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SUMÁRIO
Segundo essa doutrina, crianças e adolescentes gozam dos mesmos direitos destinados aos adultos e
tantos outros em função do estágio peculiar de pessoas em desenvolvimento físico, psíquico e moral.
Para o Estatuto da Juventude, temos o jovem como sendo a pessoa que tem entre 15 (quinze) anos
completos e 29 (vinte e nove) anos completos (30 incompletos).
Assim, denomina-se jovem adolescente ou adolescente jovem a pessoa entre 15 (quinze) anos
completos e 18 (dezoito) incompletos, para os quais há aplicação concomitante do ECA e do Estatuto da
Juventude. Portanto, há uma dupla proteção.
Noutro quadrante, quem tem entre 18 (dezoito) anos e 29 (vinte e nove) anos será jovem ou jovem
adulto. A partir de 30 (trinta) anos, é só adulto.
Importante notar que na legislação internacional não existe essa distinção, considerando-se criança toda
pessoa menor de 18 (dezoito) anos de idade, como regra. Assim, não há referência a adolescente.
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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No entanto, o Direito Brasileiro, na própria CF/88, estabelece a distinção entre criança e adolescente.
São modalidades de família substituta - guarda, tutela e adoção. Deve a criança ser ouvida e ter sua
opinião considerada. O adolescente, por sua vez, além de ouvido e ter a opinião considerada, deve também
consentir - forma especial de capacidade civil concedida ao adolescente para tomada de decisão acerca da
colocação em família substituta.
Quando praticado por adolescente, o ato infracional – conduta descrita em lei como crime ou
contravenção penal – sujeita-se a regramento especial, podendo haver tanto a aplicação de medida de proteção
quanto de medida socioeducativa.
A prática de ato infracional por criança impõe a aplicação tão somente de medida de proteção.
#SELIGANATABELA
DIFERENÇAS DE TRATAMENTO CRIANÇA ADOLESCENTE
Colocação em Família Substituta Ser ouvida e ter sua opinião Além de ser ouvido e ter a sua
considerada. opinião considerada, deve haver
consentimento.
Consequências pela Prática de Ato Sujeita-se a medida de Sujeito à medida de proteção e a
Infracional proteção. medida socioeducativa.
Viagens Nacionais Em regra, a criança não viaja Pode viajar sozinho SE tiver 16
sozinha. anos ou mais.
*Lei 13.812/2019
Determinou que as mesmas
restrições impostas para
viagens nacionais de
crianças também devem ser
estendidas para
adolescentes menores de 16
6
anos.
Viagem NACIONAL
Situação É necessária autorização?
2. DIREITO À VIDA
O direito à vida está previsto no art. 5º, caput, da CF/88, e no art. 7º do ECA, merecendo destacar aqui
este último.
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de
existência.
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José Afonso da Silva ensina que nós temos dimensões do direito à vida, quais sejam:
Tema que agitou a discussão sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias (ADI 3510/2008).
A ciência médica assevera, ainda, que as células-tronco embrionárias são dotadas de maior potencial de
cura/regeneração.
Em 2005, foi editada então a lei nacional de biossegurança, com o escopo de autorizar a pesquisa com
células-tronco embrionárias depositadas em clínicas de fertilização, consideradas inviáveis ou ultrapassado o
período de depósito seguro, sempre com a concordância dos doadores do material genético. E, questionada a
sua constitucionalidade por meio da ADI 3510/2008, foi decidido pelo STF que, no que tange à existência,
poderia ser considerada uma violação ao direito à vida do embrião. No entanto, no tocante à dimensão da
integridade, deveria ser privilegiado o direito à vida das pessoas beneficiadas com o tratamento viabilizado a
partir de pesquisas realizadas com a extração de células-tronco embrionárias. Em outros termos, entre a
dimensão da existência, que protege o embrião, e a dimensão da integridade física e psíquica das pessoas
eventualmente beneficiadas, deu-se preferência à segunda hipótese. Assim, a referida ADI foi julgada
improcedente.
De forma grosseira, pode-se afirmar que a anencefalia corresponde à ausência de cérebro. Não
obstante, tecnicamente se trata de um defeito de fechamento do tubo neural que inviabiliza a vida extrauterina.
Em decorrência de diversos pedidos para antecipação terapêutica de parto, a questão chegou até o STF
com o questionamento se a interrupção da gestação deveria ser punida como aborto. O pedido constante da
ADPF 54 consistia na declaração de inconstitucionalidade de qualquer interpretação que tipificasse a conduta
como aborto criminoso. E, nesse julgamento, foi declarada a inconstitucionalidade de qualquer interpretação
que levasse à criminalização da interrupção nos casos de anencefalia. Assim, em apertada síntese, concluiu-se
que o feto anencéfalo não goza da mesma proteção à vida dada aos demais fetos, face à ausência de
potencialidade de sobrevida.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: “Tal como a Suprema Corte dos EUA declarou no caso Roe v. Wade, o interesse
do Estado na proteção da vida pré-natal não supera o direito fundamental da mulher realizar um aborto [...]
praticamente nenhum país democrático e desenvolvido do mundo trata a interrupção da gestação durante a
fase inicial da gestação como crime, aí incluídos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália,
Espanha, Portugal, Holanda e Austrália. Nada obstante isso, para que não se confira uma proteção insuficiente
nem aos direitos das mulheres, nem à vida do nascituro, é possível reconhecer a constitucionalidade da
tipificação penal da cessação da gravidez que ocorre quando o feto já esteja mais desenvolvido.
De acordo com o regime adotado em diversos países (como Alemanha, Bélgica, França, Uruguai e Cidade do
México), a interrupção voluntária da gestação não deve ser criminalizada, pelo menos, durante o primeiro
trimestre da gestação. Durante esse período, o córtex cerebral – que permite que o feto desenvolva
sentimentos e racionalidade – ainda não foi formado, nem há qualquer potencialidade de vida fora do útero
materno. Por tudo isso, é preciso conferir interpretação conforme a Constituição ao arts. 124 e 126 do Código
Penal, para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro
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trimestre. No caso em exame, como o Código Penal é de 1940 – data bem anterior à Constituição, que é de 1988
– e a jurisprudência do STF não admite a declaração de inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição, a
hipótese é de não recepção (i.e., de revogação parcial ou, mais tecnicamente, de derrogação) dos dispositivos
apontados do Código Penal.” (STF. HC 124.706. Voto-vista do Ministro Luís Roberto Barroso. 29/11/2016).
*#SELIGA A interrupção da gravidez no primeiro trimestre da gestação provocada pela própria gestante (art.
124) ou com o seu consentimento (art. 126) não é crime. É preciso conferir interpretação conforme a
Constituição aos arts. 124 a 126 do Código Penal – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito
de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre. A criminalização, nessa
hipótese, viola diversos direitos fundamentais da mulher, bem como o princípio da proporcionalidade. STF. 1ª
Turma. HC 124306/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 29/11/2016
(Info 849).
Requisitos para que a tipificação de uma conduta seja compatível com a Constituição
Segundo o Min. Roberto Barroso, para ser compatível com a Constituição, a criminalização de uma conduta
exige o preenchimento de três requisitos:
a) este tipo penal deverá proteger um bem jurídico relevante;
b) o comportamento incriminado não pode constituir exercício legítimo de um direito fundamental; e
c) deverá haver proporcionalidade entre a ação praticada e a reação estatal.
Em outras palavras, se determinada conduta for prevista como crime, mas não atender a algum desses três
requisitos, este tipo penal deverá ser considerado inconstitucional.
A conduta de praticar aborto com consentimento da gestante no primeiro trimestre da gravidez não pode ser
punida como crime porque não preenche o segundo e terceiro requisitos acima expostos (letras "b" e "c").
Os arts. 124 e 126 do CP protegem um bem jurídico relevante (a vida potencial do feto). No entanto, a
criminalização do aborto antes de concluído o primeiro trimestre de gestação viola diversos direitos
fundamentais da mulher, além de não observar suficientemente o princípio da proporcionalidade.
A criminalização da interrupção voluntária da gestação ofende diversos direitos fundamentais das mulheres,
com reflexos sobre a sua dignidade humana.
A mulher que realiza um aborto, o faz por se encontrar diante de uma decisão trágica e não precisa que o
Estado torne a sua vida ainda pior, processando-a criminalmente.
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Desse modo, a mulher que realiza aborto age de forma legítima, sendo também, por via de consequência,
legítima a conduta do profissional de saúde que a viabiliza.
Verifique abaixo os argumentos invocados pelo Min. Relator Roberto Barroso:
A criminalização viola, em primeiro lugar, a autonomia da mulher, que corresponde ao núcleo essencial da
liberdade individual, protegida pelo princípio da dignidade humana (art. 1º, III, da CF/88).
Autonomia significa a autodeterminação das pessoas, isto é, o direito de elas fazerem suas escolhas existenciais
básicas e de tomarem as próprias decisões morais sobre o rumo de sua vida.
Todo indivíduo – homem ou mulher – tem assegurado um espaço legítimo de privacidade dentro do qual lhe
caberá viver seus valores, interesses e desejos. Neste espaço, o Estado e a sociedade não têm o direito de
interferir.
Quando se trata de uma mulher, um aspecto central de sua autonomia é o poder de controlar o próprio corpo e
de tomar as decisões a ele relacionadas, inclusive a de cessar ou não uma gravidez.
Como pode o Estado – isto é, um Delegado de Polícia, um Promotor de Justiça ou um Juiz de Direito – impor a
uma mulher, nas semanas iniciais da gestação, que leve esta gestação até o fim mesmo contra a sua vontade?
Isso significaria considerar como se este útero estivesse a serviço da sociedade, e não de uma pessoa autônoma,
no gozo de plena capacidade de ser, pensar e viver a própria vida.
A integridade física é abalada porque é o corpo da mulher que sofrerá as transformações, riscos e
consequências da gestação. Aquilo que pode ser uma bênção quando se cuide de uma gravidez desejada,
transmuda-se em tormento quando indesejada.
A integridade psíquica, por sua vez, é afetada pelo fato de ela estar sendo obrigada a assumir uma obrigação
para toda a vida, exigindo renúncia, dedicação e comprometimento profundo com outro ser. Também aqui, o
que seria uma bênção se decorresse de vontade própria, pode se transformar em provação quando decorra de
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uma imposição heterônoma. Ter um filho por determinação do direito penal constitui grave violação à
integridade física e psíquica da mulher.
A criminalização viola, também, os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, que incluem o direito de toda
mulher de decidir sobre se e quando deseja ter filhos, sem discriminação, coerção e violência, bem como de
obter o maior grau possível de saúde sexual e reprodutiva.
O direito das mulheres a uma vida sexual ativa e prazerosa, como se reconhece à condição masculina, ainda é
objeto de tabus, discriminações e preconceitos.Parte dessas disfunções é fundamentada historicamente no
papel que a natureza reservou às mulheres no processo reprodutivo.
O reconhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres como direitos humanos percorreu uma
longa trajetória, que teve como momentos decisivos a Conferência Internacional de População e
Desenvolvimento (CIPD), realizada em 1994, conhecida como Conferência do Cairo, e a IV Conferência Mundial
sobre a Mulher, realizada em 1995, em Pequim. A partir desses marcos, vem se desenvolvendo a ideia de
liberdade sexual feminina em sentido positivo e emancipatório. A criminalização do aborto afeta a capacidade
de autodeterminação reprodutiva da mulher, ao retirar dela a possibilidade de decidir, sem coerção, sobre a
maternidade, sendo obrigada pelo Estado a manter uma gestação indesejada.
Funções do princípio da proporcionalidade nos crimes e penas. O legislador, ao definir crimes e penas, deverá
fazê-lo levando em consideração dois valores essenciais:
· o respeito aos direitos fundamentais dos acusados;
· a necessidade de garantir a proteção da sociedade, cabendo-lhe resguardar valores, bens e direitos
fundamentais dos indivíduos.
Assim, o princípio da razoabilidade-proporcionalidade funciona com uma dupla dimensão, tendo por objetivo
proibir os excessos e também a insuficiência.
Subprincípio da adequação
Aqui, deve-se analisar se os tipos penais previstos nos arts. 124 e 126 do CP protegem realmente o feto. A
medida adotada (punir o aborto consensual) é idônea para proteger o feto?
O STF entendeu que não.
De acordo com estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) a criminalização não produz impacto relevante
sobre o número de abortos. As taxas de aborto nos países onde esse procedimento é permitido são muito
semelhantes àquelas encontradas nos países em que ele é ilegal.
Atualmente, existem medicamentos que são facilmente encontrados e que a mulher, ao usá-los, consegue
interromper a gravidez sem que o Poder Público tenha meios para tomar conhecimento e impedir a sua
realização.
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Desse modo, a criminalização não gera uma diminuição na quantidade de abortos. Eles continuam sendo
realizados constantemente, de forma clandestina e perigosa para a saúde da mulher. Por outro lado, se não
houvesse a punição haveria a possibilidade de estes procedimentos serem realizados de forma segura e sem
tantos riscos.
Na prática, portanto, a criminalização do aborto é ineficaz para proteger o direito à vida do feto. Do ponto de
vista penal, ela constitui apenas uma reprovação “simbólica” da conduta.
Subprincípio da necessidade
Aqui, a pergunta a ser analisada e respondida é a seguinte: existe meio alternativo à criminalização que proteja
igualmente o direito à vida do nascituro, mas que produza menor restrição aos direitos das mulheres?
O Min. Roberto Barroso defendeu que sim.
Há instrumentos que são eficazes à proteção dos direitos do feto e, simultaneamente, menos lesivos aos
direitos da mulher.
Uma política alternativa à criminalização implementada com sucesso em diversos países desenvolvidos do
mundo é a descriminalização do aborto em seu estágio inicial (em regra, no primeiro trimestre), desde que se
cumpram alguns requisitos procedimentais que permitam que a gestante tome uma decisão refletida.
É assim, por exemplo, na Alemanha, em que a grávida que pretenda abortar deve se submeter a uma consulta
de aconselhamento e a um período de reflexão prévia de três dias.
Além disso, o Estado deve atuar sobre os fatores econômicos e sociais que dão causa à gravidez indesejada ou
que pressionam as mulheres a abortar.
As duas razões mais comumente invocadas para o aborto são a impossibilidade de custear a criação dos filhos e
a drástica mudança na vida da mãe (que a faria, p. ex., perder oportunidades de carreira).
Nessas situações, é importante a existência de uma rede de apoio à grávida e à sua família, como o acesso à
creche e o direito à assistência social.
Além disso, muitas gestações não programadas são causadas pela falta de informação e de acesso a métodos
contraceptivos. Isso pode ser revertido, por exemplo, com programas de planejamento familiar, com a
distribuição gratuita de anticoncepcionais e assistência especializada à gestante e educação sexual. Logo, a
criminalização do aborto também não é aprovada no teste relacionado com o subprincípio da necessidade.
As restrições aos direitos fundamentais das mulheres decorrentes da criminalização são ou não compensadas
pela proteção à vida do feto? O fato de as mulheres serem privadas do direito de abortar gera uma maior
proteção ao feto? STF entendeu que não.
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Conforme demonstrado, a tipificação penal do aborto produz um grau elevado de restrição a direitos
fundamentais das mulheres. Por outro lado, a criminalização do aborto promove um grau reduzido (se algum)
de proteção dos direitos do feto, uma vez que não tem sido capaz de reduzir o índice de abortos.
Dessa forma, não há proporcionalidade em sentido estrito em se manter a punição do aborto consentido nos
três primeiros meses da gravidez.
Praticamente nenhum país democrático e desenvolvido do mundo trata a interrupção da gestação durante a
fase inicial da gestação como crime, aí incluídos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália,
Espanha, Portugal, Holanda e Austrália.
Vale ressaltar que, pela decisão do STF, só não será punido o aborto consentido (realizado pela mulher ou por
terceiro com sua concordância) e desde que feito nos três primeiros meses da gravidez.
Se for realizado após o primeiro trimestre, continua sendo crime.
Existe uma intensa e polêmica discussão sobre quando se inicia a vida e qual é o status jurídico do embrião
durante a fase inicial da gestação. Dentre outras, há duas posições principais e antagônicas em relação a isso:
1ª) de um lado, os que sustentam que existe vida desde a concepção, desde que o espermatozoide fecundou o
óvulo, dando origem à multiplicação das células.
2ª) de outro lado, estão os que sustentam que antes da formação do sistema nervoso central e da presença de
rudimentos de consciência (o que geralmente se dá após o terceiro mês da gestação) não é possível ainda falar-
se em vida em sentido pleno.
Não há solução jurídica para esta controvérsia. Ela dependerá sempre de uma escolha religiosa ou filosófica de
cada um a respeito da vida. Porém, existe um dado científico que é inquestionável: durante os três primeiros,
meses o córtex cerebral (que permite que o feto desenvolva sentimentos e racionalidade) ainda não foi formado
nem há qualquer potencialidade de vida fora do útero materno. Assim, não há qualquer possibilidade de o
embrião subsistir fora do útero materno nesta fase de sua formação. Ou seja: ele dependerá integralmente do
corpo da mãe.
Justamente com base nessas premissas científicas, diversos países do mundo adotam como critério que a
interrupção voluntária da gestação não deve ser criminalizada, desde que feita no primeiro trimestre da
gestação. É o caso da Alemanha, Bélgica, França e Uruguai.
O texto determina pena de três meses a dois anos para quem descumprir decisão judicial favorável à adoção de
medidas protetivas de urgência. Além disso, aumenta de um terço à metade a pena de homicídio contra menor
de 14 anos se o crime for cometido por familiar, empregador da vítima, tutor ou curador, ou se a vítima é
pessoa com deficiência ou tenha doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade.
"Art. 25. Descumprir decisão judicial que defere medida protetiva de urgência prevista nesta Lei:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos."
A nova lei ainda prevê punição para quem deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, de
tratamento cruel ou degradante, ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina, contra criança ou
adolescente, ou o abandono de incapaz. A pena será de seis meses a três anos, mas poderá ser aumentada se a
omissão partir de parentes ou se levar à morte da vítima.
"Art. 26. Deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, de tratamento cruel ou degradante
ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra criança ou adolescente ou o abandono de
incapaz:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§ 1º A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se
resulta morte.
§ 2º Aplica-se a pena em dobro se o crime é praticado por ascendente, parente consanguíneo até terceiro grau,
responsável legal, tutor, guardião, padrasto ou madrasta da vítima."
Ainda, em decorrência da qualificadora, o homicídio contra criança ou adolescente até 14 anos torna-se crime
hediondo e, consequentemente, inafiançável e insuscetível de anistia, graça ou indulto.
Outra novidade é que, nos casos de violência doméstica e familiar contra a criança, o adolescente e a mulher e
de tratamento cruel ou degradante, ou de uso de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra a
criança e o adolescente, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de
recuperação e reeducação.
Ademais, nos crimes contra a dignidade sexual ou que envolvam violência contra a criança e o adolescente,
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previstos no Código Penal ou em legislação especial, a prescrição, antes de transitar em julgado a sentença
final, começa a correr da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver
sido proposta a ação penal.
Semelhante a Lei Maria da Penha (Lei nº 13.340/06), outra importante alteração da Lei Henry Borel foi a
possibilidade de fixação de medida protetiva quando houver risco iminente à vida ou à integridade da vítima,
afastando-se o agressor do lar ou local de convivência.
Por fim, mas sem esgotar todas as novidades da Lei nº 14.344/22, cumpre destacar a ratificação do papel do
Conselho Tutelar, de forma que, dentre suas atribuições, está a de atender a criança e o adolescente vítima ou
testemunha de violência doméstica e familiar, ou submetido a tratamento cruel ou degradante ou a formas
violentas de educação, correção ou disciplina.
3. DIREITO À SAÚDE
A chamada Lei da Primeira Infância protege não apenas a criança, mas também a mãe/gestante. E,
embora tenha procedido a diversas alterações no ECA, possui autonomia.
O ECA garante à mãe um atendimento integral, desde o período pré-natal até o pós-natal, incluindo
ainda o atendimento àquelas que pretendam entregar a criança à adoção.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são
obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da
mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-
nascido, bem como prestar orientação aos pais;
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IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do
desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando orientações quanto à técnica adequada,
enquanto a mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente..
Diversas decisões foram exaradas no sentido de que tais portarias e leis municipais violavam a liberdade
e o direito de ir e vir das crianças e adolescentes, bem como extrapolavam o direito de os juízes emitirem
portarias restringindo a frequência em relação a lugares e crianças/adolescentes determinados, isto é, eram por
demais genéricas.
A Juíza da Vara de Infância e Juventude editou Portaria que criaria um "toque de recolher", correspondente à
determinação de recolhimento, nas ruas, de crianças e adolescentes desacompanhados dos pais ou
responsáveis: a) após as 23 horas, b) em locais próximos a prostíbulos e pontos de vendas de drogas e c) na
companhia de adultos que estejam consumindo bebidas alcoólicas. A mencionada portaria também determina o
recolhimento dos menores que, mesmo acompanhados de seus pais ou responsáveis, sejam flagrados
consumindo álcool ou estejam na presença de adultos que estejam usando entorpecentes. A portaria em
questão ultrapassou os limites dos poderes normativos previstos no art. 149 do ECA. Ela contém normas de
caráter geral e abstrato, a vigorar por prazo indeterminado, a respeito de condutas a serem observadas por pais,
pelos menores, acompanhados ou não, e por terceiros, sob cominação de penalidades nela estabelecidas. A
despeito das legítimas preocupações da autoridade coatora com as contribuições necessárias do Poder
Judiciário para a garantia de dignidade, de proteção integral e de direitos fundamentais da criança e do
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adolescente, é preciso delimitar o poder normativo da autoridade judiciária estabelecido pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente, em cotejo com a competência do Poder Legislativo sobre a matéria. STJ. 2ª Turma. HC
207720/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 01/12/2011.
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STF: São constitucionais o art. 16, I, o art. 105, o art. 122, II e III, o art.
136, I, o art. 138 e o art. 230 do ECA. Tais dispositivos estão de acordo com o art. 5º, caput e incisos XXXV, LIV,
LXI e com o art. 227 da CF/88. Além disso, são compatíveis com a Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH), a Convenção sobre os Direitos da Criança, as Regras de Pequim para a Administração da Justiça de
Menores e a Convenção Americana de Direitos Humanos. STF. Plenário. ADI 3446/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 7 e 8/8/2019 (Info 946).
4.2 Rolezinho:
Em julgamento realizado pelo STJ, no bojo de HC impetrado pela Defensoria Pública do Estado de São
Paulo, a ordem foi concedida de ofício para a anulação da portaria editada pelo juiz da infância de Ribeirão
Preto, a qual proibia crianças e adolescentes, a partir de certa idade, a frequência desacompanhada aos
shoppings centers locais, sob o argumento de violação frontal ao direito de liberdade de ir e vir, bem como em
função do preconceito em relação àqueles que não possuíam condições financeiras para usufruir de outras
formas de lazer, diversão e brincadeiras.
4.3 Integridade Física, Psíquica e Moral, com Proteção à Imagem, Identidade, Autonomia, Valores,
Ideias, Crenças, Espaço e Objetos Pessoais:
Essa proteção decorre da previsão do art. 5º da CF/88 que protege a integridade física, psíquica e moral,
a imagem, etc.
É vedada, inclusive, a veiculação de iniciais dos adolescentes que possivelmente cometeram atos
infracionais. Além disso, veda-se a exposição de imagens de crianças e adolescentes que são vítimas. Quando
em colisão com os outros direitos fundamentais, cabe a ponderação entre os direitos fundamentais, como a
liberdade de informação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças,
dos espaços e objetos pessoais.
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#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA:
*(Atualizado em 07.06.2020): DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO: O art. 78 do ECA prevê o seguinte: Art. 78. As
revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser
comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo. Parágrafo único. As editoras
cuidarão para que as capas que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam protegidas com
embalagem opaca. Esse dever de zelar pela correta comercialização de revistas pornográficas, em embalagens
opacas, lacradas e com advertência de conteúdo, não se limita aos editores e comerciantes, mas se estende a
todos os integrantes da cadeia de consumo, inclusive aos transportadores e distribuidores. STJ. 1ª Turma.
REsp 1.584.134-RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 20/02/2020 (Info 666).
É vedada a veiculação de material jornalístico com imagens que envolvam criança em situações vexatórias ou
constrangedoras, ainda que não se mostre o rosto da vítima. O MP detém legitimidade para propor ação civil
pública com o intuito de impedir a veiculação de vídeo, em matéria jornalística, com cenas de tortura contra
uma criança, ainda que não se mostre o seu rosto. STJ. 3ª Turma. REsp 509968-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 6/12/2012.
A conduta de emissora de televisão que exibe quadro que, potencialmente, poderia criar situações
discriminatórias, vexatórias, humilhantes às crianças e aos adolescentes configura lesão ao direito
transindividual da coletividade e dá ensejo à indenização por dano moral coletivo. Caso concreto: existia um
programa de TV local no qual o apresentador abria ao vivo testes de DNA e acabava expondo as crianças e
adolescentes ao ridículo, especialmente quando o resultado do exame era negativo. As crianças e adolescentes
não participavam do programa, apenas seus pais. No entanto, o apresentador utilizava expressões jocosas e
depreciativas em relação à concepção dos menores. STJ. 4ª Turma. REsp 1517973-PE, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 16/11/2017 (Info 618).
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B) Abuso sexual e pedofilia:
- Ato de violência física ou psíquica: A violência psíquica pode ocorrer, por exemplo, com o isolamento
proposital/intencional da vítima;
- Intencional e repetitivo: Ninguém pratica bullying sem querer e deve ser repetitivo.
- Sem motivo evidente: A violência geralmente ocorre por ter a vítima um padrão comportamental ou
características destoantes da maioria;
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Para caracterizar o bullying tem que haver a conjugação de todos esses elementos acima. Não basta
haver a configuração de apenas um elemento.
“Bullying” vem do inglês, e significa acossar, violentar, intimidar. A pessoa que realiza a prática é
chamada de “bully”.
O bullying pode vir a ter repercussões em outras áreas do direito. Quando, por exemplo, causar uma
lesão corporal, pode se configurar ato infracional se o praticante for menor de idade, levando à aplicação de
uma medida socioeducativa.
O objetivo da lei foi trazer à luz essa prática para que, por meio de políticas públicas direcionadas, se
consiga alcançar uma melhoria no combate ao bullying.
4.4 Lei do Menino Bernardo (Lei nº 13.010/2014 – também denominada “Lei da Palmada”):
Tem o objetivo de alertar para necessidade de se ouvir crianças e adolescentes com relação a atos de
violência praticada, sobretudo, em casa. É uma questão polemica, pois se refere à interferência do Estado nas
relações familiares, no âmbito da vida privada.
A lei veda duas condutas, de forma absoluta: a) Castigo físico: é toda conduta que gere sofrimento físico
ou lesão e b) Tratamento cruel ou degradante: é toda conduta que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize
criança e adolescente.
A ideia fundamental dessa Lei é o seguinte: O castigo físico e o tratamento cruel e degradante não são
aceitáveis como recursos para correção, educação e disciplina de crianças e adolescentes.
Essas medidas são aplicadas pelo Conselho Tutelar. Toda a gestão da Lei ocorre fora do Poder Judiciário.
O CC/02 já previa a perda do poder familiar com base na ideia de castigo imoderado. A lei Menino
Bernardo cria um microssistema de proteção em face de castigos físicos e tratamentos cruéis e degradantes, e
possibilita a hipótese de perda de poder familiar não apenas com base na ideia de castigo imoderado, mas de
qualquer castigo físico e tratamento cruel e degradante. É a ideia de proibição/vedação absoluta do castigo
físico, ainda que possa ser considerado moderado.
Trata-se dos direitos sociais, os quais integram a segunda dimensão/geração de direitos fundamentais,
estes exigem prestações positivas do Estado, a intervenção do Estado na vida das pessoas para garantir o
mínimo de igualdade diante de relações sociais desiguais (art. 6º da CF/88).
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.
A implementação desses direitos se dá por meio de políticas públicas, sendo responsáveis por essa
implementação, na maioria dos casos, todos os entes federativos em solidariedade.
O direito à educação deve ser estudado à luz da CF (mudanças trazidas especialmente pela EC nº 59/09),
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e do ECA (fonte menos atualizada nesse quesito).
- Educação infantil (atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade –
redação dada pela Lei 13.306/2016) com atuação dos municípios;
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- Ensino fundamental (1º a 9º ano, até os 14 anos), com atuação do município e estado;
- Ensino médio (3 anos de duração, até os 17 anos), com atuação dos estados.
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da educação
básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado,
conforme dispuser o Poder Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa.
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*(Atualizado em 09/03/2022): #JÁCAIU! MPGO/2022, banca FGV:
A educação básica obrigatória é direito indisponível assegurado em sede constitucional a crianças e adolescentes em idade
escolar (Art. 208, I, da Constituição da República de 1988).
Nesse particular, à luz da interpretação empreendida pelo Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
26
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da
definição das propostas educacionais.
A) a Constituição da República de 1988 veda o ensino domiciliar, prática que subverte a ideia de solidariedade entre a
família e o Estado como núcleo principal à formação educacional de crianças e adolescentes;
B) o ensino domiciliar é um direito público subjetivo do aluno e de sua família, extraído da precedência do papel da família
e da subsidiariedade do papel estatal na formação educacional de crianças e adolescentes;
C) o ensino domiciliar não é um direito público subjetivo do aluno ou de sua família, porém não é vedada sua criação por
meio de lei federal, editada pelo Congresso Nacional, na modalidade “utilitarista” ou “por conveniência circunstancial”,
desde que observadas as exigências constitucionais relativas à educação; (GABARITO)
D) o ensino domiciliar é um direito público subjetivo do aluno e de sua família, sendo autoaplicável nas modalidades
“utilitarista” e “por conveniência circunstancial” e dependente de regulamentação nas espécies unschooling radical
(desescolarização radical), unschooling moderado (desescolarização moderada) e homeschooling puro;
E) é inconstitucional a legislação que regulamenta o ensino domiciliar, prática que aprofunda a separação anti-isonômica
das classes sociais em matéria educacional e desvaloriza o convívio entre as crianças como parte essencial do processo
educativo.
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VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa
responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar,
junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos
de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação,
currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do
ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e
espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
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*(Atualizado em 09/03/2022): #JÁCAIU! MPGO/2022, banca FGV:
Ao ensejo de apontar o problema da oferta insuficiente de vagas em creches na Comarca de Goiânia (GO), o Ministério
Público Estadual ajuizou ação civil pública em face do referido Município com o fito de assegurar a três crianças carentes
menores de 6 anos o atendimento em creche municipal. Distribuída a uma das Varas de Fazenda Pública Municipal da
Capital – juízo privativo reservado ao ente federativo arrolado no polo passivo –, a demanda se fundou no alegado direito
público subjetivo de crianças menores de 6 anos ao atendimento em creche e pré-escola, conforme norma constitucional
reproduzida no Art. 54, IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990).
Diante do caso hipotético assim formulado, à luz da Constituição da República de 1988, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que o membro
do Parquet responsável pelo ajuizamento da ação:
D) acertou ao afirmar a legitimidade ad causam do Ministério Público e a existência do direito público subjetivo à
educação, bem como sua exigibilidade em juízo, mas se equivocou quanto à competência, uma vez que o ECA estabelece
a competência absoluta do Juízo da Infância e da Juventude para processar e julgar demandas que visem proteger
direitos individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, independentemente de o menor encontrar-se
ou não em situação de risco ou abandono; (GABARITO)
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5.3 Judicialização, Discricionariedade, Reserva do Possível (STJ – Resp 1.185.474 – 2010, Min. Humberto
Martins), Mínimo Existencial, Creches e o STF (RE 436.996 – 2005 – Rel. Min. Celso de Mello):
• Argumentos contrários:
1) Princípio da separação ou tripartição de poderes. Art. 2º da CF/88. Normalmente quem implementa
políticas públicas é o executivo, com base na legislação criada, como função típica, pelo legislativo. O papel do
Judiciário, portanto, é o de fiscalizar a realização desses direitos. Com base nisso, não seria razoável que o
judiciário substituísse a função do executivo de implementação das políticas públicas.
2) Ao determinar a realização de determinada política, o judiciário está interferindo sobre a
discricionariedade administrativa, que é a possibilidade de o administrador optar por realizar determinada
política pública em detrimento de outra, alocando os recursos conforme juízo de conveniência e oportunidade.
3) A reserva do possível: Ideia segundo a qual as decisões relacionadas à implementação de políticas
públicas têm uma limitação fática, que é a limitação de recursos disponíveis.
• Argumentos favoráveis:
1) A necessidade de garantir a dignidade da pessoa humana, como um princípio regente da ordem
constitucional, que exige que todos os direitos fundamentais sejam efetivados.
2) Além disso, o Estado deve garantir o mínimo existencial, o mínimo de direitos que garanta a
dignidade aos indivíduos;
3) Normatividade da Constituição: aquilo que a CF prevê deve ser implementado.
Determina que as crianças têm o direito de estudar em escolas próximas ao seu local de residência.
No âmbito o REsp nº 1.175.445 foi discutido no STJ se a criança teria o direito de continuar estudando
em escola que se tornou mais distante de sua residência em referência a outra. Conforme decisão, não se trata
de um direito absoluto (o critério de georreferenciamento), mas é um direito subjetivo da criança.
Com relação às crianças com deficiência, elas devem ser matriculadas, preferencialmente, na rede
regular de ensino. Se for considerado razoável para a criança, e ela quiser, a escola tem a obrigação de aceita-la.
O ECA prevê expressamente o dever dos pais matricularem seus filhos na escola. O debate envolvendo a
educação domiciliar – homeschooling – chegou ao STF em 2015 (RE 888.815 -2015 – Rel. Min. Roberto Barroso –
Repercussão geral) e foi julgado em 2018:
#DEOLHONAJURIS: Não é possível, atualmente, o ensino domiciliar (homeschooling) como meio lícito de
cumprimento, pela família, do dever de prover educação. Não há, na CF/88, uma vedação absoluta ao ensino
domiciliar. A CF/88, apesar de não o prever expressamente, não proíbe o ensino domiciliar. No entanto, o
ensino domiciliar não pode ser atualmente exercido porque não há legislação que regulamente os preceitos e
as regras aplicáveis a essa modalidade de ensino. Assim, o ensino domiciliar somente pode ser implementado
no Brasil após uma regulamentação por meio de lei na qual sejam previstos mecanismos de avaliação e
fiscalização, devendo essa lei respeitar os mandamentos constitucionais que tratam sobre educação. STF.
Plenário. RE 888815/RS, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado
em 12/9/2018 (repercussão geral) (Info 915). #IMPORTANTE
Os dirigentes dos estabelecimentos educacionais têm o dever de comunicar eventuais maus tratos
percebidos relativamente a crianças e adolescentes aos conselhos tutelares.
A CF prevê no artº 7, XXXIII, a idade mínima para o trabalho de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir dos 14 anos.
Considera-se trabalho proibido todo aquele que viole alguma norma da CF, CLT ou LDB, assim como dos
tratados internacionais, e das demais normas infraconstitucionais. É considerado trabalho proibido todo aquele
desempenhado por menor de 16 anos e, entre 16 e 18 anos, todo aquele que for perigoso, insalubre ou
noturno. É importante saber que a expressão “trabalho infantil” é sinônimo de trabalho ilícito, proibido, isto é,
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tem uma conotação pejorativa, é um trabalho inconstitucional, é trabalho que viola direitos de crianças e
adolescentes.
Essa forma especial de trabalho permite que o indivíduo ingresse no mercado a partir dos 14 anos. A
ideia de se excepcionar a idade mínima para o trabalho a partir dos 14 anos é no sentido de que na
aprendizagem nós temos uma atividade que é muito mais educativa do que uma atividade de exploração de
mão-de-obra.
Existem várias espécies de aprendizagem: empresarial; no âmbito das entidades de ensino. Mas para
fins de provas de concursos estaduais e que não sejam do âmbito trabalhista, esses detalhamentos da legislação
específica não são relevantes.
- Estágio: configura-se como ato educativo escolar supervisionado. Tem regramento totalmente próprio.
Não é registrada sob contrato de trabalho, mas de termo de compromisso.
A doutrina classifica o estágio em duas espécies: a) estágio obrigatório; b) estágio não obrigatório.
O estágio obrigatório é aquele que o indivíduo precisa cumprir para concluir alguma etapa da sua
educação formal, é um elemento do projeto pedagógico.
O estágio não obrigatório é aquele que não é necessário para que o indivíduo conclua a etapa
educacional.
Há doutrinadores que ligam o trabalho educativo ao trabalho artístico. Há aqueles que entendem que o
trabalho educativo é uma atividade que sequer poderia ser chamado de trabalho. Há ainda aqueles que
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entendem que trabalho educativo é inconstitucional, porque viola os preceitos de proteção aos direitos dos
trabalhadores. Então, não há coesão na doutrina quanto ao entendimento de sua natureza.
Mas basta saber que o trabalho educativo é aquele em que as exigências pedagógicas prevalecem sobre
o aspecto produtivo. Exemplo: uma criança que ensaia com uma orquestra. Prioritariamente, ela está
aprendendo a ser um músico, aprendendo uma profissão, e apenas em caráter eventual a orquestra que ela faz
fará uma apresentação remunerada e distribui os ganhos entre os músicos. Então, essa distribuição eventual de
remuneração não desnatura o que se chama de trabalho educativo. Prevalece o entendimento que esta é uma
espécie de trabalho educativo.
- Trabalho normal: é o trabalho que não se enquadra nas hipóteses anteriores. Para criança não é licito
o trabalho normal. Apenas para adolescentes a partir dos 16 anos pode haver trabalho normal, respeitadas as
vedações legais. Portanto, não é para qualquer adolescente, somente a partir dos 16 anos será possível trabalho
normal.
Existe uma política de prevenção em face daquilo que é exposto para crianças e adolescentes, apesar da
vedação constitucional à censura. Isso engloba:
A classificação indicativa é constitucional, mas não se confunde com censura, segundo entendimento do
STF.
Apesar de haver a classificação indicativa, o programa irá passar e o espetáculo vai ser exibido e há a
possibilidade de se desrespeitar o aviso contido na classificação indicativa. Então, não há censura que
impossibilite a divulgação, a veiculação daquela mensagem artística, de modo que o STF entende que a
classificação indicativa não viola a proibição à censura estabelecida na Constituição Federal.
No ECA, há um dispositivo que aduz que em horário próprio para transmissão de conteúdo voltado a
crianças e adolescentes, não se pode transmitir conteúdo inadequado a essa faixa etária. E há uma infração
administrativa que permite, inclusive, a proibição da transmissão (art. 254 do ECA).
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O STF decidiu que essa infração é inconstitucional, pois proibir a transmissão equivaleria a censura (STF
– ADI 2.404 – 2016, Rel. Min. Dias Toffoli).
#AJUDAMARCINHO: É inconstitucional a expressão “em horário diverso do autorizado” contida no art. 254 do
ECA. "Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem
aviso de sua classificação: Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada em caso de reincidência
a autoridade judiciária poderá determinar a suspensão da programação da emissora por até dois dias." O Estado
não pode determinar que os programas somente possam ser exibidos em determinados horários. Isso seria uma
imposição, o que é vedado pelo texto constitucional por configurar censura. O Poder Público pode apenas
recomendar os horários adequados. A classificação dos programas é indicativa (e não obrigatória). STF. Plenário.
ADI 2404/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 31/8/16 (Info 837).
O que foi decidido? A ADI foi julgada procedente? SIM. O STF julgou a ADI procedente e decidiu que: É
inconstitucional a expressão “em horário diverso do autorizado” contida no art. 254 do ECA. STF. Plenário. ADI
2404/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 31/8/2016 (Info 837).
A Lei nº 13.106/2015 alterou o art. 243 do ECA e revogou o art. 63 da LCP. Havia contradição entre os
crimes previstos pelo ECA e previsão da LCP, pois o primeiro se referia apenas a oferecimento de substância que
cause dependência, enquanto o segundo mencionava expressamente o oferecimento de bebida alcoólica.
Em 2015, foi publicada a Lei 13.106 que alterou o art. 243 do ECA. Antes, vender bebida alcoólica à
criança ou adolescente era mera contravenção penal; após a lei, é considerado crime.
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança
ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar
dependência física ou psíquica:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
#OLHAOGANCHO: Conforme autoriza o art. 149 do ECA, o juiz pode disciplinar, por portaria, a entrada e
permanência de criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsáveis em estádios, bailes, boates,
teatros etc. No entanto, essa portaria deverá ser fundamentada, caso a caso, sendo vedada que ela tenha
determinações de caráter geral (§ 2º do art. 149). STJ. 1ª Turma. REsp 1292143-SP, Rel. Min. Teori Zavascki,
julgado em 21/6/2012.
7.2 Hospedagem:
Somente podem se hospedar em hotéis, motéis, etc. crianças e adolescentes acompanhados por um dos
pais ou por maiores expressamente autorizados.
8.1 Adolescentes:
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*Com a redação dada pela Lei. 13.812/20194, adolescentes, a partir dos 16 anos, em viagens domésticas
podem circular livremente dentro do território nacional, desacompanhadas e sem necessidade de expressa
autorização. Porém, os pais podem proibir que o adolescente viaje, comunicando as autoridades. Isso faz parte
do exercício do poder familiar.
Adolescentes menores de 16 anos, deverão obter expressa autorização judicial, salvo quando se tratar
de comarca contígua à de sua residência se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região
metropolitana ou se estiver acompanhado.
8.2 Crianças:
#ATENÇÃO: Não podem se hospedar sem autorização expressa ou presença de ao menos um dos pais (ainda
que acompanhados de parente maior).
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou
responsável, sem expressa autorização judicial.
§ 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na
mesma região metropolitana;
b) a criança estiver acompanhada:
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco;
4
Para mais comentários sobre a lei, vide: https://www.dizerodireito.com.br/2019/03/ola-amigos-do-dizer-o-direito-
foi.html
35
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois
anos.
Lei nº 13.812, de 16.3.2019 - Institui a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, cria o Cadastro
Nacional de Pessoas Desaparecidas e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente):
Art. 14. O art. 83 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), passa a
vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca
onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial.
§ 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se
na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado:
...........................................................................................................” (NR)
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma
reconhecida.
Recentemente, foi editada normativa da ANAC prevendo que os adolescentes só poderão embarcar
munidos de documento de identidade, não sendo mais possível o embarque com a Certidão de Nascimento.
Se houver violação a essas regras, estará configurada infração administrativa à luz do ECA.regras, estará
configurada infração admina à luz do ECA.
*Viagem ao EXTERIOR
Situação Necessária autorização?
Criança ou adolescente (ou seja, qualquer
pessoa menor de 18 anos) viajar NÃO
acompanhado do pai e da mãe.
Criança ou adolescente (pessoa menor de
18 anos) viajar com o seu responsável (ex: NÃO
guardião, tutor ou curador).
SIM
Nesse caso, será necessária:
1) autorização judicial; OU
Criança ou adolescente (pessoa menor de 2) autorização expressa do pai ou mãe que
18 anos) viajar só com o pai ou só com a não for viajar, através de documento com
mãe. firma reconhecida.
Obs: não será necessária autorização com
firma reconhecida se os pais estiverem
presentes no embarque
Criança ou adolescente (pessoa menor de SIM
5
Para mais informações, vide comentários: https://www.dizerodireito.com.br/2018/10/comentarios-lei-137262018-lei-
da.html
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18 anos) viajar desacompanhado
Criança ou adolescente (pessoa menor de Nesse caso, será necessária:
18 anos) viajar em companhia de terceiros 1) autorização judicial; OU
maiores e capazes, designados pelos 2) autorização expressa do pai e da mãe, com
genitores. firma reconhecida.
Obs: não será necessária autorização com
Em todos os outros casos (ex: avô, tio, firma reconhecida se os pais estiverem
irmão, chefe de excursão, treinador de time presentes no embarque
etc.).
Criança ou adolescente (pessoa menor de
SIM
18 anos) nascido no Brasil viajar em
Necessária prévia e expressa autorização
companhia de residente ou domiciliado no
judicial.
exterior.
DIPLOMA DISPOSITIVO
Estatuto da Criança e do Adolescente Art. 7º ao 84
Lei nº 13.257/2016 Integralmente
Lei nº 13.010/2014 Integralmente
Lei nº 13.185/2015 Integralmente
Resolução n.º 131 DO CNJ Integralmente
Zapata, Fabiana Botelho; Frasseto, Flávio Américo; Gomes, Marcos Vinicius Manso Lopes, Coleção
Defensoria Pública Ponto a Ponto Direitos da criança e do adolescente, 2016.