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Levy Boccato
Renan Del Buono Brotto
10 de setembro de 2023
Conteúdo
1 Motivação 2
1
··· ···
τ τ t
−T − T
2 2
No tópico anterior, verificamos que os coeficientes da série de Fourier deste sinal correspondem a:
sen(kω0 τ /2)
ck = .
kω0 T /2
2sen(ωτ /2)
Seja X(jω) , . Podemos relacionar X(jω) com ck da seguinte forma:
ω
1
ck = X(jω)
T ω=kω0
2
X(jω)
0
ω0
−1
−6 −4 −2 0 2 4 6
ω
A função X(jω), a menos do fator de escala T , representa a envoltória (em azul) sobre as linhas que
definem as amplitudes das componentes espectrais (ck , em vermelho).
À medida que aumentamos o perı́odo (T → ∞) ou, equivalentemente, tomamos ω0 cada vez menor,
preenchemos cada vez mais com amostras a envoltória X(jω). Num processo de limite para ω0 → 0,
teremos todos os ck preenchendo a função X(jω), ou seja, teremos os ck discretos sendo perfeitamente
representados por X(jω) contı́nuo. Portanto, quando T → ∞:
• A periodicidade de x(t) desaparece e o trem de pulsos retangulares tende ao sinal com um único
pulso;
• O espaçamento entre os coeficientes tende a zero, de modo que o conjunto de amostras (série de
Fourier) tende à envoltória X(jω), que será definida como a transformada de Fourier do sinal.
x(t)
τ τ t
−
2 2
x̃(t)
τ τ t
−T − T
2 2
P∞ jkω0 t
Podemos, então, representá-lo em série de Fourier: x̃(t) = k=−∞ ck e , ω0 = 2π/T e ck =
1
R T /2 −jkω0 t
T −T /2
x̃(t)e dt.
Ora, x̃(t) = x(t) dentro de um perı́odo. Então, podemos calcular ck a partir de x(t). Além disso,
como x(t) = 0 para |t| > T /2 (fora de um perı́odo), podemos estender a integral a todo o eixo t que seu
resultado não é afetado.
Portanto,
1 ∞
Z
1
ck = x(t)e−jkω0 t dt = X(jω) ,
T −∞ T ω=kω0
R∞
onde X(jω) = −∞ x(t)e−jωt dt.
1 P∞
Com isto, x̃(t) = X(jkω0 ).ejkω0 t .
T k=−∞
Multiplicando e dividindo por ω0 , temos que:
∞ ∞
1 X jkω0 t 1 X
x̃(t) = X(jkω0 )e ω0 = X(jkω0 )ejkω0 t ω0
T ω0 k=−∞ 2π k=−∞
ω0
ω
0 kω0
Cada termo do somatório é a área do retângulo de altura X(jkω0 )ejkω0 t /2π e largura ω0 . Fazendo
X(jω)eωt
ω0 → 0 (ou, equivalentemente, T → ∞), a somatória tende a ser a área sob a curva , com
2π
infinitos retângulos infinitesimais.
Então,
∞ Z ∞
1 X jkω0 t 1
lim X(jkω0 )e ω0 = X(jω)ejωt dω.
T →∞ 2π 2π −∞
k=−∞
Mas, quando T → ∞, x̃(t) se torna equivalente a x(t), de modo que a representação em frequência
de x̃(t) serve também para representar x(t).
Portanto,
Z ∞
1
x(t) = X(jω)ejωt dω (1a)
2π −∞
Z ∞
X(jω) = x(t)e−jωt dt (1b)
−∞
Z ∞ Z ∞ Z ∞
−jωt −at −jωt
X(jω) = x(t)e dt = e e dt = e−(a+jω)t dt
−∞ 0 0
∞
1 1 1
=− e−(a+jω)t =− (0 − 1) = (2)
a + jω 0 a + jω a + jω
1 √ 1 e−jθ , ω
Em termos de módulo e fase: X(jω) = a+jω
= a2 +ω 2
onde θ = arctan a
.
0.8
0.6
x(t)
0.4
0.2
0
−6 −4 −2 0 2 4 6
t
Z ∞ Z 0 Z ∞
−jωt at −jωt 1 1 2a
X(jω) = x(t)e dt = e e dt + e−at e−jωt dt = + = 2
−∞ −∞ 0 a − jω a + jω a + ω2
Como X(jω) é real e com simetria par, temos apenas o espectro de amplitudes; o espectro de fase é
nulo.
Z ∞ Z ∞ Z ∞ Z ∞
−jωt −jωt −jωt jω0
X(jω) = x(t)e dt = δ(t)e dt = δ(t)e dt = e . δ(t)dt = 1
−∞ −∞ −∞ t=0 −∞
X(jω)
π π
ω
−ω0 0 ω0
|X(jω)|
π π
ω
−ω0 0 ω0
π
2
ω
−ω0 0 ω0
π
−
2
(
1, |t| < τ /2
Exemplo 7: x(t) =
0, |t| > τ /2
x(t)
τ τ t
− 0
2 2
∞ τ /2 τ /2
e−jωt
Z Z
−jωt −jωt
X(jω) = x(t)e dt = 1.e dt =
−∞ −τ /2 −jω t=−τ /2
2sen(ωτ /2) τ sen(ωτ /2)
= = sen(ωτ /2) = τ
ω ωτ /2 ωτ /2
Definições:
sen(πx)
sinc(x) , −→ Função sinc
πx
sen(x)
Sa(x) , −→ Função Sampling
x
Então, X(jω) = τ Sa(ωτ /2)
X(jω)
2
−1
−6 −4 −2 0 2 4 6
ω
ωτ 2πk
Cruzamentos em zero: sen(ωτ /2) = 0 =⇒ = kπ =⇒ ω = .
2 τ
(
1, |ω| < W
Exemplo 8: X(jω) =
0, |ω| > W
X(jω)
ω
−W 0 W
W W
1 ejωt
Z
−1 1 1 1
x(t) = F {X(jω)} = e jωt
dω = = [ejW t − e−jW t ] = sen(W t) =
2π −W 2π jt ω=−W 2πjt πt
1 W W W sen(πW t/π) W Wt
= sen π t = = sinc
t Wπ π π πW t/π π π
8
X(jω)
6
4
x(t)
−2
−6 −4 −2 0 2 4 6 ω
t −W1 W1
2
x(t)
−1
−6 −4 −2 0 2 4 6 ω
t −W2 W2
Comentários:
• Há uma estreita relação entre a largura (faixa) do espectro de frequências e a taxa (ou velocidade)
de variação do sinal no tempo. Quanto mais rápida for a oscilação ou variação do sinal no tempo,
maior será a largura do espectro.
Z ∞ Z ∞ Z ∞
−jωt −jω(τ +t0 ) −jωt0
F{x(t−t0 )} = x(t−t0 )e dt = x(τ )e dτ = e x(τ )e−jωτ dτ = e−jωt0 X(jω).
−∞ −∞ −∞
c) Simetrias:
Se x(t) ⇐⇒ X(jω), então y(t) = x∗ (t) ⇐⇒ Y (jω) = X ∗ (−jω).
Demonstração:
Z ∞ Z ∞ Z ∞ ∗
∗ −jωt jωt ∗ jωt
Y (jω) = x (t)e dt = x(t)e dt = x(t)e dt
−∞
Z ∞ −∞
∗
−∞
= x(t)e−j(−ω)t dt = X ∗ (−jω).
−∞
• Se x(t) ⇐⇒ X(jω) é par, então X(jω) = X(−jω) também é par. Esta propriedade é con-
sequência direta da anterior.
• Se x(t) é real e par, então X(jω) = X ∗ (−jω) = X(−jω). Logo, X ∗ (−jω) = X(−jω) −→
X ∗ (jω) = X(jω). Ou seja, X(jω) é real e par.
• Se x(t) é real e ı́mpar, então X(jω) = −X ∗ (jω) e, portanto, X(jω) é imaginário puro. Ora,
se x(t) é real, X(jω) = X ∗ (−jω); do mesmo modo, se x(t) é ı́mpar, X(jω) = −X(−jω).
Desse modo, temos que X ∗ (−jω) = −X(−jω).
Ou seja, X(jω) = −X ∗ (jω), o que significa que X(jω) é imaginário.
dx(t)
d) Diferenciação: Se x(t) ⇐⇒ X(jω), então ⇐⇒ jωX(jω)
d(t)
Z ∞
1
x(t) = X(jω)ejωt dω
2π −∞
Aplicando a derivada em ambos os lados:
Z ∞
dx(t) 1
= X(jω)jωejωt dω = F −1 {jωX(jω)}
dt 2π −∞
Observamos que:
|Y (jω)| = |jω|.|X(jω)| = |ω|.|X(jω)|
π
Y (jω) = X(jω) ±
2
A derivação de um sinal enfatiza as altas frequências (ganho cresce com a frequência).
e) Integração: Se x(t) ⇐⇒ X(jω), então
Z t
X(jω)
x(τ )dτ ⇐⇒ + πX(j0)δ(ω).
−∞ jω
i) Teorema de Parseval:
Z ∞ Z ∞ Z ∞
Z ∞
2 ∗ 1 ∗ jωt
|x(t)| dt = x(t)x (t)dt = x (t) X(jω)e dω dt
−∞ −∞ −∞ 2π −∞
Z ∞ Z ∞
1 ∗ jωt
= X(jω) x (t)e dt dω
2π −∞ −∞
Z ∞ Z ∞ ∗ Z ∞
1 −jωt 1
= X(jω) x(t)e dt dω = X(jω)X ∗ (jω)dω
2π −∞ −∞ 2π −∞
Z ∞
1
= |X(jω)|2 dω.
2π −∞
j) Dualidade:
Se x(t) ⇐⇒ X(jω), então X(t) ⇐⇒ 2πx(−ω).
Esta propriedade tem por trás a observação que ao trocarmos as funções x(t) e X(jω) de domı́nio,
a relação entre elas como par transformado se mantém.
Fazendo ω = −ω,
Z ∞
2πx(−jω) = X(t)e−jωt dt = F{X(t)}
−∞
(
1, |t| < τ /2
Exemplo: x(t) = ⇐⇒ X(jω) = τ Sa(ωτ /2)
0, c.c.
Se tivermos a função W Sa(W t/2) no tempo, pela dualidade, seu espectro será
(
2π, |ω| < W/2
2πx(−ω) =
0, c.c.
Assim, pela dualidade, sabemos que se a transformada de Fourier de uma janela retangular no
tempo é igual a uma função sampling, então a transformada de Fourier de um sampling no tempo
é precisamente uma janela retangular na frequência.
(
1, t>0
Exemplo 2: x(t) = sgn(t) =
−1, t < 0
x(t)
0 t
−1
dx(t)
Ora, a derivada da função sinal é dada por y(t) = = 2δ(t). Então,
dt
Y (jω) = F{dx(t)/dt} = F{2δ(t)} = 2.
A partir de Y (jω), podemos determinar X(jω) usando a propriedade da integração. Note, porém,
que a relação entre x(t) e y(t) é: Z t
x(t) = y(τ )dτ − 1.
−∞
1
Como Y (j0) = 2 e lembrando que F{ 2π } = δ(ω), temos que:
Y (jω)
X(jω) = + 2πδ(ω) − 2πδ(ω)
jω
2
= (3)
jω
Não obstante, podemos obter sua representação em frequência explorando a relação entre u(t) e a
1 1 1
função sinal. Ora, u(t) = [sgn(t) + 1] = sgn(t) + . Logo,
2 2 2
1 1 1
F{u(t)} = F{sgn(t)} + 2πδ(ω) = + πδ(ω).
2 2 jω
Esta é uma das propriedades mais importantes da transformada de Fourier. Ela coloca em evidência
alguns fatos:
• Um sistema LIT é caracterizado por sua resposta ao impulso h(t), e produz a saı́da como resultado
da convolução entre h(t) e o sinal de entrada x(t). No domı́nio da frequência, porém, esta operação
dá lugar a um produto entre as respectivas transformadas.
Em diversas situações pode ser mais simples trabalhar no domı́nio da frequência, manipulando o
espectro do sinal de entrada X(jω) e a resposta em frequência do sistema H(jω), computando o produto
entre eles, do que tentar calcular explicitamente a integral de convolução no tempo.
Além disso, em vários contextos, a descrição do que um sistema deve fazer sobre um sinal de entrada
é mais fácil e inteligı́vel no domı́nio da frequência. Por exemplo, quando desejamos realçar os sons de
tambores e baixos, devemos aumentar o ganho para os sons graves em amplificadores e/ou equalizadores
domésticos. Isto significa que devemos enfatizar as frequências mais baixas, aplicando um ganho maior
nesta faixa de frequências. A noção de baixas frequências e de alteração de ganho em frequências
especı́ficas só é possı́vel no domı́nio transformado e é motivada por esta propriedade.
• Sistemas em cascata:
x(t) h1 (t) h2 (t) y(t) x(t) heq (t) = h1 (t) ∗ h2 (t) y(t)
=
H1 (jω) H2 (jω) Heq (jω) = H1 (jω)H2 (jω)
|H(jω)|
ω
0
ω
0
Fase linear
Então,
|Y (jω)| = |X(jω)|.|H(jω)| = |X(jω)|
Y (jω) = X(jω) + H(jω) = X(jω) − ωt0 .
b) Sistema diferenciador
dx(t)
y(t) = −→ Y (jω) = jω.X(jω) = H(jω)X(jω). Portanto, a resposta em frequência do filtro
dt
é H(jω) = jω.
|H(jω)| = |ω| −→ é um sistema que enfatiza as altas frequências.
(
π/2, ω>0
H(jω) =
−π/2, ω < 0
c) Sistema integrador
Rt
y(t) = −∞ x(τ )dτ .
Ora, podemos interpretar y(t) como sendo o resultado da convolução de x(t) com o degrau unitário,
pois:
Z ∞ Z t
x(t) ∗ u(t) = x(τ ) u(t − τ ) dτ = x(τ )dτ.
−∞ | {z } −∞
= 1 para
−∞ < τ < t
1 X(jω)
Assim, Y (jω) = X(jω).F{u(t)} = X(jω). + πδ(ω) = + πδ(ω)X(j0).
jω jω
Fica assim demonstrada a propriedade de integração.
R∞
Supondo x(t) um sinal com área total nula1 , ou seja, −∞ x(t)dt = 0, temos que X(j0) = 0. Então,
a resposta em frequência neste cenário fica:
1
H(jω) =
jω
Portanto, a magnitude e a fase da resposta em frequência do sistema integrador são dadas por:
1
|H(jω)| = −→ enfatiza as baixas frequências.
|ω|
1
Por exemplo, sinais que possuem nı́vel DC nulo (média nula) apresentam área total nula.
|H(jω)|
1
Faixa de Rejeição
−ωc ωc ω
0
Faixa de Passagem
Exemplo:
x(t)
1
−τ τ t
0
Se utilizarmos a definição para calcular esta transformada, muito esforço será necessário (integração
por partes).
rτ (t) ∗ rτ (t)
Contudo, se lembrarmos que x(t) = ,
τ
rτ (t)
τ τ t
− 0
2 2
x(t) × p(t)
cos(ω0 t)
O sinal x(t) irá modular (controlar) a amplitude de uma cossenóide de frequência ω0 , responsável
por carregar a informação que desejamos transmitir.
Então,
1 1
P (jω) = [X(jω) ∗ Y (jω)] = [X(jω) ∗ (πδ(ω − ω0 ) + πδ(ω + ω0 ))]
2π 2π
1
= [X(jω) ∗ δ(ω − ω0 ) + X(jω) ∗ δ(ω + ω0 )]
2
1 1
= X(j(ω − ω0 )) + X(j(ω + ω0 ))
2 2
X(jω)
ω
−ωm 0 ωm
1
2
ω
−ω0 0 ω0 − ωm ω0 ω0 + ωm
Ocorre, portanto, uma translação do espectro do sinal x(t) para a faixa de frequências em torno
de ±ω0 (frequência da portadora). Por exemplo, em AM, f0 fica no intervalo de 500 kHz a 1500 kHz
(ω0 = 2πf0 ).
Observação: a modulação é necessária para aumentar a frequência de um sinal sem distorcê-lo,
adequando-o ao meio e à forma de transmissão. Isto possibilita uma redução no comprimento de onda do
sinal transmitido e, por consequência, no tamanho da antena de recepção (tipicamente de comprimento
na faixa de λ/10 a λ/2).
Agora, como o rádio receptor poderia recuperar o sinal de informação x(t)? Basta aplicar uma nova
modulação, i.e., multiplicar o sinal recebido pela portadora.
r(t) = p(t). cos(ω0 t) = [x(t). cos(ω0 t)]. cos(ω0 t) = x(t) cos2 (ω0 t)
1 1 x(t) 1
= x(t) + cos(2ω0 t) = + x(t). cos(2ω0 t).
2 2 2 2
Assim,
R(jω)
1/2
1/4
ω
−2ω0 0 ωm 2ω0
Como isolar x(t)? Utilizando um filtro passa-baixas, podemos preservar o conteúdo em banda base
(em torno de ω = 0) e, ao mesmo tempo, eliminar as componentes espectrais de alta frequência.
Mas, F{ejkω0 t } = 2πδ(ω − kω0 ). Além disso, ck = T1 T x(t)e−jkω0 t dt pode ser escrito como
R
Z ∞
1 −jωt 1
ck = xT (t)e dt = XT (jω) ,
T −∞ ω=kω0 T ω=kω0
onde xT (t) é o sinal correspondente a um perı́odo de x(t) e XT (jω) sua transformada de Fourier.
Juntando estes dois resultados, obtemos:
∞ ∞
X 2π X
X(jω) = 2π ck δ(ω − kω0 ) = XT (jkω0 )δ(ω − kω0 )
k=−∞
T k=−∞
∞ ∞
X
jkω0 t 1 X
x(t) = ck e = XT (jkω0 )ejkω0 t
k=−∞
T k=−∞
1
ck = XT (jω)
T ω=kω0
É possı́vel constatar que X(jω) também apresenta componentes espectrais somente nas frequências
harmônicas. Porém, elas são agora representadas por impulsos. Este espectro já contém todas as
informações que os espectros de amplitude e fase da série de Fourier possuem. Cada impulso tem o sinal
de ck e sua área fornece a amplitude de ck (com escala de 2π).
Exemplo 1:
x(t)
t
−T T −τ τ T T
− 2 2
2 2
Transformada em um perı́odo: F{xT (t)} = τ Sa(ωτ /2), como visto anteriormente neste material.
2π P∞
Assim, X(jω) = k=−∞ τ Sa(kω0 τ /2)δ(ω − kω0 ).
T
−3ω0 3ω0
0 −ω0 ω0
−1
−6 −4 −2 0 2 4 6
ω
Exemplo 2: Trem de impulsos.
∞
X
x(t) = δ(t − kT )
k=−∞
Daı́,
∞ ∞
X 2π 2π X
X(jω) = XT (jω). δ(ω − kω0 ) = XT (jω)δ(ω − kω0 ).
k=−∞
T T k=−∞
Exemplo 3: vamos tratar da modulação de um sinal x(t) tendo como portadora p(t) uma onda
quadrada.
x(t) × y(t)
p(t) =
1
Y (jω) = X(jω) ∗ P (jω).
2π
X∞ ∞
1 2π 1 X
Y (jω) = X(jω) ∗ τ Sa(kω0 τ /2)δ(ω − kω0 ) = τ Sa(kω0 τ /2)X(j(ω − kω0 )).
2π k=−∞
T T k=−∞
O espectro de x(t) será replicado e deslocado de forma a ter seu centro em cada frequência harmônica
que está presente na portadora (no caso, apenas as harmônicas ı́mpares).
2
X(jω)
−3ω0 3ω0
0 −ω0 ω0
−1
−6 −4 −2 0 2 4 6
ω
LIT
Y (jω)
Ora, y(t) = x(t) ∗ h(t). Portanto, Y (jω) = X(jω).H(jω) −→ H(jω) = .
X(jω)
A relação entrada-saı́da do sistema é dada por:
N M
X dk y(t) X dk x(t)
ak k
= bk k
.
k=0
dt k=0
dt
dk x(t)
Mas F = (jω)k X(jω). Assim,
dtk
N
X M
X
k
ak (jω) Y (jω) = bk (jω)k X(jω)
k=0 k=0
PM k
Y (jω) k=0 bk (jω)
= H(jω) = PN
X(jω) k=0 ak (jω)
k
Trata-se de uma função racional de ω. Assim, para obter h(t), podemos separar H(jω) em frações
parciais e calcular a inversa termo a termo por inspeção.