Você está na página 1de 4

Planejamento familiar e contracepção

Planejamento familiar  contracepção ligada a saúde  Diabética


 Dislipidêmica
OMS  é a atividade de saúde que tem como objetivo o
fornecimento de informações e meios para que as pessoas  Tabagista
passam a decidir, de maneira livre, consciente e  Hipertensa
responsável, a época e o número de filhos que desejam ter.  Estresse
 Dieta inadequada
Brasil  é a parte integrante dos conjuntos de ações de  Inatividade física
atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma  Fatores de risco familiar
visão de atendimento global e integral à saúde.
Neoplasia que se destacam:
É necessário avaliar o contexto clínico da paciente, sabendo
individualizar o caso de cada paciente, para que tenha a  Pele
melhor adesão, levando em consideração os problemas de  Mama
ordem socioeconômico. Sendo o melhor método para  Colo do útero
aquela paciente, pensando no contexto, biológico, médico,  Cólon retal
socioeconômico e individual de cada uma. Entretanto, os
objetivos da saúde devem prevalecer nas orientações Infecções:
profissionais.
 DST/ AIDS
Riscos biológicos
Metodologia
Pensar em pacientes que possuem contexto de saúde que
podem interferir nos riscos, como pacientes desnutridas, Quando se faz a consulta de planejamento familiar, é
obesas, sedentárias, tabagista, uso de drogas ilícitas e preciso saber passar as informações conforme a
álcool, alimentação inadequada, falta de vacinação. compreensão dos clientes. Exercendo seu direito de escolha
e de quantos filhos desejam ter.
 Grande paridade (3 filhos o mais)
A escolha dos métodos é atribuição do casal, porém a
 Idade materna < 20 anos por adolescente
disponibilidade dos métodos e avaliação médica são
desassistida ou > 35 anos, quando a mulher é
analisados, principalmente nos critérios de elegibilidade para
menos fértil
o uso de contraceptivos.
 Nascimento a intervalos curtos (< 2 anos) ou muito
longos (> 5 anos) O melhor método pode não ser o mais efetivo, mas é aquele
aceito pelo casal, que o utiliza corretamente.
Riscos socioeconômicos
Inclui-se:
 Baixa escolaridade
 Desemprego e baixa renda familiar  Conceito
 Violência intra e extradomiciliar  Efetividade
 Carência de serviços de saúde de boa qualidade e  Custo e acessibilidade
de fácil acesso  Como funciona e o modo de usar
 Quem pode usar (ou não)
É necessário saber individualizar cada paciente de acordo
 Efeitos colaterais e complicações
com suas necessidades.
 Continuidade e seguimento
Risco médico
Taxa de efetividade
Como todo tratamento médico, há riscos pela escolha do
tratamento, e em alguns momentos por características que a É a primeira informação que se observa no
paciente presenta, as opções podem apresentar mais ou anticoncepcional.
menos riscos. Índice de Peart  corresponde à fórmula do percentual de
Desta forma quando for analisar a paciente, é necessário gestações ocorridas durante o primeiro ano de emprego do
observar em riscos cardiovasculares: método, em relação ao número total de usuárias.

 Obesa
 Eficácia de uso habitual  índice de peart obtido  Provisão ao usuário de informações baseadas no
dentro das condições normais de prática diária, respeito à privacidade e confidencialidade
eficácia do dia a dia, verdadeiro, o uso não perfeito.  Rede de equipamentos de saúde apropriada e
 Eficácia de uso correto  índice de peart obtido disponíveis por território
dentro das condições de rigoroso controle, num
Os critérios de elegibilidade para o início do uso de
estudo, uso perfeito da usuária. Onde se observa a
anticoncepcionais é uma das diretrizes da OMS, informando
falha do funcionamento em um estudo.
aos provedores do planejamento familiar se a melhor
Nos métodos muito eficazes, a taxa de uso correto e ideal apresenta condição médica ou física para uso do
são semelhantes. Desta forma esse método, não depende contraceptivo. Tendo 4 categorias:
da paciente para funcionar, tendendo ser +- ao redor de
Categoria 1: sinal verde, não há nenhuma restrição sobre
99%, sendo eles:
aquele método naquela paciente.
 Implante subdérmico  implanon
Categoria 2: amarelo, pode haver uma limitação de uso,
 DIU de cobre e hormonais
porém o benefício de uso continua sendo maior que o risco
 Esterilizações que já tem.
Os métodos efetivos que dependem da paciente para Categoria 3: amarelo, é o mais difícil, é quando se tem
funcionar possuem uma maior taxa de falha e efetividade condições que na maioria dos casos não deveria usar,
por volta de 1-10%. porém naquela paciente, naquelas condições especificas,
 Anel vaginal mesmo tendo um risco maior que o benefício, prescreve o
 Adesivo método, porém com rigoroso acompanhamento.
 Anticoncepcionais orais Categoria 4: quando não se pode prescrever, quando os
 Injetáveis mensais e trimestrais riscos são maiores que os benefícios e nada justifica a
 Lactação exclusiva até os 6º mês prescrição daquele método.
Métodos com eficácia moderada 10-20%: Métodos não-hormonais
 Condons masculino e feminina – camisinha Métodos comportamentais:
 Certos métodos comportamentais - tabelinha
 Diafragma vaginal com espermicida  Tabelinha/ Ogino-Kanus
 Métodos da temperatura basal
Métodos pouco efetivos taxa de falha acima 20%:  Monitoramento do muco cervical
 Diafragma vaginal e espermicidas usadas  Método do sintotérmico
separadamente  Amenorreia lactacional
 Coito interrompido Temperatura corporal
 Certos métodos comportamentais
Ocorre a variação da temperatura basal durante a fase lútea
Taxa de continuidade do ciclo reprodutivo.
Da ideia ao respeito da aceitação do método, Na primeira fase do ciclo, a temperatura permanece estável,
complementando as informações de taxa de efetividade. ocorrendo aumento de pelo menos 0,4ºF (0,2ºC) em relação
Avaliado pelo período de 1 ano e mede o número de a temperatura de base registrada de manhã, é quando
usuárias de determinado anticoncepcional ao fim do primeiro ocorre a ovulação. Esse aumento de temperatura é
ano de uso. monitorado ao longo de 3 dias consecutivos
Tem que saber se essa paciente vai conseguir manter o  Usar sempre o mesmo termômetro
método que é escolhido ou prescrito. O preço de aquisição  Estar ao menos 5h de repouso
deve ser levado em consideração, pois pode ser um fator  Anotar no papel quadriculado a alteração de
limitante. temperatura
 Sono não pode ter sido interrompido
Critérios de elegibilidade
 Sempre utilizar a mesma via de mensuração
 Escolha e autonomia dos métodos contraceptivos  Anotar qualquer doença ou intercorrência, como
 Informação baseada em evidência sobre a eficácia mudança de horário de medição, uso de bebidas
risco e benefícios de diferentes métodos. alcoólicas e perturbação do sono
 Os profissionais de saúde treinados e competentes
Requer uma disciplina rígida e obediência ferrenha à Critérios:
abstenção nos dias de período fértil.
 Paciente puérpera
Tabelinha/ Ogino-Knaus  Não estar menstruando
Casal se abstém do coito vaginal entre o primeiro e o último  Amamentação exclusiva
dia fértil.  Dentro dos 6 meses pós-parto

Registrar o número de dias de cada ciclo menstrual durante


pelo menos seis meses, tendo conhecimento de que:

 Ovulação ocorre 12-16 dias antes da menstruação


 Ciclo menstrual normalmente tem duração de 25-
35 dias, sendo padrão o ciclo de 28 dias
 O espermatozoide pode permanecer no trato
genital feminino por 24 horas, com capacidade de
fertilizar o óvulo, e em algumas situações por até
72h
 O ovulo permanece no trato genital feminino em
condições de ser fertilizado, salvo exceções por
24h
Como funciona na prática:

 1º dia de período fértil  subtrai 18 do número de


dias de duração do ciclo
 Último dia do período fértil  subtrai 11 dias do Método sintotérmico
número de dias de cada ciclo menstrual
 Quando a mulher possui ciclos irregulares  O conjunto dos métodos não hormonais. Combina os
subtrai 18 do ciclo mais curto para 1º dia, e subtrai cálculos do calendário, da ascensão da temperatura basal
11 do ciclo mais longo para último dia. na fase lútea e do monitoramento do muco cervical.

Método do muco cervical (Billings) Com o aparelho persona, todos os dias a mulher faz xixi
num pote e usa uma fita, com isso, coloca a fita no aparelho
A paciente todo dia faz o toque vaginal, no mesmo horário, e tem as informações de risco.
sem grandes movimentos e estímulos. Ela deve anotar
numa planilha para identificar as mudanças de padrão do não pode ser usado em mulheres que possuem ciclos < 23
muco de acordo com o período do ciclo. dias ou > 35 dias, se está amamentado ou usando
tratamento hormonais,
 Muco aspecto de catarro  não tem relação
 Muco com aspecto diferente  tem relação Métodos comportamentais – conclusão
Importante tomar cuidado, pois existe populações que serão
esses métodos que vamos prescrever.
Importante ressaltar que as limitações dos métodos
comportamentais estão relacionadas a abstinência
periódica, o que é evidência de taxa de efetividade. Além
disso, doenças, sonos interrompidos e suo de
medicamentos podem alterar ou interferir na observação.
Amenorreia lactacional Os métodos comportamentais são uma alternativa para
Pacientes que estão em amamentação exclusiva e ainda pacientes que, por motivos de opção religiosa, sociocultural
não menstruaram, nos 6 primeiros meses, teriam dificuldade ou filosófica, se interessam por um método mais “natural” de
de ter um período ovulatório. anticoncepção.

O método age na dificuldade da ovulação, o aleitamento


produz alterações na liberação hormonal por
desorganização do eixo. A sucção frequente envia impulsos
nervosos ao hipotálamo, alterando a produção hormonal, o
que leva a anovulação.

Você também pode gostar