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ESPECIAL ESA 2024 - HISTÓRIA

ASPECTOS ECONÔMICOS DA HISTÓRIA DO BRASIL

Prof. Marco Túlio

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PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)
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PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)
❑ Até 1530, a Coroa portuguesa manteria suas atenções voltadas para o comércio com as Índias.
- Não foi a integração automática do Brasil à economia de Portugal;

MONOPÓLIO
ESTANCO ESTATAL SOBRE A
SUA EXPLORAÇÃO

TROCAS
ESTRATIVISMO DO REALIZADAS ENTRE
ESCAMBO
PAU-BRASIL PORTUGUESES E
INDÍGENAS

DEPÓSITOS DE PAU-
FEITORIAS
BRASIL NO LITORAL

Detalhe do mapa “Terra Brasilis”, feito pelo português Lopo Homem, em 1519.
PERÍODO COLONIAL
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RAZÕES DO INÍCIO DA COLONIZAÇÃO DO BRASIL
DESCOBERTA DE
OURO E PRATA NA
AMÉRICA
ESPANHOLA

INVASÕES E
MOTIVAÇÕES DA ATAQUES DE
COLONIZAÇÃO EXPEDIÇÕES
ESTRANGEIRAS

DECLÍNIO DO
COMÉRCIO
ORIENTAL
EXPEDIÇÃO DE MARTIM AFONSO DE SOUZA (1530)
INTRODUÇÃO DA
CANA –DE-AÇÚCAR
(Engenho do Governador)

AFONSO DE SOUZA (1530)


EXPEDIÇÃO DE MARTIM
CRIAÇÃO DE SÃO VICENTE
INICIAR A COLONIZAÇÃO (1ª VILA) E SANTO ANDRÉ DA
TABORDA DO CAMPO

MAPEAR DOMÍNIOS DISTRIBUIÇÃO DAS


PORTUGUESES PRIMEIRAS SESMARIAS

PROCURAR METAIS
PRECIOSOS

MARCO INICIAL
EXPEDIÇÃO NA FOZ DO
DA COLONIZAÇÃO COMBATER INVASORES
PRATA
DO BRASIL
EMPRESA AÇUCAREIRA
PLANTATION
Latifúndio

Escravidão

Monocultura

Exportação Engenho, por Frans Post.


Acervo Artístico do Ministério das Relações Exteriores - Palácio Itamaraty

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EMPRESA AÇUCAREIRA
❑ Em 1530, as primeiras mudas chegaram oficialmente no Brasil na expedição de Martim Afonso
de Souza, criador do primeiro engenho (Engenho do Governador).

❑ Litoral Nordeste: principal região de produção açucareira


- Condições climáticas favoráveis e o solo massapê

❑ Enquanto portugueses prevaleciam na produção do açúcar, holandeses se envolveram no


transporte, refino e venda do produto no mercado europeu.

❑ O engenho é a unidade de produção açucareira. Somente proprietários muito ricos, chamados


de senhores de engenho, dispunham do maquinário necessário para a feitura do açúcar.

BRASIL COLÔNIA I – Prof. Marco Túlio


EXCLUSIVO METROPOLITANO (PACTO COLONIAL)
Era o único a fornecer manufaturas e equipamentos para

PORTUGAL BRASIL
(METRÓPOLE) (COLÔNIA)

Só poderia vender suas matérias-primas, produtos tropicais e metais preciosos para

BRASIL COLÔNIA I – Prof. Marco Túlio


UNIÃO IBÉRICA (1580-1640)

❑ Embargo Espanhol: a independência dos Países Baixos


não foi imediatamente aceita por Filipe II da Espanha, que
impôs um bloqueio econômico sobre o território.

❑ Com isso, produtores e comerciantes submetidos ao


domínio espanhol foram proibidos de comercializar com
os holandeses, o que incluía o Brasil.

❑ Para os holandeses, o embargo espanhol representava


um imenso prejuízo econômico, pois os afastava da
participação do negócio açucareiro.
CULTIVO DA MANDIOCA

PRODUÇÃO DE
AGUARDENTE E

COMPLEMENTARES
RAPADURA

ATIVIDADES
PECUÁRIA

CULTIVO DO ALGODÃO

CULTIVO DO TABACO

EXTRATIVISMO DAS
DROGAS DO SERTÃO
CULTIVO DA MANDIOCA

PRODUÇÃO DE
AGUARDENTE E
COMPLEMENTARES

RAPADURA
ATIVIDADES

PECUÁRIA

CULTIVO DO ALGODÃO

CULTIVO DO TABACO

EXTRATIVISMO DAS
DROGAS DO SERTÃO
PECUÁRIA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

PECUÁRIA
VOLTADA AO
MERCADO INTERNO

EXTENSIVA

USO DE MÃO DE
OBRA LIVRE

INTERIORIZAÇÃO
DA COLÔNIA
A MINERAÇÃO
❑ Criação da Intendência das Minas (1702)
→ Repartição das jazidas ouro em lotes, denominados de
datas.
→ Fiscalização da atividade mineradora;
→ Julgamento de casos relativos à exploração do ouro
→ Tributação pela exploração das jazidas

❑ Experiências de tributação:
→ Quinto: tributo que correspondia a um quinto (20%) de
qualquer quantidade extraída do metal.
→ Capitação, que cobrava dos mineradores um valor por
cada escravo utilizado na atividade mineradora. Lavagem do minério de ouro, proximidades da montanha
de Itacolomi, por Johann Moritz Rugendas, 1835.
MINERAÇÃO
REPARTIÇÃO DE

INTENDÊNCIA DAS
JAZIDAS

FISCALIZAÇÃO

MINAS APLICAÇÃO DA
JUSTIÇA
QUINTO
TRIBUTAÇÃO
CAPITAÇÃO
SOCIEDADE MINERADORA
❑ A atividade aurífera estimulou a formação de diversos núcleos urbanos nas áreas de exploração,
tais como Vila Rica de Ouro Preto e São-João Del-Rei
SOCIEDADE DO AÇÚCAR x SOCIEDADE DO OURO

SOCIEDADE DO AÇÚCAR SOCIEDADE DO OURO

Basicamente composta por senhores de engenho Mais diversificada, possui uma parte significativa
e escravizados. Poucos homens livres. de homens livres (camadas médias e setores
empobrecidos)

Base agrária Base urbana

Pouca mobilidade social Alguma mobilidade social


MINERAÇÃO EXPANSÃO
TERRITORIAL E
POPULACIONAL

DESLOCAMENTO DO
EIXO ECONÔMICO

CONSEQUÊNCIAS DA
SURGIMENTO DE

MINERAÇÃO
NÚCLEOS URBANOS

SOCIEDADE ESCRAVIDÃO É A MÃO DE OBRA


DIVERSIFICADA PREDOMINANTE NAS MINAS!

FORMAÇÃO DE UM
MERCADO INTERNO
ARTICULADO

TRANSFERÊNCIA DA
CAPITAL PARA O RIO
DE JANEIRO (1763)

REVOLTAS
COLONIAIS
PROCESSO DE INTEGRAÇÃO TERRITORIAL
TRATADO DE METHUEN (1703)

PORTUGAL INGLATERRA
VINHOS DO TECIDOS
PORTO SÃO BRITÂNICOS
EXPORTADOS SÃO
COM EXPORTADOS PREJUDICIAL PARA A
FACILIDADE COM ECONOMIA E INDÚSTRIA PORTUGUESAS
PARA FACILIDADE
PARA
ECONOMIA NO PERÍODO JOANINO
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FIM DO PACTO COLONIAL
❑ Em Salvador, D. João decretou A Abertura dos Portos às
Nações Amigas (leia-se Inglaterra).
→ Fim do exclusivo metropolitano (ou pacto colonial)
→ Beneficiou proprietários brasileiros e comerciantes ingleses

❑ Aprovação do Alvará de 1808


- Permitiu a instalação de manufaturas no Brasil
- Revogado o Alvará de 1785

❑ Criação do Banco do Brasil (1808)

LIBERDADE ECONÔMICA PARA O BRASIL


MEDIDAS ECONÔMICAS
❑ Tratado de Comércio e Navegação (1810), que
Já foi dito, e por um inglês, que tão ávida era
estabeleceu taxas alfandegárias de:
naquele tempo a exploração pela Inglaterra
- 15% sobre produtos ingleses vendidos no Brasil; dos mercados sul-americanos que tudo
- 16% sobre produtos portugueses comercializados na mandavam para o Brasil, pouco importando
Colônia que fossem ou não produtos adaptáveis ao
- 24% sobre produtos vindos de outras nacionalidades. clima ou próprios para as necessidades da
gente brasileira. Eram mandados em
“BRITANIZAÇÃO DA ECONOMIA” abundância para o Brasil tropical – agasalhos
de inverno, aquecedores, patins para gelo.
FREYRE, Gilberto. Interpretação do Brasil.
→ Apesar da liberdade econômica, a indústria brasileira não
se desenvolveu diante da política alfandegária que
beneficiava a entrada de produtos ingleses.

→ Inglaterra pressiona pelo fim do tráfico negreiro no Brasil.


MEDIDAS ECONÔMICAS

DEPENDÊNCIA
TAXAS FAVORÁVEIS AOS ECONôMICA DO BRASIL
PRODUTOS BRITÂNICOS EM RELAÇÃO À
INGLATERRA
TRATADO DE COMÉRCIO E
NAVEGAÇÃO (1810)

DIREITO À MEDIDA HUMILHANTE


EXTRATERRITORIALIDADE PARA PORTUGAL
MEDIDAS ECONÔMICAS

ABERTURA DOS PORTOS


ÀS NAÇÕES AMIGAS
LIBERDADE ECONÔMICA
(FIM DO PACTO COLONIAL)
PERÍODO JOANINO
ALVARÁ DE 1808
(MEDIDAS ECONÔMICAS)

TRATADOS DE 1810
ECONOMIA NO PRIMEIRO REINADO
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CRISE ECONÔMICA NO PRIMEIRO REINADO
❑ A Guerra da Cisplatina contribuiu para o agravamento de uma crise econômica do Império
brasileiro, pois o imperador havia recorrido a sucessivos empréstimos com bancos ingleses para
manter os efetivos militares no conflito.

❑ O imperador também havia emitido dinheiro desenfreadamente, o que contribuiu para


desvalorizar a moeda do país (réis) e aumentar a inflação.

❑ Em outubro de 1829, o governo decretou a falência do Banco do Brasil. Para as camadas


populares, o aumento do curso de vida poderia ser um indício da exploração dos comerciantes,
especialmente os portugueses.
ECONOMIA NO SEGUNDO REINADO
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O CAFÉ COMO EIXO ECONÔMICO
❑ Os primeiros grãos de café foram introduzidos no Brasil pelo tenente-coronel
Francisco de Melo Palheta, no atual estado do Pará, por volta de 1727.

❑ Pouco tempo depois o vegetal foi levado para o Rio de Janeiro, província onde
encontra condições climáticas favoráveis para sua rápida expansão, em especial
no Vale do Paraíba, que também abrange Minas Gerais e São Paulo.

❑ Já em 1830 o Brasil alcançava o posto de maior produtor mundial, desbancando


Cuba, Jamaica e o Haiti, seus principais concorrentes no período.

❑ Baseada no sistema de plantation, ou seja, na tríade monocultura, latifúndio e


escravidão, a produção de café nesta região chegou a representar 52,2 % das
exportações do país entre 1876 e 1880.
❑ Conforme o hábito de consumir café conquistava os paladares da Europa e
nos Estados Unidos, o cultivo do grão também se expandia para outras
regiões, em especial a do Oeste Paulista.

❑ Mais distante dos portos do Rio de Janeiro e de Santos (SP), os “barões do


café” paulistas julgaram necessário o aperfeiçoamento do transporte para
evitar o aumento do preço de seu produto. Com isso, ferrovias foram
instaladas no país a partir de 1854.

❑ A primeira delas, contando com 14 km de extensão, foi criada por Irineu


Evangelista de Souza, posteriormente conhecido pelos títulos de barão e
visconde de Mauá.

❑ Junto a outros poucos empreendedores, Mauá apostou na modernização


ERA MAUÁ da economia ao investir em áreas como o comércio, a indústria, as
companhias de navegação e em bancos.
Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2008. p. 43.
Lucros do
café

Surto Tarifa Alves


industrial Branco

Lei Eusébio
de Queirós
TARIFA ALVES BRANCO (1844)

❑ O ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, aprovou um


reajuste visando o aumento da arrecadação do Estado
brasileiro.

❑ Até então, o imposto cobrado sobre os importados era de 15%.


Com a nova política alfandegária, esta porcentagem subia para
30%, ou 60% nos casos em que o produto fosse semelhante a
outros produzidos no Brasil.

❑ Fim dos benefícios alfandegários concedidos aos ingleses;

❑ Efeito Protecionista → estimulou a indústria nacional


BILL ABERDEEN (1845)
❑ Lei inglesa que legalizava a captura de navios negreiros no
Atlântico pela Marinha britânica, bem como o julgamento
de seus capitães.

❑ Naquele momento, Cuba e Brasil eram os únicos países do


Ocidente a sustentarem o tráfico, o que aumentava a
pressão internacional para que a prática fosse banida.

❑ Aumento da pressão inglesa pelo fim do tráfico negreiro


- Tratados de 1810
- Reconhecimento da Independência
- Lei Feijó
LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS (1850)
❑ O investimento na estrutura interna do país pelos fazendeiros foi impulsionado pela aprovação da
Lei Eusébio de Queirós (1850), que foi eficaz na proibição do tráfico negreiro para o Brasil.

AUMENTO DO
TRÁFICO INTERNO

ENCARECIMENTO
LEI EUSÉBIO DE FIM DO TRÁFICO
QUEIRÓS DE ESCRAVIZADOS DO PREÇO DOS
CATIVOS

IMPULSO NO
SURTO
INDUSTRIAL
TRANSFORMAÇÕES NO TRABALHO
❑ Após 1850, com a dificuldade para obtenção de mão-de-obra
escrava, o esgotamento de terras cultiváveis na região e o
envelhecimento dos cafezais, a produção do Vale do Paraíba
entrou em declínio.

❑ Já no Oeste Paulista, a proibição do tráfico fez com que os


cafeicultores passassem a investir na substituição do trabalho
compulsório pela mão de obra livre, em especial a de imigrantes
vindos da Europa.

❑ Entrada de imigrantes considerada benéfica não somente para


suprir a demanda por trabalhadores, mas por ir ao encontro de
um ideal de embranquecimento em voga no período, inspirado
em teorias racistas.
TRANSFORMAÇÕES NO TRABALHO
❑ Em 1847, o senador Nicolau Vergueiro (1778-1859) introduziu o sistema de parcerias, modelo no
qual todos os custos das viagens e instalação dos imigrantes para o país eram financiados pelos
cafeicultores.

❑ Em troca, os recém-chegados deveriam trabalhar nas lavouras de café até ressarcirem seus
“parceiros” de seu investimento, com juros de 6% ao ano. Também se exigia que estes estrangeiros
adquirissem produtos dos armazéns das fazendas de café, que em geral possuíam preços mais
elevados que o dos centros urbanos.

❑ Situação análoga à escravidão. Os maus tratos impostos aos imigrantes geraram revoltas e fugas de
imigrantes em várias fazendas de São Paulo.

❑ Revolta de Ibicaba (1856)


TRANSFORMAÇÕES NO TRABALHO
❑ A partir o final da década de 1850 a imigração passou a ser subvencionada, ou seja, os
governos imperial e provinciais se encarregaram de financiar a viagem dos imigrantes para o
país.

❑ Imigrantes foram mantidos em São Paulo sob o regime de colonato, no qual cada família
recebia um pagamento proporcional aos pés de café entregues aos seus cuidados.

❑ Os colonos recebiam uma espécie de gratificação de acordo com a quantidade de café colhido.
SISTEMA DE TRABALHO ENTRE 1850 E 1888
SISTEMA DE

PREDOMINANTE NO VALE
TRABALHO

EM CRISE APÓS A LEI


ESCRAVIDÃO DO PARAÍBA E NO
EUSÉBIO DE QUEIRÓS
NORDESTE AÇUCAREIRO

SISTEMA DE PARCERIAS
TRABALHO LIVRE E PREDOMINANTE NO
IMIGRANTE OESTE PAULISTA
IMIGRAÇÃO
SUBVENCIONADA
LEI DE TERRAS (1850)
❑ Terras devolutas (desocupadas) eram consideradas pertencentes ao Estado, não podendo ser
adquiridas de outra maneira senão por meio de compra.

ACESSO À TERRA
ESTIMULA A
PARA GRANDES
CONCENTRAÇÃO
PROPRIETÁRIOS POR
FUNDIÁRIA
MEIO DE COMPRA
LEI DE TERRAS
DIFICULTA ACESSO À
TERRA AOS TORNAM-SE MÃO DE
IMIGRANTES E OBRA DISPONÍVEL
LIBERTOS
VALE DO PARAÍBA OESTE PAULISTA

Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo São Paulo


1ª zona de cultivo 2ª zona de cultivo (a partir de 1850)
Sistema plantation (monocultura, latifúndio e Fez uso do trabalho escravo, mas introduziu o
escravidão). Poucas inovações técnicas. trabalho imigrante. Investe na modernização da
produção.
Perfil aristocrata e tradicional. Perfil empresarial e dinâmico.

Entra em decadência ao final do século XIX. Torna-se o principal produtor na década de 1880.
Solo erodido, cafezais envelhecidos e território Solo fértil (terra roxa), disponibilidade de terras.
limitado.
Base de sustentação da monarquia, juntamente Pouca representação na política nacional,
com senhores de engenho do Nordeste. defende maior autonomia (federalismo) e a
República.
ECONOMIA NA 1ª REPÚBLICA
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ENCILHAMENTO NO GOVERNO DEODORO

CONDUZIDA PELO MINISTRO RUI BARBOSA

BUSCOU ESTIMULAR A INDUSTRIALIZAÇÃO A


PARTIR DA EMISSÃO DE CRÉDITO E PAPEL-
MOEDA.

EMPRESAS-FANTASMAS FORAM CRIADAS


Caricatura de Pereira Neto representando a política de
PARA TEREM ACESSO AOS RECURSOS.
ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA AUMENTOU.
"encilhamento". Revista Ilustrada, n. 609, 1890.

GRAVE CRISE INFLACIONÁRIA. NÃO


IMPULSIONOU A INDUSTRIALIZAÇÃO.
MEDIDAS ECONÔMICAS DO GOVERNO FLORIANO
❑ Diminuição do valor dos aluguéis das habitações populares;

❑ Estímulo à construção de moradias populares;

❑ Suspensão do imposto sobre a carne vendida no varejo, o


que diminuiu o valor do produto;

❑ Liberação de uma linha de crédito no Banco do Brasil, a fim


de estimular a industrialização;

❑ Revisão das leis alfandegárias, com o intuito de adotar uma


política protecionista no país.
Na charge de Agostini, Floriano Peixoto é representado como uma
esfinge que zela pela contenção de gastos, mas é incapaz de conter a
corrupção com os recursos públicos.
FUNDING LOAN NO GOVERNO CAMPOS SALES
❑ Para sanar as finanças públicas, o presidente designou como Ministro da Fazenda Joaquim Murtinho.

❑ Concessão de um empréstimo de 10 milhões de libras esterlinas ao Brasil, com o intuito de pagar,


nos próximos três anos, os juros da dívida externa do país;

❑ Estabelecimento de um prazo de dez anos para o pagamento da nova dívida contraída com os bancos
ingleses, após os três anos iniciais.

❑ Penhora de toda a receita da alfândega do Rio de Janeiro, da Estrada de Ferro Central do Brasil e do
serviço de abastecimento de água do Rio de Janeiro. Tratava-se de uma garantia de que os bancos
credores receberiam o valor do empréstimo caso o governo não cumprisse o acordo inicial.

❑ Combater a inflação, com o intuito de estabilizar a economia nacional.


CONVÊNIO DE TAUBATÉ (1906)
❑ Café continua a ser o eixo econômico do Brasil.

❑ Cafeicultores enfrentavam o problema da superprodução


(oferta > demanda)

❑ Convênio de Taubaté → política de valorização do café.


- Reunião entre os governadores dos estados de São Paulo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro.
- Governos deveriam comprar parte da produção e evitar
novos plantios.
- “Socialização das perdas”
TRANSFORMAÇÕES DA DÉCADA DE 1920
❑ A década de 1920 é um período de grandes transformações no Brasil. O país continuava o
processo de industrialização promovida pelos lucros do café, que ganham novo impulso
com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

❑ Como o conflito fez com que as economias europeias voltassem sua produção para a
indústria bélica, o Brasil se viu privado de vários produtos exportados do continente.

❑ Com isso, novos ramos na indústria surgem para suprimir a demanda interna por esses
produtos, processo chamado por muitos historiadores de substituição de importações.

❑ O café continuava a ser o eixo das políticas econômicas conduzidas pelo governo federal, o
que não deixou de gerar certos atritos entre a oligarquia cafeeira e a burguesia industrial.
ECONOMIA NA ERA VARGAS
Prof. Marco Túlio

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GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)
❑ Diminuição da autonomia econômica dos estados
- política cafeeira gerida pelo Conselho Nacional do Café (1933)
- Realizou a compra, estocagem e queima de toneladas de café.

❑ Permitida a reativação dos sindicatos e a formação de novos.

❑ Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (1930)


- Estado como mediador das relações entre empregadores e empregados
ECONOMIA NO ESTADO NOVO
❑ Vargas barganhou seu apoio aos norte-americanos na Segunda Guerra a
partir de um financiamento de 20 milhões de dólares para a construção de
uma usina siderúrgica em Volta Redonda.

❑ Desde sua ascensão, em 1930, Vargas iniciou a uma política econômica


pautada no intervencionismo, demonstrando grande interesse em iniciar
um projeto de industrialização do país conduzido pelo Estado.

❑ Para garantir seu controle da nova usina, foi criado em abril de 1941 a
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), sociedade de economia mista na
qual o Estado mantinha a maior parte das ações.
ÓRGÃOS CRIADOS NO ESTADO NOVO
Carteira de Crédito
Agrícola e Industrial

PELO ESTADO NOVO


ÓRGÃOS CRIADOS
Conselho Técnico de
Economia e Finanças

Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística

Conselho Nacional do
Petróleo

Conselho Nacional de
Águas e Energia
Elétrica
INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA PESADA
COMPANHIA

INDÚSTRIA DE BASE NA
SIDERÚRGICA NACIONAL

COMPANHIA VALE DO RIO

ERA VARGAS
DOCE

FÁBRICA NACIONAL DE
MOTORES

FÁBRICA NACIONAL DE
ÁLCALIS

COMPANHIA
HIDRELÉTRICA DO VALE
DO SÃO FRANCISCO
ECONOMIA NO PERÍODO DEMOCRÁTICO
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PLANOS E MEDIDAS ECONÔMICAS (1946-1964)
GOVERNO (DURAÇÃO) PLANO CARACTERÍSTICAS
ECONÔMICO

Eurico Dutra (1946-1950) Plano Salte -

- ▪ Medidas Nacionalistas: Criação da Petrobras e do BNDE; Tentativa de criação da Eletrobras


2º Getúlio Vargas (1951-1954) e da Lei de Remessa de Lucros.
▪ Medidas sociais: reajuste do salário-mínimo (100%).
Café Filho (1954-1955) - ▪ Retomada do liberalismo: fomentou a recessão econômica.
▪ Instrução nº 113 da Sumoc: tentativa de incentivar a industrialização

▪ Desenvolvimentismo (aceleração da indústria/crescimento econômico)/


▪ Construção de usinas hidrelétricas, implantação da indústria automobilística, ampliação da
extração de petróleo e construção de rodovias.
Juscelino Kubitschek (1956-1960) Plano de Metas ▪ Construção de Brasília: símbolo da interiorização e modernização.
▪ Ênfase na indústria de bens de consumo
▪ Efeitos colaterais: aumento da dívida externa e da inflação; baixos salários; aumento da
desigualdade regional e do êxodo rural.
▪ Sudene: tentativa de solucionar o problema da seca e da concentração fundiária no NE.
Jânio Quadros - ▪ Retomou a cartilha do FMI: redução do valor do cruzeiro/medidas ortodoxas.

João Goulart Plano Trienal ▪ Tentou a implementação da reforma agrária e das demais reformas de base.
▪ Período de aumento da inflação.
SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954)
CRIAÇÃO DA
PETROBRAS

FUNDAÇÃO DO
BNDE
MEDIDAS
NACIONALISTAS
TENTATIVA DE
CRIAÇÃO DA
ELETROBRAS
SEGUNDO
GOVERNO TENTATIVA DE
VARGAS CRIAÇÃO DA LEI
DE REMESSA DE
LUCROS

REAJUSTE DO
MEDIDAS SOCIAIS
SALÁRIO-MÍNIMO
SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954)
NACIONALISTAS LIBERAIS
Grupo composto por políticos do PTB, comunistas, Grupo composto por políticos da UDN, setores do
setores do Exército e estudantes. Exército antivarguistas e empresários ligados ao
capital internacional
Defendem que a Petrobras garanta o monopólio do Defendem a participação de empresas privadas
Estado na exploração, refino e distribuição do nacionais e internacionais na exploração e
petróleo. distribuição do petróleo.
Defesa do desenvolvimento econômico do país com Defesa de abertura da economia para o capital externo,
uso limitado de capital externo. Também julgam com pouca intervenção do Estado na atividade
importantes algumas medidas sociais. econômica.

Chamados de “getulistas” pelos adversários Chamados de “entreguistas” pelos adversários.


SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954)
❑ Em 1951, Vargas encaminha para o Congresso o projeto de criação
da Petróleo Brasileiro S.A., a Petrobras, empresa mista público-
privada que se encarregaria da exploração do subsolo brasileiro.

❑ O assunto gerou ampla repercussão na imprensa e nas ruas, boa


parte favorável a criação da empresa.

❑ Com um tom nacionalista, políticos, universitários, militares e


trabalhadores integraram comícios nas capitais de todo o país em
defesa da criação da empresa, protagonizando um movimento
conhecido como campanha do Petróleo, que tinha como slogan: “O
petróleo é nosso!”.
OUTRAS MEDIDAS NACIONALISTAS
❑ Fundação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), voltado à
concessão de crédito à indústria nacional.

❑ Tentativa de criação da Eletrobrás (geração e distribuição de energia)


- Criada somente em 1962, durante o governo Jango.

❑ Lei de Lucros Extraordinários, que limitaria em 8% o envio de lucros para o exterior


por multinacionais instaladas no Brasil.
- Barrada no Congresso Nacional.
GOVERNO CAFÉ FILHO (1954-1955)
▪ Retomada de medidas liberais
- Buscava combater a inflação, mas gerou uma forte recessão
econômica.

▪ Instrução nº 113 da Sumoc (Superintendência da Moeda e


do Crédito): facilitar a compra de maquinário
- Buscava incentivar a industrialização
GOVERNO KUBITSCHEK (1956-1960)
❑ Lema: fazer o país crescer “50 anos em 5

❑ Desenvolvimentismo: rápida industrialização do país.

❑ Plano de Metas, subdivido em cinco áreas a serem


desenvolvidas por meio de investimentos do Estado e
de capital privado nacional e externo: energia,
transportes, indústria de base, educação e
alimentação.
O governo Kubitschek (1956-1960)

GOVERNO JK

PLANO DE METAS
(DESENVOLVIMENTISMO)

CONSTRUÇÃO DE INDÚSTRIA DE BENS


BRASÍLIA DURÁVEIS
GOVERNO KUBITSCHEK (1956-1960)
❑ construção de usinas hidrelétricas – foram construídas a hidrelétrica de Furnas (no
Rio Grande), que na época se tornou a maior do Brasil, e a de Três Marias (no Rio São
Francisco) – as duas no estado de Minas Gerais;

❑ implantação da indústria automobilística – novas fábricas, produziram mais de 300


mil veículos por ano, com 90% das peças fabricadas no Brasil;

❑ ampliação da extração de petróleo – que cresceu mais de 150% no período;

❑ construção de rodovias – cerca de 20 mil quilômetros de rodovias foram construídos,


entre elas a Belém-Brasília (COTRIM, 2016, p. 761).
GOVERNO KUBITSCHEK (1956-1960)
❑ Desde a Revolução de 1930, o Brasil adotava o modelo de substituição de
importações, isto é, privilegiava o desenvolvimento da indústria para
abastecer o mercado interno.

❑ Essa característica foi mantida pelo governo JK, embora com maior ênfase na
indústria de bens de consumo – ou seja, aqueles que são vendidos
diretamente para os consumidores –, em especial a de bens duráveis, como a
automobilística e a de eletrodomésticos.

❑ Novos padrões de consumo para as camadas médias.


GETÚLIO VARGAS X JK
GETÚLIO VARGAS: NACIONALISMO JK: DESENVOLVIMENTISMO

Intervencionismo estatal na indústria de Estado associado ao capital privado


base e em outros setores estratégicos nacional e internacional, com o intuito de
(energia, comunicações e transportes). acelerar a industrialização.

Propõe a restrição da entrada de capital Busca atrair o capital externo, concedendo


estrangeiro, bem como a limitação de facilidades às multinacionais para importar
remessa de lucros para o exterior. maquinário e isenção de impostos.

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História 3060º: sociedade e cidadania. São Paulo: FTD, 2017. p. 804
GOVERNO KUBITSCHEK (1956-1960)
▪ Recursos direcionados para a construção de Brasília, a nova
capital federal: "meta-síntese"

▪ Cidade totalmente planejada no estilo modernista de Oscar


Niemeyer e Lúcio Costa, erguida em tempo recorde em uma
porção tomada do estado de Goiás, que se torna o Distrito
Federal.

▪ O local escolhido não contava com uma população significativa,


por isso milhares de trabalhadores de regiões do Nordeste, Goiás
e do norte de Minas Gerais foram empregados para a construção
da cidade, chamados de “candangos”.

▪ Símbolo da interiorização e modernização do país.


CONTRADIÇÕES DO GOVERNO JK

CONTRADIÇÕES DO
AUMENTO DA DÍVIDA

PLANO DE METAS
EXTERNA

INFLAÇÃO E BAIXOS
SALÁRIOS

AUMENTO DA
DESIGUALDADE
REGIONAL

META DE FAMINTO ÊXODO RURAL


JK— Você agora tem automóvel brasileiro, para
correr em estradas pavimentadas com
asfalto brasileiro, com gasolina brasileira.
Que mais quer?
Jeca — Um prato de feijão brasileiro, seu Doutô!
(Théo. In: Renato Lemos (org). Uma história do Brasil através da caricatura, 2006.)
SUDENE E AS LIGAS CAMPONESAS
❑ Para impulsionar o desenvolvimento do Nordeste, o governo criou em 1959 a Superintendência
de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

❑ Uma grave seca ocorrida na região um ano antes provocou uma série de mortes e migrações,
levando o governo federal a intervir com a criação do órgão, comemorada por políticos, clérigos
e homens de negócios locais – entre eles Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas.

❑ Desde 1955, as Ligas Camponesas passaram a ser organizadas com influência de membros do
Partido Comunista Brasileiro (PCB), objetivando pressionar o poder público para que fossem
implementadas melhorias na qualidade de vida da região e realizada uma reforma agrária.

❑ A Sudene, no entanto, não obtém êxito em seu objetivo de desenvolver a região, que continuaria
a ser local de considerável miséria e concentração fundiária.
GOVERNO JÂNIO QUADROS (1961)
❑ Na economia, Jânio seguiu a cartilha do FMI para conter a inflação do
governo anterior, mas que impunha sacrifícios tanto aos trabalhadores
quanto empresários, afinal o valor do cruzeiro era reduzido em 100%.

❑ O presidente também buscou adotar uma Política Externa


Independente (PEI), que pregava a autonomia do Brasil diante da
Guerra Fria, dialogando com outros países do chamado “terceiro
mundo”.

❑ Acuado, o presidente toma uma atitude extrema: em 25 de agosto, Dia


do Soldado, entrega sua carta de renúncia ao Congresso, alegando ser
motivado por “forças terríveis”.
GOVERNO JOÃO GOULART (1961-1964)
❑ Após o restabelecimento dos poderes constitucionais da presidência da República com o
plebiscito de 1963, João Goulart encaminha ao Congresso Nacional um projeto de
reforma agrária, uma das bases de seu Plano Trienal.

❑ Os parlamentares aprovam a criação do Estatuto do Trabalhador Rural, que concedia ao


campo os mesmos direitos trabalhistas já existentes na zona urbana, ao mesmo tempo
em que permitia a criação de organizações sindicais rurais.

❑ Contudo, a maneira como seria realizada a indenização de terras expropriadas pelo


Estado é tópico de divergências entre os partidos.
REFORMAS DE BASE
❑ Conjunto de reformas:
- a agrária, para distribuir a terra e extinguir os latifúndios do país;
- a urbana, para minar a especulação imobiliária e o crescimento desordenado das cidades;
- a eleitoral, para conceder o direito de voto a soldados e analfabetos, além de legalizar o
Partido Comunista;
- a bancária, a partir da criação do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central;
- a do estatuto do capital estrangeiro, que regulava a remessa de lucros para o exterior;
- a universitária, para o aprimoramento do ensino e pesquisa no país.

❑ Apoio do PTB, dos sindicados, dos comunistas e de alguns nacionalistas, que pressionam
para que as reformas sejam feitas “na lei ou na marra”.
ECONOMIA NO REGIME MILITAR
Prof. Marco Túlio

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GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)
❑ Abertura da economia ao capital externo

❑ PLANO DE AÇÃO ECONÔMICA DO GOVERNO (PAEG)


- Criado pelos ministros Roberto Campos e Otávio de
Bulhões
- favorecimento do capital estrangeiro
- corte de empréstimos
- redução dos salários.

❑ Criação do CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN)


- Política da moeda e do crédito.

❑ Alinhamento aos EUA na Guerra Fria


- Rompeu relações com Cuba
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)
MEDIDAS SOCIAIS

Banco Nacional de ▪ Política destinada à aquisição da casa própria.


Habitação (BNH) ▪ Ampliar as oportunidades de emprego e dinamizar o
setor da construção civil.
Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço ▪ Garantia certa proteção aos assalariados demitidos sem
(FGTS) justa causa, independentemente do tempo de serviço.

Instituto Nacional de ▪ Unificou o sistema previdenciário, exceto para


Previdência Social
(INPS) funcionários públicos civis e militares.

▪ Disciplinou o uso da terra e definiu os conceitos de


Estatuto da Terra reforma agrária e módulo rural.
GOVERNO MÉDICI (1969-1974)
❑ “MILAGRE BRASILEIRO”

❑ O período que se inicia no final do governo Costa e Silva, em 1968, e se estende até o ano de 1973, o PIB
real subiu à taxa média de 11,2%.

❑ As indústrias automobilística e de eletroeletrônicos, bem como a construção civil, apresentaram taxas de


crescimento superiores a 20% ao ano.

❑ As exportações tiveram aumentos de 32% ao ano.

❑ Verificou-se no período o surgimento de uma indústria petroquímica, da indústria de telecomunicações, a


expansão das rodovias e do complexo hidrelétrico, o desenvolvimento do sistema bancário e o aumento
da produção agrícola.

❑ I Plano Nacional de Desenvolvimento (PNDI) - Antônio Delfim Netto


GOVERNO MÉDICI (1969-1974)
FUNDO DE ASSISTÊNCIA
AO TRABALHADOR

GOVERNO MÉDICI
RURAL (FUNRURAL)

PROTERRA

PLANO NACIONAL DE
HABITAÇÃO POPULAR

PONTE RIO-NITERÓI

TRANSAMAZÔNICA
INGRESSO DE
CAPITAL
ESTRANGEIRO

INVESTIMENTOS
EMPRÉSTIMOS
DIRETOS

EMPRESAS Atraídas por:


EMPRESAS EMPRESAS
PRIVADAS
ESTATAIS
NACIONAIS MULTINACIONAIS ▪ Infraestrutura
▪ Baixos Salários

BENS DE BENS DE
SETORES
CONSUMO NÃO CONSUMO
“ESTRATÉGICOS”
DURÁVEIS DURÁVEIS

▪ Comunicações
▪ Mineração
▪ Siderurgia
GOVERNO MÉDICI (1969-1974)
❑ Convertido a um imenso canteiro de obras, o Brasil foi tomado
por uma onda de euforia desenvolvimentista.

❑ Para muitos, era a concretização do seu destino de potência


mundial;

❑ Assessoria Especial de Relações Públicas (Aerp), agência de


propaganda criada para difundir o otimismo entre os
brasileiros.

❑ Pra frente, Brasil. Ninguém segura este país. O futuro chegou.


Brasil, terra de oportunidades. Brasil, potência emergente.
Brasil: ame-o ou deixe-o.
A POLÍTICA ECONÔMICA DO GOVERNO GEISEL
❑ II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND)

❑ Programa Nacional do Álcool (Proálcool): para


substituir a gasolina, combustível derivado do petróleo,
o governo estimulou a produção de álcool no Brasil.

❑ Programa Nuclear Brasileiro: estimulado a partir de


1975, quando o Brasil assinou um acordo com a
Alemanha Ocidental (Acordo Nuclear Brasil-Alemanha)
para que fosse instalada uma usina de enriquecimento
de urânio no país, além de centrais termelétricas.
ECONOMIA NA NOVA REPÚBLICA
Prof. Marco Túlio

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PLANO CRUZADO

❑ No momento em que Sarney assumiu a presidência, a


inflação chegou a 10%. O aumento dos preços era
alarmante, afetando sobretudo a população mais pobre.

❑ Era comum entre os trabalhadores o hábito de se dirigir


rapidamente aos mercados em dia de pagamento, pois era
certo que os preços sofreriam um reajuste no dia seguinte.

❑ Para reverter este cenário, o governo criou o Plano Cruzado


PLANO CRUZADO

PLANO CRUZADO
CONGELAMENTO DE PREÇOS E
MERCADORIAS

EXTINÇÃO DO CRUZEIRO E
CRIAÇÃO DO CRUZADO

FIM DA CORREÇÃO MONETÁRIA

CONGELAMENTO DOS SALÁRIOS,


REAJUSTADOS SEMPRE QUE A
INFLAÇÃO ATINGISSE 20%
(GATILHO SALARIAL)
PLANO CRUZADO
❑ O Plano Cruzado trouxe mudanças positivas. A inflação e os índices de
desemprego diminuíram, ao passo que o consumo aumentou.

❑ Algumas pessoas passaram a se identificar como “fiscais do Sarney”,


inspecionando preços das mercadorias nos estabelecimentos comerciais.

❑ Quando se deparavam com valores incompatíveis com os estipulados pela


Superintendência de Abastecimento e Preços (Sunab), a polícia era acionada
para efetuar a prisão do dono ou do gerente do mercado.

❑ Com isso, ao longo de 30 dias após a criação do Plano, 6 mil lojas foram
autuadas após serem denunciadas para a Sunab.
O PLANO CRUZADO
❑ Quatro meses após seu lançamento, as estratégias do Plano Cruzado
começaram a perder força.
- Explosão do consumo, algumas mercadorias começaram a desaparecer das
prateleiras, seja pela incapacidade de suprir à demanda, seja pelo boicote de
produtores.

❑ O congelamento dos preços dos preços foi dobrado por comerciantes com o
ágio.

❑ O consumo desenfreado levou a produção nacional a se voltar para o


mercado interno e diminuir as exportações.

❑ Isso diminuiu a capacidade do Brasil de pagar sua dívida externa, o que levou
o ministro da Fazenda, Dílson Funaro, a declarar a moratória (suspensão do
pagamento dos juros da dívida externa).
❑ Sarney manteve os preços congelados até novembro, tendo em vista as eleições gerais.

❑ Seu partido o PMDB, obteve larga vitória, conquistando 22 dos 23 governos estaduais 38 das 49
cadeiras do Senado e 260 das 487 cadeiras da Câmara dos Deputados. Passada a eleição, o
presidente anunciou o Plano Cruzado II, pautado nos seguintes pontos:
- liberação de alguns produtos do congelamento;
- elevação de 80% nos preços dos automóveis;
- aumento das tarifas de energia elétrica, telefone e correio;
- aumento de impostos sobre cigarros e bebidas.

❑ Não demorou muito para que o novo plano desse sinais de fracasso. A inflação saltou de 6,37%,
em agosto de 1986, para 14,4%, em maio de 1987.

❑ Sob a acusação de que teria sido promovido “estelionato eleitoral” com o plano econômico, a
popularidade de Sarney começou a despencar.
PLANO BRESSER
❑ Em 29 de abril de 1987, Bresser Pereira assumiu a pasta
da Fazenda.

❑ Para reverter o crescimento da inflação, criou um novo


plano econômico, o Plano Bresser, que congelou os
preços por dois meses, aumentou as tarifas e impostos
e extinguiu o gatilho salarial.

❑ O governo retomou negociações com o FMI,


suspendendo a moratória para honrar seus
compromissos.

❑ Contudo, a inflação de 1987 foi de 366%, levando à


demissão do novo ministro.
“ARROZ COM FEIJÃO” E PLANO VERÃO

❑ O sucessor de Bresser, Maílson da Nóbrega, não buscou a implementação


de nenhum plano econômico ousado.

POLÍTICA DO “ARROZ COM FEIJÃO”

❑ A política econômica conduzida pelo ministro foi baseada na abertura da


economia para o capital externo, no corte de gastos e na privatização de
estatais
- Corrosão do salário mínimo e o declínio da produção e do consumo.

❑ Plano Verão
- Introduziu o “cruzado novo”
- Congelamento de preços e contenção de gastos.
- Inflação continuou a subir.
PLANOS ECONÔMICOS DO GOVERNO SARNEY

• Dílson Funaro
• Bresser
• Criação do • Maílson da • Maílson da
Pereira
Cruzado ARROZ Nóbrega PLANO Nóbrega
PLANO PLANO • Extinção do
• Gatilho COM • Corte de • Criação do
CRUZADO
salarial e
BRESSER gatilho e FEIJÃO gastos e VERÃO “cruzado
suspensão da
congelamento privatizações. novo”.
moratória.
de preços.
GOVERNO COLLOR: MEDIDAS ECONÔMICAS
❑ Discurso neoliberal:
- Defendia a diminuição do papel do Estado na economia, a defesa do
livre mercado, as privatizações e a abertura para as importações.

❑ Plano Collor: tentativa de combate da hiperinflação


- Extinção do Cruzado e reintrodução do Cruzeiro
- Congelamento de preços;
- Livre negociação de salários;
- Bloqueio, por 18 meses, de contas, cadernetas de poupança e
aplicações financeiras nos bancos (confiscou 80% do dinheiro que
circulava no país).

❑ Hiperinflação permaneceu
GOVERNO ITAMAR E O PLANO REAL
❑ Após apostar em três nomes para conduzir a Fazenda, Itamar Franco
convidou o então Ministro das Relações Exteriores, Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), a assumir a pasta.

❑ O plano de estabilização da economia adotou as seguintes medidas:


- Contenção de gastos públicos
- Privatização de empresas estatais;
- Criação da Unidade Real de Valor (URV), usada para fazer a transição do
cruzeiro para o real
- Equiparação do real ao dólar;
- Grande elevação do juro para atrair investidores externos e manter a
paridade dólar-real.
GOVERNO FHC
❑ Após tomar posse como presidente, FHC buscou assegurar a estabilidade econômica conquistada
pelo país com a implantação de uma reforma de Estado, baseada na ideia de que suas despesas
deveriam ser cortadas e sua participação na economia diminuída.

❑ Para isso, bancos estaduais foram extintos ou privatizados, o Estado deixou de ter o monopólio
sobre o petróleo e as telecomunicações, o país se abriu para o capital externo, e empresas estatais
foram privatizadas, incluindo a Eletrobras, a Usiminas e a Vale do Rio Doce.

❑ O pacote de privatizações esperava atrair o capital estrangeiro para o país, o que dinamizaria a
economia e aumentaria a arrecadação do Estado para quitar parte de duas dívidas interna e
externa.

❑ Contudo, devido a continuidade de uma política de juros altos e o número de importações


superando as exportações, as dívidas do país se avolumaram. A implantação do que muitos
consideraram uma agenda neoliberal fez com que FHC fosse acusado por seus críticos de dilapidar
o patrimônio público em favor de interesses externos.
VOLTAR O ESTADO ÀS
POLÍTICAS SOCIAIS

ARGUMENTOS ATRAÇÃO DE CAPITAL


FAVORÁVEIS EXTRANGEIRO

DINHEIRO ARRECADADO
SERIA UTILIZADO PARA O
PAGAMENTO DAS
PRIVATIZAÇÕES DO DÍVIDAS INTERNA E
GOVERNO FHC EXTERNA

VENDA DO PATRIMÔNIO
PÚBLICO A PREÇOS
BAIXOS

ARGUMENTOS
CONTRÁRIOS

AS DÍVIDAS INTERNA E
EXTERNA CONTINUARAM
A SUBIR
FINAL DA ERA FHC CRISE DE
FORNECIMENTO
DE ENERGIA
ELÉTRICA

CRESCIMENTO
DAS DÍVIDAS
INTERNA E
EXTERNA
DESGASTE DO
GOVERNO FHC
RETORNO DA
PRESSÃO
INFLACIONÁRIA

ELEVADOS
ÍNDICES DE
DESEMPREGO E
POBREZA
GOVERNO LULA
❑ Foram obtidos os seguintes resultados:
- Controle da Inflação
- Crescimento do PIB e das exportações brasileiras;
- Ligeira queda dos índices de desemprego.

❑ Bolsa Família: programa de distribuição de renda que beneficiou cerca de 11 milhões de famílias
desde 2003, era encarado como um dos grandes trunfos de seu governo.

❑ Diminuição da concentração de renda


- Programas sociais (Fome Zero, Bolsa Família etc)
- Aumento do salário mínimo
- Avanços na educação
- Redução da desigualdade no mercado de trabalho

❑ “Lulismo”: discurso social e políticas assistencialistas fizeram com que o presidente estabelecesse um
diálogo direto com a população carente, colocando-o acima das disputas partidárias.
SEGUNDO MANDATO (2006-2010)
❑ Reeleito em 2006 com 60,83% dos votos válidos,
vencendo o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin
(PSDB), que ficou com 39,17% dos votos válidos.

❑ Crise financeira internacional de 2008


- Queda nas exportações e fechamento de postos de
trabalho.
- Elevação do consumo, crescimento econômico e reserva
cambial amenizaram seus efeitos no país.

❑ Manteve elevados índices de aprovação popular (80%)


BALANÇO FINAL
AUSÊNCIA DE
INVESTIMENTOS EM
INFRAESTRUTURA

SUCATEAMENTO DO
APARATO POLICIAL
ASPECTOS DOS
GOVERNOS LULA
DIMINUIÇÃO DA
CONCENTRAÇÃO DE
RENDA

CONTROLE DA
INFLAÇÃO E
EXPANSÃO DAS
EXPORTAÇÕES
GOVERNO DILMA
❑ Fortalecimento dos programas sociais sustentados pelo governo anterior:
- Expansão dos domicílios com luz elétrica
- Redução do analfabetismo
- Aumento do acesso ao ensino universitário.
- Expansão do Bolsa Família e a condução de outros programas sociais,
houve uma redução da pobreza extrema no país (de 19 milhões, em 2002,
para 3,4 milhões, em 2013).

❑ 2013: Onda de protestos contra o aumento das tarifas dos transportes


- Críticas à corrupção e os gastos com a Copa do Mundo de 2014

❑ 2014: Apesar de ter sua popularidade afetada pelos movimentos, Dilma


conseguiu a reeleição.
CRISE POLÍTICA E O IMPEACHMENT
❑ O segundo governo Dilma apresentou índices econômicos distintos do anterior:
- aumento da taxa de desemprego, que atingiu 10,9% da população economicamente ativa;
- aumento da inflação, que alcançou 10,7% (o maior resultado desde 2002);
- queda do PIB para 3,8% em 2015, a maior desde 1996.

❑ Oposições se mobilizaram para promover o seu impeachment, alegando o cometimento do


crime de responsabilidade fiscal ("pedaladas fiscais“).

❑ Operação Lava-Jato: investigadas denúncias de pagamento de propina envolvendo


empreiteiros, políticos e diretores na Petrobras.
ECONOMIA NA NOVA REPÚBLICA
GOVERNO PLANO CARACTERÍSTICAS
(DURAÇÃO) ECONÔMICO

Plano Cruzado ▪ Congelamento de preços e mercadorias;


▪ Extinção do cruzeiro e criação do cruzado;
Governo Sarney ▪ Fim da correção monetária;
▪ Congelamento de salários, reajustados a partir do “gatilho salarial”
Plano Bresser -

Plano Verão -

Plano Collor ▪ Extinção do Cruzado e reintrodução do Cruzeiro


Governo Collor ▪ Congelamento de preços;
▪ Livre negociação de salários;
▪ Bloqueio, por 18 meses, de contas, cadernetas de poupança e aplicações financeiras nos
bancos (confiscou 80% do dinheiro que circulava no país).
▪ Discurso neoliberal: defesa de privatizações
Governo Itamar Plano Real ▪ Contenção de gastos públicos
▪ Privatização de empresas estatais;
▪ Criação da Unidade Real de Valor (URV), usada para fazer a transição do cruzeiro para o real
▪ Equiparação do real ao dólar;
▪ Grande elevação do juro para atrair investidores externos e manter a paridade dólar-real.
ECONOMIA NA NOVA REPÚBLICA
GOVERNO PLANO CARACTERÍSTICAS
(DURAÇÃO) ECONÔMICO

▪ Neoliberalismo: amplo programa de privatizações


Governos FHC ▪ Manutenção da paridade dólar/real a partir de juros elevados.
▪ Crescimento das dívidas externa e interna
▪ O "apagão" energético de 2001
▪ A manutenção de elevados índices de desemprego e da pobreza
- ▪ Controle da Inflação
▪ Crescimento do PIB e das exportações brasileiras;
▪ Ligeira queda dos índices de desemprego.
Governos Lula ▪ Diminuição da concentração de renda
▪ Programas sociais (Fome Zero, Bolsa Família etc)
▪ Aumento do salário mínimo
▪ Avanços na educação
▪ Redução da desigualdade no mercado de trabalho
▪ Crise financeira internacional de 2008: queda nas exportações
Governos Dilma ▪ Fortalecimento dos programas sociais sustentados pelo governo anterior:
▪ Expansão do Bolsa Família e a condução de outros programas sociais: redução da pobreza extrema
▪ 2013: Críticas à corrupção e os gastos com a Copa do Mundo de 2014
▪ aumento da taxa de desemprego e da inflação; queda do PIB
OBRIGADO!
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