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Diante dos diversos mistérios que se tem no universo, o que se tratará agora é da

morte, sua palavra tem peso forte em sociedade, ficando quase impossível tentar
descrever, pensar, refletir ou estudar sobre ela com os paradigmas enraizados em
cada indivíduo. Com isso, é válido ressaltar que, de muito bom que se traz a
consciência do homem e seu calcanhar de Aquiles, pois fica preso num hiato a
seguinte questão: é possível estudar cientificamente sobre a morte sem se deixar
levar por dogmas pré definidos sem a gente se dar conta que estão ali?

Dessa forma, ressalta-se Schopenhauer que:

“O animal só conhece a morte na morte: o homem, com sua


consciência, a cada hora se aproxima mais de sua morte, e isso torna
a vida por vezes árdua até para aquele que ainda não reconheceu no
todo da vida mesma esse caráter de permanente destruição.
Principalmente por causa disso o homem tem filosofias e religiões”.
(JÚNIOR, 2005, p.13)

Assim, o homem pensa além do presente em que está, vive em outros planos, por
isso não foge de si mesmo. Logo, para enfrentar suas questões desenvolvidas
racionalmente em plano mental, se agarra aos dogmas, como ressaltado
anteriormente, normalmente eles estão na religião, ou seja, o ser humano tenta criar
“verdades” para aliviar o medo do não saber sobre as coisas, e nesse aspecto sobre
a morte. A morte, de maneira universal, se apresenta de diferentes formas em
determinados momentos históricos e em diferentes sociedades. (SANTOS et al,
2018, p.220).

Com isso, vale colocar que existem em vastidão diferentes religiões, e cada uma
delas vê a morte de uma maneira, vai ter seu próprio ritual para se passar pelo luto,
para enfim conseguir enfrentar o instante. Mas do que vale todas essas passagens
se o homem não consegue aceitar que a vida e a morte andam juntas e não
separadas? Pois, ao começar pensar que da vida não vale nada sem pensarmos
que a morte é inevitável e que não podemos lutar contra ela e nem ocultá-lá, a
sociedade muito provavelmente conseguirá seguir sem o desespero diante da
morte, e claro, sem por “estranhezas” ao conversar e falar abertamente sobre isso.
“Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que
todo bem e todo mal residem nas sensações, a morte é justamente a
privação das sensações. A consciência clara de que a morte não
significa nada para nomes proporciona a fruição da vida efêmera,
sem querer acrescenta-lhe tempo infinito é eliminado o desejo de
imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para quem esta
perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar
de viver. E tolo portanto quem diz ter medo da morte, não porque a
chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria
espera: aquilo que não nos perturba quando presente não deveria
aflingir-nos enquanto esta sendo esperado.” (EPICURO, 2002,
p.27-28)

Contudo, é possível pensar na seguinte reflexão: “O ser humano sempre foi frágil
para lidar com esse assunto? Qual motivo das sociedades contemporâneas
tentarem ao máximo ocultar o assunto?”

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