Resumo texto “Quadro de referência libras como L2”
Disciplina: Crialibras 3 Aluno: Sérgio Maciel Cavalcante Filho
O quadro de referência de libras como L2 busca o objetivo de
documentar as produções de libras no que diz respeito a materiais que servem para serem consultados no ensino de libras como segunda língua, referente a isso, todos os materiais presente serve como base para auxiliar quem pretende ensinar e até aprender a língua. Como dito, ele visa o ensino como L2, subtende-se que quem acessa o quadro já faça uso de outra língua. Segue também como base para matriz curriculares dos cursos de letras libras e pedagogia bilíngue para formação de professores, tradutores e interpretes de libras e língua portuguesa. Esse quadro já segue referência de outro quadro, que foi desenvolvido na Europa, o “quadro europeu” para aprendizagem, ensino e avaliação, então assim foi construído esses quadros, pensado no desafio de mostrar como a língua funciona, reúne discussões de grandes pesquisadores, linguistas e falantes da língua, para estudar o fenômeno da língua e como ela funciona. Voltando ao estudo do quadro de libras, foi definido que esse ensino é caracterizado por níveis, existem 6 níveis, são eles: A1, A2, B1, B2, C1, C2. Esses níveis foram pensados no grau que a pessoa se encontra ao ter contato com a língua, a ideia é que através do quadro, seja possível haver um espaço de aprendizagem, e uma comunicação que seja real e discutível, em diversos espaços onde a língua esteja inserida. A tendência é que as famílias surdas consigam se beneficiar do quadro com referência da libras utilizada, como também nas universidades. Esse quadro também seguiu como base o Prosign que é um desdobramento do quadro europeu, ele é referência para o ensino das línguas de sinais europeias. A grande dificuldade é que os professores de inglês ou português tem acesso a diretrizes, conteúdos, habilidades, e competências que devem ser ensinadas na escola que é a BNCC. Já os professores de libras não têm ficando fadado a ensinar da maneira que acredita ser mais correto, o uso do português como auxilio pode não ser um recurso que possibilite um aprendizado mais fidedigno, enfim, se torna um fenômeno complexo e de várias discussões para se alcançar uma forma melhor de conduzir o ensino da língua. Além desse grande desafio desse quadro, também posteriormente é preciso pensar e buscar formas de ensinar a libras como L1, já é um novo desafio que precisa ser estudado. Voltando aos níveis é possível caracterizá-los cada um segundo seu estado, o nível A1 corresponde ao sinalizante inicial, aprendendo aspectos básicos da língua; o nível A2 exemplifica o individuo que começa a produzir frases, e já tem conhecimento de alguns elementos básicos da língua; o nível B1 consegue interagir bem com assuntos pessoais e familiares, começa a adquirir mais aspectos da língua; o nível B2 já interage de uma forma mais aprofundada, já compreende profundamente os aspectos linguísticos da língua de sinais; o nível C1 já compreende muito bem a língua de sinais e sinaliza de forma natural; o nível C2 o sinalizante utiliza a língua em diversos âmbitos, consegue argumentar e desenvolver senso crítico no uso da língua. Como extra também ainda existe outros subníveis A2+, B1+, B2+; no portal de libras eles não vão aparecer no plano principal, mas serão incluídas dentro das abas dos níveis principais. Em suma esses níveis flutuam entre os principais níveis, entregando uma classificação mais especificada. No que diz respeito a tradução e interpretação é possível vislumbrar outros entraves, aqueles cujo seria focado em ser fidedigno ao quadro ou ser livre, pensamentos como de que a tradução era apenas fazer a transição de uma língua para outra, porém existe outros elementos como a cultura e outros fatores que influenciam, e não deve ser considerado apenas por um caminho. No Brasil a libras foi reconhecida legalmente como língua em 2002 pela lei 10.436. Essa lei foi regulamentada pelo decreto 5626 em 2005, esse decreto trouxe um detalhamento sobre o ensino de libras como L2 e sobre a formação de professores para o ensino de libras como L2. Por ser um decreto, não é considerado um documento pedagógico, e aonde se trava uma batalha política que discutida até hoje. Por fim, compreende-se que o objetivo desse quadro é oferecer um apoio no que diz respeito ao ensino de Libras como L2, também na formação de professores e tradutores interpretes e na pedagogia bilíngue, além de cursos livres de ensino de libras como L2. A proposta é oferecer uma organização que vá em direção de uma base diretrizes e competências que visem esse ensino mais conciso, não se esquecendo que teve como referência o quadro europeu e prosign. É compreensível que essa busca vai em direção da valorização da língua, tendo em vista que o quadro vem para somar com aquilo que já está vigente em prol da Libras. É importante frisar também como vale a pena a documentação e construção de materiais que visem o aperfeiçoamento da Lingua de sinais.