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LEI LUCAS

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Origem da Lei Lucas
• A criação da Lei Lucas ocorreu após um
acidente envolvendo o menino Lucas Begalli, de
10 anos, ocorreu 27 de setembro 2017. Em uma
excursão escolar, ele se engasgou com um
alimento e, infelizmente, não sobreviveu.

Após sua regulamentação, em 2018, as


instituições tiveram seis meses para se
adequar às exigências da Lei Lucas.
Lei Lucas
• A Lei Lucas, nome dado à Lei federal 13.722, 04 de
outubro de 2018, determinou que professores e
funcionários de escolas de educação infantil e básica,
públicas ou privadas e também de qualquer tipo de
estabelecimento de recreação infantil tenham
capacitação em primeiros socorros.

Assim, desde 2019 que a capacitação


de profissionais da área educacional é
obrigatória.
• A obstrução das vias aéreas por corpos estranhos (OVACE) consiste
na obstrução de vias aéreas causada por aspiração de corpo estranho,
geralmente localizado na laringe ou traqueia. Essa condição pode ser um
evento potencialmente fatal. Ela é mais comum em crianças do que em
adultos, sendo relados 80% dos casos em paciente menores de 15 anos e
os 20% restantes em maiores de 15 anos, segundo dados do Conselho de
Segurança Nacional.

• SE LIGA! Diante de um paciente com asfixia, caso as funções respiratórias


não sejam restabelecidas dentro de 3 a 4 minutos, as atividades cerebrais
cessam totalmente, ocasionando a morte. O oxigênio é vital para o cérebro.
Quando suspeitar?
• Vítimas com obstrução da via aérea, se não forem socorridas a tempo,
podem evoluir para uma PCR. Existe um procedimento, chamado manobra
de Heimlich, que qualquer pessoa pode fazer na tentativa de retirar o corpo
estranho de uma vítima de engasgo. Para isto, o socorrista deverá estar
treinado e identificar os sinais de engasgo.
• A obstrução no adulto geralmente se apresenta como um quadro
agudo com sintomas variados diante do grau de obstrução, bem como da
localização e do período de tempo em que o corpo estranho está nas vias
aéreas.
• A VÍTIMA pode encontra-se com as mãos no
pescoço tossindo, agitado, com dificuldade de respirar e cianose,
sinais sugestivos de sufocamento. Algumas vezes, o paciente pode
apresentar-se com sons respiratórios agudos ou ausência de som.
Classificação da obstrução

• Obstrução leve: capacidade de responder, tossir e respirar


preservadas;

• Obstrução severa: vítima consciente ou inconsciente, não


consegue respirar ou apresenta ruídos à respiração e/ou tosse
silenciosa.
Condutas na obstrução de vias
aéreas
• Obstrução leve:
1. Acalmar o paciente;
2. Instruir o paciente a realizar tosses vigorosas;
3. Se possível, monitorar oxigenação;
4. Se possível, suplementar oxigênio;
5. Não colocar a mão na boca do paciente enquanto ele
mostrar-se nervoso;
6. Em casos de obstrução por espinha de peixe, retirar
com pinça
Obstrução severa com
responsividade:
1. Posicionar-se de pé atrás do paciente;
2. Abraçá-lo na altura da crista ilíaca;
3. Posicionar uma mão com o punho cerrado abaixo do apêndice
xifoide e a outra espalmada sobre a primeira;
4. Realizar compressões rápidas e firmes, para dentro e para cima,
em movimento que lembre um J;
5. Repetir manobra até sucesso na desobstrução ou até o paciente
perder a consciência.

• Observação: Em pacientes que estejam no último trimestre da


gestação, substituir a Manobra de Heimilich por compressões
torácicas.
Obstrução severa com perda de
consciência:
1. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida;
2. Checar pulso, caso pulso ausente realizar RCP;
3. Caso pulso presente, realizar compressões torácicas com objetivo
de remoção do corpo estranho;
4. Abrir vias aéreas e realizar inspeção;
5. Remover corpo estranho se possível;
Manejo
• Obstrução grave das vias aéreas em vítima consciente: Deve-se
utilizar a manobra de Heimlich. Esta manobra gera um impulso
abdominal que eleva o diafragma e aumenta a pressão na via
aérea, forçando a saída de ar dos pulmões, com pressão suficiente
para criar uma tosse artificial e expelir um corpo estranho.
• Vítima gestante ou obesa: devem ser aplicadas
compressões torácicas, ao invés de compressões
abdominais. Se a vítima for menor que o socorrista, o
mesmo deve posicionar-se de joelhos atrás da vítima e
realizar a manobra de Heimlich.
• Vítima adulta e inconsciente com OVACE: o
socorrista deve apoiar a vítima cuidadosamente no chão
e imediatamente ativar o serviço médico de emergência
e, em seguida, iniciar a RCP no Manúbrio.

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