FISCALIDADE INTERNACIONAL

Modelo I

GRUPO I
António Oliveira, de nacionalidade portuguesa, reside e trabalha na
Alemanha desde 2007, mas vai regressar definitivamente a Portugal no
dia 1 de junho de 2023, pelo que já se encontra a procurar casa para viver.
a) Pode obter o estatuto de residente fiscal não habitual (RNH) em Portugal?
b) Supondo que obteve o estatuto de RNH em Portugal e que auferiu em 2023
€ 20.000 de rendimentos profissionais, decorrentes da sua prestação de
serviço como médico, pagos pelo Hospital de Vigo em Espanha e aí tributados,
mais € 30.000 de rendimentos de trabalho dependente como médico no
Hospital de São João, qual o regime de tributação aplicável ao RNH em
Portugal?

GRUPO II

Pedro Mendonça, casado, residente no Porto, consultor financeiro,

auferiu, no ano de 2023, entre outros, os rendimentos seguintes:
a) € 28.000, pagos por uma empresa espanhola, a título de contrapartida
de uma auditoria realizada em Espanha durante 5 meses;
b) € 12.000, a título de mais-valia resultante da alienação de um andar que
possui em Vigo;
c) € 10.000, a título de retribuição de direitos de autor de um livro publicado
por uma editora espanhola.

Indiquem, relativamente a cada um dos rendimentos, qual o regime de

tributação aplicável em sede de IRS, tendo em conta a Convenção sobre
Dupla Tributação entre Portugal e Espanha

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 GRUPO III

A sociedade FISA, S.A., com sede em Portugal, tem, entre outros acionistas,
desde abril de 2014, a sociedade HIPOP, S.A., com sede em Espanha,
detentora de 20% do capital social, e, desde janeiro de 2019 a sociedade
CATIVA, Lda. com sede em Portugal, detentora de 15% do capital social.

A sociedade FISA, S.A. detém uma participação no capital social da sociedade

NEVER, S.A., com sede em Espanha, correspondente a 5% do capital social
desta, desde janeiro de 2008.

No ano de 2023, verificaram-se os factos seguintes:

a) A FISA, S.A., pagou à HIPOP, S.A. € 20.000 (valor ilíquido), a título de
dividendos.
b) A NEVER, S.A. pagou à FISA, S.A. € 5.000 (valor ilíquido) a título de
dividendos.
c) A FISA, S.A., pagou à HIPOP, S.A., € 30.000 (valor ilíquido), a título de
contrapartida pela utilização da marca “HIPOP” em Portugal, sendo que
o preço que a HIPOP, S.A. habitualmente pratica pela exploração
comercial da marca é de € 20.000 (valor ilíquido).
d) A FISA, S.A. pagou € 15.000 (valor ilíquido), pelo arrendamento de um
armazém que a NEVER, SA, possui no Porto.
e) A FISA, S.A. pagou à DORA, S.A., com sede em Gibraltar, €25.000
(valor ilíquido), a título de honorários por serviços de consultoria de
natureza financeira.
f) A FISA, S.A., pagou à NEVER, S.A. € 10.000 (valor ilíquido), pelo
serviço de manutenção de um equipamento industrial realizado em
Portugal.
g) A FISA, S.A. recebeu 24.000€, líquidos de imposto, em contrapartida de
um serviço prestado a uma empresa com sede na Alemanha. Este
rendimento foi tributado naquele país, por via de retenção na fonte, à
taxa de 40%.
Comente, à luz da Convenção sobre Dupla Tributação celebrada entre
Portugal e Espanha e do CIRC, as implicações fiscais de cada uma das
situações acima referidas.

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 GRUPO IV

Em novembro de 2023, a sociedade ARISCA, Lda., com sede no Porto, que se

dedica à indústria e comércio de acessórios de moda, adquiriu à sociedade
IPAD, Lda., com sede em Espanha, carteiras com o objectivo de as vender à
sociedade MODERN, S.A., com sede em França, sendo que a mercadoria foi
expedida directamente da IPAD, Lda. para a MODERN, S.A.

Indique o tratamento desta operação em sede de IVA.