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INSTITUTO NACIONAL DE PARAPSICOLOGIA-PSICOMETAFÍSICA

Práticas e Análises
Psicanalíticas
Metodologia Rogelio Raquel

2014

I n s t i t u t o N a c i o n a l dRe OPG
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empregados neste curso”.

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SUMÁRIO

Introdução.........................................................................................................................04
1. A Interpretação dos símbolos.......................................................................................05
2. A Interpretação Psicanalítica dos Desenhos..................................................................06
3. Simbologia dos desenhos da paisagem..........................................................................06
4. Simbologia dos desenhos Internos da casa....................................................................08
5. Predominância das cores nos desenhos .......................................................................10
6. Estudo Amplo dos Símbolos.........................................................................................13
7. Interpretação da simbologia dos presentes..................................................................... 14
8. Simbologia dos animais .....................................................................................................16
9. Simbologia do masculino e feminino ..................................................................................17
10. Simbologia das frutas ..........................................................................................................18
11. Livre Associação de Palavras.........................................................................................19
12. A Psique: Problemáticas Humanas...............................................................................24
13. Neurose e Psicose ........................................................................................................26
14. Esquizofrenia .................................................................................................................29
15. Autismo ............................................................................................................................30
16. TOC (Transtorno Obsessivo compulsivo)...........................................................................31
17. Transtorno Bipolar ..........................................................................................................33
18. Transtornos Alimentares...................................................................................................34
19. A Sexualidade Humana: Parafilias................................................................................35
20. A Interpretação dos Sonhos.........................................................................................37
21. Livre Associação de idéias............................................................................................41
22. Livre associação de cenas fictícias.......................................................................................47
23. Livre associação de Idéias ...............................................................................................49
24. OS COMPLEXOS................................................................................................................50
25. Análise Psicanalítica I........................................................................................................51
26. A Interpretação dos Medos...........................................................................................52
27. Análise Psicanalítica II......................................................................................................55
28. Atitudes que parecem estranhas ...................................................................................56
29. Análise Psicanalítica III....................................................................................................64
30. Análise Psicanalítica IV....................................................................................................69
31. Gráfico do Teste de Livre Associação de Palavras.........................................................22

BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................................73

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INTRODUÇÃO

O que é Psicanálise
Psicanálise é a abordagem direta do inconsciente. É um método
desenvolvido com o propósito de trazer para o plano consciente, aspectos
profundos do inconsciente para serem analisados, e através de técnicas
psicanalíticas, essas problemáticas poderão ser trabalhadas caso a caso com o
intuito de produzirem uma melhora no quadro psicológico do indivíduo
analisado.
A Psicanálise é um modo particular de tratamento de desequilíbrios
mentais focando seu trabalho no inconsciente. É um campo que busca a análise
da estrutura do funcionamento da mente, bem como dos comportamentos
humanos. Também podemos defini-la como a arte de analisar o ser por
completo, buscando perceber em cada um, sinais que demonstrem aquilo que a
pessoa consegue transmitir com palavras ou pelo processo não verbal; seja num
simples gesto, numa palavra que escape do interlocutor, em seus sonhos ou
mesmo no seu modo de ser. Um pensamento de Freud exemplifica bem o que
representa o analisar na psicanálise: “Quando se cala a boca, falam as pontas
dos dedos”.
A psicanálise é um grande instrumento terapêutico, pois olha o ser
como um todo, completo e agente de transformação. Analisa seus instintos, sua
sexualidade, seus pensamentos, anseios, desejos, sonhos, enfim, faz uma
varredura em tudo que a pessoa pode nos mostrar.
Podemos definir a Psicanálise como um procedimento que investiga
processos mentais, inatingíveis de outra forma, como vivências internas que
trazem uma carga carregada por: sentimentos, sonhos, emoções, fantasias e
pensamentos. É um método que se baseia em investigações para tratar diversos
problemas da ordem mental.
A Psicanálise não é psicologia ou psiquiatria, portanto não trata de
doenças, mas sim foca os comportamentos, os sentimentos, os sonhos e as
frustrações do ser, despertando nele a capacidade de superação daquilo que
tanto o atormenta.
Muitos tópicos estudados nos cursos de psicanálise são assuntos
pertinentes à psiquiatria e psicologia, por trata-se de doenças mentais, porém,
mesmo não sendo campo de atuação psicanalítica, é imprescindível o
conhecimento de tais problemas, para saber distinguir, o que é de ordem
terapêutica e o que não lhe compete.

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1. A INTERPRETAÇÃO DOS SÍMBOLOS

O ser humano utiliza da escrita, da fala para se expressar. Porém


também faz uso de diversos tipos de símbolos para se fazer entender ou ouvir.
Cria sinais de transito para tornar o fluxo de veículos e a vida dos pedestres
mais tranquila. Inventa slogans e logotipos com a intenção de estimular aos
demais em consumir seus produtos. Apesar de todos estes símbolos parecerem
inofensivos e meras criações de mentes brilhantes, são todos na verdade
carregados de significados. Aliás, todos os símbolos tem seu significado, nada
existe por acaso.
Símbolo é todo termo, nome, imagem, representação que nos
pareça familiar ou não em nosso cotidiano e que tenha algum significado. As
letras são símbolos que se juntam e formam outra simbologia. Os desenhos
também o são, e todos tem uma significação a quem os desenhou. Um objeto é
um símbolo, e como serve para alguma coisa, sua simbologia é sua utilidade, ou
seja, sua representação está em seu uso, ou o que ele possa representar para
uma determinada pessoa.
A maçã é um lindo símbolo que tanto pode representar simplesmente
a fruta, a alimentação, a vontade de comê-la ou até mesmo o sexo ou a
sexualidade, basta lembrar-se da historia de Adão e Eva e o pecado original,
representado pela maçã. A pirâmide representa para alguns a vida, o
crescimento, o sagrado, enquanto para outros pode significar a morte, pois
muitos acreditam erroneamente que ela foi construída para ser o túmulo dos
Faraós. Portanto, os símbolos podem ter seu significado fechado e não serem
interpretativos, como nas logomarcas, nos nomes, nos emblemas ou brasões,
que já foram criados com o intuito de representarem algum grupo, ou algo
direcionado. Mas podem ser interpretativos, como os símbolos oníricos, ou
aqueles trazidos do inconsciente por outros meios.
A melhor forma de interpretar os símbolos é tendo um conhecimento
prévio da fonte de onde ele veio. Ou seja, no caso do psicanalista que deseja
saber o significado de um sonho, uma expressão através da livre associação de
idéias ou da livre associação de palavras, deve-se primeiramente conhecer a
pessoa que está expressando sua representação, somente a partir daí, deverá
seguir para a etapa de interpretar deste símbolo.
O exercício de interpretação dos símbolos é essencial para as
técnicas apresentadas neste material pedagógico. Mas o que parece um
intrincado campo interpretativo, a partir de agora passa a ser um divertido
instrumento terapêutico. Para tornar este processo mais simples e aplicável, eu,
Rogelio Raquel, desenvolvi um método capaz de facilitar o que antes parecia um
emaranhado de sinais com significados impossíveis de se interpretar.
Vamos iniciar nosso estudo da interpretação dos símbolos através da
simbologia mais simples que existe, o desenho. Pois todos os símbolos
existentes, ao serem explicados, exteriorizados, clarificados, precisam de uma
forma, e esta forma naturalmente virá representada por um desenho, seja
simbólico, confuso, realista, abstrato, com forma definida ou indefinida. Na
verdade não importa como será expresso, o que é importante é que ele exista. E
como nada é por acaso, nenhum símbolo, seja uma gravura, ou um simples
risco, ficará sem uma explicação interpretativa.
Antes de começarmos nossas pesquisas, não se esqueça. A
interpretação dos símbolos é a base de qualquer análise interpretativa dos
sonhos, das palavras ou idéias. Pois a psicanálise foca seus estudos no
inconsciente sendo exteriorizado ao plano consciente, e esta exteriorização
fatalmente acontecerá através de importantes símbolos.
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Atenção: os símbolos não devem ser compreendidos como
interpretações prontas, fechadas, pontuais. Deve ser levado em conta sempre o
que cada desenho, objeto, sonho, cena ou sentimento significa para cada
pessoa. O estudo da simbologia só terá sentido se partir do que a psique do
analisado nos mostra. Portanto a didática deste material tem por intenção,
despertar e explicar como fazer os estudos dos casos através dos símbolos.

2. INTERPRETAÇÃO PSICANALÍTICA DOS DESENHOS

Aspectos simbólicos dos desenhos


Inclinação do desenho para a direita – denota pessoa extrovertida, que
gosta do contato, ou que precisa do contato e não tem, pessoa carente.
Inclinação do desenho para a esquerda – denota pessoa introvertida,
introspectiva, que foge do contato físico, insegura, tímida.
Desenho preto e branco – denota pessoa que enxerga a vida de forma
pessimista, acha a vida sem graça, sem perspectiva de futuro.
Desenho colorido – denota pessoa que enxerga a vida positivamente,
com brilho e luz (verificar a predominância de cores).
Traços fortes – pessoa dominadora, ativa; Tem necessidade de ser
notada, precisa deixar sua marca.
Traços leves, fracos – pessoa insegura, passiva; Foge dos problemas e
conflitos.
Desenhos desconexos – desenhos variados sem ligação um com o
outro pode demonstrar uma vida repleta de atividades, estresse, cansaço físico
e mental.
Desenhos confusos – sem forma definida, indecifráveis, pode
demonstrar confusão mental, falta de concentração, desatenção, algum tipo de
TDAH.
Desenhos de monstros perseguindo – Pode demonstrar algum tipo de
violência, seja física ou sexual, o monstro seria a simbologia do perseguidor.
Desenhos sexuais – Quando os desenhos sexuais são feitos por
crianças em idade não condizentes com o conhecimento relativo ao desenho,
pode demonstrar algum tipo de abuso sexual, ou crianças que presenciam
relações sexuais dos adultos.

3. SIMBOLOGIA DOS DESENHOS DA PAISAGEM

Chão ou solo: é a segurança em relação à vida. Também pode denotar


uma vida criada com bases seguras e certas, pessoa que não consegue fazer
nada sem planejamento e não aceita se arriscar sem ter certeza de onde está
pisando. Falta do chão, insegurança, complexo de inferioridade.

Plantas
Árvore – representa nossa postura diante da vida.
Árvore frondosa, firme – demonstra pessoa altruísta perseverante,
firme.
Árvore frutífera – denota pessoa com espírito artístico, alegre,
motivador.
Árvore seca, sem vida – denota pessoa introspectiva, com tendência à
depressão.
Semente: representa a vontade de crescer, de vencer. Pessoa com
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idéias que precisam germinar para tornarem-se realidade.
Caule – árvore cortada demonstra pessoa que se sente podada,
amordaçada, acuada, sem voz ativa, sem perspectiva de vida.
Plantas rasteiras – quando há muitas plantinhas rasteiras, gramas ou
flores, denota pessoa com espírito empreendedor, perfeccionista, detalhista,
quando há falta delas, denota pessoa desligada, preguiçosa, desleixada, sem
força de vontade.

Vales e montanhas – quando aparecem distantes ao fundo podem


demonstrar robustez, força interior. Quando aparecem próximas, dominando a
cena, onde a casa fica sobre a montanha, pode significar barreiras difíceis de
enfrentar na vida, problemas que parecem indissolúveis.

Céu e nuvens – nosso aspecto interior, céu azul com poucas nuvens,
denota paz interior, vida tranquila. São as sensações interiores de paz de
espírito, ou agitação.
Céu escuro com muitas nuvens – pode demonstrar conflitos interiores,
agitação, pensamentos persistentes, tendência a depressão.
Falta de céu e nuvens – denota um vazio interior, falta de perspectiva,
enxerga a vida como algo sem graça.
Se for dia com sol brilhante denota pessoa alegre que gosta de brilhar,
de aparecer, ser o centro das atenções .
Se for dia, mas sem sol: demonstra pessoa que tem vontade de brilhar,
mas é insegura.
Quando for noite: demonstra pessoa introspectiva, pensadora, gosta de
filosofar e de discussões profundas.
Se houver estrelas no céu: pode demonstrar vontade de levar
conhecimento aos demais ou sentimento de nostalgia como a luz das estrelas
que quando nos chegam já viajou distancias longínquas do ponto de
transmissão.

Casa: a casa é a família, simboliza a base, o caráter conceitos familiares.


Uma casa bem estruturada tem todos os seus detalhes desenhados: portas,
teto, janelas, chão. Isso demonstra que a pessoa enxerga a família como um
ambiente tranqüilo. Os desenhos incompletos podem denotar uma falha ou falta
de um ente familiar. A base do sustento, é a figura paterna, então logo podemos
dizer que o solo é o “Pai”, enquanto o teto pode denotar a figura materna, que
quer sempre nos dar proteção contra os agentes externos, aquela que sempre
quer ter sobre sua proteção o filho.
Portas e janelas abertas: denotam família, que gosta de recepcionar,
adora receber convidados, família com circulo de amizade bem grande.
Janelas:. podem denotar nosso ponto de escape quando nos sentimos
aprisionados pela família, pois apesar de sermos amordaçados poderemos ver
através desta abertura o mundo lá fora que nos espera.
Portas e janelas fechadas podem denotar família reservada, com circulo
de amizade restrita à própria família, grupo introspectivo. Também demonstra
que a família dificulta as perspectivas de enxergar o mundo lá fora
Casa sem Chão: pode demonstrar um lar sem proteção maternal, uma
casa onde a mãe é ausente, seja por morte, ou abandono. Mãe é a força que
mantém firmes como o chão nos é a certeza de conseguirmos seguir em nossa
caminhada
Casa sem telhado: representa a falta do pai, ou a ausência constante
dele. O pai normalmente deveria ser o provedor, a força familiar, o sustento, a
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proteção da família
Casa colorida com plantinhas ao redor, representa a presença
feminina da mãe. Já uma casa feia, sem vida, sem cor, denota a falta da
presença maternal.
Casa sem janelas e portas: demonstra família fechada. Sentimento de
que a família esconde algum segredo. Sensação de que a família não deixa
enxergar a vida, ou que não permite que viva algum sonho ou desejo. Pode
demonstrar o sentimento de aprisionamento no passado ou no próprio lar. Filhos
que se sentem sufocados por pais super protetores, vontade de se libertar da
família, gostam de ser ouvidos e não são.
Rachaduras ou buracos na parede da casa: demonstram uma família
ruindo, com sérios problemas de relacionamentos.
Casa caindo ou destruída: denota uma família já desfeita.
Desenho da família incompleta: pode ser o sentimento da falta que
sente do pai ou da mãe. Pessoa adotada ou que se sente rejeitada pela família.
Quando quem falta é a própria pessoa analisada, denota sentimento de rejeição
e exclusão familiar. Pode demonstrar desejo de excluir a pessoa devido a
conflitos ou abusos sofridos por ela.

4. SIMBOLOGIA DOS DESENHOS INTERNOS DA CASA

 QUARTO
Cama: representa nossa paz interior, nosso inconsciente.
Cama desarrumada: cheia de outros objetos sobre ela, representa sono
agitado, pesadelos, inconsciente confuso, pensamentos persistentes.
Cama quebrada: representa uma relação conjugal desfeita. Sentimentos
conflitantes do casal.
Cama manchada de sangue: com roupas íntimas jogadas sobre ela,
pode denotar violência sexual.
Cama de um casal onde aparece apenas um dos dois deitados: pode
demonstrar a carência, a falta de atividade sexual, o abandono, o sentimento de
traição.
Guarda Roupa: o normal é aparecer fechado, o que denota uma reserva
pessoal e moral, sendo que existe uma tendência da maior parte das pessoas
em se resguardar das demais. As roupas guardadas representam exatamente
isso. Quando o guarda roupa aparece aberto mostrando as roupas, denota
pessoa que gosta de se expor, sente vontade que os outros a conheça
profundamente.
O detalhe das roupas que aparecem: também deve ser notado, se
aparecer roupas intimas em excesso, denota forte apelo sexual, desejo
reprimido, ou algum tipo de abuso. As demais roupas seguem padrões
masculinos e femininos, formais ou informais.
Armários: quando além do guarda roupa aparece mais armários na
cena, denota pessoa que guarda e acumula informações em excesso, que
guarda mágoas, ou aquela que tem dificuldade de desapegar das coisas,
pessoas ou situações.
Televisão e Computadores: quando aparece no quarto demonstra
pessoa que trabalha muito, pessoa de pensamento acelerado, sono difícil e
agitado.
Quadros: deve-se observar o desenho que nele aparece, será
fundamental para a interpretação, se for uma pintura religiosa ou mística, denota
pessoa que busca proteção, calmaria e bons fluidos. Se for uma gravura
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horripilante, satânica com monstros, demonstra uma pessoa com fortes traumas,
fobias e bloqueios. Em sendo um desenho abstrato, sem forma, denota uma
pessoa confusa, com pensamentos persistentes.

 COZINHA
Mesa: uma mesa posta, arrumada com pessoas ao redor ,demonstra
família feliz, tranquila, casamento feliz. Quando a mesa esta posta sem ninguém
ao redor demonstra desunião familiar, frustração por não estar casado, desejo
de casar. Ou quando aparece apenas uma pessoa na mesa, sentimento de
solidão, frustração. Caso apareça embaixo da mesa, representa insatisfação
com o casamento, foge de relações, violência doméstica, já que a mesa
simbolicamente representa a união familiar.
Fogão: lembrança do alimento da mãe, nostalgia. Cozinha sem fogão
denota sentimento de falta da mãe, ou abandono dela. Fogão em chamas, com
panelas, sentimento de presença maternal.
Armários: quando aparece com taças, copos a mostra, denota relação
tranqüila. Com copos e taças quebradas ou sujas guardadas, representam
conflitos familiares, visão distorcida sobre a família.
Geladeira: normalmente ela aparece como é. Porém por ser um
eletrodoméstico usado para congelar coisas, quando aparece aberta na cena,
pode representar o desejo nostálgico de ficar preso em um determinado tempo
da vida, situação ou lugar(família).

 BANHEIRO
Vaso Sanitário: o vaso sanitário sujo representa o sentimento de
impureza, pecado e de contaminação, além do sentimento de culpa. O vaso
sanitário limpo denota a normalidade. A falta dele no banheiro representa um
bloqueio não percebido, mostrando fuga dos conflitos de culpa e sentimento de
impureza e pecado.
Chuveiro: representa limpeza e purificação. A falta dele demonstra o
sentimento de não sentir-se digno de ser limpo, ou não ser capaz de ser puro.

 SALA
Sofá: quando aparece vazio denota falta de comunicação na família,
Quando aparece apenas uma pessoa, representa carência, sentimento de
rejeição, o desejo de se comunicar e não conseguir.
Estante: quando aparece cheia de bibelôs, enfeites, quase como uma
poluição visual, representa muito apego às coisas materiais e dificuldade de se
desapegar do passado. Aliás, todo móvel que se apresenta cheio ao extremo de
quinquilharias, denota estes mesmos sentimentos.
Quadros: segue a mesma explicação do quarto, a única observação é de
que um quadro exposto na sala é para todos verem, desta forma, o desenho
nele contido demonstra a vontade de que todos vejam o seu interior, suas
vontades e desejos.
Televisão e Computadores: a representação destes objetos na sala é
de normalidade, porém quando aparecem em destaque, maiores que os móveis,
representam uma família sem comunicação, filhos distantes dos pais e pais
ausentes dos filhos

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5. PREDOMINÂNCIA DAS CORES NOS DESENHOS

Observação: vamos focar nossos estudos nos padrões negativos das


cores. Pois a busca é pela interpretação das problemáticas humanas. Porém,
não se esqueça de estudar as cores nos seus aspectos positivos, pois um
desenho poderá representar justamente o lado bom de uma determinada
pessoa.
Atenção: quando os seres humanos estiverem pintados nas cores a
seguir, verifique o estudo da pintura de árvores e plantas (aspectos físicos do
ser) e céus e nuvens (aspectos psicológicos), pois elas seguirão o padrão da
estrutura humana.

 VERMELHO

Casa pintada de vermelho: pode demonstrar lar conflituoso, agitado


com muitas brigas e discussões.
Árvores e plantas vermelhas: visão distorcida da vida, sente-se em uma
vida agitada com muitas desavenças familiares, pode denotar pessoa apegada
às coisas materiais.
Céu e nuvens pintadas de vermelhas: vida agitada, não sente paz
interior, pode demonstrar hiperatividade, agitação.
Objetos pintados de vermelho: pode demonstrar problemas de ordem
sexual: objetos pontiagudos, compridos, podem simbolizar o órgão sexual
masculino. Objetos sem forma definida podem simbolizar o órgão sexual
feminino. Cama pintada de vermelho pode demonstrar sexualidade aflorada ou
algum tipo de abuso sexual.
Lugares diversos em vermelho: podem demonstrar agitação,
desavenças, barulhos em excesso, falta de paz neste lugar.

 LARANJA

Casa pintada de laranja – pode denotar um local de muito medo, medo


de se relacionar com a família, medo da separação dos pais, medo da violência
domestica, medo de ser abusado sexualmente, etc.. Também pode demonstrar
grande atividade sexual no local.
Árvores e plantas em laranja – medos mal resolvidos, confusão sexual,
sexualidade aflorada.
Céus ou nuvens pintadas em laranja – sentimento interior de medo,
não sente paz relacionada à sexualidade; dúvida quanto à sexualidade.
Objetos pintados em laranja – em sendo pontiagudos, ou compridos
podem ser a representação do falo, também podem representar o órgão sexual
feminino. Quando apresentado sem forma definida, demonstra sexualidade
aflorada ou bloqueios de ordem sexual.
Lugares diversos em laranja: segue o modelo da interpretação da casa.
Deve ser observado que local é para uma melhor interpretação. Como por
exemplo, uma escola pintada em laranja, pode representar lugar com forte apelo
sexual, ou repressão sexual, bem como o lugar de algum tipo de abuso.

 AMARELO

Casa pintada de amarelo: pode representar falta de proteção familiar,


muita desunião, família conflituosa, ambiente desequilibrado, ambiente com
pessoas adoentadas.
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Árvores e plantas em amarelo: sentimento de falta de proteção,
pessoas com tendência a hipocondria, pessoa frágil fisicamente.
Céus e nuvens em amarelo: pessoa muito preocupada, pensamentos
persistentes, agitação mental, esgotamento mental.
Objetos pintados de amarelo: quando for uma cama pode representar
doença na família. Em geral os objetos pintados de amarelo denotam um
excesso de atividade mental, física e emocional.
Lugares diversos em amarelo: segue a explicação da casa em amarelo,
apenas deve-se observar o local desenhado, como por exemplo: o clube que
freqüenta, onde poder ser a representação de um ambiente de pessoas em
desequilíbrio ou que apresentem algum problema de ordem médica, também
denotará local de conflitos nas relações interpessoais.

 VERDE OU ROSA

Casa pintada de verde: pode representar família repleta de desavenças,


brigas, mágoas, falta de perdão, ciúme, falta de confiança nas pessoas.
Árvores e plantas em verde: representação de pessoa com dificuldade
de perdoar, rancorosa, ciumenta, sem confiança nos demais.
Céus e nuvens em verde: mente poluída por pensamentos de vingança,
pensamentos constantes de insegurança, ciúme e desconfiança.
Objetos pintados de verde: deve ser observado o objeto em questão. O
verde denotará sempre os aspectos negativos da raiva, ira, inveja, ódio, ciúme,
desconfiança, falta de perdão, etc.
Lugares diversos em verde: poderá denotar exatamente um local onde
as relações interpessoais são extremamente negativas, onde impera as brigas,
desavenças, desconfianças, ciúme, a discórdia,e todos os demais sentimentos
inferiores.

 AZUL CLARO

Casa pintada de azul claro: pode denotar família onde falta


comunicação e diálogo. Sentimento de sufocação seja por pais super protetores
ou por não conseguir expressar-se.
Árvores e plantas em azul claro: representa pessoa tímida, insegura,
com dificuldade de falar, de se expressar. Pessoa que sente vontade de
exteriorizar suas vontades e desejos, mas não tem coragem e ousadia, vive um
constante engolir de sapos.
Céus e nuvens em azul claro: é uma pessoa com tendência ao
isolamento, pois não consegue interagir com o mundo real. Tem mais facilidade
nas relações virtuais. Tendência à depressão e às drogas. Pensamentos
negativos em relação à vida.
Objetos pintados em azul claro: o azul claro representa a comunicação,
portanto deve ser observado todo e qualquer objeto para uma análise mais
apurada, como por exemplo: quando um objeto azul claro denotar o tema sexual
pode representar o desejo reprimido do sexo, ou a vontade de se falar sobre o
tema e não ter coragem, ou sentir-se sem ninguém para dialogar sobre o
assunto.
Lugares diversos em azul claro: observe a explicação desta cor para a
casa e faça a análise do lugar. Por exemplo: uma escola pintada de azul claro
pode representar a falta de diálogo, ou o sentimento de inadequação e timidez
relacionados a este local.

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 AZUL ESCURO

Casa pintada de azul escuro: pode ser a representação de um lar onde


as atitudes são impensadas. Um lar onde existe alguém com problemas da
ordem psicológica. Casa muito agitada psicologicamente. Família onde se
dorme pouco pensa-se muito, e cada um vive em seu mundo mental interior.
Pode denotar também família onde as pessoas são intelectualmente ativas,
porém o aspecto intelectual não favorece as relações familiares.
Árvores e plantas pintadas de azul escuro: pessoa com tendência à
confusão mental por isso tem dificuldades na vida. A mente funciona em 220
volts, por isso podem ser hiperativas, apresentar fadiga mental, estresse,
desânimo, dores de cabeça, insônia, e toda desordem psicológica ou cerebral.
Céus e nuvens pintadas de azul escuro: podem denotar uma pessoa
com pensamentos persistentes, manias, tendência à depressão e às drogas,
confusão mental, pensamentos desconexos, sono agitado, e toda desordem
psicológica.
Objetos pintados de azul escuro: mais uma vez deve-se observar o
teor do objeto. Lembre-se que o azul escuro denota os aspectos psicológicos e
cerebrais. Por exemplo, uma mesa de cozinha pintada de azul escuro pode
denotar relações familiares muito confusas, ou uma cama nesta cor
representará o sono agitado, pesadelos recorrentes, insônia, etc.
Lugares diversos em azul escuro: seguirá a representação da cor para
a casa. Neste caso denotará local confuso, de relações mais focadas nos
aspectos interiores que exteriores.

 VIOLETA OU ROXO

Observação: todas as cores nas tonalidades: roxa, violeta, lilás vibram na


mesma freqüência.
Casa pintada de violeta: pode representar família com graves
desordens de relacionamentos. Muita violência doméstica, abusos da ordem
sexual. Família envolvida com rituais místicos ou religiosos. Pessoas muito
focadas em atividades ilícitas.
Árvores e plantas pintadas de violeta: pessoa com tendência a
problemas da ordem física cerebral. Pessoa com pesadelos recorrentes. Sono
agitado, terror noturno. Muito presa nas coisas materiais, focando sua existência
no possuir, no acumular riquezas. Tende a seguir o caminho das atividades
ilícitas, criminais e obscuras.
Céus e nuvens pintadas de violeta: denotam pessoas interiormente
inquietas nos aspectos religiosos, tendo dificuldades de encontrarem um
caminho místico, buscando a salvação ou a paz espiritual em diversos
segmentos diferentes e mergulhando cada vez mais em um imenso vazio
existencial. Na maioria das vezes, acaba por desviar-se do caminho religioso e
cai no mundo da ilegalidade, da promiscuidade, das drogas. É uma pessoa com
grande potencial, mas com uma incrível tendência a tudo que é perigoso e
proibido.
Objetos pintados de violeta: pode representar o aspecto negativo
desta vibração como por exemplo: um objeto pontiagudo ou comprido nesta cor,
corresponde à conflitos interiores sobre religião e sexualidade, sobre o que é
pecado e o que é permitido, as cobranças de que sexo é sujo e dificulta nossa
salvação mística.
Lugares diversos em violeta: vide a vibração desta cor na casa e faça o
paralelo ao lugar. Caso seja um local de atividades negativas e ilícitas pintadas
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nesta cor, denotará os conflitos desta pessoa em relação a este lugar e o que
nele acontece, ou seja, representará o lado positivo deste ser, em conflito com o
que há de mais negativo neste lugar.

 PRETO

Observação: todas as cores que vibram na freqüência do preto, seguirão


o mesmo padrão de análise, como: cinza, marrom e suas variações.
Casa pintada de preto: denota falta de esperança na união familiar, luto
por perda de ente querido, lar destruído ou desfeito. Separação dos pais.
Família muito introvertida.
Árvores e plantas pintadas de preto: pessoa introspectiva, negativista,
pessimista, tem uma visão apequenada sobre a vida. Tendência a dores em
geral e a doenças das mais variadas.
Céus e nuvens pintadas de preto: tendência à depressão, ao
isolamento, à rebeldia. Pessoa com crises existenciais agudas. Sente-se
incapaz, inferior, complexo de inferioridade. Forte tendência ao abuso de
drogas. Representa os aspectos inconscientes do ser.
Objetos pintados de preto: deve-se observar os objetos em questão,
por exemplo: um carro em preto, pessoa que abusa da velocidade, brinca com o
desejo de morte, não tem medo da morte, arrisca de forma perigosa a própria
vida.
Lugares diversos em preto: representará um sentimento sombrio e
mórbido do local, bem como os aspectos de tristeza, negatividade, introspecção
ou luto.

6. ESTUDO AMPLO DOS SÍMBOLOS

Simbologia dos objetos


Todo objeto pontiagudo, comprido, cilíndrico pode denotar
inconscientemente o órgão sexual masculino, enquanto todo o objeto usado
para guardar algo como: gavetas, caixas, porta-jóias, podem representar o
órgão sexual feminino. Por exemplo, um cigarro sendo tragado pode ser a
representação do desejo de se fazer sexo oral, enquanto a representação de se
guardar algo dentro de uma caixa ou gaveta pode representar a vontade de
penetração sexual.
Armas: objetos como armas, facas, canivetes, estiletes ou espadas
podem representar o instinto de sobrevivência, o ímpeto de luta, o macho
demarcando território. Também pode demonstrar lembranças traumáticas, medo
de morte ou desejo de vingança.

Lápides: túmulos e lapides simbolizam normalmente o medo da morte, o


desejo mórbido de morrer, fuga dos problemas, pensamentos suicidas.

Cruz: pode representar a busca de perfeição como Cristo que morreu na


cruz para salvar o mundo do pecado, portanto pode representar a purificação
dos pecados.

Livros: representa sabedoria, conhecimento.

Caneta, Lápis: representa o sentimento de repassar conhecimento,


vontade de ensinar, necessidade de aprender.
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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 13
Carro: representa nova atitude de dirigir nossa vida. Estar dirigindo um
carro exemplifica o guiar os rumos da nossa existência, o caminho certo a
seguir, a forma como chegar onde queremos. A representação de dirigir um
carro é ter o total domínio de sua vida. O medo de dirigir demonstra insegurança
em relação à vida. Cenas de acidentes denotam atitudes erradas que podem
estar nos levando em direção ao caos pessoal. Estando do lado do passageiro
pode significar que estamos entregando os rumos da nossa vida à outra pessoa,
demonstrando com isso sermos submissos, sem vontade própria.

7. INTERPRETAÇÃO DA SIMBOLOGIA DOS PRESENTES

Outra forma lúdica de estudar a interpretação dos símbolos é


observando os presentes recebidos nas datas comemorativas como: Natal,
Aniversário etc... vamos à prática:

Facas, Espadas ou Canivetes: no passado, quando alguém era


desafiado para um duelo geralmente presenteava seu oponente com uma
espada igual à sua, demonstrando que desejava uma luta justa. Porém, este
presente denota o desafio, a briga, a discórdia. Portanto, inconscientemente
presentear alguém com estes objetos pode representar o lançar de um desafio
para uma briga. É comprovado que muitas pessoas mesmo as que se amam,
após receberem este tipo de presente apresentam atitudes rudes com quem as
presenteou.

Calçados: os calçados representam a proteção no caminhar. O desejo


de que o outro encontre o verdadeiro caminho na vida. Presentear com um
calçado confortável é o desejo inconsciente de que esta pessoa
verdadeiramente encontre o rumo em sua existência, tendo esta trajetória bem
protegida e amparada. Por outro lado, o calçado apertado, denota desejo que o
outro seja reprimido, sofra, ou pague por algo que nos fez, caminhando e
sentido o apertar em seus pés, ou seja, dificultando a sua caminhada.

Perfume: ao receber um perfume de presente observe a fragrância


recebida:
a) Perfume Fragrância Doce: se for um cheiro doce denota que é
esperado que você desperte a sua criança interior, veja o lado lúdico de sua
existência. Esta fragrância pode remeter-nos lembranças do tempo de infância,
porque a maioria das crianças costuma gostar muito de doce. Partindo deste
ponto poderemos notar que pessoas que gostam somente de perfumes doces
são mais delicadas e acreditam mais intensamente em um mundo melhor, são
pessoas sonhadoras e carinhosas. As que por sua vez sentem repulsa por tais
cheiros, bem como não se adaptam bem a eles, podem denotar uma infância
difícil, onde podem ter sofrido algum tipo de decepção, bullying, ou algum tipo de
trauma maior.
b) Perfume Fragrância Cítrica: o gostar desta fragrância podem
denotar uma vida cheia de amarguras, alguns episódios de grande turbulência
na vida, pode ser uma pessoa que devido a uma criação muito rígida, vive
sempre pronta para um combate, nunca abaixa a guarda, vendo sempre o lado
negativo das coisas, é uma pessoa pessimista. Pode também ser uma pessoa
muito carente, que varia muito seu estado de humor. Portanto ao presentear
alguém com este perfume inconsciente, ou estamos apenas exteriorizando o
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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 14
que o outro nos mostra ou desejando que esta pessoa passe a seguir este
padrão de comportamento.
c) Perfume Fragrância Amadeirada: Pessoa que tem tendência a
ser neutra em situações que exige sua opinião para resolver um impasse, não
gosta de confusão, muito observadora, introspectiva, e que não consegue
demonstrar seus sentimentos com tanta facilidade. Portanto ao presentear
alguém com este perfume inconsciente, também ou estamos apenas
exteriorizando o que o outro nos mostra ou desejando que esta pessoa passe a
seguir este padrão de comportamento.

Roupas: dependendo da roupa recebida haverá a demonstração do que


foi desejado:
a) Lingerie: é um presente muito íntimo, por isso, pode denotar o
desejo sexual, o desejo pelo presenteado, ou a vontade que esta pessoa
desperte sua sexualidade. Pode também denotar certo desejo inconsciente que
a pessoa não tem coragem de realizar, uma fantasia sexual, ou uma vontade de
ser mais sexy, porém se sente inapta para isto, então acaba por projetar no
outro seu desejo, refletindo no presenteado seu desejo.
b) Roupas Curtas ou Apertadas: mais uma vez quem presenteia
com algo menor que o tamanho do presenteado pode ter uma visão distorcida
sobre ele, ou realmente tem o desejo por constrangê-lo ou gosta do sofrimento
alheio. Para quem usa roupas com estas qualidades, demonstra um desejo de
ser percebido (a), de ser desejada, uma pessoa que pode se sentir diferente das
outras e que acha que é preciso mostrar alguma parte do seu corpo para ser
notada, pessoa de baixa auto-estima e que se sente incapaz, ou pode denotar
um desejo inconsciente por ser agarrado ou violentado, pode também mostrar
uma violência, ou abuso já acontecido.

Carro: quando um pai dá um carro para seu filho recém completado 18


anos, ele espera que seu garoto já tenha a maturidade para seguir os caminhos
da sua vida, guiando seus passos de forma segura, denotando maturidade. Por
isso, presentear com um carro pode demonstrar o querer que o outro dirija sua
própria vida.

Eletroeletrônicos: presentear alguém com um eletroeletrônico pode ter


vários significados. Se os pais presenteiam um filho pode denotar que querem
apenas agradá-lo ou ocupá-lo, pois, quanto mais ocupados os filhos estão,
menos tempo terão de gastar com a educação deles. Parece cruel ou exagerada
esta explicação, porém é a realidade na cultura moderna. Antigamente a
televisão era a babá eletrônica, hoje os computadores, tablets, celulares,
tomaram este espaço. Aliás, observem as famílias, quanto tempo os filhos
passam em frente ao computador e quanto tempo estes mesmos filhos tem de
diversão ou diálogo com seus pais? É assustador, mas existem famílias que
dentro de suas casas se comunicam por e-mails. Quando presenteamos alguém
com um aparelho, esperamos que esta pessoa faça uso verdadeiro do objeto,
portanto, presentear a esposa ou a mãe em datas especiais com uma batedeira
ou um fogão é expressar o desejo que elas sejam apenas donas de casa,
escravas do lar.

Chapéu ou Boné: denota o sentimento de proteção. Presentear com


boné, chapéu, gorro ou algo que proteja a cabeça, representa o desejo que o
outro seja ou esteja protegido.

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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 15
Flor: é um lindo presente, porém dependendo de como ela é
apresentada, pode ter uma explicação diferente:
a) Flores saudáveis, vivas e brilhantes: significa um gesto de
delicadeza e carinho, amor, reconhecimento, respeito.
b) Flores Murchas: representa perda da pureza, inocência, falta de
respeito e submissão.
c) Flores com muitos espinhos: como presente pode significar o
desejo de que o outro aprenda a lidar com as dificuldades da vida, ou que se
fira. Também pode denotar para quem gosta dela assim, que a pessoa sente
uma carga pesada demais, e não se sente capaz, às vezes percebe-se
injustiçada e se faz de vítima. (ex: porque tantos espinhos na minha vida? São
tantos problemas!, não aguento mais!, etc.).
d) Flores Com Pétalas Curtas Ou Botões: representa algo novo
que está por acontecer, um plano, uma ideia, um novo relacionamento.
e) Flores Grandes e Frondosas: denota uma grande vontade de
alcançar a glória, ter reconhecimento, às vezes pode ocupar um local de
destaque e se sente intocável, se vê como uma pessoa indispensável no meio
em que vive (a estrelinha). Portanto quem presenteia com uma flor nestas
características poderá ter esta mesma concepção sobre o presenteado.

Charuto: quando um homem torna-se pai, ele presenteia seus amigos


com um charuto. Neste caso o objeto representa sua virilidade, o órgão sexual
masculino ereto e potente. Simbolicamente demonstra a todos que ele é pai,
pois comprovou sua virilidade de macho, mantendo o controle e fertilizando a
parceira.

Alimento: ao receber como presente um alimento devemos observar


exatamente o que foi ganho, para um estudo mais, profundo. O chocolate é
simbologia do prazer, seja sexual, o prazer da felicidade, alegria, sorriso. Um
doce denota desejo de fazer o outro feliz, mais lúdico, desperta a criança
interior. O bolo pode representar união familiar, o desejo de casar. Alimentos
salgados remontam a sobriedade o recebimento de uma conversa mais séria, o
desejo de que enxerguemos a vida com mais seriedade. Um convite para jantar
representa o desejo de estreitar as relações, torná-las mais íntimas, ou resgatá-
la.

8. SIMBOLOGIA DOS ANIMAIS

Beija-Flor: desejo de copular, vontade de penetração, pois o beija-flor


copula com as plantas;

Animais mitológicos: denota um mundo paralelo, algo proibido,


fantasioso, ilusório, onde a pessoa se sente intimidada ou se auto repreende por
tais pensamentos;

Antílope ou corça: relacionamento e simpatia;

Leão: representa coisas móveis, enérgicas e agressivas uma paixão


impetuosa;

Elefante: é o símbolo de firmeza, base e solidez;

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Crocodilo: paciência, capacidade de percepção sensorial;

Aranha: simboliza leveza e a capacidade de criação, consegue sair de


varias situações embaraçosas;

Cobras: representa a perspicácia, ousadia, rapidez, melindrosidade,


malandragem, o sexo, o órgão sexual masculino, a fecundação, a traição, nosso
lado negativo;

Porco: representa para muitos a impureza, pode ser representado por


magoas, rancores ou ódio por atos, palavras ditas por pessoas queridas.

Águia: Voa alto não tem medo de arriscar em novas coisas, grande
capacidade de renovação e mudanças.

Lobo: representa o canto noturno que amedronta, determinado e


obstinado, nunca se rende diante dos perigos;

Cão: simboliza a amizade, a fidelidade, a parceria, o companheirismo.


Aquele que nunca o abandona mesmo nas horas difíceis. Caso aparecer um
pequeno cão tipo bassê, representa alegria a tranqüilidade, o olhar de piedade e
coitadinho, enquanto um Pit Bull representará a raiva, a ira e a falta de controle
perante as situações da vida

Gato: representa a esperteza, a agilidade, o cinismo, o mistério, o


místico. Animal sagrado para certos grupos como os egípcios, ou herege para a
igreja católica na inquisição, por ser o símbolo da bruxaria e da magia.

9. SIMBOLOGIA DO MASCULINO E FEMININO

Clitóris: é a simbologia do masculino na mulher, representa um pequeno


pênis. É a lembrança na mulher de sua porção masculina. Por isso, em algumas
culturas esta parte anatômica é extirpada da mulher. Simbolicamente é como
retirar dela a igualdade sexual.

Prepúcio: simbolicamente representa o lado feminino no homem. Por


isso, a circuncisão representa a afirmação da masculinidade e da virilidade.

Sol: é o fogo, o masculino, que acende, o que queima, o que dá vida, o


provedor, representa nosso estado maior, o sol é o consciente, o racional.
Representa o dia (masculino).

Lua: a lua é o feminino, o inconsciente, o mistério. Como o romantismo é


típico da alma feminina, a lua é a representação de todo sentimento de amor, de
romance, de sensualidade. Também representa a noite ( o feminino)

Água: representação do feminino, a água é a fertilidade do solo, portanto


é a representação exata da essência feminina. É o líquido que dá vida, como a
mãe que gera o filho em seu ventre.

Fogo: é a representação do masculino, denota força, poder, destruição,


vitória sobre o inimigo, a sexualidade aflorada.
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Consciente: representação do masculino, o racional, metódico, enxergar
a vida com praticidade, Assim como o órgão sexual masculino é
externo,também é sua predominância mental.

Inconsciente: representação do feminino. O sentimento, as emoções,


são expressões do inconsciente. Assim como o órgão sexual feminino é interno,
sua psique é interiorizada no inconsciente mais profundo, sua predominância
mental.

Pirâmide: é o feminino, o que dá vida, energia, que faz nascer de novo, é


a barriga da mãe. Ao receber um Faraó esperava-se que o útero piramidal
pudesse fazê-lo nascer novamente.

Faraó: é o masculino, o poder a virilidade que até no momento de morte,


necessita do feminino. Ao penetrar novamente no ventre materno (pirâmide)
esperava-se o renascer pela gestação da fêmea.

Beija-flor: é o órgão masculino que penetra o órgão feminino,


fecundando a fêmea.

Flor: é o órgão sexual feminino que recebe o masculino, e se fertiliza.

10. SIMBOLOGIA DAS FRUTAS

Maçã: representa o corpo masculino também, pode ser a representação


do pecado, algo proibido.

Pêra: representa o corpo feminino.

Uva: simboliza o desejo de crescer (profissionalmente) ser reconhecido.


Com tendência ao autoritarismo, espírito competitivo, característica para ocupar
lugar e posição de destaque.

Abricó: o despertar da criatividade, desenvolvimento criativo.

Ameixa: desperta a sensibilidade.

Jujuba ou Tâmara: clareza.

Pêssego: intuição.

Castanha: espontaneidade.

Banana: simboliza o órgão masculino, a masculinidade e virilidade.

Acerola: vitalidade e saúde

Laranja: vitalidade

Jabuticaba: denota uma conversa mal resolvida, algo que feriu e não sai
da cabeça (vingança).
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Kiwi: simboliza a fertilização, a fruta, podemos ter como um ovário e suas
sementes como a entrada do sêmen a fecundá-lo.

11. A LIVRE ASSOCIAÇÃO DE PALAVRAS

A livre associação de palavras é uma técnica que consiste em fazer


um paralelo, entre o pensamento expresso através das palavras escritas ou
verbalizadas, e os símbolos que estes vocábulos representam. Não se trata do
estudo da semântica, mas sim do seu significado inconsciente. Portanto, é
associar o que foi trazido à luz do consciente, com algum símbolo interpretado
do inconsciente.
Esta técnica foi muito aplicada por Carl Gustav Jung em suas
pesquisas psicanalíticas, e incansavelmente testada em milhares de pacientes
com problemáticas variadas, facilitando e muito o trabalho terapêutico.
Para uma palavra ser considerada como válida na interpretação
inconsciente, tem que ser aquela falada com desenvoltura, de forma rápida,
dinâmica, sem pestanejar, sem o filtro do consciente. Assim, somente
poderemos fazer uma análise psicanalítica nesta técnica, de palavras
pronunciadas com rapidez, pois de outra forma, ela estará carregada com os
estigmas, pensamentos, e deduções do consciente. O que queremos é aflorar o
inconsciente e não burlar uma informação interior com idéias e conjecturas
exteriores. Através desta explicação, torna-se claro que para uma palavra ter
algum peso nesta livre associação, ela deve ser respondida com precisão,
desenvoltura, espontaneidade. Por isso devemos seguir a regra do tempo-
significado, onde haverá a relação de veracidade inconsciente com o tempo de
duração para que a palavra seja dita, com isso, facilitamos e muito o trabalho do
analista, pois ele passa a ter um parâmetro para se basear e confrontar seu
consulente na análise pessoal.

Vamos começar nossos estudos com a técnica empregada por Gustav


Jung. Seguindo fielmente o trabalho deste nobre psicanalista. Aqui será
necessário seguir a metodologia empregada:
1º) O experimentador solicita que a pessoa diga a primeira palavra que
lhe vier à mente quando ouvir a palavra-estímulo;
2º) É medido então o tempo de reação ao estímulo. Literalmente é
cronometrada a demora da resposta do analisado. Normalmente é considerada
como uma resposta limpa entre 1 a 2 segundos, o que passar deste tempo deve
ser anotada também, porém o resultado do cronômetro deverá estar assinalado
juntamente com a resposta, para que o psicanalista tenha noção do padrão da
mesma;
3º) Depois de respondida as cem palavras, será pedido que o analisado
repita a resposta para cada uma. Cada vez em que a pessoa repetir a mesma
resposta será assinalado na frente. Lembramos que as palavras que forem
repetidas como repostas, devem ter ênfase maior no estudo psicanalítico, pois
denotam a expressão de uma idéia reafirmada;
4º) Inicia-se após isto o estudo dos indicadores de complexos: repetição
da palavra estímulo,correta repetição, tempo demorado de reação,
compreensão errada da palavra estímulo, gagueira: que denota estresse alto, ou
seja, complexo explícito em relação a esta palavra;
5º) Na última etapa é pedido que a pessoa faça associações de cenas e
eventos da vida(amplificação) relacionados às palavras onde foram detectados
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complexos evidentes;

A livre Associação de Palavras não é simplesmente uma técnica de


memória, evocando palavras avulsas. Lembremo-nos dos símbolos e o que eles
representam, portanto cada palavra respondida traz em si um significado que
deve ser levado em consideração sempre. Cada palavra-estímulo representa um
padrão da psique do paciente, exteriorizando ao plano consciente, padrões
mentais do inconsciente mais profundo. É certo que a resposta (atitude) dada à
palavra-estímulo evidenciará a mesma atitude que esta pessoa terá na vida real
relacionada a este tema. Como dizia Jung “Certas palavras-estímulos designam
ações, situações ou coisas em que a pessoa experimental não conseguiria
pensar e agir com segurança e presteza nem na vida real; o mesmo acontece
no experimento das associações”.

Modelo de Aplicação do Teste:


1º) A técnica deve ser empregada com o psicanalista e o analisado
sentados um de frente para o outro;
2º) Os instrumentos utilizados são: lista de palavras-estímulos ou
indutoras que seguirão em um gráfico de teste, cronômetro e caneta para
anotações das respostas. Lembramos que o analisado não terá acesso durante
o processo às palavras escritas, somente deverá ouvir a pronúncia da listagem e
imediatamente responder com a primeira palavra que surgir em sua mente;
3º) O terapeuta deve deixar bem claro ao consulente que ele deve
responder sempre com uma única palavra e que o tempo da resposta será
assinalado;
4º) O psicanalista lê a palavra-estímulo de forma audível porém não muito
alto e após tê-la pronunciado dispara o cronômetro, finalizando a
cronometragem assim que o analisado disser a primeira sílaba da sua resposta;
5º) Na sequência anotará a resposta proferida e o tempo reflexo a ela;
6º) Depois de perguntadas as cem palavras, o experimentador repetirá as
palavras(reprodução do experimento) com o intuito de verificar os temas com
maior possibilidade de complexos. Nesta etapa não será medido tempo,
deixando livre o analisado para que pense e reflita sobre a resposta que foi
dada. O psicanalista nunca deve dar pistas ou dicas ao paciente sobre o que foi
dito anteriormente;
7º) As respostas corretas, ou seja, que repitam a palavra dita
anteriormente serão assinaladas com um sinal positivo(+) enquanto que as
respostas que não sejam iguais serão marcadas com um sinal negativo(-
).Porém a nova resposta deverá ser assinalada na coluna correspondente no
gráfico teste;

Aplicabilidade da Técnica:
Discussão: esta etapa começa com o psicanalista perguntado ao
analisado se durante o processo ele teve consciência de alguma dificuldade ou
perturbação em dizer a resposta desejada, ou se durante a aplicação da técnica
teve alguma inibição relacionada a alguma palavra-estímulo, que tenha
dificultado sua reação à resposta;
Avaliação dos Resultados: Os principais critérios nesta técnica são o
tempo de reação à palavra-estímulo e a sua repetição correta na segunda etapa
do experimento;

Indicação de Prováveis Complexos


1) Tempo demorado para resposta: acima do padrão entre 1 a 2
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segundos poderá ser indicação de complexo;

2) Reprodução incorreta ou escassa:


a) Perseveração: é a reação que a palavra-estímulo causa no
analisado levando-o a toda atitude mental subsequente;
b) Falha: é quando não há qualquer tipo de resposta verbal à palavra
indutora, indicadora de um micro-efeito de estupor emocional, registra-se a falha
quando esperamos mais de três segundos pela resposta que não vem;
c) Repetição da palavra-estímulo: é quando sujeito repete a mesma
palavra indutora que lhe foi proferida. Com isso acaba ganhando tempo para
fazer conjecturas conscientes, buscando burlar as informações do inconsciente,
inibindo a espontaneidade da resposta. Toda esta reação deve ser anotada com
detalhes;
d) Ouvir mal ou a não-compreensão da palavra-estímulo:
podemos interpretar isto como um “ato falho” ou “ação-falha”. É mais uma forma
de fuga da realidade inconsciente ou denota realmente dificuldade de
compreensão e interpretação lógica;
e) Reações Pantomímicas ou Mímicas acompanhando a resposta:
gagueira, interjeições, exclamações, e outras reações exageradas, são
entendidas como ações somáticas. Tudo isso é a representação de um alarme
disparado pelo analisado;

3) Lapsos de Linguagem:
a) Respostas Desconexas: são respostas sem sentido aparente, onde a
palavra respondida apresenta-se fora do contexto da indutora. Quando isso
acontece, fica claro que estamos lidando com uma reação defensiva, onde
certamente existe algum motivo impedindo o analisado de assimilar o significado
da palavra-estímulo;
b) Respostas Sonoras: o analisado simplesmente pega a pronúncia que
ouviu na listagem estímulo e reproduz uma resposta foneticamente similar,
através de rimas ou sons que lembram a palavra indutora;
c) Respostas Longas: acontecem quando o analisado ou não
compreendeu as instruções iniciais ou foi incapaz de segui-las. São sentenças
longas; frases, diversas palavras na sequência mesmo desconexas. Pode ser
interpretado como certa dissimulação em relação à resposta;
d) Resposta em língua estrangeira: não representa uma resposta
imediata. Trocar esta resposta por uma palavra de outra língua pode representar
uma tentativa de confundir o psicanalista, ou o medo de se expressar
abertamente;
e) Estereótipos: são respostas que são repetidas em diversos lugares da
mesma forma. Ou seja, o analisado faz uso de respostas prontas, idéias gerais
que não fazem parte de uma simbologia de seu eu inconsciente, mas de um
conhecimento coletivo, não retratando sua psique;

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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 21
Gráfico do Teste de Livre Associação de Palavras
Palavra-Estímulo Tempo Reação Reprodução Correta Indicadores de
Número Resposta
Complexos
01 Homem
02 Navio
03 Animal
04 Cantar
05 Morte
06 Cabeça
07 Verde
08 Contar
09 Janela
10 Virgem
11 Mesa
12 Perguntar
13 Vila
14 Frio
15 Água
16 Dançar
17 Mar
18 Doente
19 Orgulho
20 Igreja
21 Tinta
22 Ruim
23 Agulha
24 Nadar
25 Viagem
26 Azul
27 Infância
28 Errar
29 Pão
30 Rico
31 Árvore
32 Caminhar
33 Pena
34 Amarelo
35 Montanha
36 Surpresa
37 Sal
38 Novo
39 Moral
40 Falar
41 Dinheiro
42 Morrer
43 Amor
44 Desprezar
45 Dedo
46 Caro
47 Gato
48 Cair
49 Livro
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50 Comunhão
51 Sapo
52 Separar
53 Fome
54 Livro
55 Criança
56 Cuidar
57 Lápis
58 Triste
59 Herói
60 Casar
61 Casa
62 Querido
63 Vidro
64 Brigar
65 Pele
66 Grande
67 Relação
68 Pintar
69 Pai
70 Velho
71 Flor
72 Bater
73 Alma
74 Praia
75 Família
76 Lavar
77 Vaca
78 Guia
79 Sorte
80 Mentir
81 Sofrer
82 Estreito
83 Irmão
84 Temer
85 Mulher
86 Falso
87 Angústia
88 Beijar
89 Sete
90 Puro
91 Porta
92 Votar
93 Noiva
94 Contente
95 Cruz
96 Dormir
97 Mês
98 Lindo
99 Mãe
100 Promessa
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12. A PSIQUE - PROBLEMÁTICAS HUMANAS

Psicopatia
Psicopatas são pessoas destituídas do senso de responsabilidade
ética e moral, que deveria ser a base essencial das relações emocionais entre
os seres humanos. São frios, manipuladores, perversos, insensíveis,
impiedosos, imorais, desprovidos de sentimento de compaixão, remorso ou
culpa. São chamados de predadores sociais. Podem ser mulheres ou homens,
negros, brancos, mestiços, rico ou pobre, católico, protestante, mulçumano ou
budista. Independe de credo, raça, sexo ou nível social.
Muitas pessoas pensam que psicopatas são aqueles assassinos em
série. Não. Os psicopatas são pessoas infiltradas na sociedade, teoricamente
são normais, e na maioria das vezes passam despercebidos, principalmente por
serem muito espertos, fazendo suas armações à surdina, de forma a nunca
serem percebidos. Destroem famílias, levam pessoas à ruína, acabam com
relacionamentos. Seu único objetivo é realizar seus desejos pessoas, não
importando se para isso tem que destruir outra pessoa, aliás, para eles isso é o
que menos importa, pois são desprovidos de piedade.
O psicopata pode ser aquele novo funcionário da empresa,
simpático, atenciosos, parecendo ser gente boa, mas que aos poucos, vai se
aproximando do chefe, minando outros funcionários, criando intriga, jogando uns
contra os outros, tendo como foco, chegar a um cargo de chefia. Desta forma,
demonstra sua psicopatia, sendo calculista, frio, não pensando por nenhum
momento que levar um colega a perder o emprego poderá causar sofrimento a
quem quer que seja.
Também pode ser chamado de psicopata aquela mulher, que se
aproveitando de sua beleza, seduz um homem rico, deixa-o apaixonado, destrói
seu casamento, consegue passar para seu nome todos os bens que ele possui,
depois disso, descartá-o, deixando para trás um rastro de destruição na vida de
sua vítima.
Outro caso que se enquadra na psicopatia são os traficantes, que
mesmo sabendo de todo o mal e destruição que as drogas causam, traficam
com o único intuito de lucrarem cada vez mais. Assim, não pensam nas famílias
e vidas destruídas pelo vicio que vão causar.
São muitos os casos que podem ser caracterizados como psicopatia:
o estuprador que não pensa que as vítimas podem ficar traumatizadas, o
estelionatário que leva pessoas à ruína financeira sem se preocupar com as
conseqüências, o político corrupto que desvia milhões de obras públicas como
hospitais, creches escolas, etc. Portanto, toda pessoa que age de forma fria,
sem preocupar-se com as outras e as conseqüências de seus atos, agindo com
o único propósito de satisfazer seus desejos e projetos pessoais, não levando
em consideração o mal que pode causar, é um psicopata em potencial.
Em pesquisas recentes constatou-se que pelo menos de 20% a 30%
dos encarcerados nos presídios tem tendência à psicopatia. Por isso, reiteramos
que as leis deveriam ser muito mais severas que as atuais, pois como não há
tratamento eficaz contra a psicopatia, o único remédio que hoje dispomos para
frear suas maldades é a exclusão da sociedade.
Um dado preocupante e que nos chama atenção é a quantidade de
adolescentes que cometem crimes bárbaros e cruéis e como são inimputáveis,
ficam pouco tempo apreendidos e logo são soltos, recorrendo novamente no
mundo do crime. Sabendo-se que entre 1% a 4% da população é psicopata ou
tem tendência à psicopatia, certamente este percentual também atinge crianças
e adolescente, ou seja, as leis brasileiras atuais são verdadeiras mães para
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estas pessoas. Pois imaginem dar a pessoas sem o mínimo senso de
compaixão, ou sensibilidade de possuir remorso, o poder de fazer o que bem
entender, tendo a certeza da impunidade, é exatamente isso que acontece hoje
no Brasil, os adolescentes psicopatas aproveitam-se da mesma lei que ampara
os adolescentes infratores que não possuem este distúrbio. A gravidade disso, é
que existe um exército de adolescentes psicopatas, uma verdadeira legião do
mal, que mata, trafica, estupra, cometem todo tipo de atrocidades, sem medo,
pois sabem que estão amparados pela lei de nosso país, que diz que ele não
poderá ser preso, simplesmente ficará apreendido, no máximo por 3 anos e
depois será liberto com a ficha limpa, como se nunca tivesse cometido crime
algum. Poderíamos dar vários exemplos aqui de adolescentes psicopatas,
porém existem muitas pessoas que tem o discurso fantasioso de um mundo do
faz de conta, onde todas as pessoas, principalmente os jovens, todos, são
vítimas da sociedade, portanto, deverão ter a chance de se reintegrem à
sociedade. Tolos, para a psicopatia não há cura, enquanto não mudam as leis,
um grande número destes seres desprovidos de sentimentos nobres e positivos,
estão destruindo a sociedade, pois eles tem a seu favor, o estatuto da criança e
do adolescente, que é um documento maravilhoso no que diz respeito aos
direitos, mas deveria ser severo quando fala nos deveres.
Portanto psicopatia independe de idade, classe social, raça, credo ou
sexo. É um distúrbio de personalidade, que não tem cura. Devemos ficar
atentos, pois geralmente são pessoas muito atenciosas, sempre prontas a
ajudar. Devemos lembrar que nenhum ser humano será sempre alegre e
esbanjando simpatia 24 horas por dia 7 dias da semana. Este pode ser um sinal
de algo está errado com esta pessoa. Outros sinais são perceptíveis já na
infância, pois crianças muito cruéis com animais e outras crianças, podem estar
demonstrando características psicopatas. Crianças que não demonstram
sentimentos de tristeza mesmo nos momentos mais complexos também podem
estar demonstrando sua personalidade insensível. Além disso, a constância em
querer incendiar ou destruir objetos, colocar fogo em cômodos, móveis e
animais podem ser indícios de psicopatia.
Infelizmente para os leigos é muito complexo definir se alguém é um
psicopata, principalmente por serem pessoas aparentemente normais, que
trabalham, estudam, são simpáticas, muitas vezes gentis, atenciosas, é claro,
sempre com o intuito de destruir os demais em detrimento de seu prazer e
sucesso próprio. Aliás, o sofrimento alheio lhes dá muito prazer. O sentimento
de ser vencedor, destruindo um oponente parece ser um elixir para estas
pessoas desprovidas de amor.
Partindo do ponto de vista físico, alguns estudos dizem que a
psicopatia pode ter explicação na sinapse, ou seja, o mecanismo de transmissão
elétrica entre os neurônios pode não estar ocorrendo de forma harmoniosa.
Mesmo assim, não se descobriu até agora nenhum medicamento ou processo
terapêutico capaz de reverter este processo. Portanto, a psicopatia é mais de
que um simples desvio de caráter, mas um problema neurológico, o que dificulta
em muito sua cura.
Aconselhamos para os interessados neste tema um livro que se torna
leitura obrigatória sobre Psicopatia que é: “Mentes Perigosas- Ana Beatriz
Barbosa Silva”.

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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 25
13. NEUROSE E PSICOSE

“A principal diferença entre Neurose e Psicose é que na Neurose a


pessoa sabe que é neurótico, tendo plena consciência dos seus atos, mas não
consegue controlá-los. Enquanto que os psicóticos não têm essa consciência,
perdendo a noção total da realidade”.

Neurose
Os sintomas mais comuns dos neuróticos são: manias, mentira
patológica (mitomania), baixa libido, insatisfação geral, depressão e síndrome do
pânico.
Exemplo clássico de neurose; TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).
Onde a pessoa sabe da mania, tem noção do exagero, porém não consegue
ficar sem praticá-lo até que busque ajuda terapêutica.
A sintomática da Neurose se subdivide da seguinte forma:
a) Angústia: doenças psicossomáticas, pensamentos suicidas,
depressão e crises de choro;
b) Obsessiva-Compulsiva: manias em geral (mania de limpeza, por
exemplo), não se aceita como é, muito sistemática e metódica, pensamento
excessivamente persistentes;
c) Fóbica: mania de perseguição, fixação por alguma coisa ou
alguém, algo ou alguém é a razão da angústia;
d) Histérica: excessivamente emotivas; crises de raiva.
Existem diferenças importantes entre Neurose e Psicose. Vamos estudá-
las agora:
1) Enquanto na neurose existe a autonomia psíquica, pois a perda
desta autonomia é de curta duração, atrapalhando a vida diária, mas pouco
prejudicando a personalidade. Na psicose há a perda quase total da autonomia,
interferindo diretamente na personalidade;
2) A neurose compromete a emoção, enquanto a psicose afeta: a
vontade, a razão e a ação;
3) O neurótico não perde a consciência da realidade enquanto o
psicótico sim;
4) O neurótico tem consciência da doença enquanto o psicótico não a
tem;
5) O neurótico consegue ter uma vida social relativamente
organizada, já o psicótico encontra extrema dificuldade para isso;
6) Os neuróticos aceitam bem a terapia, já os psicóticos são
geralmente arredios a ela;

Por isso podemos afirmar que o neurótico tem noção do seu problema,
aceita que o tem, que precisa de ajuda, e muitas vezes busca pela terapia na
esperança de melhora. E esta melhora, na maioria dos casos acontece, pois a
neurose por tratar-se de algo relacionado à psique: lembranças, vivências,
traumas, complexos, fobias, pode responder muito bem às técnicas
psicoterapêuticas, quando aplicadas focando no inconsciente mais profundo,
lugar onde podemos chamar de „berço das neuroses”. No caso das psicoses os
fatores são mais complexos, pois podemos inclusive acrescentar as causas
biológicas ou orgânicas.

Classificam como Neurose os seguintes problemas:


a) Distúrbios dissociativos: são alterações da consciência: amnésia,
fuga e personalidade múltipla;
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b) Distúrbios de Ansiedade: pânico, fobias, distúrbios obsessivos
compulsivos;
c) Distúrbios Afetivos: depressão (com sentimento de abandono,
rejeição e pensamentos suicidas em alguns), distúrbio bipolar;
d) Distúrbio psicossomático: aparecem com problemas físicos sem
explicação orgânica.

Problemáticas classificadas como neuroses: Transtorno obsessivo


compulsivo, depressão, síndrome do pânico, cleptomania, fobias, pensamentos
persistentes.

Psicose
O principal aspecto da psicose é a perda do contato com a realidade,
isso dependendo de sua intensidade. Em alguns momentos esta perda será
maior ou menor. Quando não estão em crise psicótica, estas pessoas terão uma
vida normal: desejo sexual, contato com as pessoas em geral, cuidam de seu
bem estar, alimentam-se, demonstrando assim que existe algum contato com o
mundo real. A psicose realmente acontece a partir do momento em que o
individuo relaciona-se com situações, coisas e objetos que são inexistentes
neste mundo real. Acaba por modificar sua rotina, sua vida, seus planos, sua
idéias, suas convicções, seu comportamento e interesses devido a idéias
incompreensíveis, absurdas, sendo um contraponto à realidade que se mostra a
sua frente, não se importando com esta realidade. Um psicótico pode de repente
criar a cisma de que o vizinho da casa ao lado está tramando um plano para
matá-lo, mesmo sabendo que na casa em questão não mora ninguém. Esta
cisma pertence ao mundo psicótico e a informação aceita que não mora
ninguém na casa é o contato com o mundo real. O que parecem dados
conflitantes para nós, para o psicótico não é, porém ele não sabe explicar como
um vizinho que lá não está pode fazer planos para matá-lo naquela residência.
Esta explicação para ele não é relevante, o importante é que este vizinho quer
matá-lo e ponto final. No mundo da psicose a realidade é outra, parece
inatingível para nós, mas acaba o psicótico por viver simultaneamente nestas
duas vivências: o mundo propriamente dito e o mundo psicótico.

Vamos conhecer alguns tipos de Psicose:

Delírios: são convicções absurdas, porém inabaláveis que o psicótico


tem, ou seja, juízos falsos da realidade. O caso descrito na explicação anterior é
um tipo de delírio, que se caracteriza pela certeza de um fato que esteja
acontecendo mesmo que aparentemente seja absurdo. Alguns casos já
descritos são muito interessantes como o rapaz que passou a achar que toda
vez que alguém coçasse a cabeça perto dele estivesse pensando que ele era
homossexual. O delírio acaba por ser fácil de detectar, pois são aparentes, e as
situações extremamente absurdas. Porém quando a idéia é de um fato possível
de ser verdadeiro, o caso necessita de um acompanhamento mais profundo
para a observação desta linha de pensamento que defende. Recomendamos
nestes casos o encaminhamento dos pacientes para profissionais habitados da
área de saúde mental.

Alucinações: é quando além dos delírios o doente começa a ter as


visões de coisas que fogem da realidade. Como o caso da mulher que tinha a
visão que seres espirituais saiam da sua televisão para persegui-la. Ou do rapaz
que afirmava que na parede de seu quarto havia milhares de aranhas subindo.
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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 27
Enquanto no delírio a pessoa tem a sensação de que algo está acontecendo, na
alucinação ele enxerga com certeza em sua visão psicótica: cenas, fatos, coisas
que fogem de nossa realidade. Aliás, não somente vê como pode ouvir, tocar,
cheirar, degustar o alvo de sua percepção.

Psicose Transitória: tem início repentino e curta duração, incapacitando


o paciente de sua atividades sociais e profissionais. Por tratar-se de um quadro
psicótico, na maioria das vezes o consulente nega estar acometido de tal
problema. Às vezes até aceita estar com algum problema, porém jamais
assumirá estar com algum transtorno mental. A maioria desses surtos vem
acompanhado de algum evento marcante, estressante, forte como; o fim de um
casamento, perda do emprego, perdas de um ente querido, mudança de
empregos, cidade, ou ambiente social, acidente com sequela, ou ferimento físico
muito severo. Até mesmo acontecimentos positivos com grande apelo emocional
podem desencadear o problema como: o casamento, o nascimento de um filho,
ser premiado em algum jogo, etc. O tempo médio entre o fato marcante e a
ocorrência do evento psicótico gira em torno de duas semanas, e sua completa
recuperação pode demorar até três meses em tratamento, sendo que a pior fase
psicótica acontece no primeiro mês. O tempo mínimo para ser considerada
psicose transitória é de 48 horas.

Psicose Puerperal: acontece entre o parto até 45 dias após. É uma


psicose desencadeada pelo parto, tem curta duração. Quando os surtos
psicóticos acontecem após este tempo, terá outra classificação, não sendo mais
consideradas como puerperais. Este evento é causado por mudanças bruscas
acontecidas durante a gestação e o parto como: violentas mudanças nas taxas
hormonais, além de todo estresse que o parto acarreta. É verificada grande
incidência de distúrbios mentais durante esta fase, principalmente em mulheres
que já tem histórico psiquiátrico. Para cada mil partos haverá um ou dois casos
de psicose puerperal. Acontecem com mais freqüências em mães de primeira
viajem e mães solteiras, não havendo relação do problema com a idade e cor da
pele.O início é súbito, acontecendo em 1/3 dos casos na primeira semana após
o parto e 2/3 no primeiro mês. O tema principal da psicose puerperal tem
relação com o bebê. Os principais temas dos delírios é achar que o bebe não
nasceu, nasceu morto, tem algum defeito ou foi trocado na maternidade. Em
alguns casos existe até tentativas de matar o bebê. Em casos sem histórico de
problemas mentais a recuperação pode ser rápida. Porém em casos onde há
histórico de bipolaridade, o tratamento deverá seguir o protocolo do transtorno
com medicação, acontecendo assim de forma mais natural. Já em casos de
esquizofrenia a gravidade é maior, pois durante esta fase pós parto as psicoses
podem ficam mais evidentes e crônicas e o tratamento deverá seguir o protocolo
psiquiátrico sobre o transtorno.

Surto Psicótico: acontece geralmente em decorrência da psicose


transitória, onde por algum acontecimento marcante a pessoa desenvolve uma
reação psicótica, podendo ficar violenta, demonstrando ira, descontrole,
agitação, delírios e alucinações. Geralmente da mesma forma que surgiu
desaparece a sintomática rapidamente. Porém em alguns casos os sintomas
prosseguem, o que pode denotar tratar-se de um problema mais sério.
Quando o paciente apresenta constantemente delírios e alucinações,
sintomas típicos da psicose, deve ser encaminhado ao psiquiatra pois pode
estar apresentando sinais de esquizofrenia.

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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 28
14. ESQUIZOFRENIA

A origem exata da esquizofrenia não é conclusiva, porém as


evidências indicam fortemente que trata de um severo transtorno do
funcionamento cerebral. As causas podem ser: fatores genéticos, química
cerebral e alterações estruturais. Também não estão descartados a origem viral
e traumas encefálicos. A esquizofrenia pode na verdade ser um grupo de
doenças relacionadas, umas causadas por um determinado fator e outras por
fatores distintos.
A esquizofrenia pode ser lenta, desenvolvendo de forma gradual,
enquanto que em outros casos pode ser rápida, desenvolvendo-se em semanas
ou até mesmo dias. Não há uma regra sobre sua manifestação, tanto pode
começar repentinamente e aparecer numa crise abrupta, como começar de
forma lenta sem apresentar mudanças tão perceptíveis, e somente após alguns
anos surgir crises características.
Normalmente a esquizofrenia se mostra na adolescência ou início da
juventude. Sendo que os sintomas vão surgindo de forma gradual durante
meses e a família e amigos muitas vezes nem percebem sua manifestação no
início. Desta forma é mais comum que uma pessoa com contato espaçado com
esta pessoa perceba melhor as mudanças apresentadas.
Geralmente os primeiros sintomas são a dificuldade em concentrar-
se, o que prejudica estas pessoas nos estudos e também levando a tensões de
origem desconhecida, causando insônia, desinteresse por atividades sociais e
isolamento.
Muitas vezes por surgir na adolescência e juventude pode ter os
sintomas confundidos com o uso de drogas. Outros julgarão serem crises
existenciais ou dúvidas sexuais. Por isso, um olhar mais específico e profissional
deve ser observado, pois quanto antes um tratamento for iniciado, melhor
resultado terapêutico será conseguido, mesmo sabendo que não há cura, ao
menos existem maneiras de se levar uma vida quase normal nestes casos.
Na maioria dos casos, os sintomas da esquizofrenia levam ao
abandono dos estudos ou à perda do trabalho, pois devido à falta de
concentração ou pela confusão mental, não conseguirá cumprir as funções do
dia a dia.
As famílias muitas vezes não querem aceitar que possuem um filho
esquizofrênico, tenta mascarar o problema, encontrando desculpas para a
sintomática: nervosismo causado pelo estresse, drogas, depressão, entre
outras. Desta forma, o tempo passa e os sintomas vão se agravando, e os
familiares somente se dão conta da gravidade dos casos quando percebem as
crises agudas com alucinações, audições de vozes, conversas confusas e sem
nexo.
Apesar da busca terapêutica precoce ser o melhor caminho, não
previne a esquizofrenia, que é uma doença sem cura. Os remédios conseguem
controlar de forma parcial os sintomas, porém não normalizam por completo o
consulente.
Com o consumo excessivo de drogas a maioria dos usuários,
principalmente de crack e oxi, passa em pouco tempo de consumo a apresentar
os mesmos sintomas da esquizofrenia: delírios, alucinações, audições de vozes,
visões, confusão mental, pensamentos sem nexo, perda de memória e
concentração.
Recomenda-se o encaminhamento imediato a um psiquiatra do
paciente que apresentar os sintomas deste distúrbio mental.

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15. AUTISMO

Autismo é um termo que generaliza na verdade um grupo de


transtornos de desenvolvimento cerebral, conhecido como “Transtorno do
Espectro Autista” (TEA). TEA são as manifestações que afetam: a capacidade
de se comunicar, o funcionamento social, levam a um padrão restrito
comportamental e podem vir acompanhados de deficiência intelectual. O TEA
constitui-se pelo Autismo, a síndrome de Asperger e pelo transtorno global do
desenvolvimento sem outra especificação. Para simplificar vamos usar o termo
genérico “Autismo” para toda problemática nesta categoria.
O Autismo existe em diferentes graus, por isso, haverá casos em que
a pessoa poderá ter uma vida de isolamento, vivendo em seu mundo interior, já
em outros, o acometimento do problema poderá ser mais leve, levando esta
pessoa a uma vida quase próxima da normalidade. Nos casos mais brandos do
problema chamado até o ano de 2013 de síndrome de Asperger, e que a partir
desta data passou a ser denominada de forma branda de autismo, encontramos
crianças com dificuldade de sociabilização, mas que apresentam linguagem
rebuscada para a idade, atos motores repetitivos(tiques) e interesses muito
intensos apenas por um ou poucos assuntos. Enquadra-se neste quadro o
jogador de futebol Lionel Messi, que teve o diagnóstico de autismo aos 8 anos.
Apesar de enorme sucesso como jogador, Messi apresenta ainda hoje os traços
de seu problema. Tem uma vida discreta, isolada, poucos amigos, quando joga
mantém sempre as mesmas jogadas, driblando sempre pelo lado direito,
apresentava desde criança uma fixação intensa pela bola. Porém esta forma
mais abrandada do autismo não acarreta em nenhum atraso ou retardo global
no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. Com isso, Messi
leva uma vida aparentemente tranqüila e normal, ele é casado, bem sucedido
profissionalmente e financeiramente e quem não sabe de seu diagnóstico nunca
poderá supor que ele sofra dessa doença. No seu caso o autismo se apresenta
da forma mais leve possível, exatamente do modo como aparece na maioria dos
casos.

O que devemos saber sobre o Autismo:


1) Afeta aproximadamente uma em cada 88 crianças. Esta incidência
é altíssima e representa número maior que casos de câncer, diabetes e HIV
positivo infantis somados. A quantidade elevada não representa uma epidemia,
mas vem em decorrência de especificações mais detalhadas dos sinais desta
síndrome, às pesquisas divulgadas, e à qualificação profissional sobre o tema;

2) Acomete mais pessoas do sexo masculino;


3) Mesmo com pesquisas importantes e profundas sobre o assunto,
com destaque para a genética e medicina, não existe até o momento indicação
de causas específicas para o autismo, portanto não havendo ainda cura para o
problema. Recentemente um grupo de cientistas descobriu que uma rede
genética interrompe a produção de células cerebrais que podem acarretar nesta
doença;
4) Uma das áreas afetadas pelo Autismo é a fala com problemas no
desenvolvimento da linguagem, que se manifesta com atraso, ou com grandes
deficiências, como: déficits na fala (ritmo imaturo no falar) e na sua
compreensão, fala repetitiva(ecolalia) onde o autista tende a repetir o que
falamos, e discurso fora do contexto, criando frases desconexas em relação aos
acontecimentos corriqueiros do dia a dia;
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5) No envolvimento social, manifesta-se pela ausência do contato
com as demais pessoas, apresentando indiferença pela presença conhecida ou
estranha. Não busca nem reage a contatos com as pessoas, acarretando no
isolamento social, nem mesmo brinca de forma funcional com as outras
crianças;
6) Tem extrema dificuldade no contato visual, evita o encarar os
olhos. Quando fixamos o olhar, foca sua visão em outra direção;
7) A criança com Autismo exige na maioria dos casos atenção
integral e cuidados intensos durante todo seu estado de vigília, pelo menos em
um período significativo de suas vidas;
8) O autista apresenta excessivo comportamento repetitivo, não-
funcionais e estereotipados, como por exemplo: movimentos pendulares do
tronco, movimentação das mãos e braços, estes movimentos podem ser até
mesmo autolesivos. Também podem querer fazer a mesma atividade
repetidamente várias vezes ao dia, como assistir ao mesmo desenho animado
dezenas de vezes, andar em círculos por um determinado local, praticar o
mesmo esporte incansavelmente, etc.
9) Não respondem a estímulos sonoros, mesmo quando chamado
seu nome, fica indiferente, concentrado na sua atividade particular;
10) Muitas vezes até mesmo parece imune à dor, acarretando em
lesões graves em decorrência da não percepção do problema;
11) Na verdade tem todos os sentidos comprometidos, apresentando
dificuldade de percepção: da fala, paladar, audição, visão, tato, equilíbrio e
gustação;
12) Tem restrita compreensão de idéias;
13) Podem apresentar grande sabedoria e desenvolvimento em
relação a uma área específica, como por exemplo a matemática, em detrimento
a outras áreas e extrema dificuldade em se relacionar com demais pessoas;
14) Na infância podem apresentar dificuldade motoras como a simples
tarefa de segurar o lápis ou a caneta
Em resumo, o autismo pode ser percebido já nos primeiros meses de
vida, e os sintomas permanecem com a pessoa durante toda a vida. Uma
pessoa pouco afetada pelo problema pode parecer apenas ligeiramente
diferente. Levando uma vida normal. Enquanto que uma pessoa gravemente
afetada pode ser incapaz de falar ou cuidar de si mesma. Os cuidados precoces
podem fazer muita diferença no desenvolvimento da criança. A forma como
alguém age ou se comporta na infância pode ser totalmente diferente de como
agirá no futuro, portanto, mesmo quem tem o diagnóstico de autismo, ao receber
os cuidados e tratamento adequados desde a infância mais tenra, apresentará
uma melhora no quadro social, comportamental, físico e de relacionamentos.
Talvez esta melhora não seja suficiente para uma vida totalmente normal, porém
poderá ajudar e muito na vivência em sociedade ou com a família.
Quando detectado o autismo, este paciente deverá ser encaminhado
para o tratamento médico especializado com psicólogos ou psiquiatras.

16. TOC (TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO)

Primeiramente é necessário saber a diferença entre mania e


compulsão. Enquanto manias são situações repetitivas que fazemos sem que
isto atrapalhe o andamento normal de nossa vida diária, por exemplo: mania de
limpeza (por gostar de ver a casa limpa), mania de colecionar coisas, mania de
falar sozinho, etc. Agora, se estas manias tornam-se quase que uma obsessão,
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uma doença, como a mulher que não sai de casa por que tem a necessidade de
ficar limpando a casa sem parar, ou sente que o ambiente fora de casa poderá
contaminá-la, por isso limpa compulsivamente a casa, aí o problema poderá ser
caracterizado como TOC.
Portanto, o Transtorno Obsessivo Compulsivo existirá quando a
mania passa ser uma doença, uma ação repetitiva, que atrapalha nossa vida
cotidiana. Como no caso da moça que estava tomando banho em sua banheira,
quando teve o pensamento repetitivo de que só poderia sair daquele lugar
quando ouvisse lá na rua dois carros buzinando um após o outro. Ela ficou por
18 horas dentro da banheira, esperando ansiosamente pelos carros buzinando
na seqüência. Enquanto isso não aconteceu, não saiu de dentro da banheira.
É um transtorno que traz consigo muito sofrimento, pois é torturante
para quem sofre desse mal. Pois a pessoa fica ligada neste pensamento
repetitivo, não pensa em mais nada, cria uma ansiedade fora do comum, um
nervosismo enlouquecedor. Parece que se o fato de sua obsessão não
acontecer vai morrer de tanta tensão. Como no caso do rapaz que ficava
durante as partidas de seu time de futebol batendo os dedos na parede de sua
casa. Tinha o pensamento persistente de que se não fizesse isso o time não
ganharia os jogos. Ou no caso do menino que não bebia água em copos ou
canecas, muito menos colocava a água nas mãos para beber, tinha que colocar
a boca embaixo da água que caía da torneira sem tocá-la. Tudo isso por ter o
pensamento compulsivo de que as vasilhas e suas mãos estavam contaminadas
por germes e bactérias.
Portanto o TOC é como um ritual, ou seja, para a pessoa que sofre
deste mal, ela se sente obrigada em realizar determinada ação, pois sente que
se não o fizer, algo pode acontecer de ruim, ou talvez algo possa dar errado em
uma determinada atitude.
Alguns sintomas obsessivos mais comuns do TOC são: fica
imaginando com insistência que pode ter ofendido ou ferido outras pessoas,
pensamentos proibidos, pensamentos sexuais urgentes e intrusivos, medo de
contaminar-se por germes e sujeiras, imagina-se perdendo o controle,
realizando violentas agressões ou até assassinatos, dúvidas morais e religiosas.
Os sintomas compulsivos mais comuns são: Ordenar ou arrumar os
objetos de uma determinada maneira, tocar objetos, contar objetos, repetir
determinados gestos, lavar-se para se descontaminar, ordenar ou arrumar os
objetos de uma determinada maneira, rezar sem parar.
Normalmente para ser considerado o Transtorno Obsessivo
Compulsivo a sintomática deve ser de pelo menos uma hora por dia, ou caso
aconteça num tempo menor que isso, deve ser comprovado que esta repetição
atrapalha de certa forma o andamento da vida dessa pessoa.
Lembramos mais uma vez que não podemos confundir as manias que
a maioria das pessoas possui, com as compulsões. Pois muitas pessoas antes
de sair de casa, voltam para averiguar se realmente apagaram a luz, ou
desligaram o gás. Porém, se esta pessoa voltar várias vezes, mesmo tendo já
visto a mesma coisa, para confirmar o que já foi confirmado, aí sim, passa de
uma simples mania para ser tratada como TOC, fique atento.
A Psicoterapia poderá ser muito útil no tratamento deste transtorno
por tratar-se de uma grave neurose. Porém recomenda-se o acompanhamento
psiquiátrico nos casos deste distúrbio mental.

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17. TRANSTORNO BIPOLAR

Até bem pouco tempo o Transtorno Bipolar era chamado de psicose


maníaco-depressiva. Esse termo foi abandonado principalmente porque este
transtorno na maioria das vezes não apresenta sintomas psicóticos, sendo que
na maioria dos casos estas sintomáticas nem aparecem.
O transtorno bipolar caracteriza pela alternância de estados
depressivos com maníacos, esta é a tônica dessa patologia. Ou seja, a pessoa
passa de um estado severo de depressão a um estado de mania (mania nos
transtornos psiquiátricos significa um estado exaltado de humor).
Portanto, na bipolaridade a pessoa pode estar isolada em um quarto,
não querendo ver ninguém, ficando semanas na tristeza profunda e isolamento,
e depois deste tempo, passar para um estado de mania, ou seja, apresentar um
estado alterado de humor e euforia, querendo realizar festas e comprando
presentes para todo mundo.
Isso é Transtorno bipolar, os dois extremos em uma única pessoa: a
tristeza mais profunda (depressão) e as manias (euforia, estado de humor
exaltado). O mesmo ser passa do isolamento total, de um mundo de escuridão,
para o mundo da euforia, alegria exagerada, agitação, passando inclusive a ter
uma insônia profunda devido a sua agitação fora do normal.
A bipolaridade geralmente começa em torno dos 20 a 30 anos de
idade, mas também pode ter seu início após os 70 anos. Sendo que este início
pode se dar pela fase depressiva como pela fase maníaca, ou inverter-se
gradualmente.
Sintomas da fase maníaca: grande estado de humor, irritação
agressiva, grande autoestima, sentimentos de grandiosidade podendo se sentir
uma pessoa especial, dotada de poderes fora do comum, como poderes
mentais, grande vigor físico, diminuição da vontade de dormir, fala
ininterruptamente, não concluindo frases ou pensamentos, atropelando idéias e
emendando uma na outra (fuga de idéias); grande elevação de estímulos
externos, ou seja, se distrai com facilidade com o menor ruído; aumento do
interesse e da atividade sexual; torna-se uma pessoa socialmente inconveniente
e insuportável; envolve-se com atividades perigosas sem se preocupar com as
conseqüências; esta fase pode durar meses.
Sintomas da fase depressiva: baixa autoestima; sentimento de
inferioridade; capacidade física comprometida; sensação de cansaço constante;
idéias lentas; e muita dificuldade de atenção; perde o interesse e o prazer por
coisas que antes eram de seu interesse; o sono também diminui, porém ainda
dorme um pouco, mas é um sono que não traz descanso ou satisfação; sem
tratamento esta fase pode durar meses.
Assim como a Esquizofrenia, o Transtorno Bipolar não será tratado
por um Psicanalista, pois seu tratamento é medicamentoso. O Lítio é a
medicação de primeiro momento, porém há outros remédios muito bons e
dependerá de cada caso a sua indicação, que deverá ser feita somente por um
médico psiquiatra.
A importância de um Psicanalista conhecer estas doenças é
diferenciar o que se pode tratar e o que não se pode. Pois ao se deparar com
doenças psiquiátricas o psicanalista poderá recomendar que o consulente
busque a ajuda de um especialista da área médica.
É fundamental o acompanhamento de um especialista na área
médica para tratamentos deste distúrbio mental.

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18. TRANSTORNOS ALIMENTARES

Os transtornos alimentares prevalecem principalmente em moças


adolescentes e jovens adultas, porém de 5 a 10 % dos casos acontecem com
rapazes. As vítimas na maioria das vezes sentem-se impotentes em relação a
suas vidas, sofrem de autoestima baixa e tem uma visão deturpada sobre seu
corpo. Desta forma usam da alimentação, seja passando fome, ou até mesmo
exagerando, engordando em excesso. De qualquer forma, os transtornos
alimentares são fugas de algum padrão que faz esta pessoa sofrer. Os
principais transtornos alimentares são: anorexia, bulimia, ortorexia e compulsão
alimentar.

Anorexia Nervosa: é a aversão pelo alimento. A pessoa chega ao ponto


de não comer nada. Sente nojo pela comida. Evita de qualquer forma se
alimentar. Em alguns casos chegam a fazer uso de laxantes e diuréticos com o
intuito de evacuarem o pouco de alimento que ainda consomem. Tem uma visão
errônea sobre o próprio corpo, sendo que na maioria das vezes ao olharem-se
no espelho percebem-se inchadas e gordas, mesmo estando aparentemente
esqueléticas e com fisionomia adoentada. O nome coreto deste distúrbio é
anorexia nervosa, pois está intimamente ligada á fraqueza psicológica, abalada
por algum tipo de situação que pode ser o próprio bullying. Neste
comportamento alimentar, a pessoa sente aversão pela comida diferentemente
da bulimia.

Bulimia Nervosa: neste transtorno alimentar a pessoa tem o desejo em


se alimentar. Sente prazer pelo alimento, e come aquilo que gosta de forma
excessiva ou não, e após ter ingerido o alimento, percebe-se abatida por um
sentimento de culpa por ter se alimentado, provocando desta forma o próprio
vômito. Assim, é como que se libertasse do sentimento de culpa, ou seja,
jogando o alvo de sua angústia fora, liberta-se da culpa, e tudo parece voltar à
normalidade. Porém, não é simples assim, mesmo depois de vomitar, a culpa
permanece e a depressão surge. As pessoas com bulimia, assim como todas
com transtornos alimentares, apresentam uma visão errônea sobre seu próprio
corpo.
Ortorexia: é quando a pessoa torna-se obcecada por um determinado
tipo de alimento. Realmente torna-se uma obsessão comer alimentos saudáveis,
como uma neurose, levando esta pessoa a ter sua vida atrapalhada, pois seus
pensamentos ficam focados nos alimentos que ingerem. Alguns sinais de
Ortorexia são: examina cada pormenor dos alimentos que consome; só se
permite alimentos saudáveis; não consegue comer uma refeição preparada por
outra pessoa; observa e comenta como outra pessoa prepara os alimentos;
passa o dia pensando em conteúdos nutricionais, tudo o que vai comer fica
preocupada se vai ser bom para saúde ou não, perdeu muito peso ultimamente
sem fazer nenhuma dieta.

Compulsão alimentar: pessoas que apresentam este distúrbio sentem


uma vontade desesperadora em se alimentar. Comem muito, de forma
compulsiva, como se fosse um vício, uma droga. Precisam comer, se não o
fazem, sentem-se deprimidas, tristes, infelizes. O alimento neste caso vem
suprir carências afetivas, a falta de algo que esta pessoa julga importante. Assim
o alimento tem o papel de substituir o prazer que poderia ser encontrado em
outra atividade ou situação. Geralmente pessoas com Compulsão alimentar são
obesas, e na maioria dos casos não sentem a necessidade de tratamento, pois
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acham que este comportamento é normal.

Vigorexia: é o desejo doentio por possuir um corpo “perfeito”, musculoso.


Passam horas malhando, fazendo atividades físicas e quando se olham no
espelho sente-se ainda fora de padrão e voltam a malhar. Em muitos casos, o
desejo de possuir o corpo forte e atlético é tão grande que estas pessoas
chegam a consumirem esteróides anabolizantes, com o intuito de acelerarem o
processo de ganho de massa muscular. O problema é que estes produtos tem
severos efeitos colaterais. Não são somente homens que apresentam este
distúrbio, atualmente muitas mulheres tem feito uso de hormônios masculinos
com o objetivo de ficarem com corpos mais bonitos. Desta forma conseguem até
ficarem por um determinado tempo com músculos torneados, passando a falsa
sensação de que possuem belos corpos. Porém é nítido que estes hormônios
fazem grandes transformações a quem os usa: mudança na voz, ficando cada
vez mais masculina, problemas em órgãos internos, além de crescimento
excessivo nos pelos do corpo.
Pessoas com distúrbios alimentares devem ter o acompanhamento de
um psiquiatra durante seu tratamento.

19. A SEXUALIDADE HUMANA: PARAFILIAS

Parafilias são desvios sexuais. Desejos que fogem da “normalidade”,


do padrão. Conheça Algumas Parafilias:

Pedofilia: desejo sexual por crianças e adolescentes impúberes.


Geralmente estas pessoas conseguem se aproximar de suas vítimas,
oferecendo presentes, brinquedos, jogos, diversões. Muitas vezes demonstram
conhecer os gostos e preferências das crianças, fazendo-se passar por amigos.
São dissimulados, conquistando a confiança dos menores de forma simpática,
amigável, reconhecendo o ponto fraco da vítima, apresentado-se como alguém
pronto a ajudar. O pedófilo ronda as crianças como um amigo, um substituto do
pai ausente, um igual, ou seja, tenta passar às vezes a imagem de ter a idade
da própria criança, tentando ludibriar a vítima como sendo um adulto que tem
alma de criança. Na verdade, são profundos conhecedores dos desejos infantis.
Quando abusam sexulamente, geralmente ameaçam suas vítimas de forma
brutal, costumam dizer que caso a criança conte a alguém, irá matar a sua mãe
ou outro parente. Desta forma o abuso pode durar meses ou até anos, pois em
muitos casos o pedófilo poderá ser uma pessoa próxima como: o padastro, um
irmão, um primo, um vizinho, um tio ou até mesmo o próprio pai.
Aguns sinais devem ser observados nas crianças: o isolamento
repentino, uma criança falante que de repente tornar-se mais calada, desenhos
sobre sexualidade, falar muito sobre temas sexuais, manchas roxas pelo corpo,
arranhões, machucados no órgão sexual, dentre outros.
Muita atenção. Não é necessária a consumação sexual para ser
considerada pedofilia. Basta o toque, o beijo, o esfregar-se ou passar a mão nas
partes íntimas sem consentimento para que o ato já traga como consequências
traumas e complexos severos.

Exibicionismo: é o prazer em mostrar a genitália a pessoas estranhas


em público. Geralmente são homens, mas existem mulheres que apresentam
este comportamento. Em casos de homens, alguns chegam a ter orgasmo
somente pelo fato de mostrar seu pênis a mulheres em lugares movimentados.
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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 35
Porém, não há tentativa de sexo com as pessoas estranhas, o prazer está
apenas em se exibir.

Frottereurismo: prazer em esfregar seu órgão sexual em pessoas


totalmente vestidas, sem seu consentimento. Este comportamento é muito
comum em metrôs e ônibus lotados. Estas pessaos muitas vezes chegam a ter
orgasmo somente esfregando-se nas outras. Elas criam a fantasia de que há
uma relação de carinho com a vítima

Zoofilia: prazer e desejo sexual por animais. É comum em fazendas e


sítios os meninos ainda na adolescência terem experiências sexuais com cabras
ou éguas, e geralmente quando passam a se relacionar com outras pessoas a
relação com animais cessa. Porém em muitos casos as pessoas realmente
apresentam o desejo sexual por animais, trocando o sexo com pessoas por
animais. Existem grupos que se reunem para fantasias sexuais com animais.

Fetichismo: é quando a pessoas sente desejo por algum objeto ou parte


do corpo da outra pessoa. Neste caso somente haverá excitação quando a
pessoas estiver usando o sapato, chápeu, calcinha ou fantasia pelo qual sente o
desejo. O fetichismo poderá ser pelo pé, orelha, nariz da outra pessoa, neste
caso o desejo aflora ao tocar estas partes nada convencionais do corpo
homano.

Masoquismo: é quando o desejo sexual aflora pelo sofrimento, ou seja,


ser judiado, machucado, desperta o prazer. A pessoa sente-se excitado ao ser
torturado, reprimido ou espancado. Em alguns casos estas pessoas tornam-se
escravas sexuais de outras, e isto é consentido e gera para elas grande prazer.

Sadismo: é o oposto do masoquismo. Neste caso o prazer é alcançado


quando a pessoas domina a parceira ou o parceiro. A excitação está relacionada
em judiar, torturar, bater, provocar dor ou sofrimento. Na maioria das vezes, há o
consentimento da outra pessoa, pois junta-se o sádico e o masoquista. Porém,
há sádicos que sentem desejo pelo sexo não consentido, neste caso
enquandram-se os estupradores que se sentem estimulados por forçar uma
relação sexual.

Necrofilia: desejo mórbido por sexo com cadáveres. Existem inclusive


seitas e grupos religiosos na África que consideram este desvio como algo
comum. Alguns casos relatados comprovam que existem diversas pessoas que
apresentam esta parafilia. Geralmente pessoas que acabam tendo contato com
cadáveres ou até mesmo que trabalham com mortos tem mais facilidade em
apresentar este distúrbio sexual. Porém há relatos de túmulos violados e corpos
usados nesta prática sexual. É mais comum em homens, mas exitem algumas
mulheres que apresentam este comportamento também. Pessoas com este
desejo sexual são consideradas psicóticas.

Voyeurismo: é o desejo e prazer em observar outras pessoas nuas ou


praticando relações sexuais. Isto provoca muito prazer nestas pessoas que se
excitam pelo perigo em serem descobertas e se masturbam enquanto
observam.
Atenção: não se enquadram nas parafilias, pequenas fantasias
sexuais que acontecem de formas esporádicas nas relações. Nestes casos são
formas da busca do prazer e melhora nas relações afetivas. Desta forma, o
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fantasiar é prazeirozo e até recomendado para o despertar da libido. Somente
quando ultrapassam a normalidade e deixam de ser algo utilizado de forma não
convencional para se tornar uma regra, com o intutio de se atingir o prazer é que
passa a enquandra-se como parafilia.
Observação: o termo “opção sexual” é totalmente errado e seu uso
não existe entre os profissionais da psicoterapia, pois a sexualidade não é uma
questão de opção, mas sim de sua natureza sexual. Por isso, tanto a
heterossexualidade, a homossexualidade quanto a bissexualidade, são padrões
naturais de cada ser, não cabendo aqui tratamenbto terapeutico.
Formas de tratamento: A busca incansável para o tratar da problemática
sexual é incansável. Porém, apesar de a psicoterapia obter resultados
satisfatórios em relação a este tema. Ainda é a sexualidade um dos calcanhares
de Aquiles da Psique humana. A explicação para isso se dá pela múltipla
complexidade do inconsciente de cada ser, não havendo um padrão para o
comportamento sexual. Por isso, cada caso deve ser visto como único,
buscando no mais profundo de sua mente, motivos e motivações para que este
indivíduo proceda sexualmente desta ou daquela forma. A única certeza que
existe é de que todos os comportamentos da sexualidade, mesmo os mais
“anormais” são normais ao Psicanalista, pois a nomalidade é um padrão
pessoal. O que nos parece estranho, é totalmente cotidiano a quem tem o
comportamento sexual relacionado àquela atitude que julgamos fora da
realidade. O analista não julga, mas trata. O terapeuta não procura saber o que
é certo ou errado, mas procura a melhor maneira de ajudar o paciente na busca
por um centrar de sua sexualidade. Técnicas como a livre associação de ideias,
por exemplo, trazem grandes benefícios no conhecimento da sexualidade de
cada um, pois trazem à tona o histórico do consulente na busca da explicação
dos porquês de sua identidade sexual. Outra técncia bastante difundida e com
resultados extraordinários é a regressão de memória, que em um enfoque mais
profundo, através do aflorar de lembranças traumáticas, pode através da
manipulação do passado, transformar conceitos que tendem a levar uma
determinda pessoa a certos comportamentos sexuais. Porém, nunca deve o
Psicanalista esquecer-se de uma máxima mental. A sexualidade segue o
caminho particular de cada um, podendo ser definida por traumas, complexos,
ou bloqueios, mas podendo também fazer parte de um emaranhado
neuropsicológico quimico-cerebral. Portanto o padrão sexual não poderá ser
definido como algo a ser tratado simplesmente através de técnicas terapêuticas,
mas deve ser encarado com uma complexidade acima do normal, pois assim o
é. Desta forma o melhor caminho é o da compreensão, pois existem muitas
pessoas que sofrem por determinados comportamentos sexuais, e outras que
levam uma vida tranquila e feliz coexistindo naturalmente dentro de sua
sexualidade.

20. A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS


“Os sonhos podem representar verdades, sentenças filosóficas,
ilusões, fantasias desordenadas, recordações, projetos, visões telepáticas,
experiências íntimas racionais, e situações ainda não exploradas”-
Sigmund Freud
O correto é dizermos “Interpretação dos sonhos” e não “de sonhos”,
pois a idéia de interpretar os sonhos é muito mais ampla do que a maioria das
pessoas pode supor. Interpretar não é adivinhar os significados, muito menos
deduções lógicas prontas. Se assim o fossem, bastaria lançar um dicionário com
a explicação simbólica de cada sonho e tudo estaria resolvido. Cada pessoa
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compraria seu livro e quando acordasse simplesmente procuraria no dicionário e
obteria a resposta sobre o que seu sonho representa.
O significado dos sonhos deve partir primeiramente do conhecimento
dos símbolos. Somente depois de se compreender a simbologia de cada cena,
objeto, situação, lugar, é que se pode estudar a significação onírica. Portanto,
cravar que sonhar com cobra significa que há alguém tentando lhe trair, ou que
há uma pessoa falsa em seu meio, é extremamente perigoso, pois a cobra não
representa apenas o ser rastejante e traiçoeiro. Este animal pode representar o
órgão sexual masculino, bem como o medo dela propriamente dito. Não
podemos fazer conjecturas com o conhecimento apenas superficial das coisas.
Devemos buscar a fundo os porquês de tudo. O caminho é sempre partirmos os
estudos dos sonhos do que o paciente nos trouxe e nunca do que nós temos
como definição.
Quando focamos inicialmente à prática da análise dos símbolos
estávamos preparando os estudiosos para o que viria pela frente, ou seja, a
interpretação dos sonhos e toda exteriorização inconsciente que aflorasse no
processo terapêutico. Portanto, algo deve ficar bem claro, não fique preocupado
em decifrar com eficiência e profundidade todo símbolo que aparecer nas
práticas psicanalíticas, isto é quase impossível até mesmo para os mais
experientes. Basta você ter um ponto de partida, que é o propósito deste
material, para que consiga ter o encaminhamento necessário e desenvolver um
excelente trabalho psicanalítico.
A melhor interpretação que um sonho pode ter inicia-se da história e
memória inconsciente do analisado. Portanto, o processo da psicanálise nunca
deve iniciar-se pelo estudo dos sonhos. Comece sempre a terapia pela
anamnese, a entrevista, a conversa, o diálogo, a livre associação de palavras.
Desta forma, com este arsenal de informações sobre o paciente, ficará muito
mais fácil interpretar toda a simbologia onírica exteriorizada.
Os sonhos são tão importantes no processo psicanalítico que a própria
técnica de Livre Associação de Idéias fará uso dessas lembranças em muitos
casos para desvendar possíveis problemas da psique.
Lembre-se: os sonhos aparecem de forma simbólica para que o
superego não perceba e barre esta informação.
Vamos começar agora nosso estudo dos sonhos, analisando vários
exemplos deles. Assim você poderá perceber a técnica, compreendendo sua
aplicabilidade e estratégia:
Sonho 1: O homem sonha com sua sobrinha. Ela está cavando o solo em
busca de minhocas para pescar. Desesperadamente ela procura, procura e tem
dificuldade para encontrá-las.
Análise do sonho: um caso que parece banal. Uma mulher cavando em
busca de minhocas. Porém a conclusão psicanalítica para o fato é que este
senhor nutria uma preocupação exagerada com a sobrinha que tinha cinco filhos
e passava por dificuldades financeiras. Portanto, o cavar em busca de minhocas
para pescar representava sua busca desenfreada pelo alimento (peixes que
seriam pescados). Não conseguindo encontrá-las comprovava a dificuldade dela
em conseguir o alimento para ela e os filhos. Observem que a preocupação
criou um símbolo representado pelo sonho. Começamos este estudo por um
caso simples, para demonstrar como nossa psique busca situações banais, ou
confusas para representar aquilo que está enraizado em nosso inconsciente
mais profundo.
Sonho 2: O rapaz sonha que está na escola, esperando para ser recebido
pelo diretor. Está assustado, com medo. Enquanto espera, aparece outro colega
de turma e lhe oferece um sorvete, no que aceita prontamente, quando se
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prepara para chupá-lo, o diretor abre a porta e o repreende brutalmente com
uma surra.
Análise do sonho: o rapaz confuso com sua sexualidade tem medo da
não aceitação do pai, aqui representado pelo diretor da escola. O amigo que lhe
oferece um sorvete que é a representação do desejo que tem pelo mesmo sexo,
tendo o sorvete como símbolo do pênis. Quando decide vivenciar sua
sexualidade, o diretor (pai) aparece e lhe surra. Evidenciando o medo
inconsciente de ser punido pelo genitor devido a sua sexualidade.
Sonho 3: A mulher sonha que está em um hospital onde é enfermeira.
Visita o quarto de uma doente, e lá estando, começa a esfaquear a paciente,
esquartejando-a sem dó, nem piedade. Depois lhe arranca da barriga um filhote
de rato.
Análise do sonho: Este sonho simplesmente expressou uma situação real
pela qual a mulher estava passando. Claro que simbolicamente ela trouxe
através de sonho toda raiva reprimida. A mulher que ela esquartejava era
simplesmente a representação da amante de seu marido, estava ali fazendo a
vingança que na vida real relutou em fazer. O filhote de rato era a simbologia do
filho que a outra estava esperando do marido. O fato de aparecer de branco
como enfermeira, denotava o sentimento de vítima que achava ser, pois a figura
da enfermeira denota a cuidadora, a pessoa boa. Toda raiva, como todo
sentimento que se reprime no inconsciente certamente serão externados em
algum momento através dos sonhos.
Sonho 4: O homem sonha que está lutando em uma batalha, um duelo
pela mão de uma princesa. Quando seu oponente saca da espada,
imediatamente nosso sonhador retira da bainha sua espada que é duas vezes
maior que de seu adversário. Mata com facilidade o desafiante, e ainda fica
parado em frente à princesa exibindo sua enorme espada com orgulho.
Análise do sonho: aqui encontramos um enorme complexo de castração e
de inferioridade. Por ter uma forte vergonha por achar que o tamanho de seu
pênis não é o ideal, utiliza dos símbolos oníricos para fazer valer seu desejo por
um membro maior, desta forma pensa que será capaz de conquistar o amor e a
admiração de sua pretendente, pois deduz que só assim será aceito pelas
mulheres. A espada não só representa o órgão sexual, mas como serve para
matar o outro, também denota virilidade, vigor maior e melhor que dos outros
homens.
Sonho 5: A moça sonha que está na casa do ex namorado que hoje vive
com sua esposa. Observa a cama desarrumada. Porém em nenhum momento
consegue ver o rosto dele, muito menos aparece a mulher atual dele no sonho.
Análise: aqui o sonho pode estar expressando a transferência da moça
pelo psicanalista. Estar na casa do ex-namorado representa o desejo de
intimidade que quer ter, a não visualização do rosto dele denota não ser o ex-
namorado na verdade. A falta da presença da mulher dele, representa o desejo
de estar no lugar dela, de expulsá-la do caminho. A cama desarrumada, nada
mais é que o desejo pelo terapeuta. Interpretações como essa devem estar
baseadas em um conhecimento profundo da pessoa analisada pois trazem
interpretações profundas e muito pessoais. Em casos como estes o psicanalista
deve manter a postura ética e profissional, ajudar o paciente sem envolvimento
sentimental.
Sonho 6: O homem sonha com um cachorrinho abandonado, deixado em
uma caixinha de sapatos em frente a uma grande casa. O Animalzinho sente
fome, sede, frio, chora pela falta da mãe. O bichinho é recolhido para dentro da
grande casa.
Análise: como o paciente neste caso era órfão ficou fácil à interpretação
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do sonho. Toda cena onírica neste caso simplesmente simbolizou a sua história
pessoal. Todo o sentimento de abandono e rejeição que carrega por ter sido
abandonado pela mãe em um orfanato, representado pela grande casa. A cena
dramática de sentir fome, frio, o choro do animal, denotam todo sofrimento
interior que o consulente sente pelo abandono da genitora.
Sonho 7: A moça sonhou que estava dentro de um armário trancado em
uma sala escura. Estava quente, e faziam força para abrirem-no, sacolejavam e
ele não sedia. Estava aflita, quando de repente a porta foi aberta à força, sentiu
muito frio e medo, pois foi retirada à força do armário quentinho para o exterior
frio. Um urso polar foi quem a arrancou e a levou para uma pequena caixa de
madeira.
Análise: típico sonho relacionado a traumas do nascimento. Aqui o
armário representa o útero materno, a Insistência em abri-lo à força denota um
parto difícil, provavelmente através de cesariana. O urso polar é a simbologia do
médico vestido de branco e a caixinha seria a incubadora.
Sonho 8: A mulher sonhava todas as noites com uma paisagem estranha.
Havia caules sem folhas, onde ela subia para observar ao redor. Conseguia ver
ao longe montanhas repletas de vegetação rasteira por onde corria um rio
abundante. Apesar de não compreender os sonhos sentia imenso prazer
naquele lugar. Não apareciam outras pessoas, somente a mesma paisagem
durante várias noites.
Análise: Os sonhos aconteceram durante o período de menstruação da
mulher, com isso esclarecem-se as montanhas com paisagem rasteira,
simbolicamente representando os pelos pubianos e o órgão feminino. O rio
abundante representa a menstruação constante. Os caules onde sentia imenso
prazer claramente representavam o órgão sexual masculino, denotando o
desejo pelo sexo durante sua época fértil, e como o marido não aceitava manter
relação com ela durante este período, encontrava o prazer neste simbolismo
onírico. Ao subir em vários troncos é como se traísse o marido com vários
parceiros, uma vingança por sentir-se rejeitada.
Sonho 9: O rapaz sonha que coloca uma caneta dentro da caixinha de
jóias da professora. Porém o diretor da escola aparece e retira a caneta do
moço e coloca a sua caneta sem tampa lá dentro. O rapaz indignado retira a
caneta do diretor e esconde a caixinha em um lugar onde somente ele poderá
ter acesso.
Análise: Geralmente todo objeto usado para guardar algo pode
representar o órgão sexual feminino. Portanto, quando o rapaz colocou sua
caneta (pênis) dentro da caixinha da professora, demonstrou aqui o seu desejo
sexual por ela. Porém o diretor que aqui representa o marido da sua mestra
assume seu papel de esposo e marca território, colocando sua caneta dentro da
caixa, simbologia clara de demonstração de poder sobre a fêmea. O moço de
forma desesperada e não querendo perder o poder sobre seu alvo de desejo
toma posse da caixinha, demonstrando querer exclusividade sobre a amada.
Sonho 10: O homem sonha com um lugar assustador. Sombrio. Muitos
monstros perseguindo, agarrando, arranhando. Ele corre e pula um penhasco
bem alto para fugir dos perseguidores, cai e começa voar, e voa para muito
longe, quando vê lá embaixo um oásis, desce e quando lá chega se depara com
uma fada tranqüila, que o trata com respeito e carinho, resolve ficar ali e
construir sua casa.
Análise: Este senhor passava por um momento conturbado em sua vida.
Vivia em uma casa repleta de conflitos. Seus filhos e esposa não demonstravam
afeto por ele, muito pelo contrário, apenas tornaram-no um provedor. Não havia
respeito, muito menos amor para com ele. Por outro lado, ele havia conhecido
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outra mulher, uma colega de trabalho por quem estava apaixonado. Aqui o
sonho apenas trouxe através da simbologia sua história atual. Fugindo dos
monstros que somente tentavam destruí-lo, quando surgiu em sua vida a fuga,
ao pular do penhasco (sair de casa), ou seja, tomar uma decisão tão difícil,
sentiu medo e caiu, porém, logo se aprumou e começou a voar, denotando
segurança e certeza que havia tomado o rumo correto. O Oásis representa
simplesmente o porto seguro de uma nova vida ao lado da mulher que ama.
Sonho 11: A mulher sonha com a mesa posta, porém se vê comendo
sozinha. A geladeira está aberta, repleta de mantimentos. Levanta, vai até o
quarto, observa com tristeza a cama toda arrumada. Volta para a cozinha e
continua se alimentando.
Análise: sonho típico de pessoa solitária. A mesa seria a representação
da família. Porem ao ver-se sozinha, denota sentimento de solidão, ou seja,
como neste caso era uma senhora viúva, era a representação do sentimento de
viuvez, sentindo a falta do marido falecido. Ao entrar no quarto e observar a
cama toda arrumada, denota a sensação e o desejo pelo carinho e pelas
relações sexuais com o marido, que já não aconteciam mais, representando
uma forte carência emocional e sexual. Ao voltar para a refeição na mesma
mesa, marca-se o fato de não ter esperança de que esta circunstância mude.

21. LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS

A liberdade que possuímos em exteriorizar nossos pensamentos,


sentimentos, desejos, propósitos, sonhos, é o que realmente torna a técnica da
livre associação de idéias importante. Pois todo ser é livre para externar o que
tem dentro de si, e esta exteriorização poderá ser captada pelo analista, que
utilizando da interpretação dos símbolos, em conjunto com o conhecimento
prévio da psique de seu paciente, poderá chegar a conclusões profundas e
pertinentes do indivíduo, mesmo quando este não consegue se expressar
através de comunicação consciente, pois nesta modalidade terapêutica, o
inconsciente encontra-se livre para trazer à tona sua história reprimida.
A livre associação de idéias como o próprio nome já diz, é o exercício
de fazer conjecturas entre idéias inconscientes exteriorizadas através de cenas,
símbolos, pensamentos, sonhos, frases e a história de vida do ser analisado.
Por isso o nome livre associação. Pois é tornar importante e com sentido uma
informação mesmo que aparentemente banal. Portanto, este mecanismo
terapêutico é o ato de livremente associar idéias para que elas tenham um
significado. Desta forma, tudo o que o consulente nos traz de sua mente mais
profunda, deverá ser interpretado em uma ação conjunta entre o Psicanalista e o
analisado.
A técnica de Livre Associação de Idéias é aparentemente simples,
pois consiste no expor através da fala o que sente, pensa, sonha, deseja,
pretende, ama, odeia, enfim, reportar através do diálogo que é quase um
monólogo, informações antes reprimidas na mente inconsciente. Assim, de
forma didática, podemos concluir que esta técnica nada mais é do que “Dizer” o
que surge em sua mente, sem preocupar-se se aquilo fará algum sentido. O
mediador dos sentidos exteriorizados será o Terapeuta, que somente será um
estimulador do paciente, instigando-o a refletir sobre o que está imergindo do
seu inconsciente com o intuito de trazer algum sentido naquilo que
aparentemente não tem significado.

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Simplicidade Da Técnica
Quando Freud não conseguindo atingir de forma profunda através da
hipnose uma de suas pacientes, sentindo-se frustrado pelo resultado não
atingido, em uma simples conversa conseguiu fazer com que sua analisada
aflorasse ao plano consciente, idéias profundas do inconsciente somente
através da conversa entre eles. Estava aí descoberta a Livre Associação de
Idéias. Freud encontrou um mecanismo terapêutico simples, porem
importantíssimo. Algo capaz de desvendar os mistérios que antes só eram
possíveis através do transe hipnótico, técnica esta que não atinge todas as
pessoas, pois muitos analisados não são facilmente suscetíveis à hipnose.
Na técnica freudiana o psicanalista geralmente fica posicionado atrás
do divã, longe do alcance visual do paciente, isto acontece com a intenção de o
consulente sentir-se livre, sozinho, mais seguro, sem o sentimento de
obrigatoriedade, de pressão ou julgamento do terapeuta. Baseado nisso,
Rogelio Raquel este que vos escreve inovou, transformando a livre associação
de idéias em uma conversa digamos mais inconsciente ainda. Como sabemos
quando nos concentramos em uma determinada cena ou quando ficamos
relaxados por mais de quinze segundos, automaticamente nosso cérebro entra
em freqüência alfa, abrindo um caminho direto ao inconsciente. Desta forma, o
segredo aqui é utilizar a técnica com o paciente de olhos fechados,
aproveitando-se desta abertura da mente mais profunda.
O posicionamento do psicanalista neste método adaptado é o mesmo
de uma sessão terapêutica padrão, como em uma regressão de memória por
exemplo. Aqui o Terapeuta não se faz ausente do analisado, muito pelo
contrário, mostra-se presente, como um auxiliar, um porto seguro a quem busca
sua ajuda. Assim senta-se ao lado do divã ou maca, e pede que seu paciente
feche suavemente os olhos. Não será feito nenhum tipo de relaxamento, muito
menos se utiliza nenhuma música suave ou relaxante. Não podemos aqui
induzir o analisado com sons, ritmos, ou idéias externas, ou que nos vale serão
suas vivências internas.
O psicanalista sem floreios fará uma pergunta chave
instantaneamente ao fechamento dos olhos, não respeitando nem mesmo os
quinze segundos de abertura do filtro, pois o inconsciente fluirá de forma
gradativa e natural no decorrer da sessão terapêutica. Esta pergunta não
deverá ser indutiva, ou seja, não poderá ser uma questão que direcione o
consulente em suas exteriorizações mentais. Portanto devem ser descartadas
perguntas do tipo: “Que cena você está vendo?” Ou “ Diga o primeiro símbolo
que aparecer em sua mente”, etc.
Apesar de ser uma palavra que para muitos soa estranho, ainda é a
mais neutra delas para esta técnica: “Coisa”. Sim, o pedido poderá ser ao
paciente: “Diga a primeira coisa que aparecer em sua mente”. A palavra coisa é
totalmente genérica, pois coisa é ao mesmo tempo tudo e nada. Melhor dizer
“coisa” que direcionar a situação com frases: “diga a primeira situação que
aparecer em sua mente”. Aqui fica claro ao consulente que o que você deseja é
a vivência de uma cena. E não é isso que queremos na Livre Associação de
Idéias, o que desejamos é que o próprio consulente traga à tona o que ele sentir
pertinente naquele momento específico. Outro erro é dizer “Diga o primeiro
objeto que aparecer em sua mente”. Você mais uma vez assim direciona a
visualização de algo pré-determinado. Se desejamos a livre associação de
idéias, ela deverá ser livre mesmo, na essência e na prática.
Exemplo de Livre Associação de idéias:
Psicanalista: Diga a primeira coisa que aparecer em sua mente.
Paciente: Estou vendo uma casa com um portão baixo.
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Psicanalista: O que este portão representa para você?
Paciente: Acho que é minha sensação de incapacidade perante a vida.
Psicanalista: Quais são suas sensações de incapacidade?
Paciente: Sinto-me incapaz, sou inseguro, penso que sou fraco.
Psicanalista: Mas se este portão representa o enfrentamento de sua
insegurança e ele é baixo, o que a altura dele pode representar?
Paciente: Que eu posso pulá-lo?
Psicanalista: E se você pode pulá-lo, significa que seus medos e
inseguranças são transponíveis e possíveis de enfrentar e resolver. Você não
acha?
Paciente: Acho que sim.
Psicanalista: O que acha de pulá-lo agora?
Paciente: Acho uma boa idéia.
Psicanalista: Então pule. Vai, você pode, você consegue.
Paciente: Pronto já pulei!
Psicanalista: Como você se sente agora?
Paciente: Sinto-me muito bem, mais leve, capaz.
Psicanalista: Esta é a representação de sua vida. Você é capaz sim de
ultrapassar seus limites. Você tem a capacidade de vencer todos os obstáculos
de sua vida, pois você é um vencedor...

Análise da técnica: observem que o psicanalista deixa que o paciente


faça a associação entre a cena e o que ela representa. Assim ele cumpre o
verdadeiro papel desta técnica que é o de levar o analisado a refletir sobre o
que trouxe ao plano consciente. Por isso os resultados são tão maravilhosos,
pois qualquer “coisa” trazida do inconsciente terá algum sentido, seja uma cena,
um objeto, uma idéia, um sentimento, tudo enfim. O terapeuta deverá
simplesmente estimular o consulente a trazer algo do inconsciente, este é o
símbolo que deverá ser esmiuçado com o intuito de desvendar algo reprimido na
mente mais profunda.

Exemplo 2:
Psicanalista: “Diga-me a primeira coisa que surgir em sua mente”:
Paciente: Estou vendo uma pessoa com o um verme dentro dela.
Psicanalista: E esta cena tem algum significado para você?
Paciente: Não. É uma cena estranha.
Psicanalista: Por que você considera esta cena estranha?
Paciente: Porque o verme cresce dentro da barriga da mulher.
Psicanalista: Quem é esta mulher que você vê na cena?
Paciente: Acho que é minha mãe.
Psicanalista: Sendo a mulher sua mãe. O que o verme dentro dela
representa?
(Aqui há uma pausa para o choro de alguns segundos)
Paciente: O verme sou eu.
Psicanalista: Por que você é representado por este verme?
Paciente: Minha mãe não quer que eu nasça.
Psicanalista: Você se sente como esse verme ou é sua mãe que se sente
assim?
Paciente: Minha mãe me rejeita, para ela eu sou como um verme,
indesejado.
Psicanalista: Quantos anos tinha sua mãe durante sua gestação?
Paciente: dezesseis.
Psicanalista: Ela era muito jovem. Como você acha que uma adolescente
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se sente quando está grávida?
Paciente: Acho que ela se sentiu confusa, com medo do meu avô.
Psicanalista: Então. Que conclusão você chega com esta linha de
pensamento sabendo que sua mãe se sentiu acuada, com medo, insegura
quando descobriu que estava grávida?
Paciente: Acho que ela ficou apavorada.
Psicanalista: Você compreende agora a representação do verme?
Paciente: Entendo. Ela me rejeitou por medo, por insegurança, pavor. Ela
era imatura, fraca naquele momento.
Psicanalista: Você ainda pensa ser um verme?
Paciente: Não. Penso que foi somente no começo da gravidez que minha
mãe me rejeitou, depois disso ela me aceitou, me amou.
Psicanalista: Se você fosse representar através de uma cena como você
veria sua relação com sua mãe atualmente?
Paciente: Vejo como uma loba lambendo sua cria.
Psicanalista: E o que isso representa para você?
Paciente: Proteção e amor.
Psicanalista: Esta é a representação real de sua relação com sua mãe. É
esta a cena que resume seu relacionamento com sua querida mãe...

Análise da Análise: aqui o paciente trouxe uma estranha cena onde ele
era representado simbolicamente por um verme dentro da barriga da mãe.
Sentindo-se rejeitado, trouxe a representação de um parasita que habita dentro
do outro sem ser aceito, ou até sendo repudiado. No caso em questão a mãe
era uma adolescente, cheia de medo e culpa, por isso em um primeiro momento
teve medo de assumir o filho, passando ao feto a impressão da rejeição, o que
com o tempo mudou, aceitando a criança que carregava no ventre. Porém, a
impressão de rejeição inicial ficou registrada no inconsciente do paciente. O
trabalho do psicanalista foi o de levá-lo a associação da cena com sua vida, com
sua história. Na verdade o terapeuta deve instigar e estimular o consulente até
que ele acabe associando o símbolo com a situação real.
Exemplo 3:
Psicanalista: Em relação a seu medo de dirigir, diga a primeira coisa que
aparecer em sua mente.
Paciente: Vejo um carro.
Psicanalista: E o que representa este carro para você?
Paciente: Estou no banco do passageiro.
Psicanalista: Por que você está no banco do passageiro?
Paciente: Não sei.
Psicanalista: Você não deveria estar dirigindo este carro?
Paciente: Talvez.
Psicanalista: E por que você não está dirigindo este carro?
Paciente: Tenho medo. Tenho medo do julgamento das pessoas. Tenho
medo de assumir o volante e não dar conta da direção.
Psicanalista: Mas o que esta cena representa para você?
Paciente: representa meu medo de dirigir.
Psicanalista: Observe que você está no banco do passageiro. É outra
pessoa que está dirigindo o carro para você. É certo outro alguém assumir a
direção de sua vida?
Paciente: Não. Eu preciso assumir os rumos de minha vida.
Psicanalista: Agora você compreende a simbologia desta cena? Diga
para mim, o que representa outra pessoa dirigir o carro para você?
Paciente: Que estou deixando que outras pessoas direcionem minha
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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 44
vida.
Psicanalista: Você tem deixado que outras pessoas direcionem sua vida,
seus rumos, suas atitudes?
Paciente: Sim.
Psicanalista: Por quê?
Paciente: Acho que tenho medo da vida. Tenho medo do julgamento dos
demais. Sempre penso no que os outros vão pensar, ou dizer. Morro de medo
do julgamento das pessoas.
Psicanalista: Por isso, quero que você ouça com muita atenção.
Independentemente da opinião alheia, quem decide os rumos de sua vida, é
você. Não importa o que você faça, a única pessoa capaz de dizer que você não
pode é você mesmo. Portanto, o que os outros dizem de negativo não tem
importância, pois se você acreditar no seu potencial, você pode.
Paciente: Mas é muito forte em mim, quando alguém diz algo que não
gosto me retraio, sinto-me pequeno.
Psicanalista: A partir de agora, assuma a direção do carro. Visualize-se
dirigindo o automóvel. Pronto. Descreva pra mim o que vê.
Paciente: Estou me vendo dirigindo o carro.
Psicanalista: E como se sente?
Paciente: Estou com um pouco de medo ainda, mas estou dirigindo.
Psicanalista: Este é o caminho. Assuma a direção não somente do carro,
mas também de todas as atitudes de sua vida. A vida é sua, portanto, assuma
os caminhos, os ditames, os rumos de sua vida. Não tenha medo, pois você
pode, você é capaz. Lembre-se, se você acreditar em si mesmo, você pode.
Confie, vá em frente, persista, insista, siga em frente.
Paciente: Assumo agora a direção de minha vida...

Análise da Análise: aqui o Psicanalista direcionou o tema a ser


trabalhado. Isto é permitido, pois o problema do consulente é pontual. É claro
que o ideal é sempre deixar livre a associação de idéias. Porém, quando o tema
a ser trabalhado demora em surgir, o terapeuta poderá direcionar sim. Reparem
que do assunto: direção do carro, aflorou um questionamento mais profundo,
que é a insegurança em relação à vida, demonstrando um complexo de
inferioridade, causado pela opinião alheia. A simbologia da dificuldade de dirigir
um automóvel por se preocupar com a opinião das pessoas, denota
simplesmente a dificuldade de lidar com o medo de ser condenado pelos demais
em qualquer área da vida. O trabalho neste caso foi incansavelmente trabalhado
em relação à segurança, autoestima, motivação e autoconfiança. O caso em
questão, apenas demonstrou que nada é por acaso, o trauma de dirigir é a
apenas a ponta do iceberg; pois é a demonstração de todos os traumas e
bloqueios enraizados no inconsciente. Lembre-se, na livre associação de idéias
você poderá usar o artifício de levar o consulente da zona de conflito para a
zona de conforto, neste caso é válido e interessante, pois não estamos fazendo
aqui regressão de memória, portanto não estaremos interferindo em uma
história real já acontecida, mas sim nos símbolos inconscientes que devem ser
analisados, trabalhados, para que possam ser mudados em seu significado.
Exemplo 4:
Livre Associação da Interpretação do Sonho
Psicanalista: Conte-me sobre um sonho que lhe marcou muito.
Paciente: Sonhei certa vez que estava sentado na beira de uma um
caminho, entre duas estradas. Passou uma moça de braços dados com um
padre e sorriram para mim e seguiram pela estrada. Depois passou um rapaz,
um grande amigo meu, fumava um grande charuto, sorriu também pra mim.
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Seguiu pela outra estrada. Logo em seguida veio meu pai correndo atrás de
meu amigo com um punhal na mão, não sorriu pra mim, na verdade ele me
olhou com o semblante irado e partiu no rastro do rapaz.
Psicanalista: Você consegue ver explicação em seu sonho?
Paciente: Não.
Psicanalista: Tem alguma situação conflituosa em sua vida, em que você
se vê entre duas opções como a estrada?
Paciente: Pode existir sim.
Psicanalista: Conte-me então que conflito é este?
Paciente: Meu pai quer que eu me case com uma moça. Mas eu não
gosto dela.
Psicanalista: Então você chegou à conclusão que a simbologia da moça
com o padre é a representação do casamento desejado pelo seu pai?
Paciente: Sim.
Psicanalista: E o amigo o que representa então?
Paciente: Carinho, amizade.
Psicanalista: E por que seu pai corre bravo atrás deste amigo?
Paciente: meu pai não gosta dele.
Psicanalista: E por que o seu pai não gosta deste amigo?
Paciente: Meu pai tem desconfiança deste amigo.
Psicanalista: Do que ele desconfia?
Paciente: Da sexualidade dele. Meu pai acha que ele é homossexual.
Psicanalista: E o que você acha sobre a sexualidade do amigo?
Paciente: Ele é homossexual.
Psicanalista: E o fato dele sorrir pra você no sonho representa o quê?
Paciente: que ele gosta de mim.
Psicanalista: E você gosta dele?
Paciente: Gosto muito.
Psicanalista: Agora você compreende os dois caminhos da estrada?
Paciente: Sim. A estrada é minha vida. Tenho dois caminhos a seguir.
Um é casar atendendo ao pedido de meu pai, por conveniência. O Outro é ser
feliz ao lado de quem eu amo de verdade, porém certamente receberei a
indignação de meu pai representado pelo punhal e pela perseguição ao meu
amigo.
Psicanalista: Este é o grande dilema de sua vida. Mas eu te pergunto,
você está inclinado a seguir qual caminho?
Paciente: Desejo ardentemente ser feliz com meu amor. Mas morro de
medo da reação de meu pai.
Psicanalista: Você deve pensar no que mais valerá a pena em sua vida.
Você deve escolher que caminho seguir nesta estrada. Chegou a hora de dar
um desfecho a este sonho. Levante do caminho e siga uma das estradas.
Paciente: pronto. Estou indo.
Psicanalista: E que caminho escolheu?
Paciente: Vou seguir com meu amigo. É ele que amo. Se seguisse a
outra estrada, faria meu pai feliz e seria um infeliz. Vou lutar pela minha
felicidade...
Análise da análise: neste caso o psicanalista aproveitou-se de um sonho
para fazer uso da livre associação de idéias, que como já dissemos poderá
acontecer a partir de lembranças oníricas. Ao analisarmos o sonho em questão,
fica evidente a representação simbólica da cena. Porém o terapeuta procurou a
todo custo levar o paciente às devidas conclusões, até mesmo porque estamos
falando de livre associação. A estrada como dois caminhos denota exatamente
a situação atual pela qual o rapaz estava passando naquele momento. A moça e
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o padre eram a representação do casamento no qual o pai fazia tanto gosto,
enquanto que o moço, que também sorria para ele era a expressão do amor
homo afetivo que nutria pelo amigo, o charuto na boca do rapaz representa
neste caso exatamente o desejo pelo sexo homossexual. O pai enraivecido,
correndo atrás do amigo, é a demonstração do medo da reprovação do genitor
pela sua sexualidade. Portanto, o sonho neste caso foi esclarecedor. Aliás, o
bom psicanalista aproveita-se e muito deste artifício mental, eles podem nos
revelar muito mais do que podemos imaginar. Ao voltarmos para a análise da
técnica, concluímos que o terapeuta aproveitou-se da cena e instigou ao
máximo seu paciente para que ele chegasse a alguma conclusão. É assim que o
profissional de excelência age, estimulando o consulente para que este faça
conjecturas, analise, e encontre o caminho, isto é livre associação, isto é
psicanálise.

22. LIVRE ASSOCIAÇÃO DE CENAS FICTÍCIAS

Como já dissemos, nada existe por acaso, nada surge do nada,


nenhum pensamento, ideia, sentimento, imagem ou emoção emerge do
inconsciente sem que haja algum motivo para isso. Portanto, partindo desse
pressuposto, a Livre Associação de Cenas Fictícias, pode ser uma ótima
alternativa terapêutica, pois a simbologia de tudo que vem do inconsciente tem
seu significado.
Quando fazemos a análise dos sonhos, estamos na verdade
estudando os símbolos por trás destas cenas oníricas. Da mesma forma,
devemos levar muito à sério toda expressão fantasiosa, fictícia, teatralizada que
nosso paciente trouxer à tona no processo terapêutico. Aliás, o psicanalista deve
mesmo até forçar que isto aconteça durante o andamento da análise, pois
através das fantasias, ou criações de fatos e cenas; os medos, recalques,
bloqueios, muitas vezes podem desaparecer, aflorando com mais desenvoltura,
situações importantes que nos trazem as respostas de forma mais clara,
facilitando o trabalho do terapeuta.
Esta técnica consiste em utilizar do mesmo mecanismo da Livre
Associação de Idéias, seja de sonhos ou símbolos diretos. Porém aqui, o
psicanalista poderá forçar que ele reproduza uma cena, ou situação fictícia,
como se o consulente fosse um autor teatral, criando uma cena como se fosse
real, de acordo com a problemática que ele enfrenta. Por exemplo, uma mulher
que tenha um enorme bloqueio sexual, poderá ser aconselhada a imaginar uma
situação que represente, mesmo que de forma “fantasiosa” esta barreira que
enfrenta. Então vamos representar esta situação:
Psicanalista: Quero que você crie uma cena que represente todo bloqueio
sexual que enfrenta.
Paciente: Vejo um touro bravo correndo atrás de mim. Eu fujo dele, mas
ele me persegue. Ele vai me pegar.
Psicanalista: Você não consegue escapar dele?
Paciente: Eu tento, mas sou uma criança, não tenho força para correr. Ele
me devora, depois me cospe viva, saio correndo e a cena desaparece.
Estudo do caso: em situações de bloqueios sexuais em muitos casos ele
existe por traumas, complexos causados por algum tipo de abuso sofrido na
infância. Nesta representação simbólica, aparentemente fictícia, a encenação do
touro correndo atrás dela para pegá-la certamente representa o abusador, forte,
adulto, viril como um touro bravo, sedento, é a visão que ela ainda criança tinha
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do homem que a violentava. Não tinha forças para fugir. O touro a pegava, e lhe
devorava, depois a cuspia. No estudo da simbologia da cena, na verdade ele a
usava e depois a jogava como um objeto que não servia mais naquele momento
para seu propósito. Vislumbra-se aqui o sentimento de ser abusada, usada,
tratada como algo sem valor, digno de ser cuspida, como se cospe um inseto
que entrou em nossa boca. Típicos sentimentos de alguém que sofreu abuso, a
sensação de pequenez, de incapacidade, de impotência. O bloqueio sexual é a
consequência maior deste acontecimento. Cabe então uma pergunta: o que
fazer? A resposta é, o caminho é trabalhar como se fosse uma livre associação
de idéias convencional estudada nesta material.
Psicanalista: O que representa o touro para você?
Paciente: Um animal forte, que tenho muito medo.
Psicanalista: O medo que você sente deste animal é parecido com o
medo que você sente ou sentiu por alguém que conheceu?
Paciente: (Silêncio) Talvez.
Psicanalista: De quem?
Paciente: Do meu padrasto.
Psicanalista: O que seu padrasto lhe fez para que você sentisse tanto
medo dele?
Paciente: Ele (silêncio), me forçava a fazer coisas que eu não gostava.
(choro)
Psicanalista: O que ele lhe forçava fazer?
Paciente: Ele abaixava minha calcinha e me tocava nas partes íntimas...
Estudo do caso parte 2: A argumentação do psicanalista neste caso
facilmente trouxe à tona o que toda a simbologia da cena carregava. Desta
forma o terapeuta pôde trabalhar de forma direta a ficção que na verdade era
apenas a exteriorização da vida real, trazida simbolicamente como uma cena
carregada de sinais.
O procedimento psicanalítico em qualquer situação deve partir do que
o paciente nos trouxe. Depois, trabalhar como em uma regressão de memória,
ora aconselhando ao perdão, tentando transformar o monstro em uma simples
formiguinha, ora fazendo uso da técnica da retirada do analisado da zona de
conflito para zona de conforto. Apenas lembramos que quando forçamos o ser a
ir do conflito para o conforto, nem sempre o problema é solucionado, causando
a sensação momentânea de paz e tranqüilidade, deixando o problema latente
sem ser solucionado. Ainda acreditamos que o melhor caminho é sim, o trabalho
de aconselhamento, buscando transformar o passado, fazendo com que o
consulente enxergue o que lhe causava sofrimento, sem o sofrer de antes. Esta
é a cura terapêutica.
O psicanalista pode optar por trabalhar a cena fictícia propriamente
dita, aproveitando-se dos símbolos, transmutando os sentimentos que cercam
toda temática aflorada. Vejamos outro exemplo:
Psicanalista; Quero que você imagine uma cena que represente todo
sentimento de tristeza que você vivencia em sua vida.
Paciente: Estou vendo a cena.
Psicanalista: O que você vê?
Paciente: Vejo uma ponte muito comprida sobre um rio de correnteza
forte e repleto de crocodilos. Tento passá-la, mas não consigo. Tenho medo,
posso cair.
Psicanalista: Quero que você atravesse a ponte, não tenha medo. Na
vida existem muitas pontes a serem atravessadas. Observe que seus pés estão
firmes na ponte, segure nas laterais, pise firme, e vá.
Paciente: Estou tentando. Estou com medo.
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Psicanalista: Imagine que esta ponte represente todos os obstáculos de
sua vida. Todos os medos, bloqueios, situações que você tem que enfrentar e
não consegue, causando em você os sentimentos de tristeza. Chegou a hora.
Você pode passar, e ao atravessar esta ponte você tem a certeza que pode
superar qualquer barreira em sua vida. Ande, atravesse a ponte agora.
Paciente: Estou indo, devagar, mas vou.
Psicanalista. Isso mesmo siga em frente sem olhar para trás, você pode,
você é capaz, você consegue, eu confio muito em você.
Paciente: Já estou na metade. Estou quase lá.
Psicanalista; Continue firme. Você pode, você consegue. Você é muito
forte, corajosa, corajosa demais. Você enfrenta qualquer obstáculo em sua vida
com coragem e desenvoltura.
Paciente: Pronto, atravessei a ponte. Estou muito feliz e aliviada.
Psicanalista: Parabéns. Você simplesmente provou que é capaz. Você
conseguiu atravessar esta ponte perigosa, portanto é capaz de superar qualquer
obstáculo em sua vida. Sinta toda confiança do mundo dentro de si, pois você é
corajosa, obstinada, capaz. Você é uma vencedora, parabéns.
Estudo do caso: O psicanalista nesta sessão optou por trabalhar os
símbolos diretamente, não se preocupou em tentar desvendar os símbolos, foi
direto ao trabalho de enfrentamento dos monstros inconscientes. Tudo é válido
para a mente, seja a regressão de memória direta, ou o trabalhar dos símbolos.
O inconsciente aceitará a informação como verdadeira sem nada questionar. A
mudança certamente acontecerá sempre que uma idéia for transmitida à mente
mais profunda. É por isso que o trabalho psicanalítico traz resultados tão
maravilhosos, pois aproveita qualquer situação, desde a mais “insignificante” até
as exteriorizações mais incríveis. Tudo tem valor para o psicanalista, pois ele
sabe que simbolicamente todo expressar do analisado representa um pouco de
sua psique. Assim fica claro que ao pedir que sua paciente atravessasse a ponte
que o próprio terapeuta de forma inteligente compreendeu como os obstáculos
da vida, deu à consulente a sensação de capacidade, de força, de autoestima,
de autoconfiança, de ânimo para o enfrentamento das situações reais da vida.

23. A PRÁTICA DA LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS

A Livre Associação de Idéias pode partir do estilo freudiano, onde o


psicanalista deixará que seu paciente simplesmente fale livremente sobre sua
vida, seus questionamentos, sua história, seus sonhos e sua essência.
Interagindo esporadicamente entre um pensamento e outro, porém estimulando
para que o consulente exteriorize todos os seus conflitos interiores,
aproveitando-se de cada cena, cada símbolo e cada sentimento. É sabido que
quando alguém começa a trazer ao plano consciente situações do inconsciente,
ele vai fazendo as associações de tudo que é trazido à tona e de forma natural,
através de conjecturas e análises, é claro com a ajuda do terapeuta, as
situações, mesmo as mais conflitantes, vão sendo desvendadas, explicadas e
ficando cada vez mais claras e definidas.
Quando buscamos os símbolos do inconsciente mais profundo de
forma livre, com os olhos fechados, estamos facilitando o processo. Pois o sinal
de entrada ao inconsciente é o fechar dos olhos. É o gatilho, o penetrar no mais
interior de nosso plano mental. Por isso, simplificamos a técnica, porém, com
resultados surpreendentemente maravilhosos. O que foi uma simples
experiência terapêutica tornou-se um sucesso extraordinário, com resultados
surpreendentes. Agora é com você. Experimente. Faça uso deste material
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pedagógico e terapêutico. Lembre-se que nada é por acaso, nenhum símbolo,
sinal, pensamento, sonho, lembrança, insight, nada, absolutamente nada deve
ser descartado ou ignorado. Tudo tem sua importância, até mesmo o que parece
insignificante aos olhos do psicanalista é absolutamente importantíssimo.

24. OS COMPLEXOS

Jung, o grande pesquisador do tema: “complexos”, os descreve como


“o agrupamento de elementos psíquicos em torno de conteúdos com tom
emocional”. O que ele quis dizer é que os complexos tem em si um elemento
nuclear (afeto, trauma) e muitas outras associações secundárias relacionadas a
eles.
De uma forma mais direta, os complexos podem ser definidos como
um emaranhado de traumas, que se aglomeram e formam este distúrbio.
Dizia Jung: “os complexos interferem com as intenções da vontade e
perturbam o desempenho da consciência, produzem perturbações da memória e
bloqueio no fluxo das associações; aparecem e desaparecem conforme suas
próprias leis; podem, temporariamente, obcecar a consciência ou influenciar a
fala e a ação de modo inconsciente.
Segundo Jung, os complexos se comportam como seres
independentes, originando geralmente após traumas, choques emocionais ou
através de conflitos morais, que deriva da aparente impossibilidade de afirmação
da natureza total de si mesmo.
Diz Jung: “os complexos, obviamente, representam uma espécie de
inferioridade no mais amplo sentido… (mas) ter complexos não indica
necessariamente inferioridade. Apenas significa que existe algo que é
discordante, não assimilado e antagônico, talvez como um obstáculo, mas
também como um incentivo para um esforço maior e assim, talvez, para novas
possibilidades de realização.” Por fim: “ Ter complexos não significa
necessariamente uma neurose… e o fato de serem dolorosos não é prova de
perturbação patológica”.

Conheça Agora Os Principais Complexos


Complexo de Édipo: desejo incestuoso pela mãe, criando uma certa
rivalidade com o próprio pai. Este termo foi introduzido por Freud em seu livro
“Interpretação dos Sonhos (1899)”. Freud atribuiu este complexo às crianças
entre 3 e 6 anos. Segundo ele, este estágio termina quando a criança se
identifica com um parente do mesmo sexo, reprimindo assim, seus instintos
sexuais.
Complexo de Electra: é o equivalente feminino ao complexo de Édipo. O
desejo da filha pelo próprio pai. O nome deriva da lenda de Electra e seu irmão
Orestes, filhos de Agamenon e Clitemnestra. Electra teria ajudado o irmão a
matar sua mãe e o amante dela.
Complexo de Napoleão: tipo de complexo de inferioridade, onde a
pessoa de baixa estatura compensa sua pequena altura em outros aspectos de
suas vidas, como sendo um patrão rude e cruel, ou o político ditador. Daí a
derivação do nome.
Complexo de Cassandra; é quando a pessoa sente que os outros não
ouvem o que diz, não dão importância às coisas que fala. É como viver num
descrédito constante, onde percebo que as pessoas não confiam no que digo.
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Complexo de Castração: no menino simboliza o medo de perder o poder
que o pênis lhe traz. Na menina simboliza a inveja que ela tem do pênis. Ou
seja, o pênis simboliza o poder. O menino não quer perder esse poder, a menina
que não tem o pênis tem o desejo de possuí-lo.
Complexo de Messias: é um estado psicológico onde a pessoa se acha
um salvador, um ser supremo, alguém que traz a salvação e a mudança de um
grupo. Este complexo pode estar presente em muitos líderes religiosos ou
gurus. Em certos casos o complexo de messias está ligado à esquizofrenia,
onde o complexado pensa ser Deus, anjo, espírito ou um enviado divino.
Complexo de Frankenstein: é um termo coloquial para o medo de
robôs. Também pode significar o medo de pessoas falsas, não verdadeiras,
robotizadas.
Complexo de Inferioridade: é quando a pessoa tem a autoestima baixa,
não confia em si mesma. Ela sente-se inferiorizada, seja apor qualquer motivo,
como: beleza, inteligência, padrão social, etc.
Complexo de Superioridade: o padrão dessas pessoas com este
complexo é sempre olhar os demais como se todos fossem inferiores, sempre
observa os defeitos dos demais, acham que são estúpidos, imbecis, feios. Na
verdade quem apresenta o complexo de superioridade, o usa como uma
máscara a mascarar seu forte complexo de inferioridade, pois enquanto eu falo
dos defeitos dos demais, não haverá tempo de perceberem meus defeitos.

25. ANÁLISE PSICANALÍTICA I

Interpretação dos medos


Fobia é o medo persistente e recorrente a um determinado objeto ou
circunstância que acaba por desencadear uma reação forte de ansiedade,
sempre que se depara com o motivo desse sentimento.
As fobias com causa aparente são chamadas de fobias específicas.
Este tipo de medo exagerado pode ser tão devastador que pode levar uma
pessoa a ficar paralisado.
As sensações de alguém em crise fóbica podem incluir: taquicardia,
suores, paralisia momentânea, tremores, desmaios, crises de pânico, espasmos
involuntários, surtos psicóticos, histerias e muitas outras características
pessoais.
Os tipos de fobias mais comuns são: insetos como baratas, animais
que lembram sujeira ou imundície como ratos, animais peçonhentos como
cobras. Também são fobias muito comuns: medo de sangue, água (rios, lagos,
mares), tempestades, trovões, ficar preso em lugares fechados, medo da morte,
medo de ficar velho ou doente. Enfim, todo medo exagerado, que atrapalha o
andamento de sua vida pode ser considerado uma fobia.
As formas de tratamento das fobias vão de uma simples conversa
psicanalítica, focando no aconselhamento, livre associação de idéias, até
mesmo a regressões de memória, focando os estudos na causa fóbica do
passado. Em situações de Pânico (síndrome do pânico), além da psicoterapia,
algumas vezes será necessária a intervenção médica com medicamentos
controlados.

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26. INTERPRETANDO OS MEDOS
Os medos podem nos revelar nossa história, nosso passado, nosso
presente, pois todo medo só existe por uma causa ou motivo. Não há medo sem
explicação, muito menos medos que aprecem sem vestígio. Todos eles, sejam
medinhos ou fobias que nos paralisam, vêm de um emaranhado de traumas ou
situações que culminam no medo exposto hoje.
Sentir medo na verdade é a maior defesa que o ser humano possui.
Ele existe como proteção, para evitar que vivêssemos sem nos cuidarmos, pois
o medo restringe nossas atitudes. Sem ele os homens comeriam os frutos
venenosos, pulariam de um penhasco, mergulhariam em um belo mas profundo
rio. E isso acontece apenas pelo medo incondicional que o ser humano possui
de morrer, por isso, evita que nós encaremos situações ameaçadoras para
nossas vidas.
Os medos na verdade são exteriorizações do inconsciente, que cria
após sucessivos acontecimentos uma lógica pessoal que culmina no pânico,
podendo atrapalhar e muito a vida de muitas pessoas.
O medo sendo uma defesa, de certa forma é positivo para nós, pois
evita que façamos coisas que nos tragam algum tipo de resultado negativo.
Porém, quando deixa de ser uma defesa e passa a nos incomodar, atrapalhando
o andamento de nossa vida sentimental, emocional, educacional e profissional,
precisa ser compreendido para posteriormente ser superado através da
psicoterapia.
Quando estudamos a interpretação dos medos, partimos de nossa
experiência em símbolos inconscientes. Portanto, a análise dos medos, deve
pautar no contexto pessoal de cada pessoa analisada, na sua história de vida
dela e no conhecimento do estudo dos símbolos. Desta forma conhecendo a
causa, ficará mais simples a busca pela erradicação desta fobia.
Vamos conhecer agora alguns tipos de medos e suas possíveis
causas e o que revelam:

MEDO DE GALINHA: de forma simples e direta o medo de galinha pode


ser explicado por traumas causados com ataques quando criança, bicadas
quando tentava brincar com algum destes animais. Porém, muitas pessoas que
apresentam medo de galinha, nunca foram bicadas por estas aves, neste caso a
compreensão é mais profunda e encontra resposta no inconsciente. Diversos
consulentes fazem a associação dos pés da galinha ou de seu pescoço com a
pele enrugada dos idosos, sendo este um reflexo da mente que faz a
comparação entre ambos. Portanto o medo de galinha pode ser a exteriorização
do medo da velhice, o medo de envelhecer ou o medo de perder a beleza.

MEDO DE RATOS: mais uma vez, este sentimento poderá ser explicado
por traumas causados na infância ou qualquer fase da vida com relação a este
bicho. Já nos casos onde não houve este trauma é que se aplica a teoria
psicanalítica de explicação do medo. O pavor de ratos poderá vir do nojo, da
repulsa da sujeira. Pode representar também o medo de ser roubado, de ser
enganado, pois os ratos simbolizam o ladrão de alimentos que aparece à noite,
na surdina para levar restos de alimentos ou alimentos dentro de pacotes.

MEDO DE BARATAS: a explicação desse medo é muito parecida com o


pânico de ratos. A barata representa a sujeira, o nojo. Porém o interessante é
que existem muitos outros insetos nojentos ou sujos igualmente à barata ou até
mais sujos, mas é este o campeão de medos. A barata pode representar nossa
insegurança em relação aos demais, nosso lado obscuro, nosso lado negativo,
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nosso querer esconder nossas sujeiras (fatos e ações negativas). A repulsa pela
barata pode ser a repulsa por nós mesmos, ou seja, não gostamos dela porque
ela representa nosso lado ruim que não queremos enxergar. Porém, não
podemos esquecer que o simples fato de termos na infância ou adolescência
levado um susto com este inseto, poderá despertar em nós o pavor por ele.

MEDO DE SAPO, RÃ OU LAGARTIXA: o Inconsciente pode associar o


sapo, a rã, a lagartixa ou qualquer bicho desta família com o órgão sexual
masculino. Pode parecer estranho, porém o inconsciente poderá encontrar
semelhanças entre eles. Principalmente para aquela pessoa que sofreu algum
tipo de abuso sexual. Assim, o medo inconsciente é o de ser abusado
novamente.

MEDO DE BORBOLETA: a borboleta é o símbolo da transformação. Por


isso, o medo dela pode representar o pânico em enfrentar a vida, os seus
obstáculos. Pode também ser a representação do medo do enfrentamento de
situações novas, transformadoras, mudanças na vida, novos rumos, novos
paradigmas. É, portanto a simbologia do medo da transformação, do assumir
novas idéias, projetos, objetivos. Para estas pessoas a imagem do casulo (antes
de ser borboleta) parece mais bonito e inofensivo, pois este estágio representa a
zona de conforto, o estar parado, sem mudança, trancado em seu casulo
interior. Esta é uma imagem ilusória, pois é justamente dentro do casulo que a
transformação acontece, ou seja, é em nosso interior que nos transformamos, e
é justamente o medo de assumir esta grande mudança que nos faz sentir medo
de tudo o que simboliza esta mudança.

MEDO DE FALAR EM PÚBLICO: a insegurança, o sentir-se rejeitado, o


sentir-se desajustado, a pessoa que se acha incapaz, certamente sentirá o
medo de falar em público. Este pânico vem da insegurança interior causada por
diversas situações do passado: rejeição, bullying, etc. Uma pessoa que ouviu de
sua professora, pai, mãe, irmãos ou amigos que é burro, idiota ou imbecil, terá
dificuldades em sua vida acadêmica caso seu inconsciente aceite esta
reprogramação como verdadeira. Portanto, como pode alguém ter a coragem e
a ousadia de falar em público para tantas pessoas se interiormente ele se sente
um fracassado, ou incapaz? Uma frase dita sem pensar pode ser apenas o
estopim para o desencadear de traumas severos, que impossibilitarão esta
pessoa de seguir em frente em sua vida no aspecto geral. Então fica claro que o
medo de falar em público está intimamente ligado ao passado, ao que este ser
sente a respeito dele mesmo, suas habilidades e capacidades.

MEDO DE SE RELACIONAR SEXUALMENTE: O medo da relação


sexual tem muitas vertentes. Sua causa pode estar ligada ao abuso na infância,
ou ao sentimento de incapacidade seja pelo complexo de inferioridade, por se
achar incapaz de satisfazer o sexo oposto, pela vergonha devido ao tamanho do
pênis ou no caso das mulheres por sentirem vergonha do próprio corpo.
As neuras que cercam este tema são tão grandes, que muitas
pessoas chegam a ficar sozinhas pelo bloqueio sexual. Muitas vezes a culpa é
da sociedade que lança falsas crenças que acabam por traumatizar as pessoas
mais sensíveis. Podemos exemplificar isso nos casos de homens que sentem
desejo, mas não conseguem manter relações sexuais devido ao sentimento de
incapacidade frente à parceira, pois se acham inferiores, seja pelo sentir-se
menos belo que ela, ou por causa do tamanho do pênis, crença erroneamente
disseminada de que o tamanho do órgão masculino faz a diferença. As
I
Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 53
pesquisas na verdade entre as mulheres comprovam que o tamanho do pênis
não é o mais importante na hora do prazer, mas sim os carinhos, carícias e o
modo como os homens as tratam no clímax sexual. Portanto, incutir na mente
dos homens inseguros, que o tamanho de seu órgão sexual não representa um
melhor desempenho na relação íntima, mas sim seu jeito de despertar o prazer
na parceira. Na verdade o órgão sexual tanto masculino como feminino é
anatômico entre os casais, dependerá de várias circunstâncias o prazer entre
ambos, os pares acabam se completando, se encaixando perfeitamente. Cada
um tem seu desejo sexual latente, para cada um haverá sempre diversas
opções que o completam sexualmente.
Nas mulheres o medo do sexo também pode ser associado a abusos
ou a traumas causados pela violência doméstica. A menina que viu a mãe ser
espancada pelo pai durante vários anos poderá trazer bloqueios, onde o sexo
oposto parece inconscientemente motivo de sofrimento e não de prazer.
A mente humana é repleta de segredos e motivações muito íntimas e
pessoais, mas o bloqueio sexual deve ser explorado, desvendado e
desmistificado, pois é o causador de grande parte das depressões, tristezas,
vazios e angústias da humanidade. O ser humano é um ser sexuado, portanto, o
toque, o carinho, a sensualidade é inerente a nós, e quando por algum motivo
nos vemos impedidos de exprimirmos nossos desejos, nos fechamos como uma
ostra, transformando-nos em seres tristes e frustrados.

FOBIA SOCIAL
Fobia social é uma ansiedade intensa gerada pelo ser humano quando
ele é submetido a algum tipo de avaliação de outras pessoas. Essa ansiedade
generalizada não se estende a todas as funções que uma pessoa possa
desempenhar. Sempre se concentra sob tarefas ou funções bem definidas. É
considerado normal sentir-se acanhado em algumas situações, porém, quando
este medo e insegurança tornam-se patológicos trazendo algum tipo de prejuízo
pessoal à pessoa, como, por exemplo, não conseguir apresentar um seminário
na escola, ou ficar mudo durante uma entrevista de emprego, ou não conseguir
fazer uma prova final na faculdade por insegurança diante de uma banca
examinadora.
Muitas vezes quem sofre de fobia social não sabe ou não admite
possuir o problema. Em alguns casos a pessoa recorre ao uso de álcool com o
intuito de ficar mais encorajado numa determinada situação. Com isso, muitos
acabam por cair no alcoolismo.
Alguns sintomas que podem aparecer nestes casos são: tremores,
sensação de garganta sufocada, mal estar abdominal, sudorese, dificuldade
para falar, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra
rapidamente, diarréia.
As pessoas com este distúrbio sofrem por antecipação, pois ficam
dias antes da apresentação sentindo toda sintomática negativa que pensa que
sofrerá durante o evento que participará.
Veja alguns exemplos que podem denotar fobia social: usar
banheiros públicos, comer ou beber perto dos outros, falar em público, dirigir,
estacionar um carro enquanto é observado, ser fotografado ou filmado, cantar
ou tocar um instrumento musical em público, escrever ou assinar perto de outras
pessoas.
A fobia social tem seu início na maioria das vezes na infância e
adolescência e acomete mais homens que mulheres. Pode ser percebida já na
infância quando a criança parece ser mais tímida e insegura do que as outras.
A psicoterapia é recomendável neste caso. A regressão de memória, a
I
Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 54
reprogramação mental a psicanálise são excelentes contra este problema
mental.

AGORAFOBIA
Medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos, ou
deixar lugar seguro. A pessoa com esta fobia apresenta muita insegurança
frente a situações em que se vê próxima um grupo de pessoas, ou em locais
públicos. Por isso, acaba por ficar enclausurado em sua residência, tendo uma
vida vazia, depressiva e solitária. Enquanto na Fobia Social o medo está
relacionado a fatos pontuais, na Agorafobia, o problema é mais grave, pois há
uma extrema dificuldade em viver em sociedade, estar perto das pessoas,
grupos ou multidões.

27. ANÁLISE PSICANALÍTICA II

Atitudes Que Parecem Estranhas


Engana-se quem pensa ser misterioso, enigmático ou imune à análise
alheia. Todos nós em algum momento ou situação escancaramos aos demais
nossa índole, nossas fraquezas, medos e inseguranças, seja por um gesto
agudo, um olhar perdido, ou o modo de nos expressarmos. Por mais que nos
esforçamos, mentimos, ou tentamos enganar, haverá um deslize, um momento
de baixarmos a guarda, e neste exato instante, mesmo sem querer,
demonstraremos a todos ou a quem nos observa e analisa, o que nosso ser
interior teima em esconder.
Àqueles que desejam apurar este jogo de observação e análise, eis
aqui um grande instrumento de pesquisa e ajuda complementar. Pois o intuito
desta material é aguçar em cada pessoa o instinto de observação para que
possamos compreender melhor e mais profundamente aqueles que nos cercam.
O primeiro passo para a análise comportamental do ser humano é ter
a compreensão de que analisar não é julgar, muito menos trazer padrões pré-
estabelecidos para sua observação. Este item fundamental para esta pesquisa,
pois ninguém é dono da verdade e nenhum ser humano é igual ao outro. O que
vamos demonstrar neste estudo são tendências e atitudes que podem nos
ajudar na análise comportamental das pessoas, levando-nos a um conhecer
mais profundo de nosso analisado.
A arte de observar é antes de tudo uma disciplina de autoanálise, pois
como conhecer aos demais se antes de tudo eu não me conheço? Portanto, o
início de toda nossa pesquisa deve se pautar pelo estudo de si mesmo. Desta
forma, começaremos por perceber até que ponto estamos julgando ou
analisando de verdade.
Sejam bem vindos neste mundo maravilhoso, onde o único objetivo é
desvendar ou mesmo desnudar o ser humano, de uma forma direta e profunda,
porém com uma linguagem didática e de simples compreensão. Então, mãos à
obra, pois a observação humana requer muito estudo, pesquisa e acima de tudo
força de vontade, e somente quem se dedicar com afinco nesta modalidade
terapêutica complementar conseguirá resultados satisfatórios e relevantes.
Lembre-se: cada pessoa neste mundo difere uma da outra. Não
somos robôs criados em série. Portanto não utilize de características prontas
como uma regra de análise. Compreenda o ser humano como um ser único. Por
tudo isso, este rico material deve servir como mais um instrumento de
observação e não como uma bíblia que desvenda a todos com eficácia de
I
Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 55
100%. Aproveite este conhecimento como ponto de apoio e pesquisa. É
importante compreender que a melhor leitura se faz com o todo e não pelas
partes. Analise, confiando no mais eficaz dos suportes analíticos, a intuição.
A análise Psicanalítica parte do que emerge do inconsciente de uma
pessoa ao plano consciente. Portanto, o que pode parecer estranho aos olhos
da maioria, para o Psicanalista é apenas um vasto campo de pesquisas,
observações e práticas analíticas. Vamos neste capítulo de forma didática,
estudar algumas situações pontuais interessantes, de atitudes que à primeira
vista parecem fugir do normal, mas com o aprofundar do analisa nos casos,
percebe-se nitidamente que para cada situação haverá uma explicação,
parafraseando assim a um velho ditado: “Nada acontece por acaso”. Partimos
estão para as análises:

28. ATITUDES QUE PARECEM ESTRANHAS

Neste capítulo, vamos estudar alguns casos interessantes de


situações que fogem um pouco da normalidade. Porém, mais uma vez devemos
ter em mente que nenhum estudo servirá de regra geral. Há casos e casos. Aqui
traremos conclusões para cada fato descrito, mas que não seja usada como
parâmetro para todas as situações similares, e sim como base de pesquisa dos
motivos que levam este ser a ter este comportamento “inadequado”.

PEGAM O ÚLTIMO PEDAÇO DE MISTURA DO PRATO: aquelas


pessoas que estando comendo em grupo na mesa, e ao servir-se coloca em seu
prato mais de um pedaço de mistura, deixando as outras sem o
acompanhamento, podem ser na verdade pessoas que passaram muita
dificuldade na infância, pela falta de alimento, por isso, inconscientemente pelo
medo de não ter o que comer novamente, esquecem dos demais e enchem
seus pratos, com o intuito de saciarem sua fome, ou até mesmo de uma forma
simbólica, estocarem alimento para depois.

NÃO CONSEGUEM COMER NA CASA DE PESSOAS MAIS


HUMILDES: existem pessoas que quando convidadas para um almoço ou jantar
na casa de um parente mais humilde, até aceita o convite, porém quando lá
chegam, sentem uma aflição muito grande e a vontade de irem embora é muito
forte, trazendo uma sensação de mal estar muito poderosa, somatizando: azia,
dores de cabeça, sonolência, tontura, falta de ar, etc. Elas também podem ter
sofrido com a dificuldade financeira do passado, ter passado fome, ou vivido em
uma casa simples, repleta de miséria, e é justamente devido a estes fatos, que o
medo interior de voltar a passar novamente por tudo que vivenciou é que o
desespero aflora desta forma tão intensa.

TRATA MELHOR OS ANIMAIS QUE AS PESSOAS: muitos condenam


aquelas pessoas que tratam melhor seus animaizinhos que as pessoas que a
cercam. Precisamos primeiramente observar o histórico desta pessoa para
saber como todos a tratam, e daí traçarmos um paralelo de suas atitudes com
sua história de vida. Às vezes, é um alguém que já foi maltratado ou sofreu
rejeições, e criar um laço de amor e carinho pelos bichinhos é mais seguro, pois
os animais são fiéis e respondem carinhosamente aos estímulos dos donos, ao
contrário dos seres humanos que podem ser injustos e ingratos. Outro fator é o
medo de perder quem se gosta, por este motivo se apegam aos animais com
mais força, pois para elas passa a sensação de que os bichinhos nunca irão
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abandoná-lo (a).

QUANDO CONVERSA BATE, TOCA OU SEGURA NAS PESSOAS:


estas pessoas que conversam segurando na gente ou dão tapinhas
involuntários, são facilmente identificadas como sendo inseguras ou sentem-se
rejeitadas inconscientemente. O segurar ou tocar nos outros, representa que
aquela pessoa não irá fugir dela, fato que já pode ter acontecido antes em sua
vida, por isso traz este sentimento de medo de ser rejeitada novamente.

QUANDO ESTÁ PRÓXIMO DA MÃE FALA COMO CRIANÇA: é muito


interessante observar estas pessoas, que mesmo adultas, quando estão perto
de sua mãe, afinam a voz sem perceber e falam quase como uma criança. Bem,
muitas vezes é culpa da mãe que adora mimar os filhos e sente prazer em
mantê-los por perto sobre seu domínio. Mas muitos filhos adoram sentir-se
mimados, e acariciados com os mimos da mamãe. O afinar da voz é
simbolicamente a demonstração de que ainda sou o bebezinho da mãe e é
assim que inconscientemente muitos de nós sentimos ao estarmos perto de
nossa genitora, é um fenômeno involuntário e quando questionados sobre o fato
irão dizer que não fazem isso, que conversam normalmente quando estão
próximos da mãe.

NÃO JOGA NADA FORA: existem pessoas que são colecionadoras de


lixo: papel, bugiganga, tralhas velhas, guardam tudo, não conseguem jogar nada
fora. São pessoas inseguras que tem dificuldades com as mudanças da vida,
pois simbolicamente para o inconsciente, jogar coisas velhas no lixo é romper
com o passado e recomeçar vida nova, seguindo novos rumos. Para estas
pessoas cada papel, cada lembrança que guarda é uma segurança de que tudo
vai permanecer como está. Também pode representar o medo da perda, por
exemplo, uma pessoa que na infância teve um objeto muito querido retirado à
força ou doado para outra pessoa sem consentimento, poderá se apegar a tudo
devido ao medo de perder novamente aquilo que se gosta.

FALA MAL DE TODO MUNDO: infelizmente a pessoa que só sabe


criticar, falar mal de todos, acaba por atrapalhar e prejudicar a vida de muita
gente que não merecia. Mas esta metralhadora giratória de críticas é uma
defesa para sua insegurança doentia. Desta forma usa a máxima: a melhor
defesa é o ataque. Atacando os demais com veemência e rapidez não dará
tempo das pessoas enxergarem os defeitos que ela acha que possui. Estas
pessoas tem tendência a complexos severos e a depressão profunda. Por isso
ao invés de raiva merecem pena, pois o sofrimento para elas é inevitável.

BUSCAM A PERFEIÇÃO: as pessoas que tentam passar aos demais a


imagem da perfeição, da humildade, de que são seres muito superiores na
esfera espiritual ou que são quase santas. Na verdade na maioria das vezes
escondem um sentimento de impureza e incapacidade muito profundas.
Portanto a figura da perfeição seja no aspecto religioso ou na vida familiar na
verdade é uma máscara ou fantasia a esconder seus defeitos e inquietações.
Vemos exemplos disso nas igrejas, com pessoas que se julgam santas ou
exemplos de virtude, porém quando saem do templo, levam uma vida de má
conduta moral, sendo desonestos, infiéis ou agindo de má fé, ou em locais de
trabalho, onde existem aquelas pessoas que passam a imagem do funcionário
exemplar, que tudo sabe, um poço de sabedoria e competência, chegam ao
exagero de humilharem aos demais, achando sempre algo para demonstrar
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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 57
serem superiores e mais sábios que os outros, porém, em seu interior, não são
nada disso, são inseguras, fracas e não tem conhecimento maior que o dos
demais.

FALAM SOZINHAS: falar simplesmente sozinho não é considerado um


problema, pois demonstra apenas um diálogo dos pensamentos do inconsciente
sendo exteriorizado ao consciente. Pode representar a chance que alguém tem
de se expressar sem o medo de ser criticado. Portanto a pessoa fala pra si
mesmo àquilo que não tem coragem de falar para os outros. Desta forma,
muitas vezes os conselhos que elas dão a si mesmas são na maioria das vezes
àquilo que ela gostaria de ouvir, assim serei sempre o melhor conselheiro que
pode existir para mim.

VIVE EM UM MUNDO PARALELO: algumas pessoas, cansadas com


suas vidas que pensam ser sem graça, chata e infeliz, criam um mundo na
imaginação paralelo àquele real que vive. Neste mundinho imaginário, tudo
acontece de forma diferente, ali as coisas fluem, a pessoa é realizada, se
relaciona com quem sempre sonhou, tem os amigos que sempre desejou, os
filhos o respeitam, a sua mulher ou esposo são exemplos de virtudes, enfim, é a
vida que pediu a Deus. O problema em viver no mundo paralelo da imaginação
é quando estes devaneios acabam por atrapalhar a vida real. Pois se deixo de
viver o agora e mergulho no mundo da imaginação, acabo por não realizar as
tarefas no presente, trazendo conseqüências sérias para mim e para todos que
me cercam. O correto é viver primeiro a vida real, pois esta é palpável, podendo
mentalizar as mudanças que desejo que aconteça, porém, se vivo uma vida
paralela e nada faço para mudá-la, será um devaneio em vão. Também
lembramos que o uso recorrente de uma situação não real poderá ser
caracterizado como algum tipo de delírio, desde que isso acabe por atrapalhar o
andamento de sua vida normal.

TRANSA SEM CAMISINHA: muitas pessoas se perguntam: “Como pode


no mundo de hoje, com tanta informação, alguém manter relações sexuais sem
se prevenir contra doenças e gravidez indesejada?”. Muito simples, muitos seres
humanos tem a sensação de que com eles será sempre diferente. Sentem-se
super-heróis, e só se dão conta quando descobrem serem portadores do HIV ou
quando descobrem que a namorada está grávida aos quinze anos. As pessoas
tem a incrível mania de acharem que tudo acontece com os outros e nunca com
elas, por isso bebem e saem dirigindo, usam drogas mesmo sabendo que elas
viciam e destroem suas vidas, enfim, são inconseqüentes, pois pensam que são
imunes a tudo de negativo e ruim que assola o mundo. Na verdade, o ser
humano deveria ser sempre precavido, mesmo nas coisas que dificilmente
podem acontecer com ele, mesmo que tenha a chance mínima de acontecer,
haverá sempre uma chance. Uma chance em um milhão é uma chance, portanto
existe a possibilidade de acontecer.” Dizem que um raio não cai no mesmo lugar
duas vezes, mas em algum lugar ele tem quer cair.”.

PERSEGUE E TENTA DESTRUIR OS DEMAIS: as pessoas que


costumam perseguir, tentado destruir uma outra ou um grupo, seja no ambiente
de trabalho, nas igrejas, na escola, em cursos, grupos de reflexão, seitas, etc.
Na verdade é certo que ninguém chuta cachorro morto, se esta pessoa
persegue alguém, é porque este alguém lhe traz algum tipo de ameaça.
Portanto, na verdade, o perseguidor é um fraco, covarde, que morre de medo de
perder o que conquistou, para esta pessoa que ele sente e sabe ser mais capaz
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do que ele. É na verdade um ser cheio de complexos e traumas, alguém de
mente fraca, porém maquiavélica, não medirá esforços para destruir seu
opositor, porém, a melhor forma de vencer esta batalha é sendo honesto,
sincero e sagaz. E estas pessoas por piores que sejam, acabam por meterem os
pés pelas mãos, pois geralmente não são tão inteligentes e espertas como
pensam ser.

CHORA POR TUDO: a pessoa chorona nem sempre é um fraco. Muitas


vezes pode representar uma sensibilidade em relação a tudo de errado que o
mundo nos mostra. Também, pode ser a exteriorização de traumas e complexos
enraizados no inconsciente mais profundo, ou talvez ser uma pessoa que não
consegue distinguir o passado do presente, pois cada cena vivida traz
lembranças de um passado triste, similar ao presente, culminado no choro.
Chorar não faz de ninguém mais ou menos fraco, mas se choro com constância
pode representar que preciso trabalhar meus fantasmas interiores.

SENTE-SE BEM SOZINHO, ADORA A SOLIDÃO: ficar sozinho para


muitos é um caos, porém para outros tantos, é prazer ter um tempo só, para
curtir a si mesmo, ouvir aquela musiquinha com a própria companhia, ou assistir
o seu filme preferido consigo mesmo, é maravilhoso. Não é estranho gostar se
sentir sozinho. Pode ser uma fuga sim de enfrentar seus medos, bloqueios e
fantasmas, mas isto acontece quando viver só for algo corriqueiro em sua vida.
Nos casos onde de vez em quando, me isolo para me reencontrar comigo
mesmo, ou para escutar meu silencio, isto é benéfico e importante. Mas para
aquelas pessoas que não conseguem viver sozinhas, precisam sempre da
companhia de alguém, a representação é contrária, estas pessoas sim, são
dependentes, muitas vezes fracas e inseguras. Já aquele que tira de letra ter
alguns momentos solitários, demonstram segurança, coragem e autoconfiança.
Devemos ter bem clara a diferença entre solidão e solitude: Solidão é sentir-se
só enquanto que solitude é o desejo de ficar só.

CONVERSA COM ANIMAIS OU PLANTAS: isto não deve ser encarado


como problema. O carinho e dedicação por animais ou plantas é a
demonstração de que muitos seres humanos tem a total compreensão de que
fazemos parte de um todo, de um mundo onde somos mais um ser vivo, como
animais e plantas. É normal encontrarmos pessoas que conversam com animais
como se fossem crianças, e o mais interessante é que os bichinhos são tão
mimados que respondem a estes estímulos como se realmente fossem
bebezinhos. Com as plantas acontece exatamente igual, muitos testes já foram
feitos e chegou-se à conclusão que aquelas plantinhas em que os donos
brincam, conversam, demonstram carinho para com elas, crescem mais vistosas
e lindas, pois cada demonstração de amor e carinho irradia uma vibração
energética positiva e esta energia é contagiante para tudo e todos.

COLOCA APELIDO EM TODO MUNDO: este é mais um caso de


pessoas inseguras e cheias de complexos que com o forte medo que possuem
em ter suas fraquezas e defeitos desmascarados, acabam por encontrar
defeitos em todo mundo, assim evita que encontrem os seus. Não estamos aqui
falando dos apelidos carinhos, onde há um aceitar em comum acordo com o
alvo da brincadeira, estamos falando dos apelidos maldosos, que buscam na
ferida do apelidado, um defeito, um traço marcante negativo que pode gerar
traumas e complexos severos no futuro. Lembrem-se, quem dá o tapa esquece
muito rapidamente, mas quem o leva não esquece jamais.
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É SUPERSTICIOSO: A superstição vem da nossa insegurança e falsas
crenças, enraizadas em nosso inconsciente, passadas de geração em geração.
Muitas pessoas não saem de casa se o horóscopo do jornal estiver negativo
para seu signo. Outros carregam em seus bolsos um pé-de-coelho com o intuito
de ter mais sorte. Infelizmente, se pé-de-coelho desse sorte o coitado não teria
perdido a própria vida para ser transformado em um chaveiro. São tantas
crenças absurdas que este transtorno tem feito muito mal a tanta gente, até
mesmo pessoas sérias, catedráticas e com conhecimento suficiente para
saberem que tudo que envolve superstição só tem razão de ser pela crença nela
confiada, ou seja, crer em ferradura, figa, não passar embaixo de escada, não
deixar o chinelo virado, pisar sempre primeiro com o pé direito, etc. Somente
terão algum tipo de poder, caso a pessoa realmente acredite; neste caso, não
será o poder do objeto da superstição que tornará realidade aquilo que acredita,
mas sim, sua mente inconsciente.

O CONTROLE REMOTO É SEU: em alguns lares há uma verdadeira


guerra para ver quem fica com o controle remoto. Alguns especialistas chegam
a afirmar que para se saber quem comanda uma casa, basta observar com
quem fica o controle remoto da TV. Geralmente o detentor de tal objeto
realmente é a pessoa que dá as coordenadas nesta residência. Portanto caso
você perceba que em sua casa o controle remoto está sob a guarda de seu filho
de apenas cinco anos, significa que você não possui o domínio educacional
sobre ele.

FALA QUE É MACHÃO, QUE É CAMPEÃO NO DESEMPENHO


SEXUAL: A pessoa segura de si, de sua sexualidade, e de sua capacidade, não
precisa ficar fazendo propaganda ou marketing sobre si mesmo. Aquele que
insistentemente repete ser o campeão no desempenho sexual, pode estar
mascarando uma vida pífia relacionada à sexualidade. E o machão que apregoa
com insistência não gostar de gays, ou que ele não aceita homossexualidade,
poderá estar simplesmente criando uma máscara com o intuito de esconder sua
própria sexualidade, tendo ele próprio muitas dúvidas sobre seu gostos, desejos
e inquietações.

A VIDA SOCIAL É VIRTUAL: viver ligado na Internet diariamente várias


horas por dia, deixar de sair de casa com os amigos para ficar ligado na rede,
não se relacionar fisicamente e preferir um namoro virtual, sem toque ou
contato, é na verdade um padrão de comportamento preocupante. Pois
transforma esta pessoa em antissocial com tendência à fobia-social ou
agorafobia. Já existem estudos que comprovam que esta geração computador
tem mais propensão às depressões, devido à falta de relacionamentos,
brincadeiras com atividades físicas, falta de contato físico corporal e afetivo,
enfim, elas ficam trancadas em seus quartos, fechados em um mundo virtual e
se esquecem da vida real que tem lá fora, e no dia em que sair desta cela
involuntária terá extrema dificuldade em se relacionar com o mundo real, pela
falta de experiência, causada pelo tempo em que ficaram trancafiadas em frente
ao monitor.

MASTURBA-SE VÁRIAS VEZES AO DIA: a masturbação não é um


desvio sexual, muito pelo contrário, é uma das formas de conhecermos nosso
corpo e de despertarmos nossos desejos e fantasias. Porém, quando a
quantidade de vezes que me masturbo em um dia torna-se exagerada, isso
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pode significar que algo não está correto. Por incrível que pareça, existem casos
de pessoas que chegam a se masturbar até oito vezes no mesmo dia. Muitas
pessoas podem se perguntar, mas a masturbação excessiva causa algum mal?
Na verdade, tudo em excesso faz mal, até mesmo a masturbação, é como
comer um doce deliciosos sem parar, em algum determinado momento você vai
enjoar dele, e seu sabor perderá o sentido. Assim, também é com a
sexualidade. Dificilmente um casal mesmo apaixonado irá manter relações
sexuais oito vezes ao dia, mesmo em lua de mel isso será um exagero. A
explicação para isso pode estar em algum desequilíbrio hormonal ou até mesmo
sexual. A masturbação é algo normal e natural do ser humano, mas seu excesso
pode até mesmo causar algum tipo de complexo, trauma ou bloqueio, e tudo
dependerá do que se imagina durante este ato.

A IMAGINAÇÃO SEXUAL É DIFERENTE DAS OUTRAS PESSOAS: a


sexualidade é inerente ao ser humano. O que difere cada um de nós é o modo
como encaramos nossa sexualidade. Cada ser age de uma forma diferente, e
cada um tem um padrão de desejo conforme a carga genética ou mesmo de
situações vividas guardadas no inconsciente. Existem pessoas que sentem
muito desejo quando imaginam cenas em que são estupradas, abusadas, ou
são vítimas de algum tipo de violência. Parece absurdo alguém sentir prazer em
situações de humilhação, dor ou violência, porém, não podemos definir um
padrão para a sexualidade, pois ele não existe, cada pessoa irá definir dentro de
si sua própria sexualidade moldada conforme sua crença, sua vivência, sua
genética, situações conflitantes mal resolvidas, frases ouvidas na infância,
abusos sofridos na mais tenra idade. Portanto, o desejo vai além dos hormônios,
ele passa principalmente pela mente humana. Na verdade o inconsciente tem
uma ligação muito íntima com o desejo, pois conforme fomos moldados pela
história de nossas vidas, refletimos o despertar de nossa índole e desejos. Se
uma mulher sente desejo ao se imaginar sendo estuprada, significa que esta
situação dentro dela representa ser a única forma de sentir prazer, e isto pode
representar que foi abusada na infância ou mesmo que num gesto de
autopunição, ser estuprada representaria o castigo pelo pecado que está
cometendo. Isto também se aplica nas situações onde a única forma de
despertar o desejo seja em situações de abusos ou violência sexual

CHEIO DE MANIAS: quando as manias são brandas, não atrapalhando


minha vida, tudo normal. Porém quando minhas manias chegam próximas do
absurdo, interferindo na minha vida, atrapalhando o andamento do meu
cotidiano, isso poderá ser considerado TOC (Transtorno Obsessivo
Compulsivo). A diferença entre ambos é simples. Se tiver a mania de voltar para
averiguar se desliguei todos os aparelhos eletrônicos quando vou sai, faço isso
por precaução. Mas se quando vou sai, averiguo tudo, e ao sair sinto um desejo
enorme de voltar e conferir tudo de novo, isso poderá ser TOC. Se lavo minha
mão várias vezes ao dia, é sinal de higiene. Mas se lavo minha mão, dezenas
de vezes mesmo sem tê-la sujado, ficando às vezes vários minutos com as
mãos embaixo da torneira esfregando sem parar, poderá ser TOC. Desta forma
fica claro, que só será considerado Transtorno aquilo que deixa de ser uma
simples mania, para se transformar em uma tortura mental, não permitindo que
eu consiga levar uma vida normal.

COMPRA TUDO QUE VÊ: muitas pessoas não conseguem passear pelo
centro da cidade, ou mesmo ir ao shopping sem comprar compulsivamente tudo
que encontram pela frente. Estas pessoas não compreendem que isto é um
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distúrbio perigoso. A compulsão por compras tem levado muitas pessoas à ruína
financeira, pois elas não percebem que não poderão pagar pelo que está
levando, e muitas vezes compram artefatos que nunca usarão, ou que não lhes
tem serventia alguma. Compram apenas pelo desejo de comprar, é uma
vontade profunda de comprar, que lhes dá um imenso prazer, como um viciado
que precisa da droga, só que neste caso sua droga é o consumismo
desenfreado. O melhor caminho nestes casos é a psicoterapia aplicada à
reprogramação mental.

ADORA BINGOS E JOGOS DE AZAR: também é um distúrbio muito


perigoso, o vício em jogos, seja bingos, jogo-do-bixo, loterias ou apostas. Muitas
pessoas já perderam tudo com o intuito de bancarem seu vício. Elas não
conseguem perceber o quanto estão perdendo e quando estão. Apostam sem
parar, e tem a falsa sensação de estarem ganhando muito, e sentem uma gana
de ganhar cada vez mais. Com isso, não conseguem ter a clareza da armadilha
que entraram e ao perceberem já perderam tanto o que ganharam e muito mais.
Há relatos de aposentados viciados em jogos que ao receberem sua suada
aposentadoria, entram no Bingo para tentar uma aposta, e ao darem conta já
perderam em algumas horas, todo o dinheiro do mês, ficando sem nenhum
vintém para seus remédios e alimentação. Para estes casos somente um
acompanhamento profundo terapêutico poderá trazer alguma melhora neste
quadro.

NÃO É HOMEM DE UMA MULHER SÓ: esta frase parece estranha,


principalmente para as mulheres. Porém, na linha psicanalítica poderá haver
uma explicação para esta atitude. Muitos homens casam com uma mulher que
lhes lembram a mãe. Portanto, contraem matrimônio com uma santa mulher,
bondosa, carinhosa, a figura exata inconsciente da mãe. Com o tempo, o desejo
sexual que nos homens é latente e à flor da pele, começa a despertar nele a
atração pelas outras mulheres, que não são a mãe, sendo permitido tudo com
elas em matéria de sexo. Portanto, o homem consegue distinguir amor de sexo,
pois com a amante ele faz sexo, por mero desejo e prazer. Já com a esposa ele
mantém uma relação muitas vezes de respeito, mantendo relações esporádicas,
pois com esta, o sexo é respeitoso, devido ela ser a figura da sagrada mãe. É
claro que isto não servirá de desculpa para os homens que traem, pois nada é
generalizado, há casos e casos. Havendo inclusive muitas mulheres que
seguem quase que o mesmo padrão masculino, traem seus maridos pelo
prazer, mas amam seus esposos, pela segurança que eles lhes trazem, aqui o
esposo representa a figura do pai. Esta linha Freudiana é muito discutível, mas
não a leve como padrão, pois ela não o é. Definimos como um caso que nos
parece estranho, mas que pode ter uma explicação nesta linha de pensamento.

DEPOIS DO SEXO ELE VIRA E DORME: as mulheres cobram muito


seus parceiros quando eles após a relação sexual viram de lado e começam a
dormir, enquanto elas estão cheia de pique e querem discutir a relação.
Infelizmente para a ala feminina este é um fator biológico. Já está comprovado
que após o ato sexual, os homens biologicamente por conta dos hormônios tem
tendência a sentirem sono, pois há neles um relaxamento natural, enquanto que
nelas há uma ativação maior, tornado-as mais ativas, ligadas. Até no fator
químico corporal existem conflitos entre os sexos opostos. Por isso eles se
desejam tanto, pois querem no outro(a) aquilo que não tem em si e vice e versa.

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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 62
COMPLEXADO PORQUE OS PAIS NUNCA DERAM CARINHO:
algumas pessoas reclamam de seus pais e jogam todas as suas frustrações em
cima deles, culpando-os por suas inseguranças. O que todos devem entender é
que ninguém oferece aquilo que não possui. Como dar carinho se não aprendi a
dar, pois nunca o recebi dos meus pais. Na maioria das vezes é como um
círculo vicioso, os pais não dão carinho aos filhos, não porque não os ama, mas
porque não sabem dar, pois também não receberam dos próprios pais. Portanto
a melhor forma de ter o carinho dos pais é quebrando o gelo e dando carinho
aos pais. Não espere um abraço, dê, não espere um afago, ofereça. Assim
derrubando esta barreira, você vence seus fantasmas e ajuda seus pais a
vencerem os deles.

ADULTOS COM ATITUDES INFANTIS: existem muitos adultos que só


dormem com seus ursinhos de pelúcia do lado, com seu pijaminha de desenhos
infantis. Alguns, mesmo depois de grandes mamam na mamadeira. São
pessoas que ficaram presos em alguma fase da vida mal resolvida. Veja
quantos casos de homens ou mulheres que escondidos ainda chupam chupeta.
Tudo isso parece absurdo, mas não é. São casos reais de quem por algum tipo
de trauma não consegue se libertar de atitudes de quando ainda eram crianças.
Para elas somente a psicoterapia poderá ajudá-las, pois precisam trabalhar
lembranças de seu inconsciente mais profundo.

MÃES SUPERPROTETORAS: A superproteção das mães em relação a


seus filhos, tem dois lados distintos, o sentimento de amor, de proteção maternal
e o medo mórbido de que algo possa acontecer com sua cria. Muitos fatores
podem levar uma mulher a esse cuidado exagerado. Uma gravidez difícil, onde
durante toda a vida a mãe enxerga o filho como um ser fraco que necessita de
atenção a todo tempo. A rejeição, onde a mãe foi rejeitada na infância ou em
qualquer fase da vida, e inconscientemente sente o pavor de também ser
rejeitada pelo filho, criando em torno dele uma redoma, seria uma espécie de
proteção para que ninguém se aproxime com a intenção de roubá-lo dela. O
medo comum da violência do mundo. Ou o pânico causado por fobias mais
fortes como: medo de acontecer algum acidente, medo de que o filho morra,
medo de que o filho fique doente, etc. Seja qual for o motivo, não podemos
condenar quem sufoca o filho. Primeiro que na maioria dos casos a intenção é
positiva. O problema é quando esta superproteção começa a atrapalhar a vida
do outro, podando suas vontades e evitando que este ser viva a vida,
experienciando o que há de certo ou errado. Estas mães precisam compreender
que o filho necessita caminhar com suas próprias pernas, caindo e levantando.
Somente assim aprenderá com seus erros, criando anticorpos intelectuais, que
fortaleçam sua psique e seu caráter. A psicoterapia tem sido uma grande aliada
na busca da compreensão do outro. Vivenciando dentro de si os motivos que
podem estar levando esta pessoa à superproteção. Na maioria das vezes estas
mães chegam à conclusão que o amor incondicional não está associado ao
sufocamento do filho e sim em saber exatamente o momento certo de deixá-los
caminhar, porém sem perdê-los de vista.

USAM ROUPAS AMASSADAS OU RASGADAS: Roupas Amassadas ou


Rasgadas podem denotar falta de apego e desprendimento aos bens materiais,
humildade, uma pessoa introspectiva que tem como preocupação o interior e
não o exterior. Também pode denotar uma pessoa largada que não se importa
muito com as coisas, pode demonstrar falta de interesse pela vida.

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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 63
DEIXA ARMÁRIOS E GAVETAS ABERTAS: pode parecer um sinal de
relaxo, de falta de capricho ou atenção deixar gavetas e portas abertas, mas
também pode representar a mente de uma pessoa que acessa muitas
informações ao mesmo tempo, e não conseguindo chaveá-las, acabam por
tentar resolvê-las todas ao mesmo tempo. Atitude típica dos pensadores, que
acessam muitas informações e não gostam de descartá-las deixando estas
idéias em aberto para poder acessá-las quando quiser. Isso também se aplica
com pessoas que tem mesas cheias de papeis e documentos.

GOSTA DE OUVIR SOM MUITO ALTO: representação típica de quem


deseja fugir de fatos da vida real. Quanto mais alto é o som da música que ouve
menos escutará as verdades que precisa ouvir. Portanto é uma fuga do
enfrentamento dos problemas da vida. Também podemos enquadrar nesta
explicação as pessoas que dormem demais, podem estar fugindo de enfrentar
as coisas do cotidiano.

29. ANÁLISE PSICANALÍTICA III

Revelando Comportamentos
O que o ciúme pode nos revelar: O ciúme é a exteriorização da
insegurança, falta de amor próprio e o medo de sofrer.
O ser ciumento sofre de uma forma assustadora. Ele cria uma história
em sua mente como se já fosse verdade, e cobra do parceiro (a) uma explicação
daquilo que para ele é real.
O mais incrível é que na maioria das vezes a situação só existe na
mente da pessoa ciumenta. O fato não acontece, mas para ela o que imaginou
de fato aconteceu. Trazendo um sofrimento muito profundo, causado pela
tortura mental pela qual passa.
O motivo que leva ao ciúme é geralmente o histórico desta pessoa.
Geralmente é alguém que já foi traído, e sente medo de ser enganado
novamente. Outras vezes é uma pessoa que foi rejeitada na infância, seja pelos
pais, amigos, ou alguém que amava. Desta forma o sentimento de traição ou
rejeição, transforma esta pessoa um alguém fraco, inseguro e desconfiado.
Por isso, não devemos e não podemos julgar o ciumento como uma
pessoa de má índole, mas sim como um paciente em potencial. Um sofredor,
que precisa de carinho, atenção e tratamento, para aprender a confiar nas
pessoas, mas antes de tudo, aprender a se amar e a se respeitar.
As técnicas de regressão são ótimas para os ciumentos. Pois
encontram resposta em seu passado frustrado, e aprendem a repensar sua vida,
para daí fortalecer sua mente, diminuindo e muito seu ciúme doentio.

O que a inveja pode nos revelar: A inveja é a exteriorização da


fraqueza humana, do sentimento de incapacidade e inferioridade.
O ser invejoso, na verdade é um fraco. Alguém com um profundo
sentimento de frustração e inferioridade. Pois somente uma pessoa que
inconscientemente se sente pequena frente à outra, pode desejar o que ela tem,
o que ela é ou possui. Assim, quem inveja, tem esse sentimento, por sentir-se
incapaz de ser ou ter aquilo que deseja no outro ou do outro.
Também não podemos chamar o invejoso de pessoa de má índole,
pois é um ser extremamente fraco em sua psique. Muitas vezes se pudéssemos
ilustrar sua silhueta, veríamos um ser rastejante, apequenado, sujo, vivendo de
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migalhas, de restos, pois é assim que elas se mostram. Portanto, a inveja é um
sentimento inferior sim, porém a maioria das pessoas que a sente não o faz por
ser ruim ou má, faz porque se sente inferiorizada perante o alvo de sua inveja.
Desta forma, quando alguém persegue o outro, seja no trabalho, tentando
denegrir sua imagem pela inveja do cargo que ocupa, faz isso apenas por sentir-
se incapaz de ser tão profissional quanto o outro o é, sendo mais fácil destruir
quem eu não posso ser, mas gostaria muito de personificar.
Existe outro tipo de inveja, mais profundo e ligado a nossa alma mais
profunda. É a “Inveja da Alma”. Muitas pessoas contam que são pessoas boas,
de bom coração, estão sempre prontas a ajudar, mas em todos os lugares que
frequentam ou estão, tem sempre alguém ou um grupo tentando prejudicar ou
destruir. Veja bem, ninguém chuta cachorro morto, se te perseguem ou falam de
você, é porque de alguma forma você os incomoda. A verdade é uma só, os
olhos humanos enxergam muito mais que nosso consciente pode perceber,
nossos olhos são o espelho da alma, e como tal conseguem captar nos demais
suas vibrações energéticas, pulsações, sentimentos, sua índole, enfim, tudo o
que nossa alma possa transmitir. Desta forma, todas estas informações são
processadas em seus inconscientes, e sendo elas inseguras, e de vibrações
inferiores aos seus, sentirão uma rejeição involuntária por você, causada pela
inveja que sentem de sua alma superior. Portanto, na maioria das vezes, as
perseguições que sofremos são causadas pela inveja que nosso perseguidor
sente de quem somos, ou de quem nossa alma mostra ser.

O que a timidez pode nos revelar: A timidez revela a insegurança do


ser, o complexo de inferioridade e o sentimento de incapacidade frente aos
desafios.
Existem muitos fatores que podem causar a timidez. Alguns deles são
motivados pelo passado traumático. Fatos e cenas que fizeram com que esta
pessoa se sentisse inferiorizada por algum motivo. Uma situação
constrangedora na infância, um pai repressor, uma professora muito rígida pode
desencadear o processo da timidez.
Um pai que sempre critica o filho, dizendo que este jamais será
alguém na vida, está plantando neste ser o sentimento de incapacidade, ainda
mais sendo palavras vindas de alguém que deveria ser meu incentivador e não
meu crítico ferrenho.
O menino que gosta da coleguinha da escola e leva um não
humilhante na frente de todos, sendo chamado de feio, tolo, ou por algum
apelido destrutivo, tende a sentir vergonha o resto da vida em situações
diversas, principalmente as românticas.
O aluno que ouviu da professora “Você é um burro” e viu esta frase
sendo repetida pelos colegas de classe dezenas de vezes, certamente terá uma
timidez enorme em falar em público ou de se expor em grupo.
Muitas vezes a timidez vem da gestação traumática, onde a mãe
sofreu humilhações, rejeições e decepções, passando ao feto toda carga
negativa do trauma.
Não podemos acreditar que a timidez (exteriorização da insegurança)
seja apenas um padrão da personalidade. Acreditamos que ela exista por algum
motivo específico e se buscarmos a fundo certamente encontraremos sua raiz.
Desta forma, poderemos através de diversas técnicas terapêuticas melhorarmos
a auto-estima, o amor-próprio, e a autoconfiança do consulente, levando-o a
vencer esta barreira que tanto atrapalha a muitos, seja na vida social,
sentimental, profissional ou acadêmica.

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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 65
O que os distúrbios alimentares podem nos revelar: Os distúrbios
alimentares revelam a frustração do ser com seu próprio corpo.
Os distúrbios da alimentação como a bulimia e a anorexia são apenas
o reflexo do falso padrão de beleza apregoado em nossa sociedade. Onde a
magreza passa a ser o belo e o peso padrão, e o mais gordinho passa a ser
feio.
Geralmente as pessoas que sofrem destes distúrbios, são sensíveis,
possuem mentes fracas, que aceitam com muita força opiniões e comentários
alheios. Isto é facilmente comprovado entre as modelos, são moças belíssimas
e que muitas vezes ao se olharem nos espelhos choram dizendo estarem
gordas e feias. O inconsciente aceita qualquer reprogramação como verdadeira,
portanto, se coloco na cabeça que estou desta forma, me verei assim, mesmo
que não esteja.
A anorexia revela um sentimento de autopunição, onde a pessoa cria
uma aversão ao alimento, pois em seu intimo, comer faz engordar, então não
posso me permitir este prazer, transformando a comida em um inimigo mortal.
Com isso, são muitos os casos de jovens que morrem de inanição ou com
falência múltipla dos órgãos em decorrência deste mal.
A bulimia também é um processo de autopunição, só que mais
imediata. Neste processo, a pessoa sente vontade de comer, porém logo após
comer muito, sente-se extremamente culpada, e isolando-se no banheiro
provoca o próprio vômito. Exteriorizando aquilo que é o causador de sua culpa.
Portanto, os distúrbios alimentares não são processos simples, ou
frescuras como alguns dizem, são doenças sérias e perigosas que podem levar
à morte. O problema é que muitos pais só percebem que seus filhos ou filhas
sofrem deste mal quando o problema já está agravado. Com isso, um conselho
importante: “fiquem atentos com aquelas pessoas que estão muito magras,
comem pouco, evitam o alimento, não bebem muita água, se trancam no
banheiro após as refeições, todos estes são sintomas que podem significar que
esta pessoa está com um destes distúrbios”.
O tratamento psicanalítico traz benefícios grandiosos, pois traz à luz
do consciente o que o inconsciente esconde, seja um trauma, um complexo, um
bloqueio, uma cena, uma palavra destruidora, enfim, desnuda os motivos, e trata
a causa, seja através do aconselhamento, da reprogramação mental, dos
insights e em conjunto com outra técnica parapsicológica a “regressão de
memória”, trazem resultados excelentes.

O que os complexos podem nos revelar: Os complexos nos revelam o


sofrimento interior do ser, que se sente inadequado em alguma situação.
O que são os complexos? São emaranhados de traumas, que se
juntam e formam um determinado complexo.
Os traumas acontecem quando uma situação negativa, carregada de
emoção marca meu ser, me incapacitando de seguir uma vida normal, é como
uma peça de um quebra-cabeça que fica faltando para finalizar minha essência.
São os traumas que se acumulam que formam os complexos. Por exemplo,
complexo de inferioridade: causado por diversas situações humilhantes ou de
rejeição, que ao se somarem em meu inconsciente formam um sentimento
“complexo” de incapacidade.
Portanto, todo complexo tem uma causa inconsciente, sendo possível
através da psicoterapia na maioria dos casos erradicar os problemas.
Os complexos todos encontram explicações no inconsciente, seja o
complexo de inferioridade, que pode ser causado pela sensação de
inadequação, seja pelo padrão de beleza, inteligência, poder aquisitivo ou outro
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motivo qualquer.
Também existem complexos bem mais sofisticados, como o complexo
de Édipo(desejo inconsciente do homem pela mãe), complexo de Electra(desejo
inconsciente da mulher pelo pai), dentre outros.
Seja qual for o complexo, haverá sempre a possibilidade de melhora
nos tratamentos psicoterápicos. Principalmente em se encontrando a causa do
problema. Desta forma poderemos reestruturar sua psique, levando o
consulente a enxergar de forma positiva os motivos que o levaram ao complexo.

O que a depressão pode nos revelar: A depressão nos revela a tristeza


do ser, causada por situações, complexos, traumas e lembranças enraizadas no
inconsciente ou vivas no consciente.
Os especialistas classificam a depressão em duas categorias:
depressão clínica e depressão psicológica. A depressão clínica é aquela onde o
ser depressivo não encontra motivos para estar doente. Em contrapartida, a
depressão psicológica é aquela causada por algum motivo aparente: morte de
um ente querido, lembranças tristes e traumáticas, o fim do casamento, etc.
A visão dos Psicoterapeutas Holísticos onde se enquadra a categoria
dos Psicanalistas é de que toda depressão é psicológica, pois se bem
vasculhado em sua mente inconsciente certamente encontraremos respostas
para sua dor e sofrimento. Pois se não podemos obter resposta na vida atual,
quem sabe para aqueles que acreditam, não podemos encontrar caminhos em
vivências passadas. Fica aqui um ponto de questionamento.
Existem muitos fatores que levam à depressão, desde fatos banais até
mesmo acontecimentos profundos. Um trabalhador, por exemplo, que quando
está próximo de voltar ao trabalho começa a se sentir entristecido, sem vontade
de comer, com insônia, poderá estar acometido da depressão pós-férias. Ou a
mãe que após o nascimento de seu filho, sente vontade de chorar, não se sente
apegada ao bebê, poderá estar sofrendo de depressão pós-parto. Enfim, são
tantos os motivos que levam a este sentimento de tristeza que certamente é um
tema merecedor de estudos mais aprofundados.
A depressão é a grande causadora da busca pela terapia, pois o ser
humano não consegue lidar com a tristeza que permeia sua mente, causando-
lhe enorme sofrimento, vazios existenciais, pensamentos obsessivos e idéias
até suicidas. Portanto, devemos levar muito a sério este tema, pois dependendo
da pessoa, sentir-se depressivo pode ser o início de sua decadência. A
constatação disso é o grande número de indivíduos que não conseguem se
reerguer após uma crise depressiva.
Em resumo, o que pode nos levar à depressão são cenas
traumáticas, acontecimentos frustrantes, situações humilhantes, lembranças
tristes, perdas, culpa, sentimento de inadequação, insegurança e qualquer fator
negativo que de alguma forma torne-me introspectivo, levando-me a
interiorização para o meu inconsciente (onde se encontra o motivo do
problema), assim é como que se algo estivesse mal resolvido, e realmente está,
o que me leva a fazer uma vigília involuntária para dentro de mim, focando a
todo instante aquilo que causa meu sofrimento. O reflexo disso no plano
consciente é a tristeza profunda, o vazio sem fim, a sensação de que nada mais
tem sentido. Pois por mais inconsciente que o motivo esteja, a sensação
negativa que ela causa será percebida no plano consciente.
Na maioria dos casos, a depressão terá resposta fácil na busca de sua
causa, pois terá como motivo situações corriqueiras da vida, acontecimentos
importantes como a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento
amoroso, a perda de um emprego ou uma dívida que não consigo pagar. Em
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outras situações, o motivo não poderá ser encontrado de forma fácil,
necessitando de uma busca mais profunda e minuciosa.
A verdade é que toda depressão tem uma causa, se é um motivo
facilmente lembrado, ou se é algo enraizado no mais íntimo do ser não importa.
Hoje a psicoterapia dispõe de mecanismos capazes de transformar as
lembranças traumáticas em revelações para a mudança. Indicamos as seguintes
técnicas: a regressão de memória, a reprogramação mental, o aconselhamento,
a psicanálise e também as técnicas energéticas: reiki, cromoterapia e a terapia
floral.

O que as atitudes agressivas dos adolescentes podem nos revelar:


Atitudes agressivas podem revelar a exteriorização de uma raiva muito forte
contida, frustrações, traumas, complexos, neuroses, psicoses e psicopatias.
Uma pessoa sempre agressiva, com um padrão de ódio e raiva
expressos a todo o momento, não pode ser encarado como uma pessoa normal.
Uma investigação profunda irá definir o transtorno que certamente este ser
possui.
Porém, um distúrbio não pode servir de desculpa para aquelas
pessoas que tem a índole do mal. São maquiavélicos, do tipo psicopatas que
sentem o prazer em fazer a maldade, gostam de ver o sofrimento alheio. Isto é
um comportamento patológico e perigoso, pois qualifica um ser altamente
perigoso para a sociedade. Daí o perigo de leis tão brandas como as que temos
aqui no Brasil, principalmente para menores de idade. Pois enquanto a lei torna
inimputável o menor de 18 anos, neste meio poderá haver pessoas com sérios
transtornos “psicopáticos”, que se aproveitando da falta de punição, cometem
crimes muitas vezes hediondos, e ficam no máximo três anos recolhidos,
amparados pela lei, e quando soltos certamente voltarão a cometer os mesmo
crimes ou até piores. A verdade neste caso é cruel, a psicopatia não tem cura, e
em alguns casos, a única solução encontrada em todo o mundo é a reclusão,
não permitindo que estas pessoas vivam em sociedade.
Leis mais severas poderão evitar que estas pessoas com a índole
psicopata cometam crimes, pois eles são violentos, porém não são tolos,
gostam da liberdade, apesar de que estando presos, não demonstram a mínima
culpa, ou sentimento de tristeza por estarem detidos, pois o traço marcante
deste grupo é a total ausência de sentimentos.
Existem muitos psicólogos, educadores, políticos e até mesmo
magistrados que são contrários a leis mais rígidas contra os adolescentes,
porém, a impressão é que lhes falta o conhecimento da índole mental deste
grupo psicopata. Infelizmente parecem que estas pessoas vivem em um mundo
de fantasia, onde uma palestra, um aconselhamento servirá para mudar a mente
doentia de um Psicopata. Até gostaríamos que nossa sociedade realmente
conseguisse reeducar nossos adolescentes, dando a eles as oportunidades
iguais, com educação e cultura, alimentação adequada. Porém, para a mente
doentia, mesmo tendo nascido em família rica, o seu traço cruel e sem
sentimento prevalecerá e de nada adiantará a conversa com o pedagogo ou
psicólogo.
Não estamos pregando que todos os adolescentes infratores sejam
severamente punidos, isto seria uma linha de pensamento quase que nazista.
Estamos falando aqui daqueles adolescentes com traços psicopatas, com total
ausência de sentimentos.
Basta uma lei que obrigue os criminosos a passarem por uma junta
especializada de psicólogos, psicanalistas e psiquiatras, onde seriam
considerados aptos ou inaptos a voltarem em sociedade. Assim, você pune
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quem deve ser punido rigorosamente e dá a chance de ter uma nova vida
àqueles que realmente merecem. A lei atual é uma mãe para o menor infrator,
pois ela privilegia a impunidade. É comum ouvir da boca dos menores: “NÃO DÁ
NADA NÃO”, ou seja, ele sabe que pode barbarizar que no máximo poderá ficar
recolhido por três anos. Assim, aquele que já tem o traço psicopata, por ser de
boa inteligência, aproveitando-se desta mesma lei, tomará conta de seu círculo,
grupo ou bairro, até mesmo cidade, podendo ser um traficante, um assassino,
um bandido violento, enfim, criando o caos, pois terá a lei debaixo do braço
como suporte.
Não queremos com esta linha de pensamento generalizar, muito
menos dizer que todos os crimes praticados por menores infratores sejam
causados por transtornos psicopatas. Muito pelo contrário, somente a minoria de
acontecimentos criminosos tem como causa este desvio psicológico. Os crimes
praticados por menores na sua maioria tem como razão a falta de limites não
aplicados pela família, falta de oportunidades sociais e educacionais, abandono,
etc. Desta forma, fica claro que uma sociedade igualitária no que diz respeito às
necessidades básicas, poderá permitir que muitas destas crianças e
adolescentes não entrem para o submundo do crime.
A inteligência humana é de tamanha capacidade, que temos a certeza
que nossos governantes, políticos, magistrados e educadores, refletirão um dia.
Percebendo que o modelo atual empregado na sociedade deste país, não está
funcionado. Investir em educação e cultura é fundamental. Mudar as leis
também nos parece importante, pois como já dissemos, a liberdade total para
todos da mesma forma é impossível. Não podemos aceitar leis que nos deixem
à mercê de monstros revestidos em pele de cordeiro.

ANÁLISE PSICANALÍTICA IV

Análise Gestual
Podemos conhecer melhor as pessoas observando seu modo de agir,
gesticular, expressar. Portanto, não são somente as idéias, palavras e linhas de
pensamento ou sua psique que devemos analisar. A análise deve ser pautada
em todos os detalhes, que podem ser observados em um olhar, o abaixar a
cabeça, o serrar os dentes, o apertar as mãos, enfim, o ser se mostra através de
seus gestos e atitudes.
Vamos conhecer alguns destes sinais que podem ser importantes para
que o analista tenha mais um ponto de apoio terapêutico.

O olhar: os olhos como já ouvimos são o espelho da alma. Portanto, não


existe um ponto mais expressivo no ser humano que eles. Um olhar pode dizer o
que a boca teima em negar. O bom observador capta nos olhos a expressão
mais profunda que os demais podem transmitir.
Quando miramos os olhos de alguém e esta pessoa desvia a visão
para outra direção, significa claramente que há aí uma insegurança, uma
timidez, podendo significar um complexo de inferioridade, pois a atitude de fugir
do olhar alheio representa que me sinto desnudado pelo outro, ou seja, a
pessoa que olha, me faz sentir inseguro, pois parece me penetrar. Uma pessoa
que sente inferior, dificilmente conseguirá suportar um olhar fixo no seu, devido
ao seu sentimento de inferioridade, sempre colocando as outras pessoas como
sendo mais importantes e imponentes. Desta forma, este olhar faz com que se
sintam pequenas, pois as fulminam. Por tudo isso, desviar os olhos é fugir de
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seus medos, inseguranças e sentimentos de inferioridade.
Fechar os olhos em situações de medo, pânico e choques, é
simplesmente a falsa sensação de que estou fugindo da situação conflitante. O
ato de fechá-los, me dá a segurança de que não estou mais presente na cena
problema. Pois quando fechamos nossos olhos, entramos imediatamente no
campo do inconsciente, onde me sinto bem mais seguro, pois não presencio
conscientemente o fato do conflito. Este processo pode durar segundos, ou até
mesmo horas, com desmaios de fuga.
A pessoa que quando perguntada sobre algo tem a tendência em
olhar pra cima, pode significar que tenta esconder algo, pois enquanto o olhar
para baixo representa insegurança em relação ao interlocutor, o olhar para cima
poderá ser a fuga da verdade.
Quando questionadas, muitas pessoas costumam ter tremores
involuntários nas pálpebras, isso pode significar nervosismo, não por tratar-se
de uma mentira, mas pela situação nova e às vezes constrangedora por estarem
falando de si mesmas. Porém este movimento em estados de relaxamento
representa que esta pessoa entrou em um nível mental profundo.
Ainda existem muitos aspectos dos olhos que são facilmente
percebidos, como um olhar perdido, não de fuga de quem olha, mas fugindo do
momento, uma distração, que representa que esta pessoa está divagando, com
pensamentos distantes, isso pode significar que ela ainda não lhe disse tudo, há
algo que ainda lhe atormenta. Ou tem problemas maiores do que estes que já
lhe falou.
Um olhar triste é facilmente percebido, é um olhar sem brilho, fosco,
sem luz, uma mistura dos olhos sonolentos com os olhos do choro. Em
consultórios isso é percebido de forma clara, principalmente que ao falar de
seus problemas a primeira expressão de emoção vem dos olhos.

A boca: um sorriso às vezes é mais cativante que mil palavras. Porém a


boca não expressa apenas a alegria. O morder os lábios pode representar
preocupação, tensão, insegurança. Enquanto que os movimentos das línguas
nos lábios podem significador um desejo sexual, uma vontade de beijar ou até
uma preparação para o carinho. Portanto, pensar que a boca somente se
expressa por palavras é errado, primeiramente porque um simples sorriso pode
iluminar um ambiente cheio de tristeza e mal humor. Uma boa gargalhada traz
além de exercícios para diversos músculos faciais, um bem estar cerebral, já
descritos em estudos modernos.
Muitas pessoas quando se sentem acuadas, interrogadas, tendem a
fecharem suas bocas e forçarem seus lábios uns contra os outros, com o intuito
de demonstrarem que não estão a fim de falar. Outras estando em uma festa
por exemplo, mesmo não conhecendo os outros convidados, ficam o tempo todo
sorrindo, com a intenção de mostrarem os dentes e assim demonstram que
querem falar e fazer novos amigos.
Aqueles que tem costume de morder a língua enquanto falam, são
geralmente muito ansiosas, atropelando as palavras e pensamentos.
O bruxismo que é o ato de forçar a arcada dentária, contraindo a parte
superior contra a inferior, principalmente enquanto dormem, trazendo muitas
dores no maxilar e dor de cabeça, representa muita tensão, preocupação. Esta
pessoa tem dificuldade de relaxar, anda estressada, com problemas que não
tem conseguido resolver.

Mãos e braços: esta é a parte mais inquieta que o ser humano possui, a
maioria das pessoas não consegue conversar somente com a boca, elas
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precisam também expressar-se com as mãos e braços. A cantora Elis Regina é
o verdadeiro exemplo disso, ela era muito baixinha, porém se agigantava em
suas apresentações, pois erguia e girava os braços como um helicóptero, e
hipnotizava a platéia com sua presença, parecendo uma gigante em cena. O ser
humano é assim, seu modo de ser, de se portar, de se mostrar como postura
corporal e presença, conseguem atrair os demais com seu jeito de ser.
Quando queremos chamar a atenção de alguém distante,
levantamos logo os braços e agitamos as mãos com o intuito de que o outro nos
veja. Assim, as mãos e braços além de servirem como chamariz, podem ser
hipnotizadores aos demais quando queremos tirar o foco de nós. Ao
gesticularmos mãos e braços, podemos ter como intenção que as pessoas
fiquem atentas neles e deixem de prestar atenção em nós de verdade, ou seja,
enquanto olham para os gestos de mãos e braços não param para olharem pra
mim por completo. Portanto, quem gesticula muito pode ter uma insegurança
interior e usa estes movimentos com a finalidade de desfocar o olhar dos
demais.
Quando a pessoa tenta tapar a própria boca enquanto fala pode
significar que ela está tentando se controlar, para não falar tudo, para não se
comprometer. Também pode demonstrar algum tipo de complexo em relação
aos dentes, à boca ou à própria fala.
Colocar a mão no rosto enquanto fala ou olha para alguém, pode
representar que está analisando o outro. Este gesto ficou famoso entre os
analistas e é uma verdade, involuntariamente colocamos a mão ao lado da face
quando observamos alguém com profundidade.
Quando as mãos parecem agitadas, coçando a nuca ou mexendo
nos cabelos com insistência, podem representar certo nervosismo, insegurança
ou impaciência com os demais, bem como um sinal de mentira.
As mãos sobre a mesa ou escrivaninha podem ter a intenção de
demonstrar domínio sobre os demais. Os chefes sempre conversam com o
braço todo apoiado em sua mesa, com o intuito de comprovarem que quem
comanda o ambiente é ele. Reparem que o empregado normalmente fica mais
distante, com os braços sobre o colo, demonstrando aceitar a liderança do
patrão.
As mãos sobre as pernas, mais quietas, podem representar que esta
pessoa está aberta ao diálogo. Enquanto que as mãos fechadas em frente à
barriga, representam que esta pessoa não está tão receptiva à conversa. Já os
braços cruzados, significam proteção contra o outro, uma defesa, uma falta
também de receptividade. Enquanto que as mãos nos bolsos podem demonstrar
insegurança no que fazer, falar ou agir.

Pernas e pés: muitas pessoas esquecem que pés e pernas também


demonstram suas personalidades, intenções e pensamentos. Por estarem longe
do cérebro, temos pouca consciência das ações e atitudes deles. Porém, dizem
muito, exteriorizando atos e atitudes de forma clara.
Começamos pelo modo de andar. Andar balançando bastante os
braços, representa jovialidade, pois os jovens tem em si elasticidade muscular,
mais ânimo e disposição. Por isso, os soldados ao desfilarem, marcham, com a
intenção de demonstrarem força, vitalidade e juventude. Alguns políticos e
líderes caminham movimentando e muito seus braços para passarem a
impressão de saúde, e jovialidade.
Os pés são os maiores detectores de mentira que existe, pois quando
uma pessoa mente, tende a balançar os pés com insistência. Muitos ao
mentirem, disfarçam expressões faciais e tentam deixar as mãos quietas, com o
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intuito de mascararem suas mentiras, porém, esquecem-se de seus pés e
pernas, que fazem movimentos repetitivos de balançar. Por isso, muitos
executivos, somente fazem negociações e tendem conversar sobre negócios
sentados atrás de uma escrivaninha que lhes encobrem as pernas e pés. Assim,
sentem-se seguros diante dos demais.
As pernas descruzadas demonstram atitudes dominantes e abertas, já
as pernas cruzadas demonstram que esta pessoa é fechada e insegura. Quando
uma mulher quer demonstrar a um homem que não tem interesse nele, cruza os
braços sobre o peito e cruza também as pernas, apontando os joelhos para uma
direção contrária a ele.
Pernas afastadas: indicam dominação masculina. Pois
inconscientemente mostram sua genitália, demonstrando sua masculinidade;
Pernas cruzadas: demonstram desconfiança em relação aos demais,
representam uma pessoa fechada, submissa. A intenção ao cruzar as pernas é
negar o acesso à genitália, o que comprova sua atitude de proteção frente aos
demais;
Pernas e braços cruzados: pessoa fechada para qualquer tipo de
comunicação, estão na defensiva, querendo ficar sozinhas;
Pernas cruzadas, tornozelo sobre o joelho: quando for o homem,
representa atitude de competição. Querem demonstrar mais poder. Já quando
for uma mulher, geralmente o faz somente próximo a outras mulheres. Se a
pessoa nesta posição segurar a perna superior com as duas mãos, significa que
não está disposto a aceitar suas idéias ou reivindicações.
Trançar os tornozelos: pessoas com esta atitude estão tentando
reprimir uma emoção negativa geralmente de medo e dúvida. Geralmente quem
está interagindo em uma conversa aberta, deixa os pés descruzados e soltos.
A pessoa quando interessada na outra, coloca seu pé ou pés
direcionados para a o alvo de seu interesse. Quando está indeciso em relação
ao outro, cruza os braços e fica posicionado de lado com os pés direcionadas
numa direção que não a do outro.
Nossos pés, sempre indicam para onde queremos ir. Em uma sala
quando desejam sair, ficam direcionados para a porta, demonstrando uma
atitude de fuga.

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BIBLIOGRAFIA

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Escala.

ROSA, Maria Cecília Amaral. Novo Dicionário de Símbolos - Editora Escala.

O Livro dos Símbolos - Reflexões Sobre Imagens Arquetípicas - Compêndio


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JUNG, Carl Gustav. O Homem e Seus Símbolos - Edição especial brasileira –


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FREUD, Sigmund. Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana - Editora Imago.

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JUNG, Carl Gustav. A Energia Psíquica - Editora Vozes.

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JUNG, Carl Gustav. Psicologia do Inconsciente - Editora Vozes.

JUNG, Carl Gustav. Mito Moderno - Editora Vozes.

JUNG, Carl Gustav. Os Arquétipos E O Inconsciente Coletivo - Editora


Vozes.

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BRENNAN, Anne e BREW, Janice. Arquétipos Junguianos - Editora Madras.

BARBOSA, Ana Beatriz. Mentes Perigosas - O Psicopata Mora Ao Lado -


Editora Fontanar.

IRALA, Narciso. Controle Cerebral e Emocional - Editora Loyola.

Raquel, Rogelio. Apostila: Conhecendo O Ser Humano - Edição Virtual

Raquel, Rogelio. Apostila: Psicanálise Ao Alcance de Todos - Edição Virtual.

Raquel, Rogelio. Apostila: Curso de Regressão de Memória - Edição do autor.

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