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CONFIDENCIAL

AO

EXMO. Sr. FRANCISCO FERREIRA

NDENGUE

CC: EXMA. Sra. NÁDIA CÁTILA

VUNGE

LUANDA

Luanda, aos 25 de Abril de 2018.

ASSUNTO: INTERPELAÇÃO EXTRAJUDICIAL PARA CUMPRIMENTO DAS


CLÁUSULAS CONTRATUAIS.

Cordiais Cumprimentos!

Vimos pela presente, na qualidade de representantes do Banco B.S.A, S.A., com sede na
Rua Comandante Van-Dunem, Matriculado na Conservatória de Registro Comercial de
Luanda, sob N° 3023, titular do NIF n.º 55930374049, representado neste acto por,
Milénia Calambo, apresentar a interpelação extrajudicial para cumprimento das
cláusulas contratuais, com os seguintes fundamentos:

1 - No preterito dia 23 de março de 2010 ,o Banco B.S.A, S.A., celebrou um Contrato


de Concessão de Crédito, com os senhores Francisco Ferreira Ndengue e Nádia Catila
Vunge – Mutuários -, na qual, o valor disponibilizado foi de 200.000.000,00 (Duzentos
milhões de Kwanzas), vencendo juros no valor de 8% mês, com o prazo de pagamento
de 96 meses.

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2 - Para a garantia do bom e pontual cumprimento do contrato, os mutários constituíram


à favor do mutuante, uma hipoteca sobre o prédio ubrano, descrito na 1.ª Conservatória
do Registo Pedrial de Luanda, sob o n.º 300, com um área total de 350.000m 2, sito na
Avenida 21 de Janeiro, com todas as suas pertenças e benfeitorias, presentes e futuras. E
os mutuários subscreveram uma livrança de caução em branco, avalizada pelos senhores
Bumba Cabenda e Isaac Tito eduardo, cujo original devidamente preenchido o mutuante
até então detem consigo;

3 - No início do Contrato, as relações entre as partes sempre se mantiveram na base da


confiança mútua, tendo as partes no início cumprido com zelo as obrigações a que
estavam adstritos;

Acontece que,

4 - Desde o dia 24 de Abril de 2018, os mutuários deixaram de fazer os pagamentos das


quantias devidas e deixaram de manter a conta de depósito a ordem devidamente
provisionada, de modos a que o Banco possa cobrar o capital dos juros e demais
encargos do contrato, contrariando assim as cláusulas contratuais;

5 - Tendo registado tal facto, o Banco B.S.A, S.A., procurou entrar em contacto
inúmeras vezes com os mutuários, via e-mail, ,telefonemas, para o bom e pontual
cumprimento do Contrato, porém, não houve sucesso nas diligências efectuadas;

Ora,

6 - Dentro de uma relação contratual, é necessário que se verifique por parte dos
contraentes o princípio da boa-fé conforme reza o art.° 227.° do código civil e do
princípio pacta sunt servanda previsto no art.º 406.º do código civil.

Nestes termos, convidamos os senhores Francisco Ferreira


Ndengue e Nádia Cátila Vunge, para no período de 30 dias a
contar da data da recepção dessa missiva, cumprirem com as
suas obrigações contratuais, conforme reza o artigo 406.º do
código civil angolano.

Em caso de não observância da presente missiva, O Banco


B.S.A., resolverá o contrato e entrará com uma acção

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executiva contra os senhores, no sentido de ver


cumprida/realizada as prestações devidas pelos senhores,
sendo que todos os encargos serão da responsbilidade dos
mutuários.

Sem outro assunto de momento, esperamos de vossa parte maior atenção e celeridade na
resolução do mesmo.

E.D

OS ADVOGADOS

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