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RESUMOS
INIBIDORES INTEGRASE
Dentre as enzimas do HIV, a integrase é responsável pela inserção do DNA viral no DNA do
hospedeiro. O objetivo desse artigo é descrever os fármacos inibidores de integrase e relatar os
casos de resistência, além de discutir novos compostos promissores que estão sendo avaliados
como inibidores de integrase.
Medicamentos que bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA
do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua
capacidade de infectar novas células.
INIBIDORES DA PROTEASE
A enzima viral protease é responsável pelo processamento das poliproteínas gag e gag-pol, levando à
formação das proteínas estruturais e funcionais responsáveis pela formação da estrutura de uma nova
partícula do vírus.
A protease do HIV pertence à família das aspartil proteases que possuem dois grupos β-carboxi aspartil no
sítio ativo.
Após a formação, ocorre a quebra da ligação C-N com a formação de um ácido carboxílico e de uma amina
primária.
Os inibidores da protease do HIV interferem no último estágio da replicação viral, prevenindo
a formação de novos vírus.
O planejamento estrutural do darunavir foi realizado com o objetivo de aumentar o número de interações
favoráveis com os átomos do sítio ativo da protease, tendo como protótipo o amprenavir.
33,34 Estudo recente mostra que o TMC 114 possui dois sítios de ligação na enzima protease: um no
próprio sítio ativo e outro em um dos flaps móveis do dímero.
Existência deste segundo sítio de ligação sugere um mecanismo para a grande efetividade do darunavir
contra os vírus mutantes que são resistentes aos demais fármacos da classe.
Ultimo fármaco desta classe a ser aprovado pelo FDA foi o da intuito de identificar e desenvolver moléculas
que possam inibir sítios alostérios da protease, provocando uma mudança na flexibilidade da enzima e,
consequentemente, impedindo a ligação com o substrato.
INIBIDORES DE FUSÃO
Inibidores de fusão são um tipo de medicamento antiviral usado para tratar a infeção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV). Esses medicamentos são desenvolvidos para impedir a entrada do
vírus nas células, impedindo assim a replicação e a progressão da doença.
O HIV infecta as células do sistema imunológico. especialmente os linfócitos T CD4, conhecidos
como auxiliares. Para infectar estas células, o vírus utiliza uma proteína em sua superfície chamada
glicoproteína gp120, que se liga a um receptor celular chamado CD4. Após essa ligação inicial,
ocorre a fusão entre a membrana viral e a membrana da célula hospedeira, permitindo que o vírus
entre na célula e inicie o processo de replicação.
Os inibidores de fusão funcionam bloqueando o processo de fusão entre o HIV e as células do
sistema imunológico. Eles se ligam à glicoproteína viral gp120, impedindo-a de interagir com o
receptor CD4 nas células hospedeiras. Como consequência, o vírus não pode se ligar e entrar na
célula. Isso interrompe seu ciclo de replicação.
Um exemplos de inibidor de fusão usados para tratar o HIV: Enfuvirtida. É injetado sob a pele e
geralmente administrado a pessoas resistentes a outros medicamentos antirretrovirais.
Os inibidores de fusão podem ser eficazes no controle do HIV, mas seu uso pode ser restringido
devido à necessidade de injeções frequentes, o que pode ser problemático para alguns pacientes.
Além disso, como ocorre com outros medicamentos antirretrovirais, o uso prolongado desses
medicamentos pode levar ao desenvolvimento de resistência viral, que pode exigir a combinação
com outros medicamentos para manter a eficácia do tratamento.
INIBIDORES DE MATURAÇÃO
Os inibidores de maturação antivirais são compostos ou substâncias que visam interromper o ciclo de
replicação viral, impedindo a maturação das partículas virais ou a liberação de vírus infectantes. Esses
inibidores podem atuar em diferentes etapas do ciclo de vida viral, visando componentes essenciais para a
replicação e disseminação do vírus.
Já o composto PA-457(36),que recentemente recebeu o nome de bevirmat, tem sido o único inibidor de
maturação em fase clínica. Esta molécula não atua em enzima ou em receptor, mas sim no último estágio
do processamento gap, fazendo com que seja interrompida a conversão do capsídeo viral percursor, no
capsídeo maturado. Com isso, o vírus que sai da célula não é infeccioso. Bevirmat é um produto natural que
provém da extração da planta chinesa.
Outro exemplo é o inibidor de maturação do HIV, como o maraviroc, que atua bloqueando a interação do
vírus com o receptor de quimiocina CCR5 nas células-alvo. Isso impede a entrada do HIV nas células e sua
subsequente replicação e disseminação.
Nos últimos anos, houve um considerável progresso na quimioterapia para o tratamento de AIDS. Além do
já conhecidos inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa ,inibidores não-nucleosídeos da
transcriptase reversa, da protease e da fusão. O inibidor da integrase (raltegrivir), é também uma nova
classe de inibidores que estão disponíveis para o tratamento da infecção pelo HIV.
É importante mencionar que os inibidores de maturação antivirais são específicos para cada tipo de vírus, e
seu desenvolvimento depende do conhecimento detalhado sobre a biologia e os mecanismos de replicação
do vírus em questão. Além disso, é necessário realizar pesquisas extensas para avaliar sua eficácia,
segurança e potenciais efeitos colaterais antes de serem usados clinicamente.
Existem dois tipos principais de ITRs: os inibidores de transcriptase reversa nucleosídeos (ITRN) e
os inibidores de transcriptase reversa não nucleosídeos (ITRNN). Os ITRN são análogos de
nucleosídeos que enganam a transcriptase reversa do HIV, sendo incorporados no DNA viral em
formação e interrompendo a sua síntese. Já os ITRNN são moléculas que se ligam diretamente à
transcriptase reversa, inibindo sua atividade enzimática.
O uso dos ITRs no tratamento do HIV é geralmente combinado com outros medicamentos
antirretrovirais, em regimes conhecidos como terapia antirretroviral combinada (TARV) ou terapia
antirretroviral altamente ativa (HAART). Esses regimes visam suprimir a replicação viral, diminuir a
carga viral no organismo e preservar o sistema imunológico, aumentando a sobrevida e
melhorando a qualidade de vida dos pacientes com HIV.
Além do HIV, os ITRs também podem ser usados para tratar outras infecções virais que usam a
transcriptase reversa, como a hepatite B. É importante destacar que o uso desses medicamentos
requer supervisão médica adequada, pois eles podem ter efeitos colaterais e interações com
outros medicamentos.
Uma vez ocorrida a fusão, a parte interior do vírus, composta pelo RNA e algumas enzimas
importantes, é absorvida pela célula humana. Em seguida, a enzima viral denominada
transcriptase reversa recodifica o material genético do HIV, convertendo-o de RNA para DNA.