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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DO MÉDIO ARAGUAIA DOM PEDRO


CASALDÁLIGA
FACULDADE MULTIDISCIPLINAR DO MÉDIO ARAGUAIA
DISCIPLINA: BOVINOCULTURA DE CORTE
Profª. Msc. Flabiele Soares da Silva
Data: 12/11/2022

Nome: Kelly Layne Dantas Souza

ESTUDO DIRIGIDO - A1: 10 pontos


Os estudos dirigidos serão avaliados pelos critérios de: interpretação dos conteúdos
abordados em sala de aula, opinião crítica sobre o assunto, clareza nas respostas,
capacidade de síntese e de integração de fatores.

Sejam sucintos e claros, porém se munam de dados, fatos e argumentos

1. Na sua opinião, estamos em que fase do ciclo pecuário na atualidade? Justifique. (1


ponto)

R= Do início do ano para os dias de hoje o ciclo pecuário passou do ciclo da arroba do
boi gordo em alta para baixa. A pecuária de corte é uma atividade influenciada por
comportamentos sazonais que geram respostas no preço da arroba, ou seja, o ciclo
pecuário nada mais é, do que o ciclo de preços que sobem ou caem de acordo com a
inflação, os custos de produção, etc. Sendo a oscilação de preços reais do valor da arroba
do boi gordo oscilando em torno do equilíbrio entre oferta e demanda. Podemos dizer
então, que estamos dentro de um cenário em que o preço do bezerro está em baixa.
Segundo os indicadores do CEPEA, no mês de Junho, alcançou-se o menor preço, desde
Dezembro de 2019, consequência da virada do ciclo pecuário, ou seja inversão do
processo que aconteceu em 2020 e 2021, com a forte retenção de fêmeas. Tendo que esta
é uma cadeia consecutiva, o valor da arroba do boi gordo também terá reflexos
semelhantes. Em relação a valores locais, o bezerro macho que era comercializado à um
valor de R$ 3.000,00, hoje está em média R$ 2.300,00, a arroba do boi gordo passou de
R$ 300,00 para R$240,00.

1. Faça uma pesquisa do cenário econômico pecuário atual e descreva a situação que o
Brasil se encontra frente a economia no mercado interno e externo. (2 pontos)
R= O consume de carne bovina no Brasil teve um recuo de 11% este ano, alcançando o
menor nível em quase 3 décadas, de acordo com o CONAB. Diante da queda na demanda
do mercado interno e com os custos de produção elevado, o setor passa por um momento
de alerta, porém, vislumbra motivos para ser otimista em relação ao ano de 2023. Alguns
desses fatores são: a previsão de reajustes nos valores que hoje estão defasados, tanto de
venda como na produção; aumento na exportação, tendo em vista a abertura de compra
por países que até então não compravam dos produtores brasileiros, ou seja, surgimento
de novos mercados com as adequações sanitárias na produção; diminuição da taxa de
desemprego, consequentemente maior poder de compra por parte dos consumidores e
também como reflexo das festividades de final de ano, copa do mundo, pagamento de 13º
salário; etc, aumentando o consumo interno percapta. Como embasamento do resultado
negativo no setor pecuário temos os dados segundo o CEPEA, onde traz que o “PIB
apresentou recuo de 8,95%. Mesmo considerando o crescimento na produção primária,
devido às elevações dos preços de carne e leite, o desempenho não satisfatório teve como
principal fator o aumento relevante nos custos de insumos, tanto para “dentro da porteira”,
como para os elos da agroindústria e serviços. Além disso, a menor produção de boi gordo
também influenciou negativamente o PIB pecuário.”

2. Raças de origem europeia quando acasaladas com animais zebuínos podem melhorar
os índices produtivos do rebanho. Você indicaria o uso de touro de raças europeias no
Brasil central? Qual seria uma boa estratégia para introduzir essa genética no rebanho?
Descreva. (2 pontos)

R= Sim, tendo em vista um resultado de animais com alto rendimento de carcaça e boa
adaptação ambiental, podemos trazer como exemplo o cruzamento de touro Hereford
com novilhas nelores. A introdução dessa genética pode se dar inicialmente com a
escolha de um touro que apresente as características desejáveis e em seguida a
inseminação artificial, fazendo um ½ sangue, uma vaca ½ sangue F, com boa
produtividade, aptidão reprodutiva precoce, temperamento brando, etc. E nessa fêmea,
fazer o cruzamento, ou por touro ou inseminação artificial, com animais da raça
Bradford, que em função do seu temperamento e da pelagem vermelha, irá ter uma boa
adaptação ao clima da região central do Brasil.

3. Discorra sobre a curva de crescimento e desenvolvimento de bovinos. Relacione os


principais efeitos desde a concepção até a maturidade com as fases produtivas do
animal (cria, recria e terminação). (2 pontos)

R= O processo produtivo dentro da pecuária de corte se dá em torno das etapas de cria


(da reprodução à desmama), recria (da desmama à reprodução das fêmeas, e engorda
dos machos) e engorda. A fase de cria compreende a reprodução e o crescimento de
bezerros até a desmama, que ocorre entre seis e oito a dez meses de idade. A fase de
recria vai da desmama até o início da reprodução das fêmeas ou ao início da fase de
engorda dos machos, sendo a fase com mais longa duração, no Brasil, no subsistema
tradicional. A engorda, quando feita em regime de pasto, tem duração de 6 a 8 meses.
A aplicação da curva de crescimento garante mais uma ferramenta de melhora no
processo produtivo. O domínio desse entendimento permite aos profissionais uma
melhor oferta nutricional usando as características de crescimento de cada raça e na
seleção dos animais com maiores ganhos. A curva de crescimento tem como objetivo
mostrar uma sequência de medidas de alguma espécie, essas medidas são feitas em
função do tempo, e podem incluir peso, altura e largura. Em geral, nesse tipo de curva
as taxas aumentam até atingir um ponto máximo chamado de inflexão e depois
estabilizam. O crescimento tem relação direta com a quantidade e a qualidade da carne,
produto final da criação de bovinos.

4. Quais são os fatores que influenciam a curva de crescimento do animal? Descreva.


(2 pontos)
R= Essa curva sofre grande influência do sexo, da nutrição e do grupo genético do
animal. Diversos fatores alteram a eficiência do crescimento de bovinos, entre eles o
peso, a idade, a nutrição, a genética (raça e tamanho corporal), o sexo e a utilização de
hormônios exógenos. O crescimento tem relação direta com a quantidade e a qualidade
da carne, produto final da criação de bovinos, e pode ser resumido como aumento no
tamanho ou no peso do animal. Quanto maior a taxa de ganho, maior a eficiência de
conversão, em função da diluição da exigência de mantença, que pode variar em função
do peso, raça, sexo, idade, temperatura, estado fisiológico e nutrição prévia.

5. Alguns pecuaristas induzem o rebanho a um período de restrição alimentar, para


explorar o “ganho compensatório” (boi-sanfona). Você indica essa técnica? Por que?
(1 ponto)
R= Não. O ganho compensatório, nada mais é do que, um animal que passa uma
restrição alimentar, por consequência tem os órgãos internos diminuídos. E quando este
animal volta a ter uma oferta de dieta adequada, como oferta de pastos de boa
qualidade, uma dieta de confinamento ou semiconfinamento, esses órgãos internos
aumentam de tamanho, levando o animal a apresentar um ganho de peso ilusório, já
que o ganho de peso se dá apenas em relação ao aumento das vísceras, além de
promover o efeito sanfona nesses animais.

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