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ESTRATÉGIAS NA PERTURBAÇÃO DE

HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO

Estruturação de De acordo com as


comorbilidades e dificuldades
contextos e Intervenção
Intervenção Leitura/Escrita/
atividades/ Cognitivo- Matemática/Técnicas
Farmacológica Comportamental
acomodações e Métodos de Estudo
curriculares

ESTRUTURAÇÃO DE CONTEXTOS E ATIVIDADES/ACOMODAÇÕES CURRICULARES

Apresentação/Exposição de Materiais:
Lugar:
Conteúdos: • Estabelecer locais fixos para
• Área com poucos fatores
• Guias de estudos guardar o material;
distráteis;
incompletos; • Ajudar a manter a área de
• Junto da professora;
• Privilegiar folhas apenas com trabalho da criança livre de
• Junto de um aluno
frentes; materiais desnecessários.
“modelo” e cooperante-
• Destacar a informação mais
importante.

Atividades e Tarefas:
• Criar rotinas e antecipar a quebra das mesmas (ex. visitas de estudo);
• Tornar claro aquilo que se pretende com determinada tarefa e relembrar os
indicadores para o sucesso;
• Organizar as tarefas de acordo com as prioridades das mesmas. Estimar a
quantidade de tempo dedicado a cada tarefa.

Instruções e atitudes: Trabalhos de Casa:


• Contacto visual; • Ajudar a criança a organizar as tarefas e a saber
• Junto do aluno tocar no ombro; exatamente o que tem de fazer;
• Não dar instruções à criança enquanto ela • Decidir com a criança qual o melhor horário;
estiver a desempenhar outra tarefa; • Incentivar e supervisionar a criança, dando-lhe
• Instruções claras divididas e subdivididas; espaço para falar das suas dificuldades, sobre o
• Alternar atividades que exigem níveis que acha mais difícil e/ou o que aprendeu de
elevados de concentração com atividades novo;
de caráter lúdico; • Reforçar/elogiar sempre o trabalho concretizado
• Repetição dos requisitos da tarefa pela e/ou o comportamento desejado;
criança; • Verificar se a criança não tem atividades a mais
• Quando a criança executa corretamente que dificultam a organização do horário dos
uma tarefa, dê-lhe feedback imediato pela TPC.
sua prestação.
ESTRATÉGIAS NA PERTURBAÇÃO DE
HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO

INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
As crianças com PHDA apresentam frequentemente dificuldades ao nível da autorregulação
comportamental e emocional, independentemente das suas capacidades cognitivas e de raciocínio.
Recompensas concretas:
• Envolver a criança na escolha do
prémio;
• Escolher recompensas económicas e
variadas;
• Ser específico relativamente ao
Encorajamento e elogio: comportamento adequado – ex. “Se Estabelecer limites:
• Elogiar de forma ficares quietinho ao meu lado, sem • Reduzir o número de ordens;
imediata; correr de um lado para o outro e sem • Dar uma ordem de cada vez;
• Evitar conjugar elogio e gritares, ganhas um autocolante”; • Dar ordens claras – ex.
crítica; • Aumentar o desafio gradualmente; “Espera até eu acabar de
• Incentivar a criança a • Primeiro obter o comportamento falar com o… depois vou aí
elogiar o seu esperado e só depois recompensar; responder à tua pergunta”;
comportamento e o dos • Não misturar recompensas com • Evitar dar ordens sob a
outros. castigos. forma de perguntas;
• Dar ordens
“Quando…então…";
• Estabelecer contacto visual.

Ignorar: é uma das mais eficazes formas de disciplina, ensina o autocontrolo.


Redirecionar:
• Usar sinais não-verbais, pistas e imagens sugestivas para redirecionar;
• Usar o redireccionamento verbal positivo – ex. “Posso ver o que fizeste até agora?, dizes quais são as
instruções? Há algum problema?”;
• Lembrar e avisar sobre as consequências – “Lembra-te da regra para…“.
Consequências lógicas e naturais:
• Dar às crianças a hipótese de fazerem escolhas antecipadamente – ex. “Fazes o trabalho de casa todos
os dias esta semana, ou não vais à saída de campo e ficas a fazê-lo”;
• Ser sucinto, num confronto sobre disciplina as crianças só ouvem os primeiros 20 segundos.
Estabelecer rotinas previsíveis e planear as transições:
• Afixar o plano diário;
• Preparar as crianças para o fim de uma determinada atividade – ex. “Daqui a 5 minutos acabamos o
trabalho e vamos brincar“.
Gerir emoções:
• Tentar perceber os estados emocionais da criança ajuda-a a lidar com a tensão emocional;
• Incentivar a criança a falar sobre os seus sentimentos;

"Não esquecer: a PHDA é uma doença do cérebro, com uma base neurobiológica conhecida!"

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