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JOVENS APRENDIZES

Como preparar funcionários


para a inclusão de PcDs
 Por: Equipe Catho Empresas |

 24/02/2022 |

 12 min de leitura

Os bons departamentos de recursos humanos vêm trabalhando na inclusão de

Pessoas com Deficiências nos ambientes de trabalho. Entre os objetivos da ação,

busca-se um tratamento receptivo e respeitoso, que promova a participação de todos

profissionais de maneira igualitária. O objetivo é integrar as pessoas com deficiência

com naturalidade, como deve ser.


É fundamental que os times de gente e gestão desenvolvam programas de inclusão

capazes de envolver a participação de todos os colaboradores da empresa. Além disso,

o recrutamento e seleção de PcDs é obrigatório para organizações com mais de 100

profissionais.

Para ajudar você a receber seus colaboradores PcDs com a estrutura adequada,

preparamos este artigo. Você também vai aprender a como trabalhar a receptividade da

equipe como um todo.

Quais as boas práticas na inclusão de PcDs?


Quando as empresas investem na inclusão de PcDs, o empreendimento se torna mais

humanizado. Isso prova que a organização pode ser, ao mesmo tempo, desenvolvida e

comprometida com as questões sociais.

Para que esse objetivo seja atingido, é necessário investir em boas práticas. Confira as

principais.

A preparação dos colaboradores


Para que a inclusão de PcDs no ambiente de trabalho seja efetiva, é necessário contar

com a contribuição de todos que fazem parte da empresa incluindo a CIPA.

Colaboradores precisam ser orientados sobre os valores de ensinar e partilhar. Não se

pode admitir nenhum tipo de exclusão, preconceito ou tratamento pejorativo.

De um modo geral, o ser humano tende a se fechar para o novo, ou seja, ideias e

atitudes diversas podem despertar certa resistência por parte das pessoas, porque isso

implica mudar comportamentos e modos de pensar.


Para superar essa tendência, é preciso preparar toda a equipe de trabalho por meio de

um planejamento na área de RH.

Um programa de inclusão de PcDs


É interessante que o departamento de RH, organizador e integrador entre as várias áreas

da empresa, elabore um projeto de inclusão social interna, visando, em primeiro lugar,

mensurar o nível conhecimento e vivência dos colaboradores.

Em segundo lugar, executando atividades para sensibilização e treinamento de todos os

setores. Essas atividades serão representadas por palestras, cursos e aulas ministradas

por pessoas especializadas, que podem ser psicólogos, professores ou membros de

entidades públicas ou privadas.

A participação dos colaboradores deve ser efetiva, e é importante que sejam feitas

análises dos resultados para conferir o nível de qualidade na mudança de

comportamento entre os times.

Por que a recepção dos colaboradores PcDs é


essencial?
Aprender a respeitar e a conviver com as diferenças é um princípio básico. No entanto,

o desconhecido muitas vezes nos leva a situações delicadas e constrangedoras. É o que

pode acontecer em nossas relações com Pessoas com Deficiências: muitas vezes, não

saber como falar, qual termo usar ou até mesmo como agir em determinadas situações

prejudica o bom relacionamento.

No ambiente do trabalho, esse tipo de situação deve ser evitada ao máximo. Uma vez

que o onboarding de novos colaboradores é indicado para toda e qualquer contratação,


no caso da inclusão de PcDs, o processo merece uma atenção especial. A forma como a

pessoa será recebida na empresa faz toda a diferença na sequência da jornada

profissional.

É importante que os colaboradores sejam envolvidos nessa dinâmica e saibam da

condição dos novos colegas de trabalho. Promover a conscientização e a educação dos

profissionais é essencial para evitar situações de constrangimento e também não colocar

a pessoa em uma posição exaustiva, de ter que ensinar sobre a sua condição o tempo

todo.

Lembre-se sempre de que todo onboarding tem início antes da chegada do profissional.

No caso do onboarding de PcDs, além de se preocupar com o capital humano, as

empresas também devem fazer um check-up em sua estrutura, para ter um diagnóstico

sobre a acessibilidade e realizar as mudanças necessárias, antes do primeiro dia de

trabalho da nova pessoa contratada - em caso de contratação nos modelos híbrido ou

presencial.

Investir em reformas e adaptações quando a pessoa já está na empresa transmite uma

imagem de que a organização não valoriza a diversidade dos seus times e que estava

despreparada para com esse novo cenário.

Incentivar a sensibilização dos colaboradores


Parte do preconceito com a população de PcDs tem origem na falta de informação.

Muitas pessoas não sabem, mas 17,3 milhões de brasileiros têm alguma deficiência, o

que representa mais de 8% da população. Mais da metade desse número tem menos de

60 anos. Ou seja, pessoas estas que estão ou estarão aptos a seguir a vida profissional.
É importante que os gestores façam as equipes entenderem que PcDs agregam em ideias

e vivências. O conceito de diversidade no trabalho não se resume a homens e mulheres

ocupando as mesmas posições ou a abranger as mais diferentes etnias no quadro de

colaboradores.

Trata-se, também, de pessoas que têm algumas condições específicas, o que está longe

de significar que são dependentes ou limitadas. A partir do A partir do momento em que

as empresas estão conscientes sobre essas questões, a tendência é que a inclusão de

PcDs seja um sucesso, principalmente pela diversidade cognitiva agregada à empresa.

Mais que ter um time sensível, acolhedor e empático, é preciso ensinar alguns conceitos.

Por exemplo, ninguém deve se referir aos colegas PcDs como especiais, muito menos

chamar as outras pessoas de "normais", sugerindo que aqueles que chegam sejam

"anormais".

O único termo aceito é Pessoa Com Deficiência, registrado pela Portaria 2.344/2010,

da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República do Brasil.

Mensurar os níveis de aceitação da equipe


A inclusão de PcDs não deve ficar só no papel ou na estrutura física. A conduta dos

colegas de trabalho é fundamental para que o acolhimento seja completo.

No entanto, é preciso considerar que esse cenário nem sempre se desenvolve sem

barreiras. Seja por falta de informação, seja por preconceito, seja por falta de ação,

alguns colaboradores podem criar situações desagradáveis.


Por mais inacreditável que pareça, é necessário se preparar para qualquer tipo de

ocorrência. Portanto, o departamento de gestão de pessoas deve mensurar o nível de

aceitação da equipe.

Isso pode ser realizado por meio de uma política de feedback com o objetivo de coletar

a opinião dos colaboradores e descobrir onde estão os gargalos. Essa etapa precede a

próxima: planejar e adotar ações estratégicas para incentivar a informação e a

sensibilização dos colaboradores. É como falamos antes: o processo de onboarding de

PcDs é iniciado muito antes da chegada das pessoas.

Qual a importância de ter um programa de


inclusão completo?
O programa de inclusão de PcDs vai além do que esclarecer aos colaboradores sobre a

necessidade de dividir o ambiente de trabalho. Esse cuidado pode ir além e também

ensinar sobre a necessidade de partilhar e conviver com essas pessoas e outros grupos

que também sofrem com a discriminação, como mulheres, pessoas negras, indígenas,

imigrantes e idosos.

É importante que o programa ensine o quanto é produtivo conviver e aprender

com pessoas diferentes. Os colaboradores devem entender que elas não são

descaracterizadas nem completamente dependentes, mas podem ensinar e tornar a

experiência cotidiana de trabalho mais valiosa.

Não se deve esquecer também de adaptar o espaço físico, ainda que gradualmente, a

possíveis limitações dos novos colaboradores, com rampas, banheiros adaptados, sinais

sonoros e comunicação em braile, por exemplo.


O assunto é cada vez mais presente e relevante nas empresas. Nada melhor que permitir

que mais pessoas sejam capazes de produzir e contribuir para o crescimento da

economia brasileira por meio da inclusão de PCDs, não é mesmo?

Conheça o Recrutamento de PcDs da Catho, uma ferramenta que facilita a contratação

de pessoas com deficiência com base na triagem automática por meio do

reconhecimento de laudos. São mais de 35 mil profissionais com laudo médico válido

ou certificado de reabilitação pelo INSS. Com isso, o seu recrutamento de PcD fica mais

rápido e assertivo, garantindo a inclusão social e a diversidade cognitiva em sua

empresa.

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