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REDAÇÃO
AULA 05
Conclusão
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Prof.ª Celina Gil
Sumário
Apresentação 3
1 - Repertório de redação 4
2 – Conclusão 12
2.1 – Conectivos de conclusão 14
2.2 – Análise de redação 16
2.3 – Exercícios: Conclusão 17
3 - Propostas 26
Considerações Finais 30
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Apresentação
Olá!
conclusão; e
- Prática de redação.
1 - Análise social
Apontamentos acerca de assuntos ligados ao contemporâneo.
Esses apontamentos têm o objetivo de fortalecer seu repertório e auxiliar na
elaboração de argumentos.
3- Produção textual
Análise de redações/trechos de redações e/ou exemplo de produção textual.
Propostas de redação inéditas para serem executadas pelo aluno.
Vamos lá?
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1 - Repertório de redação
Para nosso repertório de hoje, separamos alguns assuntos que tem a ver com arte, cultura
e tecnologia. Esses são temas frequentes em sua prova e saber um pouco mais sobre eles pode
ajudar você a encontrar repertório para suas redações.
Tópicos
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número maior de pessoas. Outra vantagem é que incentiva trabalhos não comerciais, já que incentiva o
acesso às ferramentas de produção cultural. No nosso contexto contemporâneo, que lida com a internet,
podemos pensar essa tensão entre alienação e tomada dos meios de produção cultural de maneira mais
ampla. Podemos pensar desde as novas profissões da internet – como youtubers – até a facilidade de
criação e disseminação de notícias falsas no contemporâneo (ambos temas importantes para a realidade
brasileira).
FILMES
O Show de Truman (1998) Dir.: Birdman (2014) Dir.: Alejandro Yesterday (2019) Dir.: Danny
Peter Weir G. Iñárritu Boyle
Em 1927, um grupo de atores e Dois funcionários de uma O filme mostra uma série de
uma produtora cinematográfica locadora acidentalmente pequenas histórias acerca da
enfrentam a difícil transição do apagam todos as fitas-cassetes era de ouro do rádio, na
cinema mudo para o falado. O do lugar. Para não sofrerem a primeira metade do século XX.
filme lida com questões de represália do chefe, eles Destaque para a passagem da
mercado e arte dentro da regravam todos os filmes de suposta invasão alienígena
indústria cinematográfica. maneira amadora e transmitida pelo rádio.
improvisada.
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1.2 - Tecnologia
Essencialmente, o que norteia a discussão acerca dessa relação é a tentativa de tentar
responder à pergunta: a tecnologia traz mais benefícios ou mais malefícios para o homem.
Ao longo do tempo, vivemos sob a ideia de que o progresso cientifico e tecnológico sempre
levaria à evolução, ou seja, seríamos melhores na medida em que tivéssemos uma sociedade mais
tecnológica. De fato, a tecnologia foi capaz de melhorar nossa vida e facilitar nossas ações
cotidianas. Desde ações pequenas – como a possibilidade não precisar lavar a roupa à mão, pois
há uma máquina – até maiores – como as viagens de avião ou a invenção de máquinas que
auxiliam em tratamentos médicos.
A tecnologia, porém, não foi capaz de solucionar alguns problemas essenciais aos seres
humanos: a igualdade não foi alcançada, não fomos capazes de eliminar a pobreza e ainda
passamos por momentos de guerra e conflito intenso. Muitas vezes, inclusive, a tecnologia parece
estar no centro de diversos desses problemas. Muita tecnologia, por exemplo, surge de pesquisas
voltadas para a guerra, e as grandes corporações parecem muitas vezes incentivar a desigualdade
social e lucrar com ela. Cabe sempre pensar como a tecnologia se insere na lógica de mercado,
não eliminando as desigualdades, mas aprofundando-as.
O questionamento que fica é:
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FILMES
Matrix (1999) - Dir.: Lana e Lilly Blade Runner (1982) - Dir.: Ex_Machina: Instinto Artificial
Wachowski Ridley Scott (2014) - Dir.: Alex Garland
Neo é um hacker que descobre a No ano de 2019, uma grande Programador vence concurso
verdade sobre a realidade ao corporação cria clones humanos para passar uma semana na casa
conhecer um grupo rebelde. Eles para trabalhar em colônias fora do CEO da companhia que
mostram a Neo que o mundo e a da Terra. Um ex-policial é trabalha. Lá, descobre que fará
relação dos homens com as chamado para caçar um grupo parte de um experimento
máquinas não é exatamente o de clones que fugiu e se interagindo com o primeiro robô
que ele pensava. escondeu em Los Angeles. de inteligência artificial.
LIVROS
1984 – George Orwell Admirável mundo novo – Eu, Robô – Isaac Asimov
Aldous Huxley
Em uma sociedade sempre em Coletânea de contos que, no
guerra, completamente vigilada O livro conta a história de entanto, se relacionam entre si.
por câmeras e telas, a Bernard Marx, um homem que
O livro discorre sobre a evolução
personagem Winston Smith, um vive em uma sociedade que se dos robôs e a transformação de
homem que trabalha alterando organiza em torno da seu papel na sociedade ao longo
notícias de jornal, pensa supervalorização do do tempo. O último conto – e
secretamente em modos de pensamento científico. Já não há último estágio da evolução dos
burlar a tirania do Estado do mais estruturas familiares: as robôs – mostra a Terra sendo
Grande Irmão, entidade que pessoas são geradas em administrada por 4 máquinas
observa a todos por telas. laboratórios e adestradas para que ditam desde os modos de
exercer seu papel na sociedade, produção até os de consumo.
que se organiza em castas.
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1
A partir do texto disponível em < https://www.megacurioso.com.br/polemica/98787-20-fatos-para-
voce-entender-o-que-e-apropriacao-cultural.htm > Acesso em 22 dez. 2020.
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PANTERA NEGRA
O filme “Pantera Negra” faz uma discussão importante sobre o assunto, abordando principalmente
uma questão muito contemporânea: a devolução ou não de objetos de museus para seus países de
origem.
Muitos dos grandes museus do mundo têm parte de seu acervo fruto de saques. O espólio das
colonizações são entendidas hoje como parte da violência colonialista e países como França e Holanda
têm promovido ações de devolução de obras para seus países de origem. O desafio desses países hoje
é garantir condições de manutenção, exposição e restauro das obras que retornarem, já que um dos
argumentos usados pelas instituições que resistem às devoluções é justamente o risco de deterioração
das peças. Esse assunto não é apenas do passado: na Síria, desde o início da guerra, houve uma grande
quantidade de tráfico ilícito de antiguidades.
O problema não é você individualmente usar algo que acha bonito, mas quando um elemento de
um grupo minoritário é "sequestrado" e passa a ser associado a outro grupo. Quando isso acontece, esse
novo grupo é considerado inovador ou criativo, enquanto o grupo que usava originalmente pode ter sido
marginalizado pelo mesmo elemento. Nos anos 50 nos EUA, por exemplo, o jazz era considerado música
de negros e visto de maneira negativa. Quando músicos brancos começaram a gravar nesse ritmo, o jazz
acabou se tornando uma música considerada refinada. A apropriação cultural, então, é um modo de
reforçar o desequilíbrio social entre pessoas de grupos dominantes e minoritários.
Fonte: Pixabay
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Assimilação Cultural
Apropriação Cultural é Intercâmbio Cultural ocorre quando há uma
necessariamente uma ocorre quando diferentes obrigatoriedade por parte
relação de dominação, culturas promovem trocas de povos oprimidos de
opressão. mútuas. performar a cultura de seu
opressor.
Século 19 – A vinda da Corte Real portuguesa para o país deu origem à criação de mecanismos
culturais. Bibliotecas, teatros e casas de ópera começaram a integrar o cenário da colônia, como
acontecia na Europa.
Década de 1930 – governo Getúlio Vargas passou a ver o investimento como forma de propaganda.
Nos 20 anos seguintes, a atuação com caráter privado começou a se consolidar.
Ano de 1986 – Período de redemocratização, criação da Lei Sarney. Considerada pioneira, instituía
mecanismos de incentivo fiscal para atividades artísticas. Foi revogada em 1990, mas substituída
em 1991 pela Lei Federal de Incentivo à Cultura ou apenas Lei Rouanet.
O meio mais utilizado para fomentar o mercado cultural é o mecenato. As pessoas físicas e jurídicas
oferecem recursos que são usados como patrocínio para as realizações. Em troca, é comum que
recebam contrapartidas, como o incentivo fiscal dado pelo governo e outras vantagens.
O fomento cultural também pode surgir por meio de apoio ou parceria, mas nesses casos, não há a
política de incentivo fiscal.
(Disponível em <https://arteemcurso.com/blog/qual-e-a-realidade-do-incentivo-a-cultura-no-brasil/>)
A relação entre arte e Estado, porém, sempre suscita uma série de discussões. Elencamos aqui
algumas das principais questões que podem aparecer na sua prova ou até mesmo na sua redação.
A formação de Quais as
O Estado deveria Como preservamos a
público no Brasil é de consequências da
financiar a cultura e a Cultura e a Arte no
responsabilidade de dependência de
arte? Brasil?
quem? editais?
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2 – Conclusão
Na nossa aula 00, quando falamos sobre a conclusão da redação, citamos as principais estratégias
para escrever uma conclusão. Relembre esses dados:
• A conclusão deve ocupar apenas um parágrafo e ser tão sucinta quanto possível
• Não se deve colocar informações novas. A conclusão é um momento de reflexão, de retomada das
ideias principais, não de apresentação de dados.
Partindo do exemplo da tese “Deve-se iniciar cedo a prática de atividade física, a fim de garantir
uma maior qualidade de vida no futuro”:
Antes de entrarmos nos exercícios em si, vamos pensar na ideia de progressão de texto.
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Contextualização
Tese
Comprovada
principalmente por esse
Argumento 1 argumento
Retomado
imediatamente na Argumento 2
conclusão e preparando
para a finalização com o
argumento principal. Conclusão com:
Retomada do Argumento 2
Retomada do Argumento 1.
Para que um texto progrida, ele precisa trazer um tanto de novidade e um tanto de repetição. O
que isso quer dizer que o texto deve trazer informações novas e remeter-se a algo dito anteriormente.
A conclusão é o momento da repetição: você deve retomar o que foi dito antes, para reforçar sua
ideia. Esse é o momento de fazer uma paráfrase dos seus argumentos. Lembre-se o que é uma paráfrase
e estratégias para fazê-la:
A paráfrase é uma reescrita do texto. Ocorre quando um autor reescreve, com suas próprias
palavras, o texto de outro, mantendo o sentido original. Veja um:
• Inversão da ordem das informações – inverter os períodos ou a ordem das orações ajuda a
diferenciar os textos.
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• Sinônimos – trocar palavras por outras de sentido equivalente é um modo de reescrever sem perder
o sentido original. Ex.: “atraente” é substituído por “atrativas” na paráfrase. Termos genéricos
(como a palavra “interessante” que utilizamos na nossa paráfrase, por exemplo) também
funcionam.
• Troca de classes gramaticais – muitas vezes, o mesmo radical pode dar origem a palavras de
diferentes classes gramaticais. O radical “estimul-“, por exemplo, gera as palavras “estimulantes” e
“estimulam”, respectivamente, adjetivo e verbo.
Veja na tabela abaixo uma lista de conectivos de conclusão com exemplos de uso:
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enfim Enfim, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho (...)
logo Logo, além de promover uma melhoria no aproveitamento do tempo no trabalho (...)
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Muitos alunos têm dúvida quando o assunto é a famosa proposta de intervenção. Estamos
acostumados a ouvir falar de redação sempre tendo o ENEM como referência, então é normal que essa
confusão ocorra. A proposta de intervenção é obrigatória na prova do ENEM, mas não em outras provas.
Como identificar então quando você deve ou não a fazer?
Uma proposta de intervenção nada mais é do que uma sugestão de solução para o problema
apresentado. Por vezes, a solução não é total, mas apenas uma ideia de como amenizar o problema. Não
é seu ponto de vista, mas sim uma proposta prática: o que de fato pode ser feito no mundo quanto ao
problema levantado. Ela deve ser utilizada quando a proposta da redação assim o exigir. Você reconhece
a necessidade quando o tema faz escolhas lexicais como as a seguir:
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Modos de (...)
Por vezes, não aparecerão essas expressões de maneira explícita. Pense, por exemplo, uma
redação que o tema fosse “O conflito pode ser evitado”, que apareceu no Colégio Naval em 2019. Está
implícita a ideia de que você deve, em sua redação, responder “Como o conflito pode ser evitado?”. É
diferente, por exemplo, de uma proposta como a da AFA de 2020, que era “Qual, para você, seria a palavra
do ano 2019”. Nesse caso, não há proposta de intervenção possível: você deve apenas apontar qual a
palavra que você escolheria e defender sua escolha. Não há nenhuma questão a ser solucionada aqui.
A proposta nada mais é que uma demonstração do seu posicionamento enquanto cidadão, de
maneira crítica e reflexiva. Para isso, se pergunte:
DICA: sempre que for buscar responsáveis para resolve um problema, pense em três instâncias:
- Indivíduos: as pessoas diretamente envolvidas com o problema em questão. Por exemplo: em questões
de saúde, os profissionais da área; em questões de educação, professores e pedagogos etc.
Se você abordar essas três instâncias na sua proposta de intervenção, ela ficará completa e
abrangente. Lembre-se que o principal risco de uma proposta de intervenção é que ela fique rasa ou
proponha soluções fáceis/sem materialidade.
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Argumento 1
Argumento 2
Conclusão
Vamos lá?
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Proposta
Todas as redações aqui selecionadas se referem a uma mesma proposta: FUVEST 2010, cujos
textos de apoio eram:
Na civilização em que se vive hoje, constroem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados
aspectos; constroem-se imagens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, livros, instituições e situações.
AULA 05 – REDAÇÃO 18
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I.
TESE:
ARGUMENTOS:
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CONCLUSÃO:
II.
AULA 05 – REDAÇÃO 20
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TESE:
ARGUMENTOS:
CONCLUSÃO:
III.
AULA 05 – REDAÇÃO 21
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TESE:
ARGUMENTOS:
CONCLUSÃO:
IV.
AULA 05 – REDAÇÃO 22
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TESE:
ARGUMENTOS:
CONCLUSÃO:
AULA 05 – REDAÇÃO 23
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Comentários
I. Sem limites
Essa redação se desenvolveu em torno da ideia de que imagens, mais do que simplesmente
entreter, são capazes de mudar situações vigentes, podendo mesmo trazer esperança em situações
difíceis.
Os argumentos são primeiro baseados em filmes em que a criação de imagens e fuga À realidade
possibilitou a sobrevivência em um ambiente hostil. Depois, utiliza-se a citação de Martin Luther King
(“Eu tenho um sonho”) para mostrar que uma imagem triste também pode mudar a realidade. Após o
discurso de esperança e a morte de King, há uma diminuição da violência contra os negros nos EUA.
Essa redação se desenvolveu em torno da ideia de que criamos imagens para tornar o mundo
mais bonito do que ele realmente é.
Os argumentos são: como tudo é muito breve e efêmero no mundo, criamos imagens para
tentar aproveitar e fixar os momentos; pessoas sofrendo com a desigualdade social também criam
imagens para tentar tornar sua realidade menos penosa; cada pessoa cria imagens de acordo com suas
próprias concepções de mundo e contextos.
AULA 05 – REDAÇÃO 24
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Essa redação se desenvolveu em torno da ideia de que os fatos em si pouco importam. Mais
importantes são suas consequências a partir das representações e símbolos obre ele.
Os argumentos são: o primeiro, sobre como um evento do passado pode ser compreendido no
futuro de acordo com os anseios de seu tempo (sobre como entendemos o Quilombo dos Palmares de
maneira diferente do que ele era entendido então); o segundo, sobre como em cada contexto, mesmo
no presente, produz imagens diferentes sobre a mesma pessoa ou situação (a partir do exemplo do
caso Cesare Battisti).
Os argumentos partem de exemplos da história brasileira: um para mostrar como uma imagem
pode mudar o significado de algum evento ou processo histórico (o grito da independência); o outro,
demonstrando como a atuação de pessoas pode ser ressignificada posteriormente através das imagens.
Assim, sua conclusão deveria abordar esses assuntos, reescrevendo-os.
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3 - Propostas
(ESA – 2016)
Com o aumento das doações de órgãos, a lista de pessoas que esperam por um transplante - que
em 2008 era de 64.774 - agora é de 37.336 pessoas. Disparada em primeiro lugar está a lista de espera de
pacientes com doença renal crônica (24.687 pessoas). Em seguida vêm as pessoas que necessitam de
transplante de fígado (2.063) e de rim e pâncreas (648 pacientes). O desafio não está apenas em obter o
consentimento das famílias. A saúde pública precisa estar apta para captar os órgãos.
(INÉDITA)
“As mulheres ainda foram maioria nos cuidados com a casa: 145,1 milhões de pessoas com 14
anos ou mais de idade realizaram afazeres domésticos no ano passado, sendo 68 milhões de homens e
82,1 milhões de mulheres.
"Há um fenômeno estrutural, que é as mulheres fazerem mais afazeres domésticos que os
homens. A taxa de participação dos homens até vem caminhando um pouco no sentido de melhorar, mas
ainda é um problema estrutural no nosso País", explicou Aguas.”
Nas respostas à crise do coronavírus, a música tem sido uma das principais protagonistas. Nas
varandas, nas lives no Instagram e no Facebook, nas manifestações encabeçadas por celebridades a favor
do isolamento social, nos festivais virtuais independentes ou patrocinados, só dá ela. A música até nos
pareceu uma resposta natural ao momento necessário de coletividade, união e conscientização, afinal
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"music makes the people come together", já cantava a bola a hitmaker Madonna na virada do milênio
(em "Music", 2000).
Públicos, cativos ou não, encontraram na música uma distração para a árdua tarefa de ficar em
casa, fazer parte da construção de barreiras para frear a transmissão do vírus e aplacar a angústia que traz
a falta de respostas governamentais efetivas para evitar o colapso econômico que se anuncia. Sem
dúvidas, como muitos colegas críticos de música têm celebrado, são lindas e louváveis as iniciativas de
músicos e produtores que vêm disponibilizando seu tempo e seu trabalho (frise-se!) para shows virtuais
cem porcento na faixa. Porém, é nesse trabalho, que agora se espera gratuito, que residem questões
profundas e complexas que devem ser postas.
Fazer música, nesta crise humanitária, converteu-se em um sinal de altruísmo, de doação. O artista
que não quiser/puder entrar nessa onda de shows gratuitos pode até mesmo ser considerado pouco
empático à situação — leitura, inclusive, que já podemos observar em comentários direcionados a
determinados artistas nas redes sociais. Essa cobrança e até mesmo queixa que têm assolado alguns
artistas mostra que o público, muitas vezes, está alheio a tudo o que pode envolver o fazer música ao vivo
e online, como direitos autorais, cinegrafistas, editores, qualidade de equipamentos de imagem e som
etc. A falta de empatia, para usar o termo do momento, talvez resida em querer de graça a única coisa
que tais artistas têm a nos oferecer: seus shows, suas vozes e suas canções.
Quem paga a conta dos músicos? Aplausos, visualizações e curtidas virtuais, via de regra, não
enchem os bolsos do artista nem de toda a cadeia produtiva que está por trás de uma canção gravada,
composta ou apresentada (destaquemos aqui a extensa rede de produtores, instrumentistas,
compositores, técnicos de som etc.). Embora, em editais e em negociações com casas de espetáculos, o
alcance virtual de determinado artista tem contado como um importante argumento para sua
contratação, na nova configuração da produção musical independente, é nos shows que a grande maioria
dos artistas ganha o seu pão, como o sociólogo Thiago Galletta já apontou em "Cena Musical Paulistana
dos Anos 2000: a Música 'Brasileira' Pós-Internet'" (2015).
Uma vez que todos os shows, com toda a razão, foram suspensos para auxiliar no controle da
pandemia do Covid-19, de onde virá o sustento desses músicos que estão por aí sendo intimados a
disponibilizarem seu trabalho como se fossem voluntários em uma espécie de Músicos Sem Fronteiras?
O atual desamparo ao qual a classe artística musical está submetida só expõe a fragilidade, a precariedade
e a vulnerabilidade do trabalho musical no Brasil nos últimos anos.
TEXTO 2
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TEXTO 3
Tempo e Artista
Chico Buarque
Imagino o artista num anfiteatro
Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela
Com base nos textos da prova de Língua Portuguesa, bem como no seu conhecimento de mundo,
escreva um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, sobre o seguinte questionamento:
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(INÉDITA)
Com base na coletânea que segue abaixo, escreva um texto dissertativo-argumentativo, em prosa,
sobre:
TEXTO 1
TEXTO 2
Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho
doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria
para os pais.
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Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou
de ser um bem privado para tornar-se um bem público.
E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian Simon,
riqueza são pessoas. Quanto mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias (além de consumir
produtos) e são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos
nos últimos 200 anos.
E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a
sustentabilidade da exploração dos recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou até reduzir
a população. Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico, já que ficaria muito difícil manter taxas
positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência e até democracia representativa
podem entrar em colapso.
Considerações Finais
Não deixe de produzir as redações e enviá-las para correção. É muito importante que você não
acumule redações para a última hora, pois não teremos tempo para corrigir.
Na próxima aula, vamos nos aprofundar ainda mais no estudo de coesão e coerência, pensando
também alguns aspectos gramaticais.
Qualquer dúvida estamos à disposição no fórum ou nas redes sociais.
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