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1- Numa folha de papel simule uma manchete de jornal rasgada ao meio com a seguinte

chamada: Homem de cor leva 3 galinhas... (Pergunte ao grupo qual a interpretação ele
faz daquela manchete, vc terá em sua maioria, sem dúvida que trata-se de um roubo,
e que alguns aind apontarão que se trata de uma pessoa negra(de cor) o suposto
ladrão, porém a leitura é a seguinte: HOMEM DE COR LEVA 3 GALINHAS PARA
DOAÇÂO AO HOSPITAL DE CANCER. - A idéia além de remeter ao preconceito é
também ver a questão da ética aplicada a meia verdade, quando o ético seria fazer a
análise após verificar a manchete por inteiro).

2- O caso da agenda, livro, diário. Combine previamente com duas ou três pessoas o
seguinte: uma delas deixa um livro, diário, etc de fácil acesso a todos na sala, um
curioso (combinado) pegará o objeto e partilhará com os outros o seu conteúdo
(observe quantos o fazem sem o menor constrangimento, quantos relutam e quanto
se recusam a bisbilhotar o objeto) - dirija-se ao grupo, peça o objeto e, sem abri-lo
coloque-o de volta ao lugar. Quando o "dono" retornar, divida os grupos de acordo
com a atitude que tomaram, os curiosos, os relutantes e os aversos, e peça ao dono do
objeto que identifique o porquê daquela separação além de identificar a tendência do
grupo. Após isso reflita com todos a questão ética da privacidade e discrição.

3- A fila - Disponha algumas cadeiras da sala em fila indiana, e as outras em círculo em


volta desta última, providencie chocolates e/ou balas suficiente à todas as pessoas,
mas só deixe a mostra a quantidade suficiente para atender a fila, coloque os
chocolates no assento de cada cadeira. Logo vão perguntar o que fazer para ganhar o
chocolate. Diga que será de acordo com a ordem de chegada na sala, só que na forma
inversa do último para o 1º - Haverá alguns protestos, e daí questione: Regras são para
ser respeitas? Ou só as nos interessam as regras que nos beneficiam diretamente? ( ou
seja a ética no sentindo legalista )

4- OBJETIVO: Propiciar que os participantes reconheçam e identifiquem seus próprios


valores e reflitam a respeito deles, enfocando a importância do Ter e do Ser.
PARTICIPANTES: até 15 adolescentes, a partir de 15 anos.
TEMPO: de 1h à 1h30.
MATERIAL: Folhas de Papel sulfite, lousa, lápis ou caneta.
DESCRIÇÃO: O facilitador explica ao grupo que farão uma atividade onde poderão
analisar como estão se comportando diante das várias situações da vida. Como agem
diante dessas várias situações.
DESENVOLVIMENTO:
1- O facilitador escreve na lousa ou faz um cartaz com frases que expressem atitudes
diante da vida ou algum valor e lê com o grupo cada uma delas. Expl. de frases:
Estabeleça o que é mais importante:
- Gastar todo seu dinheiro comprando esmaltes.
- Ir a uma festa e não conseguir levantar para ir à aula.
- Cuidar da irmã para que a mãe possa ir ao Supermercado.
- Buscar se espiritualizar
- Exigir que os pais comprem um tênis novo, todo mês.
- Sair com o namorado.
- Sair com os amigos e ficar até tarde.
- Ser pontual em seus compromissos.
- Ir visitar um amigo doente no hospital.
- Ter muitos amigos nas redes sociais.
- Ficar com a Família.
- Estudar para prova.
- Ir a festas.
- Ficar no computador até altas horas da madrugada.
- Fazer uma tatuagem.
- Colocar um piercing.
- Estudar no colégio do momento.
- Comprar roupas de marca.
- Viajar com a família.
- Beijar os pais.
- Brincar.
- Repartir um doce com o irmão.
- Ajudar o irmão nos deveres de casa.
- Estudar com os amigos.
- Jogar Vídeo Games
- Escrever
- Conversar
- Fazer trabalhos voluntários.
Obs: Perguntar ao grupo se teriam mais frases para colocar. Se tiverem acrescentar à
lista. É importante acrescer mais frases, pois estas vão ser mais afins com o grupo e
este poderá se identificar melhor com as frases.
2- Explicar que agora, irão estabelecer uma escala de valores baseado nessas frases,
para poderemos fazer uma reflexão mais detalhada de como agimos, normalmente.
3- Distribuir as folhas de papel-ofício entre os participantes e pedir que eles a
dobrem ao meio, de maneira que terão um lado direito e outro esquerdo.
4- A partir dessa lista de frases, pedir que coloquem em ordem de importância, as
atitudes que fazem parte da sua maneira de agir no cotidiano. Em primeiro lugar o que
é mais importante e assim sucessivamente, até que tenham escolhido pelo menos
cinco atitudes ou comportamentos da lista. Estabelecer 5’ para essa atividade.
5- Depois, pedir para que escrevam do lado esquerdo da folha: Quando eu era
criança, para mim as coisas mais importantes eram... (Colocando, novamente em grau
de importância as atitudes listadas).
6- Pedir para que cada um leia as frases comparando, estabelecendo a diferença
entre a escala de importância que tem hoje e a que tinha quando era criança.
Estabeleça 3’ para essa tarefa.
7- Em duplas ou trios pedir aos participantes que apresentem uns aos outros suas
escalas de importância e o que mudou de quando era criança para agora,
comparando-as com as dos colegas. Estabelecer, 10’ para essa atividade.
DISCUSSÃO:
Terminada essa etapa, pedir para que o grupo se disponha em círculo.
1- Coletar a escala de valores apontados por cada dupla como sendo o mais
importantes (os listados no lado direito da folha) afim de estabelecer, o que é mais
importante para o grupo como um todo, no momento atual.
2- Depois, coletar os valores de quando eram crianças estabelecendo uma escala de
valores para o grupo, quando eram crianças.
3 – Discutir com o grupo as diferenças ou semelhanças entre as escalas de quando
crianças para o atual, perguntando:
- Houve mudanças nos valores de criança para os atuais?
- Se houve, por que as diferenças? Inclusive de uma pessoa para outra?
- Foram sinceros ao estabelecer os valores, ou pensaram no que os outros ou a
sociedade acharia mais “certo”.
- Nossas atitudes são calcadas em quê? Levar ao grupo a perceber que nossas atitudes
são baseadas em que acreditamos, em nossos valores. Que podem ser aprendidos ou
já nascemos com eles.
- Como estabelecemos nossas escala de valores? O que nos influencia para
estabelecermos nossos valores?
- Quais os fatores que contribuem para que mudemos nossos valores?
- Que fatores contribuíram para que mudassem de valores.
- Que tipo de sociedade e vida em grupo os valores apresentados tendem a construir.
- Ás vezes agimos de uma forma, sem saber porque? O que precisamos fazer para
perceber nossos comportamentos automáticos? Levar o grupo a perceber que
precisamos analisar nossos comportamentos. Perguntarmo-nos porque estamos
agindo de determinada maneira. É o que realmente acreditamos?
- Como podemos nos conhecer melhor?
CONCLUSÕES:
Levar o grupo a concluir:
1. É importante nos percebermos como pessoas que são capazes de mudar. Nossos
questionamentos e relacionamentos nos levam a isso. Que quando crianças, temos
mais influência das crenças de nossos pais e professores, mas que a partir do
momento que vamos nos desenvolvendo e individualizando nossos valores tendem a
ser mais pessoais, baseados em que realmente acreditamos.
2. É possível haver uma verdadeira inversão de valores entre a infância e o momento
atual. Pois de acordo com nossas experiências e vivências podemos ir construindo
nossos valores.
3. Que quando somos adolescentes, por exemplo, temos necessidade de contestação,
e busca permanente de autoafirmação e diferenciação da família ou dos pais;
4. Que valores passados pela mídia podem nos influenciar no sentido de consumirmos
sem precisarmos. Ou de buscar pertencer ao grupo e não ser diferente.
5. Que muitas vezes, somos voltados para Ter e não Ser. Que por vezes até agimos de
forma justa, mas não por isso somos pessoas justas. Aristóteles dizia: Aquele que
pratica atos justos não necessariamente é um “Homem justo” ou um “Homem bom”
por si só. “O Homem bom é, por si mesmo, independente da sociedade, completo em
sua interioridade: a justiça lhe é uma virtude vivida, por meio da ação voluntária”. A
moral obedece às regras, a ética possui seus próprios princípios.
6. Que temos valores extrínsecos e intrínsecos. Os extrínsecos são adequações de
demandas e regras da sociedade e podem durar tanto quanto os objetivos pelos quais
foram gerados permaneça. Já, os valores intrínsecos, são baseados no Ser, formados a
partir do que é ser bom ou ético, de nossos valores positivos. Aquele que possui
valores intrínsecos tem maior chance de resistir a atribulações que a vida trás. Já quem
tem valores extrínsecos é presa fácil dos problemas, pois sua estrutura moral e ética
não é sólida, causando desespero e solidão.
7. Que estamos nessa vida para termos coisas, precisamos nos manter, mas “Não só
de Pão vive o Homem”. Nossos valores positivos é que nos tornarão pessoas melhores.
O INSTRUTOR/FACILITADOR PRECISA ESTAR ATENTO PARA:
- O grupo se relacione de modo respeitoso e cooperativo.
- Perceber e ajudar qualquer participante que apresente dificuldade em estabelecer
seus valores ou que perceba em si algum valor que não aprovar em si mesmo ou que
não for aprovado pelo grupo.

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