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Práticas e Análises
Psicanalíticas
Metodologia Rogelio Raquel
2014
I n s t i t u t o N a c i o n a l dRe OPG
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- PLs i c o m e t a f í s i c a Página 1
LEIA COM ATENÇÃO
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Instituto Nacional de Parapsicologia-Psicometafísica Página 2
SUMÁRIO
Introdução.........................................................................................................................04
1. A Interpretação dos símbolos.......................................................................................05
2. A Interpretação Psicanalítica dos Desenhos..................................................................06
3. Simbologia dos desenhos da paisagem..........................................................................06
4. Simbologia dos desenhos Internos da casa....................................................................08
5. Predominância das cores nos desenhos .......................................................................10
6. Estudo Amplo dos Símbolos.........................................................................................13
7. Interpretação da simbologia dos presentes..................................................................... 14
8. Simbologia dos animais .....................................................................................................16
9. Simbologia do masculino e feminino ..................................................................................17
10. Simbologia das frutas ..........................................................................................................18
11. Livre Associação de Palavras.........................................................................................19
12. A Psique: Problemáticas Humanas...............................................................................24
13. Neurose e Psicose ........................................................................................................26
14. Esquizofrenia .................................................................................................................29
15. Autismo ............................................................................................................................30
16. TOC (Transtorno Obsessivo compulsivo)...........................................................................31
17. Transtorno Bipolar ..........................................................................................................33
18. Transtornos Alimentares...................................................................................................34
19. A Sexualidade Humana: Parafilias................................................................................35
20. A Interpretação dos Sonhos.........................................................................................37
21. Livre Associação de idéias............................................................................................41
22. Livre associação de cenas fictícias.......................................................................................47
23. Livre associação de Idéias ...............................................................................................49
24. OS COMPLEXOS................................................................................................................50
25. Análise Psicanalítica I........................................................................................................51
26. A Interpretação dos Medos...........................................................................................52
27. Análise Psicanalítica II......................................................................................................55
28. Atitudes que parecem estranhas ...................................................................................56
29. Análise Psicanalítica III....................................................................................................64
30. Análise Psicanalítica IV....................................................................................................69
31. Gráfico do Teste de Livre Associação de Palavras.........................................................22
BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................................73
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INTRODUÇÃO
O que é Psicanálise
Psicanálise é a abordagem direta do inconsciente. É um método
desenvolvido com o propósito de trazer para o plano consciente, aspectos
profundos do inconsciente para serem analisados, e através de técnicas
psicanalíticas, essas problemáticas poderão ser trabalhadas caso a caso com o
intuito de produzirem uma melhora no quadro psicológico do indivíduo
analisado.
A Psicanálise é um modo particular de tratamento de desequilíbrios
mentais focando seu trabalho no inconsciente. É um campo que busca a análise
da estrutura do funcionamento da mente, bem como dos comportamentos
humanos. Também podemos defini-la como a arte de analisar o ser por
completo, buscando perceber em cada um, sinais que demonstrem aquilo que a
pessoa consegue transmitir com palavras ou pelo processo não verbal; seja num
simples gesto, numa palavra que escape do interlocutor, em seus sonhos ou
mesmo no seu modo de ser. Um pensamento de Freud exemplifica bem o que
representa o analisar na psicanálise: “Quando se cala a boca, falam as pontas
dos dedos”.
A psicanálise é um grande instrumento terapêutico, pois olha o ser
como um todo, completo e agente de transformação. Analisa seus instintos, sua
sexualidade, seus pensamentos, anseios, desejos, sonhos, enfim, faz uma
varredura em tudo que a pessoa pode nos mostrar.
Podemos definir a Psicanálise como um procedimento que investiga
processos mentais, inatingíveis de outra forma, como vivências internas que
trazem uma carga carregada por: sentimentos, sonhos, emoções, fantasias e
pensamentos. É um método que se baseia em investigações para tratar diversos
problemas da ordem mental.
A Psicanálise não é psicologia ou psiquiatria, portanto não trata de
doenças, mas sim foca os comportamentos, os sentimentos, os sonhos e as
frustrações do ser, despertando nele a capacidade de superação daquilo que
tanto o atormenta.
Muitos tópicos estudados nos cursos de psicanálise são assuntos
pertinentes à psiquiatria e psicologia, por trata-se de doenças mentais, porém,
mesmo não sendo campo de atuação psicanalítica, é imprescindível o
conhecimento de tais problemas, para saber distinguir, o que é de ordem
terapêutica e o que não lhe compete.
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1. A INTERPRETAÇÃO DOS SÍMBOLOS
Plantas
Árvore – representa nossa postura diante da vida.
Árvore frondosa, firme – demonstra pessoa altruísta perseverante,
firme.
Árvore frutífera – denota pessoa com espírito artístico, alegre,
motivador.
Árvore seca, sem vida – denota pessoa introspectiva, com tendência à
depressão.
Semente: representa a vontade de crescer, de vencer. Pessoa com
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idéias que precisam germinar para tornarem-se realidade.
Caule – árvore cortada demonstra pessoa que se sente podada,
amordaçada, acuada, sem voz ativa, sem perspectiva de vida.
Plantas rasteiras – quando há muitas plantinhas rasteiras, gramas ou
flores, denota pessoa com espírito empreendedor, perfeccionista, detalhista,
quando há falta delas, denota pessoa desligada, preguiçosa, desleixada, sem
força de vontade.
Céu e nuvens – nosso aspecto interior, céu azul com poucas nuvens,
denota paz interior, vida tranquila. São as sensações interiores de paz de
espírito, ou agitação.
Céu escuro com muitas nuvens – pode demonstrar conflitos interiores,
agitação, pensamentos persistentes, tendência a depressão.
Falta de céu e nuvens – denota um vazio interior, falta de perspectiva,
enxerga a vida como algo sem graça.
Se for dia com sol brilhante denota pessoa alegre que gosta de brilhar,
de aparecer, ser o centro das atenções .
Se for dia, mas sem sol: demonstra pessoa que tem vontade de brilhar,
mas é insegura.
Quando for noite: demonstra pessoa introspectiva, pensadora, gosta de
filosofar e de discussões profundas.
Se houver estrelas no céu: pode demonstrar vontade de levar
conhecimento aos demais ou sentimento de nostalgia como a luz das estrelas
que quando nos chegam já viajou distancias longínquas do ponto de
transmissão.
QUARTO
Cama: representa nossa paz interior, nosso inconsciente.
Cama desarrumada: cheia de outros objetos sobre ela, representa sono
agitado, pesadelos, inconsciente confuso, pensamentos persistentes.
Cama quebrada: representa uma relação conjugal desfeita. Sentimentos
conflitantes do casal.
Cama manchada de sangue: com roupas íntimas jogadas sobre ela,
pode denotar violência sexual.
Cama de um casal onde aparece apenas um dos dois deitados: pode
demonstrar a carência, a falta de atividade sexual, o abandono, o sentimento de
traição.
Guarda Roupa: o normal é aparecer fechado, o que denota uma reserva
pessoal e moral, sendo que existe uma tendência da maior parte das pessoas
em se resguardar das demais. As roupas guardadas representam exatamente
isso. Quando o guarda roupa aparece aberto mostrando as roupas, denota
pessoa que gosta de se expor, sente vontade que os outros a conheça
profundamente.
O detalhe das roupas que aparecem: também deve ser notado, se
aparecer roupas intimas em excesso, denota forte apelo sexual, desejo
reprimido, ou algum tipo de abuso. As demais roupas seguem padrões
masculinos e femininos, formais ou informais.
Armários: quando além do guarda roupa aparece mais armários na
cena, denota pessoa que guarda e acumula informações em excesso, que
guarda mágoas, ou aquela que tem dificuldade de desapegar das coisas,
pessoas ou situações.
Televisão e Computadores: quando aparece no quarto demonstra
pessoa que trabalha muito, pessoa de pensamento acelerado, sono difícil e
agitado.
Quadros: deve-se observar o desenho que nele aparece, será
fundamental para a interpretação, se for uma pintura religiosa ou mística, denota
pessoa que busca proteção, calmaria e bons fluidos. Se for uma gravura
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horripilante, satânica com monstros, demonstra uma pessoa com fortes traumas,
fobias e bloqueios. Em sendo um desenho abstrato, sem forma, denota uma
pessoa confusa, com pensamentos persistentes.
COZINHA
Mesa: uma mesa posta, arrumada com pessoas ao redor ,demonstra
família feliz, tranquila, casamento feliz. Quando a mesa esta posta sem ninguém
ao redor demonstra desunião familiar, frustração por não estar casado, desejo
de casar. Ou quando aparece apenas uma pessoa na mesa, sentimento de
solidão, frustração. Caso apareça embaixo da mesa, representa insatisfação
com o casamento, foge de relações, violência doméstica, já que a mesa
simbolicamente representa a união familiar.
Fogão: lembrança do alimento da mãe, nostalgia. Cozinha sem fogão
denota sentimento de falta da mãe, ou abandono dela. Fogão em chamas, com
panelas, sentimento de presença maternal.
Armários: quando aparece com taças, copos a mostra, denota relação
tranqüila. Com copos e taças quebradas ou sujas guardadas, representam
conflitos familiares, visão distorcida sobre a família.
Geladeira: normalmente ela aparece como é. Porém por ser um
eletrodoméstico usado para congelar coisas, quando aparece aberta na cena,
pode representar o desejo nostálgico de ficar preso em um determinado tempo
da vida, situação ou lugar(família).
BANHEIRO
Vaso Sanitário: o vaso sanitário sujo representa o sentimento de
impureza, pecado e de contaminação, além do sentimento de culpa. O vaso
sanitário limpo denota a normalidade. A falta dele no banheiro representa um
bloqueio não percebido, mostrando fuga dos conflitos de culpa e sentimento de
impureza e pecado.
Chuveiro: representa limpeza e purificação. A falta dele demonstra o
sentimento de não sentir-se digno de ser limpo, ou não ser capaz de ser puro.
SALA
Sofá: quando aparece vazio denota falta de comunicação na família,
Quando aparece apenas uma pessoa, representa carência, sentimento de
rejeição, o desejo de se comunicar e não conseguir.
Estante: quando aparece cheia de bibelôs, enfeites, quase como uma
poluição visual, representa muito apego às coisas materiais e dificuldade de se
desapegar do passado. Aliás, todo móvel que se apresenta cheio ao extremo de
quinquilharias, denota estes mesmos sentimentos.
Quadros: segue a mesma explicação do quarto, a única observação é de
que um quadro exposto na sala é para todos verem, desta forma, o desenho
nele contido demonstra a vontade de que todos vejam o seu interior, suas
vontades e desejos.
Televisão e Computadores: a representação destes objetos na sala é
de normalidade, porém quando aparecem em destaque, maiores que os móveis,
representam uma família sem comunicação, filhos distantes dos pais e pais
ausentes dos filhos
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5. PREDOMINÂNCIA DAS CORES NOS DESENHOS
VERMELHO
LARANJA
AMARELO
VERDE OU ROSA
AZUL CLARO
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AZUL ESCURO
VIOLETA OU ROXO
PRETO
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Flor: é um lindo presente, porém dependendo de como ela é
apresentada, pode ter uma explicação diferente:
a) Flores saudáveis, vivas e brilhantes: significa um gesto de
delicadeza e carinho, amor, reconhecimento, respeito.
b) Flores Murchas: representa perda da pureza, inocência, falta de
respeito e submissão.
c) Flores com muitos espinhos: como presente pode significar o
desejo de que o outro aprenda a lidar com as dificuldades da vida, ou que se
fira. Também pode denotar para quem gosta dela assim, que a pessoa sente
uma carga pesada demais, e não se sente capaz, às vezes percebe-se
injustiçada e se faz de vítima. (ex: porque tantos espinhos na minha vida? São
tantos problemas!, não aguento mais!, etc.).
d) Flores Com Pétalas Curtas Ou Botões: representa algo novo
que está por acontecer, um plano, uma ideia, um novo relacionamento.
e) Flores Grandes e Frondosas: denota uma grande vontade de
alcançar a glória, ter reconhecimento, às vezes pode ocupar um local de
destaque e se sente intocável, se vê como uma pessoa indispensável no meio
em que vive (a estrelinha). Portanto quem presenteia com uma flor nestas
características poderá ter esta mesma concepção sobre o presenteado.
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Crocodilo: paciência, capacidade de percepção sensorial;
Águia: Voa alto não tem medo de arriscar em novas coisas, grande
capacidade de renovação e mudanças.
Pêssego: intuição.
Castanha: espontaneidade.
Laranja: vitalidade
Jabuticaba: denota uma conversa mal resolvida, algo que feriu e não sai
da cabeça (vingança).
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Kiwi: simboliza a fertilização, a fruta, podemos ter como um ovário e suas
sementes como a entrada do sêmen a fecundá-lo.
Aplicabilidade da Técnica:
Discussão: esta etapa começa com o psicanalista perguntado ao
analisado se durante o processo ele teve consciência de alguma dificuldade ou
perturbação em dizer a resposta desejada, ou se durante a aplicação da técnica
teve alguma inibição relacionada a alguma palavra-estímulo, que tenha
dificultado sua reação à resposta;
Avaliação dos Resultados: Os principais critérios nesta técnica são o
tempo de reação à palavra-estímulo e a sua repetição correta na segunda etapa
do experimento;
3) Lapsos de Linguagem:
a) Respostas Desconexas: são respostas sem sentido aparente, onde a
palavra respondida apresenta-se fora do contexto da indutora. Quando isso
acontece, fica claro que estamos lidando com uma reação defensiva, onde
certamente existe algum motivo impedindo o analisado de assimilar o significado
da palavra-estímulo;
b) Respostas Sonoras: o analisado simplesmente pega a pronúncia que
ouviu na listagem estímulo e reproduz uma resposta foneticamente similar,
através de rimas ou sons que lembram a palavra indutora;
c) Respostas Longas: acontecem quando o analisado ou não
compreendeu as instruções iniciais ou foi incapaz de segui-las. São sentenças
longas; frases, diversas palavras na sequência mesmo desconexas. Pode ser
interpretado como certa dissimulação em relação à resposta;
d) Resposta em língua estrangeira: não representa uma resposta
imediata. Trocar esta resposta por uma palavra de outra língua pode representar
uma tentativa de confundir o psicanalista, ou o medo de se expressar
abertamente;
e) Estereótipos: são respostas que são repetidas em diversos lugares da
mesma forma. Ou seja, o analisado faz uso de respostas prontas, idéias gerais
que não fazem parte de uma simbologia de seu eu inconsciente, mas de um
conhecimento coletivo, não retratando sua psique;
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Gráfico do Teste de Livre Associação de Palavras
Palavra-Estímulo Tempo Reação Reprodução Correta Indicadores de
Número Resposta
Complexos
01 Homem
02 Navio
03 Animal
04 Cantar
05 Morte
06 Cabeça
07 Verde
08 Contar
09 Janela
10 Virgem
11 Mesa
12 Perguntar
13 Vila
14 Frio
15 Água
16 Dançar
17 Mar
18 Doente
19 Orgulho
20 Igreja
21 Tinta
22 Ruim
23 Agulha
24 Nadar
25 Viagem
26 Azul
27 Infância
28 Errar
29 Pão
30 Rico
31 Árvore
32 Caminhar
33 Pena
34 Amarelo
35 Montanha
36 Surpresa
37 Sal
38 Novo
39 Moral
40 Falar
41 Dinheiro
42 Morrer
43 Amor
44 Desprezar
45 Dedo
46 Caro
47 Gato
48 Cair
49 Livro
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50 Comunhão
51 Sapo
52 Separar
53 Fome
54 Livro
55 Criança
56 Cuidar
57 Lápis
58 Triste
59 Herói
60 Casar
61 Casa
62 Querido
63 Vidro
64 Brigar
65 Pele
66 Grande
67 Relação
68 Pintar
69 Pai
70 Velho
71 Flor
72 Bater
73 Alma
74 Praia
75 Família
76 Lavar
77 Vaca
78 Guia
79 Sorte
80 Mentir
81 Sofrer
82 Estreito
83 Irmão
84 Temer
85 Mulher
86 Falso
87 Angústia
88 Beijar
89 Sete
90 Puro
91 Porta
92 Votar
93 Noiva
94 Contente
95 Cruz
96 Dormir
97 Mês
98 Lindo
99 Mãe
100 Promessa
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12. A PSIQUE - PROBLEMÁTICAS HUMANAS
Psicopatia
Psicopatas são pessoas destituídas do senso de responsabilidade
ética e moral, que deveria ser a base essencial das relações emocionais entre
os seres humanos. São frios, manipuladores, perversos, insensíveis,
impiedosos, imorais, desprovidos de sentimento de compaixão, remorso ou
culpa. São chamados de predadores sociais. Podem ser mulheres ou homens,
negros, brancos, mestiços, rico ou pobre, católico, protestante, mulçumano ou
budista. Independe de credo, raça, sexo ou nível social.
Muitas pessoas pensam que psicopatas são aqueles assassinos em
série. Não. Os psicopatas são pessoas infiltradas na sociedade, teoricamente
são normais, e na maioria das vezes passam despercebidos, principalmente por
serem muito espertos, fazendo suas armações à surdina, de forma a nunca
serem percebidos. Destroem famílias, levam pessoas à ruína, acabam com
relacionamentos. Seu único objetivo é realizar seus desejos pessoas, não
importando se para isso tem que destruir outra pessoa, aliás, para eles isso é o
que menos importa, pois são desprovidos de piedade.
O psicopata pode ser aquele novo funcionário da empresa,
simpático, atenciosos, parecendo ser gente boa, mas que aos poucos, vai se
aproximando do chefe, minando outros funcionários, criando intriga, jogando uns
contra os outros, tendo como foco, chegar a um cargo de chefia. Desta forma,
demonstra sua psicopatia, sendo calculista, frio, não pensando por nenhum
momento que levar um colega a perder o emprego poderá causar sofrimento a
quem quer que seja.
Também pode ser chamado de psicopata aquela mulher, que se
aproveitando de sua beleza, seduz um homem rico, deixa-o apaixonado, destrói
seu casamento, consegue passar para seu nome todos os bens que ele possui,
depois disso, descartá-o, deixando para trás um rastro de destruição na vida de
sua vítima.
Outro caso que se enquadra na psicopatia são os traficantes, que
mesmo sabendo de todo o mal e destruição que as drogas causam, traficam
com o único intuito de lucrarem cada vez mais. Assim, não pensam nas famílias
e vidas destruídas pelo vicio que vão causar.
São muitos os casos que podem ser caracterizados como psicopatia:
o estuprador que não pensa que as vítimas podem ficar traumatizadas, o
estelionatário que leva pessoas à ruína financeira sem se preocupar com as
conseqüências, o político corrupto que desvia milhões de obras públicas como
hospitais, creches escolas, etc. Portanto, toda pessoa que age de forma fria,
sem preocupar-se com as outras e as conseqüências de seus atos, agindo com
o único propósito de satisfazer seus desejos e projetos pessoais, não levando
em consideração o mal que pode causar, é um psicopata em potencial.
Em pesquisas recentes constatou-se que pelo menos de 20% a 30%
dos encarcerados nos presídios tem tendência à psicopatia. Por isso, reiteramos
que as leis deveriam ser muito mais severas que as atuais, pois como não há
tratamento eficaz contra a psicopatia, o único remédio que hoje dispomos para
frear suas maldades é a exclusão da sociedade.
Um dado preocupante e que nos chama atenção é a quantidade de
adolescentes que cometem crimes bárbaros e cruéis e como são inimputáveis,
ficam pouco tempo apreendidos e logo são soltos, recorrendo novamente no
mundo do crime. Sabendo-se que entre 1% a 4% da população é psicopata ou
tem tendência à psicopatia, certamente este percentual também atinge crianças
e adolescente, ou seja, as leis brasileiras atuais são verdadeiras mães para
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estas pessoas. Pois imaginem dar a pessoas sem o mínimo senso de
compaixão, ou sensibilidade de possuir remorso, o poder de fazer o que bem
entender, tendo a certeza da impunidade, é exatamente isso que acontece hoje
no Brasil, os adolescentes psicopatas aproveitam-se da mesma lei que ampara
os adolescentes infratores que não possuem este distúrbio. A gravidade disso, é
que existe um exército de adolescentes psicopatas, uma verdadeira legião do
mal, que mata, trafica, estupra, cometem todo tipo de atrocidades, sem medo,
pois sabem que estão amparados pela lei de nosso país, que diz que ele não
poderá ser preso, simplesmente ficará apreendido, no máximo por 3 anos e
depois será liberto com a ficha limpa, como se nunca tivesse cometido crime
algum. Poderíamos dar vários exemplos aqui de adolescentes psicopatas,
porém existem muitas pessoas que tem o discurso fantasioso de um mundo do
faz de conta, onde todas as pessoas, principalmente os jovens, todos, são
vítimas da sociedade, portanto, deverão ter a chance de se reintegrem à
sociedade. Tolos, para a psicopatia não há cura, enquanto não mudam as leis,
um grande número destes seres desprovidos de sentimentos nobres e positivos,
estão destruindo a sociedade, pois eles tem a seu favor, o estatuto da criança e
do adolescente, que é um documento maravilhoso no que diz respeito aos
direitos, mas deveria ser severo quando fala nos deveres.
Portanto psicopatia independe de idade, classe social, raça, credo ou
sexo. É um distúrbio de personalidade, que não tem cura. Devemos ficar
atentos, pois geralmente são pessoas muito atenciosas, sempre prontas a
ajudar. Devemos lembrar que nenhum ser humano será sempre alegre e
esbanjando simpatia 24 horas por dia 7 dias da semana. Este pode ser um sinal
de algo está errado com esta pessoa. Outros sinais são perceptíveis já na
infância, pois crianças muito cruéis com animais e outras crianças, podem estar
demonstrando características psicopatas. Crianças que não demonstram
sentimentos de tristeza mesmo nos momentos mais complexos também podem
estar demonstrando sua personalidade insensível. Além disso, a constância em
querer incendiar ou destruir objetos, colocar fogo em cômodos, móveis e
animais podem ser indícios de psicopatia.
Infelizmente para os leigos é muito complexo definir se alguém é um
psicopata, principalmente por serem pessoas aparentemente normais, que
trabalham, estudam, são simpáticas, muitas vezes gentis, atenciosas, é claro,
sempre com o intuito de destruir os demais em detrimento de seu prazer e
sucesso próprio. Aliás, o sofrimento alheio lhes dá muito prazer. O sentimento
de ser vencedor, destruindo um oponente parece ser um elixir para estas
pessoas desprovidas de amor.
Partindo do ponto de vista físico, alguns estudos dizem que a
psicopatia pode ter explicação na sinapse, ou seja, o mecanismo de transmissão
elétrica entre os neurônios pode não estar ocorrendo de forma harmoniosa.
Mesmo assim, não se descobriu até agora nenhum medicamento ou processo
terapêutico capaz de reverter este processo. Portanto, a psicopatia é mais de
que um simples desvio de caráter, mas um problema neurológico, o que dificulta
em muito sua cura.
Aconselhamos para os interessados neste tema um livro que se torna
leitura obrigatória sobre Psicopatia que é: “Mentes Perigosas- Ana Beatriz
Barbosa Silva”.
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13. NEUROSE E PSICOSE
Neurose
Os sintomas mais comuns dos neuróticos são: manias, mentira
patológica (mitomania), baixa libido, insatisfação geral, depressão e síndrome do
pânico.
Exemplo clássico de neurose; TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).
Onde a pessoa sabe da mania, tem noção do exagero, porém não consegue
ficar sem praticá-lo até que busque ajuda terapêutica.
A sintomática da Neurose se subdivide da seguinte forma:
a) Angústia: doenças psicossomáticas, pensamentos suicidas,
depressão e crises de choro;
b) Obsessiva-Compulsiva: manias em geral (mania de limpeza, por
exemplo), não se aceita como é, muito sistemática e metódica, pensamento
excessivamente persistentes;
c) Fóbica: mania de perseguição, fixação por alguma coisa ou
alguém, algo ou alguém é a razão da angústia;
d) Histérica: excessivamente emotivas; crises de raiva.
Existem diferenças importantes entre Neurose e Psicose. Vamos estudá-
las agora:
1) Enquanto na neurose existe a autonomia psíquica, pois a perda
desta autonomia é de curta duração, atrapalhando a vida diária, mas pouco
prejudicando a personalidade. Na psicose há a perda quase total da autonomia,
interferindo diretamente na personalidade;
2) A neurose compromete a emoção, enquanto a psicose afeta: a
vontade, a razão e a ação;
3) O neurótico não perde a consciência da realidade enquanto o
psicótico sim;
4) O neurótico tem consciência da doença enquanto o psicótico não a
tem;
5) O neurótico consegue ter uma vida social relativamente
organizada, já o psicótico encontra extrema dificuldade para isso;
6) Os neuróticos aceitam bem a terapia, já os psicóticos são
geralmente arredios a ela;
Por isso podemos afirmar que o neurótico tem noção do seu problema,
aceita que o tem, que precisa de ajuda, e muitas vezes busca pela terapia na
esperança de melhora. E esta melhora, na maioria dos casos acontece, pois a
neurose por tratar-se de algo relacionado à psique: lembranças, vivências,
traumas, complexos, fobias, pode responder muito bem às técnicas
psicoterapêuticas, quando aplicadas focando no inconsciente mais profundo,
lugar onde podemos chamar de „berço das neuroses”. No caso das psicoses os
fatores são mais complexos, pois podemos inclusive acrescentar as causas
biológicas ou orgânicas.
Psicose
O principal aspecto da psicose é a perda do contato com a realidade,
isso dependendo de sua intensidade. Em alguns momentos esta perda será
maior ou menor. Quando não estão em crise psicótica, estas pessoas terão uma
vida normal: desejo sexual, contato com as pessoas em geral, cuidam de seu
bem estar, alimentam-se, demonstrando assim que existe algum contato com o
mundo real. A psicose realmente acontece a partir do momento em que o
individuo relaciona-se com situações, coisas e objetos que são inexistentes
neste mundo real. Acaba por modificar sua rotina, sua vida, seus planos, sua
idéias, suas convicções, seu comportamento e interesses devido a idéias
incompreensíveis, absurdas, sendo um contraponto à realidade que se mostra a
sua frente, não se importando com esta realidade. Um psicótico pode de repente
criar a cisma de que o vizinho da casa ao lado está tramando um plano para
matá-lo, mesmo sabendo que na casa em questão não mora ninguém. Esta
cisma pertence ao mundo psicótico e a informação aceita que não mora
ninguém na casa é o contato com o mundo real. O que parecem dados
conflitantes para nós, para o psicótico não é, porém ele não sabe explicar como
um vizinho que lá não está pode fazer planos para matá-lo naquela residência.
Esta explicação para ele não é relevante, o importante é que este vizinho quer
matá-lo e ponto final. No mundo da psicose a realidade é outra, parece
inatingível para nós, mas acaba o psicótico por viver simultaneamente nestas
duas vivências: o mundo propriamente dito e o mundo psicótico.
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14. ESQUIZOFRENIA
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15. AUTISMO
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17. TRANSTORNO BIPOLAR
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18. TRANSTORNOS ALIMENTARES
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Simplicidade Da Técnica
Quando Freud não conseguindo atingir de forma profunda através da
hipnose uma de suas pacientes, sentindo-se frustrado pelo resultado não
atingido, em uma simples conversa conseguiu fazer com que sua analisada
aflorasse ao plano consciente, idéias profundas do inconsciente somente
através da conversa entre eles. Estava aí descoberta a Livre Associação de
Idéias. Freud encontrou um mecanismo terapêutico simples, porem
importantíssimo. Algo capaz de desvendar os mistérios que antes só eram
possíveis através do transe hipnótico, técnica esta que não atinge todas as
pessoas, pois muitos analisados não são facilmente suscetíveis à hipnose.
Na técnica freudiana o psicanalista geralmente fica posicionado atrás
do divã, longe do alcance visual do paciente, isto acontece com a intenção de o
consulente sentir-se livre, sozinho, mais seguro, sem o sentimento de
obrigatoriedade, de pressão ou julgamento do terapeuta. Baseado nisso,
Rogelio Raquel este que vos escreve inovou, transformando a livre associação
de idéias em uma conversa digamos mais inconsciente ainda. Como sabemos
quando nos concentramos em uma determinada cena ou quando ficamos
relaxados por mais de quinze segundos, automaticamente nosso cérebro entra
em freqüência alfa, abrindo um caminho direto ao inconsciente. Desta forma, o
segredo aqui é utilizar a técnica com o paciente de olhos fechados,
aproveitando-se desta abertura da mente mais profunda.
O posicionamento do psicanalista neste método adaptado é o mesmo
de uma sessão terapêutica padrão, como em uma regressão de memória por
exemplo. Aqui o Terapeuta não se faz ausente do analisado, muito pelo
contrário, mostra-se presente, como um auxiliar, um porto seguro a quem busca
sua ajuda. Assim senta-se ao lado do divã ou maca, e pede que seu paciente
feche suavemente os olhos. Não será feito nenhum tipo de relaxamento, muito
menos se utiliza nenhuma música suave ou relaxante. Não podemos aqui
induzir o analisado com sons, ritmos, ou idéias externas, ou que nos vale serão
suas vivências internas.
O psicanalista sem floreios fará uma pergunta chave
instantaneamente ao fechamento dos olhos, não respeitando nem mesmo os
quinze segundos de abertura do filtro, pois o inconsciente fluirá de forma
gradativa e natural no decorrer da sessão terapêutica. Esta pergunta não
deverá ser indutiva, ou seja, não poderá ser uma questão que direcione o
consulente em suas exteriorizações mentais. Portanto devem ser descartadas
perguntas do tipo: “Que cena você está vendo?” Ou “ Diga o primeiro símbolo
que aparecer em sua mente”, etc.
Apesar de ser uma palavra que para muitos soa estranho, ainda é a
mais neutra delas para esta técnica: “Coisa”. Sim, o pedido poderá ser ao
paciente: “Diga a primeira coisa que aparecer em sua mente”. A palavra coisa é
totalmente genérica, pois coisa é ao mesmo tempo tudo e nada. Melhor dizer
“coisa” que direcionar a situação com frases: “diga a primeira situação que
aparecer em sua mente”. Aqui fica claro ao consulente que o que você deseja é
a vivência de uma cena. E não é isso que queremos na Livre Associação de
Idéias, o que desejamos é que o próprio consulente traga à tona o que ele sentir
pertinente naquele momento específico. Outro erro é dizer “Diga o primeiro
objeto que aparecer em sua mente”. Você mais uma vez assim direciona a
visualização de algo pré-determinado. Se desejamos a livre associação de
idéias, ela deverá ser livre mesmo, na essência e na prática.
Exemplo de Livre Associação de idéias:
Psicanalista: Diga a primeira coisa que aparecer em sua mente.
Paciente: Estou vendo uma casa com um portão baixo.
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Psicanalista: O que este portão representa para você?
Paciente: Acho que é minha sensação de incapacidade perante a vida.
Psicanalista: Quais são suas sensações de incapacidade?
Paciente: Sinto-me incapaz, sou inseguro, penso que sou fraco.
Psicanalista: Mas se este portão representa o enfrentamento de sua
insegurança e ele é baixo, o que a altura dele pode representar?
Paciente: Que eu posso pulá-lo?
Psicanalista: E se você pode pulá-lo, significa que seus medos e
inseguranças são transponíveis e possíveis de enfrentar e resolver. Você não
acha?
Paciente: Acho que sim.
Psicanalista: O que acha de pulá-lo agora?
Paciente: Acho uma boa idéia.
Psicanalista: Então pule. Vai, você pode, você consegue.
Paciente: Pronto já pulei!
Psicanalista: Como você se sente agora?
Paciente: Sinto-me muito bem, mais leve, capaz.
Psicanalista: Esta é a representação de sua vida. Você é capaz sim de
ultrapassar seus limites. Você tem a capacidade de vencer todos os obstáculos
de sua vida, pois você é um vencedor...
Exemplo 2:
Psicanalista: “Diga-me a primeira coisa que surgir em sua mente”:
Paciente: Estou vendo uma pessoa com o um verme dentro dela.
Psicanalista: E esta cena tem algum significado para você?
Paciente: Não. É uma cena estranha.
Psicanalista: Por que você considera esta cena estranha?
Paciente: Porque o verme cresce dentro da barriga da mulher.
Psicanalista: Quem é esta mulher que você vê na cena?
Paciente: Acho que é minha mãe.
Psicanalista: Sendo a mulher sua mãe. O que o verme dentro dela
representa?
(Aqui há uma pausa para o choro de alguns segundos)
Paciente: O verme sou eu.
Psicanalista: Por que você é representado por este verme?
Paciente: Minha mãe não quer que eu nasça.
Psicanalista: Você se sente como esse verme ou é sua mãe que se sente
assim?
Paciente: Minha mãe me rejeita, para ela eu sou como um verme,
indesejado.
Psicanalista: Quantos anos tinha sua mãe durante sua gestação?
Paciente: dezesseis.
Psicanalista: Ela era muito jovem. Como você acha que uma adolescente
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se sente quando está grávida?
Paciente: Acho que ela se sentiu confusa, com medo do meu avô.
Psicanalista: Então. Que conclusão você chega com esta linha de
pensamento sabendo que sua mãe se sentiu acuada, com medo, insegura
quando descobriu que estava grávida?
Paciente: Acho que ela ficou apavorada.
Psicanalista: Você compreende agora a representação do verme?
Paciente: Entendo. Ela me rejeitou por medo, por insegurança, pavor. Ela
era imatura, fraca naquele momento.
Psicanalista: Você ainda pensa ser um verme?
Paciente: Não. Penso que foi somente no começo da gravidez que minha
mãe me rejeitou, depois disso ela me aceitou, me amou.
Psicanalista: Se você fosse representar através de uma cena como você
veria sua relação com sua mãe atualmente?
Paciente: Vejo como uma loba lambendo sua cria.
Psicanalista: E o que isso representa para você?
Paciente: Proteção e amor.
Psicanalista: Esta é a representação real de sua relação com sua mãe. É
esta a cena que resume seu relacionamento com sua querida mãe...
Análise da Análise: aqui o paciente trouxe uma estranha cena onde ele
era representado simbolicamente por um verme dentro da barriga da mãe.
Sentindo-se rejeitado, trouxe a representação de um parasita que habita dentro
do outro sem ser aceito, ou até sendo repudiado. No caso em questão a mãe
era uma adolescente, cheia de medo e culpa, por isso em um primeiro momento
teve medo de assumir o filho, passando ao feto a impressão da rejeição, o que
com o tempo mudou, aceitando a criança que carregava no ventre. Porém, a
impressão de rejeição inicial ficou registrada no inconsciente do paciente. O
trabalho do psicanalista foi o de levá-lo a associação da cena com sua vida, com
sua história. Na verdade o terapeuta deve instigar e estimular o consulente até
que ele acabe associando o símbolo com a situação real.
Exemplo 3:
Psicanalista: Em relação a seu medo de dirigir, diga a primeira coisa que
aparecer em sua mente.
Paciente: Vejo um carro.
Psicanalista: E o que representa este carro para você?
Paciente: Estou no banco do passageiro.
Psicanalista: Por que você está no banco do passageiro?
Paciente: Não sei.
Psicanalista: Você não deveria estar dirigindo este carro?
Paciente: Talvez.
Psicanalista: E por que você não está dirigindo este carro?
Paciente: Tenho medo. Tenho medo do julgamento das pessoas. Tenho
medo de assumir o volante e não dar conta da direção.
Psicanalista: Mas o que esta cena representa para você?
Paciente: representa meu medo de dirigir.
Psicanalista: Observe que você está no banco do passageiro. É outra
pessoa que está dirigindo o carro para você. É certo outro alguém assumir a
direção de sua vida?
Paciente: Não. Eu preciso assumir os rumos de minha vida.
Psicanalista: Agora você compreende a simbologia desta cena? Diga
para mim, o que representa outra pessoa dirigir o carro para você?
Paciente: Que estou deixando que outras pessoas direcionem minha
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vida.
Psicanalista: Você tem deixado que outras pessoas direcionem sua vida,
seus rumos, suas atitudes?
Paciente: Sim.
Psicanalista: Por quê?
Paciente: Acho que tenho medo da vida. Tenho medo do julgamento dos
demais. Sempre penso no que os outros vão pensar, ou dizer. Morro de medo
do julgamento das pessoas.
Psicanalista: Por isso, quero que você ouça com muita atenção.
Independentemente da opinião alheia, quem decide os rumos de sua vida, é
você. Não importa o que você faça, a única pessoa capaz de dizer que você não
pode é você mesmo. Portanto, o que os outros dizem de negativo não tem
importância, pois se você acreditar no seu potencial, você pode.
Paciente: Mas é muito forte em mim, quando alguém diz algo que não
gosto me retraio, sinto-me pequeno.
Psicanalista: A partir de agora, assuma a direção do carro. Visualize-se
dirigindo o automóvel. Pronto. Descreva pra mim o que vê.
Paciente: Estou me vendo dirigindo o carro.
Psicanalista: E como se sente?
Paciente: Estou com um pouco de medo ainda, mas estou dirigindo.
Psicanalista: Este é o caminho. Assuma a direção não somente do carro,
mas também de todas as atitudes de sua vida. A vida é sua, portanto, assuma
os caminhos, os ditames, os rumos de sua vida. Não tenha medo, pois você
pode, você é capaz. Lembre-se, se você acreditar em si mesmo, você pode.
Confie, vá em frente, persista, insista, siga em frente.
Paciente: Assumo agora a direção de minha vida...
24. OS COMPLEXOS
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26. INTERPRETANDO OS MEDOS
Os medos podem nos revelar nossa história, nosso passado, nosso
presente, pois todo medo só existe por uma causa ou motivo. Não há medo sem
explicação, muito menos medos que aprecem sem vestígio. Todos eles, sejam
medinhos ou fobias que nos paralisam, vêm de um emaranhado de traumas ou
situações que culminam no medo exposto hoje.
Sentir medo na verdade é a maior defesa que o ser humano possui.
Ele existe como proteção, para evitar que vivêssemos sem nos cuidarmos, pois
o medo restringe nossas atitudes. Sem ele os homens comeriam os frutos
venenosos, pulariam de um penhasco, mergulhariam em um belo mas profundo
rio. E isso acontece apenas pelo medo incondicional que o ser humano possui
de morrer, por isso, evita que nós encaremos situações ameaçadoras para
nossas vidas.
Os medos na verdade são exteriorizações do inconsciente, que cria
após sucessivos acontecimentos uma lógica pessoal que culmina no pânico,
podendo atrapalhar e muito a vida de muitas pessoas.
O medo sendo uma defesa, de certa forma é positivo para nós, pois
evita que façamos coisas que nos tragam algum tipo de resultado negativo.
Porém, quando deixa de ser uma defesa e passa a nos incomodar, atrapalhando
o andamento de nossa vida sentimental, emocional, educacional e profissional,
precisa ser compreendido para posteriormente ser superado através da
psicoterapia.
Quando estudamos a interpretação dos medos, partimos de nossa
experiência em símbolos inconscientes. Portanto, a análise dos medos, deve
pautar no contexto pessoal de cada pessoa analisada, na sua história de vida
dela e no conhecimento do estudo dos símbolos. Desta forma conhecendo a
causa, ficará mais simples a busca pela erradicação desta fobia.
Vamos conhecer agora alguns tipos de medos e suas possíveis
causas e o que revelam:
MEDO DE RATOS: mais uma vez, este sentimento poderá ser explicado
por traumas causados na infância ou qualquer fase da vida com relação a este
bicho. Já nos casos onde não houve este trauma é que se aplica a teoria
psicanalítica de explicação do medo. O pavor de ratos poderá vir do nojo, da
repulsa da sujeira. Pode representar também o medo de ser roubado, de ser
enganado, pois os ratos simbolizam o ladrão de alimentos que aparece à noite,
na surdina para levar restos de alimentos ou alimentos dentro de pacotes.
FOBIA SOCIAL
Fobia social é uma ansiedade intensa gerada pelo ser humano quando
ele é submetido a algum tipo de avaliação de outras pessoas. Essa ansiedade
generalizada não se estende a todas as funções que uma pessoa possa
desempenhar. Sempre se concentra sob tarefas ou funções bem definidas. É
considerado normal sentir-se acanhado em algumas situações, porém, quando
este medo e insegurança tornam-se patológicos trazendo algum tipo de prejuízo
pessoal à pessoa, como, por exemplo, não conseguir apresentar um seminário
na escola, ou ficar mudo durante uma entrevista de emprego, ou não conseguir
fazer uma prova final na faculdade por insegurança diante de uma banca
examinadora.
Muitas vezes quem sofre de fobia social não sabe ou não admite
possuir o problema. Em alguns casos a pessoa recorre ao uso de álcool com o
intuito de ficar mais encorajado numa determinada situação. Com isso, muitos
acabam por cair no alcoolismo.
Alguns sintomas que podem aparecer nestes casos são: tremores,
sensação de garganta sufocada, mal estar abdominal, sudorese, dificuldade
para falar, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra
rapidamente, diarréia.
As pessoas com este distúrbio sofrem por antecipação, pois ficam
dias antes da apresentação sentindo toda sintomática negativa que pensa que
sofrerá durante o evento que participará.
Veja alguns exemplos que podem denotar fobia social: usar
banheiros públicos, comer ou beber perto dos outros, falar em público, dirigir,
estacionar um carro enquanto é observado, ser fotografado ou filmado, cantar
ou tocar um instrumento musical em público, escrever ou assinar perto de outras
pessoas.
A fobia social tem seu início na maioria das vezes na infância e
adolescência e acomete mais homens que mulheres. Pode ser percebida já na
infância quando a criança parece ser mais tímida e insegura do que as outras.
A psicoterapia é recomendável neste caso. A regressão de memória, a
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reprogramação mental a psicanálise são excelentes contra este problema
mental.
AGORAFOBIA
Medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos, ou
deixar lugar seguro. A pessoa com esta fobia apresenta muita insegurança
frente a situações em que se vê próxima um grupo de pessoas, ou em locais
públicos. Por isso, acaba por ficar enclausurado em sua residência, tendo uma
vida vazia, depressiva e solitária. Enquanto na Fobia Social o medo está
relacionado a fatos pontuais, na Agorafobia, o problema é mais grave, pois há
uma extrema dificuldade em viver em sociedade, estar perto das pessoas,
grupos ou multidões.
COMPRA TUDO QUE VÊ: muitas pessoas não conseguem passear pelo
centro da cidade, ou mesmo ir ao shopping sem comprar compulsivamente tudo
que encontram pela frente. Estas pessoas não compreendem que isto é um
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distúrbio perigoso. A compulsão por compras tem levado muitas pessoas à ruína
financeira, pois elas não percebem que não poderão pagar pelo que está
levando, e muitas vezes compram artefatos que nunca usarão, ou que não lhes
tem serventia alguma. Compram apenas pelo desejo de comprar, é uma
vontade profunda de comprar, que lhes dá um imenso prazer, como um viciado
que precisa da droga, só que neste caso sua droga é o consumismo
desenfreado. O melhor caminho nestes casos é a psicoterapia aplicada à
reprogramação mental.
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COMPLEXADO PORQUE OS PAIS NUNCA DERAM CARINHO:
algumas pessoas reclamam de seus pais e jogam todas as suas frustrações em
cima deles, culpando-os por suas inseguranças. O que todos devem entender é
que ninguém oferece aquilo que não possui. Como dar carinho se não aprendi a
dar, pois nunca o recebi dos meus pais. Na maioria das vezes é como um
círculo vicioso, os pais não dão carinho aos filhos, não porque não os ama, mas
porque não sabem dar, pois também não receberam dos próprios pais. Portanto
a melhor forma de ter o carinho dos pais é quebrando o gelo e dando carinho
aos pais. Não espere um abraço, dê, não espere um afago, ofereça. Assim
derrubando esta barreira, você vence seus fantasmas e ajuda seus pais a
vencerem os deles.
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DEIXA ARMÁRIOS E GAVETAS ABERTAS: pode parecer um sinal de
relaxo, de falta de capricho ou atenção deixar gavetas e portas abertas, mas
também pode representar a mente de uma pessoa que acessa muitas
informações ao mesmo tempo, e não conseguindo chaveá-las, acabam por
tentar resolvê-las todas ao mesmo tempo. Atitude típica dos pensadores, que
acessam muitas informações e não gostam de descartá-las deixando estas
idéias em aberto para poder acessá-las quando quiser. Isso também se aplica
com pessoas que tem mesas cheias de papeis e documentos.
Revelando Comportamentos
O que o ciúme pode nos revelar: O ciúme é a exteriorização da
insegurança, falta de amor próprio e o medo de sofrer.
O ser ciumento sofre de uma forma assustadora. Ele cria uma história
em sua mente como se já fosse verdade, e cobra do parceiro (a) uma explicação
daquilo que para ele é real.
O mais incrível é que na maioria das vezes a situação só existe na
mente da pessoa ciumenta. O fato não acontece, mas para ela o que imaginou
de fato aconteceu. Trazendo um sofrimento muito profundo, causado pela
tortura mental pela qual passa.
O motivo que leva ao ciúme é geralmente o histórico desta pessoa.
Geralmente é alguém que já foi traído, e sente medo de ser enganado
novamente. Outras vezes é uma pessoa que foi rejeitada na infância, seja pelos
pais, amigos, ou alguém que amava. Desta forma o sentimento de traição ou
rejeição, transforma esta pessoa um alguém fraco, inseguro e desconfiado.
Por isso, não devemos e não podemos julgar o ciumento como uma
pessoa de má índole, mas sim como um paciente em potencial. Um sofredor,
que precisa de carinho, atenção e tratamento, para aprender a confiar nas
pessoas, mas antes de tudo, aprender a se amar e a se respeitar.
As técnicas de regressão são ótimas para os ciumentos. Pois
encontram resposta em seu passado frustrado, e aprendem a repensar sua vida,
para daí fortalecer sua mente, diminuindo e muito seu ciúme doentio.
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O que os distúrbios alimentares podem nos revelar: Os distúrbios
alimentares revelam a frustração do ser com seu próprio corpo.
Os distúrbios da alimentação como a bulimia e a anorexia são apenas
o reflexo do falso padrão de beleza apregoado em nossa sociedade. Onde a
magreza passa a ser o belo e o peso padrão, e o mais gordinho passa a ser
feio.
Geralmente as pessoas que sofrem destes distúrbios, são sensíveis,
possuem mentes fracas, que aceitam com muita força opiniões e comentários
alheios. Isto é facilmente comprovado entre as modelos, são moças belíssimas
e que muitas vezes ao se olharem nos espelhos choram dizendo estarem
gordas e feias. O inconsciente aceita qualquer reprogramação como verdadeira,
portanto, se coloco na cabeça que estou desta forma, me verei assim, mesmo
que não esteja.
A anorexia revela um sentimento de autopunição, onde a pessoa cria
uma aversão ao alimento, pois em seu intimo, comer faz engordar, então não
posso me permitir este prazer, transformando a comida em um inimigo mortal.
Com isso, são muitos os casos de jovens que morrem de inanição ou com
falência múltipla dos órgãos em decorrência deste mal.
A bulimia também é um processo de autopunição, só que mais
imediata. Neste processo, a pessoa sente vontade de comer, porém logo após
comer muito, sente-se extremamente culpada, e isolando-se no banheiro
provoca o próprio vômito. Exteriorizando aquilo que é o causador de sua culpa.
Portanto, os distúrbios alimentares não são processos simples, ou
frescuras como alguns dizem, são doenças sérias e perigosas que podem levar
à morte. O problema é que muitos pais só percebem que seus filhos ou filhas
sofrem deste mal quando o problema já está agravado. Com isso, um conselho
importante: “fiquem atentos com aquelas pessoas que estão muito magras,
comem pouco, evitam o alimento, não bebem muita água, se trancam no
banheiro após as refeições, todos estes são sintomas que podem significar que
esta pessoa está com um destes distúrbios”.
O tratamento psicanalítico traz benefícios grandiosos, pois traz à luz
do consciente o que o inconsciente esconde, seja um trauma, um complexo, um
bloqueio, uma cena, uma palavra destruidora, enfim, desnuda os motivos, e trata
a causa, seja através do aconselhamento, da reprogramação mental, dos
insights e em conjunto com outra técnica parapsicológica a “regressão de
memória”, trazem resultados excelentes.
ANÁLISE PSICANALÍTICA IV
Análise Gestual
Podemos conhecer melhor as pessoas observando seu modo de agir,
gesticular, expressar. Portanto, não são somente as idéias, palavras e linhas de
pensamento ou sua psique que devemos analisar. A análise deve ser pautada
em todos os detalhes, que podem ser observados em um olhar, o abaixar a
cabeça, o serrar os dentes, o apertar as mãos, enfim, o ser se mostra através de
seus gestos e atitudes.
Vamos conhecer alguns destes sinais que podem ser importantes para
que o analista tenha mais um ponto de apoio terapêutico.
Mãos e braços: esta é a parte mais inquieta que o ser humano possui, a
maioria das pessoas não consegue conversar somente com a boca, elas
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precisam também expressar-se com as mãos e braços. A cantora Elis Regina é
o verdadeiro exemplo disso, ela era muito baixinha, porém se agigantava em
suas apresentações, pois erguia e girava os braços como um helicóptero, e
hipnotizava a platéia com sua presença, parecendo uma gigante em cena. O ser
humano é assim, seu modo de ser, de se portar, de se mostrar como postura
corporal e presença, conseguem atrair os demais com seu jeito de ser.
Quando queremos chamar a atenção de alguém distante,
levantamos logo os braços e agitamos as mãos com o intuito de que o outro nos
veja. Assim, as mãos e braços além de servirem como chamariz, podem ser
hipnotizadores aos demais quando queremos tirar o foco de nós. Ao
gesticularmos mãos e braços, podemos ter como intenção que as pessoas
fiquem atentas neles e deixem de prestar atenção em nós de verdade, ou seja,
enquanto olham para os gestos de mãos e braços não param para olharem pra
mim por completo. Portanto, quem gesticula muito pode ter uma insegurança
interior e usa estes movimentos com a finalidade de desfocar o olhar dos
demais.
Quando a pessoa tenta tapar a própria boca enquanto fala pode
significar que ela está tentando se controlar, para não falar tudo, para não se
comprometer. Também pode demonstrar algum tipo de complexo em relação
aos dentes, à boca ou à própria fala.
Colocar a mão no rosto enquanto fala ou olha para alguém, pode
representar que está analisando o outro. Este gesto ficou famoso entre os
analistas e é uma verdade, involuntariamente colocamos a mão ao lado da face
quando observamos alguém com profundidade.
Quando as mãos parecem agitadas, coçando a nuca ou mexendo
nos cabelos com insistência, podem representar certo nervosismo, insegurança
ou impaciência com os demais, bem como um sinal de mentira.
As mãos sobre a mesa ou escrivaninha podem ter a intenção de
demonstrar domínio sobre os demais. Os chefes sempre conversam com o
braço todo apoiado em sua mesa, com o intuito de comprovarem que quem
comanda o ambiente é ele. Reparem que o empregado normalmente fica mais
distante, com os braços sobre o colo, demonstrando aceitar a liderança do
patrão.
As mãos sobre as pernas, mais quietas, podem representar que esta
pessoa está aberta ao diálogo. Enquanto que as mãos fechadas em frente à
barriga, representam que esta pessoa não está tão receptiva à conversa. Já os
braços cruzados, significam proteção contra o outro, uma defesa, uma falta
também de receptividade. Enquanto que as mãos nos bolsos podem demonstrar
insegurança no que fazer, falar ou agir.
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BIBLIOGRAFIA
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