RESENHA CRÍTICA: BIFURCAÇÃO DIANTE DOS APOCALÍPTICOS E INTEGRADOS
Os APOCALÍPTICOS e INTEGRADOS são correntes ideológicas contrárias entre si sobre os
efeitos da Cultura de Massas; essa, surgida no final da década de 20 e estabelecendo-se na década de 30 através do Rádio, Cinema e das Canções Populares. Aqui, entre os aspectos positivos e negativos, de quando então surgiu o conceito de “Indústria Cultural”, o que se têm registros é de que Governos, Empresários e Anunciantes se esbaldaram com o acesso do grande público a esses meios de comunicação. Enquanto os Apocalípticos condenam, os Integrados absolvem tais meios que, sim, via de regra histórica, domesticam as massas com determinismos ideológicos impondo e classificando a vontade do grande público para fins de produção e de consumo industriais. Viver na cidade significa consumir. Contudo, analisando a sociedade contemporânea (sem citar, ainda, o ciberespaço), como resultante de um processo histórico-social e espacial de sua necessidade comunicativa, explicam-se os fundamentos adquiridos dos Meios de Comunicação de Massa. Os Apocalípticos os condenam por realizarem uma cultura homogênea com fins de padronização do público em constantes atropelos das diferenças culturais pontuais e com a ausência de questões que incitam o pensamento crítico; o que é evidente, visto que são grupos capitalistas e governamentais que os mantêm para seus vastos benefícios. Os Integrados resumem a Cultura Industrial como um processo democrático por diminuir “sensivelmente” as separações ideológicas entre os diferentes grupos; o mesmo princípio ativo atuante no processo da Mundialização das Marcas no Capitalismo Neoliberal oriundo da Globalização. Tais posicionamentos efervesceram quando o mass media funcionou absolutamente, quando seu fenômeno era vertical ou piramidal, ou seja: “feito de um para todos”. Hoje, no entanto, com o ciberespaço como “aldeia global comunicativa”, a qual é “feita de todos para todos”, além da Convergência das Telecomunicações, a dicotomia ideológica absoluta entre Apocalípticos e Integrados perde força em seus extremos. Ainda tratando-se de sociedade, a qual historicamente sempre se organizou em estruturas de produção, experiências e poder, na qual a Cultura refletiu e reflete o Consumo, aprender ou reaprender a “selecionar” o que pode e o que não pode ser consumido tornou- se o desafio individual intelectual diante das Mídias Clássicas e das Mídias Digitais. Nem Apocalípticos nem Integrados. A Sociedade Contemporânea está, mais do que nunca, inter-relacionada com a Diminuição do
1 Espaço-Tempo, com o Consumo, com a Cultura, com a própria Comunicação: sim, está, cada vez mais, “celularizada” na palma da mão.