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29 de dezembro de 2023
COORDENADOR DE PESQUISA
Orlando Lima
PESQUISADORES DO CLUBE
Airton Nunes
André Levi Pereira
Gabriel Matos
Juliana Wandenkolk
Nils Alexandre
Pablo Aragon
REVISORES
Carlos Sena
Igor Thawan
Thiago de Sá Gomide
ARTE-FINALISTA E DIAGRAMADOR
Vitor Ferreira Mateus
O
presente texto, a princípio, teria
como escopo uma análise da dife-
rença entre o jornalismo que de-
pende do leitor e o jornalismo corporativo.
O caso de fake news mortal cometido pela
página Choquei acabou por abrir um novo
flanco em minha observação. Se antes en-
tendia que o jornalismo corporativo ainda
era a forma dominante de exercício da im-
prensa, agora trabalho com a perspectiva
de que um novo modelo de negócio emer-
giu. Nele, os riscos são ainda menores e as
camadas cada vez maiores. Uma sequência
de páginas em redes sociais, influenciado-
res e contas fantasmas acabam por prote-
ger os propagadores de notícias – e seus fi-
nanciadores – de qualquer sanção legal.
@choquei | X/Twitter
Imagens da Capa:
Raphael Sousa – @raphaelsoux | Instagram
Jéssica Vitória – @jessicavitoria.canedo | Instagram
Whindersson Nunes – @ whinderssonnunes | Instagram
A
nthony Daniels escreveu um arti-
go interessante para a revista The
New Criterion, onde ele afirma que
vivemos em um estado de propaganda to-
tal, que é composto por uma classe formado-
ra de opinião que quer nos fazer acreditar, ou
nos entusiasmar, em algo ao qual antes éramos
indiferentes ou mesmo hostis. Esta é de fato
uma boa definição de nosso estado de coi-
sas atual. Há um intenso trabalho para que
uma reforma do pensamento – o tal “senso
comum” – seja feito.
@whinderssonnunes | Instagram
@music2mynd | Instagram
A
indústria, representada por di-
versas empresas, não se limita
à atuação exclusiva da Mynd, e
seu campo de atividade está longe de ser
considerado ilícito. Muito pelo contrário, a
agência alcança notável êxito ao satisfazer
a demanda das marcas por relevância nas
redes sociais, o que lhe permite auferir re-
ceitas na casa dos centenas de milhões de
reais anualmente. No entanto, é pertinente
adentrar a discussão de maneira mais pro-
funda e detalhada.
@jessicavitoria.canedo | Instagram
A
escritora palestino-americana
Batya Ungar-Sargon desenvol-
ve, em seu livro Bad News – How
Woke Media is Undermining Democracy, uma
ideia de contraposição de dois modelos de
jornalismo que têm como seus principais
expoentes contrastantes Joseph Pulitzer e
Henry Raymond.
@raphaelsoux | Instagram
E
m um panorama onde a Mynd en-
tra como protagonista, tecendo
uma teia intricada de influência
que transcende os limites da publicidade,
a conclusão que se desenha apresenta um
emaranhado de questionamentos e ponde-
rações. A dinâmica da empresa, desde sua
incursão no marketing de influência até seu
envolvimento nas esferas de fofoca digital,
delineia um cenário complexo, com múlti-
plas fontes de receita da Mynd.