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E Metodológicos
Sobre o
Ensino-Aprendizagem
de Matemática
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 19
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 28
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 38
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 50
CONSIDERAÇÕES DO MÓDULO 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68
MÓDULO I
1. INTRODUÇÃO
TORISU e FERREIRA (2009) relatam que em uma pesquisa realizada por MENEGAT
(2006) sobre influências de afetividade entre professor e metodologia adotada, muitos dos
entrevistados acham muito importante à afetividade para se contatar o bom ou mau aprendizado
em matemática. A relação entre professor e metodologia adotada para motivar a construção do
conhecimento dos alunos é fundamental; como também o respeito do mesmo pelas diferenças
existente entre os alunos.
“Ao estabelecer laços afetivos com seus alunos, em sala de aula, o professor poderá
influenciá-los de modo positivo, proporcionando um ambiente agradável e de confiança
mútua. Além disso, pode fazê-los melhorar sua autoestima, suas crenças e suas atitudes
por meio de tarefas estimulantes, que, gradativamente, conduzam o aluno a se perceber
capaz de solucionar desafios maiores.” (TORISU e FERREIRA, 2009)
SILVA (2005) faz uma abordagem cronológica sobre as mudanças significativas de ensino e
aprendizagem entre as décadas de 40 e 90:
SILVA (2005) explica que mesmo com esforços de se propor mudanças no ensino da
matemática nas últimas décadas, a disciplina ainda é vista como a mais responsável pelos altos
índices de reprovação dos alunos.
“Os problemas que se levantam em relação ao ensino da Matemática em todos os níveis não
são novos e apresentam de forma variada e com graus de complexidade distintos, quase sempre
difíceis de resolver.” (SILVA, 2005)
TORISU e FERREIRA (2009) acreditam que estabelecendo laços afetivos com seus
alunos, o educador conseguirá influenciá-los de modo positivo. E ainda, podem auxiliar no sentido
de o aluno melhorar sua autoestima percebendo que é capaz de enfrentar maiores desafios.
Os autores ainda explicam que alunos que percebem a grandeza de seu potencial e
capacidade em lidar com situações escolares, podem ou não, desenvolverem maior confiança de
auto eficácia. Confiança esta que quanto maior for mais motivadora será para o aluno diante do
desafio que lhe for proposto, levando a maior dedicação e empenho pelo mesmo.
“O ser humano é um ser social. Vive em um grupo, é influenciado por ele e também exerce
influência sobre o seu entorno.” (TORISU e FERREIRA, 2009)
Para o autor, ser agente significa que o indivíduo tem capacidade de criar mecanismos e
regras de caminhos que poderão ser seguidos. Esse mesmo indivíduo pode influenciar mudanças
dos acontecimentos conforme seus interesses. Por estabelecer objetivos e metas que serão
alcançados por trajetórias decididas por ele mesmo, é considerado participante ativo, sendo assim
não sofre influencias de forma passiva.
“As pessoas não são apenas hospedeiras e espectadoras de mecanismos internos regidos
pelos eventos ambientais. Elas são agentes das experiências, ao invés de simplesmente
serem sujeitas a elas. Os sistemas sensorial, motor e cerebral são ferramentas que as
pessoas usam para realizar as tarefas e os objetivos que conferem significado, direção e
satisfação às suas vidas.” (BANDURA, 2008b)
TORISU e FERREIRA (2009) esclarecem que o comportamento humano oriundo a partir
das relações do indivíduo com o meio em que ele vive, pode variar de pessoa para pessoa. Na
Teoria Social Cognitiva, o ambiente é conhecido como ambiente potencial e ele é igual para todos.
Neste ambiente o indivíduo vai selecionar o que se tornará o seu ambiente real, e é neste
que ele irá atuar e desenvolver sua capacidade de agência humana, influenciando e sendo
influenciado. AZZI e POLYDORO (2006) apud TORISU e FERREIRA (2009) afirmam que “o
comportamento humano é a expressão de uma relação de constante interação entre o indivíduo e o
meio.”
É no ambiente escolar que o aluno passa a maior parte do seu tempo e é natural que ele
seja influenciado pelas relações de convívio com a comunidade escolar. (TORISU e FERREIRA,
2009)
PAJARES e OLAZ (2008) apud TORISU e FERREIRA (2009) explicam que o educador
que utiliza da Teoria Social Cognitiva como referência pode trabalhar melhor os estados
emocionais dos alunos corrigindo hábitos negativos, melhorando suas habilidades e competências,
práticas comportamentais e também, podem ajustar melhor a estrutura da escola e sala de aula a
fim de se ter um maior sucesso de aprendizagem por parte dos estudantes.
Auto eficácia é um dos apoios da Teoria Social Cognitiva. BANDURA (1986) diz que a
auto eficácia “é definida pelos julgamentos das pessoas sobre suas capacidades em organizar
cursos de ação requeridos para obter determinados tipos de desempenho.”
“É necessário deixar claro que a capacidade que um indivíduo tem de exercer sua agência
humana, ou seja, agir de modo intencional para alcançar seus objetivos, tem maior relação com as
suas crenças de auto eficácia que com suas capacidades comprovadas.”(TORISU e FERREIRA,
2009)
Os autores ainda esclarecem que apenas ter fortes crenças de auto eficácia não é o
suficiente para garantir o sucesso da atividade. As crenças devem estar aliadas aos conhecimentos
prévios e uma capacidade cognitiva adequada, para aí sim, se ter uma base motivadora para o
sucesso.
Por ser uma disciplina de caráter obrigatório nos currículos escolares, os Parâmetros
Curriculares Nacionais, indicam como objetivos dessa no Ensino Fundamental, possibilitar ao
aluno (BRASIL, 2000):
• Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
• transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da
Matemática como aspecto que estimula interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e
o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas;
Para o autor, pensar na matemática elementar em termos de entrada e saída, inicia-se com a
percepção dos objetos no real e a ação sobre eles. O objeto é percebido seguindo a Teoria de Van
Heile (1957): visualização, análise, ordenação, dedução e rigor (Fig. 2). O pensamento matemático
evolui de modo lento. As crianças começam por reconhecer os objetos e diferenciá-los pelo seu
aspecto físico para depois analisar suas propriedades, ordená-las e deduzi-las.
“Este tipo de desenvolvimento vai-se tornando cada vez mais complexo, conduzindo ao
pensamento matemático avançado que envolve o uso de estruturas cognitivas produzidas por um
vasto leque de atividades matemáticas. Estas estruturas servem para construir novas ideias que
fundamentam e estendem o sistema crescente de teoremas demonstrados.” (DOMINGOS, 2006)
Fig. 3. Esboço do desenvolvimento cognitivo desde a criança até ao matemático investigador. (TALL, 1995 apud
DOMINGOS, 2006)
Fonte:
file:///D:/Meus%20Documentos/Documents/ENSINO%20DA%20MATEM%C3%81TICA/MAT%20APO%203/P3.p
df
DOMINGOS (2006) ressalta que para melhor entender toda essa evolução de cada um
destes desenvolvimentos e de suas ligações como proposto no estudo de TALL (1995) deve-se
estar atento ao terceiro elemento da atividade humana, citado anteriormente, o “pensamento” que
se refere ao processamento interno das informações.
TALL (1995) apud DOMINGOS (2006) explica que este elemento é muito difícil de
descrever e analisar. O autor parte da Teoria desenvolvida por BRUNER (1999) sobre as
representações (motoras, icônicas e simbólicas) para fazer a diferenciação entre a matemática
elementar e a avançada. Ele acredita que mesmo, em ambos os casos, seja utilizado a linguagem
para construir as propriedades dos objetos, na matemática avançada as propriedades são
construídas a partir da definição.
TALL (1995) apud DOMINGOS (2006) acredita que se devem incluir as seguintes
representações: “motoras (processos físicos), icônicas (processos visuais) e três formas de
Fig. 4. Ações e objetos na construção de várias estruturas do conhecimento matemático (TALL, 1995 apud
DOMINGOS, 2006)
Fonte:
file:///D:/Meus%20Documentos/Documents/ENSINO%20DA%20MATEM%C3%81TICA/MAT%20APO%203/P3.p
df
Para MATTOS (2012) a criança desde pequena, quando começa a manusear e fazer
arrumações com objetos e brinquedos, inicia a construção de conceitos que vão dar a ela
condições de organizá-los de acordo com propriedades pré-estabelecidas. Esses conceitos são
adquiridos com o convívio familiar e não especificamente para um raciocínio matemático. Para a
autora, o pensamento matemático a criança irá desenvolver a partir da percepção das diferenças
que ela encontrar nos objetos.
Para PIAGET (2005): “o objetivo da educação intelectual não é saber repetir ou conversar
verdades acabadas [...], é aprender por si próprio à conquista do verdadeiro, correndo o risco de
despender tempo nisso e de passar por todos os rodeios que uma atividade real pressupõe.”
A emoção é algo natural que faz parte do “eu interno”. Administrar a emoção é algo
fundamental para a inteligência emocional. (MATTOS, 2012)
ALMEIDA (1999) apud MATTOS (2012) afirma que emoção e intelecto são atributos
inseparáveis presentes no ser humano. Para o autor, a emoção é o que colore a vida do indivíduo,
mantendo o equilíbrio entre a razão e ela mesma, dando a oportunidade do desenvolvimento da
inteligência desafiando-a se superar, complementando-a.
Para GOLEMAN (1996) emoções são sentimentos que se manifestam por estímulos muito
intensos e que geram ideias, condutas, ações e reações. Já para WALLON (1978) as emoções são
apenas atitudes ocasionadas por situações. ALMEIDA (2004) já caracteriza a emoção como
desordens fisiológicas tumultuando a ordenação e capacidade do indivíduo, provocando
revoluções internas e externas.
MATTOS (2012) diz que as emoções são ativadas de acordo com situações vividas pelo
sujeito. E que essas emoções resultarão em ações e reações que solucionarão ou não os problemas
propostos.
Para ZAZZO (1978) apud MATTOS (2012) as emoções são de caráter social porque são
originadas de situações realizadas em conjunto.
“A emoção é expressão da interação com a sociedade, com o grupo social, pela
socialização do sujeito. A emoção é responsável pela reunião dos indivíduos, por
maneiras de inter-relacionamento desenvolvido por diferentes pessoas, quando juntam-se
para realizar alguma atividade. Essas, realizadas em grupo são prazerosas, criativas e
motivadoras da busca de solução para determinado problema.” (MATTOS, 2012)
PIAGET (2005) acredita que nas crianças existam três tendências afetivas: primeiro o
amor, que desempenha um papel muito importante no desenvolvimento afetivo e cognitivo da
criança; em segundo o medo, que auxilia para que as crianças obedeçam às regras estabelecidas; e
por último, o respeito, um misto de afeto e medo que tem papel importante na construção da
consciência da criança.
O ensino da matemática vem repleto de medos e angústias por ter que entender algo
complicado e complexo, tornando a matemática algo assustador. Esse medo pode levar a criança
ao ato repetitivo onde ela apenas é conduzida a obedecer o que é desenvolvido pelo educador. Não
existe o interesse em aprender, em compreender o que pode levar a um baixo desempenho.
(MATTOS, 2012)
Para GOLEMAN (1996) os atos e respostas desenvolvidos pelos seres humanos em suas
inter-relações com os outros e com o meio em que vivem são de responsabilidade das emoções.
Para o autor a afinidade é fundamental para o ensino da matemática para que se possa entender
emoções e sentimentos do outro ajudando em um diálogo mais rentável.
GÓMEZ CHÁCON (2003) apud MATTOS (2012) destaca que questões afetivas tem uma
grande importância no processo de ensino e aprendizagem da matemática.
MATTOS (2012) define como dimensão afetiva “os sentimentos, as crenças, os valores, as
preferências e as expectativas do sujeito.”
MATTOS (2012) afirma que “para aprender matemática, o educando recebe estímulos que
geram tensão, diante disso, ele reage emocionalmente de forma positiva ou negativa, pois esta
atitude está associada à crença sobre a matemática e sobre si mesmo, o que pode ou não realizar
em matemática.”
GÓMEZ CHÁCON (2003) apud MATTOS (2012) sugere que para se melhorar o ensino
da matemática, é importante levar em consideração fatores afetivos dos alunos e professores. As
atitudes, motivações e empatia auxiliam como impulsionadoras da atividade matemática e muitas
vezes, atuam até como forças de resistências às mudanças.
“Os educadores focam o ensino na inteligência clássica, que pode ser medida como
habilidades de raciocínio lógico-matemático e exige a análise racional do problema na busca e na
descoberta da solução.” (MATTOS, 2012) O autor relata que na resolução de problemas, além das
habilidades cognitivas o aluno também utiliza de habilidades inferiores, emocionais na busca da
solução e uma real aplicação da resposta. Quando o educador propõe problemas, ele desperta um
conjunto de condutas internas e emocionais, que auxiliam na formulação da resposta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As teorias apresentadas neste módulo nos expõem diferentes enfoques sobre a forma como
os educadores podem construir os conceitos matemáticos. Todas abordam os processos mentais
realizados sobre determinados objetos com o intuito de construir novos objetos/conceitos.
MÓDULO II
Cognição “[...] processos internos envolvidos em extrair sentido do ambiente e decidir que ação
deve ser apropriada. Esses processos incluem atenção, percepção, aprendizagem, memória,
linguagem, resolução de problemas, raciocínio e pensamento.” (EYSENK e KEANE, 2007)
Para GODOY (2006) apud SILVA et al. (2010) “cognição é muito mais do que apenas a aquisição
de conhecimento e consequentemente, a melhor adaptação ao meio.” O autor ainda
afirma que cognição é a forma pelo qual a pessoa se envolve com seus semelhantes e o meio em
que vive.
CUNHA et al. (2004) apud SILVA et al. (2010) destaca que o ser humano tem a capacidade de
receber, processar e armazenar as informações assim como identificar e corrigir os erros. É
necessário saber como se faz para saber e como se faz para fazer. Não basta fazer e saber. Tem
que ser eficiente e eficaz ao mesmo tempo. GRANTEAT (1999) apud SILVA et al. (2010)
“A educação é um sistema que evolui na interação entre dois indivíduos e de um indivíduo com
o mundo e a cultura na qual está inserido. É a partir da interação e da troca que a aprendizagem
torna-se possível.” (BRAGA, 2012)
Segundo DALBOSCO (2006) a tecnologia se encontra muito presente na vida das pessoas
e também no sistema educacional. “As evoluções tecnológicas, a agilidade e dinamicidade do
mundo moderno impõem novas formas de ensinar e de aprender, levando à inclusão dessas novas
tecnologias como ferramentas mediadoras no processo de ensino aprendizagem.” (DALBOSCO,
2006)
MAGDALENA (2003) apud DALBOSCO (2006) afirma que a tecnologia hoje tem um
papel muito importante na vida das pessoas, porém, na área educacional esse papel ainda precisa
ser revisto. A inserção de novas tecnologias no sistema educacional é um fato que não tem como
retroceder, e é necessário estar atento quanto ao seu uso nas atividades pedagógicas.
(DALBOSCO, 2006).
Para SCHLEMMER (2005) apud DALBOSCO (2006) fazer uso de qualquer tecnologia na
área educacional deve, antes de tudo, levar o educador e a equipe a analisar de que forma o
educando vai adquirir o conhecimento sob as características de nova ferramenta educacional. “A
tecnologia educacional deve adequar-se às necessidades de determinado projeto político-
pedagógico, colocando-se a serviço de seus objetivos, nunca os determinando.” (DALBOSCO,
2006)
BRAGA (2012) afirma que “no uso das TDICs, é necessário que o usuário, em particular o
aluno, tenha a capacidade de compreender o ponto de vista do outro, fenômeno essencial na
atividade da aprendizagem.” Para a autora, o aluno através dessa interação com a máquina e a
tecnologia deve saber todo o funcionamento do equipamento assim como o conteúdo inserido
nela. E ainda deve se levar em consideração aspectos cognitivos, sociais e educacionais que esta
situação implicará no aluno.
SILVA (2006) apud SILVA (2010) relata que consequentemente ao ensino tradicional,
tem-se a baixa de desempenho intelectual e evasão por parte dos alunos. O processo de ensino-
aprendizagem é arcaico, educadores não inovam, o ambiente escolar é pouco motivador para o
educando. O autor ainda afirma que não existe interação correta entre professor e aluno. O
educador é visto apenas como detentor do saber. E devido a grande quantidade de conteúdos a
serem ministrados, os educadores se preocupam mais em cumprir seus currículos do que interagir
com o aluno.
“Na prática escolar, o trabalho docente está pautado em teorias que determinam as
tendências pedagógicas aplicadas nos ambientes de ensino e aprendizagem. Essa prática
possui condicionantes psicológicos, sociais e políticos que configuram concepções de
inteligência e conhecimento, de homem e de sociedade. Os ambientes informatizados de
ensino dos diversos tipos, da mesma forma, apresentam, implícita ou explicitamente, os
pressupostos teórico-metodológicos desses condicionantes. Sobre essa relação entre
tecnologia e o processo educativo, busca-se entender como pode se dar a apropriação
crítica e criativa das novas tecnologias e, principalmente, da informática no processo de
ensino-aprendizagem, analisando como vêm sendo utilizadas e como podem interferir no
processo.” (DALBOSCO, 2006)
Apesar das tecnologias já fazerem parte do dia-a-dia de muitas escolas, alguns educadores
ainda resistem em utilizá-los ou apresentam dificuldades quanto ao uso correto desses recursos.
(DALBOSCO, 2006)
PAPERT (1994) apud ALMEIDA (2011) explica que a tecnologia pode ser vista como
recursos capazes de abrir oportunidades contribuindo para melhoria na qualidade do ensino-
aprendizagem. As novas tecnologias proporcionam aos indivíduos uma nova maneira de ver, ler e
escrever, assim como também pensar e agir. (FROES, 1998 apud ALMEIDA, 2011)
D’AMBRÓSIO (1997) acredita que “nenhuma teoria é final, assim como nenhuma prática
é definitiva, e não há teoria e prática desvinculadas.”
BRAGA (2012) questiona sobre onde posicionar esse novo modo de ensino nos processos
educacionais. “Quais os papéis e consequências das Tecnologias Digitais da Informação e da
Comunicação (TDICs) e dos Ambientes Virtuais de Trabalho (AVT) na educação e na formação?”
Para a autora, quando alunos são levados para uma aula com o uso da informática, os
mesmos se sentem frustrados e incapazes por não saberem utilizar a ferramenta por falta de
prática. “Essa atitude em relação ao computador pode ser mudada se o professor levar o aluno a
entender sua utilidade na aprendizagem da matemática, tornando a aprendizagem ainda mais
fácil.”
Desprezar o uso da tecnologia na prática educacional é levar estudantes a uma total falta de
habilidades. (D’AMBRÓSIO, 1990)
“Ao se deparar com algo que não estão acostumados a lidar, os alunos não sentem que o
laboratório de informática pode ser um ambiente de aprendizagem. Portanto, no início,
tendem a distrair-se mais, brincando com os computadores, do que a usá-los como recurso
pedagógico, pois o efeito da novidade – não de ter um laboratório, ou computador na
escola, mas, a oportunidade de estar trabalhando com o mesmo - é grande e é natural um
certo período de exploração da tecnologia [...].” (SOUZA, 2007)
A autora acredita que Educação e avanço tecnológico devem estar ligados para que se
proporcionem ambientes significativos de ensino e aprendizagem aos educandos onde os mesmos
poderão desenvolver outras maneiras de assimilar as competências propostas.
PAPERT (1988) apud SOUZA (2007) afirma que ambientes informatizados possibilitam
ao aluno desenvolver competências concreto-abstratas. Pode ser visto como uma ferramenta de
grande potencial no processo de ensino e aprendizagem. O aluno aprende o concreto onde
manipula e transforma e o abstrato pode-se considerar por suas construções mentais para se
alcançar o concreto.
“O computador é uma ferramenta para atingir estes objetivos de forma integrada na
medida em que, promove transformações na escrita, leitura, nas formas de comunicação e
representação e por outro, funciona como uma fonte geradora de conflitos cognitivos que
possibilita a articulação e ampliação dos esquemas operatórios do indivíduo.” (SOUZA,
2007)
TAJRA (2000) apud DALBOSCO (2006) alerta para o fato de a ferramenta computador
ser ou não utilizada de forma adequada no processo de ensino e aprendizagem. O uso do
computador em aula não significa que a aula seja inovadora. Se o professor não souber explorar a
ferramenta a seu favor, sua aula terá características de uma aula tradicional.
FREIRE (1996) apud DALBOSCO (2006) indaga a necessidade de uma formação mais
evoluída do docente que anseia trabalhar com tecnologia em suas aulas. “Saber ensinar não é
transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção.”
O autor ainda ressalta que o docente deve estar acessível a questionamentos, curiosidades e
bloqueios dos alunos.
“Ao educar com o uso das tecnologias, assume-se o mesmo risco de repetir a educação
bancária. A educação mediada por equipamentos representa um grande desafio, visto que
o professor assume um papel fundamental, colocando em questão a interatividade
existente nesses ambientes informatizados e a forma como esses recursos podem ser
utilizados didaticamente para o ensino e a aprendizagem.” (DALBOSCO, 2006)
SOUZA (2007) acredita que o docente que trabalha com um ambiente informatizado de
forma estrategicamente planejada, usando total interação dos alunos com o ambiente, terá suas
aulas muito mais ricas e proveitosas de forma cooperativa, auxiliando na construção do
conhecimento dos alunos onde haverá uma “troca contínua e mútua” de saberes. “Para aceitar a
colaboração dos alunos é necessário experimentar, acolher o erro como possibilidade da trajetória
e vê-lo como momento de aprendizagem, tanto quanto com o acerto.”
VALENTE (1999) apud DALBOSCO (2006) explica que o professor deve ter
conhecimento educacional suficiente sobre a ferramenta tecnológica para que sejam capaz de
adequar atividades variadas no uso do computador.
“[..] um dos fatores primordiais para a obtenção do sucesso na utilização da informática
na educação é a capacitação do professor perante essa nova realidade educacional. O
professor deverá estar capacitado de tal forma que perceba como deve efetuar a
integração da tecnologia com a sua proposta de ensino. Cabe a cada professor descobrir a
sua própria forma de utilizá-la conforme o seu interesse educacional, pois, como já
sabemos, não existe uma forma universal para a utilização dos computadores na sala de
aula.” (TAJRA, 2000 apud DALBOSCO, 2006)
A inserção de tecnologia nas aulas leva a reflexão de problemas “que vão desde a
preparação dos professores até a falta de recursos para a compra de equipamentos.” (BRANDÃO,
1995 apud DALBOSCO, 2006)
“Existem várias possibilidades de aplicação e uso da informática na área educacional e
são inúmeras as atividades que podem ser realizadas em laboratório, cada uma com
objetivos específicos a serem atingidos ao serem usadas em determinadas situações de
ensino-aprendizagem. Cabe ao professor definir a atividade e o tipo de recurso de que fará
uso em cada momento, o que exige o conhecimento das possibilidades de uso do
computador e de estratégias de uso desses recursos nas atividades didático-pedagógicas.”
(DALBOSCO, 2006)
BRANDÃO (1995) apud DALBOSCO (2006) acredita que é de suma importância que
todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem com o uso de tecnologias devem estar
devidamente preparados para que se possa ter o uso adequado da ferramenta onde serão inseridas
atividades tradicionais. A grande maioria dos professores acaba por não utilizar a ferramenta
justamente por não ter ideia de que tipo de atividade ou procedimento utilizar na construção e
desenvolvimento da aula.
DALBOSCO (2006) ainda expressa que devido a inserção de tecnologia nas instituições,
“surgiram inúmeros programas voltados a auxiliar no processo educacional, como jogos, sites e
softwares educacionais.” Esses programas entram como recursos “possibilitando novas formas de
construir o conhecimento a partir de ambientes informatizados de ensino.”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A tecnologia vem evoluindo de forma acelerada nos últimos anos, assim como também a
diversidade de recursos disponíveis para auxiliar na área educacional.
Constatou-se no decorrer do capítulo alguns desafios que as escolas terão de enfrentar com a
inserção de ambientes informatizados:
• A dificuldade dos alunos em manusear alguns aplicativos ou até mesmo o computador, pois
muitos possuem o domínio da navegação na internet mas quando se deparam com o uso de
aplicativos como EXCEL, não sabem por onde começar a desenvolver a atividade;
• A falta de interação entre professor e aluno durante a atividade desenvolvida no ambiente
informatizado. O professor precisa ter consciência que o aprendizado do aluno só será
significativo se for acompanhado pelo mentor. A aula em ambientes informatizados deve ser
estrategicamente planejada e executada pelo professor. É muito importante a troca contínua e
mútua de informações, a motivação e apoio do professor para que o recurso didático utilizado
não se perca de seu objetivo final;
Viu-se que o mercado da tecnologia dispõe de muitos recursos para os docentes como a grande
diversidade de softwares, no entanto, a escolha adequada fica por conta do professor pois cada
programa possui características específicas.
Por fim, conclui-se que o uso do computador deve ser visto como uma ferramenta a mais no
processo de construção do conhecimento e não como substituta total do ensino tradicional.
MÓDULO III
1. INTRODUÇÃO
A matemática é uma disciplina de suma importância nos currículos escolares. Através dela
o indivíduo desenvolve saberes e o raciocínio lógico fundamental para o desenvolvimento de
outros estudos e para a vida cotidiana. A disciplina, por trabalhar muitas vezes com conceitos que
fogem do cotidiano, é vista com hostilidade pelos alunos. (ALVES, 2011).
A autora ressalta que os alunos desistem de resolver a atividade por se acharem incapazes,
acreditam que os ensinamentos do professor são diferentes do que o proposto nas atividades.
Além da falta de coragem dos alunos de resolverem as atividades propostas, os mesmos se
sentem desmotivados por não se convencerem que a prática pedagógica utilizada pelo professor
que acha que o aluno só vai aprender se fizer o maior número de exercícios possível sobre o
conteúdo em questão, é válida para o desenvolvimento do seu conhecimento. O simples fato de o
professor ensinar porque vai ser útil no futuro não é suficiente para o aluno se interessar.
(D’AMBROSIO, 1989)
“Os professores em geral mostram a matemática como um corpo de conhecimentos
acabado e polido. Ao aluno não é dado em nenhum momento a oportunidade ou gerada a
necessidade de criar nada, nem mesmo uma solução mais interessante. O aluno assim,
passa a acreditar que na aula de matemática o seu papel é passivo e desinteressante.”
(D’AMBROSIO, 1989)
“Na vivência escolar deparamos com professores que relatam “a matemática precisa
tornar-se fácil”, dando a entender que ela é difícil. Estes identificam na voz do aluno
como uma disciplina chata e misteriosa que assusta e causa pavor, e por consequência, o
educando sente vergonha por não aprendê-la.” (SANTOS, 2007)
ALMEIDA (2007) informa que muitas pesquisas estão sendo feitas em torno de problemas
no ensino. Algumas questões estão sendo levantadas, tais como: “A deficiência está no próprio
sistema de ensino? Os professores não estão conseguindo lidar com o processo? Os alunos não
estariam desmotivados? O que leva o aluno a não conseguir aprender Matemática e/ou outras
disciplinas?”
SMITH e STRICK (2001) apud ALMEIDA (2007) relatam que compreender a dificuldade
de aprendizagem no ensino da matemática leva a dois fatores importantes: as dificuldades
oriundas do externo ou seja, vindas do modo de ensinar; e dificuldades referentes ao próprio aluno
como a falta de atenção, organização, dificuldades de formular estratégias entre outros.
Para ALMEIDA (2006) é importante investigar a causa da dificuldade de aprendizagem do
aluno. O diagnóstico correto auxiliará o professor, a escola e aos pais q direcionar para o aluno o
melhor método de ensino.
“Assim, o professor precisa levar em conta a bagagem que os alunos trazem aos ciclos anteriores,
para organizar o seu trabalho de modo que os alunos desenvolvam a própria capacidade para
construir conhecimentos matemáticos.” (SANTOS 2007)
SANCHEZ (2004) apud ALMEIDA (2006) aponta como as dificuldades Matemáticas podem vir a
se manifestar:
“Dificuldades em relação ao desenvolvimento cognitivo e à construção da experiência
matemática; do tipo da conquista de noções básicas e princípios numéricos, da conquista
da numeração, quanto à prática das operações básicas, quanto à mecânica ou quanto à
compreensão do significado das operações. Dificuldades na resolução de problemas, o
que implica a compreensão do problema, compreensão e habilidade para analisar o
problema e raciocinar matematicamente.
Podem ocorrer dificuldades mais intrínsecas, como bases neurológicas, alteradas. Atrasos
cognitivos generalizados ou específicos. Problemas linguísticos que se manifestam na
matemática; dificuldades atencionais e motivacionais; dificuldades na memória, etc.
Para o autor, a falta da fundamentação teórica básica pode ser um dos indícios de um
“semianalfabetíssimo matemático” encontrado em qualquer nível da sociedade.
Para o autor, essa metodologia não apresenta resultados positivos por conta dos alunos
trabalharem a aprendizagem memorizando a teoria com resolução de exercícios repetitivos e,
também, por muitas vezes a aplicação desses exercícios propostos fugirem da realidade vivida
pelo aluno.
SILVA (2005) explica que nesse método de ensino os alunos se limitam a ouvir e repetir o
que o professor lhe ensina, ele não analisa criticamente o que lhe é exposto.
SILVA (2005) aponta um sério problema que se apresenta no ensino da matemática. Para
muitos a aprendizagem da matemática se dá fundamentalmente baseada em “cálculos e
procedimentos de rotina.” O autor enfatiza que os cálculos são importantes, mas “matemática não
se reduz a cálculos.” O raciocínio, a capacidade de resolver situações-problemas e a utilização das
ideias matemáticas explorando diversas formas de resolução são muito mais importantes que o
simples cálculo. “O importante não são os cálculos, mas sim o que fazer com eles.”
PIRES (2000) apud ALVES (2011) acredita que a matemática precisa ser vista como
mecanismo de entendimento, sendo motivadora do “interesse, curiosidade, espírito de
investigação e o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.”
SILVA (2005) identifica outro fator dificultador do ensino da matemática como recurso da
compreensão e assimilação dos conteúdos. Para que a aula se torne mais reflexiva e compreensiva
a opção é partir para o uso de artigos de jornais, revistas especializadas e livros paradidáticos entre
outros que possuam material relativo à área. Esses recursos auxiliam no entendimento do aluno e
proporcionam uma diferenciada saindo do tradicional.
PIAGET (1989) apud ALVES (2011) classifica o aluno como um ser ativo que compara,
ordena, comprova formula entre outras habilidades. Para o autor a matemática deve ser ensinada
ao sujeito de forma ativa. “O aluno pode demonstrar sua capacidade de aprender e do querer aprender
a partir de suas habilidades e interesse, pois partindo de suas ações mentais é que se pode ver o nível
de aprendizagem de cada um.”
D’AMBROSIO (1989) afirma que várias são as propostas sobre “como ensinar matemática
hoje”. As propostas mais interessantes e significativas são as que consideram o “aluno como centro do
processo educacional”, mostrando o mesmo como um sujeito “ativo no processo de construção de seu
conhecimento”.
“Estas propostas partem do princípio de que o aluno está constantemente interpretando
seu mundo e suas experiências e essas interpretações ocorrem inclusive quando se trata de
um fenômeno matemático. São as interpretações dos alunos que constituem o se saber
matemática ‘de fato’. Muitas vezes o aluno demonstra, através de respostas a exercícios,
que aparentemente compreendeu algum conceito matemático; porém, uma vez mudado o
capítulo de estudo ou algum aspecto do exercício, o aluno nos surpreende com erros
inesperados. É a partir do estudo dos erros cometidos pelos alunos que poderemos
compreender as interpretações por eles desenvolvidas.” (D’AMBROSIO, 1989)
Na visão da autora “a escola sempre teve como meta que os alunos fossem capazes de
relacionar adequadamente várias informações, fatos, conhecimentos e habilidades para enfrentar
situações-problema.” Mas a realidade é outra, a escola nem ao menos procurou atingir parte da
meta.
“O professor é um intermediador entre os conteúdos de aprendizagem dele, está ali para
ensinar aprendendo a valorizar o aluno, trabalhando juntos em busca do conhecimento, buscando obter
resultados satisfatórios por meio de projetos, um bom caminho para o alcance dos mesmos.” (ALVES,
2011)
BORBA e PENTEADO (2001) apud ALVES (2011) descrevem a importância tanto da oralidade
quanto da escrita na aula de matemática. Quando os livros surgiram como apoio as práticas
pedagógicas, possibilitou ao aluno uma extensão dos seus conhecimentos de forma qualitativa.
Atitudes como fala, leitura, escrita e desenhos apresentam competências e habilidades adquiridas e que
estão sendo desenvolvidas no processo de ensino e aprendizagem, assim como apresenta também
domínio e dificuldades dos alunos.
Aplicar a parte teórica na matemática requer muita criatividade uma vez que o entendimento
do aluno é mais certo com práticas lúdicas. Para facilitar o desenvolvimento da teoria os projetos são
mais indicados pois envolvem teoria e prática, e vão além do “ensino memorístico”. (ALVES, 2011)
GRANDO (1995) apud ALVES (2011) afirma que utilizar jogos nos projetos de ensino da
matemática trás muitas vantagens ao processo de ensino: o aluno participa mais ativamente do
desenvolvimento do conceito, cria mais estratégias, motiva sua curiosidade e ainda resgata sua vontade
de aprender. A utilização de jogos como didática de ensino favorece o desenvolvimento da autonomia
dos alunos.
“De fato, o conhecimento matemático não se consolida como um rol de ideias prontas a
serem memorizadas, muito além disso, um processo significativo de ensino de
Matemática deve conduzir os alunos à exploração de uma grande variedade de ideias e de
estabelecimento de relações entre fatos e conceitos de modo a incorporar os contextos do
mundo real, as experiências e o modo natural de envolvimento para o desenvolvimento
das noções matemáticas com vistas à aquisição de diferentes formas de percepção da
realidade.” (ALVES, 2011)
Conforme destaca os PCN (1997) “a matemática deverá ser vista pelo aluno como um
conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua capacidade
expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação.”
Introduzir jogo como atividade matemática induz o aluno a um “fazer sem obrigação
externa e imposta”. O aluno participa, articula e desenvolve competências. (PCN, 1997) Ainda
para os PCN (1997)
“É consensual a ideia de que não existe um caminho que possa ser identificado como
único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da Matemática. No
entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para
que o professor construa sua prática.”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Viu-se também que é importante que o professor trabalhe com uma metodologia
diferenciada principalmente com os alunos que apresentam muita dificuldade para que os mesmos
não se sintam desmotivados. A interação entre o conjunto pais, escola, professor e alunos também
é muito importante pois dessa forma fica mais fácil atingir os objetivos e se chegar a resultados
positivos.
Nos dias de hoje a educação exige professores capacitados e criativos, que estejam
dispostos a assumir um compromisso sério com essa exigência. Professores conteudistas que
trabalham com uma metodologia mecanizada onde os alunos apenas decoram os conceitos sem
compreender a sua essência devem dar vez aos que assumem uma postura mais dinâmica.
O desenvolvimento do conhecimento do aluno exige metodologias e estratégias
diferenciadas para que o aluno seja capaz de ser ativo na resolução de situações-problemas lá no
futuro. O ensino tradicional já não atende mais as dificuldades apresentadas pelos alunos porque
elas fazem parte da evolução do seu ambiente diário.
Assim sendo, a mudança da metodologia praticada nas aulas de matemática deve acontecer
para que se tenha mais interatividade, criatividade e motivação para a construção do conhecimento
e que para os alunos deixem de pensar na disciplina como algo obrigatório, imposto e passem a
vê-la com mais satisfação.
MÓDULO IV
1. INTRODUÇÃO
A prática pedagógica na resolução de problemas de matemática é um assunto que tem sido muito
estudado por diversos autores. “Essa questão exige tanto do(a) professor(a) quanto do(a) estudante
o domínio de habilidades relacionadas às capacidades cognitivas, metacognitivas e afetivas
subjacentes ao processo.” (ALVES e LUZ, 2007)
• Metacognitiva: capacidade que está relacionada ao aluno ter noção, conscientização dos
seus próprios conhecimentos assim como sua capacidade de controlar, manipular e
compreender suas habilidades de aprendizagem. O estudante que se auto-avalia e controla
sua aprendizagem tem mais facilidade em traçar e alcançar objetivos e participa mais
ativamente e emocionalmente desta busca. (BORUCHOVITCH e BZUNECK, 2004 apud
ALVES e LUZ, 2007). A metacognição é uma habilidade onde o indivíduo tem
conhecimento sobre suas próprias capacidades e limitações. (VIEIRA, 2001 apud ALVES
e LUZ, 2007)
POLYA (1978) apud ROMANATTO (2012) acredita que problema é algo onde o
individuo vai buscar uma solução de forma consciente para algo que já foi planejado com um foco
em um objetivo que ainda não foi atingido.
VAN DE WALLE (2009) apud ROMANATTO (2012) conceitua problema como uma
missão, um dever que deve ser cumprido sem ter regras e métodos pré-estabelecidos para se
chegar a sua solução.
Na visão de SKINNER (2004) apud ALVES e LUZ (2007) problema é quando falta uma
resposta a uma situação para o indivíduo e cabe ao mesmo estruturar estratégias para se resolver a
questão.
Segundo o autor, a resolução de problemas é uma estratégia nova como prática pedagógica
de ensino e aprendizagem matemática.
“A resolução de problemas tem grande poder motivador para o aluno, pois envolvem situações
novas e diferentes atitudes e conhecimentos.” (SOARES e PINTO, 2009)
POZO e ECHEVERRÍA (1998) apud SOARES e PINTO (2009) destacam os passos para
resolução de problemas segundo POLYA:
A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS SEGUNDO GEORGE POLYA
1ª ETAPA Compreender o problema: etapa importante para fazer perguntas,
identificar a incógnita do problema, verificar quais são os dados e quais
são as condições entre outros.
2ª ETAPA Construção de uma estratégia de resolução: etapa onde se deve encontrar
as conexões entre os dados e a incógnita, caso seja
necessário considerando problemas auxiliares ou particulares.
3ª ETAPA Execução da estratégia: etapa mais fácil do processo de resolução de um
problema. Contudo, a maioria dos principiantes tende a pular esta etapa
prematuramente e acabam se dando mal.
4ª ETAPA Revisando a solução: Exame da solução obtida e verificação dos
resultados e dos argumentos utilizados.
Quadro 1. Resolução de problemas segundo George Polya.
Fonte: Adaptado de Problemas matemáticos: caracterização, importância e estratégias de resolução.
http://www.esev.ipv.pt/mat1ciclo/Resolucao%20probs/mat450-2001242-seminario-8-resolucao_problemas.pdf
ROMANATTO (2012) acredita que o professor deva adotar uma postura de questionador em
aulas que envolvam a resolução de problemas. Ao invés dos alunos perguntarem, ele que deve
levantar as questões para que os alunos comecem a refletir e estabelecer estratégias de resolução.
“Aqui podemos identificar um ponto importante para mudanças significativas no trabalho
docente dos professores que ensinam Matemática, ou seja, não há necessidade, em um
primeiro momento, de transformações radicais, mas sim de postura, ou seja, a partir da
própria prática podem ir acrescentando atividades não padronizadas em seu dia a dia.”
(ROMANATTO, 2012)
MANDEL (1994) apud SOARES e PINTO (2009) relata que não importa se o problema
vai ser criado individualmente ou em grupo. Também deve ser livre a escolha do conteúdo pelo
aluno. É importante que ele tenha domínio sobre o assunto que será abordado no problema.
A autora acredita que os alunos transcrevem nos problemas interesses pessoais
relacionados com o seu dia-a-dia e isso torna os enunciados mais significativos e interessantes
para eles.
MANDEL (1994) apud SOARES e PINTO (2009) acredita que é importante que se
apresente aos alunos problemas com falhas, defeituosos para que os mesmos possam vir a discutir
sobre os erros. O aluno precisa ter conhecimento de quais informações são necessárias ou não nos
problemas que criar.
“Os alunos se dão conta que nem sempre uma discrepância no resultado é falha deles. Isso
lhes dá maior segurança para resolverem problemas em outras situações. O erro passa a ser visto,
por muitos alunos, como uma possibilidade e ocorrência natural.” (MANDEL, 1994 apud
SOARES e PINTO, 2009)
Para SOARES e PINTO (2009) se durante a vida escolar forem dadas oportunidades ao
aluno de se envolver com diferentes situações-problema, quando adulto agirá com inteligência e
naturalidade ao ter que enfrentar seus problemas da vida diária, sejam eles de ordem econômica,
política e social”
Para RAMOS (2002) um bom problema é aquele que se mostra desafiador, que “mexe com
a matemática”. Um bom problema é aquele que proporciona ao aluno resolvedor um melhor
entendimento quanto aos conceitos matemáticos e desenvolve mais competências e habilidades.
O autor afirma que para se ter um bom problema matemático é importante se levar em
consideração alguns aspectos com relação a sua estrutura e conteúdo:
• Tenha enunciado acessível e de fácil compreensão;
• Exercite o pensar matemático do aluno e exija criatividade na resolução;
• Possa servir de ‘trampolim’ para a introdução ou consolidação de importantes
ideias e/ou conceitos matemáticos; e, sobretudo,
• Não seja muito fácil ou muito difícil e sim natural e interessante.
“O professor pode passar ao aluno a ideia de que resolver um problema pode ser
comparado a vencer um jogo. Para ambos é necessário entender o objetivo, conhecer as regras e
saber selecionar as estratégias que devem ser tomadas.” (RAMOS, 2002)
Na visão de RAMOS (2002) o ensino da matemática passa a ser muito mais motivador e
interessante para o aluno quando o professor deixa de trabalhar somente com exercícios repetitivos
e passa a introduzir em suas aulas problemas que vão trabalhar a reflexão e o desenvolvimento de
estratégias dos alunos.
O autor divide problemas matemáticos em quatro tipos:
1. Problemas de sondagem: para a introdução natural e intuitiva de um novo conceito.
Exemplo:
Construa um triângulo cujos lados meçam 3 cm, 4 cm e 5 cm.
a) Existe algum triângulo diferente do que você construiu cujos lados também meçam 3 cm, 4
cm e 5 cm?
b) Qual a medida do maior ângulo do triângulo que você construiu?
c) Construindo três quadrados (um sobre cada lado do triângulo que você traçou), que relação
você pode estabelecer entre a área do maior e as áreas dos dois menores?
d) O menor ângulo do triângulo construído se opõe a qual dos lados? E o maior?
Comentário: O aluno só precisa ter conhecimento do que é um triângulo para iniciar a resolução
do problema. Ao final, ainda terá desenvolvido outras habilidades como propriedades para
triângulos retângulos e propriedades para triângulos quaisquer.
Quadro 2. Exemplo de problema de sondagem segundo RAMOS (2002)
Fonte: http://www.esev.ipv.pt/mat1ciclo/Resolucao%20probs/mat450-2001242-seminario-8-resolucao_problemas.pdf
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. PROJETOS INTERDISCIPLINARES
POMBO (1994) apud LIRA (2011) conceitua interdisciplinaridade como “qualquer forma
de combinação entre duas ou mais disciplinas com vista à compreensão de um objeto a partir da
confluência de pontos de vista diferentes e tendo como objetivo final a elaboração de uma síntese
relativamente ao objetivo comum”
Didática interdisciplinar pode ser vista como aquela que ampara um ensino diversificado
elaborado com a inter-relação entre as disciplinas. (TOMAZ, 2008 apud LIRA, 2011)
PEREIRA (2012) complementa a ideia de TOMAZ onde cada disciplina deve mostrar ao
aluno a inter-relação entre os conceitos e disciplinas para que o mesmo compreenda da melhor
forma possível. A participação dos docentes envolvidos no projeto é muito importante para que se
tenha um resultado significativo.
Percebe-se de uma forma mais clara e objetiva a interdisciplinaridade quando se tem uma
integração, um trabalho em equipe entre as disciplinas. O diálogo e troca de informações são de
grande importância para que ao final do projeto se promova a total compreensão dos conceitos
aplicados. (PCNs, 1999 apud PEREIRA, 2012)
Figura 8. Interdisciplinaridade
Fonte: http://www.infoescola.com/pedagogia/interdisciplinaridade/
Para NOGUEIRA (1998) apud LIRA (2011) para que a interdisciplinaridade aconteça deve
existir um trabalho de cooperação entre as áreas. “Um real trabalho de cooperação e troca, aberto
ao diálogo e ao planejamento, onde as diferentes disciplinas não aparecem de forma fragmentada e
compartimentada.”
De acordo com MICHAELIS (2002) apud DIZOTTI (2008) projeto é um “plano para
realização de um ato, intenção; esboço”.
Para DIZOTTI (2008) projetos de trabalho é o plano que procura aproximar aluno e escola
com o objetivo de buscar conhecimento sobre algo novo, momentâneo.
Trabalhar com projetos possibilita ao aluno uma melhor interação com os colegas, o
aprendizado com o trabalho em equipe e uma participação mais ativa do processo como um todo.
(MORAES, 2005 apud DIZOTTI, 2008)
JOLIBERT (1994) apud DIZOTTI (2008) afirma que trabalhar com projetos é ter uma
aprendizagem significativa. Parte-se das competências já adquiridas em busca de outras fontes
com a finalidade de ampliar ou adquirir mais conhecimento. Isso tudo de uma forma planejada e
organizada onde os próprios alunos assumem a responsabilidade de agentes de aprendizagem já
que eles próprios terão de desenvolver o projeto.
“[...] construir um projeto de trabalho é muito mais do que assistir ou dar aulas; não
depende apenas do professorado ou do auxílio de livros didáticos. Deve-se partir do que
os estudantes sabem sobre um determinado tema incentivando-os a buscar informações e
relacioná-los dentro e fora da escola. É importante que os estudantes sintam-se
interessados pelo tema, pois o projeto não é do professor ou da escola, é dos estudantes.”
(DIZOTTI, 2008)
Na visão de VALE (2011) o uso do projeto interdisciplinar possibilita que o aluno vá além
do conteúdo. “[...] o aluno não assiste aula ele lê, observa, faz pesquisa.” DEMO (2005) apud
VALE (2011) complementa dizendo que com o projeto o aluno passa de ouvinte para parceiro do
professor.
VALE (2011) explica que o projeto interdisciplinar supera a prática pedagógica básica onde o
professor apenas passa conteúdos, caracterizada por FREIRE (1987) como Educação Bancária. O
aluno desenvolvendo os projetos ganham mais autonomia na construção de seus próprios
conhecimentos.
“Dessa feita acredita-se que a pesquisa tem a possibilidade de produzir saberes, e num projeto
interdisciplinar ela é um exercício permanente de pensar e construir a própria prática, num
constante aprender a fazer fazendo.” (VALE, 2011)
HERNÁNDEZ e VENTURA (1998) apud DIZOTTI (2008) apontam alguns aspectos a serem
considerados com a realização de um projeto:
1. A escolha do tema: deve ser escolhido pelos alunos, mas nada impede o professor de fazer
sugestões de temas que acharem necessário ser abordar.
2. JOGOS MATEMÁTICOS
HUIZINGA (1980) apud SANTOS (2008) conceitua jogo como um acontecimento que vai
além dos limites da atividade física. É uma atividade significante com um objetivo pré-
determinado.
GRANDO (2004) apud MALUTA (2007) define jogo como desafio.
MALUTA (2007) argumenta a dificuldade de se especificar o que é um jogo devido a
variedade de concepções.
“(...) a variedade de jogos conhecidos como faz de conta, simbólicos, motores, sensório-
motor, intelectuais ou cognitivos, de exterior, de interior, individuais ou coletivos,
metafóricos, verbais, de palavras, políticos, de adultos, de animais, de salão e inúmeros
outros mostra a multiplicidade de fenômenos incluídos na categoria jogo.”
(KISHIMOTO, 2003 apud MALUTA, 2007)
Para os PCNs (1998) apud MALUTA (2007) o jogo é uma tarefa natural que pode
desenvolver o sistema psicológico básico do aluno. Uma tarefa que não determina obrigação, seu
objetivo é desenvolver competências de forma desafiadora, interessante e prazerosa.
O jogo é um exercício lúdico que envolve interesses comuns entre os participantes, aguça a
competição e propõe desafios aos mesmos. Possibilita que o jogador reconheça seus próprios
limites e superações. Proporciona maior autonomia, confiança e coragem ao aluno. (GRANDO,
2004 apud MALUTA, 2007)
Jogos de fixação de Também chamados jogos de treinamento estes jogos tem por
conceitos objetivo fixar conceitos. Este é um tipo de jogo utilizado após o
professor trabalhar um conceito e o valor pedagógico deles consiste
na substituição de listas de exercícios para que os alunos assimilem
o conteúdo.
Jogos computacionais Os jogos pertencentes a este tipo são projetados e executados no
ambiente computacional, por isso desperta grande interesse por parte
das crianças e jovens.
Jogos pedagógicos Os jogos que podem ser utilizados no processo ensino-aprendizagem,
por possuírem valor pedagógico, são chamados jogos pedagógicos.
Desta forma, estes jogos englobam os demais tipos: de azar, quebra-
cabeça, estratégia, fixação de conceitos e os computacionais.
Quadro 6. Tipos de jogos segundo GRANDO (1995)
Fonte: http://www.ufscar.br/~pedagogia/novo/files/tcc/236888.pdf
PIAGET (1976) apud SANTOS (2008) afirma que “o jogo é uma forma de atividade
particularmente poderosa para estimular a vida social e a atividade construtiva da criança.”
BRIGHT, HARVEY e WHEELER (1995) apud SANTOS (2008) relatam que o jogo educativo
deve possuir os seguintes critérios:
• Livre;
• Um desafio contra uma tarefa ou um oponente; .
• Governado por um conjunto de regras, que descrevem todos os procedimentos de forma a
jogar, incluindo os objetivos;
• Uma situação arbitrária claramente delimitada no tempo e no espaço;
• De importância mínima no que respeita as situações vividas no seu seio;
• Incerto, pois o seu resultado exato não é conhecido a priori;
• Uma atividade que termina após um número finito de jogadas.
2.2. O JOGO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
Não existe um caminho específico que seja considerado o melhor para o ensino de
qualquer disciplina, em especial da matemática. Vários são os recursos e as propostas que
o educador pode escolher, com base em sua prática, em sua vivência e em sua
experiência, para que a aprendizagem ocorra com bons resultados. Entre esses recursos,
aparecem os jogos matemáticos. (SILVA, 2004 apud SILVA, 2013)
SILVA (2013) relata que alunos tem mais facilidade de compreender a matemática através do
lúdico, por isso a importância de se utilizar jogos para complementar os estudos da disciplina.
SILVA (2013) acredita que trabalhando com jogos matemáticos os professores tem a oportunidade
de transferir ao aluno conteúdos tendo uma maior compreensão por parte deles. O aluno vai
aplicar as competências adquiridas durante as jogadas.
A autora ainda alerta para a necessidade de o professor ter domínio do conhecimento tanto do
conteúdo quanto do jogo para que a aula não perca o seu significado. Os jogos são uma ferramenta
para auxiliar no ensino e aprendizagem e não só para diversão.
2.2.1. MOMENTOS DO JOGO – O DESENVOLVIMENTO DE CONCEITOS
MATEMÁTICOS
GRANDO (2004) apud MALUTA (2007) destaca que o professor deve respeitar o
“momento do jogo”, momentos de descoberta e associações que ele relaciona abaixo:
GRANDO (2004) apud MALUTA (2007) destaca que o professor que utilizar de jogos como
ferramenta didática em sala de aula deve estar ciente das vantagens e desvantagens que estes
podem ocasionar.
Vantagens Desvantagens
- (re) significação de conceitos já aprendidos - quando os jogos são mal utilizados, existe o
de uma forma motivadora para o aluno; perigo de dar ao jogo um caráter puramente
- introdução e desenvolvimento de conceitos aleatório, tornando-se um “apêndice” em sala de
de difícil compreensão; aula. Os alunos jogam e se sentem motivados
- desenvolvimento de estratégias de resolução apenas pelo jogo, sem saber porque jogam;
de problemas (desafio dos jogos); - o tempo gasto com as atividades de jogo em
- aprender a tomar decisões e saber avaliá-las; sala de aula é maior e, se o professor não estiver
- significação para conceitos aparentemente preparado, pode existir um sacrifício de outros
incompreensíveis; conteúdos pela falta de tempo;
- propicia o relacionamento das diferentes - as falsas concepções de que se devem ensinar
disciplinas (interdisciplinaridade); todos os conceitos através do jogo. Então as
- o jogo requer a participação ativa do aluno aulas, em geral, transformam-se em verdadeiros
na construção do seu próprio conhecimento; cassinos, também sem sentido algum para o
- o jogo favorece a integração social entre os aluno;
alunos e a conscientização do trabalho em - a perda da “ludicidade” do jogo pela
grupo; interferência constante do professor, destruindo a
- a utilização dos jogos é um fator de essência do jogo;
interesse para os alunos; - a coerção do professor, exigindo que o aluno
- dentre outras coisas, o jogo favorece o jogue, mesmo que ele não queira, destruindo a
desenvolvimento da criatividade, do senso voluntariedade pertencente à natureza do jogo;
crítico, da participação, da competição - a dificuldade de acesso e disponibilidade de
“sadia”, da observação, das várias formas de material sobre o uso de jogos no ensino, que
uso da linguagem e do resgate do prazer em possam vir a subsidiar o trabalho docente.
aprender;
- as atividades com jogos podem ser
utilizadas para desenvolver habilidades de
que os alunos necessitam. É útil no trabalho
com alunos de diferentes níveis;
- as atividades com jogos permitem ao
professor identificar e diagnosticar algumas
dificuldades dos alunos.
Peça a pessoa para esconder um dos discos e memorizar a face superior dessa moeda. Vire-se e
após olhar para a os discos deixados sobre a mesa acerte a face superior da moeda escondida.
Discussão e análise do jogo.
• Triângulo mágico
Desenvolvimento: O desafio consiste em descobrir qual é a regra que torna possível completar os
quadrados vazios.
• Soduko
Objetivo: aprimorar o raciocínio.
Desenvolvimento: cada aluno recebe uma cartela de Sudoku, com o mesmo nível de dificuldade,
mas com números diferentes para que não copiem um pelo outro. Deve preencher os espaços em
branco com os algarismos de 1 a 9, de modo que não pode haver números repetidos nas linhas
horizontais e verticais, assim com nos quadrados menores (3X3).
Com o jogo o aluno se torna mais confiante e crítico, passa a ter mais autonomia sobre suas
decisões.
É importante que o jogo seja utilizado em sala de aula, no entanto, antes de iniciar a
atividade o professor deve garantir o domínio tanto do assunto abordado quanto das regras do jogo
para que a aula se torne mais significativa e para que o próprio professor possa fazer intervenções
quando for necessário.
O trabalho com jogos se faz muito eficaz e permite que os alunos superem obstáculos,
medos e dificuldades pois aprendem brincando e desta forma percebem que aprender matemática
não é tão difícil quanto parece.
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