de-confianca.html
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 37, VI, CF. É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
A liberdade de associação é garantida aos servidores públicos tal como é garantida a todos na condição de direito
individual e de direito social.
Artigo 37, VII, CF. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
O Supremo Tribunal Federal decidiu que os servidores públicos possuem o direito de greve, devendo se atentar pela
preservação da sociedade quando exercê-lo. Enquanto não for elaborada uma legislação específica para os funcionários
públicos, deverá ser obedecida a lei geral de greve para os funcionários privados, qual seja a Lei n° 7.783/89 (Mandado de
Injunção nº 20).
Artigo 37, VIII, CF. A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência
e definirá os critérios de sua admissão.
Artigo 5º, Lei nº 8.112/90. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas
serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Artigo 37, IX, CF. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
A Lei nº 8.745/1993 regulamenta este inciso da Constituição, definindo a natureza da relação estabelecida entre o
servidor contratado e a Administração Pública, para atender à “necessidade temporária de excepcional interesse público”.
“Em se tratando de relação subordinada, isto é, de relação que comporta dependência jurídica do servidor perante o
Estado, duas opções se ofereciam: ou a relação seria trabalhista, agindo o Estado iure gestionis, sem usar das prerrogativas de
Poder Público, ou institucional, estatutária, preponderando o ius imperii do Estado. Melhor dizendo: o sistema preconizado
pela Carta Política de 1988 é o do contrato, que tanto pode ser trabalhista (inserindo-se na esfera do Direito Privado) quanto
administrativo (situando-se no campo do Direito Público). [...] Uma solução intermediária não deixa, entretanto, de ser
legítima. Pode-se, com certeza, abonar um sistema híbrido, eclético, no qual coexistam normas trabalhistas e estatutárias,
pondo-se em contiguidade os vínculos privado e administrativo, no sentido de atender às exigências do Estado moderno,
que procura alcançar os seus objetivos com a mesma eficácia dos empreendimentos não-governamentais”38.
Artigo 37, X, CF. A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Artigo 37, XV, CF. O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Artigo 37, §10, CF. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou
dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na
forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
38 VOGEL NETO, Gustavo Adolpho. Contratação de servidores para atender a necessidade temporária de excepcio-
nal interesse público. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_39/Artigos/Art_Gustavo.htm>. Acesso
em: 23 dez. 2014.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal
exercício de cargo público, com valor fixado em lei. Federal. Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração
as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo
efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes Com efeito, os §§ 11 e 12 do artigo 37, CF tecem
estabelecidas em lei. aprofundamentos sobre o mencionado inciso XI:
§ 1º A remuneração do servidor investido em função
ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art. Artigo 37, § 11, CF. Não serão computadas, para
62. efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI
§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório
órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a previstas em lei.
remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do art.
93. Artigo 37, § 12, CF. Para os fins do disposto no inciso
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
vantagens de caráter permanente, é irredutível. Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda
§ 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo único, o subsídio mensal dos Desembargadores do
Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
ao local de trabalho. mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não
§ 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos
ao salário mínimo. Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 37, XVII, CF. A proibição de acumular estende-se “Os artigos 118 a 120 da Lei nº 8.112/90 ao tratarem da
a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, acumulação de cargos e funções públicas, regulamentam,
empresas públicas, sociedades de economia mista, no âmbito do serviço público federal a vedação genérica
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou constante do art. 37, incisos VXI e XVII, da Constituição da
indiretamente, pelo poder público. República. De fato, a acumulação ilícita de cargos públicos
constitui uma das infrações mais comuns praticadas por
Segundo Carvalho Filho39, “o fundamento da proibição servidores públicos, o que se constata observando o
é impedir que o cúmulo de funções públicas faça com que elevado número de processos administrativos instaurados
o servidor não execute qualquer delas com a necessária com esse objeto. O sistema adotado pela Lei nº 8.112/90
eficiência. Além disso, porém, pode-se observar que o é relativamente brando, quando cotejado com outros
Constituinte quis também impedir a cumulação de ganhos estatutos de alguns Estados, visto que propicia ao servidor
em detrimento da boa execução de tarefas públicas. [...] incurso nessa ilicitude diversas oportunidades para
Nota-se que a vedação se refere à acumulação remunerada. regularizar sua situação e escapar da pena de demissão.
Em consequência, se a acumulação só encerra a percepção Também prevê a lei em comentário, um processo
de vencimentos por uma das fontes, não incide a regra administrativo simplificado (processo disciplinar de rito
constitucional proibitiva”. sumário) para a apuração dessa infração – art. 133” 40.
A Lei nº 8.112/1990 regulamenta intensamente a
questão: Artigo 37, XVIII, CF. A administração fazendária
e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
Artigo 118, Lei nº 8.112/1990. Ressalvados os casos competência e jurisdição, precedência sobre os demais
previstos na Constituição, é vedada a acumulação setores administrativos, na forma da lei.
remunerada de cargos públicos.
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, Artigo 37, XXII, CF. As administrações tributárias
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
empresas públicas, sociedades de economia mista da
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas,
dos Municípios.
terão recursos prioritários para a realização de suas
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
condicionada à comprovação da compatibilidade de
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na
horários.
forma da lei ou convênio.
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção
de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
“O Estado tem como finalidade essencial a garantia
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
decorram essas remunerações forem acumuláveis na do bem-estar de seus cidadãos, seja através dos serviços
atividade. públicos que disponibiliza, seja através de investimentos na
área social (educação, saúde, segurança pública). Para atingir
Art. 119, Lei nº 8.112/1990. O servidor não poderá esses objetivos primários, deve desenvolver uma atividade
exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso financeira, com o intuito de obter recursos indispensáveis
previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado às necessidades cuja satisfação se comprometeu quando
pela participação em órgão de deliberação coletiva. estabeleceu o “pacto” constitucional de 1988. [...] A
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica importância da Administração Tributária foi reconhecida
à remuneração devida pela participação em conselhos de expressamente pelo constituinte que acrescentou, no
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de artigo 37 da Carta Magna, o inciso XVIII, estabelecendo
economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como a sua precedência e de seus servidores sobre os demais
quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta setores da Administração Pública, dentro de suas áreas de
ou indiretamente, detenha participação no capital social, competência”41.
observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.
Artigo 37, XIX, CF. Somente por lei específica poderá
Art. 120, Lei nº 8.112/1990. O servidor vinculado ao ser criada autarquia e autorizada a instituição de
regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos empresa pública, de sociedade de economia mista e de
efetivos, quando investido em cargo de provimento em fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo definir as áreas de sua atuação.
na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local
com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades 40 MORGATO, Almir. O Regime Disciplinar dos Servidores
máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. Públicos da União. Disponível em: <http://www.canaldos-
concursos.com.br/artigos/almirmorgado_artigo1.pdf>. Acesso
39 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de em: 11 ago. 2013
direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 41 http://www.sindsefaz.org.br/parecer_administracao_tribu-
2010. taria_sao_paulo.htm
77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 37, XX, CF. Depende de autorização legislativa, A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, regulamenta o
em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação para licitações e contratos da Administração Pública e dá
de qualquer delas em empresa privada. outras providências. Licitação nada mais é que o conjunto
de procedimentos administrativos (administrativos porque
Órgãos da administração indireta somente podem parte da administração pública) para as compras ou serviços
ser criados por lei específica e a criação de subsidiárias contratados pelos governos Federal, Estadual ou Municipal,
destes dependem de autorização legislativa (o Estado cria ou seja todos os entes federativos. De forma mais simples,
e controla diretamente determinada empresa pública ou podemos dizer que o governo deve comprar e contratar
sociedade de economia mista, e estas, por sua vez, passam serviços seguindo regras de lei, assim a licitação é um
a gerir uma nova empresa, denominada subsidiária. processo formal onde há a competição entre os interessados.
Ex.: Transpetro, subsidiária da Petrobrás). “Abrimos um
parêntese para observar que quase todos os autores Artigo 37, §5º, CF. A lei estabelecerá os prazos de
que abordam o assunto afirmam categoricamente que, a prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
despeito da referência no texto constitucional a ‘subsidiárias servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas
das entidades mencionadas no inciso anterior’, somente as respectivas ações de ressarcimento.
empresas públicas e sociedades de economia mista podem
ter subsidiárias, pois a relação de controle que existe A prescrição dos ilícitos praticados por servidor
entre a pessoa jurídica matriz e a subsidiária seria própria encontra disciplina específica no artigo 142 da Lei nº
de pessoas com estrutura empresarial, e inadequada a 8.112/1990:
autarquias e fundações públicas. OUSAMOS DISCORDAR.
Parece-nos que, se o legislador de um ente federado Art. 142, Lei nº 8.112/1990. A ação disciplinar
pretendesse, por exemplo, autorizar a criação de uma prescreverá:
subsidiária de uma fundação pública, NÃO haveria base I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
constitucional para considerar inválida sua autorização”42.
destituição de cargo em comissão;
Ainda sobre a questão do funcionamento da
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
administração indireta e de suas subsidiárias, destaca-se o
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência.
previsto nos §§ 8º e 9º do artigo 37, CF:
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em
que o fato se tornou conhecido.
Artigo 37, §8º, CF. A autonomia gerencial, orçamentária
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal
e financeira dos órgãos e entidades da administração direta
aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser como crime.
firmado entre seus administradores e o poder público, que § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: final proferida por autoridade competente.
I - o prazo de duração do contrato; § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, começará a correr a partir do dia em que cessar a
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; interrupção.
III - a remuneração do pessoal.
Prescrição é um instituto que visa regular a perda do
Artigo 37, § 9º, CF. O disposto no inciso XI aplica-se às direito de acionar judicialmente. No caso, o prazo é de 5
empresas públicas e às sociedades de economia mista anos para as infrações mais graves, 2 para as de gravidade
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, intermediária (pena de suspensão) e 180 dias para as
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para menos graves (pena de advertência), contados da data
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. em que o fato se tornou conhecido pela administração
pública. Se a infração disciplinar for crime, valerão os
Continua o artigo 37, CF: prazos prescricionais do direito penal, mais longos, logo,
menos favoráveis ao servidor. Interrupção da prescrição
Artigo 37, XXI, CF. Ressalvados os casos especificados significa parar a contagem do prazo para que, retornando,
na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão comece do zero. Da abertura da sindicância ou processo
contratados mediante processo de licitação pública que administrativo disciplinar até a decisão final proferida por
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, autoridade competente não corre a prescrição. Proferida a
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, decisão, o prazo começa a contar do zero. Passado o prazo,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da não caberá mais propor ação disciplinar.
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do Artigo 37, §7º, CF. A lei disporá sobre os requisitos
cumprimento das obrigações. e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da
42 ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Administrativo Des- administração direta e indireta que possibilite o acesso a
complicado. São Paulo: GEN, 2014. informações privilegiadas.
78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013 dispõe sobre também haverá sujeição às penalidades da lei. Em caso de
o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego custeio/criação pelo Estado que seja inferior a 50% do
do Poder Executivo federal e impedimentos posteriores patrimônio ou receita anual, a legislação ainda se aplica.
ao exercício do cargo ou emprego; e revoga dispositivos Entretanto, nestes dois casos, a sanção patrimonial se
da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, e das Medidas limitará ao que o ilícito repercutiu sobre a contribuição
Provisórias nºs 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, e 2.225- dos cofres públicos. Significa que se o prejuízo causado
45, de 4 de setembro de 2001. for maior que a efetiva contribuição por parte do poder
Neste sentido, conforme seu artigo 1º: público, o ressarcimento terá que ser buscado por outra
via que não a ação de improbidade administrativa.
Artigo 1º, Lei nº 12.813/2013. As situações que A legislação em estudo, por sua vez, divide os atos de
configuram conflito de interesses envolvendo ocupantes improbidade administrativa em três categorias:
de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo a) Ato de improbidade administrativa que importe
federal, os requisitos e restrições a ocupantes de cargo ou enriquecimento ilícito (artigo 9º, Lei nº 8.429/1992)
emprego que tenham acesso a informações privilegiadas, os O grupo mais grave de atos de improbidade
impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego administrativa se caracteriza pelos elementos:
e as competências para fiscalização, avaliação e prevenção enriquecimento + ilícito + resultante de uma vantagem
de conflitos de interesses regulam-se pelo disposto nesta Lei. patrimonial indevida + em razão do exercício de cargo,
mandato, emprego, função ou outra atividade nas
3) Atos de improbidade administrativa entidades do artigo 1° da Lei nº 8.429/1992.
A Lei n° 8.429/1992 trata da improbidade administrativa, O enriquecimento deve ser ilícito, afinal, o Estado não
que é uma espécie qualificada de imoralidade, sinônimo se opõe que o indivíduo enriqueça, desde que obedeça
de desonestidade administrativa. A improbidade é uma aos ditames morais, notadamente no desempenho de
lesão ao princípio da moralidade, que deve ser respeitado função de interesse estatal.
estritamente pelo servidor público. O agente ímprobo Exige-se que o sujeito obtenha vantagem patrimonial
sempre será um violador do princípio da moralidade,
ilícita. Contudo, é dispensável que efetivamente tenha ocorrido
pelo qual “a Administração Pública deve agir com boa-fé,
dano aos cofres públicos (por exemplo, quando um policial
sinceridade, probidade, lhaneza, lealdade e ética”43.
recebe propina pratica ato de improbidade administrativa,
A atual Lei de Improbidade Administrativa foi criada
mas não atinge diretamente os cofres públicos).
devido ao amplo apelo popular contra certas vicissitudes
Como fica difícil imaginar que alguém possa se
do serviço público que se intensificavam com a ineficácia do
enriquecer ilicitamente por negligência, imprudência ou
diploma então vigente, o Decreto-Lei nº 3240/41. Decorreu,
imperícia, todas as condutas configuram atos dolosos
assim, da necessidade de acabar com os atos atentatórios
(com intenção). Não cabe prática por omissão.44
à moralidade administrativa e causadores de prejuízo ao
erário público ou ensejadores de enriquecimento ilícito, b) Ato de improbidade administrativa que importe
infelizmente tão comuns no Brasil. lesão ao erário (artigo 10, Lei nº 8.429/1992)
Com o advento da Lei nº 8.429/1992, os agentes O grupo intermediário de atos de improbidade
públicos passaram a ser responsabilizados na esfera civil administrativa se caracteriza pelos elementos: causar
pelos atos de improbidade administrativa descritos nos dano ao erário ou aos cofres públicos + gerando perda
artigos 9º, 10 e 11, ficando sujeitos às penas do art. 12. patrimonial ou dilapidação do patrimônio público.
A existência de esferas distintas de responsabilidade (civil, Assim como o artigo anterior, o caput descreve a fórmula
penal e administrativa) impede falar-se em bis in idem, já genérica e os incisos algumas atitudes específicas que
que, ontologicamente, não se trata de punições idênticas, exemplificam o seu conteúdo45.
embora baseadas no mesmo fato, mas de responsabilização Perda patrimonial é o gênero, do qual são espécies:
em esferas distintas do Direito. desvio, que é o direcionamento indevido; apropriação,
Destaca-se um conceito mais amplo de agente público que é a transferência indevida para a própria propriedade;
previsto pela lei nº 8.429/1992 em seus artigos 1º e 2º malbaratamento, que significa desperdício; e dilapidação,
porque o agente público pode ser ou não um servidor que se refere a destruição46.
público. Ele poderá estar vinculado a qualquer instituição O objeto da tutela é a preservação do patrimônio público,
ou órgão que desempenhe diretamente o interesse do em todos seus bens e valores. O pressuposto exigível é a
Estado. Assim, estão incluídos todos os integrantes da ocorrência de dano ao patrimônio dos sujeitos passivos.
administração direta, indireta e fundacional, conforme Este artigo admite expressamente a variante culposa,
o preâmbulo da legislação. Pode até mesmo ser uma o que muitos entendem ser inconstitucional. O STJ,
entidade privada que desempenhe tais fins, desde que a no REsp n° 939.142/RJ, apontou alguns aspectos
verba de criação ou custeio tenha sido ou seja pública em da inconstitucionalidade do artigo. Contudo, “a
mais de 50% do patrimônio ou receita anual. Caso a verba 44 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed.
pública que tenha auxiliado uma entidade privada a qual o São Paulo: Método, 2011.
Estado não tenha concorrido para criação ou custeio, 45 Ibid.
43 LENZA, Pedro. Curso de direito constitucional esque- 46 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito
matizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
mínima de penalidades da Constituição, pois esta não A responsabilidade civil do Estado acompanha o
limitou tal possibilidade e porque a lei é o instrumento raciocínio de que a principal consequência da prática de
adequado para tanto50. um ato ilícito é a obrigação que gera para o seu auto de
Carvalho Filho51 tece considerações a respeito de reparar o dano, mediante o pagamento de indenização que
algumas das sanções: se refere às perdas e danos. Todos os cidadãos se sujeitam
- Perda de bens e valores: “tal punição só incide sobre às regras da responsabilidade civil, tanto podendo buscar
os bens acrescidos após a prática do ato de improbidade. o ressarcimento do dano que sofreu quanto respondendo
Se alcançasse anteriores, ocorreria confisco, o que restaria por aqueles danos que causar. Da mesma forma, o Estado
sem escora constitucional. Além disso, o acréscimo deve tem o dever de indenizar os membros da sociedade pelos
derivar de origem ilícita”. danos que seus agentes causem durante a prestação do
- Ressarcimento integral do dano: há quem entenda serviço, inclusive se tais danos caracterizarem uma violação
que engloba dano moral. Cabe acréscimo de correção aos direitos humanos reconhecidos.
monetária e juros de mora. Trata-se de responsabilidade extracontratual porque
- Perda de função pública: “se o agente é titular de não depende de ajuste prévio, basta a caracterização de
mandato, a perda se processa pelo instrumento de cassação. elementos genéricos pré-determinados, que perpassam
Sendo servidor estatutário, sujeitar-se-á à demissão do serviço pela leitura concomitante do Código Civil (artigos 186, 187
público. Havendo contrato de trabalho (servidores trabalhistas e 927) com a Constituição Federal (artigo 37, §6°).
e temporários), a perda da função pública se consubstancia Genericamente, os elementos da responsabilidade civil
pela rescisão do contrato com culpa do empregado. No caso se encontram no art. 186 do Código Civil:
de exercer apenas uma função pública, fora de tais situações,
a perda se dará pela revogação da designação”. Lembra-se Artigo 186, CC. Aquele que, por ação ou omissão
que determinadas autoridades se sujeitam a procedimento voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
especial para perda da função pública, ponto em que não se causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
aplica a Lei de Improbidade Administrativa. comete ato ilícito.
- Multa: a lei indica inflexibilidade no limite máximo,
mas flexibilidade dentro deste limite, podendo os julgados Este é o artigo central do instituto da responsabilidade
nesta margem optar pela mais adequada. Há ainda
civil, que tem como elementos: ação ou omissão voluntária
variabilidade na base de cálculo, conforme o tipo de ato
(agir como não se deve ou deixar de agir como se deve),
de improbidade (a base será o valor do enriquecimento ou
culpa ou dolo do agente (dolo é a vontade de cometer uma
o valor do dano ou o valor da remuneração do agente). A
violação de direito e culpa é a falta de diligência), nexo
natureza da multa é de sanção civil, não possuindo caráter
causal (relação de causa e efeito entre a ação/omissão e
indenizatório, mas punitivo.
o dano causado) e dano (dano é o prejuízo sofrido pelo
- Proibição de receber benefícios: não se incluem
agente, que pode ser individual ou coletivo, moral ou
as imunidades genéricas e o agente punido deve ser ao
menos sócio majoritário da instituição vitimada. material, econômico e não econômico).
- Proibição de contratar: o agente punido não pode 1) Dano - somente é indenizável o dano certo, especial
participar de processos licitatórios. e anormal. Certo é o dano real, existente. Especial é o dano
específico, individualizado, que atinge determinada ou
4) Responsabilidade civil do Estado e de seus determinadas pessoas. Anormal é o dano que ultrapassa
servidores os problemas comuns da vida em sociedade (por exemplo,
O instituto da responsabilidade civil é parte integrante do infelizmente os assaltos são comuns e o Estado não
direito obrigacional, uma vez que a principal consequência da responde por todo assalto que ocorra, a não ser que na
prática de um ato ilícito é a obrigação que gera para o seu auto circunstância específica possuía o dever de impedir o
de reparar o dano, mediante o pagamento de indenização que se assalto, como no caso de uma viatura presente no local -
refere às perdas e danos. Afinal, quem pratica um ato ou incorre muito embora o direito à segurança pessoal seja um direito
em omissão que gere dano deve suportar as consequências humano reconhecido).
jurídicas decorrentes, restaurando-se o equilíbrio social.52 2) Agentes públicos - é toda pessoa que trabalhe
A responsabilidade civil, assim, difere-se da penal, podendo dentro da administração pública, tenha ingressado ou
recair sobre os herdeiros do autor do ilícito até os limites não por concurso, possua cargo, emprego ou função.
da herança, embora existam reflexos na ação que apure a Envolve os agentes políticos, os servidores públicos em
responsabilidade civil conforme o resultado na esfera penal geral (funcionários, empregados ou temporários) e os
(por exemplo, uma absolvição por negativa de autoria particulares em colaboração (por exemplo, jurado ou
impede a condenação na esfera cível, ao passo que uma mesário).
absolvição por falta de provas não o faz). 3) Dano causado quando o agente estava agindo nesta
qualidade - é preciso que o agente esteja lançando mão das
50 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito prerrogativas do cargo, não agindo como um particular.
administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010. Sem estes três requisitos, não será possível acionar o
51 Ibid Estado para responsabilizá-lo civilmente pelo dano, por
52 GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. mais relevante que tenha sido a esfera de direitos atingida.
9. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Assim, não é qualquer dano que permite a responsabilização
81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
civil do Estado, mas somente aquele que é causado por um No caso da responsabilidade civil, o Estado é diretamente
agente público no exercício de suas funções e que exceda acionado e responde pelos atos de seus servidores que
as expectativas do lesado quanto à atuação do Estado. violem direitos humanos, cabendo eventualmente ação de
É preciso lembrar que não é o Estado em si que viola os regresso contra ele. Contudo, nos casos da responsabilidade
direitos humanos, porque o Estado é uma ficção formada penal e da responsabilidade administrativa aciona-se o
por um grupo de pessoas que desempenham as atividades agente público que praticou o ato.
estatais diversas. Assim, viola direitos humanos não o Estado São inúmeros os exemplos de crimes que podem ser
em si, mas o agente que o representa, fazendo com que o praticados pelo agente público no exercício de sua função
próprio Estado seja responsabilizado por isso civilmente, que violam direitos humanos. A título de exemplo, peculato,
pagando pela indenização (reparação dos danos materiais consistente em apropriação ou desvio de dinheiro público
e morais). Sem prejuízo, com relação a eles, caberá ação de (art. 312, CP), que viola o bem comum e o interesse da
regresso se agiram com dolo ou culpa. coletividade; concussão, que é a exigência de vantagem
Prevê o artigo 37, §6° da Constituição Federal: indevida (art. 316, CP), expondo a vítima a uma situação
de constrangimento e medo que viola diretamente sua
dignidade; tortura, a mais cruel forma de tratamento
Artigo 37, §6º, CF. As pessoas jurídicas de direito público
humano, cuja pena é agravada quando praticada por
e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
funcionário público (art. 1º, §4º, I, Lei nº 9.455/97); etc.
responderão pelos danos que seus agentes, nessa Quanto à responsabilidade administrativa, menciona-
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito se, a título de exemplo, as penalidades cabíveis descritas
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou no art. 127 da Lei nº 8.112/90, que serão aplicadas pelo
culpa. funcionário que violar a ética do serviço público, como
advertência, suspensão e demissão.
Este artigo deixa clara a formação de uma relação Evidencia-se a independência entre as esferas civil,
jurídica autônoma entre o Estado e o agente público que penal e administrativa no que tange à responsabilização
causou o dano no desempenho de suas funções. Nesta do agente público que cometa ato ilícito.
relação, a responsabilidade civil será subjetiva, ou seja, Tomadas as exigências de características dos danos
caberá ao Estado provar a culpa do agente pelo dano acima colacionadas, notadamente a anormalidade,
causado, ao qual foi anteriormente condenado a reparar. considera-se que para o Estado ser responsabilizado por
Direito de regresso é justamente o direito de acionar o um dano, ele deve exceder expectativas cotidianas, isto é,
causador direto do dano para obter de volta aquilo que não cabe exigir do Estado uma excepcional vigilância da
pagou à vítima, considerada a existência de uma relação sociedade e a plena cobertura de todas as fatalidades que
obrigacional que se forma entre a vítima e a instituição que possam acontecer em território nacional.
o agente compõe. Diante de tal premissa, entende-se que a
Assim, o Estado responde pelos danos que seu agente responsabilidade civil do Estado será objetiva apenas
causar aos membros da sociedade, mas se este agente no caso de ações, mas subjetiva no caso de omissões.
agiu com dolo ou culpa deverá ressarcir o Estado do que Em outras palavras, verifica-se se o Estado se omitiu
foi pago à vítima. O agente causará danos ao praticar tendo plenas condições de não ter se omitido, isto é, ter
condutas incompatíveis com o comportamento ético dele deixado de agir quando tinha plenas condições de fazê-lo,
esperado.53 acarretando em prejuízo dentro de sua previsibilidade.
A responsabilidade civil do servidor exige prévio São casos nos quais se reconheceu a responsabilidade
processo administrativo disciplinar no qual seja omissiva do Estado: morte de filho menor em creche
municipal, buracos não sinalizados na via pública, tentativa
assegurado contraditório e ampla defesa. Trata-se de
de assalto a usuário do metrô resultando em morte, danos
responsabilidade civil subjetiva ou com culpa. Havendo
provocados por enchentes e escoamento de águas pluviais
ação ou omissão com culpa do servidor que gere dano
quando o Estado sabia da problemática e não tomou
ao erário (Administração) ou a terceiro (administrado), o providência para evitá-las, morte de detento em prisão,
servidor terá o dever de indenizar. incêndio em casa de shows fiscalizada com negligência, etc.
Não obstante, agentes públicos que pratiquem Logo, não é sempre que o Estado será responsabilizado.
atos violadores de direitos humanos se sujeitam Há excludentes da responsabilidade estatal,
à responsabilidade penal e à responsabilidade notadamente: a) caso fortuito (fato de terceiro) ou força
administrativa, todas autônomas uma com relação à outra maior (fato da natureza) fora dos alcances da previsibilidade
e à já mencionada responsabilidade civil. Neste sentido, o do dano; b) culpa exclusiva da vítima.
artigo 125 da Lei nº 8.112/90:
5) Exercício de mandato eletivo por servidores
Artigo 125, Lei nº 8.112/1990. As sanções civis, penais públicos
e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes A questão do exercício de mandato eletivo pelo
entre si. servidor público encontra previsão constitucional em seu
artigo 38, que notadamente estabelece quais tipos de
53 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. mandatos geram incompatibilidade ao serviço público e
São Paulo: Método, 2011. regulamenta a questão remuneratória:
82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 38, CF. Ao servidor público da administração qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato representação ou outra espécie remuneratória, obedecido,
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.
sua remuneração; § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
III - investido no mandato de Vereador, havendo publicarão anualmente os valores do subsídio e da
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu remuneração dos cargos e empregos públicos.
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos
aplicada a norma do inciso anterior; orçamentários provenientes da economia com despesas
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade
será contado para todos os efeitos legais, exceto para e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
promoção por merecimento; modernização, reaparelhamento e racionalização do
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou
de afastamento, os valores serão determinados como se no prêmio de produtividade.
exercício estivesse. § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados
em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
6) Regime de remuneração e previdência dos
servidores públicos Artigo 40, CF. Aos servidores titulares de cargos
Regulamenta-se o regime de remuneração e efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
previdência dos servidores públicos nos artigo 39 e 40 da dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações,
Constituição Federal: é assegurado regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do
Artigo 39, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos
e os Municípios instituirão conselho de política de e dos pensionistas, observados critérios que preservem
administração e remuneração de pessoal, integrado o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste
por servidores designados pelos respectivos Poderes. artigo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998 § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de
e aplicação suspensa pela ADIN nº 2.135-4, destacando-se previdência de que trata este artigo serão aposentados,
a redação anterior: “A União, os Estados, o Distrito Federal calculados os seus proventos a partir dos valores fixados
e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, na forma dos §§ 3º e 17:
regime jurídico único e planos de carreira para os servidores I - por invalidez permanente, sendo os proventos
da administração pública direta, das autarquias e das proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se
fundações públicas”). decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da
componentes do sistema remuneratório observará: lei;
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a II - compulsoriamente, com proventos proporcionais
complexidade dos cargos componentes de cada carreira; ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade,
II - os requisitos para a investidura; ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
III - as peculiaridades dos cargos. complementar;
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão III - voluntariamente, desde que cumprido tempo
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço
dos servidores públicos, constituindo-se a participação público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a
nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, aposentadoria, observadas as seguintes condições:
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
entre os entes federados. contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo e trinta de contribuição, se mulher;
público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e
XV,XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei sessenta anos de idade, se mulher, com proventos
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a proporcionais ao tempo de contribuição.
natureza do cargo o exigir. § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões,
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em
e Municipais serão remunerados exclusivamente por que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de para a concessão da pensão.
83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Artigo 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo assim afastamento para participar de curso de formação
exercício os servidores nomeados para cargo de decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na
provimento efetivo em virtude de concurso público. Administração Pública Federal.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: § 5º O estágio probatório ficará suspenso durante
I - em virtude de sentença judicial transitada em as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84,
julgado; § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em
II - mediante processo administrativo em que lhe curso de formação, e será retomado a partir do término do
seja assegurada ampla defesa; impedimento.
III - mediante procedimento de avaliação periódica
de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada O estágio probatório pode ser definido como um lapso
ampla defesa. de tempo no qual a aptidão e capacidade do servidor
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do serão avaliadas de acordo com critérios de assiduidade,
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem responsabilidade. O servidor não aprovado no estágio
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao
em disponibilidade com remuneração proporcional ao cargo anteriormente ocupado. Não existe vedação para um
tempo de serviço. servidor em estágio probatório exercer quaisquer cargos
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, de provimento em comissão ou funções de direção, chefia
o servidor estável ficará em disponibilidade, com ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação.
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu Desde a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a
adequado aproveitamento em outro cargo. disciplina do estágio probatório mudou, notadamente
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, aumentando o prazo de 2 anos para 3 anos. Tendo em vista
é obrigatória a avaliação especial de desempenho por que a norma constitucional prevalece sobre a lei federal,
comissão instituída para essa finalidade. mesmo que ela não tenha sido atualizada, deve-se seguir o
disposto no artigo 41 da Constituição Federal.
Art. 20, Lei nº 8.112/1990. Ao entrar em exercício, o
Uma vez adquirida a aprovação no estágio probatório,
servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
o servidor público somente poderá ser exonerado nos casos
sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e
do §1º do artigo 40 da Constituição Federal, notadamente:
quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade
em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo,
mediante processo administrativo em que lhe seja
observados os seguinte fatores:
assegurada ampla defesa; ou mediante procedimento
I - assiduidade;
de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa; complementar, assegurada ampla defesa (sendo esta lei
IV - produtividade; complementar ainda inexistente no âmbito federal.
V - responsabilidade.
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do 8) Militares dos estados, do Distrito Federal e dos
estágio probatório, será submetida à homologação da territórios
autoridade competente a avaliação do desempenho do Prevê o artigo 42, CF:
servidor, realizada por comissão constituída para essa
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos
regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base
da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do
incisos I a V do caput deste artigo. Distrito Federal e dos Territórios.
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito
será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em
anteriormente ocupado, observado o disposto no lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art.
parágrafo único do art. 29. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos
quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade § 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do
de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado
ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, em lei específica do respectivo ente estatal.
cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou No título V, aborda-se a defesa do Estado e das
equivalentes. instituições democráticas, com outros institutos relevantes
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente para evitar impacto na organização do Estado, razão pela
poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos qual se promove aqui um estudo conjunto.
previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá Congresso Nacional, com especificação e justificação das
ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, providências adotadas, com relação nominal dos atingidos
de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser e indicação das restrições aplicadas.
decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a
agressão armada estrangeira. O Congresso Nacional, mediante Comissão específica,
§ 2º Solicitada autorização para decretar o estado de exerce atividade fiscalizatória das medidas coercitivas.
sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Praticados atos atentatórios serão punidos mesmo após
Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o cessado o estado de defesa ou de sítio.
Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a
fim de apreciar o ato. Forças armadas
§ 3º O Congresso Nacional permanecerá em O capítulo II do título V aborda as forças armadas, que
funcionamento até o término das medidas coercitivas. exercem a defesa do Estado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a Artigo 34, CF. A União não intervirá nos Estados nem
pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença no Distrito Federal, exceto para:
transitada em julgado, será submetido ao julgamento I - manter a integridade nacional;
previsto no inciso anterior; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos Federação em outra;
VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, III - pôr termo a grave comprometimento da ordem
XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da pública;
atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea ‘c’; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes
IX - (Revogado) nas unidades da Federação;
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, V - reorganizar as finanças da unidade da Federação
os limites de idade, a estabilidade e outras condições de que:
transferência do militar para a inatividade, os direitos, os a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais
deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias
suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos
compromissos internacionais e de guerra. em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou
Art. 143, CF. O serviço militar é obrigatório nos decisão judicial;
termos da lei. VII - assegurar a observância dos seguintes princípios
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, constitucionais:
atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após a) forma republicana, sistema representativo e
alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo- regime democrático;
se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção b) direitos da pessoa humana;
filosófica ou política, para se eximirem de atividades de c) autonomia municipal;
caráter essencialmente militar. d) prestação de contas da administração pública,
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do direta e indireta.
serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante
a outros encargos que a lei lhes atribuir. de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino
As Forças Armadas são compostas por Marinha, Exército e nas ações e serviços públicos de saúde”.
e Aeronáutica e o chefe delas é o Presidente da República. Por
terem a finalidade de defender a pátria, a Constituição, a lei e Artigo 35, CF. O Estado não intervirá em seus
a ordem, são permanentes, regulares e hierarquizadas, além Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
de terem vedações como o direito de greve e o direito de Território Federal, exceto quando:
sindicalização, bem como de filiação a partidos políticos. Pela I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por
natureza diversa dos crimes praticados por estes militares, dois anos consecutivos, a dívida fundada;
serão julgados por órgão próprio e perdem a garantia do II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
habeas corpus. O alistamento militar é obrigatório, ainda III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita
que seja dispensado, caso em que ficará como reservista. A municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e
mulher não precisa prestar o serviço militar obrigatório, mas nas ações e serviços públicos de saúde;
pode ser convocada para a prestação de outros serviços para IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação
o Estado, assim como os eclesiásticos. para assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de
Intervenção nos Estados e Municípios. ordem ou de decisão judicial”.
A intervenção consiste no afastamento temporário das
prerrogativas totais ou parciais próprias da autonomia dos Artigo 36, CF. A decretação da intervenção dependerá:
entes federados, por outro ente federado, prevalecendo a I - no caso do art. 34, IV (livre exercício dos Poderes), de
vontade do ente interventor. Neste sentido, necessária a solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo
verificação de: coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo
a) Pressupostos materiais – requisitos a serem Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder
verificados quanto ao atendimento de uma das justificativas Judiciário;
para a intervenção. II - no caso de desobediência a ordem ou decisão
b) Pressupostos processuais – requisitos para que o ato da judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal,
intervenção seja válido, como prazo, abrangência, condições, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior
além da autorização do Poder Legislativo (artigo 36, CF). Eleitoral;
A intervenção pode ser federal, quando a União III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de
interfere nos Estados e no Distrito Federal (artigo 34, CF), representação do Procurador-Geral da República, na hipótese
ou estadual, quando os Estados-membros interferem em do art. 34, VII (observância de princípios constitucionais),
seus Municípios (artigo 35, CF). e no caso de recusa à execução de lei federal.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente A previdência social e a assistência social se diferenciam
do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime principalmente porque a previdência social volta-se
geral de previdência social e pelo setor privado. ao pagamento de aposentadoria e benefícios aos seus
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer contribuintes, ao passo que a assistência social tem por
título, serão incorporados ao salário para efeito de foco a oferta de amparo mínimo aos que não contribuíram
contribuição previdenciária e consequente repercussão em para a seguridade social.
benefícios, nos casos e na forma da lei. O artigo 201, CF, trabalha com a organização da
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdência social em regime geral, de caráter contributivo
previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e filiação obrigatória, sendo que devem ser adotados
e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente critérios de preservação de equilíbrio financeiro e atuarial.
ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde Nota-se que todos os trabalhadores ficarão vinculados
que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes ao regime e prestarão contribuição a ele, não havendo a
acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. opção de dele se desvincular. No mais, são previstas como
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária campos de atendimento pela previdência: “I - cobertura
de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
inferiores às vigentes para os demais segurados do regime II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III
geral de previdência social. - proteção ao trabalhador em situação de desemprego
involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão
complementar e organizado de forma autônoma em relação por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge
ao regime geral de previdência social, será facultativo, ou companheiro e dependentes, observado o disposto
baseado na constituição de reservas que garantam o no § 2º” (ou seja, não se aceitando valor inferior ao salário
benefício contratado, e regulado por lei complementar. mínimo).
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo Os critérios para a concessão de aposentadoria são
assegurará ao participante de planos de benefícios de unitários, em regra, conforme o §1º do artigo 201, CF.
entidades de previdência privada o pleno acesso às O valor mínimo de benefício com caráter substitutivo
informações relativas à gestão de seus respectivos planos. de salário de contribuição ou rendimento é de 1 salário
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios mínimo (artigo 201, §2º, CF).
e as condições contratuais previstas nos estatutos, Os salários de contribuição serão atualizados (artigo
regulamentos e planos de benefícios das entidades de 201, §3º, CF) e os benefícios serão devidamente reajustados
previdência privada não integram o contrato de trabalho (artigo 201, §4º, CF), tudo com vistas à preservação do valor
dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios real da contribuição e do benefício.
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, Integrante de regime próprio de previdência não
nos termos da lei. pode se vincular como segurado facultativo, prestando
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de contribuições autônomas, ao regime geral (artigo 201, §5º,
previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e CF), o que geraria uma indevida cumulação de benefícios.
Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, Aposentados e pensionistas também fazem jus ao
sociedades de economia mista e outras entidades públicas, décimo terceiro salário, denominado gratificação natalina,
salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em a ser calculado com base no valor dos proventos do mês de
hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a dezembro de cada ano (artigo 201, §6º, CF).
do segurado. O §7º do artigo 201, CF fixa as condições para
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a a aposentadoria pelo regime geral de previdência
União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive social. Professor de ensino infantil, fundamental e médio,
suas autarquias, fundações, sociedades de economia que tenha exclusivamente desempenhado estas funções,
mista e empresas controladas direta ou indiretamente, tem o tempo de contribuição reduzido em 5 anos (30 anos
enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de para homem e 25 anos para mulher).
previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas Se uma pessoa contribuir a dois regimes diversos em
de previdência privada. períodos diferentes de sua vida contributiva, estes regimes
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo se compensarão, ou seja, o tempo de um se acrescerá no
anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas outro (artigo 201, §9º, CF).
permissionárias ou concessionárias de prestação de A questão de verba destinada à cobertura do risco de
serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades acidente de trabalho é disciplinada no §10 do artigo 201,
fechadas de previdência privada. CF. Atualmente, a Lei nº 6.367/1976 dispõe sobre o seguro
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo de acidentes do trabalho a cargo do INPS e dá outras
estabelecerá os requisitos para a designação dos membros providências.
das diretorias das entidades fechadas de previdência Quanto à incorporação de ganhos habituais ao salário,
privada e disciplinará a inserção dos participantes nos prevê o §11 do artigo 201, CF pela incorporação para efeito
colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses de contribuição previdenciária e consequente repercussão
sejam objeto de discussão e deliberação. em benefícios, nos casos e na forma da lei.
91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Sobre o sistema especial de inclusão previdenciária, é de um mundo em que os homens gozem de liberdade de
a disciplina do artigo 201, §§ 12 e 13, CF. palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do
Por seu turno, o artigo 202, CF volta-se ao regime temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta
de previdência privada, que pode se organizar de forma aspiração do homem comum,
autônoma e possui caráter complementar e facultativo. A humanidade nunca irá esquecer das imagens
Com efeito, a Lei Complementar nº 109, de 29 de vistas quando da abertura dos campos de concentração
maio de 2001, dispõe sobre o Regime de Previdência nazistas, nos quais os cadáveres esqueléticos do que
Complementar e dá outras providências. não eram considerados seres humanos perante aquele
regime político se amontoavam. Aquelas pessoas não
eram consideradas iguais às demais por possuírem
alguma característica, crença ou aparência que o Estado
6. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS não apoiava. Daí a importância de se atentar para os
HUMANOS. antecedentes históricos e compreender a igualdade de
todos os homens, independentemente de qualquer fator.
Considerando essencial que os direitos humanos sejam
protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não
Adotada e proclamada pela Resolução n° 217 A (III) da seja compelido, como último recurso, à rebelião contra
Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro tirania e a opressão,
de 1948 Por todo o mundo se espalharam, notadamente
durante a Segunda Guerra Mundial, regimes totalitários
Preâmbulo altamente opressivos, não só por parte das Potências do
Eixo (Alemanha, Itália, Japão), mas também no lado dos
O preâmbulo é um elemento comum em textos Aliados (Rússia e o regime de Stálin).
constitucionais. Em relação ao preâmbulo constitucional, Considerando essencial promover o desenvolvimento de
Jorge Miranda54 define: “[...] proclamação mais ou menos relações amistosas entre as nações,
solene, mais ou menos significante, anteposta ao articulado Depois de duas grandes guerras a humanidade
constitucional, não é componente necessário de qualquer conseguiu perceber o quanto era prejudicial não manter
Constituição, mas tão somente um elemento natural de relações amistosas entre as nações, de forma que o ideal de
Constituições feitas em momentos de ruptura histórica paz ganhou uma nova força.
ou de grande transformação político-social”. Do conceito Considerando que os povos das Nações Unidas
do autor é possível extrair elementos para definir o que reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos
representam os preâmbulos em documentos internacionais: fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e
proclamação dotada de certa solenidade e significância
na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que
que antecede o texto do documento internacional e,
decidiram promover o progresso social e melhores condições
embora não seja um elemento necessário a ele, merece ser
de vida em uma liberdade mais ampla,
considerada porque reflete o contexto de ruptura histórica
Considerando que os Estados-Membros se
e de transformação político-social que levou à elaboração
comprometeram a desenvolver, em cooperação com as
do documento como um todo. No caso da Declaração de
Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos
1948 ficam evidentes os antecedentes históricos inerentes
e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e
às Guerras Mundiais.
Considerando que o reconhecimento da dignidade liberdades,
inerente a todos os membros da família humana e de seus Considerando que uma compreensão comum desses
direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno
da justiça e da paz no mundo, cumprimento desse compromisso,
O princípio da dignidade da pessoa humana, pelo qual Todos os países que fazem parte da Organização das
todos os seres humanos são dotados da mesma dignidade Nações Unidas, tanto os 51 membros fundadores quanto
e para que ela seja preservada é preciso que os direitos os que ingressaram posteriormente (basicamente, todos
inerentes à pessoa humana sejam garantidos, já aparece no demais países do mundo), totalizando 193, assumiram o
preâmbulo constitucional, sendo guia de todo documento. compromisso de cumprir a Carta da ONU, documento que
Denota-se, ainda, a característica da inalienabilidade a fundou e que traz os princípios condutores da ação da
dos direitos humanos, pela qual os direitos humanos não organização.
possuem conteúdo econômico patrimonial, logo, são
intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis, estando fora A Assembleia Geral proclama
do comércio, o que evidencia uma limitação do princípio A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos
da autonomia privada. como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada
direitos humanos resultaram em atos bárbaros que órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração,
ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento se esforce, através do ensino e da educação, por promover
54 MIRANDA, Jorge (Coord.). Estudos sobre a constituição. Lisboa: o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de
Petrony, 1978. medidas progressivas de caráter nacional e internacional,
92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância olhar este que também se lança para as gerações futuras,
universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios por exemplo, com a preservação do meio ambiente e a
Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob garantia da paz social, sendo o marco histórico justamente
sua jurisdição. as Guerras Mundiais.56 Assim, desde logo a Declaração
A Assembleia Geral é o principal órgão deliberativo estabelece seus parâmetros fundamentais, com esteio
das Nações Unidas, no qual há representatividade de na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de
todos os membros e por onde passam inúmeros tratados 1789 e na Constituição Francesa de 1791, quais sejam
internacionais. igualdade, liberdade e fraternidade. Embora os direitos de
1ª, 2ª e 3ª dimensão, que se baseiam nesta tríade, tenham
Artigo I surgido de forma paulatina, devem ser considerados em
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade conjunto proporcionando a plena realização do homem57.
e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir Na primeira parte do artigo estatui-se que não basta a
em relação umas às outras com espírito de fraternidade. igualdade formal perante a lei, mas é preciso realizar esta
O primeiro artigo da Declaração é altamente igualdade de forma a ser possível que todo homem atinja
representativo, trazendo diversos conceitos chaves de todo um grau satisfatório de dignidade.
o documento: Neste sentido, as discriminações legais asseguram
a) Princípios da universalidade, presente na palavra a verdadeira igualdade, por exemplo, com as ações
todos, que se repete no documento inteiro, pelo qual afirmativas, a proteção especial ao trabalho da mulher
os direitos humanos pertencem a todos e por isso se e do menor, as garantias aos portadores de deficiência,
encontram ligados a um sistema global (ONU), o que entre outras medidas que atribuam a pessoas com
impede o retrocesso. diferentes condições, iguais possibilidades, protegendo e
Na primeira parte do artigo estatui-se que não basta respeitando suas diferenças.
a igualdade formal perante a lei, mas é preciso realizar
esta igualdade de forma a ser possível que todo homem Artigo II
atinja um grau satisfatório de dignidade. Neste sentido, as Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos
discriminações legais asseguram a verdadeira igualdade, e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem
por exemplo, com as ações afirmativas, a proteção
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo,
especial ao trabalho da mulher e do menor, as garantias
língua, religião, opinião política ou de outra natureza,
aos portadores de deficiência, entre outras medidas que
origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer
atribuam a pessoas com diferentes condições, iguais
outra condição.
possibilidades, protegendo e respeitando suas diferenças.55
Reforça-se o princípio da igualdade, bem como o da
b) Princípio da dignidade da pessoa humana: a
dignidade da pessoa humana, de forma que todos seres
dignidade é um atributo da pessoa humana, segundo o
humanos são iguais independentemente de qualquer condição,
qual ela merece todo o respeito por parte dos Estados e dos
possuindo os mesmos direitos visando a preservação de sua
demais indivíduos, independentemente de qualquer fator
como aparência, religião, sexualidade, condição financeira. dignidade.
Todo ser humano é digno e, por isso, possui direitos que O dispositivo traz um aspecto da igualdade que impede
visam garantir tal dignidade. a distinção entre pessoas pela condição do país ou território a
c) Dimensões de direitos humanos: tradicionalmente, que pertença, o que é importante sob o aspecto de proteção
os direitos humanos dividem-se em três dimensões, dos refugiados, prisioneiros de guerra, pessoas perseguidas
cada qual representativa de um momento histórico no politicamente, nacionais de Estados que não cumpram os
qual se evidenciou a necessidade de garantir direitos preceitos das Nações Unidas. Não obstante, a discriminação
de certa categoria. A primeira dimensão, presente na não é proibida apenas quanto a indivíduos, mas também
expressão livres, refere-se aos direitos civis e políticos, quanto a grupos humanos, sejam formados por classe social,
os quais garantem a liberdade do homem no sentido etnia ou opinião em comum58.
de não ingerência estatal e de participação nas decisões “A Declaração reconhece a capacidade de gozo indistinto
políticas, evidenciados historicamente com as Revoluções dos direitos e liberdades assegurados a todos os homens, e não
Americana e Francesa. A segunda dimensão, presente na apenas a alguns setores ou atores sociais. Garantir a capacidade
expressão iguais, refere-se aos direitos econômicos, sociais de gozo, no entanto, não é suficiente para que este realmente
e culturais, os quais garantem a igualdade material entre se efetive. É fundamental aos ordenamentos jurídicos próprios
os cidadãos exigindo prestações positivas estatais nesta dos Estados viabilizar os meios idôneos a proporcionar tal gozo,
direção, por exemplo, assegurando direitos trabalhistas a fim de que se perfectibilize, faticamente, esta garantia. Isto
e de saúde, possuindo como antecedente histórico a se dá não somente com a igualdade material diante da lei,
Revolução Industrial. A terceira dimensão, presente na
56 BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução Celso Lafer. 9. ed. Rio
expressão fraternidade, refere-se ao necessário olhar sobre de Janeiro: Elsevier, 2004.
o mundo como um lugar de todos, no qual cada qual deve 57 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
reconhecer no outro seu semelhante, digno de direitos, Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008
55 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos 58 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008. Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008.
93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
mas também, e principalmente, através do reconhecimento ou valor. A servidão, por seu turno, é uma alienação
e respeito das desigualdades naturais entre os homens, as relativa da liberdade de trabalho através de um pacto
quais devem ser resguardadas pela ordem jurídica, pois de prestação de serviços ou de uma ligação absoluta do
é somente assim que será possível propiciar a aludida trabalhador à terra, já que a servidão era uma instituição
capacidade de gozo a todos”59. típica das sociedades feudais. A servidão, representava a
espinha dorsal do feudalismo. O servo pagava ao senhor
Artigo III feudal uma taxa altíssima pela utilização do solo, que
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança superava a metade da colheita”64.
pessoal. A abolição da escravidão foi uma luta histórica em
Segundo Lenza60, “abrange tanto o direito de não ser todo o globo. Seria totalmente incoerente quanto aos
morto, privado da vida, portanto, direito de continuar vivo, princípios da liberdade, da igualdade e da dignidade se
como também o direito de ter uma vida digna”. Na primeira admitir que um ser humano pudesse ser submetido ao
esfera, enquadram-se questões como pena de morte, outro, ser tratado como coisa. O ser humano não possui
aborto, pesquisas com células-tronco, eutanásia, entre outras valor financeiro e nem serve ao domínio de outro, razão
polêmicas. Na segunda esfera, notam-se desdobramentos pela qual a escravidão não pode ser aceita.
como a proibição de tratamentos indignos, a exemplo da
tortura, dos trabalhos forçados, etc. Artigo V
A vida humana é o centro gravitacional no qual orbitam Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento
todos os direitos da pessoa humana, possuindo reflexos ou castigo cruel, desumano ou degradante.
jurídicos, políticos, econômicos, morais e religiosos. Daí existir Tortura é a imposição de dor física ou psicológica
uma dificuldade em conceituar o vocábulo vida. Logo, tudo por crueldade, intimidação, punição, para obtenção de
aquilo que uma pessoa possui deixa de ter valor ou sentido uma confissão, informação ou simplesmente por prazer
se ela perde a vida. Sendo assim, a vida é o bem principal da pessoa que tortura. A tortura é uma espécie de
de qualquer pessoa, é o primeiro valor moral de todos os tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
seres humanos. Trata-se de um direito que pode ser visto A Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e
em 4 aspectos, quais sejam: a) direito de nascer; b) direito Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou
de permanecer vivo; c) direito de ter uma vida digna quanto Degradantes (Resolução n° 39/46 da Assembleia Geral
à subsistência e; d) direito de não ser privado da vida através das Nações Unidas) foi estabelecida em 10 de dezembro
da pena de morte61. de 1984 e ratificada pelo Brasil em 28 de setembro de
Por sua vez, o direito à liberdade é posto como 1989. Em destaque, o artigo 1 da referida Convenção:
consectário do direito à vida, pois ela depende da liberdade
para o desenvolvimento intelectual e moral. Assim, “[...] Artigo 1º, Convenção da ONU contra Tortura e Outros
liberdade é assim a faculdade de escolher o próprio caminho, Tratamentos ou Penas Cruéis
sendo um valor inerente à dignidade do ser, uma vez que 1. Para os fins da presente Convenção, o termo
decorre da inteligência e da volição, duas características da “tortura” designa qualquer ato pelo qual dores ou
pessoa humana”62. sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos
O direito à segurança pessoal é o direito de viver sem intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou
medo, protegido pela solidariedade e liberto de agressões, de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de
logo, é uma maneira de garantir o direito à vida63. castigá-la por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha
cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar
Artigo IV ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, motivo baseado em discriminação de qualquer natureza;
a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em quando tais dores ou sofrimentos são infligidos por um
todas as suas formas. funcionário público ou outra pessoa no exercício de
“O trabalho escravo não se confunde com o funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu
trabalho servil. A escravidão é a propriedade plena de consentimento ou aquiescência. Não se considerará como
um homem sobre o outro. Consiste na utilização, em tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência
proveito próprio, do trabalho alheio. Os escravos eram unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes
considerados seres humanos sem personalidade, mérito a tais sanções ou delas decorram.
2. O presente Artigo não será interpretado de
59 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos maneira a restringir qualquer instrumento internacional
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008.
ou legislação nacional que contenha ou possa conter
60 LENZA, Pedro. Curso de direito constitucional esquematizado. 15. ed.
São Paulo: Saraiva, 2011.
dispositivos de alcance mais amplo.
61 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008. Artigo VI
62 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares,
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008. reconhecida como pessoa perante a lei.
63 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos 64 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008. Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008.
94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
“Afinal, se o Direito existe em função da pessoa humana, mudança forçada de uma pessoa do país, sendo assim
será ela sempre sujeito de direitos e de obrigações. Negar- também uma forma de privar a pessoa de sua liberdade
lhe a personalidade, a aptidão para exercer direitos e de locomoção em um determinado território. Nenhuma
contrair obrigações, equivale a não reconhecer sua própria destas práticas é permitida de forma arbitrária, ou seja, sem
existência. [...] O reconhecimento da personalidade jurídica o respeito aos requisitos previstos em lei.
é imprescindível à plena realização da pessoa humana. Não significa que em alguns casos não seja aceita a
Trata-se de garantir a cada um, em todos os lugares, a privação de liberdade, notadamente quando o indivíduo
possibilidade de desenvolvimento livre e isonômico”65. tiver praticado um ato que comprometa a segurança ou
O sistema de proteção de direitos humanos outro direito fundamental de outra pessoa.
estabelecido no âmbito da Organização das Nações Unidas
é global, razão pela qual não cabe o seu desrespeito em Artigo X
qualquer localidade do mundo. Por isso, um estrangeiro Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma
que visite outro país não pode ter seus direitos humanos audiência justa e pública por parte de um tribunal
violados, independentemente da Constituição daquele independente e imparcial, para decidir de seus direitos e
país nada prever a respeito dos direitos dos estrangeiros. deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal
A pessoa humana não perde tal caráter apenas por sair do contra ele.
território de seu país. Em outras palavras, denota-se uma “De acordo com a ordem que promana do preceito
das facetas do princípio da universalidade. acima reproduzido, as pessoas têm a faculdade de exigir
um pronunciamento do Poder Judiciário, acerca de seus
Artigo VII direitos e deveres postos em litígio ou do fundamento de
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem acusação criminal, realizado sob o amparo dos princípios
qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito da isonomia, do devido processo legal, da publicidade dos
a igual proteção contra qualquer discriminação que viole atos processuais, da ampla defesa e do contraditório e da
a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal imparcialidade do juiz”66.
discriminação. Em outras palavras não é possível juízo ou tribunal
Um dos desdobramentos do princípio da igualdade de exceção, ou seja, um juízo especialmente delegado
refere-se à igualdade perante à lei. Toda lei é dotada de para o julgamento do caso daquela pessoa. O juízo deve
caráter genérico e abstrato que evidencia não aplicar-se a ser escolhido imparcialmente, de acordo com as regras
uma pessoa determinada, mas sim a todas as pessoas que de organização judiciária que valem para todos. Não
venham a se encontrar na situação por ela descrita. Não obstante, o juízo deve ser independente, isto é, poder
significa que a legislação não possa estabelecer, em abstrato, julgar independentemente de pressões externas para que o
regras especiais para um grupo de pessoas desfavorecido
julgamento se dê num ou noutro sentido. O juízo também
socialmente, direcionando ações afirmativas, por exemplo,
deve ser imparcial, não possuindo amizade ou inimizade
aos deficientes, às mulheres, aos pobres - no entanto,
em graus relevantes para com o acusado. Afinal, o direito
todas estas ações devem respeitar a proporcionalidade e a
à liberdade é consagrado e para que alguém possa ser
razoabilidade (princípio da igualdade material).
privado dela por uma condenação criminal é preciso que
esta se dê dentro dos trâmites legais, sem violar direitos
Artigo VIII
humanos do acusado.
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais
competentes remédio efetivo para os atos que violem os
direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela Artigo XI
constituição ou pela lei. 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito
Não basta afirmar direitos, é preciso conferir meios de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade
para garanti-los. Ciente disto, a Declaração traz aos tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento
Estados partes o dever de estabelecer em suas legislações público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as
internas instrumentos para proteção dos direitos humanos. garantias necessárias à sua defesa.
Geralmente, nos textos constitucionais são estabelecidos O princípio da presunção de inocência ou não
os direitos fundamentais e os instrumentos para protegê- culpabilidade liga-se ao direito à liberdade. Antes que
los, por exemplo, o habeas corpus serve à proteção do ocorra a condenação criminal transitada em julgado, isto é,
direito à liberdade de locomoção. processada até o último recurso interposto pelo acusado,
este deve ser tido como inocente. Durante o processo
Artigo IX penal, o acusado terá direito ao contraditório e à ampla
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou defesa, bem como aos meios e recursos inerentes a estas
exilado. garantias, e caso seja condenado ao final poderá ser
Prisão e detenção são formas de impedir que a pessoa considerado culpado. A razão é que o estado de inocência
saia de um estabelecimento sob tutela estatal, privando-a é inerente ao ser humano até que ele viole direito alheio,
de sua liberdade de locomoção. Exílio é a expulsão ou caso em que merecerá sanção.
65 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos 66 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008. Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
“Através desse princípio verifica-se a necessidade de o si (honra subjetiva) e ao juízo positivo que dela fazem os
Estado comprovar a culpabilidade do indivíduo presumido outros (honra objetiva), conferindo-lhe respeitabilidade
inocente. Está diretamente relacionado à questão da prova no meio social. O direito à imagem também possui duas
no processo penal que deve ser validamente produzida conotações, podendo ser entendido em sentido objetivo,
para ao final do processo conduzir a culpabilidade do com relação à reprodução gráfica da pessoa, por meio de
indivíduo admitindo-se a aplicação das penas previamente fotografias, filmagens, desenhos, ou em sentido subjetivo,
cominadas. Entretanto, a presunção de inocência não significando o conjunto de qualidades cultivadas pela
afasta a possibilidade de medidas cautelares como as pessoa e reconhecidas como suas pelo grupo social”70.
prisões provisórias, busca e apreensão, quebra de sigilo O artigo também abrange a proteção ao domicílio,
como medidas de caráter excepcional cujos requisitos local no qual a pessoa deseja manter sua privacidade e
autorizadores devem estar previstos em lei”67. pode desenvolver sua personalidade; e à correspondência,
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou enviada ao seu lar unicamente para sua leitura e não de
omissão que, no momento, não constituíam delito perante terceiros, preservando-se sua privacidade.
o direito nacional ou internacional. Tampouco será
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento
da prática, era aplicável ao ato delituoso. Artigo XIII
Evidencia-se o princípio da irretroatividade da lei penal 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção
in pejus (para piorar a situação do acusado) pelo qual uma e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
lei penal elaborada posteriormente não pode se aplicar a Não há limitações ao direito de locomoção dentro
atos praticados no passado - nem para um ato que não do próprio Estado, nem ao direito de residir. Vale lembrar
era considerado crime passar a ser, nem para que a pena que a legislação interna pode estabelecer casos em que
de um ato que era considerado crime seja aumentada. tal direito seja relativizado, por exemplo, obrigando um
Evidencia não só o respeito à liberdade, mas também - e funcionário público a residir no município em que está
principalmente - à segurança jurídica. sediado ou impedindo o ingresso numa área de interesse
estatal.
Artigo XII
São exceções à liberdade de locomoção: decisão
Ninguém será sujeito a interferências na sua
judicial que imponha pena privativa de liberdade ou
vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
limitação da liberdade, normas administrativas de controle
correspondência, nem a ataques à sua honra e
de vias e veículos, limitações para estrangeiros em certas
reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra
regiões ou áreas de segurança nacional e qualquer situação
tais interferências ou ataques.
em que o direito à liberdade deva ceder aos interesses
A proteção aos direitos à privacidade e à personalidade
públicos71.
se enquadra na primeira dimensão de direitos fundamentais
no que tange à proteção à liberdade. Enfim, o exercício da 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país,
liberdade lega-se também às limitações a este exercício: inclusive o próprio, e a este regressar.
de que adianta ser plenamente livre se a liberdade de A nacionalidade é um direito humano, assim como
um interfere na liberdade - e nos direitos inerentes a esta a liberdade de locomoção. Destaca-se que o artigo não
liberdade - do outro. menciona o direito de entrar em qualquer país, mas sim o
“O direito à intimidade representa relevante de deixá-lo.
manifestação dos direitos da personalidade e qualifica-
se como expressiva prerrogativa de ordem jurídica que Artigo XIV
consiste em reconhecer, em favor da pessoa, a existência 1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de
de um espaço indevassável destinado a protegê-la contra procurar e de gozar asilo em outros países.
indevidas interferências de terceiros na esfera de sua vida 2. Este direito não pode ser invocado em caso de
privada”68. perseguição legitimamente motivada por crimes de
Reforçando a conexão entre a privacidade e a intimidade, direito comum ou por atos contrários aos propósitos e
ao abordar a proteção da vida privada - que, em resumo, princípios das Nações Unidas.
é a privacidade da vida pessoal no âmbito do domicílio e O direito de asilo serve para proteger uma pessoa
de círculos de amigos -, Silva69 entende que “o segredo da perseguida por suas opiniões políticas, situação racial,
vida privada é condição de expansão da personalidade”, convicções religiosas ou outro motivo político em seu
mas não caracteriza os direitos de personalidade em si. “O país de origem, permitindo que ela requeira perante
direito à honra distancia-se levemente dos dois anteriores, a autoridade de outro Estado proteção. Claro, não se
podendo referir-se ao juízo positivo que a pessoa tem de protege aquele que praticou um crime comum em seu país
e fugiu para outro, caso em que deverá ser extraditado
67 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008. para responder pelo crime praticado.
68 MOTTA, Sylvio; BARCHET, Gustavo. Curso de direito constitucional. 70 MOTTA, Sylvio; BARCHET, Gustavo. Curso de direito constitucional.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
69 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 25. ed. 71 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos
São Paulo: Malheiros, 2006. Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O direito dos refugiados é o que envolve a garantia de As Nações Unidas73 descrevem sua participação no
asilo fora do território do qual é nacional por algum dos histórico do direito dos refugiados no mundo:
motivos especificados em normas de direitos humanos, “Desde a sua criação, a Organização das Nações Unidas
notadamente, perseguição por razões de raça, religião, tem dedicado os seus esforços à proteção dos refugiados no
nacionalidade, pertença a um grupo social determinado ou mundo. Em 1951, data em que foi criado o Alto Comissariado
convicções políticas. Diversos documentos internacionais das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), havia um
disciplinam a matéria, a exemplo da Declaração Universal milhão de refugiados sob a sua responsabilidade. Hoje
de 1948, Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos este número aumentou para 17,5 milhões, para além
Refugiados, Quarta Convenção de Genebra Relativa à dos 2,5 milhões assistidos pelo Organismo das Nações
Proteção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra de 1949, Unidas das Obras Públicas e Socorro aos Refugiados da
Convenção relativa ao Estatuto dos Apátridas de 1954, Palestina, no Próximo Oriente (ANUATP), e ainda mais de
Convenção sobre a Redução da Apatridia de 1961 e 25 milhões de pessoas deslocadas internamente. Em 1951,
Declaração das Nações Unidas sobre a Concessão de Asilo a maioria dos refugiados eram Europeus. Hoje, a maior
Territorial de 1967. Não obstante, a constituição brasileira parte é proveniente da África e da Ásia. Atualmente, os
adota a concessão de asilo político como um de seus movimentos de refugiados assumem cada vez mais a forma
princípios nas relações internacionais (art. 4º, X, CF). de êxodos maciços, diferentemente das fugas individuais
“A prática de conceder asilo em terras estrangeiras do passado. Hoje, oitenta por cento dos refugiados são
a pessoas que estão fugindo de perseguição é uma das mulheres e crianças. Também as causas dos êxodos se
características mais antigas da civilização. Referências multiplicaram, incluindo agora as catástrofes naturais ou
a essa prática foram encontradas em textos escritos há ecológicas e a extrema pobreza. Daí que muitos dos atuais
3.500 anos, durante o florescimento dos antigos grandes refugiados não se enquadrem na definição da Convenção
impérios do Oriente Médio, como o Hitita, Babilônico, relativa ao Estatuto dos Refugiados. Esta Convenção refere-
Assírio e Egípcio antigo. se a vítimas de perseguição por razões de raça, religião,
Mais de três milênios depois, a proteção de refugiados nacionalidade, pertença a um grupo social determinado
ou convicções políticas. [...]
foi estabelecida como missão principal da agência de
refugiados da ONU, que foi constituída para assistir, entre
Existe uma relação evidente entre o problema dos
outros, os refugiados que esperavam para retornar aos
refugiados e a questão dos direitos humanos. As violações
seus países de origem no final da II Guerra Mundial.
dos direitos humanos constituem não só uma das principais
A Convenção de Refugiados de 1951, que estabeleceu
causas dos êxodos maciços, mas afastam também a opção
o ACNUR, determina que um refugiado é alguém que
do repatriamento voluntário enquanto se verificarem. As
‘temendo ser perseguida por motivos de raça, religião,
violações dos direitos das minorias e os conflitos étnicos
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, se
encontram-se cada vez mais na origem quer dos êxodos
encontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode maciços, quer das deslocações internas. [...]
ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção Na sua segunda sessão, no final de 1946, a Assembleia
desse país’. Geral criou a Organização Internacional para os Refugiados
Desde então, o ACNUR tem oferecido proteção (OIR), que assumiu as funções da Agência das Nações
e assistência para dezenas de milhões de refugiados, Unidas para a Assistência e a Reabilitação (ANUAR). Foi
encontrando soluções duradouras para muitos deles. Os investida no mandato temporário de registrar, proteger,
padrões da migração se tornaram cada vez mais complexos instalar e repatriar refugiados. [...] Cedo se tornou evidente
nos tempos modernos, envolvendo não apenas refugiados, que a responsabilidade pelos refugiados merecia um
mas também milhões de migrantes econômicos. Mas maior esforço da comunidade internacional, a desenvolver
refugiados e migrantes, mesmo que viajem da mesma sob os auspícios da própria Organização das Nações
forma com frequência, são fundamentalmente distintos, e Unidas. Assim, muito antes de terminar o mandato da
por esta razão são tratados de maneira muito diferente OIR, iniciaram-se as discussões sobre a criação de uma
perante o direito internacional moderno. organização que lhe pudesse suceder.
Migrantes, especialmente migrantes econômicos, O Alto Comissariado das Nações Unidas para os
decidem deslocar-se para melhorar as perspectivas Refugiados (ACNUR) Na sua Resolução 319 A (IV) de 3 de
para si mesmos e para suas famílias. Já os refugiados Dezembro de 1949, a Assembleia Geral decidiu criar o Alto
necessitam deslocar-se para salvar suas vidas ou preservar Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. O
sua liberdade. Eles não possuem proteção de seu próprio Alto Comissariado foi instituído em 1 de Janeiro de 1951,
Estado e de fato muitas vezes é seu próprio governo que como órgão subsidiário da Assembleia Geral, com um
ameaça persegui-los. Se outros países não os aceitarem mandato inicial de três anos. Desde então, o mandato do
em seus territórios, e não os auxiliarem uma vez acolhidos, ACNUR tem sido renovado por períodos sucessivos de
poderão estar condenando estas pessoas à morte ou à cinco anos [...]”.
uma vida insuportável nas sombras, sem sustento e sem
direitos”72. 73 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Direitos Humanos
e Refugiados. Ficha normativa nº 20. Disponível em: <http://www.gddc.pt/
72http://www.acnur.org/t3/portugues/a-quem-ajudamos/refugiados/ direitos-humanos/Ficha_Informativa_20.pdf >. Acesso em: 13 jun. 2013.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
o direito ao trabalho, principal meio de sobrevivência 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do
dos indivíduos que ‘vendem’ força de trabalho em troca gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
de uma remuneração justa. Ademais, estabelecem a A Declaração Universal de 1948 divide a disponibilidade
liberdade do cidadão de escolher o trabalho e, uma vez e a obrigatoriedade da educação em níveis. Aquela educação
obtido o emprego, o direito de nele encontrar condições que é considerada essencial, qual seja, a elementar, deve
justas, tanto no tocante à remuneração, como no que ser gratuita e obrigatória. Já a educação fundamental, de
diz respeito ao limite de horas trabalhadas e períodos grande importância, deve ser gratuita, mas não é obrigatória.
de repouso (disposição constante do artigo XXIV da Esta nomenclatura adotada pela Declaração equipara-se
Declaração). Garantem ainda o direito dos trabalhadores ao ensino fundamental e ao ensino médio no Brasil, sendo
de se unirem em associação, com o objetivo de defesa de elementar o primeiro e fundamental o segundo. A educação
seus interesses”81. técnico-profissional refere-se às escolas voltadas ao ensino
de algum ofício, não complexo a ponto de exigir formação
Artigo XXV superior e, justamente por isso, possuem menor duração
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz e menor custo; ao passo que a educação superior é a que
de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive se dá no âmbito das universidades, formando profissionais
alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os de maior especialidade numa área profissional, com amplo
serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso conhecimento, razão pela qual dura mais tempo e é mais
de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros onerosa. As duas últimas são de maior custo e não podem ser
casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. instituídas de tal forma que sejam garantidas vagas para todas
O ideal é que todas as pessoas possuam um padrão as pessoas em sociedade, entretanto, exige-se um critério
de vida suficiente para garantir sua dignidade em todas justo para a seleção dos ingressos, o qual seja baseado no
as esferas: alimentação, vestuário, moradia, saúde, etc. mérito (os mais capacitados conseguirão as vagas de ensino
Bem se sabe que é um objetivo constante do Estado técnico-profissional e superior).
Democrático de Direito proporcionar que pessoas Ainda, a Declaração de 1948 deixa clara que a
educação não envolve apenas o aprendizado do conteúdo
cheguem o mais próximo possível - e cada vez mais - desta
programático das matérias comuns como matemática,
circunstância.
português, história e geografia, mas também a
Fala-se em segurança no sentido de segurança
compreensão de abordagens sobre assuntos que possam
pública, de dever do Estado de preservar a ordem pública
contribuir para a formação da personalidade da pessoa
e a incolumidade das pessoas e do patrimônio público e
humana e conscientizá-la de seu papel social.
privado82. Neste conceito enquadra-se a seguridade social,
Não obstante, da parte final da Declaração extrai-se
na qual o Estado, custeado pela coletividade e pelos cofres
a consciência de que a educação não é apenas a formal,
públicos, garante a manutenção financeira dos que por
aprendida nos estabelecimentos de ensino, mas também
algum motivo não possuem condição de trabalhar. a informal, transmitida no ambiente familiar e nas demais
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados áreas de contato da pessoa, como igreja, clubes e,
e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou notadamente, a residência. Por isso, os pais têm um papel
fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. direto na escolha dos meios de educação de seus filhos.
A proteção da maternidade tem sentido porque sem
isto o mundo não continua. É preciso que as crianças sejam Artigo XXVII
protegidas com atenção especial para que se tornem 1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente
adultos capazes de proporcionar uma melhora no planeta. da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de
participar do processo científico e de seus benefícios.
Artigo XXVI 2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será morais e materiais decorrentes de qualquer produção
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. científica, literária ou artística da qual seja autor.
A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico- Os conflitos que se dão entre a liberdade e a propriedade
profissional será acessível a todos, bem como a instrução intelectual se evidenciam, principalmente, sob o aspecto da
superior, esta baseada no mérito. liberdade de expressão, na esfera específica da liberdade
2. A instrução será orientada no sentido do pleno de comunicação ou informação, que, nos dizeres de Silva83,
desenvolvimento da personalidade humana e do “compreende a liberdade de informar e a liberdade de
fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e ser informado”. Sob o enfoque do direito à liberdade e do
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a direito de acesso à cultura, seria livre a divulgação de toda
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e qualquer informação e o acesso aos dados disponíveis,
e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das independentemente da fonte ou da autoria. De outro lado,
Nações Unidas em prol da manutenção da paz. há o direito de propriedade intelectual, o qual possui um
81 BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos caráter dualista: moral, que nunca prescreve porque o autor
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008. de uma obra nunca deixará de ser considerado como tal, e
82 LENZA, Pedro. Curso de direito constitucional esquematizado. 15. ed. 83 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 25. ed.
São Paulo: Saraiva, 2011. São Paulo: Malheiros, 2006.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
patrimonial, que prescreve, perdendo o autor o direito de “A colidência entre os direitos afirmados na Declaração
explorar benefícios econômicos de sua obra84. Cada vez mais é natural. Busca-se com o presente artigo evitar que,
esta dualidade entre direitos se encontra em conflito, uma no eventual choque entre duas normas garantistas, os
vez que a evolução tecnológica trouxe meios para a cópia em sujeitos nela mencionados se valham de uma interpretação
massa de conteúdos protegidos pela propriedade intelectual. tendente a infirmar qualquer das disposições da Declaração
ao argumento de que estão respeitando um direito em
Artigo XVIII detrimento de outro”87.
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e Nenhum direito humano é ilimitado: se o fossem, seria
internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos impossível garantir um sistema no qual todas as pessoas
na presente Declaração possam ser plenamente realizados. tivessem tais direitos plenamente respeitados, afinal, estes
Como já destacado, o sistema de proteção dos direitos necessariamente colidiriam com os direitos das outras
humanos tem caráter global e cada Estado que assumiu pessoas, os quais teriam que ser violados. Este é um dos
compromisso perante a ONU ao integrá-la deve garantir o sentidos do princípio da relatividade dos direitos humanos - os
respeito a estes direitos no âmbito de seu território. Com isso, direitos humanos não podem ser utilizados como um escudo
a pessoa estará numa ordem social e internacional na qual para práticas ilícitas ou como argumento para afastamento
seus direitos humanos sejam assegurados, preservando-se sua ou diminuição da responsabilidade por atos ilícitos, assim
dignidade. Em outras palavras, “devidamente emparelhadas, os direitos humanos não são ilimitados e encontram seus
portanto, a ordem social e a ordem internacional se manifestam, limites nos demais direitos igualmente consagrados como
a seu modo, como as duas faces das instituições humanitárias, humanos. Isto vale tanto para os indivíduos, numa atitude
tanto estatais quanto particulares, orientando seus passos a perante os demais, quanto para os Estados, ao externar o
serviço da comunidade humana”85. compromisso global assumido perante a ONU.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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