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Avaliação neuropsicológica de um caso de mutismo seletivo
Poster · April 2019
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Phillip Dyamond Gomes da Silva Ana Isabela Souza de Queiroz
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Rauni Jandé Roama Alves
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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DE UM CASO DE MUTISMO SELETIVO
Phillip Dyamond Gomes da Silva
Universidade Federal de Mato Grosso- Câmpus Universitário de Rondonópolis Graduando no curso de bacharelado em Psicologia Email: dyamondphillip@hotmail.com
Ana Isabela Souza de Queiroz
Universidade Federal de Mato Grosso- Câmpus Universitário de Rondonópolis Graduanda no curso de bacharelado em Psicologia Email:isabelaqqueiroz@gmail.com
Bárbara David Rech
Universidade Federal de Mato Grosso – Câmpus Universitário de Rondonópolis Graduanda no curso de bacharelado em Psicologia Email: rech1997@gmail.com
Rauni Jandé Roama Alves
Universidade Federal de Mato Grosso – Câmpus Universitário de Rondonópolis Professor Doutor no curso de bacharelado em Psicologia Email: rauniroama@gmail.com
O presente estudo possuiu como objetivo relatar os resultados da avaliação neuropsicológica
de uma criança que foi encaminhada apenas com queixas de dificuldades de aprendizagem, mas cujo diagnóstico apontou duas condições complexas e comórbidas: a Deficiência Intelectual e o Mutismo Seletivo. Tal avaliação ocorreu no projeto de extensão “Avaliação Neuropsicológica para Crianças e Adolescentes: diagnósticos e condutas”, no Núcleo de Práticas Psicológicas da Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus Universitário de Rondonópolis. A criança possuía 9 anos, era filha de pais consanguíneos, pertencia ao gênero feminino, encontrava-se no 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública e frequentava o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi). Foram realizadas em torno de sete sessões de avaliação, com duração média de 50 minutos cada. Os resultados encontrados na avaliação da inteligência (Desenho da Figura Humana, Matrizes Progressivas de Raven, R1, R2, Colúmbia) indicaram desempenho inferior ou definidamente abaixo da média. Nas escalas de “Maturidade Social Vineland” foi constatado que a paciente não cumpria demandas comportamentais ligadas à sua idade cronológica e na “Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland” a paciente não atendeu aos resultados esperados para a sua idade nos domínios comunicacional, atividades de vida cotidiana e socialização. Nos questionários enviados à escola para obter informações referentes às habilidades escolares, verificou-se que a paciente não é alfabetizada, mesmo estando atualmente no quarto ano: não sabe ler e escrever, não diferencia formas, tamanhos, não reconhece números mesmo que ordenados. Pelos relatos das professoras, a criança se mostra inquieta ao tentar se concentrar em uma tarefa específica e que raramente conversa com seus colegas de classe. Após análises quanti e qualitativas de todos esses dados e do contato clínico com a criança, baseando-se nos critérios diagnósticos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta edição, e na Classificação Internacional de Doenças, décima edição, foram então encontrados os diagnósticos simultâneos da Deficiência Intelectual e do Mutismo Seletivo. A Deficiência Intelectual pode ser definida como limitações expressivas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo do indivíduo, podendo ser expresso em suas habilidades práticas, sociais e conceituais, normalmente, identificáveis antes dos 18 anos de idade. O Mutismo Seletivo é um transtorno caracterizado por insucesso persistente em apresentar fala em situações específicas, apesar de tal habilidade se fazer presente em outras. Esse último transtorno pode interferir na comunicação social, embora as crianças que o apresente usem ocasionalmente meios não verbais para se comunicar, acabando por, em alguns casos, preferir encontros em que a fala não é exigida. Tais resultados encontrados nesse caso estiveram de acordo com dados encontrados na literatura, que apontam que: (a) consanguinidade entre os pais resulta em alta probabilidade da criança apresentar Deficiência Intelectual, agravos físicos e outras alterações intelectuais, ou seja, os casais consanguíneos apresentam em média maior porcentagem de filhos deficientes do que os casais não consanguíneos; (b) apesar de crianças com mutismo apresentarem competências comunicacionais “satisfatórias”, em alguns casos pode haver alguma comorbidade associada com outros transtornos e déficits cognitivos.
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