Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cineclube e Autoformação
do Público
Felipe Macedo1
27
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
28
Cineclube e Autoformação do Público
29
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
30
Cineclube e Autoformação do Público
6 Do latim, medius, plural media, que nos retorna da pronúnicia inglesa “mídia”.
7 No limite, basta vermos o papel da televisão no processo eleitoral. Mas vai mui-
to mais além: comportamentos, atitudes, valores são assimilados e reproduzi-
dos a partir principalmente da mídia, especialmente a televisão. Se Althusser
(ALTHUSSER, L. 1980. Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado. Lisboa :
Editorial Presença) achava que a Escola era o aparelho ideológico dominante nas
“sociedades capitalistas maduras”, em texto escrito em 1970, creio que hoje essa
“hegemonia” cabe claramente à Mídia, especialmente a audiovisual – televisão e,
cada vez mais (e mais contraditoriamente), a internet.
31
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
32
Cineclube e Autoformação do Público
Público e cineclube
33
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
12 Sobre a questão, ver Esquenazi, Jean-Pierre. 2003. Sociologie des publics. Paris
– La Découverte.
34
Cineclube e Autoformação do Público
35
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
36
Cineclube e Autoformação do Público
37
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
18 Há mesmo que se considerar com uma certa reserva a idéia de que o “cinema”
teve uma primeira etapa de exibição sobretudo em feiras. Frequentemente, essas
projeções pioneiras eram feitas em espaços permanentes de entretenimento po-
pular (como os vaudevilles norte-americanos) e associações de caráter classista,
políticas e/ou religiosas.
19 “Cinema do povo, o primeiro cineclube”. 2010, em http://www.felipema-
cedocineclubes.blogspot.com/
20 Gauthier, Christophe. 1999. La passion du cinéma – Cinéphiles, ciné-clubs et
salles spécialisées à Paris de 1920 à 1929. Paris : Association Française de Re-
cherche sur l’Histoire du Cinéma et École des Chartes.
38
Cineclube e Autoformação do Público
39
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
22 O que não quer dizer que elas não existam. Clubes de leitura e bibliotecas co-
munitárias, grupos populares e cooperativas de teatro ou de dança, escolas de
samba, rodas e tantas outras formas de associação popular em torno de manifes-
tações culturais – assim como as diferentes formas de “redes” de relacionamento
na internet – também constituem experiências mais ou menos bem sucedidas de
organização do público. Mas apenas o cineclube consolidou uma forma institu-
cional universal.
23 Ver Macedo, Felipe. 2004. “O que é cineclube”, em http://cineclube.uto-
pia.com.br/, rubrica cineclube.
40
Cineclube e Autoformação do Público
24 Lacasse, Germain. 1998. “Du cinema oral au spectateur muet”, em Cinémas, vol. 9 n. 1
41
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
foi objeto da maior parte dos estudos cinematográficos até hoje, morreu.
O cinema “literário”, linear, cuja recepção se dava na tela do cinema, com
a atenção exclusiva do espectador, não existe mais. A relação preponde-
rante não é mais a do cinema, mas do audiovisual – como conjunto de
formas de difusão e recepção, muitas ainda em desenvolvimento. De fato,
ao tentar rentabilizar e controlar essas formas de difusão e recepção, que
são ao mesmo tempo segmentos e mercados, o audiovisual recoloca vá-
rias questões que, de forma semelhante, existiram nos primeiros tempos
do “cinema”: intermedialidade, direitos patrimoniais, etc. E, inclusive, o
lugar e o papel (e a linguagem2425) do cinema “em sala”.
É uma verdadeira luta de classes entre o público e as cor-
porações planetárias de comunicação e entretenimento, que tem
mais de um aspecto em comum com as batalhas que aconteceram
nos nickelodeons e nos primeiros cineclubes. A mais visível dessas
batalhas é a disposição do público, em todo o mundo, de aces-
sar, copiar e interagir livremente com conteúdos audiovisuais, e
as tentativas de repressão e controle dessas ações por parte das
empresas de “comunicação”, entidades de classe patronais e orga-
nismos governamentais.
Essa disputa revela a existência de fragilidades e oportuni-
dades, geradas inclusive nas tentativas de compreensão e controle
dos novos mercados. Um exemplo bem claro é o do abandono
relativo do mercado exibidor. Na procura da rentabilidade maior
entre os segmentos do público de cinema de maior poder aquisi-
tivo, assim como pelo controle da articulação entre os diferentes
mercados (ou “janelas”: do DVD, tevê a cabo, tevê aberta, etc), o
cinema hoje, particularmente (mas não exclusivamente) nos paí-
ses menos desenvolvidos, abandonou a grande maioria da popu-
lação. Portanto, outra tarefa fundamental para o público é a ocu-
42
Cineclube e Autoformação do Público
43
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
44
Cineclube e Autoformação do Público
45
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
26 Nos dias de hoje, toda comunidade, sem exceção, deve ter um espaço cultural de
referência, um ou mais centros culturais. Conforme a situação local, as iniciativas
comunitárias podem ter seus próprios espaços ou compartilharem instalações e
equipamentos.
27 Paulatinamente, na medida de suas possibilidades; no ritmo, direção e limites
ditados pela decisão consciente da comunidade (dos membros ou associados) e
em função de seus interesses; e preservando sua independência.
46
Cineclube e Autoformação do Público
47
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
48
Cineclube e Autoformação do Público
À guisa de conclusão
49
Anexo
52
Cineclube e Autoformação do Público
Referências
53
CINECLUBE CINEMA E EDUCAÇÃO
54
Cineclube e Autoformação do Público
55