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CGEE realiza seminário internacional sobre cidades sustentáveis

Visando a identificar possibilidades de uma colaboração bilateral, entre o Brasil e a Europa, com foco em
urbanização sustentável e soluções baseadas na natureza, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) realiza
um seminário internacional no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O evento, organizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e com a Comissão
Europeia, ocorre nos dias 19 e 20 de novembro, em Brasília (DF).

Na ocasião, o assessor técnico Cristiano Cagnin apresentará os resultados preliminares do projeto sobre cidades
sustentáveis, desenvolvido pelo Centro. Com o objetivo de construir uma agenda de ciência, tecnologia e inovação
(CT&I) no tema, o projeto identificou desafios e soluções contextualizados para diferentes municípios brasileiros,
assim como as contribuições da CT&I nessa conjuntura. A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa
Tecnologias para Cidades Sustentáveis do MCTI.

Durante o desenvolvimento do projeto, foi realizada uma oficina para debater o futuro das cidades sustentáveis. No
encontro, especialistas, estudantes, representantes do governo e da sociedade civil foram incentivados a apresentar
alternativas de futuro com o objetivo de identificar novos desafios e soluções não detectados no mapeamento. “O
exercício serviu para um debate acerca do conceito de cidades sustentáveis e para identificar critérios que orientem
o MCTI”, afirma Cagnin.

A metodologia utilizada no estudo, inspirada pela do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
estabeleceu critérios para traçar recortes no território nacional. A divisão do País em duas macrorregiões contribui
para contextualizar o estudo. "O problema pode ser o mesmo em uma metrópole e em uma cidade pequena, mas a
solução possivelmente será diferente porque levará em consideração a realidade daquele contexto", completa
Cagnin.

CGEE desenvolve novas ferramentas de inteligência tecnológica

Assumir o risco tecnológico associado a um novo projeto sempre foi visto como um grande problema, tanto pelo
setor público, quanto pelo privado. Uma série de empecilhos pode fazer com que o desenvolvimento de uma
promissora tecnologia não leve a um novo produto ou processo. Pensando nisso, o Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos (CGEE) lançou uma série de ferramentas e métodos que auxiliam os tomadores de decisão ao avaliar o
investimento em projetos tecnológicos.

O Centro está divulgando as vantagens do uso desses instrumentos junto a diversas instituições do Sistema Nacional
de Ciência, Tecnologia e Inovação. Eles foram apresentados, recentemente, para a Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (Fapesp) e para pró-reitores de Pesquisa das universidades estaduais e federais paulistas.

A iniciativa faz parte da atividade de Observatórios de Tecnologias do Centro. De acordo com o assessor técnico do
Centro, Thyrso Villela, as ferramentas desenvolvidas podem ser aplicadas em vários campos do conhecimento,
facilitando o gerenciamento tecnológico. Uma delas é a de mapeamento de recursos humanos.

“Por exemplo, algumas tecnologias, dependendo do projeto, não estão disponíveis no País. Por isso, essa ferramenta
ajuda a identificar profissionais no Brasil que possam contribuir para o esforço de dominar tecnologias críticas de
interesse de setores estratégicos”, afirma.

Uma outra atua na análise de criticidade da tecnologia. Para chegar a um produto, é necessário entender
exatamente quais são as tecnologias que estão envolvidas no projeto. Com o objetivo de facilitar esse processo, o
Centro desenvolveu uma ferramenta que analisa o grau de criticidade dos elementos tecnológicos envolvidos. Eles
podem ser considerados não crítico, baixo, médio e alto. Esses graus são utilizados para definir ações que propiciem
o domínio tecnológico desses elementos em curto, médio e longo prazos.
“O que a gente fez foi sistematizar a forma de definir o quão crítico um determinando elemento é dentro de um
projeto tecnológico. Ele pode ser não crítico, sem que você tenha que se preocupar com ele, ou pode ter um grau
baixo, médio ou alto. Dependendo do tipo, você implementa ações de domínio tecnológico que vão desde angariar
recursos humanos para desenvolver essa tecnologia até prover meios de teste para que ela seja efetivamente
desenvolvida”, diz.

Segundo o assessor, esse processo pode ser aplicado em diversos setores tecnológicos. As ferramentas
desenvolvidas podem ser utilizadas tanto pelo setor público, por meio das agências de fomento à inovação, quanto
por empresas no campo da inteligência competitiva.

“Hoje em dia, a evolução tecnológica é muito rápida. Por isso, é necessário entender o que está acontecendo ao seu
redor para conseguir se antecipar às novas tendências, adaptar o que está sendo feito ou investir em outras áreas
que estão surgindo. O mais importante é ter informações obtidas de fontes confiáveis. Isso é feito por empresas e
instituições no mundo inteiro”, destaca.

O presidente do CGEE, Mariano Laplane, destaca que, nas mãos de especialistas, essas ferramentas podem ajudar a
priorizar iniciativas, antecipar problemas, gerir projetos e avaliar o impacto das ações. “Em um momento de escassez
relativa de recursos, a contribuição potencial desse pacote é elevada”, afirma.

Além da Fapesp, o Centro já apresentou essas e outras ferramentas de inteligência tecnológica a instituições como a
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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