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AULA 5
História da
Doutrinação
no Brasil
MÓDULO 1
HISTÓRIA DA
DOUTRINAÇÃO NO BRASIL DOUTRINAÇÃO
Vamos lembrar que o índio no Brasil não era esse índio que você vê nos
gibis da Mônica, existiam tribos extremamente violentas, existiam tribos
canibais, e daí por diante.
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DOUTRINAÇÃO
Não era algo tão de boa assim, não era “ah! deixa eu ir lá doutrinar esse
pessoal, vou abusar da inocência deles e depois eu mando as riquezas
que existem ali no Brasil para Portugal”, não era nada disso. Para
começar, a viagem era extremamente perigosa, tinha pouco tempo de
experiência marítima nessas áreas naquela época, existiam uma boa
chance do navio afundar, por exemplo, e todo mundo morrer.
Então eles tinham que encarar esse povo, os índios, que não falavam
sua língua, eles tinham que convencer que eram caras legais e bem
intencionados, no contrário corria o risco de morrer ou de qualquer
outra coisa.
A única explicação plausível da vinda dos jesuítas é que eles eram caras
muito fiéis de fato a Deus, e que tinham o compromisso e a vontade
genuína de disseminar o cristianismo para todos esses povos que
nunca tinham tido acesso aos ensinamentos cristãos. A educação
jesuítica teve início em 1549 com a Companhia de Jesus, grupo
representante da igreja católica fundada por Inácio de Loyola em um
contexto de reação da igreja católica à Reforma Protestante, sendo,
então, protagonista do início da nossa história educacional com
hegemonia no ensino brasileiro até por volta de 1759, quando os padres
jesuítas foram expulsos de Portugal e de todas as colônias portuguesas
por Marquês de Pombal.
Você também ouve em sala de aula que os jesuítas eram super elitistas
por terem separado um tipo de educação para a elite
portuguesa\europeia e para os índios, mas isso é uma coisa meio que
óbvia, primeiro os índios precisavam aprender a ler e escrever
português, eram catequizados por questões óbvias, os portugueses já
tinham uma tradição, uma bagagem católica, enquanto os índios
levavam mais tempo nesse processo de aprendizagem já que não
falavam a língua portuguesa, e porque culturalmente é muito mais difícil
ensinar conceitos cristãos para pessoas que não tem essa mesma
tradição, nem antepassado cristão na família e na sociedade.
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DOUTRINAÇÃO
Aqui no Brasil, nos países ocidentais, não fazemos isso hoje em relação
às mulheres porque incutimos nossos valores cristãos no Ocidente, e
isso é independente de você ser um cristão ou não, é independente de
você acreditar em Cristo ou não, o fato é que o que a cultura cristã
prega, enquanto conceitos morais, você não encontra em outras
culturas. Isso reflete diretamente em nossos costumes e na nossa vida
enquanto civilização, enquanto moral.
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DOUTRINAÇÃO
Esse tipo de lei cria, na verdade, uma série de outras leis acessórias e
emendas que são necessárias para que esse sistema funcione.
Importante pontuar que a partir do momento em que a educação se
torna compulsória, os livros didáticos e as grades curriculares, tudo o
que envolve o sistema educacional passa a ser definido por políticos e
por técnicos nomeados por estes políticos.
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Então, vemos que Getúlio foi o primeiro governante brasileiro a usar dois
tipos de doutrinação: a doutrinação através do estudo compulsório, em
moldes bem semelhantes aos da União Soviética, e a doutrinação
através da mídia, também inspirada em moldes soviéticos, até porque
se tinha ali a KGB (Comitê de Segurança do Estado) que era mestre
nesse tipo de doutrinação na União Soviética.
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