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- Palácio Nacional
Geometria simétrica que pretende enaltecer assimetrias. Melhoramento
do projeto em busca da Perfeição – retorno à Cabana Primitiva.
- Casa do Diretor
Elementarização das formas. Casa no centro
das salinas – óculo a vigiar. A forma deve pressupor
o programa do edifício.
- ARQUITETURA FALANTE
Esta surge como uma forma da arquitetura expressar na sua forma o que ela realmente é. É espelho
do funcionalismo (FORM FOLLOWS FUNCTION – Louis Sullivan) onde a arquitetura surge como a
reorganizadora social.
- MEDIEVALISMO
- “Constrasts”: Uma “cidade católica” em 1440 e em 1840 (1836), Pugin
(1812-1853)
Nesta obra retrata-se a diferença entre a cidade bela de 1440 e a
cidade feia de 1840. Para Pugin, a cidade medieval/gótica é uma
harmonia destruída pela cidade industrial.
- VIOLET-LE-DUC
Adere aos instrumentos produzidos e propõe reforma na arquitetura num sentido técnico, ou seja, segundo
princípios não contraditórios com a estrutura da sociedade contemporânea.
- ESCOLA DE CHICAGO
A Escola de Chicago surge como uma vanguarda fundamental para o movimento moderno e tem por base a
construção em altura. Começaram a surgir os arranha-céus, construções que respondem a uma corrida
contra o tempo, funcionando na verticalidade – primeiros indícios da Arquitetura Moderna – onde os
elevadores são um elemento fundamental.
- BURNHAM E ROOT
- The Rookery (1885/88), Chicago
- ALDER E SULLIVAN
- Auditorium Building (1887/89)
Escritório de Sullivan. Embasamento
que demonstra o efeito Richardson.
Decoração exagerada pelos próprios
materiais – proximidade à Arte Nova.
Arcos com grande expressão.
- LOUIS SULLIVAN
Maior protagonista da Escola de Chicago. Mestre de Frank Lloyd Wright. Sullivan é o primeiro teórico de
arquitetura e tenta encontrar teorias para explicar os arranha-céus (Arquitetura Vertical).
- Wainwright Building (1890/91), St. Louis
- SECESSÃO VIENENSE
Grupo de artistas, em 1897, forma um movimento que pretende romper com a atitude
conservadora que até então dominava a vida artística de Viena. Vontade de manter a
forma clássica e acrescentar, pontual e eficazmente, elementos decorativos.
- Cartaz da Exposição (1906)
Ponto do culminar da Arte Nova. Enfatiza todos os elementos fundamentais do
edifício e liga a Arte Nova à arte gráfica.
- UTOPIAS URBANAS
Explorando este conceito, Owen e Fourier afirmam que a cidade industrial não é renovável e apoiam a ideia
de criar narrativas, criando espaços cuja organização seja mais funcional e, ao mesmo tempo, compactada.
- ROBERT OWEN (1771-1848)
- Nova Comunidade Harmony, EUA, 1826
Esta surge na forma de um paralelograma, uma
figura única e isolada. A habitação é instalada nas fachadas e,
rodeado por estas abre-se um pátio comum onde desenrola a vida
quotidiana.
- CHARLES FOURIER (1772-1837)
- Falanstério, 1841
Fourier compõe este complexo que apresenta
grandes semelhanças ao Palácio de Versalhes. Neste, as
pessoas viveriam abrigadas, em galerias. Para além disso,
propõe uma relação direta com o campo e a atividade
agrícola, tendo sido uma missão falhada que não teve
repercussão.
- JEAN BAPTISTE GODIN
- Familistério de Guise, 1871
Godin desenha um edifício mais
concentrado na estrutura social comum, isto é, a família.
Aqui prevalece uma ideia de coletividade, aparecendo a
arquitetura como máquina social. Godin promove a
atividade industrial e, em certo ponto, o edifício
assemelha-se a uma prisão, apresentando uma
contradição de ideias no seu pensamento social.
- URBANISMO REFORMISTA
Dando vida a este conceito, surgem duas personagens importantes: Cerdà em Barcelona e Haussman em
Paris. Estes dois arquitetos pretendem reformar a cidade, expandindo-a e preparando-a para desafios do
futuro. A ideia utópica desaparece e as coisas começam, de facto, a ser feitas.
- GEORGES HAUSSMAN (1809-1891)
- Plano Haussman, Paris
A cidade de Paris, nesta altura é uma cidade já expandida. No entanto, Haussman prepara a
cidade para os séculos seguintes, sendo que ainda hoje o seu plano urbano se mantém intocado e a
responder a todas as necessidades.
Para começar, Haussman realiza um levantamento do pré-existente e das infraestruturas e só
depois intervém. As ruas estreitas e medievalistas com curvas, que permitiam barricadas, desaparecem e
emerge um gesto político, personificado pelos grandes eixos e boulevards.
A sua proposta pressupõe a limpeza do plano urbano do ponto de vista axial, e uma maior
higienização. Há um modelo para as fachadas das frentes de rua que transmite uma certa regularidade e
unidade.
- Sistema de Boulevards
- Avenida da Ópera
- Sistemas de anéis de
circulação
- Ille de la Cité
- URBANISMO CULTURALISTA
Este tipo de urbanismo nasce de um pensamento atento e observador da cidade e dos
seus habitantes. Para tal, é necessária uma análise das sensações e vivências que a cidade
irá proporcionar e tirar o melhor partido do desenho urbano, para realizar isso mesmo.
- CAMILLO SITTE (1843-1903)
Camillo Sitte escreveu a “A Arte de criar a cidade”, um livro onde ele critica
a forma como as cidades estão a crescer e o seu geometrismo. Sitte defende que o
Modernismo anda ligado à mecânica enquanto que o Medievalismo é pura arte.
No seu livro, faz análise de praças medievais e chega à conclusão de que é mais interessante
e acolhedor do ponto de vista urbano que a igreja surja num enquadramento medievalista, infiltrada no
plano urbano, do que revelada por uma praça aberta, onde surge como um edifício imponente.
- EBENEZER HOWARD (1850-1928)
Ebenezer Howard ficou conhecido pela criação de uma
utopia, denominada de “A Cidade Jardim”, sobre a qual desenvolve
um esquema teórico. A cidade jardim surge como uma estrutura
autónoma da cidade, com vida própria. Aqui é explorado um modelo
de casa com dimensões mais pequenas e humanas, que dá aso a um
maior conforto. Para além disso, é explorada a relação com a
natureza, com um pensamento social e cultural.
- URBANISMO PROGRESSISTA
- ARTURO SORIA Y MATA (1844-1920)
- Cidade Linear
Soria y Mata desenvolve uma teoria motivada pela
mobilidade, criando assim o conceito de “cidade linear”. Uma
Arquitetura sem projeto, logo, uma Arquitetura sem Arquitetura.
Este considera que a mobilidade é uma âncora fundamental da
cidade do século XX e desenvolve o plano urbano em torno de um
eixo central viário. A ideia é, assim, mais progressista do que a
própria arquitetura em si, que fica aquém das expectativas.
- TONY GARNIER (1869-1948)
- Cidade Industrial
Garnier faz na sua altura, o que
Corbusier fará como urbanista. Este surge
como um socialista numa cidade progressista.
O seu plano urbano separa-se em patologias –
higienização – e ele considera obrigatório a
presença de luz natural nas habitações.
- Quarteirão Residencial
- Hospital
- Oficina metalúrgica
- Matadouro La Mouche
- Estádio Olímpico
- FRANK LLOYD WRIGHT
Frank Lloyd Wright (1869-1959) é um dos três grandes pilares da nação americana. Trabalhou com Sullivan
durante 7 anos, até criar o seu próprio atelier, em 1893, aquando a Exposição Colombiana, onde contacta
com a Arquitetura Japonesa e se fascina com a mesma.
Com as famosas Casas da Pradaria, Wright ‘inventa’ a Arquitetura Moderna, onde o espaço passa a
ser o ponto principal do projeto. Para além disso, desconfigura o arquétipo infantil da casa com telhados de
2/4 águas e inova com o telhado inclinado. Há quem defenda até que Wright é a própria Arquitetura
Moderna, sendo que nos anos 20 surge um conjunto de arquitetos modernos europeus que lhe “roubam” o
palco, como Le Corbusier, etc.
A sua arquitetura pode ser caracterizada como orgânica, inteligente, criativa e enérgica. O arquiteto
passa, assim, de um mundo orgânico (final séc. XIX) para uma utopia de ficção científica (séc. XX).
- Casa e Estúdio, Oak Park, Illinois, 1889/98
Estamos em Chicago, onde a Escola de
Chicago predomina. No entanto, Frank Lloyd
Wright cria a sua própria linguagem, mais
doméstica.
A sua casa estúdio possui, claramente,
influências japonesas, sendo o principal
argumento desta afirmação o facto da lareira
surgir como centro da casa. Neste projeto, o arquiteto procura diferenciar-se dos arquitetos europeus, que
se regem pela simetria e axialidade, e a fachada é espelho de um grande jogo de volumetrias e geometrias.
Quanto ao interior, este não se rege por nenhum eixo simétrico ou axial, sendo o espaço organizado
por pequenas divisórias, em vez de ser compartimentado – noção de open space. Para além disso, Frank
Lloyd Wright joga ainda com os pés direitos, provocado diferentes sensações. Dá importância à luz zenital e
natural, procurando também influências exóticas.
- Casa William Winslow, 1893/94
Aqui começa a notar-se o telhado
desconfigurado. Existe uma certa axialidade e
simetria na fachada e uma procura de uma certa
horizontalidade, embora a verticalidade esteja
presente, marcada pela chaminé.
- FUTURISMO ITALIANO
O Futurismo Italiano surge como a mãe de todas as vanguardas. Aqui existe um pensamento de avanço
radical, espelhando-se nas mais variadas formas de arte. Há uma procura de cores vibrantes e
contrastantes, formas geométricas e sobreposição de imagens, dando a ideia de dinamismo e da beleza da
velocidade. Relativamente à arquitetura, é abraçado de novo o conceito de cidade industrial, deixando para
trás os conceitos reformistas e da cidade jardim. É utilizada a tecnologia e regressa-se aos materiais ‘novos’
– ferro, vidro e betão armado. Os volumes surgem mais arrojados, imaginativos e dinâmicos, sendo o
movimento dado através de linhas oblíquas ou elípticas. A ornamentação é abolida.
Sendo a Europa maioritariamente constituída por pastelarias e cafés, as tertúlias eram onde o
processo vanguardista era criado. Neste caso, as conversas de café dão vida a manifestos, sendo estes o
modo de expressão natural dos vanguardistas, consistindo em textos proclamativos do caminho da
humanidade.
Sendo a linguística mais fácil de mudar do que a arquitetura, o centro do Futurismo é a literatura. A
poesia desaparece e aparece o grafismo, caracterizado por palavras soltas que deixam algum impacto. A
fotografia ganha uma posição mais marcada e importante, deixando as artes para trás, porque os fotógrafos
conseguem captar, em segundos, algo que os pintores dos séculos anteriores foram fazendo ao longo dos
anos.
Falando deste movimento, é impossível deixar de parte três nomes de grande importância: Antonio
Sant’Elia (arquiteto), Umberto Boccioni (escultor) e Filippo Tommaso Marinetti (poeta).
Marinetti é responsável por escrever o “Manifesto Futurista” em 1909, que vai expor desejos de
mudança na sociedade, criando uma Tábua Rasa, isto é, começar de novo. Fica assim conhecido como o
fundador do movimento.
Umberto Boccioni, por sua vez, é aquele que mais se aproximou do movimento em si. Trabalhando a
escultura, este trabalhava a cabeça pequena, não priorizando o pensamento, e sim o músculo e o corpo,
caracterizando-os como mais importantes. Nas suas obras, há uma forte expressão do movimento contínuo
e de um estado de agitação que espelha a velocidade.
- “Irredentismo”, Marinetti
Com esta tábua rasa, não conhecemos a estrutura nem identidade da
própria obra. A poesia é libertada do seu cânone, tomando lugar o ruído
das palavras, cujo grafismo é explorado, expressando uma certa liberdade
futurista e um tom agressivo. Aa artes gráficas são a herança mais forte e
duradoura do século XX, ainda hoje.
- RUDOLF STEINER
- Goetheanum, Dornach, 1914
Procura da espiritualidade em conjugação com a ciência.
O primeiro edifício sofreu um incêndio e foi reconstruído em
1924/28. Nele está então presente um expressionismo
hardcore, assustador e perturbador. Há uma expressão
primitiva, cavernal onde a transparência não existe.
- ERICH MENDELSOHN
- Einsteinturm, Berlim, 1919-21
Gesto curvilíneo, assemelhando-se a um esquisso rápido.
- Construtivismo Russo: Kasimir Malevich, El Lissitzky
- EL LISSITZKY (1890-1941)
Lissitzky era um dos construtivistas mais viajado. Foi um arquiteto que fez experiências artísticas, fazendo a
síntese entre o lado mais metafísico e o materialista do construtivismo.
- “Beat the whites with the red wedge”, 1919
Comunismo a invadir a política.
- Tribuna Lenine, 1924, Leonidov
Arquitetura nómada – pode mover-se – e efémera – no sentido de ser
precária. A diagonal surge como espelho de balanço. A estrutura surge “descarnada”
e o lettering está presente.
- Vkhutemas
Escola de Arquitetura, sítio onde a aventura tem alguma aplicação. Modo
vanguardista onde não há distinção entre as artes.
O Neoplasticismo é uma vanguarda nascida na Holanda, num contexto político e social diferente do
Construtivismo. Como a Holanda não participou na 1ª Guerra Mundial, tem as condições necessárias para
anunciar uma vanguarda. Contrariamente à divulgação no Construtivismo, que é feita através de várias
escolas, no Neoplasticismo a divulgação é feita através de uma revista, intitulada “De Stijl”. Os principais
nomes que se ouvem quando se fala neste movimento são Theo Van Doesburg, mais relacionado com as
questões teóricas, e Piet Mondrian, o famoso pintor que tentava conectar a sua arte com teoria.