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UNIVERSIDADE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO


2200094 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM II
NOVA SÍNTESE – CICLO 2

Júri simulado

Aos vinte e cinco dias do mês de abril do ano de dois mil e dezoito, ás vinte horas e trinta e
cinco minutos, o juiz dá início a sessão. O grupo da promotoria traz as dificuldades
encontradas pela instituição quanto ao ensino prático no âmbito hospitalar e questiona o
representante da instituição quanto os parâmetros de contratação. Esse por sua vez, explica
que para acontecer o vínculo empregatício entre a escola profissionalizante e o profissional, é
esperado que ele tenha experiência na prática e tenha formação. Acresce que ainda não é
possível exigir a formação pedagógica na área, considerando a demanda da instituição e a
necessidade de que o profissional do estágio esteja vinculado também ao hospital. A
promotoria traz ao júri que o ensino da instituição acusada não está condizente com o Projeto
Político Pedagógico (PPP), sendo que no documento está explicitado que os alunos tenham
conhecimento além da prática e que haja a formação também voltada para o Sistema Único de
Saúde (SUS). A representante traz a dificuldade em cumprir com o PPP, já que o documento
explicita os ideais da instituição e não são todas as escolas profissionalizantes que seguem
esses ideais, o que justifica o colégio em questão não cumprir com os objetivos propostos. É
questionado pela promotoria quais as medidas realizadas para que seja amenizada essa
dificuldade, sendo debatido pela defesa que há parceria da instituição com programa de
educação continuada com uma faculdade, juntamente com os professores. É discutido pela
promotoria que a instituição está visando apenas o lucro e não está oferecendo o devido
ensino aos discentes. A representante rebate constatando que os alunos apresentam o maior
índice de aprovação nos concursos, comprovando a efetividade do conhecimento cognitivo
oferecido pela instituição. Questiona-se à representante se o professor tem conhecimento do
perfil esperado pela instituição e se eles têm conhecimento sobre o PPP e é respondido que o
professor deve ter a iniciativa de procurar o documento na secretaria da escola, assim como
organizar as suas atividades educativas. A promotoria rebate constatando que a instituição tem
obrigação e responsabilidade das ações desenvolvidas por seus profissionais, bem como
mediar discussões sobre contínuas avaliações do professor e do PPP. A defesa traz ao júri que
a instituição realiza as reuniões, porém os profissionais não comparecem. É passado a palavra
para a defesa que questiona ao professor acusado quanto as provas de que ele nunca recebeu
orientação quanto ao PPP sobre o ensino prático, já que como há as reuniões na instituição é
esperado que ele já tenha tido o contato com o documento. A réu rebate que não há ata sobre
as reuniões e que ela foi contratada justamente pela dificuldade da instituição em encontrar
profissionais, além disso, acrescesse que no PPP não há as metodologias de ensino que devem
ser adotadas pelo educador no campo de estágio, bem como a relação professor-aluno nesse
âmbito. Constata ainda que há a dificuldade em oferecer acompanhamento contínuo aos
cuidados prestados pelos alunos, já que o número de discentes não está condizente com o que
é esperado pela lei para cada professor. A defesa traz ao júri que é responsabilidade do
educador em planejar as suas ações educativas e buscar garantir o ensino adequado, apesar
das dificuldades encontradas. O grupo ainda discuti sobre a acusação de que o educador não
estava cumprindo com a sua carga horária e que estava chegando tarde no campo de estágio,
atrapalhando o processo de ensino aprendizado dos discentes. O educador rebate a acusação
referindo que não possui contrato com a instituição e que ela não apresenta controle de
entrada e saída dos professores, além de não possuir comprovante eletrônico para confirmar o
seu atraso, tornando-se, portanto, uma acusação errônea. Refere ainda que a instituição não
oferece espaço para o professor articular a prática e teoria visando as diretrizes do SUS. O juiz
dá a pausa para que o júri discuta a sua decisão. Ás vinte e uma horas e trinta minutos o júri
retorna ao tribunal relatando que foi feita as considerações trazidas pela defesa e pela
promotoria e elenca alguns pontos sobre a discussão. A instituição deve se responsabilizar em
contratar o enfermeiro licenciado, bem como avaliar as suas ações no campo prático. Além
disso, o júri entende que o PPP não consegue abordar todos os aspectos do campo de estágio.
É proposto que os alunos do quinto ano realizar atividades de educação continuada para o
corpo docente. O juiz toma a palavra, declarando a instituição como culpada das acusações,
decretando a pena de dez mil reais para cada professor demitido e revisão da rescisão
contratual dos profissionais demitidos sem justa causa, para acréscimo de quarenta porcento
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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