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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE MUSEOLOGIA E CONSERVAÇÃO E RESTAURO


CURSO DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS CULTURAIS

Disciplina de Conservação e Restauração de Bens Culturais em Papel II


Profª Mirella Moraes de Borba
NOME DO ALUNO: Clarissa Martins Neutzling e Maristela Zluhan Fenzke DATA: 14/11/2023
FICHA DE PROCEDIMENTOS
PROCEDIMENTO: Remoção de adesivos
OBJETIVOS: O objetivo da retirada dos adesivos é a limpeza do papel e a retirada de adesivos consiste em eliminar uma substância (cola) que pode, ao longo do tempo, degradar
o suporte.
FATORES A CONSIDERAR: A principal consideração na retirada dos adesivos é fazer testes para que não processo não saiam letras e nem pedaços do papel. Com isso, a
retirada dos adesivos pode ser dividida em secas, aquosas ou com uso de solventes, todas podem ser eficazes, porém as técnicas aquosas trazem riscos como ondulações,
formação de manchas ou de auréolas no entorno da área do adesivo. Com o uso de solventes é necessário prestar atenção na inflamabilidade e na toxicidade do químico, levando
em consideração a segurança do trabalho, em relação ao suporte o poder de penetração do solvente, a volatilidade e retenção do solvente e a ação dissolvente devem ser
consideradas para não prejudicar o suporte e consequentemente as informações que ele possui.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: Para a retirada de adesivos de forma seca foi utilizado dois tipos de espátulas térmicas, uma em formato de ferro de passar e outra em formato com a ponta
tipo fenda, bisturi e solventes como a água, o etanol, a acetona, o acetato de etila e o meio aquoso com a metil celulose. Para a manipulação do processo utilizou-se jaleco, máscara e luvas e para a
aplicação de solventes utilizou-se soab.

DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO: Para iniciar o processo de remoção dos adesivos identificou-se um suporte de papel proveniente da celulose da madeira e quatro tipos
diferentes de adesivos colados. O primeiro processo foi o mecânico com a raspagem de um durex auxiliado por um bisturi. O processo foi satisfatório, contudo, observou-se que
três letras sofreram desgaste, mas a mensagem das palavras não foi perdida. Com o adesivo de etiqueta fez-se o mesmo processo descrito acima, porém, logo no início, percebeu-
se a retirada de letras e por isso suspendeu-se a retirada da etiqueta por bisturi. Logo após posicionou-se um papel japonês em cima do adesivo para o uso da espátula térmica em
formato triangular, mas não houve efetividade e a espátula em formato de fenda retirou algumas letras parando seu uso. Devido aos testes realizados na Ficha 2 iniciou-se a
retirada do adesivo com a água deionizada, porém sem efeito, em seguida testou-se o etanol, mas sem resultado devido a saída das letras. Com isso, fez-se o uso da acetona, mas
essa, apesar de retirar um pouco mais o adesivo, rasgou o papel e seu uso foi suspenso e nenhum solvente mais foi testado devido sua agressividade. Por fim, para a retirada da
etiqueta utilizou-se o meio aquoso através da Metilcelulose. Seu uso deu-se na criação de um emplasto sobre o adesivo e a retirada feita pelo bisturi e o excesso de metilcelulose
foi retirado com água deionizada. Com todo o processo de retirada da etiqueta houve perda de várias letras comprometendo a informação e um rasgo. Com os adesivos micropore
e fita crepe foi satisfatório a retirada pela espátula térmica com ponta de fenda. Então, finalizando os processos fez-se uma limpeza para a retirada dos restos de adesivo no suporte
com a metilcelulose e um soab com água deionizada.
OBSERVAÇÕES: Para a utilização de solventes na retirada de um adesivo o processo é molhar um soab no solvente e depositar o produto, abaixo do adesivo, como mostra a Figura.

BIBLIOGRAFIA: [Relação de textos consultados sobre o assunto, dentro de normas bibliográficas]

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