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APRENDA SOBRE PROGRAMAS

INDIVIDUAIS E METAS NO
ATENDIMENTO DA CRIANÇA
COM TEA SEGUNDO A ABA.

Prof. Luiz Paulo Moura Soares


Neuropsicopedagogo
@luizpaulomourasoares

https://pt.vecteezy.com/
• É extremamente importante salientar que todas as intervenções
baseadas na análise do comportamento devem ser
individualizadas para cada aluno.

• Cada aluno é diferente, e as funções de seus comportamentos


variam de acordo com suas experiências e vivências.

• Cada aluno vai apresentar um repertório comportamental único


durante a fase de avaliação e terá algumas necessidades
específicas.

• Qualquer programa de intervenção desenvolvido para um aluno,


não deve ser implementado com outra criança. Tudo depende do
contexto e da função do comportamento-alvo. (Davis,2000)
• Informações obtidas de fontes como padrões curriculares e
normas de desenvolvimento podem auxiliar o clínico a tomar
decisões críticas sobre as habilidades que já devem ser
demonstradas ou que são prioridades para intervenção.

• Pensar no contato com aluno com ambientes novos (ingressar na


escola, participação em grupo de socialização), que podem não
ser identificadas por meio de avaliações tradicionais.

• Informações de outras fontes podem mostrar comportamentos


durante a avaliação que não precisam de intervenção
(comportamentos que ocorrem em uma frequência, duração ou
intensidade normais para a idade do aluno).
Planejamento das condições de Ensino.
• Na etapa de elaboração de um programa de ensino, tudo, ou
grande parte do que é relevante ser ensinado para instalar o
repertório comportamental desejável para que os aprendizes
possam atuar de modo a modificar a situação-problema.
• É fundamental definir e decidir como será o ensino, ou seja, os
aspectos que costumam ser mais comumente denominados como
condição de ensino.
• Planejar as condições de ensino consiste em definir atividades
que possivelmente irão permitir a melhor aprendizagem dos
objetivos propostos.
• As atividades deverão oferecer ao aprendiz oportunidades para
desenvolver ou treinar habilidades para realizar um determinado
objetivo.
Características Básicas dos Programas de
Educação Comportamental.
• Uma premissa importante é a de que a maioria dos
comportamentos é aprendida, tanto aqueles que a sociedade
considera desajustados quanto aqueles mais apropriados.

• Uma segunda premissa é a de que o ambiente (social e não


social) exerce um papel crítico no processo aprendizado.

• O comportamento é controlado por eventos antecedentes ou


estímulos que o antecedem (exemplos: comandos verbais,
estímulos visuais e características gerais do ambiente físico) e
também, e mais importante, por eventos de estimulação que
acompanham uma resposta, incluindo aqueles que envolvem a
administração e retirada dos estímulos.
As características fundamentais dos programas de treinamento
comportamental incluem:
1. Selecionar e definir com cuidado os comportamentos que devem
ser alterados/desenvolvidos.

2. Decidir sobre a técnica de treinamento, que tipicamente inclui


algum tipo de procedimento de lembrete e reforço.

3. Programar o comportamento alvo para que ocorra com


frequência suficiente para poder ser reforçado.

4. Implementar a intervenção para garantir que os comportamentos


alvo sejam mantidos ao longo do tempo e generalizados para
arranjos sociais apropriados.
. Inicie os programas de trabalho definidos e com prioridades:
• Comece com poucos programas e sessões curtas. Gradualmente
adicionar programas e aumentar a sessão conforme o ritmo da
trabalho e o tempo de resposta do aluno quanto as possibilidades
de estímulos.
• Avaliar constantemente os procedimentos, comportamentos e as
estratégias estão sendo utilizadas.

. Trabalhar com o estilo de aprendizagem de seu aluno:


• Algumas crianças são aprendizes visuais e podem responder bem
ao computador, ou precisam ver como funciona. Outras podem
ser mais auditivos e podem se dar bem com instruções verbais.
• Importante mencionar que autistas são pensadores visuais.
. Existência diferentes maneiras de ensinar tudo:
• Se um programa não estiver funcionando, é preciso mudar o
estímulo, o local, ou o método?
• Exemplo: caso esteja sendo ensinado ao aluno os números
usando flashcards ou seja, colocando as fichas sobre uma mesa,
mas também pode ensinar os números escrevendo no caderno,
no quadro com giz, através de um jogo.

. Uso da comunicação receptiva e expressiva:


• A criança pode utilizar apenas um tipo de comunicação, e é
fundamental entender qual a criança utiliza para promover
estratégias de ensino e plano de trabalho.
• Também é fundamental que ambas podem estar sendo
trabalhadas juntas.
. Atualização dos dados:
• Revisar sempre os dados da intervenção, os reforços, os
estímulos condizentes as estratégias de trabalho.

• Observação nas sessões a criança frente ao processo de


intervenção e aplicação das propostas de trabalho. Verificar se o
programa esta funcionando e condizente com as necessidades
reais da criança.

• Caso não esteja funcionando os programas, pode-se mudar como


está sendo ensinado, ou como o que está sendo trabalhado como
objetivo de aprendizado.
. Não continue ensinando uma habilidade após aprendizagem
adquirida:
• Caso seu aluno já atingiu os objetivos do programa é
fundamental, promover a generalização do conhecimento.

• Ampliar as possibilidades de ensino de novas habilidades diante


das necessidades e novas etapas de aprendizagem.

• O tempo é mais aproveitado sempre ensinando novas


possibilidades e habilidades para criança.
. Incorpore informações de outros profissionais:
• Possibilitar a troca de informações com outros profissionais
envolvidos com seu aluno.
• Incorpore objetivos de outros profissionais no seu trabalho com a
criança diante do programa estabelecido.
• Incorporar técnicas e sugestões no currículo.

. A importância do entendimento que as crianças são diferentes:


• As crianças desenvolvem-se de diferentes maneiras e vão
precisar de um maior ou menor atenção em áreas específicas.
• Os déficits em uma certa área podem merecer mais tempo e
esforço do que os de outras áreas.
• Diante da análise do comportamento, o melhor processo de
aprendizagem é aquele que ocorre sem erros.

• Tende a ocorrer quando o processo de elaboração de um


programa de ensino respeita os procedimentos sugeridos, para
formular e descrever objetivos de ensino, especificar repertório
de entrada dos aprendizes e principalmente, definir uma
sequência de ensino-aprendizagem.

• Para um adequado sequenciado de objetivos para o ensino-


aprendizagem, é importante lembrar que o resultado esperado do
sequenciamento é uma indicação da ordem em que cada objetivo
deve ser ensinado.
• Ordenar os objetivos do mais simples para os mais complexos.

• Identificação de quais são os objetivos mais simples pode ser


feita por meio de exame da complexidade das:
1. Condições diante das quais a ação deve ocorrer.
2. Próprias ações, em termos de exigência dos padrões de
desempenho.
3. Características do produto a ser gerado.

• Outro critério fundamental, desde que não comprometa outros


relevantes para o contexto, é o de motivação dos aprendizes em
relação ao que deve ser ensinado e aprendido.
É esperado, como resultado do programa!
• Oportunidade ou necessidade de desenvolver programas de
ensino.
• Objetivos de ensino a serem atingidos.
• Recursos disponíveis para realização avaliação.
• Normas institucionais sobre avaliação.
• Conhecimento disponível sobre avaliação do ensino.
• Problema a ser resolvido com programa de ensino.
• Característica do aprendiz.
• Condições de ensino propostas.
• Condições de ensino utilizadas.
O docente seja capaz de.....
• Promover avaliação como parte integrante do programa de ensino
de forma a garantir:
1. Informações disponíveis, de forma contínua durante o
desenvolvimento do programa e quando de seu término, sobre:
▪ Grau de aprendizagem do aluno em relação aos objetivos
pretendidos.
▪ Dificuldades dos aprendizes processo de aprendizagem.
▪ Grau de adequação das condições de ensino oferecida para
promover as aprendizagens pretendidas.
▪ Grau de adequação dos objetivos propostos para o programa de
ensino.
• Subsídios para revisão do programa de ensino em seus
vários aspectos, enquanto ele ainda está ocorrendo.

• Acesso aos resultados de avaliações realizadas, ao


aprendiz, de forma imediata, clara e completa.

• Comportamentos de estudo adequados do aprendiz


promovido e mantido positivamente.
• O mesmo se aplica aos procedimentos de ensino e
aprendizagem. Na técnica aprendizagem sem erro, o aplicador
começa fornecendo a dica máxima e gradualmente vai retirando a
dica para a mínima possível, até que o sujeito possa responder de
forma independente.

• A aprendizagem sem erro é uma técnica usada para o treino de


aquisição de novas tarefas, porém conforme o aluno responde à
demanda apresentada, é importante (esvanecer)
retirar gradualmente os níveis de dica para que ele não fique
dependente da mesma (espere sempre pela dica)
Exemplo de Currículo:
• Linguagem Receptiva 1. Tocar diferentes partes do corpo (estímulos:
cabeça, ombros, joelhos, dedos dos pés)
• Linguagem Receptiva 2. Tocar um item comum (estímulos: livro, giz de
cera, bob esponja, peça de lego).
• Desempenho visual: Parear figuras iguais. (estímulos: bolo, suco, urso,
carro, sim, não).
• Imitação: imitar movimentos com objetos. (estímulos vários).
• Imitação Vocal: Imitar palavras quando solicitado. (estímulos bolo,
suco, carro, sim, não).
• Nomeação: Nomear objetos comuns. (estímulos: DVD, livro, xícara,
carro)
• Intraverbal: completar palavras de canções. (estímulos: “Ciranda
ciradinha”)
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Bibliografia
• MOREIRA, M. A. A abordagem de Skinner. In: MOREIRA, M. A. Ensino e
Aprendizagem: enfoques teóricos. São Paulo, SP: Moraes, 1983.
• MOREIRA, M. A. A teoria behaviorista de Skinner. In: MOREIRA, M. A. Teorias de
Aprendizagem. São Paulo, SP: EPU, 2004.
• MOREIRA, M. A, MEDEIROS, C. A de. Princípios básicos da análise do
comportamento. Porto Alegre, RS: Artmed, 2007.
• SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. Trad. João Carlos Todorov e
Rodolfo Azzi. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2000.
• ZANOTTO, M. L. B. Formação de professores: a contribuição da análise
comportamental a partir da visão skinneriana de ensino. 1997. 162 f. Tese
(Doutorado em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, SP, 1997.

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