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HISTÓRICO
Subfamília – VIRINAE – gêneros com características de *Polaridade positiva significa que essa molécula de
estrutura e replicação comum, e família também genoma tem dupla função: serve como genoma e
também como RNA mensageiro.
Gênero – VÍRUS – grupo de espécies com características em
comum. Ex: Orthobunyavirus *Polaridade negativa: fita complementar ao RNA
mensageiro. Serve apenas como genoma.
Espécie – ocupa um nicho ecológico em particular, constitui
uma linhagem de replicação, possuem diversas propriedades
em comum. Ex: Vírus Oropouche
CONCEITOS
Formato icosaédrico: RNA+, DNA (maioria), RNA Infecção de diferentes hospedeiros: ou usam uma
fita dupla molécula extremamente conservada entre famílias,
ou usam mais de um receptor
Formato helicoidal: RNA – e família Coronaviridae
(única exceção de RNA+) O mesmo vale para os tecidos: usam uma molécula
presente na superfície de vários tipos de células
ENVELOPE: presente em apenas algumas famílias quando infectam mais de um órgão, ou usam
virais. Consiste em uma bicamada lipídica com diferentes receptores.
proteínas aderidas (geralmente glicoproteínas).
Alguns vírus, como o da febre aftosa, utilizam um
Vírus não-envelopados: geralmente são mais único receptor, já outros como os herpesvírus podem
resistentes, facilmente disseminados por fômites, não fazer uso de mais de uma molécula para adsorver nas
sofrem alterações com temperatura ou detergentes. células, isso constitui uma vantagem evolutiva,
São liberados após a lise celular (portanto, não facilitando a manutenção do agente em seus
conseguem causar infecções crônicas). hospedeiros e inclusive influenciando o tropismo na
espécie hospedeira
Vírus envelopados: o envelope é formado a partir
da membrana plasmática da célula infectada. É
rompido por ácidos, detergentes, ressecamento,
calor, álcool 70%. Não é liberado por lise celular, tendo PENETRAÇÃO
uma menor resposta do organismo.
Pode ocorrer por
GLICOPROTEÍNAS: promovem a ligação dos
receptores do vírus a membrana celular da célula FUSÃO do envelope com a membrana: é pH
infectada e proporcionam a fusão do envelope viral à independente e só os vírus envelopados realizam.
membrana celular, possibilitando a penetração nas
células e justificando o tropismo viral (MAIOR Famílias que utilizam esse processo: Retrovírus,
INFECTIVIDADE) paramyxovírus, herpesvírus
o DNA: Fita dupla, fita simples, linear, circular. Human herpesvirus 8 – vírus sarcoma de Kaposi
Maquinaria celular: ocorre no núcleo da
célula (maioria dos vírus DNA, • Tropismo por linfóides (células B)
Orthomyxoviridae
o Utilizam a maquinaria celular no núcleo da •
célula
o DNA fita simples - convertido em DNA fita ALFAHERPESVIRIDAE - Gênero Simplexvirus
dupla
o DNA de fita dupla – replicação de ambas o Alphaherpesvírus humano 1 e 2 (HSV-1; HSV-2)
fitas no sentido 5’- 3’ – uma fita é contínua e mucosa oral (HSV1) e genital (HSV2);
a outra é descontínua o Lesões vesiculares que contém líquido rico
em virions, e o contato com esse líquido pode
MORFOGÊNESE E EGRESSO ser uma forma de transmissão.
o 50-70% homologia
Cada célula infectada produz um grande número de o Em neonatos: HSV1 associado a encefalite;
partículas virais filhas, variável entre as famílias: 100 infecção neonatal generalizada grave.
partículas, a 100.000, 1 milhão, com intuito de o As vesículas desaparecem e reaparecem sem
favorecer a disseminação do vírus e sua manutenção. deixar marcas ou cicatrizes e ambas as
formas podem coexistir em um só organismo.
Vírus não envelopados: formação do capsídeo e o A doença continua por toda a vida.
empacotamento do genoma no citoplasma, ou seja, a
reunião dos constituintes ocorre no citoplasma (ou no ALFAHERPESVIRIDAE - Gênero Varicellovirus
núcleo). São liberados por lise celular.
o Alphaherpesvírus humano 3 ou Varicella
Vírus envelopados: Brotamento da membrana Zoster Virus (VZV) - CATAPORA
plasmática, ou seja, cada vírus egressa da célula com o Transmissão: aerossóis
parte da membrana plasmática da célula hospedeira. o Vacina atenuada (Varivax) – única vacina
dentro dos herpesvirus
Aula 2: Vírus DNA o Contraída na infância, e fica inativo até a
idade adulta, onde é reativada (zoster)
Vírus DNA são mais conservados e menos propensos a Infecção primária: varicela
mutações e surtos, uma vez que sua replicação, realizada pela (catapora). Vírus permanece
DNApolimerase, permite correções na leitura e codificação das nos gânglios sensitivos dos
cadeias. nervos espinhais ou cranianos.
A infecção pode ser reativada:
São os vírus DNA mais comuns no Brasil:
herpes zoster (zona).
Família Herpesviridae Gatilhos: idade, gravidez,
imunossupressão.
o herpein: lesões que parecem rastejar sobre a pele.
BETAHERPESVIRINAE - Gênero Roseolovirus o fusão na membrana plasmática para
egressão
o Roséola infantum/ exantema súbito o Na infecção latente herpética, não há
Betaherpesvírus humano 6A e 6B replicação do genoma ou síntese proteica,
o Roséola: Betaherpesvírus humano 7 devido a ausência de fatores de transcrição,
o Transmissão pela saliva ocorre evasão do sistema imune e a
manutenção do vírus e do hospedeiro. O
BETAHERPESVIRINAE - Gênero Cytalomegalovirus genoma persiste, mas não há expressão
proteica. Apenas um único promotor está
o Retinite por citomegalovírus
ativo, o que expressa altos níveis de um
(Betaherpesvírus humano 5)
transcrito não codificante, designado LAT
o Mononucleose – DOENÇA DO BEIJO (não é o
(transcrição associada à latência). A função
principal causador, mas é mais complicado
dos LATs é incerta, mas eles podem ter um
para imunocomprometidos, gestantes e
papel na inibição da expressão gênica lítica.
transplantados)
o Infecção transplacentária – severa (fatal ao
feto em 5-10% casos – é teratogênico)
o Infecção horizontal e vertical, maior Antivirais e análogos de nucleotídeo – ACICLOVIR
prevalência no homem, em países em
desenvolvimento e com baixas condições Mecanismo de ação: interrompem a replicação do
socioeconômicas genoma viral ao não permitir a incorporação do
o Transmissão perinatal, pós-natal, in utero, próximo nucleotídeo (guanina).
saliva, sexual, transplantes e transfusões;
vírus está presente na urina, sangue, saliva, Guaninas sintéticas inativas que não possuem
lágrimas, leite materno, sémen e fluidos OH- livre no carbono 3´. Se tornam inativas em
vaginais. contato com a enzima presente no vírus herpes
o Perinatal, pós-natal, in utero, saliva, sexual, (que a fosforila). A ligação fosfodiester não
transplantes e transfusões – vias acontece e ocorre interrupção da inserção de
o Os imunocomprometidos, transplantados e nucleotídeos na cadeia nascente de DNA viral.
doentes HIV/SIDA, desenvolvem doença
severa por CMV tal como pneumonite, Idoxuridina (antiviral) também é análogo de
retinite, colite e encefalopatia. nucleosídeo e fosforilam purinas e pirimididas
Transplantados podem até rejeitar o órgão. para serem nts aptos a inserçãao na cadeia dos
herpes de DNA.
Esferas e filamentos não são infecciosas, não À medida que o DNA- vai sendo formando, os
contêm DNA, ligam-se a anticorpos e Sistema nucleotídeos do RNAm vão sendo degradados. Por
complemento (evasão) isso, o genoma da VHB é parcialmente fita dupla
dentro do vírion.
Susceptibilidade:
Ação: Transcriptase reversa, DNA
o Resistente ao éter, baixo pH (2.4 – 6h), polimerase e ribonuclease H
congelamento e aquecimento (60oC 10 h,
98oC 1 minuto) Consegue ser mais mutável que outros
o Inativado por solventes lipídicos, formol, vírus DNA porque tem um intermediário
glutaraldeido, álcool isopropilico, hipoclorito replicativo de RNA.
de sódio 0.25% em 3 min, autoclavação e
calor seco (120oC 20 min, 160oC 1h) EGRESSO POR EXOCITOSE
o Vacina recombinante sem DNA viral o Genoma DNA circular fita dupla (~7.9 kb),
produzida em leveduras (expressão do associado a histonas, uma fita codificante
envelope com HBsAg) (10% não-codificante), 8 genes, capsídeo
icosaédrico (55nm diametro), sem envelope.
3 doses (0, 1 e 6 meses) e sorologia (título o DNA supercondensado, organização
Ac >10mUI/mL), imunidade perdura por genômica altamente conservada
>13 anos o Variações genéticas entre tipos determinam
o tropismo e a doença potencial
Populações não responsivas o Todas as 8 ORFs estão presentes em apenas
uma fita - transcrição é no sentido horário
Para neonatos: Mãe HBsAg+: vacina +
o Resistente a solventes lipídicos (éter,
imunoglobulina 12h pós-nascimento.
clorofórmio), desinfetantes comuns, etanol,
Amamentação segura (não ocorre transmissão
isopropanol (álcool gel e espuma) e a
pelo leite materno)
condições ambientais – pessoas infectadas
com o HPV carreiam carga viral nas mãos
o Autoclavação, hipoclorito de sódio e ácido
VÍRUS DA HEPATITE D (HBV) – vírus RNA peracético são efetivos
o Causa lesões proliferativas no epitélio
o Vírus satélite (defectivo) do HBV; gênero escamoso (condiloma) da pele, oral,
Deltavirus – só replica em hepatócitos já laringeas, conjuntival e genital causadas por
infectados pelo HBV, pois forma sua cápsula mais de 200 tipos de HPV (10% diferença
a partir da membrana do complexo de Golgi. genes L1, L2)
Comum na região amazônica. o São epitéliotrópicos:
o Co-infecção (1-3% crônicos): se infectam com - Mucosas (alphapapillomavirus) – alto
os dois ao mesmo tempo, hepatite aguda risco oncológico – 16,18, 31, 45
mais grave, evoluem para resolução da D e B, - Epiderme (Beta, Gamma, Mu e
aumenta mortalidade 20% Nupapillomavirus) – baixo risco – 6 e 11
o Superinfecção (70-80% crônicos): se infecta o Não possui sorotipos, mas 200 diferentes
com o D depois de ter se infectado com o B, tipos ou genótipos >10% de divergência nos
progride para hepatite crónica B e D genes E6, E7 e L1
o Quanto a associação da infecção, a maioria
Estrutura do vírion produz infecções subclínicas de remissão
espontânea. HPV-16 e 18 são associados com
o É um vírus RNA fita simples polaridade pouca frequência a precursores de baixo
negativa, que é encapsidado dentro do grau, porém muito mais associados a lesões
envelope vazio contendo HBsAg, constituído mais graves, como câncer e precursores de
por uma partícula pequena e amorfa, só alto grau, são, portanto, os mais frequentes
codifica uma proteína, o HDAg, que existe em causadores de malignidade
duas formas: uma pequena e uma grande
(p24e p27), cepas são classificadas em três Ciclo replicativo
genótipos, sendo que o genótipo III é
exclusivo da América do Sul, especialmente o Pouco se conhece devido as dificuldades de
na bacia amazônica. Existem dois padrões de replicação em laboratório deste agente
infecção: a co-infecção, com infecção o Ciclo replicativo: em camadas celulares
simultânea pelo HDV e HBV, e a
superinfecção, com introdução do HDV em Adsorção: L1 aos receptores sulfato de heparina
portadores do HBV em queratinócitos. Outras células: α6 integrinas
o ssRNA- 1.682 nt, capsídeo icosaédrico (HDA),
envelope lipídico do HBV, 35-37 nm Modelo de entrada do HPV in vivo – virion
o 8 genótipos: I e III mais patogênicos e mais ligando ao receptor heparam sulfato na
prevalentes no Brasil membrana basal – mudança
o Detecção: sorologia (IgM ou IgG contra o conformacional na L2
HDAg) ou detecção do antígeno ou RNA viral.
Penetração
Em co-infecção, os marcadores da infecção
pelo HDV desaparecem no início da o Endocitose mediada por clatrina e
convalescença, na superinfecção, observa- desnudamento no citoplasma
se persistência. o Transporte do DNA ao núcleo mediado por L2
o Transcrição de mRNA e replicação do
Família Papillomaviridae
genoma no núcleo celular
Descrições desde a Grécia e Roma antigas. Até o o Tradução das proteínas virais no citoplasma
século XIX, era considerada uma espécie de sífilis o A infecção produtiva pelos papilomas requer
ou gonorreia. 1842: associação entre câncer a infecção da camada basal, nelas que
cervical e atividade sexual. 1923-24: associação a ocorre adsorção. A internalização ocorre em
lesões de laringe e genitais. Papanicolau: 1946 2-4 horas por endocitose, esse vírus não é
envelopado, a acidificação dos endossomos,
o São reconhecidos como pequenos vírus DNA formados via clatrina. Os genomas cobertos
tumorais. Detectados pelo papanicolau e são por L2, e não por L1, conseguem sair do
sexualmente transmissíveis. endossomo e chegar até o nucleo. Logo, a L2
o Espécie-específicos e transmitidos por tem função no transporte do DNA ao nucleo.
abrasões de pele e mucosas A transcrição de diversos mRNAs virais ocorre
no nucleo e depende da fase da célula, ocorre
de forma temporal. A replicação vegetativa Gênero Erytrovirus – tropismo por hemácias
do DNA e a expressão das proteínas tardias
(L1 e L2), que formam o capsídeo, e da E4, o Causador de eritema infeccioso (quinta
ocorre somente em queratinócitos doença) em crianças
diferenciados. o Transmissão gotígulas/ aerossóis
o O vírus utiliza a maquinaria da célula para o DNA fita simples
replicar seu DNA, que permanece sob uma
forma plasmidial no núcleo da célula
alterada, que está sempre em fase S devido a Gênero Bocavirus
E6 e E7.
o Inteções respiratórias agudas em crianças 0-
Transformação celular 2 anos
o Em adultos: resfriado comum por 4 dias
E6 – direciona a degradação da p53 via ubiquitina,
inibe apoptose
Família Poxviridae
E7 – liga a proteína Rb, ativa o ciclo celular e
replicação de DNA (celular e viral) Orthopoxvirus (Varíola - erradicada)
OBS: pode ocorrer co-infecções em usúarios de Ligação de CD4. A Gp120 liga-se a CD4,
através de domínios conformacionais
conservados em gp120.
Transmissão Mecanismo: Gp120 sofre mudança
conformacional-
No início era mais relacionado a homossexuais e
cresceu com usuários de droga. Hoje em dia o A ligação de CD4 expõe o domínio de ligação
reversão dessa diferença, crescente número de do correceptor na gp120.
casos em mulheres, idosos, diminuição nas outras o Ligação do co-receptor: A Gp120 liga-se aos
classes. receptores de quimiocinas que atuam como
correceptores virais (principalmente, CCR5 e
Vertical: transplacentária, canal de parto e CXCR4).
amamentação o Mudança conformacional Gp41: O efeito
combinado da ligação de CD4 e ligação de
Sangue: mais eficaz, transfusão de componentes
correceptores é que uma estrutura de espiral
celulares, agulhas contaminadas
enrolada é induzida em gp41, expondo assim
Sexo: carga viral, tempo de exposição, ulcerações o domínio de fusão hidrofóbico em gp41. Isso
permite que a fusão ocorra (assim, Gp120:
espectro de hospedeiros e antigenicidade
(VAP)
Evolução da infecção por HIV o Síntese: Produto inicial é gp160; processado
por uma protease celular em gp41
Para que o HIV cause AIDS, são necessários 25 (transmembrana) e gp120 (superfície). Gp41 e
critérios clínicos, além de células T abaixo de 200. gp120 estão ligados por uma interação não
covalente.
O período de incubação do HIV é 8 a 15 anos
Replicação do genoma:
Protocolos terapêuticos o Requer síntese prévia proteínas, enzima RNA
polimerase, complexo replicase, é associado
HAART (Hightly Active Anti-Retroviral Therapy): 3
a membranas
classes de drogas, dois análogos de nucleosídeo
o Replicação do RNA viral associada a
que inibem a transcriptase reversa, e um inibidor
membranas – molde – RNA antigenômico
de protease. Também tem sido instituído
o Morfogenese e brotamento: Associação
substituindo-se o inibidor de protease por um
entre RNA + pC + Gps ocorre no RER e/ou Golgi
inibidor da RT não nucleosídeo.
o Brotamento para dentro do RER ou Golgi, o Sorotipos são subdivididos em
acúmulo de partículas maduras nessas genótipos/linhagens com virulência
vesículas, transportados em vesículas distinta. D2 linha american/asian II, mais
o Liberados por exocitose, em vírus NCP não há virulenta e associado a hemorragia.
alteração evidente na fisiologia celular
Formas de transmissão
Família Togaviridae (toga = vestimenta romana)
Espécies de aedes silvestres são infectadas;
Aedes aegypti, albopictus nos ciclos urbanos – o Duas formas clínicas: encefalite ou doença
hematofagia de pele/artralgia
o Gênero Alphavirus são transmitidos por
o Exposição laboratorial mosquitos: Chicungunya e Mayaro
o Secreção ocular o Vírus da rubéola (gênero Rubivirus): doença
o Transplante de órgãos de pele e síndrome congênita 1 trimestre da
o Mordida de primata gestação (anomalias 100% 1o mês, 10-20% 2o
o Contato sexual mês gestação, 15% casos – aborto)
o Vertical Microcefalia, surdez, cegueira,
cardiopatia, natimorto, retardo
Período de Incubação 4 dias, convalescença 2-
mental e psicomotor
10d, viremia 7d – 25%. Desenvolvem sintomas
semelhantes à dengue: febre, rash com prurido, Estrutura dos vírions
conjuntivite, mialgia, artralgia, cefaleia, astenia,
dor retrorbital, mas também vermelhidão ocular, o ssRNA+, capsídeo icosaédrico (40nm; 4 faces
manchas vermelhas no corpo e prurido triangulares), número de faces a partir do
eixo central; C), envelope lipídico (50-70nm;
Pode evoluir para a síndrome de Guillain-Barré glicoproteínas E1 e E2)
o O envelope deriva da membrana da célula,
Síndrome congênita associada ao zika
onde estão embebidas 80 projeções das
o TORCH-; SCAZ 6% dos fetos de glicoproteínas E1 e E2, A E2 tem uma porção
gestantes + interna que interage com a proteína C do
o ↓desenvolvimento intrauterino, capsídeo, este por sua vez é composto por
microcefalia (0.3-14.3%; 1 trim), 240 cópias da proteína C
vasculopatia e calcificações IC, Projeções: são trímeros de
hidranencefalia, atrofia corioretinal, heterodímeros E1-E2, e parecem franja
anomalias do nervo óptico, alterações de cabelo
auditivas e desenvolvimento pC tem atividade de protease, sítio de
neuropsicomotor ↓ ligação no RNA
o Inicialmente pensava-se que somente no o Susceptibilidade a éter, clorofórmio, SDS,
primeiro trimestre evoluía para formol, saponina, beta-propiolactona,
microcefalia. Hoje sabe-se que em todos hipoclorito de sódio 1%, etanol 70%,
os estágios pode haver lesão do feto, temperaturas ↑56oC por 2-20 min, 37oC 48h,
neonatos de mães infectadas no último luz ultravioleta, pH entre 6.8-8.0
trimestre podem nascer sem
Ciclo replicativo
microcefalia, mas com outras lesões
neurológicas, excretando o vírus na urina o E2 - receptores celulares: laminina, HLA- MHC,
por mais de 50 dias (e detecção no heparan sulfato
sangue) – atraso no desenvolvimento o E1 – fusão do endossoma
neuropsicomotor no acompanhamento 6 o Amplo espectro de hospedeiros (exceto
meses (estudo da USP). rubéola), usam diferentes receptores
o Vacinas efetivas em fase final de teste celulares: laminina, HLA- MHC, heparan
sulfato
Vírus da encefalite de Saint Louis
o E2 interage com receptor, E1 fusão do
o Doença febril com dor de cabeça, endossoma
possivelmente associada a náuseas ou o Poliproteína (NS) e mRNAsg (estruturais)
vômitos, sem associação com o SNC na o A replicação do genoma ocorre associada a
fase inicial. membranas celulares, Replicação do
o Meningite linfocitária com febre elevada genoma: primeiramente faz a cópia negativa
e rigidez de nuca de RNA, ou intermediário replicativo, e a partir
o Pode evoluir para encefalite desta transcreve a cópia positiva de RNA. A
(meningoencefalite e encefalomielite), poliproteína parcialmente clivada que origina
com febre elevada, alteração da a cópia negativa de RNA: p123 e nsp4
consciência e disfunções neurológicas. (polimerase)
o Após a sua síntese como uma poliproteína
Vírus do Nilo Ocidental precursora, a proteína de capsídeo é a
primeira a sair, se auto cliva, oligomeriza e
forma o nucleocapsídeo, (E2-E1), essas
glicoproteínas sofrem extensivas
modificações pós-traducionais (glicosilação, o Vacina: vírus vivo atenuado com sarampo e
acilação) no RER e no aparelho de Golgi. caxumba (tríplice viral) (12 meses de vida);
Parte dessas alterações e o processamento reforço quadrupla: + varicela (15 meses)
proteolítico final, que resulta nas o Imunoglobulina pós exposição gestante:
glicoproteínas individuais, ocorre no interior Dose única: 20 mL, IM 72h após
de vesículas durante o transporte para a
membrana plasmática, onde essas proteínas Vírus Chikungunya – gênero Alphavirus
serão inseridas. Reunião e Liberação dos
vírus, maturação/brotamento membrana o Termo Makonde (sudeste da Tanzânia e
o Em células de inseto, o brotamento e nordeste de Moçambique), significa “aqueles
maturação ocorrem em membranas internas, que se dobram”
e não na membrana plasmática. Os vírions o Transmissão: Hematofagia de vetores,
recém-formados são transportados no perinatal e transfusões sanguíneas
interior de vesículas e liberados no meio o O ciclo de transmissão é muito semelhante ao
extracelular por exocitose, sem causar lise do vírus da dengue, um arbovírus pertencente
celular. à família Flaviviridae, gênero Flavivirus.
o A penetração do vírus envolve a interação o O CHIKV é mantido em ciclos envolvendo
inicial da proteína E2 e/ou E1 com os mosquitos Aedes africanus, Aedes furcifer e
receptores na superfície celular, seguida de primatas não humanos em ambiente
internalização dos vírions por endocitose. silvestre. Outras espécies de reservatórios
Anticorpos contra a E2 possuem atividade incluem os pássaros, roedores e pequenos
neutralizante, indicando a importância desta mamíferos. Um ciclo urbano envolvendo
glicoproteína no processo de ligação e/ou Aedes aegypti e Aedes albopictus como
penetração. A penetração dos vetores e humanos como hospedeiros
nucleocapsídeos no citoplasma ocorre após amplificadores é responsável por epidemias
a fusão urbanas extensivas em países da Ásia e
África, onde o CHIKV é disseminado.
o Aedes aegypti é altamente antropofílico,
Vírus da rubéola – Gênero Ribivirus diurno e urbano, encontrando-se
disseminado em áreas tropicais e
o Transmissão: aerossóis e vírus contaminando subtropicais das Américas. Aedes albopictus
as mãos (até 5 dias antes da manifestação tem sido relatado em centros urbanos no
dos sintomas e 5-7 dias após remissão Brasil e pode realizar repasto sanguíneo no
sintomas) homem, utilizando diversas espécies para
o Período de Incubação: 14-21 dias; 50% das hematofagia, resistindo inclusive em áreas
infecções são subclínicas temperadas. O genótipo ECSA parece ser
o Homem é o único hospedeiro e a mais adaptado ao Ae. albopictus. Ambas as
primoinfecção garante imunidade por toda a espécies são vetores competentes para os
vida sorotipos do vírus da dengue também. Estes
o Vacina tríplice viral: rubéola, sarampo e vetores adquirem os arbovírus durante o
caxumba repasto sanguíneo em hospedeiros virêmicos
e, após um período de incubação extrínseco
Doença clínica: de 8-14 dias, há o estabelecimento de
infecção persistente nas células acinares da
Crianças: doença exantemática glândula salivar do mosquito, que transmite o
agente durante sua vida – em média 30 dias.
Adultos: doença mais exacerbada com
Transmissão vertical em humanos também é
artrite/artralgia
relatada, embora pouco frequente,
****Notificação compulsória desde 1990 – principalmente pela gestante no período
erradicação das Américas (OMS) – incidência perinatal, resultando em infecção neonatal
diminuiu drasticamente (1996) grave, e por transfusão sanguínea.
o Dissemina por viremia, replica em células
o É o vírus da rubéola (latim, rubéola = hepáticas, articulares, do SNC e tecido
vermelho), também conhecido como linfoide
"sarampo alemão" (devido a citação precoce o Período de Incubação: 3 a 7 dias (1-12 dias)
na literatura médica alemã) o Viremia: inicia 2dias antes dos sintomas e
o a infecção durante a gravidez pode causar a pode perdurar por 5-10 d
síndrome da rubéola congênita (SRC) com o Fases aguda, subaguda e crônica
graves malformações do feto em o Comorbidades; sexo (mais prevalente em
desenvolvimento. O tipo e grau de mulheres de meia idade)
anormalidade se relacionam com o tempo de
infecção materna. Antivirais
o Crianças infectadas com rubéola antes do
o Ribavirina – inibidor de replicação do RNA
nascimento (rubéola congênita) podem
vrial, favipiravir, efavirenz
manifestar: retardo de crescimento;
o Arbidol – inibe a fusão E2 do CHIKV
malformações do coração, olhos ou cérebro;
surdez; e problemas de fígado, baço e medula
óssea. Surdez é a forma mais comum de
sequela. Vírus Mayaro – gênero Alphavirus
Prevenção o É um vírus clinicamente semelhante ao vírus
da Chikungunya, mas de expressão mais
branda
o Doença febril aguda, exantemática, Família Hepeviridae, Gênero Hepevirus
acompanhada de mialgia e artralgia
o Genótipos presentes do Brasil: D e L Vírus da Hepatite E
o Ciclo urbano conhecido, maior prevalência
em zona rural Transmissão fecal-oral por água contaminada,
o Período de incubação de 3 a 11 dias, consumo de carne mal cozida e mortalidade mais
convalescença de 3 a 5 dias. acentuada em gestantes, maioria das infecções
assintomáticas
1. fases prodrômica (2-10 dias – febre, o RNA fita simples polaridade negativa
hiperestesia, insônia, fotofobia, diarréia, trisegmentado (S: 961 nt, M: 4,4 kb e L: 6,8kb)
cefaléia, vômito e outros), o capsídeo helicoidal (proteína N) e envelope
2. furiosa e paralitica 2-14 dias - excitação, lipídico (80-120nm; glicoproteínas G1/G2)
alucinação, hidrofobia, rigidez da nuca, o Susceptíveis a diversos desinfetantes, como
desorientação, espasmos, disfagia, detergentes, lisofórmio e álcool 70%
convulsões, hipo ou hipernatremia, o No ambiente, sobrevivem até 48 horas
hipertensão intracraniana, vasoespasmo o O hantavírus é transportado por roedores,
cerebral, disautonomia, diabetes particularmente camundongos cervídeos, na
insipitus, arritmia cardíaca e respiratória, urina e nas fezes. O portador não sofre da
coma e morte em horas; PI (10 dias- 2 doença, mas os humanos sofrem. Acredita-se
anos), 75% 90 dias, 60 dias 2o mais que os humanos sejam infectados quando
frequente expostos a poeira contaminada dos ninhos ou
excrementos de camundongos.
Filoviridae o A poeira contaminada é frequentemente
encontrada quando se trabalha ou se limpa
Vírus Marburg e Vírus do Ebola cabanas, galpões ou outras áreas fechadas
com vagas desocupadas. A infecção não é
o Transmissão: qualquer fluido corporal
passada entre os seres humanos.
o Período de incubação: 7 a 21 dias
o Áreas rurais, ambientes fechados, ração de
o Vírus pantrópico – Pode levar a quadros de
animais – roedores
hemorragia múltipla grave, trombose,
o Inalação de aerossóis de saliva, urina e fezes
isquemia e negrose, diarreia, vômitosm
de roedores (poeira)
erupção maculopapular, letargiam choque
o Prevenção: EPIs
hipovolêmico, aborto
Hantaviridae